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15-11-2008 Psicologia - Pedro Vitória 1 O NEURÓNIO

O Neuronio 2

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Apresentação sobre a estrutura básica do sistema nervoso - o neurónio - para a disciplina de Psicologia

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O NEURÓNIO

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O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso é composto por dois tipos principais de células:

os neurónios;

as células gliais ou células da glia.

As células gliais facultam nutrientes, como o oxigénio e a glicose, que alimentam, isolam e protegem os neurónios; se lesionadas podem reproduzir-se. Controlam o desenvolvimento dos neurónios ao longo da vida

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O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO

Os neurónios do córtexEsta secção delgada e colorida do córtex cerebral(ampliada 60 vezes) mostra as diversas formas e tamanhos das células nervosas e a rede de fibras que as entreliga.

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O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO

O neurónio ou célula nervosa é a unidade básica do sistema nervoso, éresponsável por grande parte das suas funções.É formado por um corpo celular, em cujo interior se situa o núcleo.Diferencia-se, no entanto, das outras células pelo aparecimento de prolongamentos a que se dá o nome de dendrites.Um deles, chamado cilindro-eixo ou axónio, alonga-se bastante em relação aos outros, podendo chegar a medir 1 m de comprimento)E termina num conjunto de ramificações semelhantes a uma raiz, designadas por telodendrites.

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O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO

Alguns neurónios contêm uma bainha constituída por uma substância gordurosa chamada mielina, que serve de protecção ao axónio.

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O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO

A presença ou ausência de mielina explica a existência de substância branca e cinzenta no sistema nervoso.Os neurónios cujo axónio é envolvido pela bainha de mielina formam a substância branca, existente na parte interna do encéfalo, na parte externa da medula e nos nervos brancos.Os axónios com ausência de mielina constituem a substância cinzenta que se encontra no córtex cerebral, no interior da medula-espinal e nos nervos cinzentos.

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O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO

Os neurónios apresentam as seguintes propriedades:

1. Metabolismo, que lhes permite transformar a energia química que extraem do sangue em energia eléctrica.

2. Excitabilidade, que lhes permite reagir a estímulos. Quando uma fibra nervosa éestimulada, modificam-se as suas características eléctricas, o que produz uma pequena corrente a transmitir a outro neurónio.

3. Condutibilidade, que lhes permite transmitir as excitações a outros neurónios. A direcção normal das excitações é passarem das telodendrites de um axónio às dendrites do neurónio seguinte.

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O influxo nervoso

Uma das funções dos neurónios consiste na transmissão dos impulsos nervosos. O influxo nervoso passa das telodendrites de um neurónio às dendrites do seguinte, processando-se, assim, a passagem das informações.

O influxo nervoso - energia ou impulsos eléctricos que circulam nos neurónios.

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O CÉREBRO E O SISTEMA NERVOSO

O COMPORTAMENTO DA CÉLULA NERVOSATal como o mais complexo dos computadores contém inúmeros interruptores simples — ligado/desligado —, também o organismo dispõe de uma imensidão de células nervosas individuais, cada uma das quais responde aos estímulos transmitindo um único impulso nervoso.

Quando tenha sido posta sob a acção do devido estímulo, a célula nervosa gera um impulso nervoso — uma zona de carga eléctrica — que se desloca ao longo da sua superfície.

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O COMPORTAMENTO DA CÉLULA NERVOSAEste sinal é conduzido pelo axónio — o prolongamento da célula nervosa através do corpo, provocando a libertação de um produto químico — oneurotransmissor — nos terminais na extremidade do axónio, o qual iráestimular uma segunda célula nervosa, que, por sua vez, gerará um novo sinal eléctrico.

Deste modo, a mensagem é conduzida através de uma rede de células nervosas interligadas — o arco neural — até partes distantes do corpo, onde se vai verificar a resposta.

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O COMPORTAMENTO DA CÉLULA NERVOSAAs células nervosas obedecem a uma lei de tudo ou nada:se o estímulo for suficientemente forte, a célula transmitirá o sinal eléctrico ao longo do seu axónio, todavia, se não o for, nada sucede.Isto pode parecer estranho, pois é bem conhecida a diferença entre a dor provocada por um pequeno golpe numa mão e o latejar de uma tremenda dor de dentes.O caso é que a intensidade da dor não depende da força da resposta da célula nervosa, mas do número de células nervosas estimuladas e da frequência da resposta. Um estímulo forte faz com que um nervo entre em acção com maior frequência.

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COMO COMUNICAM OS NEURÓNIOS?

As células nervosas comunicam umas com as outras, assim como com os músculos e as glândulas.Ao lado, uma junção neuromuscular, um neurónio (cor-de-rosa) termina na superfície de uma célula muscular esquelética (aumentada 300 vezes).

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COMO COMUNICAM OS NEURÓNIOS?

Esta comunicação verifica-se durante a série de acontecimentos, uma totalidade de tão complexos processos que ocorre durante uma fracção de segundo.Vamos agora descrever este processo:

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1 Uma célula nervosa, desde que não esteja a transmitir ou receber uma mensagem, encontra-se em estado de repouso, durante o qual o interior da membrana celular está negativamente carregado, pois a célula emite constantemente iões de sódio, que são positivos.

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2 Quando a célula recebe um estímulo apropriado, abrem-se temporariamente canais na membrana externa, para passagem dos iões — átomos com carga eléctrica — existentes no fluido interno. Os iões carregados positivamente, como o sódio e o potássio, precipitam-se através desses canais, tornando local e electricamente positiva a parte interna da membrana.

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3 Esta mudança de sinal da carga eléctrica vai provocar a abertura de canais para passagem de iões na secção seguinte do axónio, com o processo a repetir-se continuamente ao longo do mesmo, à semelhança de uma onda. Uma vez que o impulso tenha percorrido uma zona do axónio, os canais dos iões voltam a fechar, os iões de sódio afastam-se e a membrana celular regressa ao estado de repouso, voltando a uma carga eléctrica negativa.

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O neurónio

COMO COMUNICAM OS NEURÓNIOS?Durante muito tempo pensou-se que havia um contacto físico entre as dendrites de um neurónio e as telodendrites de outro.

Entretanto, chegou-se à conclusão que não há continuidade entre as células nervosas, antes um pequeno hiato, a fissura sináptica.

Por isso, processa-se entre os neurónios uma mera ligação funcional, a que se dá o nome de sinapse.

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A Sinapse

É a ligação funcional entre dois neurónios para passagem do influxo nervoso. Esta é proporcionada pelos neurotransmissores, que, segregados pelas vesículas pré-sinápticas, vão preencher a fissura sináptica. Uma sinapse entre duas células nervosas

Esta fotografia, colorida, para maior realce, e ampliada 34 200 vezes, apresenta uma sinapse (intervalo) entre duas células nervosas(amarelas) do córtex cerebral. O intervalo sináptico apresenta-se sob a forma de uma faixa vermelho-ruivo e as vesículas que contêm os neurotransmissores apresentam-se sob a forma de esferas vermelho-amarelas.

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A Sinapse

Os axónios pequenos conduzem os impulsos ao seu destino a velocidades de apenas 46 centímetros por segundo. Os axónios grandes são capazes de transmitir impulsos para as células nervosas a que se destinam a uma velocidade de cerca de 122 metros por segundo.

Uma dada célula nervosa apenas transmite informação para um número reduzido de receptores, mas pode receber informação de muitas outras células nervosas.A velocidade a que um axónio conduz um impulso depende do seu tamanho e de outras propriedades.

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A Sinapse

Corpo de uma célula coberto de botões sinápticosA área superficial de uma célula nervosa é suficientemente grande para receber informação de muitas outras células nervosas, por intermédio dos pequenos botões sinápticos que estabelecem a ligação com o corpo celular e suas dendrites, como se mostra à direita.

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A Sinapse

Retomemos:

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A Sinapse

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A Sinapse

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OS NEUROTRANSMISSORES

Cada neurónio elabora um neurotransmissor específico, que se armazena em vesículas sinápticas acumuladas nas ramificações do axónio.

Os neurotransmissores - substâncias químicas segregadas pelas vesículas sinápticas que, preenchendo a fissura entre os neurónios, possibilitam a comunicação entre eles, de modo a transitar a informação.

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OS NEUROTRANSMISSORES

A quantidade de neurotransmissores desenvolvidos no nosso organismo émuito grande, o que permite, sem darmos por isso, o estabelecimento de uma rede de diálogo entre os neurónios.

Entre os trinta neurotransmissores já conhecidos, incluem-se a acetilcolina, a noradrenalina, a adrenalina, a endorfina, a dopamina e a norepinefrina.

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OS TIPOS DE NEURÓNIOS

A informação circula basicamente em três tipos de nervos ou neurónios, que fazem parte do sistema nervoso periférico: os sensoriais, os motores e os mistos:

1 - Os neurónios sensoriais ou aferentes - Transportam as informações dos órgãos sensoriais até à espinal-medula e cérebro para aí serem processadas. São afectados pelas alterações ambientais e activados pelos vários estímulos com origem no interior ou exterior do organismo.

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OS TIPOS DE NEURÓNIOS

2 - Os neurónios motores ou eferentes -Transportam as impressões dos órgãos centrais para os vários órgãos periféricos ou efectores do corpo, isto é, músculos e glândulas, que são responsáveis pelas respostas. Por exemplo, fazer com que um músculo se contrai.

3 - Os neurónios mistos ou de conexão - Transportam a informação da periferia para os órgãos centrais (cérebro e espinal-medula) e destes para os órgãos periféricos. Interpretam as informações e elaboram as respostas.

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CRONAXIA

Quem decide o trajecto adequado que o influxo deve seguir são os órgãos centrais.

Como executam essa função?

Os neurónios não levam sempre o mesmo tempo a reagir a estímulos, podendo excitar-se ora com mais velocidade, ora com mais lentidão.

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CRONAXIA

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CRONAXIA

A lei do isocronismo, segundo a qual o influxo nervoso só circula de uma célula para outra se ambas possuírem a mesma cronaxia, isto é, a mesma rapidez de excitabilidade.

São os centros nervosos que avaliam por que neurónios deve circular o influxo e alteram-lhes as cronaxias de modo a que aqueles por que deve passar o impulso fiquem com a mesma rapidez de excitabilidade, e aqueles por onde não deve passar fiquem com velocidade de excitação diferente.

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