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O PERFIL DO EDUCADOR DO ENSINO INFANTIL BRASÍLIA, DF JUNHO - 2013

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O PERFIL DO EDUCADOR DO ENSINO INFANTIL

BRASÍLIA, DF

JUNHO - 2013

Diretoria Geral

Diretoria Acadêmica

Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa

Coordenação Geral de Trabalho de Conclusão de Curso

O PERFIL DO EDUCADOR DO ENSINO INFANTIL

Trabalho apresentado para Conclusão de

Curso - TCC do Programa do Curso de

Graduação em Pedagogia das Faculdades

Integradas PROMOVE de Brasília e do

Instituto Superior de Educação do ICESP.

Orientador(a) M.Sc. Sônia Regina Basili

Amoroso

Avaliador(a) Marluce Freire Lima de Araújo

Avaliador(a) Nilson Gomes de Lima

BRASÍLIA, DF

JUNHO – 2013

O PERFIL DO EDUCADOR DO ENSINO INFANTIL

Francisca Jacilene Alves da Silva 1

Karleide Ubaldo do Nascimento 2

Resumo

Infere-se que na educação infantil há o estabelecimento do primeiro vínculo da criança com

um novo espaço de aprendizagem, o que torna este momento de muita relevância para as

crianças, assim, infere-se que seja essencial que o docente e cuidadores que atuarão com a

criança desta faixa etária precisam ter formação adequada para a aquisição de um perfil

profissional que auxilie a integração da criança, tornando-a autônoma e socialmente integrada.

Por isso, este trabalho, que é um estudo qualitativo, de caráter exploratório e que buscou

explicar o fenômeno estudado, por meio com a coleta de dados realizado com a utilização do

questionário tinha como objetivo geral investigar que fatores do perfil docente são

impulsionadores da aprendizagem na educação infantil. Ouviu-se para isso seis professores

que atuam na Educação Infantil em uma instituição da Rede Particular de Ensino do Distrito

Federal. Concluiu-se com a pesquisa que há nos docentes sujeitos da pesquisa uma excelente

noção de que seu trabalho só será eficiente se souberem ser pacientes, atentos às necessidades

individuais de cada aluno e competentes para desenvolver aulas interessantes e com

metodologias adaptadas à realidade. Além disso, ficou claro que há neste universo talvez mais

do que em outros a necessidade do estabelecimento de um vínculo afetivo entre aluno e

professor, pois a afetividade anda sempre junto à aprendizagem.

Palavras-chave: Aprendizagem; Perfil do educador; Afetividade.

Abstract

Infers that in early childhood education for the establishment of the first link of the child with

a new learning space, what makes this moment a lot of relevance to children, thus, infers that

it is essential that the teacher and caregivers who will act with a child this age group need to

have adequate training to the acquisition of a professional profile that helps the integration of

child, making it autonomous and socially integrated. So, this work, which is a qualitative

study, exploratory and that sought to explain the phenomenon studied, through with the data

collection carried out with the use of the questionnaire had as general objective to investigate

what factors of the teaching profile are learning in early childhood education boosters.

Listened to six teachers who work in early childhood education in an institution of the private

schools of the Federal District. It was found with the research that faculty research subjects in

an excellent notion that his work will only be efficient if they know be patient, attentive to

individual needs of each student and to develop interesting lessons and methodologies

adapted to reality. In addition, it became clear that there is in this universe perhaps more than

in others the need of establishing an affective bond between student and teacher, because the

affectivity is always next to learning.

Keywords: Learning; Profile of the educator; Affectivity

1 Graduanda do curso de licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Icesp Promove de Brasília. 2 Docente da Educação Infantil no Colégio Cultural do Recanto das Emas e graduanda do curso de licenciatura

em Pedagogia pela Faculdade Icesp Promove de Brasília.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho buscou apresentar um estudo sobre o perfil que se espera que o

docente da educação infantil tenha para que viabilize, não só a aprendizagem das crianças,

mas sua integração e socialização. Infere-se que na educação infantil há o estabelecimento do

1º vínculo da criança com este novo espaço de aprendizagem, o que torna este momento de

muita relevância para as crianças.

Assim, como hipótese essa pesquisa acredita que o perfil do docente que receberá está

criança tenha que ser diferenciado, pois por meio de um bom relacionamento, em que haja

afetividade e motivação entre professor e aluno é provável que seja mais fácil desenvolver

uma aprendizagem com qualidade e principalmente harmoniosa, pois a convivência entre

ambos é diária e a relação dos mesmos não deve ser só de produção de conhecimentos. Além

disso, a criança, diante de um docente atencioso e paciente certamente terá maiores chances

de integrar-se ao meio escolar.

É notável a diferença entre ambientes que possuem educadores motivados e afetivos

que, geralmente, conseguem obter maior êxito em seu trabalho, quando comparados com

professores que não levam tão em conta essas qualidades e agem de forma fria e sem uma

relação interpessoal favorável, podendo muitas vezes retardar a evolução do aprendizado de

seus alunos.

Assim sendo, essa pesquisa teve por objetivo geral investigar que fatores do perfil

docente são impulsionadores da aprendizagem na educação infantil, e como objetivos

específicos buscou analisar quais são os aspectos mais importantes encontrados no perfil do

docente da educação infantil que podem ser prováveis geradores de sucesso escolar; verificar

as influências do comportamento dos professores para o aprendizado das crianças e analisar a

relevância da motivação e da afetividade na aprendizagem das crianças na educação infantil.

REFERENCIAL TEÓRICO

As primeiras creches

Conforme as autoras Machado; Paschoal (2009), na transição do feudalismo para o

capitalismo, a Europa substituiu as ferramentas pelas máquinas e também a força humana que

era exclusivamente dos homens, introduzindo o trabalho da mulher e das crianças nas

fábricas.

Segundo Reis (2002) na sociedade medieval não existia um olhar diferenciado para as

crianças os mesmos eram tratados como adultos em miniaturas. A industrialização coloca a

participação das mulheres e das crianças como força de trabalho, sendo este um dos aspectos

mais perversos da revolução industrial, sendo assim, na França e na Inglaterra o trabalho das

crianças começou a ser regulamentado e restringido pelo estado por meio da legislação

trabalhista, e passaram a utilizar a jornada de trabalho das crianças para dar instruções as

mesmas.

No Brasil não foi diferente, confirma ainda a autora acima, com a industrialização veio

à exploração do trabalho das mulheres e das crianças e isso fez com que o número de

instituições de crianças pobres crescesse e esses estabelecimentos tinham caráter

assistencialista.

Reis (2002) salienta que nesta época já existia diferença no atendimento das

instituições jardim de infância, escola maternal ou creches, de um lado para os filhos de classe

dominante o atendimento era educacional, enquanto que para as crianças pobres o

acolhimento era assistencialista, ou seja, cuidava apenas de manter as crianças limpas e

higienizadas, enquanto os pais estavam trabalhando.

Ainda conforme a mesma autora, no século XIX passou a ter uma visão mais ampla

nos assuntos que envolviam as crianças trabalhadoras e filhas de trabalhadores, e “foram

criadas instituições por iniciativa individual de filantropos burgueses na Inglaterra, França e

Alemanha e praticamente todas elas tiveram um caráter assistencialista”. (REIS, 2002, p. 2).

Com essa ideia de diminuir a jornada de trabalho das crianças para instruí-las,

continua afirmando ainda a mesma autora acima destacada, foram criadas as escolas de

educação infantil. O primeiro instituto fundado para atender as crianças pobres foi inventado

por Robert Owen, que instituiu para os filhos dos operários de sua fábrica. Em seguida,

surgiram várias outras escolas por vários precursores da Educação como, por exemplo,

Froebel.

Conforme as autoras Craidy; Kaercher (2001) a criação das instituições infantis esteve

articulada com o surgimento das escolas e do pensamento pedagógico moderno. Nos séculos

XVI e XVII ocorreu a possibilidade para que as escolas se organizassem, pois com a invenção

da imprensa, muitos tiveram acesso à leitura (da bíblia principalmente).

Afirmam ainda as mesmas autoras que a igreja teve papel relevante na alfabetização,

como havia disputas entre os templos católicos e protestantes, os dois se esforçavam para que

seus fiéis tivessem domínio da leitura e escrita. Outros fatores contribuíram para o nascimento

da escola moderna como: dar importância para a infância surgindo pensamentos de criar

espaços para educar as crianças, o interesse de especialistas que mostravam a essência da

mesma, da relevância dessa fase na vida do sujeito e de como deveriam organizar o espaço

escolar.

Segundo Craidy; Kaercher (2001) nessa época apareceram muitas teorias que

buscavam compreender a natureza infantil. Defendiam a ideia de que proporcionar educação

seria um meio de proteger as crianças das influências negativas do seu meio e preservar a

inocência, outros defendiam que era preciso educar as crianças para afastá-las das

explorações, enfim, surgiram várias teorias para compreender essa fase. Assim sendo, pode-se

dizer que essas ideias traçavam o destino social da criança, mobilizando os governos e

filantropias para transformar os pequenos em pessoas precisas numa sociedade almejada.

Finalmente, com o surgimento dessas visões as ações voltadas para a educação infantil se

tornaram mais otimistas.

Conforme Machado; Pachoal (2009) afirmam com o decorrer dos anos as funções da

educação infantil viu a necessidade de garantir o atendimento de caráter educacional para as

crianças na rede pública, e a partir de 1990, as discussões sobre o atendimento educacional

avançaram. Assim, no mundo atual, entende-se que a educação infantil tem de garantir o

educar e o cuidar, pois nesse aspecto as duas abordagens caminham lado a lado.

De acordo com ainda com as autoras Craidy; Kaercher (2001) a educação infantil foi

evoluindo e na contemporaneidade há leis regulamentadoras para este fim. Em que se

encontra na Constituição Federal de 1988, que trouxe uma nova doutrina em relação à

criança, reconhecendo-a como sujeito de direitos. Em seu Artigo 227 diz:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente,

com absoluta prioridade, o direito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao

lazer, a profissionalização, à cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e à

convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de

negligência, discriminação, exploração, violência e opressão. (BRASIL, 1988, p.

144).

Assim sendo, todos são obrigados a respeitar os direitos definidos na constituição do

País. Outros dois conceitos fundamentais da constituição dizem que os laboradores têm

direito a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até os seis anos de

idade em creches e pré-escolas; (art. 7º/ XXV) e ainda: O dever do Estado com a educação

será efetivado mediante a garantia de:

IV- atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade (art.

208, inciso IV).

Com base nesses conceitos infere-se que a educação infantil são direito da criança e de

seus pais com caráter educacional e não somente assistencialista. A mesma deve ser

desenvolvida em conjunto com a família para que unidas possam subsidiar o desenvolvimento

e felicidade da criança.

A aprendizagem na Educação Infantil.

Conforme Piletti (2010) afirma, observa-se que a educação é uma das fontes

fundamentais no desenvolvimento comportamental e na agregação de valores da espécie

humana, por isso o relacionamento entre as pessoas é de suma importância, pois sem o

convívio social é impossível viver em sociedade.

A criança começa a se relacionar desde cedo com outras pessoas e essa convivência

inicia-se dentro de casa, segue na escola e continua por toda vida.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) a

criança é um ser social e histórico, apesar dela ter multiplicidade de interações ela vê na

família um ponto de referência, elas concebem e entendem o mundo de um jeito próprio.

(BRASIL, 1998)

O ser humano é inacabado e está sempre em processo de mudança, nesse sentido a

aprendizagem deve contemplar os indivíduos como seres únicos, ativos e em construção.

Toda pessoa é dotada de conhecimentos que são adquiridos ao longo de suas vidas,

por meio da observação e experimentação, e isto corrobora para o desenvolvimento da

aprendizagem tornando o aluno capaz de resolver situações problemas e sentir-se cada vez

mais motivado em buscar conhecimentos. A escola e a educação infantil tornam-se nesse

sentido um marco divisor de águas.

De acordo com Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI),

no processo de construção do conhecimento as crianças desenvolvem a capacidade de pensar

e entender aquilo que lhes é estranho, é nas interações com outras pessoas que elas mais

conseguem desenvolver suas habilidades, pois o ensino não é uma cópia da realidade, mais

sim fruto de um trabalho de criação, significação e ressignificação. (BRASIL, 1998)

Ainda conforme o mesmo autor acima em destaque, no mundo contemporâneo a

cultura é diversificada, dentro da sala de aula a heterogeneidade é uma constante e nesse

contexto a instituição de educação infantil deve tornar o ambiente escolar acessível a todas as

crianças que a frequentam indiscriminadamente, deve cumprir um papel socializador,

propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio das diversas

aprendizagens e das interações, sendo que a primeira pode ocorrer através das brincadeiras ou

orientadas pelo adulto.

Conforme Fazendeiro (2010), uma pessoa deve ser vista como um todo, ou seja, no

processo de aprendizagem devem-se levar em conta as capacidades físicas e intrínsecas, que

são: mente e corpo, sentimento e intelecto, pois estas capacidades se complementam, além do

mais são inerentes.

Na visão de Luck; Carneiro (1985) o desenvolvimento afetivo deve ser visto com

especial atenção, tendo em vista que o funcionamento total do organismo envolve sentimentos

e emoções e, nesse sentido, a criança precisa compreender suas vontades e sentimentos para

aprender a controlá-las de maneira eficaz. Sendo assim, a escola tem a responsabilidade de

promover o desenvolvimento integral do individuo para que este não só adquira

conhecimentos e habilidades intelectuais como também adquira a capacidade de convívio

social, pessoal, atitudes e valores, imprescindíveis a seu mundo interior.

Ainda conforme as autoras acima observa-se que há uma tendência mais voltada para

o desenvolvimento cognitivo, de forma a desconsiderar muitas vezes o afetivo, elas enfatizam

que não basta só falar no desenvolvimento é necessário ter atitudes, tomar medidas

significativas, consistentes, sistemáticas e eficazes para a realização desse incremento, para

que possa conseguir a formação equilibrada e necessária para o ajustamento pessoal e social

da criança.

De acordo com Luck; Carneiro (1985), o fato de as escolas não estarem dando a

devida atenção ao que tange a afetividade pode ser resultado de diferentes fatores.

Dentre eles destacam-se a provável falta de compreensão por parte dos educadores e

técnicos em educação em relação à afetividade e no desenvolvimento integral do educando,

dificuldade de reconhecer os aspectos necessários à promoção do desenvolvimento afetivo, a

não discussão e decisão sobre as normas reguladoras sobre o assunto, a existências de poucos

instrumentos de medidas e avaliação do domínio afetivo, que venham orientar o ensino e a

aprendizagem, em muitos casos a escassez de literatura de fácil acesso aos profissionais da

educação que possam orientar o trabalho pedagógico em busca do domínio afetivo.

Sugerem as mesmas autoras que para a solução do problema seria necessário

estabelecer objetivos específicos da ação docente visando observar e definir os

comportamentos em geral, criar oportunidades de analisar a relação do domínio afetivo com o

cognitivo, a falta de determinar dificuldades e limitações de cada um sobre a temática, dentre

outros.

Conseguindo colocar os objetivos acima em prática é provável que estas possam

orientar e direcionar o processo educativo, tornando o mais equilibrado, integrado e eficaz.

Quando o processo educativo dá atenção ao desenvolvimento afetivo ele proporciona

facilitação da aprendizagem afetiva bem como desenvolve aspecto fundamental para a

participação social.

Para Coelho (2010), ao se pensar na educação infantil é possível conceber que nesta

etapa inicia-se o processo de aprendizagem, integração e socialização, e ela tem por objetivo

tornar as crianças preparadas para atuarem numa sociedade democrática, multidiversificada e

em constante transformação, que vai exigir equilíbrio e controle emocional.

Sendo assim, na escola devem ser trabalhadas atividades diversificadas visando o

desenvolvimento da criança, tanto pessoal como social, através do conto, da música, do jogo,

brincadeira, pintura e hora do aprender os pequenos aprendem a interagir e a se socializar com

o próximo, desenvolve a criatividade, a imaginação, valores como respeitar os colegas, nos

jogos aprendem a ganhar e a perder e tudo isto são situações necessárias e que refletirá na

vida adulta.

A formação e o perfil docente para a Educação Infantil.

Segundo Moço; Martins (2010), desde os primórdios o mundo vem evoluindo, e

junto com ele as novas gerações já vão acompanhando ou até mesmo nascem nessa

modernização. Pois as inovações tecnológicas estão cada vez mais inseridas na sociedade, os

alunos da contemporaneidade desde pequenos já interagem com a tecnologia de informação e

comunicação, o que exige um olhar diferente sobre o impacto disso na aprendizagem. Os

estudantes conectados têm uma relação diferente com o tempo e com o mundo, o que coloca

desafios para a docência.

Conforme as autoras Rego; Pernambuco em pesquisa realizada no documento da

UNESCO (2000) o mundo está crescendo rapidamente e essa transformação faz com que o

educador se veja na necessidade de aprimorar a sua profissão qualificando e equilibrando a

competência pedagógica com a aptidão da disciplinada ensinada. Em decorrência da não

preparação contínua do educador em agir de acordo com as necessidades da nova geração,

este pode encontrar dificuldades na educação infantil, porque, não consegue ter visão de

infância, desenvolvimento, aprendizagem, realidade dos alunos, conteúdos e metodologias

entre outros.

Na visão das autoras, é comum observar que eles não conseguem partir do

conhecimento do aluno, de seu cotidiano, não estabelecem uma troca dialógica entre os

saberes dos alunos e dos docentes, não adéquam os conteúdos a faixa etária da educação

infantil, muito menos relacionam com o dia a dia das crianças. Situação essa que é de grande

relevância para um aprendizado eficaz.

De acordo com as autoras muitas vezes os educadores até conseguem identificar

problemas de aprendizagens e comportamento dos alunos, mas não sabem mediar ou trabalhar

essas dificuldades. Nas metodologias trabalham de forma estanques seguindo livros didáticos,

enfim não inovam, assim como não conseguem usar a interdisciplinaridade.

Ainda as autoras afirmam que, diante de todos esses fatores, surge uma visão ampla

sobre os desafios que precisam ser superados, permitindo uma visão mais aproximada da

realidade e formação do educador infantil que no processo de formação continuada poderá

encontrar a solução desses problemas melhorando suas dificuldades e necessidades, assim

como, das crianças que estão trabalhando, inovando conteúdos e metodologias adequados e

significativos para cada faixa etária da educação infantil.

A função da afetividade e da motivação na atuação do docente e na aprendizagem.

Para Almeida (2008), as estruturas afetivas juntamente com a inteligência são fatores

que se complementam para o sucesso escolar. Além das habilidades cognitivas, é necessário

certo desejo, uma motivação para aprender, pois humor infantil influência no

desenvolvimento da criança. Observa ainda a autora que todos os tipos de estados afetivos que

surgem nas relações sociais, têm um forte efeito sobre as condutas intelectuais e morais.

Afirma ainda a mesma autora, a educação infantil se realiza nas interações que

objetivam não só as necessidades básicas, como também a construção de novas relações

sociais. Portanto, a interação professor aluno ultrapassa os limites profissionais e escolares,

pois é uma relação que envolve sentimentos e deixa marcas para toda a vida. A relação

professor aluno deve sempre buscar afetividade e comunicação entre ambos, como base e

forma de construção do conhecimento e do aspecto emocional.

Segundo Moraes; Varela (2007) essa relação estabelece uma seleção dos conteúdos,

organização e sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos. Mesmo assim

salientam que é importante não limitar os estudos em relação ao comportamento do professor

com o resultado dos alunos.

As autoras afirmam que o educador, para por em prática o diálogo, não deve colocar-

se como o único e soberano dono do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não

sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais

importante: o da vida. Conhecimentos que se constituem ao longo de sua vida e se tornam tão

importante quanto os demais saberes

Almeida (2008) ressalta ainda que ser professor não é apenas transmitir

conhecimentos ele deve despertar no aluno valores e sentimentos, como amor ao próximo e o

respeito, entre outros. Buscando valorizar no individual cada possibilidade de construção.

Complementa e concorda Antunes (2008) com o autor anterior afirmando que é

necessário ensinar para as crianças que além dos bons sentimentos deve-se acima de tudo

praticar as ações voltadas para este fim. Outro fator preponderante na educação é o respeito,

que é um valor essencial para a mudança social, assim como, para a harmonia entre os

cidadãos.

Segundo o autor acima, o professor deve orientar a criança para o respeito ao

próximo, pois, muitas vezes o desrespeito surge devido à falta de conhecimento do esforço do

outro, ou mesmo da percepção de alteridade, ou seja, de que eu dependo da relação com o

outro.

Sobremaneira, na atualidade em que se observa que a família quase não tem tempo

de participar de momentos educativos, deixando muitas vezes a desejar no tocante a formação

da moral e do convívio social polido, cabe maior atenção do docente nestes aspectos, pois

como espelho para o aluno ele não pode ser ou praticar o que ele mesmo não faz.

Outro fator indispensável ao processo de aprendizagem é a motivação que é

propiciada por um adequado e equilibrado processo psicológico, que leva a pessoa a fazer

esforços para obter certo resultado. Ela é de extrema relevância para o desenvolvimento

humano.

Conforme Negrini (1994) descreve, quando se fala em aprendizagem adiciona-se a

motivação como inerente ao processo, pois, é principalmente através dela que se desencadeia

todo o processo de assimilação. Não se pode conceber que a afetividade esteja dissociada da

cognição.

A aprendizagem significativa é usada conforme a importância que os indivíduos lhes

atribuem, por isso varia de pessoa para pessoa e o educador deve esforça-se para que seus

ensinamentos sejam o mais significativo possível.

De acordo com Moraes; Varela (2007), quando a criança tem alegria e prazer em

aprender, o aprender se torna mais interessante e ele se sente competente pelas suas atitudes e

métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não surge facilmente, no início

não é uma satisfação, muitos encaram como cobrança e obrigação, o professor deve cultivar

todos os dias o interesse em seus alunos, despertando nele a curiosidade e desenvolvendo em

conjunto suas atividades.

De acordo com Negrine (1994) a aprendizagem depende não só do intelectual como

também das experiências prévias de aprendizagens formais ou não formais. Porém, muitas

vezes a percepção que o aluno tem de uma determinada atividade não é condizente com a do

professor e isso explica porque as atividades propostas pelo educador podem não motivar os

alunos.

Para Moraes; Varela (2007) o bom professor tem que construir a cidadania em seu

aluno, procurando sempre novas experiências, entender os problemas e sentimentos que

permeiam seu viver e tentando sempre usar como foco principal a sua autorrealização.

O papel do professor consiste em agir como intermediário entre os conteúdos da

aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação do que precisa ser ensinado. A

postura do mestre em sala de aula colabora para a aprendizagem dos alunos, pois são espelhos

para as crianças e esta ação do docente por sua vez reflete valores e padrões da sociedade.

Na relação professor–aluno a afetividade, confiança empatia e respeito devem ser

diários para que se desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão e a aprendizagem. Além disso,

deve permanecer a confiança para que os alunos levantem questionamentos e apresentem suas

dúvidas. Porém, esses sentimentos não devem ser confundidos, eles não podem interferir no

dever e na ética do professor, como exemplo não beneficiar nem prejudicar um aluno por

amizade ou falta de afeto.

O clima da relação professor aluno depende muito do professor, das suas capacidades

de saber ouvir, refletir e discutir e, principalmente da compreensão dos alunos e da construção

entre o seu conhecimento e o do aluno.

O docente deve educar seus discentes para as mudanças, levando-os a adquirir

autonomia e buscando o lado positivo dos fatos para que haja uma boa formação desde cedo e

sobre suas responsabilidades como cidadãos.

Os alunos também exercem uma influência do professor em ensinar, criando assim

uma boa relação para que haja um bom aprendizado. Eles também precisam entender o

interesse do educador, dessa forma ele se sente motivado a se dedicar às suas obrigações.

O docente precisa adotar estratégias seguras, não criticando ou expondo os alunos,

mas interagindo melhor com a turma em sala de aula, saber que um comentário mal feito pode

desanimar seus alunos ou ainda mais, seguindo o mesmo contexto, o destaque sala de aula

sobre os que são mais rápidos ou mais astutos não é correto, pois estes não podem receber

toda atenção.

Isto pode gerar uma sensação de desvalorização e sobrevalorizar aqueles alunos

“destaques” que já estão com autoestima alta também não é bom, visto que eles podem se

tornar arrogantes e desdenhosos dos demais. É importante se preocupar com os alunos que

precisam de mais cuidado, carinho e atenção. Pois o grande desafio está em dar a cada um o

que necessita para desenvolver-se.

Vale lembrar que todo professor gosta quando seu aluno é dedicado, o que deve ser

mudado é dar mais atenção aos estudantes que atrapalham as aulas, o professor deve controlar

seus sentimentos, não respondendo ao desinteresse das crianças com o seu desinteresse.

Conforme Fazendeiro (2010) afirma, o ensino é de total relevância para o

crescimento das pessoas. O professor deve ser observador para verificar todos os aspectos que

influenciam a aprendizagem e trabalhar em cima dos fatores negativos, que surgem

diariamente visando minimizá-los e assim conseguir reforçar nos alunos o desejo pelo

aprender.

Segundo o mesmo autor acima destacado o mestre deve sentir a necessidade de

conhecer e compreender o aluno em suas particularidades individuais e situacionais, bem

como atentar-se a seu crescimento em sala de aula. O mesmo ressalta que a prática do

educador não é só na sala de aula, mas é também uma prática social. O docente não pode se

ater apenas ao cotidiano escolar e sim também as dificuldades da própria sociedade.

Diferentes teorias do desenvolvimento infantil

De acordo com Craidy; Kaercher (2001) a educação da criança pequena envolve o

cuidar e o educar, pois, as crianças da educação infantil tem necessidade de atenção, carinho e

segurança, mais que as crianças mais velhas comumente requerem. O cuidar refere-se às

condições de higiene, sono e alimentação e a educação é quando as crianças passam a

interagir com outras, desenvolvendo sua cultura, aprendendo a viver no seu grupo social,

atribuindo significados aquilo que as cerca.

De acordo com as autoras, muitas vezes a experiência educativa tem variado

bastante, confundindo os verdadeiros papeis que devem existir nessa faixa etária, em que é

comum que muitos eduquem modelando comportamentos, buscando submissão,

disciplinamento, silêncio, obediência, ou até mesmo por vezes praticando a escolarização

precoce, quando na verdade nessa faixa etária deve-se promover o bem estar das crianças

adequando as metodologias às suas necessidades de fantasia, afetividade, brincadeira, enfim,

manifestações que participam de sua vida.

Na educação infantil a criança desenvolve o modo de pensar, a sensibilidade, o gosto

pelas manifestações culturais e tudo isso são experiências adquiridas na primeira fase da

educação. Esta etapa de ensino é, portanto, fundamental, pois é um espaço de conhecimento

de mundo, quando as crianças, de forma fantasiosa e mesmo imaginária, reproduzem a vida

real, cotidiana..

Ainda de acordo com Craidy; Kaercher (2001), Vigotsky em sua obra acreditava que

o desenvolvimento psicológico ocorre de acordo com a interação entre o indivíduo e o seu

meio, sendo que acontece no contexto histórico e social e por isso a cultura desempenha um

papel de grande relevância.

Afirmam as autoras em destaque acima que para Vigotsky a relação dos indivíduos

com o mundo é mediada por símbolos, sendo que a linguagem possibilita a comunicação

entre os mesmos, dessa maneira as pessoas conseguem abstrair e generalizar o pensamento,

ou seja, é a linguagem que viabiliza o estabelecimento das relações.

Ainda segundo Craidy; Kaercher (2001), Vigotsky afirmava que a criança primeiro

utiliza a fala socializada para se comunicar e só mais tarde ela usa para participar e se adaptar

ao seu meio social. É por meio da linguagem que a criança é capaz de ordenar o mundo real.

As autoras salientam que na visão de Vigotsky as crianças apresentam no seu nível

de desenvolvimento o nível real e potencial: o primeiro consiste nas coisas que eles já fazem

sozinhos sem precisar de ajuda das pessoas, sendo que, o potencial são as tarefas que elas

realizam com o auxilio dos outros.

Para Craidy; Kaercher (2001), a zona de desenvolvimento potencial, descrita por

Vigotsky corresponde ao momento em que o professor pode explorar a ação da criança

fazendo com que ela progrida na compreensão do mundo, a partir do desenvolvimento

consolidado.

Conforme Arantes (2003) salienta, Vygotsky destacou em sua obra a importância dos

sentimentos e emoções deixando claro o seu ponto de vista. Porém, antes disso, ele examinou

as teorias anteriores à sua criando assim uma abordagem que valorize sobremaneira o papel

da afetividade, da imaginação, da criatividade e da volição.

Afirma o autor acima que para Vygotsky conforme a qualidade das emoções e as

transformações do conhecimento conceitual e os processos cognitivos da criança se

desenvolvem, a cultura seria um dos instrumentos para o domínio afetivo ao longo da vida.

Ainda afirma Arantes (2003) que para Vigotsky o entender total do pensamento

humano só se torna real quando se concebe a base afetivo/volitiva. Ele destaca que a razão

controla o impulso emocional no homem. No desenvolvimento a razão está do lado da vida

afetiva, para ele o aprendizado sobre as emoções e o afeto se inicia quando a criança nasce e

segue por toda sua existência.

A afetividade está relacionada com o meio cultural e assim é construída e estão

diferenciadas em cada grupo cultural, uma vez que em cada cultura compreende-se afeto e

relação de uma forma muito distinta. A linguagem é um fator que contribui para o campo da

afetividade.

Arantes (2003) afirma, que se tratando de Piaget, descreveu o desenvolvimento

infantil de forma bastante biológica, mas de certa forma apropriada, as autoras afirmam que

ele buscava descobrir como se formava o conhecimento, para tanto, compreendeu que o

objeto fazia parte dessa estrutura a partir da ação do sujeito sobre o objeto. Ele entendia que

era necessário desenvolver a capacidade de organizar, estruturar, entender e depois disso por

meio da fala, explicar pensamentos e ações. E nesse sentido a inteligência vai se

desenvolvendo a partir do contato com o mundo.

E em se tratando da afetividade, conforme Arantes (2003) afirma Piaget dava devida

importância ao desenvolvimento afetivo da criança. Ele defendia a tese da correspondência

entre as construções afetivas e cognitivas, ao longo da vida dos indivíduos, e recorria às

relações entre afetividade, inteligência e vida social para explicar a gênese da moral.

Ainda conforme as autoras, na perspectiva de Wallon, tem-se um olhar voltado para

a afetividade, motricidade e inteligência. Ele entendia assim como Vigotsky que a interação

com o meio, proporciona o desenvolvimento da inteligência, como também o modo como vê

a experiência, ou seja, tudo que está envolvido com a cultura contribui para formar o contexto

do desenvolvimento.

Arantes (2003) afirma que Wallon também classifica o desenvolvimento por

estágios, mas estes ocorrem de forma não contínua e que sofrem reformulações, pois não se

somam à reorganização dos estágios anteriores.

Para o mesmo autor acima em destaque, para Freud, o educador tem que estar

atento ao fato do termo “emocional”, para designar dificuldades de seus alunos, de certa

forma as emoções teriam consequências, vindo das tradições teórico-filosóficas que entende

as emoções como nada bom para alma. Nenhum educador quer transformar os seus alunos em

alguém sem sentimentos.

A psicanálise não estuda o desenvolvimento afetivo ou emocional de uma criança,

mas a constituição do sujeito partindo do que está em seu inconsciente, que traz de forma

oculta o que foi vivenciado na infância, principalmente.

METODOLOGIA

Esta é uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório que buscou explicar o

fenômeno estudado, por meio com a coleta de dados realizado com a utilização do

questionário.

Segundo Moysés; Moori (2007) afirmam que para Parasuraman (1991), um

questionário é tão somente um conjugado de questões, feito para originar os dados

imprescindíveis para se atingir os objetivos do projeto. Os autores afirmam também que

construir questionários não é uma tarefa fácil e que aplica tempo e esforço adequados para a

construção do questionário é uma necessidade, um fator de diferenciação favorável.

O mesmo autor destaca que não existe uma metodologia padrão para o projeto de

questionários, porém existem recomendações de diversos autores com relação a essa

importante tarefa no processo de pesquisa científica.

O campo de pesquisa escolhido foi uma instituição particular da Rede de Ensino do

Distrito Federal, localizada na Região Administrativa do Recanto das Emas que atende as

etapas de ensino da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.

Atendendo em média 150 alunos, em dois turnos e a comunidade em que se insere é

de classe média, que trabalha no serviço público, comércio local e etc.

Os respondentes, sujeitos da pesquisa foram seis professores que atuam na Educação

Infantil.

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

Foram participantes da pesquisa seis docentes e, para iniciarmos com uma

caracterização do perfil dos mesmos têm em média 30,5 anos, pois as idades variam de 19 a

50 anos.

Dos seis respondentes 100% são do sexo feminino.

A partir dessa etapa serão apresentados os dados obtidos por meio da aplicação do

questionário com 10 questões e logo abaixo as pesquisadoras optaram por fazer a análise dos

dados obtidos, o que se deve à compreensão de que isto permitirá um encadeamento lógico e

uma oportuna compreensão sobre o que emerge da pesquisa.

Como primeira questão foi perguntada que fatores do perfil docente podem ser citados

como relevantes ou imprescindíveis para atuar em sala atualmente.

Quanto aos resultados foram apresentadas características tais como: afetividade,

domínio de conteúdo, relação interpessoal, comprometimento, saber lidar com a diversidade,

conhecer diferentes recursos e estratégias de ensino. O que nos remete a refletir que realmente

estas são características consideradas fundamentais, pois são inerentes à profissão dos que

atuam na formação de outras pessoas.

Dentre as respostas destaca-se a da professora E que afirma:

Professora E (sic): “Domínio de conteúdos; domínio das diretrizes; organizar os

objetivos e conteúdos de acordo com o currículo, com o desenvolvimento dos alunos e com

seu nível de aprendizagem; avaliar de maneira coerente; trabalhar em equipe; aprimorar seu

trabalho constantemente; otimizar o tempo disponível para o ensino”.

Isso leva-nos a refletir que há uma aparente compreensão da importância que o perfil

docente desempenha em sua atuação. Há em todas as falas muita coesão e coerência, visto

que, de fato, o docente que atua em sala de aula nesta atual conjuntura precisa ter estas

características, sem as quais se considera que será impossível alcançar os objetivos

educacionais propostos.

As opiniões são coincidentes com o que afirma Negrine (1994) que diz: A

aprendizagem depende não só do intelectual como também das experiências prévias de

aprendizagens formais ou não formais. Porém, muitas vezes a percepção que o aluno tem de

uma determinada atividade não é condizente com a do professor e isso explica porque as

atividades propostas pelo educador podem não motivar os alunos.

Dando continuidade analisa-se a segunda questão em que foi afirmado que muitas

vezes observa-se que algumas escolas preocupam-se mais com as habilidades cognitivas, não

dando relevância ao desenvolvimento das habilidades afetivas das crianças. E perguntou-se

então se o docente concorda com esta afirmativa, pedindo-se a seguir que explique por que;

Nas respostas é possível citar que a grande maioria das professoras relatou que as

escolas comumente se preocupam apenas com os conteúdos a serem trabalhados e deixam de

lado a afetividade.

Dentre as respostas obtidas pode-se destacar a da professora V que afirma:

Professora V (sic): “Isso pode acontecer em escolas que visam se destacar a fim de

promover e engrandecer o nome. Sabemos que a criança antes de tudo precisa se sentir bem

para desenvolver principalmente o lado afetivo”.

Estas respostas nos levam a acreditar que a afetividade é muito relevante, e que as

crianças precisam ser estimuladas desde cedo para que tenham esta compreensão, pois a

afetividade envolve emoção e, esta, por sua vez, caminha de forma adjacente à aprendizagem

e à cognição.

Seguindo a ordem, na terceira questão perguntou-se aos respondentes quais os

fatores mais relevantes considerados como impulsionadores da aprendizagem na educação

infantil.

Foram citados de forma recorrente o lúdico, o dinamismo do professor, as condições

favoráveis de trabalho e o interesse pelas novas estratégias de ensino.

Dentre as respostas destaca-se a da professora E que afirma:

Professora E (sic): “Conduzir a criança para conhecer e se aprimorar a sua

independência, desenvolver suas potencialidades, conhecer seu corpo e seus limites,

fortalecer sua autoestima, sua capacidade expressiva, sua autonomia, desenvolvendo-se

gradualmente através do brincar.”

Em todas as respostas foi possível identificar que o lúdico é essencial para a

formação das crianças na unanimidade das respostas, e que através da brincadeira a criança

quebra barreiras e preconceitos, que se estabelecem muitas vezes muito além da sala de aula,

ou seja, em sua realidade. É por meio da brincadeira, do lúdico que ocorrem momentos

oportunos de interação, fazendo com que a aproximação ocorra de forma espontânea e

duradoura.

Há no brincar um quê de emoção que torna a todos realmente semelhantes, com

possibilidades, capacidades e ritmos diferentes, mas com uma solidariedade que une e

transforma. A criança que sabe brincar aprende mais que conteúdos, aprende e ensina, divide

e estabelece vínculos.

Segundo o Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI):

Nesse sentido, brincar deve se constituir em atividade permanente e sua constância

dependerá dos interesses que as crianças apresentam nas diferentes faixas etárias [...]

lembrar-se sobre o que, com quem e com o que brincaram poderá ajudar as crianças

a organizarem seu pensamento e emoções, criando condições para o enriquecimento

do brincar. Nessas situações, podem-se explicitar, também, as dificuldades que cada

criança tem com relação a brincar, caso desejem, e a necessidade que tem da ajuda

do adulto. (BRASIL, 1998, p.50)

Na quarta questão após a afirmação de que atualmente a formação docente precisa

ser cada vez mais continuada visando atender às demandas do mundo globalizado e dos

avanços tecnológicos perguntou-se como os educadores devem proceder para atingir um nível

eficaz de educação.

As respostas tiveram semelhanças e muito em comum, citaram que o docente deve

estar sempre buscando estudar e obter novas informações através de palestras, seminários e

especializações.

Isto talvez demonstre que a compreensão sobre a formação continuada se revele para

estes docentes apenas com estas formas de obtenção

A professora E afirma que:

Professora E (sic): “O docente deve estabelecer um tempo para esta formação,

organizar uma rotina, estudando e aprimorando os conhecimentos e saber fazer esta

transformação na prática, levar seu conhecimento novo para a sala de aula”.

Compreende-se que o educador é responsável pelo ato de atualizar-se e formar-se,

buscando obter sua formação continuada, pois é uma necessidade inerente à sua profissão e

deve fazer parte de um processo permanente de desenvolvimento pessoal, profissional e

organizacional.

Além disso, a troca entre os pares também é grande propulsora de formação e

complementação, pois muitas vezes os docentes realizam trocas de saberes e isso concorre

favoravelmente para o aperfeiçoamento de seu trabalho.

Na quinta questão foi questionado se a escola em que trabalham oferece formação

continuada aos professores. E foi solicitado que explicassem sua resposta.

Nesta questão houve respostas diferenciadas, quatro das respondentes informaram

que não, a instituição só oferece palestras e reuniões. Duas citaram que sim, a instituição em

que atuam oferece palestras, reuniões para aprimorar o conhecimento do professor. Esta

diferença nas respostas talvez possa se dar pela compreensão que os docentes têm sobre estas

oportunidades de aprendizagem, e formação, como já o dissemos acima.

Duas respondentes destacam-se pela divergência em suas respostas.

A professora E afirma que:

Professora E (sic): “Sim oferece, através de palestras, seminários oferecidos pelo

sindicato e cursos que são desenvolvidos dentro da própria instituição sem privilegiar

ninguém”.

A professora K afirma que:

Professora K (sic): “Não. Conforme seus interesses e necessidades, os professores da

escola procuram se atualizar, fazendo cursos, pós-graduação, assistindo palestras e etc.

Dentre as respostas podemos entender que a instituição oferece cursos e palestras aos

docentes, porém, na maioria das vezes os professores que por si buscam a formação

continuada, muitas vezes individualmente ou em grupo.

Como sexta questão foi perguntada que na sociedade contemporânea a

heterogeneidade é uma constante no ambiente escolar assim, quais são as maiores

dificuldades que o professor encontra para lidar com essa situação.

Algumas respondentes disseram que as dificuldades encontradas seriam a falta de

recursos, a ausência da família, falta de informação dos docentes e mesmo a insegurança.

A professora E afirma:

Professora E (sic): “O professor tem que trabalhar de forma diversificada para que

possa atender a todos sem privilegiar ninguém”.

No mundo globalizado entendemos que a heterogeneidade é bastante comum, e

dentro da escola a integração das diferenças deve ocorrer da maneira simples e lúdica para

que as crianças entendam que todos somos diferentes e que não existe ninguém melhor ou

pior, apenas diferentes.

E para que essa relação torne-se saudável, é necessário estabelecer vínculos afetivos

de modo a promover a reciprocidade. Para isto, o educador deve dispor de habilidades que os

levem a superar os obstáculos que inegavelmente ocorrem e que são inerentes à convivência

entre seu público-alvo. Principalmente devem procurar não fazer desses uma barreira

mediante as atitudes manifestadas.

Isto é discutido pelo Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI): que

afirma:

“O desenvolvimento da identidade e da autonomia estão intimamente relacionados

com os processos de socialização. Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços

afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos,

contribuindo para que o reconhecimento do outro e a constatação das diferenças

entre as pessoas sejam valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si

próprias”. (BRASIL, 1998, p. 12)

Na sétima questão foi descrito que a relação professor aluno é de extrema relevância

para o desenvolvimento infantil, sendo assim, questionou-se quais os procedimentos que o

professor deve tomar para criar um laço de respeito, confiança e afetividade.

As respostas foram sempre marcadas com expressões tais como: transmitir amor,

carinho, ter respeito, amizade e usar sempre a criatividade.

A professora V, colocada abaixo em destaque afirma que:

Professora V (sic): “Desde o primeiro dia de aula mostrar o que você é e o que quer

dos alunos. Mostrar-se companheira, atenta e principalmente carinhosa, pois alguns são

carentes de afeto, mas nunca deixando de ser o profissional docente. Outro fator é inovar nas

aulas trazendo coisas diferentes e atraentes para os alunos”.

Na relação professor-aluno a afetividade é uma arma poderosa, em que as duas partes

acabam sempre ganhando. A confiança do aluno o professor recebe através de bons gestos e

principalmente sendo verdadeiro com as crianças. Procurando em alguns momentos se

colocarem no lugar dos pequenos, buscando sempre fazer o melhor.

Encontra-se assinalado no Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI):

que:

O estabelecimento de um clima de segurança, confiança, afetividade, incentivo,

elogios e limites colocados de forma sincera, clara e afetiva dão o tom de qualidade

da interação entre adultos e crianças. O professor, consciente de que o vínculo é,

para a criança, fonte contínua de significações, reconhece e valoriza a relação interpessoal. (BRASIL, 1998, p, 49)

Na oitava questão foi afirmado que a motivação é um fator inerente ao processo de

aprendizagem e questionou-se que ações o docente procura desenvolver para envolver seus

alunos, a fim de torná-los motivados para aprender.

Foi citado que as aulas devem ser interessantes para os alunos, e que o professor

pode trabalhar com músicas, vídeos, jogos, brincadeiras que estejam relacionados ao tema da

aula, isso aliado a aulas mais dinâmicas e interessantes pode gerar a motivação desejável para

a aprendizagem.

Dentre as respostas destaca-se a da professora E que afirma:

Professora E (sic): “As ações devem contemplar a autorrealização, a autoestima,

deve contemplar as necessidades sociais, a segurança e as fisiologias, valorizando estas

necessidades nas ações em sala o aluno aprende com mais entusiasmo e segurança”.

Somos conhecedores de que o professor deve estar sempre inovando, fugindo das

aulas tradicionais e não fazendo com que seu aluno receba um conhecimento bancário, que

seja apenas depositado sobre seu pensar, mas visar sempre que eles sejam questionadores

desde cedo. A criatividade é sempre vital para a aula de boa qualidade, e para que as crianças

tornem-se mais criativos e arrisquem desafiar sua capacidade.

Assim, pode-se dizer que:

O facto de um aluno querer aprender, não é por si só, razão suficiente para realizar

com êxito uma actividade. A motivação do querer aprender reside na planificação,

na consciência do que se quer e de como se quer aprender e ainda na procura de

novas informações. Também o orgulho, a satisfação, o facto de não ter medo de

falhar e ser capaz de interpretar eficazmente o feed-back, são factores relevantes de

todo este processo. Obviamente, que não podemos esquecer a qualidade do esforço

mental do aluno.(OLIVEIRA; COSTA, 2010, p.229)

Na nona questão foi perguntado quais as maiores dificuldades encontradas na prática

docente de educação infantil e foi solicitado que citassem algum desafio vivido e como foi

enfrentando.

As maiores dificuldades encontradas pelos professores seriam então, a falta de

apoio da família, ao atraso e falta dos alunos, entender que os alunos também aprendem

brincando e que o papel da educação infantil seria desenvolver habilidades diversas, que nem

sempre são realizadas no papel, mas principalmente na aquisição motora, afetiva, cognitiva

etc..

A professora V afirma que:

Professora V (sic): “Penso que o novo sempre dá medo em todo mundo. Uma

situação difícil que enfrentei foi assumir turma indisciplinada com atividades atrasadas e

baixo rendimento. Foi difícil, mas vencemos com paciência e muito trabalho”.

Sabe-se que são inúmeros os desafios que o professor encontra em sala de aula,

algumas vezes a falta de apoio da escola e da família, a indisciplina dos alunos e a falta de

recursos didáticos. Um fator importante que possa ser considerado desafio pode ser o baixo

salário, pois são tantas as adversidades e num cenário em que o docente fica desestimulado

por trabalhar por muitas horas e receber um salário nem sempre justo, pode ser fator que o

leve a sentir-se desvalorizado, principalmente na educação infantil que é a etapa de ensino que

remunera de forma desigual seus docentes.

Na décima questão foi perguntado que no processo educativo deve-se levar em conta

o desenvolvimento integral da criança, ou seja, as capacidades cognitivas, físicas e

emocionais. Diante disso, questionou-se qual deve ser o papel do professor de modo a

contribuir para uma educação de qualidade.

Diante das respostas, pode-se destacar que os professores afirmam que tem que ser

observadores dos seus alunos, estreitar a relação família e escola, trazendo meios que

possibilitem o aluno a construir e desenvolver suas capacidades de forma intergral, ou seja,

considerando-o um ser completo e complexo movido pelo cognitivo, afetivo, físico e

psicológico de forma integrada.

Sobre isso afirma a professora E:

Professora E (sic): “Registro e avaliação da sua prática educativa, envolver as

crianças em experiências que elas saibam construir sua autonomia, valorizando suas

diferenças, interagindo e valorizando suas conquistas e respeitando suas individualidades”.

Sabemos que o professor é o mediador para que ocorra na criança uma boa interação

na escola e isso reflita positivamente em sua vida cotidiana.

Encontra-se na atual LDB 9304/96 no Art. 29 da LDB, que: A educação infantil,

primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da

criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996, 135).

Isto foi apresentado pelo que afirma o Referencial Nacional Curricular para a

Educação Infantil (RCNEI), que foi construído buscando “[...] apontar metas de qualidade que

contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades,

capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos” (BRASIL,

1998, p. 5).

Fugir disso seria fadar a sociedade a uma educação precária e que não só não

atendesse à sua essência, mas descaracterizasse a infância tal como é concebida atualmente,

pois: “sendo assim, é preciso conhecer os alunos na sua personalidade, desenvolvimento de

suas histórias, e também, as famílias e a característica de sua faixa etária. A escola de

educação infantil, ao longo de sua história traz marcas de assistencialismo que permanecem

de certa forma, até os nossos dias”. (SCHULTZ, 2011, p.8)

E considera-se que já não há mais espaço para esta visão arcaica e sem sentido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo do tempo a educação infantil vem perpassando por várias modificações,

transformações estas que vieram contribuir para a valorização desta etapa de ensino, pois o ser

humano deve ser visto como um ser em desenvolvimento desde cedo. Neste sentido, foram

criadas várias leis que amparam a criança e o adolescente, visando garantir seus direitos e

deveres perante a lei.

A educação infantil é uma etapa de grande relevância na vida da criança, pois é o

primeiro vinculo que ela vai estabelecer fora do ambiente familiar, é na escola que ela vai

aprender a se socializar, a interagir com outras pessoas, vai desenvolver a sua identidade e

autonomia é por meio da educação que a criança inicia a sua visão de mundo.

Neste sentido os profissionais que atuam nesta área carregam grande

responsabilidade e desafios para desenvolver um bom trabalho. Na pesquisa ficou claro que

alguns docentes encontram-se desanimados, isso pode ocorrer em função de diferentes

fatores, tais como a rotina exaustiva por um elevado número de horas trabalhado, outro fator

pode ser salarial e mesmo os impactos da falta de participação das famílias, que têm sido

destacadas como comumente ausentes. Mas invariavelmente observa-se que isso também

pode acarretar que fiquem ali na intenção de cumprir apenas a sua carga horária, não fazendo

de sua profissão algo valioso e prazeroso.

Mesmo assim, por outro lado, ficou claro que reconhecem como é importante o

trabalho que desenvolvem com as crianças e principalmente destacam que buscam torná-las

independentes, haja vista precisam prepara-las para atuarem no mundo.

Identificam e destacam que seu trabalho junto às crianças precisa de um olhar

cuidadoso e apurado sobre a infância, identificando suas peculiaridades e, buscando sempre

não perder de vista a importância de reconhecer em cada criança um indivíduo único, com

possibilidades e dificuldades.

Foi destacado como sendo essencial que as aulas sejam dinâmicas, em que se

utilizem jogos, brincadeiras e muitos outros materiais e estratégias de ensino, potencializando

vivências das crianças que possam de fato não tornar a aprendizagem algo chato e enfadonho.

Considera-se então que há nos docentes sujeitos da pesquisa uma excelente noção de

que seu trabalho só será eficiente se souberem ser pacientes, atentos às necessidades

individuais de cada aluno e competentes para desenvolver aulas interessantes e com

metodologias adaptadas à realidade. Além disso, ficou claro que há neste universo talvez mais

do que em outros a necessidade do estabelecimento de um vínculo afetivo entre aluno e

professor, pois a afetividade anda sempre junto à aprendizagem.

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