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ÍNDICE Prefácio….………………………………………………………………………………....3
Introdução ………………………………………………………………………………….4 A importância da Água….……………………………………………………………....5
Problemas Energéticos…………..……………………………………………………….6 Referência Histórica……..……………………………………………………………....10
O que são Energias Alternativas?…………………..………………………………….13 A Energia da Água………………………….…………………………………………....15
A Energia das Ondas…………………………………………………………………….16 A Energia das Marés……………………….…………………………………………....17
Um Caso Português!....………………………………………………………………….18 Efeito de Estufa…………………………………………..……………………………....20
Explicar o Efeito de Estufa!…………………………..………………………………….21
Consequências do Efeito de Estufa…………………………………………………....22
Como acontece o efeito de Estufa …………………………………………………….23 Gases do Efeito de Estufa……………………..………….…………………………....24
Mapa de fontes Poluentes……………………………………………………………... Aquecimento Global…………………….……………………………………………....25
Conclusão …………………………………………………………………….………….26 Bibliografia …………………………………………………………………….………….27 Agradecimentos……………………………………………………………….………….28
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 2
PREFÁCIO
A escolha do tema deve-se essencialmente ao mundo em que actualmente
vivemos, caracterizados pelo alheamento do homem em relação aos
problemas da natureza.
Um dos pontos de ignição destes problemas está na velocidade com que o
progresso científico e tecnológico tem avançado, a par da desertificação do
mundo rural. Este e outros fenómenos tão nefastos para o mundo acontecem
tanto nos países em vias de desenvolvimento como nos mais industrializados.
Seja qual for a zona do globo em que o homem se encontre, este está
permanentemente alheado da natureza, provocando com a sua atitude um
desequilíbrio ecológico, que de resto não sucedia antes da industrialização.
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 3
INTRODUÇÃO
O impacto da actividade humana sobre o ambiente tem sido de tal modo
violento e acelerado que, neste início do século XXI, está a comprometer a
civilização e as próprias possibilidades de sobrevivência do homem. Uma
indiferença total e absoluta pela qualidade do nosso ambiente, uma
industrialização desordenada que utiliza e delapida a seu belo prazer os
recursos naturais disponíveis, as guerras e uma urbanização caótica, eis
algumas das características de uma sociedade que dissipa de uma forma
aberrante a vida da terra.
A má gestão do solo, das florestas, da agricultura, da água, numa palavra, a
má gestão dos recursos naturais, aliada à explosão demográfica a que
presentemente de assiste, transformou a caminhada da humanidade para o
progresso, mas também para a destruição do Planeta, empurrando o homem
para um novo género de guerra, na qual se disputa a posse da água.
“A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida,
anunciadora dos tempos antigos”. Cícero
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 4
A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
A água cai da atmosfera na terra, onde chega principalmente na forma de
chuva ou de neve. Ribeiros, rios, lagos glaciares são grandes vias de
escoamento para os oceanos.
No seu percurso, a água é retida pelo solo, pela vegetação e pelos animais.
Volta à atmosfera principalmente pela evaporação e pela transpiração vegetal.
A água é para o homem, para os animais e para as
plantas um elemento de primeira necessidade.
Efectivamente, a água constitui dois terços do peso
do homem e até nove décimos do peso dos vegetais.
É indispensável ao homem, como bebida e como
alimento, para a sua higiene e como fonte de energia, matéria-prima de
produção, via de transporte e suporte das actividades recreativas que a vida
moderna exige cada vez mais.
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 5
PROBLEMAS ENERGÉTICOS
Os problemas energéticos afectam praticamente todo o mundo, e nós não
temos sido excepção, deste modo torna-se necessário e urgente tomar
posições firmes, que conduzam a soluções rápidas, e que passem para além
do principal papel que todos temos, enquanto cidadãos comuns, na
salvaguarda do nosso habitat.
Eu, e a minha família, como bons cidadãos que somos, procuramos dar o
nosso melhor contributo na defesa do ambiente.
É talvez muito pouco, comparado com o que deveria ser feito, mas se todas
as famílias derem o seu contributo, tornar-se-á num contributo muito maior e
significativo.
A minha casa já tem 19 anos, é um 1º andar num prédio de 3 andares, não
se pode dizer que tenha um bom isolamento a nível interior das paredes, mas
como sabemos é muito difícil, complicado e dispendioso, tentar fazer um
isolamento desses depois da construção, por isso o que fiz foi pintar todas as
paredes interiores da casa com tinta acetinada e calafetar portas e janelas,
para que no Inverno tenhamos uma diminuição de perdas de calor para o
exterior e para que no Verão haja redução de infiltração de calor, o que vai
certamente contribuir para uma diminuição de consumo de energia.
Não tenho sistema de energia solar na minha casa, mas sou a favor de que
todas as casas no futuro a construir deveriam já
vir equipadas com o sistema de energia solar
térmica como alternativa.
Estes são alguns dos factores utilizados por mim e pela minha família para
redução de consumo de energia:
Na minha casa desde sempre, houve de uma
maneira ou de outra, um contributo não só para
redução de consumo de energia, como também
para a redução de custos na factura do final do
mês.
O Planeta nas nossas mãos
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- Não deixamos luzes ligadas quando não são necessárias, sempre que o
dia permite aproveitamos a luz natural através das janelas. As lâmpadas são
sempre de potência média ou mínima, à excepção do
escritório onde existe necessidade de lâmpadas com
alguma potência para não sobrecarregar a vista, quando
se executa alguma tarefa à noite, ou durante a noite. As
lâmpadas são fluorescentes, embora sejam mais caras,
consomem menos energia e duram muito mais tempo
que as incandescentes. O interior da minha casa foi pintado com cores claras,
para mais facilmente reflectir a luz natural e a luz artificial. No Inverno, de
manhã antes de sair para o trabalho, levanto os estores e abro os cortinados
para entrar ao máximo a luz solar. No Verão, faço o inverso, fecho os estores,
fecho as cortinas para evitar a entrada dos raios solares durante o dia. À noite
abrimos as janelas para refrescar a casa.
Não tenho máquina de lavar loiça, acho desnecessário e dispendioso,
porque somos só 3 pessoas a loiça a lavar é muito pouca, lava-se num
instante. A máquina de lavar roupa só é colocada a funcionar quando existe
roupa suficiente, para funcionar com a capacidade
máxima, os programas utilizados são normalmente
normais e de baixas temperaturas, prefiro sempre
detergentes “ amigos do ambiente “, só coloco a
quantidade necessária para não poluir as águas e a
temperatura utilizada é sempre a mínima necessária á
lavagem para poupar energia. Só uso a máquina de secar roupa quando está a
chover, ou quando é impossível secar a roupa ao ar livre num determinado
espaço de tempo, mas tento sempre secá-la um pouco ao ar livre antes de a
colocar na máquina para secar completamente. O meu frigorífico já não é novo,
e vou continuar com ele até avariar, mas decerto que na compra de outro caso
este avarie, vou preferir equipamentos de classe A ou B por consumirem
menos energia. Não temos por hábito manter aberta a porta do frigorífico muito
tempo, a temperatura de conservação dos alimentos não é inferior a 3 graus
positivos nem superior a 5 graus positivos, e está colocado numa zona longe
das janelas, fornos e fogões. O ferro eléctrico é mais um dos utensílios
domésticos em que tento poupar energia, utilizo-o sempre com a temperatura
O Planeta nas nossas mãos
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adequada a cada tipo de tecido, inicio o trabalho sempre pelas peças mais
difíceis e que necessitam de temperaturas mais elevadas. Até porque se
começasse pelas mais fáceis, nunca mais tinha coragem de a seguir, passar as
mais difíceis. Só faço uso do ferro quando tenho uma grande quantidade de
roupa para passar.
A comida é normalmente aquecida no microondas, alguns aparelhos são
desligados directamente no botão e não no comando, o computador só é ligado
quando é necessário, e, uma vez desligado, desliga-se também o monitor.
A pouco e pouco também comecei a fazer a separação dos lixos.
Não custa nada, e se todos o fizerem, vão
contribuir certamente, não só para um bom
ambiente, mas também para a redução da conta da
energia no final do mês.
A quantidade de lixo doméstico produzido
diariamente por um ser humano, é de
aproximadamente 5 kg, se somarmos toda a
produção mundial, os números são assustadores.
Isto não falando dos outros lixos, como o lixo Industrial (carvão, mineral, lixo
químico e os gases), lixo Agrícola (Esterco e fertilizantes), lixo Hospitalar,
matérias radioactivas (industrias medicina) e lixo tecnológico (Tv. Rádios e
pilhas).
O aumento excessivo da quantidade de lixo deve-se
essencialmente ao aumento de consumo de produtos
industrializados pelas populações. Quanto mais produtos industrializados, mais
lixo é produzido, como garrafas e embalagens.
Na empresa onde trabalho, existem em todos os locais das diversas
produções, contentores industriais classificados e uniformizados para cada tipo
de lixo, como por exemplo:
-Um contentor para o lixo de cartão, outro contentor para o vidro e outro
contentor para o plástico.
Após o enchimento destes contentores, estes são transportados por
manobradores de máquinas de elevação e transporte para a zona de lixos,
onde são despejados em contentores gigantescos, colocados pela empresa de
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lixos contratada minha empresa. O lixo é devidamente separado para poder ser
reciclado.
Na minha secção fica sempre semanalmente, no último
turno a laborar, um manobrador responsável por apagar
todas as luzes desnecessárias.
A nível de redução de energia, também foi feito um estudo para poupança
de energia, principalmente durante o fim-de-semana em que a empresa não
está a laborar.
Devido à zona das câmaras frigoríficas ser uma das
zonas onde existe mais consumo de energia, está em estudo uma forma de
poupar energia através de uma fonte de calor, em que consiste acender e
apagar automaticamente as luzes e abrir e fechar as portas conforme a nossa
aproximação e o nosso afastamento, deixamos assim de nos preocuparmos
em lembramo-nos de apagar as luzes e fechar as portas, para que não haja
perdas de energia.
A nível de gases poluentes para a atmosfera, já há muito tempo que se faz
o controlo da combustão entre o fuel e o oxigénio para evitar que saiam gases
poluentes para a atmosfera. Temos
também uma ETAR, estação de
tratamentos de água, onde a água é
tratada com alguns produtos químicos
como a ureia, o ácido fosfórico e o
nitrato sódio, este último já está a ser
substituído por outro produto químico. Exemplo de uma ETAR
O Planeta nas nossas mãos
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Sensível a estas preocupações os responsáveis pela cidade onde actualmente
resido e trabalho, assinaram com a
VALORMED um protocolo, com vista à
sensibilização da população para o
encaminhamento dos medicamentos fora de
uso. Nesta parceria será distribuída a todos
os munícipes, através da carta da água, uma
brochura informativa e ao mesmo tempo com
vista a promover o envolvimento da
população escolar do nosso município na
temática do Ambiente, em particular no que
se refere aos resíduos de embalagens e
medicamentos fora de uso. Premiará o
melhor desenho sobre esta temática e terá
outras surpresas
Com a frase "Habitue-se a esta ideia" a conhecida apresentadora da TV
Fátima Lopes dá a cara por uma campanha nacional, mas que no nosso
Concelho está a ser amplificada por este acordo. Por isso não se esqueça,
“Entregue as embalagens e os medicamentos fora de uso na farmácia. Pelo Ambiente e saúde de todos nós”
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REFERÊNCIA HISTÓRICA
O homem da pré-história abrigava-se nas cavernas, vestia-se com peles,
caçava com processos rudimentares e não conhecia a agricultura.
Desconhecia todos os tipos de energia, bem como as capacidades e vantagens
da sua utilização.
Este homem primitivo vivia na
dependência da natureza,
adaptando-se às leis severas do
primitivismo e limitava-se a
recolher aquilo que a natureza lhe
facultava bem como, acatar as
orientações climáticas naturais.
Este jogo de respeito pela natureza era o engenho perfeito para a
manutenção de um equilíbrio entre o homem e as mais simples formas de vida.
Quando a mulher descobriu a agricultura, desencadeou a Sedentarização
do Homem primitivo, e, consequentemente, o aparecimento dos primeiros
aglomerados urbanos, que trouxeram também os primeiros inventos
tecnológicos, que permitiram uma forma de intervenção mais rude e profunda
na natureza.
Quer nos voltemos para Roma, Grécia ou Egipto, a história mostra-nos que
a posse ou o controlo das riquezas minerais e energéticas foi sempre um factor
importante no poderio de um país e na evolução das relações internacionais. A
constituição de grandes impérios coloniais pelas nações industriais do século
XIX é, em grande parte, explicada pela necessidade de assegurar fontes de
abastecimento seguras e económicas. E o
mesmo se pode dizer relativamente às
riquezas energéticas e alimentares.
No século XIX, a revolução industrial a par
das descobertas científicas e tecnológicas,
trouxe um crescente aumento demográfico,
que aumentou a população do Planeta, que
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no século I andava à volta de cinquenta milhões de habitantes, para no ano de
1850 passar a mil milhões de habitantes.
Esta enorme explosão demográfica, aliada ao aumento da esperança de
vida, levou ao aumento do
consumo, de todos os géneros,
o que exigiu cada vez mais
recursos que se consideravam
inesgotáveis.
Paralelamente a estes
acontecimentos, a grave crise
energética que nos últimos
tempos se abateu sobre o
mundo ocidental, à utilização
do petróleo como arma politica e económica por alguns países do Norte, e à
qual se aliou a incontrolada expansão demográfica, veio provar que o
fenómeno do crescimento económico não é necessariamente condição de
crescimento.
A aceleração do desenvolvimento industrial teve repercussões no “lento
desenvolvimento” e no “longo caminhar” da natureza. Acarretou alterações,
algumas de sinal positivo (no sentido da humanização da natureza), outras de
sinal negativo, que marcaram profundamente e indelevelmente a natureza.
Hoje, a natureza corre o risco de deixar de ser
“VERDE”. E embora os limites das terras emersas
permaneçam idênticos durante milhões de anos, não
há dúvida de que ninguém pode já ignorar as
transformações sofridas pelos mares, lagos,
planícies; pelos montes e montanhas; pela flora e pela fauna, devido à
aceleração e à distorção do desenvolvimento industrial. Na verdade, não será o
homem culpado? Mas sim o sistema de exploração da natureza que lhe é
imposto pelo modelo de sociedade em que vivemos? A necessidade de
expansão do sistema cria constantemente novas necessidades e para as
satisfazer procede-se ao saque indiscriminado das matérias-primas, dos
recursos energéticos e dos elementos indispensáveis à vida humana
disponíveis na natureza, muitas vezes subutilizando-os e desperdiçando-os.
O Planeta nas nossas mãos
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Não se trata, neste trabalho, de
negar o progresso, mas simplesmente
de o utilizar como uma alternativa e de
o tornar mais ecológico. A poluição e a
destruição das fontes de energia naturais não são como sabemos problemas
novos, mas tornaram-se nestes últimos 20 anos um problema sério.
Embora a relação homem ambiente esteja hoje tão profundamente alterada,
a tecnologia tem ainda a possibilidade
de resolver parcialmente os problemas
ambientais mediante operações de
correcção e de implementação de
novos sistemas alternativos de
energias limpas.
As soluções técnicas permitem, em certa medida, lutar contra essas faltas
de energia, mas, ao ritmo actual, e com todos os
problemas de produção energética, dentro em breve
serão insuficientes.
Torna-se assim urgente estabelecer uma
estratégica séria, rápida e por que não dizê-lo,
urgente, que estabeleça e concilie todos os projectos
de produção de energia alternativa limpa, para a
natureza, pois a paz no Mundo por razões
económicas (petróleo) está seriamente comprometida,
bem como todo o desenvolvimento à escala mundial.
O Planeta nas nossas mãos
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O QUE SÃO ENERGIAS ALTERNATIVAS?
“A energia tem sido através da história a base do desenvolvimento das
civilizações.”
O termo fonte alternativa de energia não deriva apenas de uma alternativa
eficiente, ele é sinónimo de uma energia
limpa, pura, não poluente, a princípio
inesgotável e que pode ser encontrada em
qualquer lugar, isto é, em grande parte na
natureza, como por exemplo, nos oceanos.
Nos dias actuais são cada vez maiores as necessidades energéticas para a
produção de alimentos, bens de consumo, bens de serviço e de produção,
lazer, e finalmente para promover o desenvolvimento económico, social e
cultural. É assim, evidente a importância da energia não só no contexto das
grandes nações industrializadas, mas principalmente naquelas em via de
desenvolvimento, cujas necessidades energéticas são ainda mais dramáticas e
prementes. Acreditamos ser chegada a hora de ingressarmos na era das fontes
alternativas de energia. As fontes alternativas de energia têm vindo a ganhar
mais adeptos e força no seu
desenvolvimento e aplicação, tornando-se
uma alternativa viável para a actual
situação em que o mundo se encontra.
Procura-se, assim, dar resposta à
dificuldade de construção de centrais
hidroeléctricas, carvão mineral, xisto,
centrais nucleares e outra formas de
energia suja, como são classificadas, e que geram uma degradação ambiental,
a qual é incómodo do ponto de vista social, económico e humano. Construir
uma barragem hidroeléctrica, significa desbravar e destruir uma grande área
verde. Também, procurar e perfurar poços de petróleo em águas profundas,
traz problemas incontornáveis que comprometem o equilíbrio ecológico.
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A fragilidade das fontes convencionais é posta em causa, de certa forma,
pelo consumo excessivo de energia, ocasionado muitas das vezes, pela
população que, clandestinamente recorre às redes de distribuição,
ocasionando sucessivos “blackouts”. Estes acontecimentos têm de certa forma,
fortalecido os movimentos dos defensores das energias alternativas e os
cientistas, em busca de novas fontes alternativas de energia.
Não se trata neste trabalho de negar o progresso, mas simplesmente de o
utilizar como uma alternativa, e de o tornar mais ecológico. A poluição das
fontes de energia naturais não são como sabemos problemas novos, mas
tornaram-se nestes últimos 20 anos um
problema sério. As soluções técnicas
permitem, em certa medida, lutar contra
essas faltas de energia, mas, ao ritmo actual,
e com todos os problemas de produção
energética, dentro em breve serão
insuficientes.
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A ENERGIA DA ÁGUA
Uma das principais formas de energia a ser captada foi a hidráulica. Na antiguidade, os Romanos usavam rodas
de água para moer os cereais. Na era
moderna, a energia hidráulica foi
convertida em energia
eléctrica. Embora a
utilização da energia
hidráulica, também
chamada (hulha branca), acarrete a construção de grandes
reservatórios de água que alagam muitas vezes bons
terrenos agrícolas, desalojam animais selvagens ou forçam
o deslocamento de seres humanos (Aldeia da Luz), ela tem, relativamente aos
combustíveis fósseis, a enorme vantagem de ser obtida através de um
processo limpo, não poluente e teoricamente eterno, na medida em que utiliza
um ciclo que se renova indefinidamente: o ciclo da água. Por outro lado,
também apresenta vantagens em relação à utilização da energia nuclear que
pode ser mais nefasta em caso de acidente. Os oceanos podem ser uma fonte
de energia para iluminar casas e empresas. Neste momento, o aproveitamento
da energia dos mares é apenas experimentar e raro.
Mas como é que se obtém energia a partir dos mares?
Existem três maneiras de produzir energia usando o mar: as ondas, as
marés ou deslocamento das
águas e as diferenças de
temperaturas dos oceanos
,
tendo por opção preferido
aflorar apenas as duas
primeiras.
O Planeta nas nossas mãos
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A ENERGIA DAS ONDAS
A energia cinética do movimento ondular pode ser usado para pôr uma
turbina a funcionar. No exemplo da (Figura 1), a elevação da onda numa câmara-
de-ar provoca a saída do ar lá contido; o
movimento do ar faz girar uma turbina; a
energia mecânica da turbina é
transformada em energia eléctrica
através do gerador.
Quando a onda se desfaz e a água
recua o ar desloca-se em sentido
contrário passando novamente pela
turbina entrando na câmara por
comportas especiais normalmente
fechadas.
Esta é apenas uma das maneiras de retirar energia das ondas.
Actualmente, utiliza-se o movimento de subida/descida da onda para dar
potência a um êmbolo que se move
para cima e para baixo num cilindro.
O êmbolo pode por um gerador a
funcionar.
Os sistemas para retirar energia
das ondas são muito pequenos e
apenas para iluminar uma casa ou
algumas bóias de aviso por vezes
colocadas no mar.
Figura: 1
O Planeta nas nossas mãos
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A ENERGIA DAS MARÉS
A energia da deslocação das águas do mar é outra fonte de energia. Para a
transformar são construídos diques que envolvem uma praia. Quando a maré
enche a água entra e fica armazenada no dique; ao baixar a maré, a água sai
pelo dique como em qualquer outra barragem.
Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes
fortes.
Tem que haver um
aumento do nível da
água de pelo menos
5,5 metros da maré
baixa para a maré-alta.
Existem poucos sítios
no mundo onde estas
condições se verificam.
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UM CASO PORTUGUÊS!
A problemática associada à energia das ondas é particularmente pertinente
no caso português. Portugal foi um dos países pioneiros a estudar este tema e
tem ainda uma contribuição activa no panorama internacional, facto que não
deve ser encarado com estranheza pois encontra-se directamente relacionado
com as características energéticas das
ondas da costa portuguesa.
A actividade de investigação e
desenvolvimento nesta área iniciou-se no
Instituto Superior Técnico (IST) em 1978,
motivado pelo aparecimento de um invento
português, da autoria do Sr. Agnelo
Gonçalves David, um comerciante de
Almeirim entretanto falecido.
Este invento chama-se Coluna de
Água Oscilante (CAO). Actualmente
este modelo está em funcionamento na
ilha do Pico - Açores. A sua construção
resultou de uma parceria e conjunto de
esforços dos governos dos Estados
Unidos e Portugal, da empresa EDP –
Portugal e Açores, e ainda das
empresas EFACEC, INETTI (à data
LNETI) e IST.
Premiado em
feiras internacionais de inventos. O seu
invento consistia numa central de coluna de
água oscilante no lado aposto do batedor, e
no topo estava uma pequena turbina de ar de fluxo reversível acoplada a um
dínamo eléctrico que alimentava um pequeno rádio, que por sua vez tocava
com um volume suficientemente alto para impressionar quem se encontrava na
vizinhança.
Agnelo David (Inventor de Almeirim)
CAO – Coluna de Água Oscilante
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 19
Será para alguns de estranhar que um simples comerciante de Almeirim
fosse influenciar o panorama mundial da energia, em especial no campo das
consideradas alternativas e renováveis.
O seu trabalho é ainda mais de louvar, se
tivermos em conta que, ao contrário daquilo que é
vulgar noutros países, Portugal não dispõe de
meios/recursos necessários para um
desenvolvimento da investigação científica e
tecnológica. Desta forma, julgo ser no mínimo justo,
aproveitar este
trabalho, para
fazer a devida
referência e louvor à pessoa que foi o
Sr.Agnelo David, enquanto inventor e
financiador dos seus próprios inventos.
Qualquer acção humana tem o seu impacto. Um simples acto de dobrar um
guardanapo num café tem um impacto ambiental: produz calor “energia”.
Dependendo das circunstâncias, o impacto ambiental de uma determinada
actividade pode ir de insignificante a extremamente sério e a necessidade de o
gerir varia proporcionalmente.
Certamente que a indústria transformadora e extractiva, pela sua própria
natureza, é passível de criar um certo número de impactos ambientais, No
entanto, deve dizer-se que estes permanecem em grande parte circunscritos
ao local da sua laboração e não têm efeitos globais para lá das zonas vizinhas.
No entanto, não são só as indústrias as principais fontes de destabilização
ambiental. A provar isso mesmo, está a recente intenção do Governo, em
construír um estabelecimento Prisional na Herdade dos Gagos, freguesia de
Fazendas de Almeirim, Concelho de Almeirim.
Apesar dos sucessivos apelos para que tal intenção seja revista, tanto os
responsáveis pela autarquia como o Governo, mantêm a sua posição
inalterável.
CAO – Pico (Açores)
Desenho do CAO de Agnelo David (Inventor )
O Planeta nas nossas mãos
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A prova do que acabo de referir, são os sucessivos atropelos à Lei, o que motivou que
assinasse a petição que transcrevo;
Desde a primeira hora que estive contra a pretensão do Governo e da Câmara
em construír uma Prisão na Herdade dos Gagos, por considerar inaceitável a
destruíção de uma vasta área de montado de sobro, de grande valor ambiental, e de
grande potencial a nível
económico para a freguesia de
Fazendas de Almeirim, mas
também pelo factor de
destabilização que se irá
introduzir na vida das
populações de Marianos e
Paço dos Negros. Estou
convicta que este não é o local
indicado para a construção de
uma Prisão, não acredito em
soluções únicas. Estou convicta que a Prisão só irá atrofiar as potencialidades de
desenvolvimento de Paço dos Negros e Marianos. Estou convicta que a Prisão na
Herdade dos Gagos, caso se venha lá a implantar, representará um grave crime
ambiental que irá destruír um património florestal de grande valor, que demorou anos
a construír.
Considerando que o sobreiro é um instrumento fundamental no combate à
desertificação em Portugal, cabendo-lhe desempenhar um papel decisivo na
prevenção da degradação dos solos. A gestão sustentável das florestas de sobreiro,
segundo um modelo economicamente eficiente, irá beneficiar a conservação da
biodiversidade e o bem-estar das populações, prevenindo os efeitos das alterações
climáticas.
Considerando que o sobreiro destaque-se como um dos maiores tesouros naturais de
Portugal pela excelência dos serviços ambientais que presta. Destacam-se a
conservação dos solos, a regulação do ciclo da água, a fixação de carbono e a
conservação da biodiversidade. A exploração da cortiça, por outro lado, é um processo
ambientalmente sustentável. O sobreiral, por sua vez, é um sistema de bosque, onde
cresce uma grande variedade de arbustos mediterrânicos: medronheiros, aroeiras,
giestas, retamas, estevas e urze. Em termos de rapinas destacam-se o Açor, o Gavião
e o Bufo Real. O sobreiral é ainda habitado pelo Ginete, Gato Bravo e Lince Ibérico,
Herdade dos Gagos – Montado de Sobro
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 21
espécies ameaçadas, para além das usuais espécies cinegéticas – Coelhos, Lebres e
Perdizes, importantes do ponto de vista da cadeia alimentar.
Considerando que estamos perante uma indústria perfeita, não cria resíduos, é neutra
do ponto de vista energético, sustenta um ecossistema rico e gera emprego e
prosperidade, um sector em que temos a liderança a nível Mundial e o valor das
nossas exportações atinge quase os mil milhões de euros
Considerando que para a construção de uma prisão, na Herdade dos Gagos –
Freguesia de Fazendas de Almeirim – Almeirim – Portugal, tendo já sido aprovado em
Conselho e Ministros a desanexado do Plano Director Municipal, mais de 66 hectares,
de montado de sobro, que implica o abate de mais de seis mil sobreiros, com idade
média acima dos 100 anos, com uma densidade/média com cerca de 185 sobreiros
por hectare, muito superior á média nacional, e uma das melhores zonas de montado
de sobro do País, integrada na numa área classificada como «área rural», abrangendo
as categorias de «RAN»(Reserva Agrícola Nacional), «montado de sobro» e «REN»(
Reserva Ecológica Nacional) sito na Herdade dos Gagos - Concelho de Almeirim REN,
mas também , numa área que foi totalmente abrangida por dois programas de
intervenção comunitário ao abrigo dos programas AGRO e AGRIS, (que permitiu a
desmatação, limpeza e o adensamento florestal com a plantação de milhares de
sobreiros , em pleno crescimento em 2003 tornando-se num modelo a nível de
protecção e prevenção de incêndios e do ordenamento florestal.)
Considerando que se situa numa zona de grande impacto do ozono, tendo sido
registado níveis elevados de ozono na zona nos meses de Julho a Agosto com um
nível de 191 µg/m3 (microgramas por metro cúbico), quando o limiar de referência é
180 µ/m3, a partir do qual é obrigatória a informação à população sobre os efeitos
nocivos para a saúde, esta destruição vai gerar impactos altamente gravosos na área
envolvente e ainda no regime hídrico e climática da zona, com efeitos negativos, a
curto prazo , sobre toda a produção agrícola do vale da Ribeira de Muge (concelho de
Almeirim) sobre a qualidade da água e recarga do aquífero, além da redução da
pluviosidade provocada pela desflorestação intensiva, e ainda o efeito cumulativo das
alterações do uso do solo. Considerando que o Sobreiro é uma espécie florestal
protegida por legislação em Portugal pelo menos desde a Idade Média, actualmente
acolhida esta protecção no Decreto-lei número cento e sessenta e nove de dois mil e
um de vinte cinco de Maio.
Os abaixo assinados vem requerer a V.Exa que determine a revogação da Resolução
O Planeta nas nossas mãos
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do Conselho de Ministros n.º 13/2009 que foi publicada no Diário da República 1.ª
série, N.º 19 a pág. 570, no dia 28 de Janeiro de 2009.”1
Defender o montado de sobro é combater as alterações climáticas, é travar a
desertificação é garantir as nossas águas e a nossa agricultura. É cuidar do
nosso futuro. Por esta causa estão envolvidos vários Partidos Políticos e
organizações de defesa do Ambiente, concretamente, a Quercus, Partido
Ecologista os Verdes e Bloco e Esquerda, e, mais recentemente, um programa
televisivo RTP2 “Biodiversidade” dedicou 40 minutos de seu programa à
intenção de se destruír este espaço público ambiental.
“O sobreiro constitui um caso de equilíbrio entre uma actividade socioeconómica lucrativa e a
preservação de valores ambientais” (National Geographic – Março 2009-Portuga)
EFEITO DE ESTUFA
1 http://prisaonosgagosnao.blogspot.com/
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Além da destruíção da camada de ozono, da poluição atmosférica e de
fontes poluidoras, o efeito de estufa è também uma das causas do
aquecimento global. O efeito de estufa assume um papel importantíssimo para
a vida na terra. Se não houvesse qualquer obstáculo na propagação de calor
libertado pela superfície terrestre, o calor iria para as camadas altas da
atmosfera ou para o espaço extra atmosférico, o que teria como consequência
um arrefecimento intenso que tornaria impossível a vida no planeta. Esta pode-
se dizer claramente, que è a parte positiva do efeito de estufa, isto porque com
o aumento de gases como o dióxido carbono e outros poluentes libertados para
a atmosfera devido à queima de combustíveis como o carvão, o petróleo e o
gás natural utilizados pelo homem na indústria, nos veículos motorizados e nos
incêndios, têm vindo a provocar
um aumento da temperatura na
troposfera. Dados existentes
apontam para uma subida da
temperatura a nível global entre 1
a 4 graus dentro de trinta a
cinquenta anos. O que à partida
nos parece uma pequena
diferença, mas considerado uma variação de temperatura muito elevada e
nunca até hoje conhecida na história da Terra.
Com o aumento da temperatura irá haver modificações no ciclo natural da
água, assim como a fusão do gelo nas zonas polares que por sua vez irá
provocar alterações na fauna e na flora, assim como no nível do mar dos
oceanos. Por sua vez, a elevação do nível do mar, terá por consequência a
submergência das zonas costeiras, a emigração de pessoas e o
desaparecimento de áreas de cultivo.
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Explicar o efeito de Estufa!
A designação “efeito de estufa” foi originalmente utilizada pelo cientista
sueco Svante Arrhenius, mas o
fenómeno foi previsto pela
primeira vez em 1827, pelo
matemático Francês Joseph
Fourier.
Quando tudo corre
normalmente, o efeito de estufa
é um fenómeno natural, provocado por alguns gases da atmosfera, que
mantêm o nosso planeta com as temperaturas certas, pois conservam apenas
uma pequena parte da luz do Sol que chega à Terra. Se esses gases, que
originam o efeito de estufa fossem perdidos a temperatura média do ar á
superfície seria de cerca de 18 graus negativos, não permitindo a existência de
grande parte dos seres vivos.
Para além do dióxido de carbono responsável por cerca de 50% do efeito
de estufa, outros gases resultantes da grande concentração das populações
em centros urbanos e das actividades humanas, como os CFC
(clorofluorocarbonetos)2
Resumindo o efeito de estufa é o aquecimento da atmosfera da Terra
resultante do facto das radiações de onda curta do sol poderem penetrar
facilmente até à superfície da Terra, ao contrário das radiações de onda longa
da Terra impedidas de se difundirem pela atmosfera, particularmente na
presença de nuvens.
, o metano e os óxidos de azoto, também absorvem
radiações infravermelhas, aquecendo a atmosfera.
2 Grupo de compostos pertencente à função orgânica derivados halogéneos obtidos principalmente
pela halogenação do metano. Entre as principais aplicações se destacam o emprego como solventes orgânicos, gases para refrigeração e propelentes em extintores de incêndio e aerossóis.
“A mudança de comportamentos individuais é fundamental para a diminuição da poluição atmosférica. Andar a pé, preferir os transportes públicos e poupar energia eléctrica são atitudes que contribuem efectivamente para a redução dos poluentes.
”
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CONSEQUÊNCIAS DO EFEITO DE ESTUFA
Muitos Cientistas prevêem um aquecimento global do
planeta de cerca de 1 a 5ºC até ao fim do século XXI. As
consequências seriam múltiplas. Com o aumento da
água dos mares e o degelo dos glaciares, o nível do mar
subiria entre 25 a 95 cm, provocando o desaparecimento
total ou parte de certas ilhas e áreas costeiras.
Estas previsões baseiam-se em modelos ainda incertos, pois os critérios a ter em
conta são inúmeros e o funcionamento global é complexo.
A partilha actual das grandes áreas climáticas também
seria bastante modificada: as latitudes elevadas
sofreriam um aquecimento máximo e assistiriam, como
as latitudes médias, a um aumento das precipitações, ao
mesmo tempo que as taxas de evaporação sobre os
mares tropicais subiriam. As regiões afectadas pela seca
sê-lo-iam ainda mais e por mais tempo; em
compensação, a amplitude e a frequência das tempestades, das cheias e das
inundações agravar-se-ia nos países onde esse risco já existe. Seguir-se-iam períodos
de fome nas zonas áridas e uma extensão das regiões onde prosperam os anófeles,
mosquitos que propagam a malária.
Destaque As incertezas nas estimativas do aumento da temperatura média do globo derivam da
interferência de inúmeros parâmetros com resultados contrários. Há certos mecanismos que aumentam o efeito de estufa: a subida de temperatura média devido ao efeito de estufa provoca um aumento da evaporação da água; esse vapor de água vai por sua vez fortalecer o efeito de estufa e assim sucessivamente.
Inversamente, o aumento das poeiras e dos aerossóis devido a actividades humanas tende a equilibrar desigualmente o efeito de estufa pois ao provocar uma opacificação da atmosfera limita a quantidade de radiação solar que chega ao solo, o que conduz a um arrefecimento.
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COMO ACONTECE O EFEITO DE ESTUFA?
Os gases que existem na nossa atmosfera
protegem a Terra para que a luz do Sol (e o seu
calor) se mantenha no planeta.
É tal e qual como uma verdadeira estufa, mas
a diferença é que na Terra, o vidro são alguns
gases que existem na atmosfera! Assim, o calor
que nos chega através do Sol mantém-se junto á superfície e aquece o
planeta.
No entanto, a mão do Homem, sobretudo através da poluição, está a alterar
o clima em todo o planeta.
Desde que se deu a Revolução Industrial (século XIX), a quantidade de
dióxido de carbono libertada na atmosfera aumentou 25%.
Os cientistas afirmaram que um aumento de 2ºC terá como consequência o
degelo de parte das calotes polares e de alguns glaciares, fazendo subir o nível
médio do mar.
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GASES DO EFEITO DE ESTUFA
Os gases do efeito de estufa (GEE) são substâncias gasosas que
absorvem parte da radiação infravermelha, enviada principalmente pela
superfície terrestre, e complicam a sua fuga
para o espaço. Isso impede que ocorra
uma perda imensa de calor para o
espaço, mantendo a Terra aquecida. O
aumento dos gases estufa na atmosfera
tem agravado este fenómeno natural,
que é o efeito de estufa, causando assim um aumento da
temperatura que criará mudanças climáticas que podemos observar hoje em
dia.
A atmosfera é uma camada que envolve o planeta, constituída por vários
gases. Os principais são o Nitrogénio (N2) e o Oxigénio (O2) que, juntos,
compõem cerca de 99% da atmosfera. Outros gases encontram-se presentes
em pequenas quantidades, incluindo os gases de efeito estufa (GEE). De entre
estes gases, estão o dióxido de carbono (CO2), o metano o metano (CH4), o
óxido nitroso (N2O), CFC (clorofluorcarbonetos) e também o vapor de água.
Nos últimos 100 anos, devido a um sucessivo desenvolvimento na
concentração dos gases do efeito de estufa, a temperatura global do planeta
tem vindo a aumentar. Este crescimento tem sido provocado pelas actividades
humanas que emitem estes gases.
Entre os gases do efeito de estufa que
estão a aumentar de concentração o CO2,
o CH4 e o N2O são os mais importantes.
Os CFC's também têm a capacidade de
reter a radiação infravermelha emitida pela
Terra. Contudo, as acções para diminuir
as suas emissões estão num estágio bem mais avançado, quando comparado
com as emissões dos outros gases. Historicamente, os países industrializados
têm sido responsáveis pela maior parte das emissões globais de gases de
efeito de estufa. Contudo, na actualidade, vários países em desenvolvimento,
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entre eles a China, Índia e Brasil, também se encontram entre os grandes
emissores.
MAPA DE FONTES POLUENTES
Poluente Fonte do poluente
Monóxido de Carbono (CD) Escape dos veículos motorizados; alguns processos industriais.
Dióxido de Enxofre (SO2) Centrais termoeléctricas a petróleo ou a carvão; Fábricas de ácido sulfúrico
Partículas em suspensão Escape dos veículos motorizados; processos industriais; centrais termoeléctricas; reacção dos gases poluentes na atmosfera
Chumbo (Pb) Escape dos veículos motorizados; centrais termoeléctricas; fábricas de baterias
Óxidos de Azoto (NO, NO2) Escape dos veículos motorizados; centrais termoeléctricas; fábricas de fertilizantes, de explosivos ou de ácido nítrico
Ozono (O3) Formados na atmosfera devido a reacção de Óxidos de Azoto, Hidrocarbonetos e luz solar
Dióxido de Carbono (CO2) Todas as combustões
AQUECIMENTO GLOBAL
O aquecimento global é um aumento
da temperatura média à superfície global
que já acontece acerca de mais ou menos
150 anos, devido ao efeito de estufa. Este
deve-se ao aumento de concentração de poluentes na
atmosfera, provocados principalmente pelo homem.
A principal evidência do aquecimento global vem das
medidas de temperatura de estações meteorológicas em
todo o globo desde 1860.
Dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60.A área de cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão
também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950.
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DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE O AMBIENTE HUMANO
“Publicada pela Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente humano em Junho de 1972” (Actualizado em 18 de Junho de 2008 pela Comissão dos Direitos Humanos)
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, reunida em Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972, e, atenta à necessidade de um critério e de princípios comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração e guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano,
Proclama que:
1. O homem é ao mesmo tempo obra e construtor do meio ambiente que o cerca, o qual lhe dá sustento material e lhe oferece oportunidade para desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente. Em larga e tortuosa evolução da raça humana neste planeta chegou-se a uma etapa em que, graças à rápida aceleração da ciência e da tecnologia, o homem adquiriu o poder de transformar, de inúmeras maneiras e em uma escala sem precedentes, tudo que o cerca. Os dois aspectos do meio ambiente humano, o natural e o artificial, são essenciais para o bem-estar do homem e para o gozo dos direitos humanos fundamentais, inclusive o direito à mesma vida.
2. A protecção e o melhoramento do meio ambiente humano é uma questão fundamental que afecta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento económico do mundo inteiro, um desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os governos.
3. O homem deve fazer constante avaliação de sua experiência e continuar descobrindo, inventando, criando e progredindo. Hoje em dia, a capacidade do homem de transformar o que o cerca, utilizada com discernimento, pode levar a todos os povos os benefícios do desenvolvimento e oferecer-lhes a oportunidade de enobrecer sua existência. Aplicado errado e imprudentemente, o mesmo poder pode causar danos incalculáveis ao ser humano e a seu meio ambiente. Em nosso redor vemos multiplicar-se as provas do dano causado pelo homem em muitas regiões da terra, níveis perigosos de poluição da água, do ar, da terra e dos seres vivos; grandes transtornos de equilíbrio ecológico da biosfera; destruição e esgotamento de recursos insubstituíveis e graves deficiências, nocivas para a saúde física, mental e social do homem, no meio ambiente por ele criado, especialmente naquele em que vive e trabalha.
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4. Nos países em desenvolvimento, a maioria dos problemas ambientais estão motivados pelo subdesenvolvimento. Milhões de pessoas seguem vivendo muito abaixo dos níveis mínimos necessários para uma existência humana digna, privada de alimentação e vestuário, de habitação e educação, de condições de saúde e de higiene adequadas. Assim, os países em desenvolvimento devem dirigir seus esforços para o desenvolvimento, tendo presente suas prioridades e a necessidade de salvaguardar e melhorar o meio ambiente. Com o mesmo fim, os países industrializados devem esforçar-se para reduzir a distância que os separa dos países em desenvolvimento. Nos países industrializados, os problemas ambientais estão geralmente relacionados com a industrialização e o desenvolvimento tecnológico
5. O crescimento natural da população coloca continuamente, problemas relativos à preservação do meio ambiente, e devem-se adoptar as normas e medidas apropriadas para enfrentar esses problemas. De todas as coisas do mundo, os seres humanos são a mais valiosa. Eles são os que promovem o progresso social, criam riqueza social, desenvolvem a ciência e a tecnologia e, com seu árduo trabalho, transformam continuamente o meio ambiente humano. Com o progresso social e os avanços da produção, da ciência e da tecnologia, a capacidade do homem de melhorar o meio ambiente aumenta a cada dia que passa.
6. Chegamos a um momento da história em que devemos orientar nossos actos em todo o mundo com particular atenção às consequências que podem ter para o meio ambiente. Por ignorância ou indiferença, podemos causar danos imensos e irreparáveis ao meio ambiente da terra do qual dependem nossa vida e nosso bem-estar. Ao contrário, com um conhecimento mais profundo e uma acção mais prudente, podemos conseguir para nós mesmos e para nossa posteridade, condições melhores de vida, em um meio ambiente mais de acordo com as necessidades e aspirações do homem. As perspectivas de elevar a qualidade do meio ambiente e de criar uma vida satisfatória são grandes. É preciso entusiasmo, mas, por outro lado, serenidade de ânimo, trabalho duro e sistemático. Para chegar à plenitude de sua liberdade dentro da natureza, e, em harmonia com ela, o homem deve aplicar seus conhecimentos para criar um meio ambiente melhor. A defesa e o melhoramento do meio ambiente humano para as gerações presentes e futuras converteu-se na meta imperiosa da humanidade, que se deve perseguir, ao mesmo tempo em que se mantém as metas fundamentais já estabelecidas, da paz e do desenvolvimento económico e social em todo o mundo, e em conformidade com elas.
7. Para se chegar a esta meta será necessário que cidadãos e comunidades, empresas e instituições, em todos os planos, aceitem as responsabilidades que possuem e que todos eles participem equitativamente, nesse esforço comum. Homens de toda condição e organizações de diferentes tipos plasmarão o meio
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ambiente do futuro, integrando seus próprios valores e a soma de suas actividades. As administrações locais e nacionais, e suas respectivas jurisdições, são as responsáveis pela maior parte do estabelecimento de normas e aplicações de medidas em grande escala sobre o meio ambiente. Também se requer a cooperação internacional com o fim de conseguir recursos que ajudem aos países em desenvolvimento a cumprir sua parte nesta esfera. Há um número cada vez maior de problemas relativos ao meio ambiente que, por ser de alcance regional ou mundial ou por repercutir no âmbito internacional comum, exigem uma ampla colaboração entre as nações e a adopção de medidas para as organizações internacionais, no interesse de todos. A Conferência encarece aos governos e aos povos que unam esforços para preservar e melhorar o meio ambiente humano em benefício do homem e de sua posteridade.
II
PRINCÍPIOS
Expressa a convicção comum de que:
Princípio 1
O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar, tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. A este respeito, as políticas que promovem ou perpetuam o apartheid, a segregação racial, a discriminação, a opressão colonial e outras formas de opressão e de dominação estrangeira são condenadas e devem ser eliminadas.
Princípio 2
Os recursos naturais da terra incluídos o ar, a água, a terra, a flora e a fauna e especialmente amostras representativas dos ecossistemas naturais devem ser preservados em benefício das gerações presentes e futuras, mediante uma cuidadosa planificação ou ordenamento.
Princípio 3
Deve-se manter, e sempre que possível, restaurar ou melhorar a capacidade da terra em produzir recursos vitais renováveis.
Princípios 4
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O homem tem a responsabilidade especial de preservar e administrar judiciosamente o património da flora e da fauna silvestres e seu habitat, que se encontram actualmente, em grave perigo, devido a uma combinação de factores adversos. Consequentemente, ao planificar o desenvolvimento económico deve-se atribuir importância à conservação da natureza, incluídas a flora e a fauna silvestres.
Princípio 5
Os recursos não renováveis da terra devem empregar-se de forma que se evite o perigo de seu futuro esgotamento e se assegure que toda a humanidade compartilhe dos benefícios de sua utilização.
Princípio 6
Deve-se por fim à descarga de substâncias tóxicas ou de outros materiais que liberam calor, em quantidades ou concentrações tais que o meio ambiente não possa neutralizá-los, para que não se causem danos graves e irreparáveis aos ecossistemas. Deve-se apoiar a justa luta dos povos de todos os países contra a poluição.
Princípio 7
Os Estados deverão tomar todas as medidas possíveis para impedir a poluição dos mares por substâncias que possam por em perigo a saúde do homem, os recursos vivos e a vida marinha, menosprezar as possibilidades de derramamento ou impedir outras utilizações legítimas do mar.
Princípio 8
O desenvolvimento económico e social é indispensável para assegurar ao homem um ambiente de vida e trabalho favorável e para criar na terra as condições necessárias de melhoria da qualidade de vida.
Princípio 9
As deficiências do meio ambiente originárias das condições de subdesenvolvimento e os desastres naturais colocam graves problemas. A melhor maneira de saná-los está no desenvolvimento acelerado, mediante a transferência de quantidades consideráveis de assistência financeira e tecnológica que complementem os esforços internos dos países em desenvolvimento e a ajuda oportuna que possam requerer.
Princípio 10
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Para os países em desenvolvimento, a estabilidade dos preços e a obtenção de ingressos adequados dos produtos básicos e de matérias-primas são elementos essenciais para o ordenamento do meio ambiente, já que há de se Ter em conta os factores económicos e os processos ecológicos.
Princípio 11
As políticas ambientais de todos os Estados deveriam estar encaminhadas par aumentar o potencial de crescimento actual ou futuro dos países em desenvolvimento e não deveriam restringir esse potencial nem colocar obstáculos à conquista de melhores condições de vida para todos. Os Estados e as organizações internacionais deveriam tomar disposições pertinentes, com vistas a chegar a um acordo, para se poder enfrentar as consequências económicas que poderiam resultar da aplicação de medidas ambientais, nos planos nacional e internacional.
Princípio 12
Recursos deveriam ser destinados para a preservação e melhoramento do meio ambiente tendo em conta as circunstâncias e as necessidades especiais dos países em desenvolvimento e gastos que pudessem originar a inclusão de medidas de conservação do meio ambiente em seus planos de desenvolvimento, bem como a necessidade de oferecer-lhes, quando solicitado, mais assistência técnica e financeira internacional com este fim.
Princípio 13
Com o fim de se conseguir um ordenamento mais racional dos recursos e melhorar assim as condições ambientais, os Estados deveriam adoptar um enfoque integrado e coordenado de planeamento de seu desenvolvimento, de modo a que fique assegurada a compatibilidade entre o desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente humano em benefício de sua população.
Princípio 14
O planeamento racional constitui um instrumento indispensável para conciliar as diferenças que possam surgir entre as exigências do desenvolvimento e a necessidade de proteger y melhorar o meio ambiente.
Princípio 15
Deve-se aplicar o planeamento aos assentamentos humanos e à urbanização
com vistas a evitar repercussões prejudiciais sobre o meio ambiente e a obter
O Planeta nas nossas mãos
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os máximos benefícios sociais, económicos e ambientais para todos. A este
respeito devem-se abandonar os projectos destinados à dominação colonialista
e racista.
Princípio 16
Nas regiões onde exista o risco de que a taxa de crescimento demográfico ou
as concentrações excessivas de população prejudiquem o meio ambiente ou o
desenvolvimento, ou onde, a baixa densidade d4e população possa impedir o
melhoramento do meio ambiente humano e limitar o desenvolvimento,
deveriam se aplicadas políticas demográficas que respeitassem os direitos
humanos fundamentais e contassem com a aprovação dos governos
interessados.
Princípio 17
Deve-se confiar às instituições nacionais competentes a tarefa de planejar,
administrar ou controlar a utilização dos recursos ambientais dos Estados, com
o fim de melhorar a qualidade do meio ambiente.
Princípio 18
Como parte de sua contribuição ao desenvolvimento económico e social deve-
se utilizar a ciência e a tecnologia para descobrir, evitar e combater os riscos
que ameaçam o meio ambiente, para solucionar os problemas ambientais e
para o bem comum da humanidade.
Princípio 19
É indispensável um esforço para a educação em questões ambientais, dirigida
tanto às gerações jovens como aos adultos e que preste a devida atenção ao
sector da população menos privilegiado, para fundamentar as bases de uma
opinião pública bem informada, e de uma conduta dos indivíduos, das
empresas e das colectividades inspirada no sentido de sua responsabilidade
sobre a protecção e melhoramento do meio ambiente em toda sua dimensão
humana. É igualmente essencial que os meios de comunicação de massas
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 35
evitem contribuir para a deterioração do meio ambiente humano e, ao contrário,
difundam informação de carácter educativo sobre a necessidade de protege-lo
e melhorá-lo, a fim de que o homem possa desenvolver-se em todos os
aspectos.
Princípio 20
Devem-se fomentar em todos os países, especialmente nos países em
desenvolvimento, a pesquisa e o desenvolvimento científicos referentes aos
problemas ambientais, tanto nacionais como multinacionais. Neste caso, o livre
intercâmbio de informação científica actualizada e de experiência sobre a
transferência deve ser objecto de apoio e de assistência, a fim de facilitar a
solução dos problemas ambientais. As tecnologias ambientais devem ser
postas à disposição dos países em desenvolvimento de forma a favorecer sua
ampla difusão, sem que constituam uma carga económica para esses países.
Princípio 21
Em conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os princípios de
direito internacional, os Estados têm o direito soberano de explorar seus
próprios recursos em aplicação de sua própria política ambiental e a obrigação
de assegurar-se de que as actividades que se levem a cabo, dentro de sua
jurisdição, ou sob seu controle, não prejudiquem o meio ambiente de outros
Estados ou de zonas situadas fora de toda jurisdição nacional.
Princípio 22
Os Estados devem cooperar para continuar desenvolvendo o direito
internacional no que se refere à responsabilidade e à indemnização às vítimas
da poluição e de outros danos ambientais que as actividades realizadas dentro
da jurisdição ou sob o controle de tais Estados causem às zonas fora de sua
jurisdição.
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Princípio 23
Sem prejuízo dos critérios de consenso da comunidade internacional e das
normas que deverão ser definidas a nível nacional, em todos os casos será
indispensável considerar os sistemas de valores prevalecentes em cada país,
e, a aplicabilidade de normas que, embora válidas para os países mais
avançados, possam ser inadequadas e de alto custo social para países em
desenvolvimento.
Princípio 24
Todos os países, grandes e pequenos, devem ocupar-se com espírito e
cooperação e em pé de igualdade das questões internacionais relativas à
protecção e melhoramento do meio ambiente. É indispensável cooperar para
controlar, evitar, reduzir e eliminar eficazmente os efeitos prejudiciais que as
actividades que se realizem em qualquer esfera, possam Ter para o meio
ambiente, mediante acordos multilaterais ou bilaterais, ou por outros meios
apropriados, respeitados a soberania e os interesses de todos os estados.
Princípio 25
Os Estados devem assegurar-se de que as organizações internacionais realizem um trabalho coordenado, eficaz e dinâmico na conservação e no melhoramento do meio ambiente.
Princípio 26
É preciso livrar o homem e seu meio ambiente dos efeitos das armas nucleares e de todos os demais meios de destruição em massa. Os Estados devem-se esforçar para chegar logo a um acordo – nos órgãos internacionais pertinentes sobre a eliminação e a destruição completa de tais armas.
O Planeta nas nossas mãos
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CONCLUSÃO
Concluí com este trabalho que, apesar da gravidade pela qual o nosso
planeta passa, não só pelo efeito estufa, mas também por outros factores
ambientais,
a população em geral não se preocupa e muitas vezes ouvimos
dos nossos pais, avós ou de algumas pessoas menos informadas sobre estes
assuntos, as duas típicas frases:
“Sou só uma, achas que vai fazer diferença se eu fizer alguma coisa?!”
“Quando isso acontecer eu já não vou estar cá, nem tu, nem os teus netos, nem bisnetos…”
Foi a pensar nestes problemas que
os responsáveis pela autarquia de
Almeirim, cidade onde resido, tem
vindo a lançar sistematicamente os
mais incríveis e diversos programas
e acções junto da população e, que
esta tem
aderido
massivamente. Só para dar alguns exemplos, falo dos
“Monstros”
Se todas as pessoas pensassem assim onde é que o nosso planeta
estaria? É uma boa pergunta pela qual a resposta é bastante óbvia, o planeta
estava condenado à inexistência. Mas, em contrapartida, com a informação
que existe hoje conseguimos com que muita gente fique sensibilizada para
estes acontecimentos e a pouco e pouco a geração mais nova vai-se
apercebendo de que se não fizer alguma coisa vai acabar por perder a sua
casa (planeta).
3, “Oleão”4
3 A Camioneta dos Monstros” tem registado boa adesão por parte dos munícipes da cidade. Trata-se de um serviço gratuito da autarquia que garante a recolha de frigoríficos, máquinas velhas, sofás e outros objectos de grande dimensão. "Os munícipes estão a aderir e com isso a contribuir para diminuir o triste espectáculo que é a deposição de lixo junto aos contentores ou nas áreas rurais", explica a autarquia no site oficial. “Edição de 30-08-2007 – O Mirante
; “Publicidade dá multa” e o “Fardo
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de Papel”, entre tantos outros. Todos eles tem constituído o maior sucesso,
quer junto das Escolas, Comunicação Social Nacional como da população.
Mas, o que mais me impressionou foi a acção mais recente da autarquia,
refiro-me à compostagem. Ao tomar conhecimento desta forma de
reciclagem, desconhecida para mim, até ao dia de ler atentamente todas as
explicações de como fazer e, as vantagens ambientais de o fazer. Fica aqui
os exemplos:
4 Segundo O Mirante, a Câmara de Almeirim vai começar a distribuir pelo concelho em Maio contentores para recolha de óleos usados idealizados pelos serviços municipais. O modelo permite a colocação de um contentor de lixo doméstico dentro do oleão, o que evita derrames e facilita a sua recolha. O projecto da autarquia foi construído por uma empresa portuguesa de Castelo Branco. A autarquia já tinha feito uma pesquisa no mercado e tinha encontrado recipientes do mesmo género, mas que custavam cerca de cinco mil euros. O modelo concebido pela Câmara de Almeirim custa 800 euros.
O Planeta nas nossas mãos
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Mas isto só não chega, o nosso Planeta está a morrer lentamente, Desde o
princípio do século XXI que temos vivido os verões mais quentes dos últimos
anos. O aquecimento global está a provocar mudanças bruscas no clima, a
desertificação avança e a diminuição de fontes de água doce acentua-se;
aumenta a frequencia de desastres naturais que atingem diversas
comunidades do planeta; a extinção de espécies animais e vegetais; e a
propagação de doenças em zonas que antes estavam livres das mesmas.
Uma das consequências mais trágicas da mudança climática é que algumas
nações e territórios estão condenados a desaparecer pela elevação do nível
do mar.5
O trabalho dos professores e dos alunos desta nova geração deve ser cada
vez mais consciente, participativo e exigente, na defesa dos interesses do
nosso meio ambiente, nomeadamente na escolha do tipo de energia que
queremos para o nosso bem-estar. É portanto necessário desenvolver uma
cultura cívica que defenda o Planeta em que vivemos.
Por isso, concluo este trabalho com alguma tristeza e com alguma alegria,
tristeza porque com este trabalho apercebi-me de que o nosso planeta está a
morrer pouco a pouco, e com alegria porque também me apercebi que a
mentalidade de muitos está a mudar. E se todos derem o seu contributo, talvez
possamos ir ainda a tempo de salvar o nosso planeta, e assim salvar toda a
humanidade e todos os seres vivos que nele habitam.
“Necessitamos de uma Organização Mundial do Meio Ambiente e da
Mudança Climática, a qual se subordinem as organizações comerciais e
financeiras multilaterais, para promover um modelo distinto de
desenvolvimento, amigável com a natureza e que resolva os graves problemas
da pobreza. Esta organização tem que contar com mecanismos efetivos de
implantação de programas, verificação e sanção para garantir o cumprimento
dos acordos presentes e futuros.” 6
5 Apresenta-se nas salas de cinema do mundo inteiro um produto audiovisual denominado "Uma verdade incómoda". Ele faz parte de uma extensa campanha propagandística, com base na teoria no aquecimento global do planeta, do senhor Al Gore, ex – Vice-presidente dos Estados Unidos da América. 6 Evo Morales - Presidente da Bolívia
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 40
BIBLIOGRAFIA
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Cavaco, Maria Helena; A Educação Ambiental; Escola; Editora; 1999
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http://diariodoambiente.blogs.sapo.pt/tag/reciclagem (2009/04/16)
O Planeta nas nossas mãos
FORMACTIC – Exemplo de STC-CLC Página 41
AGRADECIMENTOS
Quero no final deste trabalho agradecer a todos que me ajudaram na recolha dos
elementos para este trabalho, nomeadamente aos funcionários da Biblioteca
Marquesa de Cadaval e, por fim, à família do Inventor Almeirinense, na pessoa do Srº.
“Ângelo David”