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O PROJETO INOVA: Estudos sobre Origem e Evolução de Doenças: Desenvolvimento de Protocolos Aplicáveis em Material de Acervos e Coleções Adauto Araújo Sheila Mendonça de Souza Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca Fundação Oswaldo Cruz

O PROJETO INOVA: Estudos sobre Origem e Evolução de ... · Sheila Mendonça de Souza ... Fundação Oswaldo Cruz. ... e seus impactos sobre as amostras macroscópicas e microscópicas:

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O PROJETO INOVA:

Estudos sobre Origem e Evolução de Doenças:

Desenvolvimento de Protocolos Aplicáveis em Material de

Acervos e Coleções

Adauto Araújo

Sheila Mendonça de Souza

Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio AroucaFundação Oswaldo Cruz

Embora a criação de novas tecnologias, metodologias, protocolos,

e outras novidades seja rotina em algumas áreas de pesquisa como

a paleopatologia, onde as condições do material frequentemente exigem

adaptações e desenvolvimentos especiais de procedimentos para coleta,

armazenamento, análise e conservação de amostras, o conceito de

INOVAÇÃO ainda está sendo incorporado em muitas áreas acadêmicas

a partir das quais algumas desta novas formas de fazer podem ser

disseminadas e transformadas em práticas de uso mais ampliado, e que

revertam em verdadeiro benefício para a comunidade.

A busca por INOVAÇÕES tem motivado linhas de financiamento especiais

bara a pesquisa estimulando uma nova cultura acadêmica .

As novas técnicas e métodos desenvolvidos nas pesquisas

da paleopatologia têm beneficiado não apenas o desenvolvimento

do prprio campo, como de campos afins e muito mais diretamente

relacionados às questões contemporâneas da saúde, como a àrea

de estudos do ambiente natural e a área de estudos forenses.

Nesse sentido, as nossas inovações podem ser implementadas, não apenas

entre pares e instituições acadêmicas e de ensino, mas reverter mais

amplamente para a sociedade através de uso em outros campos da

pesquisa e do diagnóstico/identificação de questões de importância

para o estudo da saúde coletiva.

Os tecidos orgânicos depois da

morte sofrem mudanças causadas por diferentes processos,

o que torna o diagnóstico ou a identificação de patógenos ou

condições patológicas muito mais difícil:

Tafonomia cadavérica, modificações naturais imediatas à morte...

Processos de preservação/ou tratamentos culturais aplicados aos corpos...

Diagênese ou trocas com o solo, ou matriz em que se depositam...

Fatores bióticos e abióticos que ocorrem no material ao longo do tempo...

Transformações ocorridas em amostras biológicas expostas ao intemperismo...

Técnicas adequadas aos

materiais escassos, únicos,

fragmentários, devem ser

adaptadas ou recriadas

Novos protocolos para coleta,

armazenamento, diagnóstico de

evidências e interpretação dos

achados são necessários

Os estudos sobre eventos

passados da saúde estão sujeitos

a estas condições

A concepção cada vez mais conservadora sobre materiais de acervos

arqueológicos, históricos, paleontológicos e coleções biológicas obriga a

pesquisas não invasivas, minimalistas, técnicas diagnósticas baseadas

em imagens e não em amostras retiradas e assim por diante...

Princípios éticos ou a proteção aos bens culturais também exigem

estudos de amostras mínimas.

Materiais considerados patrimônio e de valor cultural inestimável,

Materiais que não são passíveis de reposição

Materiais únicos como exemplares de categorias extintas, muito antigos,

raros...

Amostras de importância forense, sob custódia...

Devem ser analisados através de protocolos especiais,

e não devem ser esgotados.

Acervos arqueológicos

...de diferentes tipos e com evidências

De diferentes condiçoes patológicas

Amostras mumificadas

DESAFIOS NA BUSCA POR NOVAS SOLUÇÕES:

AQUISIÇÃO DAS AMOSTRAS

Como acessar ?

Quanto é o mínimo necessário?

Como coletar, conservar, transportar?

Diferentes condições e materiais exigem

soluções criativas e eficazes para o

sucesso das coletas

Condições diversas exigem a prevenção

das perdas, principalmente em nosso

clima tropical

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Que tipo de análise realizar ?

Qual o melhor protocolo ?

Que parâmetros comparativos podem ser usados ?

Quando e como usar modelos experimentais ?

Criar modelos das

condições de preservação,

e seus impactos sobre as

amostras macroscópicas e

microscópicas: morfológicos,

bioquímicos, biofísicos...

CONTAMINAÇÃO? ERRO ? VIÉS?

A proposta do INOVA seguiu duas linhas básicas relacionadas

ás possíveis técnicas e diagnósticas usadas na identificação de

Patógenos e condições patolõgicas:

MICROCOPIA DE VARREDURA (ENSP/UFRJ)

PALEOGENÉTICA (ENSP/UFF)

OBJETIVO GERAL

Desenvolver e divulgar técnicas e protocolos mais eficazes e conservadores para pesquisa

paleoparasitológica em coleções científicas, de origem humana ou animal, e

produzir/disponibilizar novos dados paleoparasitológicos e um banco de imagens

tridimensionais (MEV) para confirmação do diagnóstico paleoparastológico em material

arqueológico, paleontológico, ou mais recente.

EQUIPE

Adauto Araújo (ENSP/Fiocruz)

Sheila Mendonça de Souza (ENSP/Fiocruz)

Luiz Fernando Ferreira (ENSP/Fiocruz)

Sergio Augusto de Miranda Chaves (ENSP/Fiocruz)

Daniela Leles de Souza (UFF)

Marcelo Luiz Carvalho Gonçalves (IPEC/Fiocruz)

Claudia Rodrigues (Museu Nacional/UFRJ)

•Shenia Novo – aluna doutorado (Epidemiologia em Saúde Pública/ENSP)

•Alexandre Fernandes – aluno doutorado (Epidemiologia em Saúde Pública/ENSP)

•Cassius Schnell Palhano Silva – aluno doutorado (Epidemiologia em Saúde

Pública/ENSP)

•Isabel Teixeira Santos Nakatani - aluna doutorado (Epidemiologia em Saúde

Pública/ENSP)

•Elisa Pucu de Araújo – aluna doutorado (IOC/Fiocruz)

•Victor Hugo Borba Nunes – aluno mestrado (Epidemiologia em Saúde

Pública/ENSP)

•Thaíla Pessanha - aluna mestrado (Epidemiologia em Saúde Pública/ENSP)

•Paula Cascardo – aluna de Pibic (bolsista UFF)

•Andressa dos Santo Freire – aluna mestrado UFF (sem bolsa)

Desenvolvimento de modelos e testagem de novas técnicas de trabalho para

paleoparasitologia (microscopia ótica, microscopia de varredura, biologia molecular e

imunotestes)

Desenvolvimento e disponibilização de novos protocolos de trabalho para coleta, transporte,

acondicionamento, conservação e análise de amostras que permitam amximizar o diagnóstico

de infecções parasitárias em material arqueológico, paleontológico e taxidermizado

(microscopia ótica, microscopia de varredura, biologia molecular e imunotestes)

Organização e disponibilização de banco de imagens em microscopia de varredura para

confirmação de diagnóstico paleoparasitológico

Publicação de um MANUAL em meio digital, com versões em inglês, espanhol e português,

com os protocolos desenvolvidos para paleoparasitologia, para ampla disseminação entre as

instituições e profissionais nacionais e de outros países com os quais o grupo mantém

colaboração

Publicação de artigos científicos (inclusive em periódicos QUALIS A1, A2 e B1)

Divulgação em eventos científicos

Formação de recursos humanos, pela participação de MESTRANDOS, DOUTORANDOS,

ALUNOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA e outros estagiários de graduação (Programa de

Vocação Científica) na equipe.

Realização de dois SEMINÁRIOS (2014, no Museu Nacional; 2015 na ENSP –

encerramento).

Nesse sentido os trabalhos já começaram com projetos

Em andamento de mestrandos da ENSP e da UFF, e devem

Seguir até o final deste ano em fase de desenho experimental

E testagem inicial de protocolos nos dois campos de pesquisa

Previstos. Como exemplos....

Amostras mínimas a serem coletadas

em escavações arqueológicas que não

autorizam a exumação