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VIII EPEA - Encontro Pesquisa em Educação Ambiental Rio de Janeiro, 19 a 22 de Julho de 2015 Realização: Unirio, UFRRJ e UFRJ 1 O que estudantes de Ensino Médio pensam sobre Educação Ambiental Marcelo Borges Rocha CEFET/RJ Carolina Pereira Barros CEFET/RJ Resumo: A natureza vem sofrendo impactos oriundos da mudança do tipo de relação que o homem estabeleceu com o meio ambiente. Diante deste contexto, o estudo da percepção ambiental se torna fundamental no sentido em que a consciência e o comportamento humano, que são construídos durante a vida, proporcionam novas mudanças. Na escola, é ainda mais importante que tal processo se estabeleça de forma efetiva, pois os jovens podem se tornar atores principais em ações transformadoras. Sendo assim, este estudo analisou como estudantes do ensino médio percebem a Educação Ambiental. Para isso foram aplicados e analisados 52 questionários. Foi possível observar que os estudantes possuem opiniões e percepções diversificadas e contraditórias entre si, e apesar de reconheceram a importância da Educação Ambiental não incorporam seus pressupostos em suas vidas. Concluiu-se assim, que é necessário ampliar a discussão sobre como efetivamente desenvolver atividades de Educação Ambiental no contexto escolar. Palavras-chave: Educação Ambiental, Percepção Ambiental, Meio ambiente. Abstract: The nature has suffered impacts from the change in the type of relationship that man has established with the environment. Thus, the study of environmental perception becomes fundamental in the sense that consciousness and human behavior, which are built during the life, provide new changes. At school, it is even more important that this process be established effectively, because young people can become key players in transforming actions. Thus, this study examined how high school students perceive the Environmental Education. To this were applied and analyzed 52 questionnaires. It was observed that students have opinions and diverse and contradictory perceptions among themselves, and although recognized the importance of environmental education does not incorporate their assumptions in their lives. It was thus concluded that it is necessary to broaden the discussion on how to effectively develop environmental education activities in the school context. Keywords: Environmental Education, Environmental Perception, Environment.

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VIII EPEA - Encontro Pesquisa em Educação Ambiental Rio de Janeiro, 19 a 22 de Julho de 2015

Realização: Unirio, UFRRJ e UFRJ

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O que estudantes de Ensino Médio pensam sobre Educação Ambiental

Marcelo Borges Rocha – CEFET/RJ

Carolina Pereira Barros – CEFET/RJ

Resumo: A natureza vem sofrendo impactos oriundos da mudança do tipo de relação

que o homem estabeleceu com o meio ambiente. Diante deste contexto, o estudo da

percepção ambiental se torna fundamental no sentido em que a consciência e o

comportamento humano, que são construídos durante a vida, proporcionam novas

mudanças. Na escola, é ainda mais importante que tal processo se estabeleça de forma

efetiva, pois os jovens podem se tornar atores principais em ações transformadoras.

Sendo assim, este estudo analisou como estudantes do ensino médio percebem a

Educação Ambiental. Para isso foram aplicados e analisados 52 questionários. Foi

possível observar que os estudantes possuem opiniões e percepções diversificadas e

contraditórias entre si, e apesar de reconheceram a importância da Educação Ambiental

não incorporam seus pressupostos em suas vidas. Concluiu-se assim, que é necessário

ampliar a discussão sobre como efetivamente desenvolver atividades de Educação

Ambiental no contexto escolar.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Percepção Ambiental, Meio ambiente.

Abstract: The nature has suffered impacts from the change in the type of relationship

that man has established with the environment. Thus, the study of environmental

perception becomes fundamental in the sense that consciousness and human behavior,

which are built during the life, provide new changes. At school, it is even more

important that this process be established effectively, because young people can become

key players in transforming actions. Thus, this study examined how high school

students perceive the Environmental Education. To this were applied and analyzed 52

questionnaires. It was observed that students have opinions and diverse and

contradictory perceptions among themselves, and although recognized the importance

of environmental education does not incorporate their assumptions in their lives. It was

thus concluded that it is necessary to broaden the discussion on how to effectively

develop environmental education activities in the school context.

Keywords: Environmental Education, Environmental Perception, Environment.

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1. Introdução

O número de estudos que abordam questões sobre a relação do homem com o

meio ambiente, além de muitos outros questionamentos que visam entender a realidade

sócio-ambiental, aumentou nas últimas décadas. A partir de relatos que analisam

historicamente esta interação e a mudança da visão humana e de suas respectivas ações

no meio, surgem questões que precisam ser discutidas e repensadas, tais como,

aquecimento global, racionamento de água e luz, entre outras. Somando todas estas

pesquisas e iniciativas, alguns esforços direcionam-se para entender a questão ambiental

por diversos olhares, interesses, reações e condutas. Neste contexto a percepção

ambiental aprofunda a compreensão das interrelações, sobretudo pelo entendimento do

que os indivíduos percebem a respeito, para em seguida promover a sensibilização.

Vilas Boas (2002, p.6) indaga, “Como conscientizar a humanidade para a

necessidade da mudança nos hábitos de produção e de consumo? A complexidade da

problemática ambiental poderá conduzir o ser humano a uma nova forma de ver e

compreender as relações estabelecidas entre sociedade e natureza?”. Neste contexto, a

Educação Ambiental pode contribuir para a formação de cidadãos conscientes e

engajados atuando na sociedade de maneira transformadora e crítica. No

desenvolvimento desta educação, com suas diversas conceituações, formas de trabalhar

e atores atuantes surgem alguns desafios dentre eles, elaborar estratégias eficientes para

promover a sensibilização ambiental.

O papel da escola reflete a necessidade da formação de cidadãos cujos valores

abrangem a integração da família, da sociedade e das instituições escolares. Santos

(2002) afirma que a ciência, o meio ambiente e a educação são fundamentais para a

construção de uma sociedade que seja capaz de assegurar a existência dos seres vivos no

futuro. Desse modo, o presente estudo objetivou analisar como estudantes do segundo

ano do ensino médio do Colégio Pedro II percebem a Educação Ambiental.

1.1. Crise Ambiental

Alheio a teorias e crenças quanto ao surgimento do planeta Terra, sabe-se que as

alterações no ambiente químico e físico proporcionadas pela própria evolução biológica

são naturais. Embora estudos comprovem que inúmeras formas de vida já passaram pelo

globo terrestre, das quais a espécie humana é uma das mais recentes, pode-se pensar que

o aparecimento do homem apresente potencial de influenciar o meio ambiente em geral,

dependendo de como esta relação é desenvolvida. Segundo Fernandes e Sampaio (2008,

p. 89), “É possível afirmar que a natureza não tem problemas e, se os tem, são inerentes

a sua dinâmica e resolvidos por ela. A definição da problemática ambiental, portanto, é

uma definição diretamente ligada às atividades sociais que incidem sobre a natureza”.

O entendimento de ambiente não é novo. A forma de sistematizar os

conhecimentos é que mudou. O reconhecimento da situação ambiental em estado de

alerta é o grande responsável por tal progresso – formulado por cientistas,

ambientalistas, governo e sociedade principalmente a partir dos anos 60. Ainda diante

desta mudança, torna-se interessante compreender como tais relações estabelecidas

entre homem e natureza foram se desenvolvendo. A capacidade em transformar o meio

ambiente, se analisados de maneira mais criteriosa, iniciou-se há milênios

(RODRIGUES, 1998). Pode-se dizer ainda que no princípio essas relações eram

envolvidas por mitos e magias de forma geral - singularmente por ser encarada por

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muitos como uma relação divina. Quem nunca se deparou com história de deuses

gregos quase humanos que representavam as forças da natureza?

Aos poucos a forma de perceber a natureza foi se transformando e relações de

posse sendo estabelecidas lado a lado com o desenvolvimento de tecnologias mais

sofisticadas. É importante ressaltar, porém, que as tecnologias são fundamentais para o

avanço da espécie humana e obviamente não podem ser consideradas como vilãs no

aspecto ambiental. O ponto chave, portanto, é a utilidade das mesmas (SANTOS, 1997).

Além disso, não se pode desconsiderar a especulação filosófica daqueles que buscavam

respostas mais concretas e racionais de tudo aquilo que os cercavam.

A Revolução Industrial é apontada por muitos estudiosos como o início de

transformações significativas em aspectos sociais, filosóficos, comportamentais,

econômicos e políticos. A natureza que já era vista como inferior ao homem assumiu o

papel pleno de subordinada a ele - graças principalmente, ao avanço da ciência aliado a

técnica (OLIVEIRA, 2011). A produção acelerada passa a ser valorizada associada ao

menor custo e altos lucros. O consumismo atinge níveis altos e para "alimentar" todo

este ciclo, as riquezas naturais são exploradas sem restrições. As condições precárias

das fábricas incluíam à utilização de fontes de energia, como o carvão, extremamente

poluidor ao meio ambiente.

O que isenta em parte a Revolução Industrial, conhecida por muitos como

"revolução da mortalidade", é que de fato o relevante nesta grande virada foi a

articulação entre ciência e tecnologia e o papel central que ambas assumiram na

sociedade (VEIGA, 2009). É inquestionável, portanto, que os impactos ao meio

ambiente pelo homem passaram a ser mais violentos desde então. O entendimento de

uma natureza - objeto exterior ao homem amplia a impressão de que tal relação

recíproca pode sim ser “via de mão única”.

1.2. Percepção Ambiental

A própria definição de percepção como ato de perceber já permite estabelecer

conexões para a formação de idéias imediatas e reflexões posteriores de tudo aquilo que

percebemos. Considerando que a “construção” de conhecimentos, experiências e

contatos adquiridos ao longo do tempo são únicos para cada ser, a percepção de

fenômenos será sempre interpretada de maneira diferente. Desta forma, portanto, as

percepções são singulares diante de realidades distintas. Ao mesmo tempo deve-se

considerar que a própria vivência tende a formar indivíduos com escolhas e

comportamentos padronizados e diversos (REGHIN, 2002). Ou seja, embora as

percepções sejam únicas deve ser levado em conta que membros de um mesmo grupo,

por estarem inseridos em um meio parecido em aspectos diversos tendem a compartilhar

percepções comuns (TUAN, 1980).

Para Dorin (1984, p.163) percepção “[...] é um processo pelo qual tomamos

consciência imediata dos objetos e fatos e de suas relações num dado contexto

ambiental. Percepção é sempre uma interpretação pessoal de um evento externo”. Rio

(1999) estabelece um esquema da percepção baseado em mecanismos diversos.

Interligando linearmente diante da realidade: sensações, motivação, cognição, avaliação,

e formação de conduta. Ou seja, a interação dos seres com o ambiente envolveria

mecanismos perceptivos e cognitivos (SANTOS, 2010). Articulando o conceito de

percepção com a noção de meio ambiente, pode-se entender a valorização do estudo da

percepção ambiental condicionada a bagagem do próprio indivíduo e tendo em mente

que os problemas ambientais são também problemas humanos. Pode-se dizer assim, que

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os avanços ambientais dependem diretamente da consciência ambiental e

comportamento do ser humano construídos durante a vida e das experiências com o

ambiente. Desta forma, ratifica-se a importância da percepção ambiental em estudos

voltados para a Educação Ambiental.

Sauvé (1997) partindo do entendimento de que a Educação Ambiental se

encontra entre o ser humano e o meio ambiente estabelece três vertentes referentes às

perspectivas que norteiam as práticas pedagógicas: perspectiva ambiental, educativa e

pedagógica – que se centram respectivamente no ambiente biofísico, no indivíduo ou

grupo social e no processo educativo e podem ser sintetizadas de acordo com as suas

preocupações centrais através dos questionamentos: “Que planeta deixaremos as nossas

crianças?”, “Que crianças deixaremos ao nosso planeta?” e “Que educação deixaremos

para as crianças do nosso planeta?” Neste sentido, a maioria dos Educadores

Ambientais enxerga a percepção ambiental como um dos passos iniciais para qualquer

trabalho que tenha como objetivo entender melhor as visões, expectativas, interesses e

vivência do grupo envolvido para aí sim traçar os projetos mais eficazes (REIGOTA,

2002).

2. Metodologia da Pesquisa

Diante da importância do entendimento da percepção de estudantes sobre a

importância da Educação Ambiental foi realizada esta pesquisa com alunos do segundo

ano do ensino médio de uma das instituições de ensino público mais tradicionais do

Brasil: Colégio Pedro II – Unidade Centro. A coleta de dados foi realizada através da

aplicação de questionários.

A elaboração do conteúdo das perguntas incluiu o cuidado em não torná-las uma

atividade com potencial de pressionar os estudantes, desta forma a sinceridade dos

alunos ao responder as questões foi vista como fundamental para evitar erros de

medição e, portanto, evitou-se a interferência do pesquisador. Primeiramente quatro

questões fechadas que objetivavam traçar o perfil dos alunos quanto ao gênero, faixa

etária, renda familiar e bairro em que moram. Além destas, outras questões fechadas e

abertas foram aplicadas para 52 alunos. Para analisar as questões fechadas as respostas

foram tabuladas a fim de aplicá-las em percentuais e apresentá-las em forma de

gráficos. Para as questões fechadas com mais de uma resposta, utilizou-se a contagem

por incidência, método que foi expresso através de gráficos que apresentam o número

de vezes que a opção foi assinalada.

As questões abertas foram analisadas por meio da análise de conteúdo utilizando

da teoria da ação social, que trás a proposta da possibilidade de analisar o que as

pessoas pensam a respeito de algo, de acordo com a sua concepção sobre aquele objeto

em seu contexto (SILVA et al., 2005). De posse do material, identificamos e

interpretamos as categorias e temas mais frequentemente abordados nos textos, através

da análise de conteúdo categorial-temática (BARDIN, 1977).

3. Resultados e Discussão

3.1. Perfil sócio-econômico

Na pesquisa realizada pôde-se perceber que mais da metade dos estudantes é do

sexo feminino, sendo 30 meninas e 22 meninos. Em relação à faixa etária, 70%

possuem 15, 13% com 16 anos, 11% possui 17 anos e 6% esta com 14 anos. Quanto ao

local onde residem há predomínio de bairros da zona norte e zona oeste do Rio de

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Janeiro. Finalizando esta primeira etapa da pesquisa, quanto a faixa salarial dos

aprendizes, 44,3 % têm renda familiar de mais de 7 salários mínimos, 34,6% entre 4 a 7

salários e somente 21,1% afirmaram que vivem com 1 a 3 salários mínimos.

3.2. Percepção sobre Educação Ambiental

Este tópico apresenta os resultados das questões fechadas em que só podia ser

marcada uma opção. Através das respostas dos alunos, foi possível perceber que a

maioria sinalizou que raramente percebem a preocupação por parte das pessoas de seu

convívio em relação às questões ambientais (Fig. 1).

Figura 1: Questão sobre a preocupação com o meio ambiente das pessoas que convivem com

os alunos

Fonte: A pesquisa

Analisando esta pergunta, pode-se salientar o entendimento de aprendizado

flexível do ser humano de Bandura (2008, p. 21) (Teoria da Aprendizagem Social), que

enfatiza a existência do aprendizado observacional: “Todos os fenômenos que ocorrem

por meio de experiência direta também podem ocorrer de forma vicariante – com a

observação de outras pessoas e das consequências para elas”. Neste sentido, a

aprendizagem se dá por meio da observação de outras pessoas e ocorre quando a

observação de fato, é seguida do processo cognitivo. Logo, não se trata de imitação

automática, já que necessita de representações simbólicas peculiares a cada indivíduo e

situação.

Relacionando esta teoria com os resultados da pesquisa, a tendência é que a

maioria destes estudantes desenvolva ao longo do tempo, ações que reflitam raramente

preocupações com o meio ambiente. Destaca-se assim, a importância das intervenções

educativas como forma de incentivá-los a repensar suas posturas em relação ao meio em

que vivem e ainda, se tornarem disseminadores de informações que contribuam para a

sensibilização ambiental em seus contextos sociais.

Na questão seguinte, observa-se que a maioria (38,46%) percebe a Educação

Ambiental somente nos espaços de educação formal, ou seja, a escola. Entretanto, esse

trabalho ainda é desenvolvido de maneira aleatória e com uma tentativa de apresentar

um caráter multidisciplinar (Fig. 2).

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Figura 2: Gráfico referente à questão de como a Educação Ambiental é explorada no ambiente

escolar

Fonte: A pesquisa

Os resultados encontrados corroboram o estudo de Almeida (2008), que cita a

dificuldade dos professores no âmbito escolar em desenvolver práticas em espaços e

momentos interligados que permitem novos olhares e reflexões do cotidiano. Tendendo

a se limitarem a desenvolver atividades ambientais restritas ao espaço escolar. Outra

opção de bastante destaque nas respostas dos alunos diz respeito que entendem que a

Educação Ambiental é amplamente desenvolvida em ambas as esferas, formal e não

formal. E esta aparentemente seria a opção ideal, visto que como qualquer temática,

quanto maior o contato mais fácil à compreensão e a construção de determinadas

posturas, construídas de acordo com o processo participativo de vários agentes.

Atingindo assim os objetivos da Educação Ambiental.

Na outras duas opções apontadas, em igual proporção, surgem alertas: 17,30%

de alunos ao responderem que a Educação Ambiental é explorada somente na educação

não formal contradizem a maioria, aqueles que entendem que a temática é abordada

seguindo a legislação (não incorporando, por exemplo, a transversalidade na abordagem

da temática conforme previsto nos PCN). Por fim aqueles que afirmam nunca terem

vivenciado a Educação Ambiental representam o percentual mais preocupante diante da

relevância da inserção das questões ambientais na realidade de qualquer ser humano,

sobretudo os jovens.

Na terceira questão visou-se caracterizar a importância que os estudantes

atribuem a Educação Ambiental diante da problemática ambiental. Os dados mostraram

que a maioria, cerca de 70%, considera a Educação Ambiental indispensável na

discussão e reflexão sobre meio ambiente (Fig. 3). Apenas 3,84% não atribuíram

importância as práticas educativas como forma de resolver os problemas ambientais.

Estes resultados se igualam aos de Costa e Schwanke (2010), em que os alunos

participantes do respectivo estudo afirmaram que a Educação Ambiental é um

instrumento fundamental para o entendimento da relação com o meio ambiente e

questões ambientais em geral. Assim como no trabalho de Santos (2007) em que os

estudantes também marcaram a opção que atribuía maior importância às discussões da

Educação Ambiental neste contexto de crise ambiental.

Surge então a reflexão: reconhecer a importância não significa se interessar e

muito menos agir de acordo com tal compreensão, mas já sinaliza um movimento de

abertura para propostas e/ou atividades voltadas para a Educação Ambiental.

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Figura 3: A relevância da Educação Ambiental

Fonte: A pesquisa

Complementando a questão anterior, nesta pergunta os extremos são minoria (a

opção “nada” representaria o descaso total e a opção “muito”, o engajamento máximo).

O que tende a representar um equilíbrio em relação ao interesse com as questões

ambientais (Fig 4). Já no trabalho de Silva e Melo (2007), os resultados indicaram

equilíbrio justamente entre os extremos: aproximadamente metade dos estudantes

assumiu muito interesse e a outra maioria declarou pouco interesse; e apenas 3%

apontou não ter interesse nenhum.

Na comparação deste resultado com o estudo de Bezerra (2010) quando o autor

fez um levantamento do grau de interesse por questões ambientais com seus respectivos

entrevistados, não há compatibilidade: Constatou-se no mesmo que o percentual de

partícipes muito interessados e interessados foi muito superior aos demais (mais ou

menos e pouco). Além isso, enquanto 7% dos alunos questionados nesta pesquisa

afirmaram não ter interesse nenhum pelo tema, apenas 1 estudante manifestou-se como

nada interessado no trabalho de Bezerra.

Figura 4: Interesse por questões ambientais

Fonte: A pesquisa

Na questão cinco, o objetivo era perceber se os alunos se sentem estimulados

quanto à participação em ações ambientais e se as mesmas já fazem parte de sua

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realidade, haja vista que ações tende a proporcionar novas descobertas de interesses

quanto à temática (RAU, 2011). Os resultados indicam que as atividades relacionadas

ao aspecto ambiental integram o cotidiano da minoria destes alunos, uma vez que

apenas 13,46% disseram participar de ações ambientais (Fig. 5). Esta pequena parcela

mais ativista das causas apontou como exemplo:

“Ajudo meu pai em visitas a ONGs sustentáveis” (ALUNO A)

“Participo de conferências e seminários gratuitos ou com desconto

para estudantes” (ALUNO B)

Uma parcela considerável dos estudantes, 40,58%, disseram que se sentem

estimulados, mas ainda não participam deste tipo de ações, relatando:

“Qualquer coisa que envolva animais, mas nunca participei de nada”.

(ALUNO C)

“Me interesso por projetos relacionados à preservação do ambiente aquático e ao

desenvolvimento de tecnologias que reduzam a produção do lixo eletrônico”. (ALUNO D)

Figura 5: Questão de participação e estímulo em ações ambientais

Fonte: A pesquisa

A partir destes resultados, torna-se relevante refletir sobre a possível barreira que

afasta esses jovens das ações propriamente ditas. Nesse sentido, Braga (2009) afirma

que o desinteresse em aprender é uma hipótese, já que este inconveniente é apontado

como realidade dos jovens hoje em dia.

Por fim, chama-nos a atenção que 46,13% não participa e não se sente

estimulado em participar de ações concretas em defesa do meio ambiente. Infere-se

assim, que deva existir alguma lacuna na maneira como essas ações chegam a estes

estudantes, que pode ser tanto pelos meios de comunicação como pelos próprios

dirigentes de ONGs, associações de moradores, entre outros. Para Kupfer (1995) os

alunos precisam ser provocados, para que sintam a necessidade de aprender.

Você participa ou se sente estimulado a participar de ações ambientais?

Não participo e não mesinto estimulado

Sim, me sintoestimulado porémainda não participei

Sim, participoregularmente/sempreque possível

46,15%

13,46%

40,58%

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3.3. Percepção Ambiental com foco em Educação Ambiental: Caixas de seleção

Este tópico objetiva apresentar os resultados das questões fechadas em que o

aluno pôde assinalar mais de uma opção. Quando questionados sobre que atividades

gostariam de vivenciar como práticas de Educação Ambiental, a opção mais assinalada

foram os passeios, gincanas e movimentos que explorem o tema meio ambiente. Além

destas, aparecem também atividades desenvolvidas na escola, programas na mídia e

palestras (Fig. 6).

Figura 6: Atividades que interessam aos alunos

Fonte: A pesquisa

A importância da abordagem da Educação Ambiental além da pura transmissão

de conceitos e definições já foi citada, e nesta questão buscou-se complementá-la com a

preferência dos alunos entre alternativas mais práticas de vivenciar a temática. Diante

do resultado percebe-se que as atividades mais dinâmicas são as favoritas. Liderada pela

opção que incluía passeios, gincanas e passeatas, e seguida pela opção que abrangia

plantio de mudas, visitas a escola e coleta seletiva - a construção do conhecimento, caso

dependesse dos alunos, seria estruturada por métodos ativos e não tradicionais. Tais

apontamentos coincidem com diversos trabalhos, como os de Hoernig (2004) e

Drosdoski (2014), em que os alunos também se mostraram majoritariamente a favor das

atividades práticas. E estes registros retratam afirmações como a de Ludke e André

(2005) que entendem que a experiência é a melhor maneira de averiguar a ocorrência de

determinado fenômeno.

De acordo com Ferreira (2001), a vivência e observação concreta permitem o

estabelecimento de conceitos no lugar de imaginá-los, podendo ser comparados

posteriormente com a teoria dos livros, por exemplo. Finalizando esta corrente, Moreno

(1999) afirma que vivenciar o concreto proporciona a compreensão de conhecimento e

aperfeiçoamento do raciocínio.

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3.4: Percepção Ambiental com foco em Educação Ambiental: Questões Abertas

As respostas nesta parte do questionário foram analisadas através da criação de

categorias elaboradas a partir da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977).

Como visto, muitas são as definições de Educação Ambiental que variaram ao

longo dos anos nos eventos internacionais e instituições e que são percebidas de formas

diversas até hoje. Nesta questão, procurou-se investigar como os alunos definem

Educação Ambiental (Fig. 7). Para tal foram criadas categorias para agrupar os

elementos constituintes que apareceram em comum nas respostas para posteriormente

serem analisadas.

Figura 7: Educação ambiental para os alunos

Fonte: A pesquisa

Categoria I: Corrente teórica: 31 alunos (59,61%)

“Educação que ensina a importância do meio ambiente”.

“É uma forma de ensinar a tratar um ambiente de forma sustentável”.

“É um modo de passar as informações sobre o que está acontecendo atualmente no meio

ambiente”.

Categoria II – Corrente reflexiva e prática: 20 alunos (38,46%)

“Respeitar o meio ambiente no sentido de não jogar lixo no chão, poluição sonora, na

atmosfera, queimadas, desmatamento e etc”.

“Educação Ambiental deve ser uma maneira correta de lidar com o ecossistema levando

em consideração meios de não poluir, não agredir o meio ambiente”.

Categoria III – Não sei

Apenas um estudante não soube responder.

Através destas categorias, percebe-se que duas perspectivas predominaram: a

Educação Ambiental com cunho teórico- com foco no estudo e transmissão de

conhecimento e Educação Ambiental como processo reflexivo, crítico e com potencial

de suscitar ações que reflitam o caráter prático. Assumindo os grupos apontados por

Para você o que é EducaçãoAmbiental?

Ensinar/Estudo/Educar(visãoteórica)

Consciência e ações

Não sei:1

20

31

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Tozoni-Reis (2007) que resumem as diferentes abordagens da Educação Ambiental,

como comparativo com tais concepções dos alunos, as mesmas se mostram presentes

entre eles. Sem poder direcionar, no entanto, uma resposta com somente um grupo,

justamente pelo caráter amplo das categorias:

Educação Ambiental como promotora de mudanças de

comportamentos (disciplinatória e moralista); educação ambiental

para a sensibilização ambiental (ingênua e imobilista); educação

ambiental centrada na ação para a diminuição dos efeitos

predatórios dos sujeitos (ativista e imediatista); educação ambiental

centrada na transmissão de conhecimentos técnico-científicos

(racionalista e instrumental) e educação ambiental como processo

político de apropriação crítica e reflexiva de conhecimentos, atitudes,

valores e comportamentos que tem por objetivo a construção de uma

sociedade sustentável do ponto de vista ambiental e social, sendo

transformadora e emancipatória (TOZONI-REIS, 2007, p 177).

Os resultados apontados em nossa pesquisa divergem dos preceitos da Educação

Ambiental, já que sua essência crítica e transformadora na construção de um sujeito-

cidadão se limitaria a campos teóricos e, portanto, não atingiria a totalidade exigida.

Quando questionados sobre a definição de meio ambiente, a maioria dos

estudantes associa ao local onde vivemos e os fatores vivos e não vivos estão

interagindo conforme figura 8. Nesta questão foi possível estabelecer cinco categorias

de análise.

Figura 8: Meio ambiente para os alunos

Fonte: A pesquisa

Categoria I: Meio em que vivemos/ Espaço que nos rodeia (sem considerar inter-

relações) percentual – 25 alunos (48,07%)

“É tudo que esta ao nosso redor, o ambiente no qual a gente vive”.

“Meio ambiente é tudo que nos rodeia”.

“Meio natural que o homem vive”.

Categoria II: Totalidade (levando em consideração a interação com do homem

com o meio ambiente) – 12 alunos (23,07%)

Para você, o que é meio ambiente?

Local que vivemos/ União detodas as coisas/ seres vivos enão vivosTotalidade - aspectos naturaise resultantes da interaçãocom o homemVida Saudável

Aspectos físicos em geral/Fauna, flora, água/ Natureza

Não sei: 1

25

12

11

3

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“Meio ambiente é tudo que esta ao nosso redor, é o lugar onde eu vivo e interajo com

ele e com as pessoas”.

“A natureza, os homens e todas as relações entre os seres e o meio ambiente.”

“É o nosso planeta em conjunto com a atmosfera. Uma relação de tudo, mas que a gente

modifica sempre”.

Categoria III: Aspectos físicos (sinônimo de natureza) – 11 alunos (21,15%)

“Rios, cachoeiras, lagos, árvores... A natureza em si”.

“Tudo aquilo que esta a nossa volta, que não teve interferência do homem – aquilo que

é natural”.

“Para mim, o meio ambiente é tudo aquilo ligado ao ar livre, a natureza, algo oposto ao

mundo urbano”.

Categoria IV: Vida saudável percentual: 3 alunos(5,76%)

“Sinônimo de vida saudável”.

“É a proteção da saúde e bem estar do homem e principalmente do meio ambiente”.

Categoria V: Não sei

Apenas um aluno não soube definir meio ambiente.

Existem várias concepções sobre meio ambiente, descritas por diferentes

autores. Segundo Reigota (2002) as visões de meio ambiente são de três tipos:

naturalista (sinônimo de natureza intocada, priorizada basicamente pelos aspectos

naturais), antropocêntrica (meio como fonte dos recursos naturais para a sobrevivência

do homem) e globalizante (meio integrado pela natureza e homem – em que não se

pressupõe poder sobre a mesma).

Analisando os resultados de nosso estudo, a diferença das categorias I e II está

justamente ao perceber na primeira divisão a ausência de referências (na ideia de meio

ambiente) sobre a interação dos homens entre si e dele com a natureza, dando a entender

que estes alunos caracterizam basicamente o mesmo como local para se viver. O ponto

positivo é que esta ideia aponta de certa forma, uma responsabilidade ambiental - por

serem guardiões e utilizadores deste local (SAUVÉ, 2005). Porém esta generalização

pode indicar ainda certa incapacidade de se situar no tema e compreendê-lo de fato.

Já na segunda categoria este contato é citado de alguma forma e transparece que

os estudantes compreendem que no meio ambiente se estabelecem relações de mútua

interação (natureza e humanos, sociedade e ambiente) (CARVALHO, 2008).

Mesclando as categorias obtidas nos resultados desta questão com as concepções

definidas por estes autores percebe-se a que categoria III, que associa o meio ambiente a

natureza, enquadra-se na visão naturalista de Reigota (2002), e meio ambiente como

natureza de Sauvé (2005).

A categoria IV acrescenta o pensamento minoritário de alunos que entendem a

preservação da natureza e o desenvolvimento de hábitos ecologicamente corretos como

sinônimo de meio ambiente, relacionando o mesmo claramente com qualidade de vida e

expondo ideias atuais de sustentabilidade. Esta categoria carrega ainda um

entendimento legal: “todos têm o direito a um meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida” (CF,

artigo 225).

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Na última questão, os alunos tiveram que apontar numericamente, por ordem de

importância, assuntos relacionados à temática ambiental que eles têm interesse em

discutir. A partir das respostas dos alunos, foi possível observar que o tema com maior

interesse foi poluição da água, seguido por desenvolvimento sustentável e mudanças

climáticas. Além destes, apareceu também, porém com menor recorrência, poluição

atmosférica. Interessante destacar que temas como reciclagem e coleta seletiva não

apresentam destaque em nosso estudo.

Curiosidade justamente por estes dois últimos assuntos serem temas bastante

abordados nas mídias. Tais preferências não são compatíveis com o de Silva e Medeiros

(2012) cujos alunos entrevistados apontaram temas relacionados aos animais como

maior interesse. Já no trabalho de Mizutani (2010) aquecimento global e mudanças

climáticas foram os temas mais apontados e as relações entre animais e plantas as

menos assinaladas. Considerando estes resultados pode-se dizer que estes trabalhos

sugerem diversidade considerável quanto aos temas que interessam mais e menos os

estudantes.

4. Conclusão

Pela análise dos resultados apresentados pode-se inferir que os alunos do

segundo ano do Ensino Médio do Colégio Pedro II- Centro possuem opiniões e

percepções diversificadas e muitas vezes contraditórias, por exemplo, quando uma

parcela aponta a Educação Ambiental explorada somente em aspecto formal, e outra

indica o tema amplamente explorado no aspecto formal e não formal e somente no não

formal. Quando questionados sobre os impactos ambientais mais perceptíveis na escola,

a maioria aponta o lixo gerado como mais inconveniente, fixando a segunda opção mais

assinalada a inexistência de atividades em escala capazes de gerar impacto ambiental. O

entendimento da Educação Ambiental propriamente dita também pode ser dividido de

forma equilibrada entre uma visão teórica e a corrente prática.

Pode-se concluir que os estudantes embora reconheçam a importância da

Educação Ambiental, não incorporam a temática integralmente em suas vidas. Poucos

disseram já ter participado de ações ambientais e muitos assumiram ter bem pouco

interesse pelas questões do meio ambiente, e esta característica pode ser reflexo da

ausência de pessoas engajadas nos seus cotidianos. Toda esta tendência se refletiu mais

explicitamente quando perguntados sobre a pretensão de seguir carreira na área

ambiental, em que quase a totalidade respondeu que não. Este dado surpreende diante

de previsões positivas para o setor e a relevância da formação de profissionais diante do

cenário de degradação e crise já citado.

Os estudantes em geral mostraram ainda, preferência pelas atividades práticas

ligadas à temática ambiental, pelas questões de poluição da água, preocupação e

incômodo com o lixo e adeptos ao uso de transportes coletivos e alternativos. Em todas

estas questões os jovens se assemelham a grandes correntes com tais concepções

parecidas. Por fim, retrataram entendimentos de Meio Ambiente que se misturam

bastante em concepções já assumidas anteriormente por alguns autores.

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