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Ofício (7622540) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 1 e...o crescente déficit financeiro e o passivo atuarial; e (iii) uma avaliação da importância e do impacto da adoção de medidas

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Ofício (7622540) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 1

CI 5133

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA FAZENDA

AVALIAÇÃO GERAL DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

(RPPS) DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE

SÃO PAULO

RELATÓRIO FINAL

SÃO PAULO

MARÇO/2018

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 2

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 3

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RESUMO DO PROJETO

O projeto de pesquisa e estudo que ora é finalizado teve como objetivo a realização de

uma avaliação do Regime Próprio de Previdência do Município de São Paulo. O estudo,

resumidamente, consistiu em:

a. Realização de avaliação operacional do RPPS que possibilitasse o diagnóstico da

situação financeira e atuarial do Regime Próprio da Prefeitura de São Paulo,

englobando, dentre outros aspectos relevantes:

(i) Análise da legislação previdenciária local;

(ii) Análise das bases de dados; e

(iii) Avaliação dos procedimentos adotados para concessão e manutenção de

benefícios e a gestão de ativos.

b. Elaboração de um Plano Estratégico Previdenciário, contendo lista exaustiva de

recomendações para o aprimoramento da gestão operacional, financeira e atuarial

do Regime Próprio da Prefeitura, contemplando inclusive a possibilidade de

elaboração de Minuta de Legislação a ser apresentada ao Legislativo local, o que

de fato foi feito.

O presente Relatório Final do estudo, contempla todas as atividades propostas e

realizadas.

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Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 5

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EQUIPE TÉCNICA

Claudia Almeida

Leonardo Rolim

Paulo Tafner – Coordenador do Projeto

Rafael Erbisti

CÓDIGO JEL: H53, H62, H21, H23.

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 1

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO _____________________________________________ 3

3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E ATUARIAL – NÚMEROS E BREVE

ANÁLISE __________________________________________________________________________ 6

4. ANÁLISE DA GESTÃO DO RPPS ________________________________________________ 16

5. PROPOSTAS BÁSICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS DÉFICITS FINANCEIRO E

ATUARIAL: MEDIDAS QUE VÊM SENDO ADOTADAS POR DIVERSOS RPPS ______________ 28

6. MEDIDAS ADICIONAIS PARA EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT FINANCEIRO E

ATUARIAL DO RPPS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO __________________________________ 45

7. ANÁLISE NA NOVA REDAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 621/2016 ___________________ 73

8. OS DESAFIOS TÉCNICOS DECORRENTES DE UMA EVENTUAL APROVAÇÃO DA

LEGISLAÇÃO PROPOSTA ___________________________________________________________ 81

ANEXO I: TABELAS COM FLUXOS ATUARIAIS _______________________________________ 84

ANEXO II: A PROPOSTA DE LEI APRESENTADA À CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO 110

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1. INTRODUÇÃO

Trata-se de relatório final com o objetivo de apresentar uma síntese da evolução dos

trabalhos de avaliação operacional do Regime de Previdência do Município de São Paulo.

Nos relatórios anteriores, buscamos trazer todos os elementos estudados e que ensejaram

a formulação de nossas propostas técnicas e que se materializaram sob a forma de uma

proposta de legislação que, de forma inovadora, busca equacionar o déficit estrutural do

RPPS do Município de São Paulo.

No primeiro relatório procuramos mostrar que nosso trabalho ficou focado no diagnóstico

da situação financeira e atuarial, na análise da legislação vigente e na avaliação da

importância de manter, melhorar ou retirar proposições em tramitação ou em fase de

elaboração referente ao RPPS municipal.

No segundo relatório, foram apresentados os documentos preparados direta ou

indiretamente pela equipe Fipe visando a adoção dos ajustes necessários à mitigação dos

custos previdenciários do Regime Próprio da Prefeitura Municipal de São Paulo.

No terceiro relatório, novos dados acerca da situação do Regime Próprio foram oferecidos

e foram também apresentados os princípios norteadores que deveriam reger a proposta de

aprimoramento institucional, aí incluídos a criação do Sampaprev (Entidade Fechada de

Previdência Complementar do Município de São Paulo), a instituição de regime de

previdência complementar para os servidores públicos do Município de São Paulo e

propostas de equacionamento dos déficits financeiro e atuarial do RPPS do Município de

São Paulo.

No quarto relatório foram apresentadas: (i) uma análise da situação financeira e atuarial

do RPPS municipal, uma análise da gestão do RPPS; (ii) uma avaliação do impacto da

adoção das medidas convencionais que têm sido adotadas por outros RPPS para enfrentar

o crescente déficit financeiro e o passivo atuarial; e (iii) uma avaliação da importância e

do impacto da adoção de medidas suplementares nas áreas de custeio, de benefícios e de

gestão, como forma de enfrentar o déficit financeiro e atuarial e de redução do custo de

transição, por meio da implantação de um modelo de capitalização com o mínimo

descasamento entre fluxos de receitas e despesas. O processo de debate e discussão

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 10

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culminou com a apresentação da nova versão do Projeto de Lei nº 621/2016, que se

encontrava sob análise nas instâncias jurídicas da PMPS. Os dados estatísticos e atuariais

estão apresentados no Anexo I deste relatório.

No quinto relatório apresentamos uma análise detalhada dos pontos que entendemos que

poderiam ser melhorados do Projeto de Lei (Anexo II).

Em todos os relatórios foram também descritas atividades nas quais a equipe técnica da

Fipe participou, como reuniões técnicas, seminários e debates de esclarecimentos.

O presente relatório final consolida todos os anteriores e, na seção final, apresenta uma

proposta de agenda de trabalho que entendemos serem os desafios decorrentes da eventual

aprovação da legislação apresentada à Câmara Municipal para votação.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO

O Iprem administra o RPPS do Município de São Paulo que abrange cerca de 400 mil

pessoas, entre servidores ativos e seus dependentes, aposentados e pensionistas e uma

folha anual de benefícios, em 2016, da ordem de R$ 7,0 bilhões. Naquele ano, a despesa

previdenciária correspondeu a 42,6% da despesa de pessoal do Município contra 32,1%,

em 2008; e 16,5% da Receita Corrente Líquida contra 11,5% naquele ano.

O Iprem, desde sua concepção em 1909 até 2005, esteve direcionado exclusivamente à

análise, concessão e pagamento de pensões. Em 2005, a Lei Municipal n° 13.973, em

linha com regras constitucionais aprovadas em 2003, dispôs em seu art. 6º que o Instituto

passaria a ser a Entidade Gestora Única das aposentadorias e pensões e responsável pelo

processamento dos dados, concessão e pelo pagamento desses benefícios devidos pelo

Município.

Todavia, não foi o que aconteceu, pois a instituição continuou a ser uma caixa de pensões

e encontra-se ainda desprovida de estrutura e de recursos humanos adequados para

atender as finalidades anteriores ao normativo informado. Insta salientar que, embora os

prazos legais iniciais para assunção das novas responsabilidades terem sido prorrogados

sucessivamente para adequação legal, não foi constituída a infraestrutura necessária ao

alcance daquela finalidade, a despeito das diversas tentativas.

A previdência de São Paulo, a maior entre os RPPS municipais e a terceira no ranking de

RPPS de Estados e Municípios, chega aos seus 108 anos de atividade desarticulada, fora

dos padrões legais e apresentando elevado déficit atuarial com trajetória ascendente. É

importante destacar que até o advento da Lei n° 13.973, de 2000, o servidor contribuía

apenas para a pensão, com alíquota de 5%.

O passivo atuarial está estimado em R$ 155,7 bilhões, considerando uma taxa de desconto

de 5% ao ano. É importante destacar que se deve fazer uma avaliação atuarial a cada ano

tendo em vista as mudanças que sempre ocorrem em função de reajustes salariais,

contratações, movimentos atípicos de aposentadorias, dentre outros.

Esse déficit corresponde a 3,4 vezes a RCL do município em 2017. Trata-se, portanto, de

uma dívida do Tesouro Municipal que supera em muito a capacidade de pagamento nas

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 12

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regras e condições atuais. Diante desse quadro fiscal que pode se tornar dramático em

curto prazo, torna-se imperativo adotar medidas visando mitigar esse custo.

Até o reenvio do Projeto de Lei nº 621/2016, São Paulo não tinha implementado medidas

efetivas buscando equacionar o passivo atuarial. O déficit financeiro do RPPS da PMSP

em 2016 ficou em R$ 3,78 bilhões, o que correspondeu a 8,6% da Receita Corrente

Líquida (RCL). No conjunto de Entes subnacionais, apenas 6 estados tiveram um déficit

maior em 2016. Em 2017, o déficit ficou em R$ 4,67 bilhões, o que representou um

crescimento de 24% em apenas um ano. Este déficit representa 9,9% da RCL do ano.

O déficit financeiro do sistema previdenciário paulistano que já está em patamar elevado,

apresentará comportamento acentuadamente crescente nos próximos anos. Dos atuais

R$ 4,7 bilhões em 2017 projeta-se, de acordo com a avaliação atuarial da Vesting, uma

elevação para R$ 7,1 bilhões em 2025, a reais de dezembro de 2016, o que exigirá aportes

sufocantes do Tesouro Municipal. A despesa continuará crescendo em valores reais,

chegando quase ao dobro do patamar atual, em 2040. O déficit financeiro a essa altura

será mais do dobro do déficit atual e continuará crescendo, chegando a três vezes o valor

deste no ano em 2066 e a quatro vezes em 2088.

A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica – Fipe foi contratada com o objetivo de

identificar a dimensão do problema e apresentar alternativas para enfrentá-lo. Após

diversos estudos, levantamentos e reuniões com membros de diversas áreas da Prefeitura,

chegou-se a uma proposta de alteração da legislação municipal, que foi apresentada à

Câmara Legislativa, como alteração do Projeto de Lei nº 621/2016.

A identificação do déficit atuarial - e sua consequente explicitação – passa a exigir que o

Município busque soluções, dentre as previstas em legislação federal. Diante desse

quadro, com vistas a instituir um novo Modelo de Gestão Previdenciária aderente a um

projeto maior que é o de conferir sustentabilidade ao RPPS e contribuir para a melhoria

da qualidade dos gastos públicos municipais, o PL apresenta um conjunto de soluções

para uma completa adequação previdenciária em relação ao equacionamento do déficit e

à instituição de um modelo complementar para as futuras gerações dos servidores. Isso

representa um enorme desafio à Administração. Na seção final deste relatório,

apresentamos – ainda de forma preliminar – o que julgamos deva ser uma agenda de

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trabalhos técnicos para a efetiva mudança do panorama previdenciário do Regime Próprio

do Município de São Paulo.

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3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E ATUARIAL – NÚMEROS

E BREVE ANÁLISE

Na presente seção são inicialmente fornecidos elementos empíricos acerca do quantitativo

e da despesa com pessoal, separando-a entre ativos e inativos e pensionistas. Em seguida,

são fornecidas informações sobre aposentadorias nos próximos anos, aposentadorias

especiais, fluxo financeiro, avaliação atuarial e comparação com outras cidades e estados

em percentual da RCL.

A evolução do quantitativo e da despesa com pessoal

Entre 2009 e 2017 (últimos nove anos) o quantitativo total de ativos, inativos e pensionista

passou de 202 mil para 219 mil. Ao analisar cada grupo, verifica-se que o total de

pensionistas permaneceu relativamente estável, oscilando entre 18 mil (2017) a 23 mil

(2014), tendo iniciado a série com 20 mil pensionistas. O número de servidores ativos foi

reduzido de 132 mil (2009) para 122 mil no presente ano (queda de aproximadamente

8%). Apesar da estabilidade do primeiro grupo e da redução do segundo, o resultado

líquido agregado foi de elevação de 17 mil servidores. E esse aumento é explicado

exatamente pela variação no quantitativo de aposentados: em 2009, havia 50 mil

aposentados na PMSP e em 2017 atingiu o volume de 79 mil aposentados1, um

crescimento de 29 mil novos aposentados, o que equivale a um crescimento de 58% no

período, ou seja, um crescimento médio anual de 5,2%. O Gráfico 1 apresenta essas

informações.

É importante destacar que, de acordo com informações da Vesting Consultoria Atuarial2,

a base de dados dos servidores ativos de dezembro de 2016 apresentava 8.899 servidores

com mais de um vínculo, o que representa 7,1% do total. Seria importante verificar se a

base de dados está correta e, principalmente, se essas acumulações atendem às restrições

da Constituição Federal e, em caso de a soma dos salários extrapolar o teto remuneratório

municipal, se está sendo aplicado o abatimento do excedente ao teto.

1 Dados ainda preliminares do fechamento do ano. 2 Empresa contratada pelo Iprem para realizar a avaliação atuarial de 2017 e elaborar impactos financeiros

e atuariais de cenários de mudança na forma de financiamento do RPPS municipal.

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Os servidores públicos municipais são na sua ampla maioria mulheres, representando

72,7% do total, como pode ser visto no Quadro 1. Como pelas regras atuais de acesso a

benefícios as mulheres se aposentam cinco anos mais jovens e com cinco anos a menos

de contribuição que os homens, conclui-se que o custo atuarial do RRPS de São Paulo

tende a ser maior que a média. Além disso, 65,5% do total têm direito a critério

diferenciado de aposentadoria: 47,4% são professores; 13,7% profissionais de saúde; e

4,4% são guardas municipais. Isto reforça a necessidade de implantação da previdência

complementar para minimizar os efeitos de aposentadorias precoces pelo menos no que

exceder ao teto do RGPS. No entanto são desafios que do ponto de vista de benefícios

não há como atacar sem alterar a Constituição Federal (CF).

Gráfico 1: Evolução do Quantitativo de Ativos, Inativos e Pensionistas da PMSP:

2009-2017

Fonte: PMSP.

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Quadro 1: Servidores Ativos – Estatísticas Básicas, por Sexo – Posição: 31/12/2016

Fonte: Vesting.

Em termos de perfil etário, 58,5% têm mais de 45 anos, conforme pode ser visto no

Quadro 2. Tendo em vista que a grande maioria dos servidores tem direito aposentadoria

antecipada em função do cargo e/ou gênero, verifica-se que haverá um grande número de

aposentadorias nos próximos anos, o que ampliará ainda mais o déficit financeiro do

RPPS, conforme será visto mais adiante. O Gráfico 2 demonstra que a partir de 2028

haverá mais aposentados e pensionistas do que servidores ativos no município. Nos

próximos 10 anos esse contingente crescerá 48,6%, mantendo o número de ativos estável,

como tem sido a tendência recente. A projeção de aposentadorias até 2091 encontra-se no

conjunto de tabelas em Anexo a este relatório.

Quadro 2: Servidores Ativos – Estatísticas Básicas, por Sexo – Posição: 31/12/2016

Fonte: Vesting.

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Apesar de em 2016 o salário médio dos servidores municipais estar em R$ 4.986,01, cerca

de 31% tinham salário acima do teto do RGPS, como pode ser visto no Quadro 3. Já entre

os aposentados esse percentual era de 50%, conforme o Quadro 4. A diferença justifica-

se pelos benefícios da integralidade e paridade, direitos garantidos aos servidores que

ingressaram no serviço público até 20033. Chama a atenção o fato de, em novembro de

2017, apenas na administração direta 1.741 aposentados receberem mais de 20 mil reais

de benefício mensal. De acordo com os dados de dezembro de 2016 apurados pela

Vesting, somando com a administração indireta, tribunal de contas e câmara municipal

2,5% dos aposentados recebe mais de três vezes o valor médio da aposentadoria

municipal, que estava em R$ 6.931,57. Isto também é reflexo dos direitos da integralidade

e da paridade que têm maior efeito sobre os benefícios de maior valor, visto que esses

servidores apresentam um aumento proporcionalmente maior de suas remunerações ao

longo da vida laboral e, portanto, suas aposentadorias são mais desequilibradas que

aqueles com menor valor. Isto justificaria um tratamento diferenciado em termos de

contribuição para o grupo de servidores com maiores remunerações e aposentadorias de

maior valor.

3 Direitos que garantem um benefício equivalente ao último salário e o mesmo reajuste dos servidores em

atividade.

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Gráfico 2: Evolução do Número de Ativos, Inativos e Pensionistas da PMSP:

2017-2091

Quadro 3: Ativos – Distribuição Quantitativa da População pela Faixa de

Remuneração, por Sexo – Posição: 31/12/2016

Fonte: Vesting.

A idade média de admissão no município tem sido de 33,6 anos. Esses servidores

averbam, em média, 6,6 anos do RGPS ou outro regime previdenciário. O que faz a

integralidade e paridade serem ainda mais onerosas, visto que a compensação

previdenciária se dá pelo valor contribuído para o outro regime e não pela proporção do

tempo de contribuição em relação ao benefício. A vesting também verificou que, em

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 19

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média, os servidores ficam 3,7 anos em abono de permanência, o que ameniza um pouco

os impactos negativos anteriormente citados.

Quadro 4: Aposentados Programados – Distribuição Quantitativa da População,

por Faixa de Remuneração e Sexo – Posição: 31/12/2016

Fonte: Vesting.

O percentual de aposentadorias por invalidez está em 8,6%. Trata-se de um percentual

bem superior ao do RPPS da União, que está em 5,4%. Porém é bem inferior ao do RGPS

(17%, aproximadamente) e bem inferior à de vários regimes próprios estaduais e

municipais. Não obtivemos dados sobre o percentual de licenças médicas, nem de

readaptação profissional ou das causas das aposentadorias por invalidez (por exemplo,

por Classificação Internacional de Doenças – CID). Porém, com a centralização da

concessão do benefício no Iprem (como proposto pela Fipe) e com o acesso que aquela

autarquia terá às informações de saúde do servidor, acreditamos que o número de

aposentadorias por invalidez deverá diminuir, bem como os afastamentos de longa

duração. É importante destacar que, tendo em vista que o benefício de aposentadoria por

invalidez é proporcional quando não for decorrente de acidente de trabalho ou doença

grave, é comum o servidor tentar postergar a aposentadoria por invalidez mediante

licenças médicas de longa duração. Nesses casos, a readaptação profissional seria

fundamental para recuperar sua força de trabalho ou, não sendo viável, por meio de uma

junta multidisciplinar, promover a aposentadoria por invalidez de ofício.

Outra medida importante seria regulamentar as aposentadorias especiais tanto por risco,

que afeta aos guardas municipais; quanto por exposição a agentes nocivos, especialmente

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 20

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para os profissionais da área de saúde; e para pessoas com deficiência. Essa

regulamentação deveria ser federal, mas como até o presente não foi regulamentado pelo

Congresso Nacional, vários entes, como é o caso do Estado de São Paulo, editaram leis

regulamentando essas aposentadorias especiais. Todavia, não recomendamos que o

Município de São Paulo trate desse tema no momento, tendo em vista que a Proposta de

Emenda Constitucional (PEC) nº 287/2016 aborda este tema, mudando

consideravelmente sua abrangência e regras de acesso. Portanto, recomendamos aguardar

a aprovação da PEC para regulamentar essas aposentadorias, reduzindo a judicialização.

É importante destacar que por meio da Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 39, de 24 de

junho de 2015, o Município de São Paulo regulamentou a aposentadoria especial para

aguarda municipal. Todavia, não definiu uma idade mínima, que além de estar na

contramão do que o mundo inteiro tem feito nas últimas décadas, aumenta sobremaneira

o custo previdenciário na medida em que permitirá que grande parte dos guardas do sexo

feminino se aposente com menos de 50 anos de idade, visto que as mulheres precisam ter

apenas 25 anos de contribuição e os homens 30 anos4.

Apesar de o aumento do quantitativo de pessoal ser de apenas 8,4% no período de 2009

a 2017, os gastos com esse contingente saltaram de R$ 9,7 bilhões para R$ 21,4 bilhões

(entre 2009 e 20017). Isso representa um aumento de gastos da ordem de 120% em apenas

nove anos. Mesmo considerando a inflação do período (INPC), observa-se um

crescimento real de 32,9%, equivalente a um ganho médio real anual de 3,2%5. O Gráfico

3 sintetiza essas informações. Verifica-se que essa ampliação ocorreu em função do

crescimento do gasto com aposentadorias e pensões que saltou de R$ 2,7 bilhões em 2009

4 A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO promulga:

Art. 1º O § 1º do art. 88 da Lei Orgânica do Município de São Paulo passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 88 ...

§ 1º Os integrantes da Guarda Civil Metropolitana serão aposentados, voluntariamente, nos termos do art.

40, § 4º, inciso II, da Constituição Federal, sem limite de idade, com proventos correspondentes à

integralidade da remuneração do cargo em que se der a aposentadoria, desde que comprovem:

I - 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, contando com, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo exercício

em cargo da carreira da Guarda Civil Metropolitana, se mulher;

II - 30 (trinta) anos de contribuição, contando com, no mínimo, 20 (vinte) anos de efetivo exercício em

cargo da carreira da Guarda Civil Metropolitana, se homem.

...” (NR) 5 Apenas como medida comparativa do que representa esse aumento real, a produtividade média da

economia brasileira tem crescido a um ritmo ligeiramente superior a 1% ao ano.

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para R$ 8,0 bilhões em 2017, de acordo com estimativa a partir do Relatório Resumido

de Execução Orçamentária (RREO) do 5º bimestre.

Gráfico 3: Evolução da Despesa com Ativos, Inativos e Pensionistas da PMSP:

2009-2017 (R$ Bilhões)

Fonte: PMSP.

As projeções da despesa previdenciárias e do passivo atuarial do RPPS da PMSP

O déficit financeiro do RPPS da PMSP em 2016 ficou em R$ 3,78 bilhões, o que

correspondeu a 8,6% da Receita Corrente Líquida (RCL). No conjunto de entes

subnacionais, apenas 6 estados tiveram um déficit maior em 2016. Em 2017, com

projeções a partir do RREO do 5º bimestre, estima-se um déficit de cerca de R$ 4,61

bilhões, o que representará um crescimento de 22% em apenas um ano. Este déficit

representará 9,9% da RCL estimada para o ano. Isso significa que a despesa com

benefícios previdenciários (aposentados e pensionistas) correspondeu a 76% da despesa

com pessoal ativo.

O déficit financeiro do sistema previdenciário paulistano que já está em patamar elevado,

apresentará comportamento acentuadamente crescente nos próximos anos. Dos atuais

R$ 4,6 bilhões estimados para 2017 projeta-se, de acordo com a avaliação atuarial da

Vesting, uma elevação para R$ 7,1 bilhões em 2025, a reais de dezembro de 2016, o que

exigirá aportes sufocantes do Tesouro Municipal. A despesa continuará crescendo em

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 22

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valores reais, chegando quase ao dobro do patamar atual em 2040. O déficit financeiro

naquele momento será mais do dobro do atual e continuará crescendo, chegando a três

vezes em 2066 e a quatro vezes em 2088. A evolução da receita, despesa e déficit do

RRPS pode ser vista no Gráfico 4.

Gráfico 4: Projeção da Despesa, Receita e Déficit Financeiro do RPPS da PMSP

(R$ Bilhões de 31/12/2016)

Fonte: Vesting. Elaboração Fipe.

Esses resultados financeiros expressam o significativo descasamento entre receitas e

despesas do atual modelo previdenciário. O passivo atuarial está estimado em R$ 155,7

bilhões6, considerando uma taxa de desconto de 5% ao ano. Os fluxos de receitas,

despesas e déficit estão no Anexo a este relatório. É importante destacar que se deve fazer

uma avaliação atuarial a cada ano tendo em vista as mudanças que sempre ocorrem em

6 O resultado atuarial (superávit, déficit ou equilíbrio) corresponde à diferença entre a soma de todas as

receitas do sistema e a soma de todas as despesas com pagamento de aposentadorias e pensões, por um

horizonte de longo prazo (normalmente em um horizonte de pelo menos 75 anos). Para podermos somar

valores tão distantes no tempo, é considerado o valor presente das receitas e das despesas a uma dada taxa

de desconto intertemporal. O déficit atuarial foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de

2017 da avaliação atuarial da Vesting e inclusão do ano de 2092.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 23

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função de reajustes salariais, contratações, movimentos atípicos de aposentadorias, dentre

outros.

Esse déficit corresponde a 3,4 vezes a RCL do município em 2017. Trata-se, portanto, de

uma dívida do Tesouro Municipal que supera em muito a capacidade de pagamento nas

regras e condições atuais. Diante desse quadro fiscal que pode se tornar dramático em

curto prazo, torna-se imperativo adotar medidas visando mitigar esse custo.

A avaliação realizada pela Vesting é referente à posição de 31/12/2016. Comparando o

resultado previsto para 2017 com o realizado chegamos a uma diferença de 10,67% na

despesa, 14,25% da receita e -1,51% do déficit financeiro. Trata-se de diferença

compatível com os reajustes concedidos e, no longo prazo, em nada comprometem ou

alteram os resultados apresentados. Todavia, para efeitos orçamentários, faz-se necessário

realizar reajustes aplicando esses índices acrescidos da expectativa de inflação para os

próximos anos. Apresentaremos um quadro com estimativa de receitas e despesas

nominais no item 5 deste relatório, quando comparamos o cenário atual com o cenário do

Projeto de Lei.

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4. ANÁLISE DA GESTÃO DO RPPS

A gestão previdenciária da PMSP carece de inúmeras melhorias para cumprir os

princípios constitucionais de gerir com eficiência o RPPS, prestar serviços na qualidade

desejada aos segurados, ter transparência e gestão participativa. Iremos abordar a seguir

as principais medidas propostas no PL para que o RPPS possa ter os instrumentos

necessários para avançar rumo a uma gestão efetiva.

Trataremos inicialmente da transformação do Iprem em Unidade Gestora Única do

RPPS. Posteriormente detalharemos o modelo de gestão proposto para que o Iprem possa

cumprir com eficácia suas funções, que serão bastante desafiadoras no novo modelo de

organização do RPPS que está proposto no PL. A seguir trataremos do contrato de gestão

entre a diretoria do Iprem e o seu Conselho Deliberativo, com o objetivo de implantar

uma gestão orientada a resultados e, na mesma linha, descreveremos como estão

propostas as carreiras dos servidores do Iprem e seu mecanismo de progressão e

remuneração, orientados à qualificação e desemprenho no atingimento das metas

institucionais.

A Unidade Gestora Única de Previdência do Município de São Paulo

A maior parte dos entes federados possui entidades previdenciárias, comumente

designadas “Instituto de Previdência”. No entanto, algumas dessas entidades realizam

apenas parte das atividades que são da competência dos RPPS, deixando principalmente

a gestão (concessão, pagamento e manutenção) das aposentadorias de seus servidores

para os respectivos órgãos de pessoal. Essa situação causa problemas de transparência,

descumprimento de preceitos constitucionais vigentes, além de incentivar a fragmentação

das atividades que estão sob a responsabilidade dos Regimes Próprios de Previdência.

Decorre daí a importância de se buscar a profissionalização e a padronização das

atribuições dos RPPS por meio da criação da entidade gestora única, que possibilite

ganhos de escala e aumento de controle, eficiência e eficácia, mediante a consolidação e

padronização de tarefas.

No tocante à participação dos servidores na gestão, no âmbito federal, o artigo 9º, I, da

Lei nº 10.887, de 2004 preceitua que a unidade gestora do RPPS contará com colegiado,

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com participação paritária de representantes e de servidores dos Poderes da União,

cabendo-lhes acompanhar e fiscalizar sua administração. Por sua vez, o art. 15, I da

Orientação Normativa do Ministério da Previdência Social nº 02, de 2009 estabelece que

os RPPS sejam administrados por entidade gestora única vinculada ao Poder Executivo,

que contará com colegiado ou instância de decisão, no qual será garantida a representação

dos segurados, cabendo-lhes acompanhar e fiscalizar sua administração, quedando-se

silente quanto à garantia da representação paritária.

A unidade gestora única de RPPS, portanto, é autarquia, fundação ou órgão integrante da

estrutura da administração pública do ente federado, com existência individualizada, com

exceção dos militares. Sua competência é administrar o RPPS, mediante realização

consolidada das atividades de arrecadação e gestão de recursos, inclusive os derivados da

compensação financeira com o RGPS; concessão, pagamento e manutenção de, no

mínimo, aposentadorias e pensões por morte concedidas a partir da vigência da EC

41/2003; e que mantenha conselhos administrativo e fiscal que garantam a representação

paritária dos servidores públicos.

Convém destacar que algumas unidades gestoras, como a do Estado do Paraná (Paraná

Previdência) estão organizadas sob a forma de ente para-administrativo de cooperação

governamental, sob a natureza de Serviço Social Autônomo, com personalidade jurídica

de direito privado e sem fins lucrativos. Este modelo não é reconhecido como legal pelo

Ministério da Fazenda, além de ter riscos em ações judiciais, por não ser parte da

administração pública, não tendo, por exemplo, a prerrogativa de inscrição de precatórios.

Por outro lado, apresenta maior autonomia e flexibilidade.

A União detém o RPPS mais desestruturado e o que mais afronta a Constituição, dando

péssimo exemplo para estados e municípios. Não há uma unidade gestora única de

previdência, ficando a cargo de cada órgão conceder as aposentadorias de seus servidores

e pagar com seu próprio orçamento, descumprindo a determinação consagrada no

parágrafo 20, do artigo 40, da Constituição Federal, e dificultando o controle. Não há

nenhum conselho gestor da previdência da União e, consequentemente, nenhuma

participação dos servidores na gestão de sua previdência, descumprindo o art. 10 da

Constituição Federal. O Tribunal de Contas da União (TCU) vem deliberando por

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intermédio de diversos Acórdãos (o primeiro foi o Acórdão 2.059/2012 e, desde então

tem sido feitos apontamentos nas contas da Presidente), no sentido que o Poder Executivo

tome as providências necessárias para corrigir esses erros.

Ao contrário da União, os Estados e Municípios avançaram muito nos últimos anos na

organização e gestão de suas previdências. Se, por um lado, muitos apresentam um forte

déficit financeiro e atuarial, por outro lado, a maioria deles tomou medidas para atacar

esse déficit no futuro e estruturaram, ainda que não integralmente, o conceito de unidade

gestora única, como pode ser visto no Quadro 5.

Quadro 5: Unidade Gestora de Previdência dos Estados e Distrito Federal

UF Modelo de organização Unidade Gestora Única inclui demais poderes e órgãos autônomos

AL Autarquia Sim (em cronograma de implementação)

BA Administração direta Sim, mas não concede aposentadorias dos demais poderes

CE Administração direta Apenas contabiliza os pagamentos

MA Administração direta Sim

PB Autarquia Sim

PE Fundação pública Sim

PI Administração direta Sim

RN Autarquia Sim, exceto educação

SE Autarquia Sim

AC Autarquia Apenas Defensoria além do Poder executivo

AM Fundação pública Não

AP Autarquia Sim

PA Autarquia Apenas Defensoria além do Poder executivo

RO Autarquia Sim (em cronograma de implementação)

RR Autarquia Não

TO Autarquia Sim

ES Autarquia Sim

MG Autarquia Apenas pensões do Poder Executivo

RJ Autarquia Sim, mas não concede aposentadorias dos demais poderes

SP Autarquia Sim, exceto universidades

PR Serviço social Sim

RS Autarquia Sim

SC Autarquia Sim

DF Autarquia Sim

GO Autarquia Ainda não, apesar de a lei determinar

MS Autarquia Ainda não, apesar de a lei determinar

MT Autarquia especial Ainda não, apesar de a lei determinar

Além disso, houve avanços importantes tanto na gestão de ativos quanto de benefícios,

em grande medida direcionados pela exigência do Certificado de Regularidade

Previdenciária (CRP) e das auditorias do MPS e dos Tribunais de Contas. A necessidade

de cortar gastos indevidos e maximizar os recursos também motivou os RPPS a

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investirem em melhorar a qualificação de seus servidores, modernizar seus sistemas

informatizados, realizar recadastramento de seus servidores, melhorar suas bases de

dados, fazer auditorias internas nos processos de concessão de benefícios, ter equipes

especializadas em investimentos financeiros e se organizarem em associações para

defender os interesses coletivos.

A previdência de São Paulo, a maior entre os RPPS municipais e a terceira no ranking de

RPPS de Estados e Municípios, chega aos seus 108 anos de atividade desarticulada, fora

dos padrões legais e apresentando elevado déficit atuarial com trajetória ascendente.

O Iprem não cumpre o princípio da unidade gestora única visto que não concede as

aposentadorias dos servidores tendo controle apenas sobre as pensões. Todo o processo

de concessão de aposentadorias da administração direta é feito na Secretaria Municipal

de Gestão (SMG), sendo iniciado na unidade de recursos humanos do órgão de lotação

do servidor. Na administração indireta, no Tribunal de Contas e na Câmara Municipal

cada um administra totalmente suas aposentadorias. O Iprem tão somente recebe

informações e processos dos órgãos gestores de aposentadorias para efeitos de elaboração

da avaliação atuarial e requerimento de compensação previdenciária junto ao RGPS.

O Iprem, desde sua concepção em 1909 até 2005, esteve direcionado exclusivamente à

análise, concessão e pagamento de pensões. Em 2005, a Lei Municipal n° 13.973, em

linha com regras constitucionais aprovadas em 2003, dispôs em seu art. 6º que o Instituto

passaria a ser a Entidade Gestora Única das aposentadorias e pensões e responsável pelo

processamento dos dados, concessão e pelo pagamento desses benefícios devidos pelo

Município.

Apesar da Lei, não foi, todavia, o que aconteceu, pois a instituição continuou a ser uma

caixa de pensões e se encontra ainda desprovida de estrutura e de recursos humanos

adequados para atender as finalidades anteriores ao normativo informado. Insta salientar

que, embora os prazos legais iniciais para assunção das novas responsabilidades tenham

sido prorrogados sucessivamente para adequação legal, não foi constituída a

infraestrutura necessária ao alcance daquela finalidade.

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É notória a situação de precariedade em que se encontra o Iprem, sob os mais variados

aspectos. A base cadastral e o sistema de informações carecem de atualização para o

desenvolvimento de módulos específicos voltados à gestão de pensões e aposentadorias.

Até o presente, o Iprem não conta com uma base integrada de dados relativos às

contribuições previdenciárias e às remunerações, proventos e pensões pagos aos

servidores ativos, inativos e pensionistas vinculados ao RPPS, disciplinado no art. 3º da

Lei Federal nº 10.887/2004. Leis e demais normativos que de alguma forma tratam do

tema da previdência, encontram-se esparsos pelos órgãos e entidades municipais,

necessitando de organização, consolidação e centralização.

Até o momento ainda não foi possível imprimir o ritmo desejado para consolidar o

programa que envolve ações de Governança Corporativa, Controle Social e Educação

Previdenciária, iniciativas altamente dependentes da reestruturação da Entidade. A

Entidade não possui, ainda, as condições adequadas para consolidar essas iniciativas que

requerem um quadro de pessoal perene, com qualificação específica e utilização de

ferramentas e sistemas que garantam racionalidade e qualidade na gestão das informações

estratégicas.

A piorar esse quadro no período de dezembro de 2004 a abril de 2017, o Instituto perdeu

aproximadamente 48% de seu quadro efetivo, sem que houvesse concursos públicos para

reposição de mão de obra. Nos próximos anos essa situação tende a se agravar em razão

das possíveis aposentadorias: 21 servidores já cumpriram todas as exigências legais,

podendo se aposentar a qualquer momento; 12 servidores têm previsão de se aposentar

de 2 meses a 3 anos e 6 servidores estarão aptos a se aposentar nos próximos 4 a 5 anos.

O Tribunal de Contas do Município, nos últimos exercícios, vem constantemente

alertando a Administração Municipal para a necessidade da concretização da Entidade

Gestora Única e do equacionamento do déficit atuarial, apontando inúmeras

inconformidades decorrentes da não aplicação da legislação, expondo entre outros

apontamentos:

i. Desarticulação previdenciária no que tange às divergências de interpretação na

concessão das aposentadorias e à confusão entre relação previdenciária e

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relação de trabalho no âmbito da administração pública, acarretando o

sobrestamento de processos;

ii. Redução do repasse de receitas do INSS ao Iprem à título de compensação

previdenciária entre regimes o que contribui para a necessidade de aporte de

recursos adicionais do Tesouro Municipal;

iii. Não definição de taxa de administração destinada ao custeio das despesas da

unidade gestora do RPPS;

iv. Baixo nível de investimentos;

v. Necessidade de adotar medidas de forma a não onerar o erário além da sua real

capacidade em razão do agravamento da dependência financeira do RPPS,

considerando as necessidades de execução das demais funções de governo;

vi. Esforços para assumir todas as atribuições de gestor integral dos benefícios

previdenciários do Município, em atenção ao art.6º da Lei Municipal

13.973/05, principalmente das aposentadorias, observando o esgotamento do

prazo em maio de 2012;

vii. Elaboração, em parceria com a PMSP, de plano de amortização para

equacionar o déficit em 35 anos, conforme alternativas aceitas pelo Ministério

da Previdência Social;

viii. Realização censo previdenciário, de forma a melhorar a qualidade dos bancos

de dados do Instituto e viabilizar o aprimoramento do cálculo do déficit

atuarial;

ix. Adoção de medidas, em conjunto com a PMSP, para desenvolvimento e

implantação de módulos integrados de sistemas de informação, que possam

abarcar e parametrizar as aposentadorias e as pensões.

Diante do exposto, a Fipe recomenda fortemente que, na revisão da legislação

previdenciária, seja modificado o modelo de concessão de benefícios, passando a

concessão tanto de aposentadorias quanto de pensões para o Iprem. Também é

fundamental que a lei determine que todos os órgãos e poderes municipais deem total

acesso às informações cadastrais, funcionais e financeiras de seus servidores ativos e

dependentes, dadas as imperiosas necessidades de realização de avaliações atuariais

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fidedignas e de concessão de benefícios de forma correta. Isso também se aplica a

informações ligadas a afastamentos e demais informações sobre a saúde do servidor.

Seria de grande relevância, após a aprovação da lei que o Iprem faça um censo cadastral

geral dos segurados do RPPS e, em seguida, um censo da vida funcional dos servidores

ativos, visando à implantação de um modelo automatizado de concessão de

aposentadorias, reduzindo riscos de erros e fraudes e agilizando tanto a concessão, quanto

a homologação e eventual compensação previdenciária com o RGPS.

Governança do Iprem

Para gerir adequadamente o RPPS paulistano dentro do novo modelo que propomos com

gestão única de benefícios, aporte de ativos, segregação dinâmica de massas, monetização

de ativos aportados, atuação jurídica agressiva na defesa dos interesses do RPPS

municipal, maior transparência e melhor gestão da informação, é fundamental que seja

revisto o modelo de governança do Iprem.

Sugerimos que a diretoria seja colegiada, com cinco membros, sendo um diretor-

presidente, um diretor de benefícios e relacionamento, um diretor de gestão

previdenciária, um diretor de investimentos e um diretor de administração e finanças.

Nos últimos anos vários RPPS, como são os casos dos Estados do Mato Grosso e de

Rondônia adotaram modelos de governança inspirados nas Entidades Fechadas de

Previdência Complementar (EFPC), nas quais a diretoria tem mandato definido. No caso

do Estado do Mato Grosso a diretoria é eleita pelo Conselho de Previdência que é

paritário, com um representante de cada poder ou órgão autônomo e o mesmo número de

representantes dos servidores. Tais modelos reduzem o uso político dos cargos de direção

da unidade gestora única, além de serem instrumentos de gestão compartilhada entre o

governo (patrocinador) e os servidores (participantes).

O Conselho Deliberativo do Iprem também precisa mudar sua forma de funcionamento.

Em um modelo de governança pleno, ele precisa ter amplo poder, acima da diretoria.

Deve continuar sendo paritário7. Sugere-se que o Conselho tenha as seguintes atribuições:

7 Tendo em vista a maior responsabilidade que seus membros terão, sugerimos que a gratificação por

participação nas reuniões seja maior do que a atual.

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I- aprovar as políticas e normas aplicáveis ao RPPS;

Il- aprovar diretrizes gerais de atuação do Iprem, na qualidade de Entidade

Gestora Única do RPPS, respeitadas as disposições legais aplicáveis;

III- aprovar o Regimento Interno do Iprem e demais normas necessárias ao

perfeito funcionamento do regime previdenciário municipal;

IV- aprovar o Regimento Interno do Conselho Fiscal do Iprem;

V- elaborar e aprovar seu Regimento Interno;

VI- autorizar a aceitação de bens e direitos, direcionados ao Fundo

Previdenciário, para cobrir o custo atuarial da transferência de segurados do

Fundo Financeiro;

VII- autorizar a alienação ou gravame de bens e direitos integrantes do patrimônio

do Fundo Previdenciário, sem prejuízo da satisfação das exigências legais

pertinentes;

VIII- deliberar sobre a gestão dos fundos administrados pelo Iprem;

IX- deliberar sobre a política de investimentos dos recursos dos Fundos, ouvidos

a Diretoria de Investimentos e o Comitê de Investimentos;

X- estabelecer as diretrizes relativas à aplicação dos recursos econômico-

financeiros, observada a legislação vigente;

XI- aprovar, na forma da lei, sobre a aceitação de doações e legados com ou sem

encargos, que possam ou não resultar em compromisso econômico-financeiro

para o RPPS;

XII- acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a

execução dos planos, programas e orçamentos do RPPS e da Entidade Gestora

Única;

XIII- praticar atos e deliberar sobre matéria que lhe seja atribuída por lei ou

regulamento;

XIV- deliberar sobre a forma de financiamento do RPPS, observada a legislação

vigente;

XV- autorizar o Iprem a firmar contratos ou convênios com instituições financeiras

para a administração, aplicação ou investimento dos recursos do RPPS,

observada a Política Anual de Investimentos;

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XVI- aprovar política de alçada decisória abrangendo todas as áreas gestoras,

determinando limites das competências e atribuições para realização de atos

administrativos decisórios;

XVII- manifestar-se sobre proposta de alteração da estrutura e funcionamento do

lprem;

XVIII- aprovar o regulamento interno de compras e o plano de contas, propostos

pela Diretoria Executiva; e

XIX- deliberar sobre os casos omissos, observadas as regras aplicáveis ao RPPS.

Com o objetivo de garantir a profissionalização do Iprem, os membros da Diretoria

Executiva deverão preencher os seguintes requisitos:

I- possuir formação superior e comprovada experiência profissional de, no

mínimo, cinco anos nas áreas de gestão previdenciária, economia, finanças,

planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou auditoria;

II- não ter sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade

administrativa, julgada por órgão colegiado ou transitada em julgado;

III- não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou funções públicas

rejeitadas por decisão irrecorrível proferida por órgão competente;

IV- não ter sofrido penalidade administrativa vigente.

Propomos também uma reestruturação do Conselho fiscal e a criação do Comitê de

investimentos.

Contrato de Gestão

Na proposta elaborada pela Fipe sugere-se que seja implementado um contrato de gestão

entre o Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva do Iprem. O contrato de gestão é

um modelo de administração pública focado em resultados. É o ajuste celebrado pelo

Poder Público com órgãos e entidades da Administração direta, indireta e entidades

privadas qualificadas como organizações sociais, para lhes ampliar a autonomia

gerencial, orçamentária e financeira ou para lhe prestar variados auxílios e lhe fixar metas

de desempenho na consecução de seus objetivos.

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Sua previsão legal está no artigo 37, §8° da Constituição Federal8, incluído pela Emenda

Constitucional 19/98. A Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998 estabelece as regras para

elaboração, assinatura, execução e fiscalização do Contrato de Gestão.

De acordo com o dispositivo constitucional, pode-se extrair que contrato de gestão amplia

a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos entes administrativos, a saber,

autarquias e fundações, visando melhores resultados da Administração Pública. É um

instrumento moderno de Administração por Objetivos, que consiste em estabelecer

compromissos periódicos com objetivos e metas de cada uma das empresas estatais com

o Estado. Busca-se com isso migrar o enfoque da atividade governamental dos meios para

os resultados ou fins.

A sugestão é que se faça um planejamento estratégico do Iprem que anteceda a elaboração

do contrato de gestão. Isso é fundamental para a definição de metas e indicadores de

desempenho e a quantificação dos insumos necessários para o alcance dos resultados

desejados. Também é de grande relevância a elaboração de um modelo de aferição e

acompanhamento dos resultados.

O contrato de gestão disciplinará os deveres e direitos entre os signatários, bem como a

avaliação de resultados. A proposta da Fipe é que o contrato de gestão deva conter, sem

prejuízo de outras especificações, os seguintes elementos:

I - objetivos e metas do Iprem, com seus respectivos planos de ação anual, prazos

de consecução e indicadores de desempenho;

II - demonstrativo de compatibilidade dos planos de ação anual com o orçamento

e com o cronograma de desembolso, por fonte;

8 Art.37-A Administração Pública direta e indireta de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

[...]

§8º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e

indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público,

que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para órgão ou entidade, cabendo a lei dispor sobre:

I- o prazo de duração do contrato;

II- os controles e critérios de avaliação e desempenho, direitos, e obrigações e responsabilidade dos

dirigentes;

III- a remuneração do pessoal.

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III - responsabilidades dos signatários em relação ao atingimento dos objetivos e

metas definidos, inclusive no provimento de meios necessários à consecução

dos resultados propostos;

IV - medidas legais e administrativas a serem adotadas pelos signatários com a

finalidade de assegurar maior autonomia de gestão orçamentária, financeira,

operacional e administrativa e a disponibilidade de recursos orçamentários e

financeiros imprescindíveis ao cumprimento dos objetivos e metas;

V - critérios, parâmetros, fórmulas e consequências, sempre que possível

quantificados, a serem considerados na avaliação do seu cumprimento;

VI - penalidades aplicáveis aos dirigentes, proporcionais ao grau do

descumprimento dos objetivos e metas contratados, bem como a eventuais

faltas cometidas;

VII - condições para sua revisão e renovação;

VIII - vigência.

Criação de Carreiras no Iprem

Na mesma linha de profissionalização e gestão por resultados, é elogiável a Proposta da

diretoria do Iprem de criação do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária -

QPGP, composto por duas carreiras: Analista de Gestão Previdenciária – AGP e Técnico

de Gestão Previdenciária – TGP, ambos de provimento efetivo, bem como cargos de

direção compatíveis com o novo modelo organizacional.

O desenvolvimento na carreira do servidor efetivo integrante do QPGP dar-se-á por meio

da progressão funcional e da promoção. Para fins de progressão funcional, o servidor

efetivo integrante do QPGP deverá contar com tempo mínimo de 18 (dezoito) meses de

efetivo exercício em cada Categoria, exceto quando se tratar de progressão para a

Categoria 2 do Nível I, que se dará automaticamente, após a confirmação do estágio

probatório. Para a passagem de um nível para o seguinte propomos que se efetive

mediante resultado das avaliações de desempenho, associado à apresentação de títulos,

certificados de cursos e atividades.

Também consideramos muito oportuna a sugestão da diretoria do Iprem de criação do

Prêmio pelo alcance das metas da Avaliação de Desempenho Institucional e Individual

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das Atividades Previdenciárias – Adiap. Trata-se de um adicional temporário na

remuneração dos servidores do Iprem condicionado ao alcance de resultado. Portanto,

está em total sintonia com a sugestão da Fipe de implementação de contrato de gestão.

A Adiap se compõe da dimensão individual que visa a aferir o desempenho de cada

servidor no exercício das atribuições do cargo ou função; e da institucional que visa a

aferir o alcance das metas organizacionais, considerando a missão e os objetivos do

Iprem. Será realizada por ciclos de avaliação com periodicidade previamente definida em

regulamento, considerando os registros mensais de acompanhamento das ações e

atividades planejadas e realizadas. A Adiap será utilizada como instrumento de gestão,

com a identificação de aspectos do desempenho que possam ser melhorados por meio de

oportunidades de capacitação e aperfeiçoamento profissional e de gestão e crescimento

nas carreiras.

As metas referentes à avaliação de desempenho institucional serão fixadas em ato da

Diretoria Executiva utilizando-se como parâmetros indicadores que visam a aferir a

qualidade dos serviços relacionados às atividades do RPPS, podendo ser revistas, a

qualquer tempo, ante a superveniência de fatores que venham a exercer influência

significativa e direta na sua consecução.

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5. PROPOSTAS BÁSICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS DÉFICITS

FINANCEIRO E ATUARIAL: MEDIDAS QUE VÊM SENDO ADOTADAS

POR DIVERSOS RPPS

Vamos tratar nessa seção de um conjunto de medidas que têm sido adotadas por vários

entes para enfrentar os déficits financeiro e atuarial, quais sejam: implantação da

previdência complementar, aumento da alíquota de contribuição dos servidores para 14%

e segregação de massas.

Nos termos do art. 40 da Constituição Federal, é assegurado regime próprio de

previdência de caráter contributivo e solidário aos servidores titulares de cargos efetivos

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e

fundações, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. A

Constituição Federal de 1988 (art. 40, § 20) veda a existência de mais de uma unidade

gestora do regime próprio de cada ente estatal, ressalvando apenas as peculiaridades

referentes à transferência dos militares para a inatividade (art. 142, § 3º, inciso X). O art.

69 da LRF estabelece que o ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime

próprio de previdência social para seus servidores conferir-lhe-á caráter contributivo e o

organizará com base em normas de contabilidade e atuária que preservem seu equilíbrio

financeiro e atuarial. As Leis 9.717/1998 e 10.887/2004 definem normas gerais para os

RPPS.

As Leis nº 9.717/1998 e 10.887/2004 definem normas gerais para os Regimes Próprios

de Previdência Social (RPPS). A Secretaria de Previdência Social do Ministério da

Fazenda, o órgão supervisor e regulamentador dos RPPS, tem competência para

realização de auditorias diretas e indiretas para aferir a regularidade do regime. O Decreto

Federal nº 3.788/2001 criou o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), que

define um conjunto de 35 itens (Quadro 6) que devem ser atendidos por todos RPPS,

dentre os quais estão a contabilização das provisões matemáticas previdenciárias do

RPPS, a existência de uma unidade gestora única, o equilíbrio financeiro e atuarial e a

aplicação dos recursos capitalizados de acordo com critérios estabelecidos pelo Conselho

Monetário Nacional. Os tribunais de contas têm a prerrogativa de realizar auditorias e

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fiscalizações e julgamento de contas por intermédio de fiscalização contábil, financeira,

orçamentária, patrimonial e atuarial.

Atualmente, todos os estados, o Distrito Federal e 2.077 municípios, incluindo todas as

capitais, têm regimes próprios de previdência social para seus servidores, com um total

de cerca 10 milhões de segurados, entre servidores, aposentados e pensionistas. A

organização do RPPS de cada ente é feita por lei própria, seguindo os princípios

constitucionais e da legislação nacional, que define regras gerais.

Quadro 6: Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP

Critérios:

Acesso dos segurados às informações do regime

Aplicações financeiras de acordo com Resolução do CMN - Decisão Administrativa

Aplicações financeiras de acordo com Resolução do CMN - previsão legal

Atendimento ao Auditor Fiscal em auditoria direta no prazo

Atendimento ao MPS em auditoria indireta no prazo

Caráter contributivo (ente e ativos - Alíquotas)

Caráter contributivo (ente e ativos - Repasse) - bimestral

Caráter contributivo (inativos e pensionistas - alíquotas)

Caráter contributivo (inativos e pensionistas - repasse) - bimestral

Caráter contributivo (pagamento de contribuições parceladas) - bimestral

Caráter contributivo (repasse) - Decisão Administrativa

Cobertura exclusiva a servidores efetivos

Concessão de benefícios não distintos do RGPS - previsão legal

Contas bancárias distintas para os recursos previdenciários

Convênio ou consórcio para pagamento de benefícios

Demonstrativo da Política de Investimentos - DPIN - anual

Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos - Dair - Consistência das Informações

Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos - Dair - bimestral

Demonstrativo de Resultados da Avaliação Atuarial – DRAA - anual

Demonstrativo Previdenciário - Consistência das Informações

Demonstrativo Previdenciário - Encaminhamento à SPS - bimestral

Demonstrativos Contábeis

Encaminhamento da legislação à SPS

Equilíbrio Financeiro e Atuarial

Equilíbrio Financeiro e Atuarial - Nota Técnica Atuarial

Escrituração de acordo com Plano de Contas

Existência de colegiado ou instância de decisão em que seja garantida a participação dos segurados

Inclusão de parcelas remuneratórias temporárias nos benefícios

Observância dos limites de contribuição do ente

Observância dos limites de contribuição dos segurados e pensionistas

Regras de concessão, cálculo e reajustamento de benefícios

Unidade gestora e regime próprio únicos

Utilização dos recursos previdenciários - Decisão Administrativa

Utilização dos recursos previdenciários - Previsão legal

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É importante destacar que há centenas de ações de diversos entes, dentre eles o Município

de São Paulo, questionando a legalidade do CRP. Vários deles conseguiram decisões

liminares para concessão do CRP mesmo descumprindo algum dos requisitos elencados

no Quadro 6. Convém destacar que há várias polêmicas sobre o tema. A primeira é se a

União tem poder de interferir na autonomia dos entes definindo regras de funcionamento

dos seus RPPS. A segunda é se a União, mesmo que não tenha esse poder, tem a

prerrogativa de impor condições para efetuar transferências voluntárias, prestar aval ou

conceder empréstimos para entes subnacionais que descumprem regras de

responsabilidade previdenciária que são consideradas de grande relevância.

Ao contrário do entendimento que tem prevalecido no Poder Judiciário, entendemos que

a União tem essa prerrogativa. O que seria inconstitucional seria reter transferências

constitucionais ou legais, como é o caso da compensação previdenciária com o RGPS,

que a Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999, condiciona o recebimento ao ente dispor de

CRP. Na mesma linha, a Portaria MPS 288, de 30 de junho de 2015, estabelece que os

entes que tiverem analisado menos processos que o INSS, a menos que tenham analisado

no mínimo 80% dos processos enviados por aquela autarquia, deixam de ter seus

processos analisados e, pior, param de receber os valores mensais dos processos já

aprovados e em manutenção.

Entendemos que isso é inconstitucional, pois se trata de transferência constitucional que

não poderia ser condicionada. Além disso, o critério de correção dos valores a serem

pagos, estabelecido na Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999, nos parece igualmente

inconstitucional visto que a União corrige apenas pelo INPC, enquanto as dívidas

previdenciárias dos Entes com o INSS são corrigidas pela taxa Selic acrescida de 1% ao

mês. Este prejuízo é ainda maior no caso do estoque, que até hoje a União não pagou a

Minas Gerais e que tem apenas a correção da inflação. Aliás, a normatização dos RPPS

pela União está repleta de ilegalidades e inconstitucionalidades, conforme detalharemos

mais à frente.

Previdência Complementar

Em relatório anterior informamos que o Município de São Paulo havia apresentado à Fipe

o Projeto de lei que cria a previdência complementar (Sampaprev). Ao analisarmos o

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projeto de lei nº 621/16, que foi encaminhado à Câmara dos Vereadores durante a gestão

anterior, identificamos méritos e problemas na proposição.

Em primeiro lugar, consideramos fundamental se criar, o mais rapidamente possível, a

previdência complementar no município de São Paulo. Essa medida além de reduzir o

déficit financeiro e atuarial no longo prazo, também diminui o risco fiscal da previdência

por limitar o benefício ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), atualmente

em valor equivalente a R$ 5.531,31. É fundamental também porque desestimula

aposentadorias precoces, por ser um modelo de contribuição definida e não de benefício

definido.

Todavia, identificamos dois graves problemas no projeto: (i) a criação imediata de uma

instituição para gerir a previdência complementar; e (ii) a questão dos benefícios de risco,

ou seja, das atividades com menor tempo de contribuição e do risco de longevidade.

Quanto ao primeiro tópico, ao criar uma instituição, cria-se um custo de gestão que poderá

reduzir significativamente o valor capitalizado dos primeiros anos tendo em vista que não

haverá grande número de participantes no fundo, pelo menos em horizonte previsível.

Além disso, o valor que está previsto no projeto de aporte pelo município para cobrir as

despesas iniciais parece ser insuficiente9, o que exigirá novos aportes por razoável tempo.

Nossa sugestão foi no sentido de adesão a uma instituição com multi patrocínio, como a

SPPrevcom, pelo menos num primeiro momento. Posteriormente, quando houver escala,

ou seja, quando o número de participantes for grande o suficiente para não comprometer

o valor capitalizado, o tema de criação de uma instituição própria para o município

poderia ser rediscutido. Tendo em vista as discussões já realizadas no âmbito desse

trabalho, parece haver consenso de que nossa recomendação fosse acatada.

Em relação aos benefícios de risco, a preocupação é não mesclar conceitos de

contribuição definida com benefício definido. Isso além de ferir a imposição

constitucional de que a previdência complementar para os servidores públicos deve ser

de contribuição definida, pode levar a uma redução substancial do benefício programado,

frustrando expectativas e criando riscos jurídicos. A solução mais adequada seria a

9 Nossa afirmação está baseada na comparação de casos recentes de criação de instituições de previdência

complementar para servidores públicos.

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proteção dos benefícios de risco, como morte e invalidez, por intermédio de seguro de

adesão automática, pago proporcionalmente pelo servidor e município. Nossa sugestão,

tendo em vista as discussões já realizadas no âmbito desse trabalho, parece ter sido

acatada.

Outro problema a ser enfrentado diz respeito aos servidores com tempo de contribuição

reduzido, como é o caso dos professores. Uma possível alternativa seria criar uma

contribuição patronal adicional para esses servidores, proporcional à redução de tempo

de contribuição da respectiva categoria. Dessa forma não se afastaria do modelo de

contribuição definida.

Também apresentamos a sugestão de criar estímulo para os servidores atuais poderem

aderir à previdência complementar. Sugerimos que o Município de São Paulo credite da

conta individual de previdência complementar o montante contribuído pelo servidor além

do teto do RGPS durante todo o período desde sua posse no Município de São Paulo até

à adesão à previdência complementar.

É importante deixar claro que a proposta é transferir apenas os 11% de contribuição do

servidor, e não os 22% da contribuição do Ente. Esse montante seria corrigido pela

inflação e contabilizado na conta do servidor quando de sua adesão à previdência

complementar. Desde então receberia os mesmos rendimentos das demais reservas

garantidoras da previdência complementar do servidor. No entanto, os recursos seriam

efetivamente transferidos pela PMSP à Entidade Fechada de Previdência Complementar

(EFPC) da data da aposentadoria, falecimento ou invalidez do servidor. Isso reduz o custo

de transição da implantação da previdência complementar e não traz nenhum prejuízo

para o servidor que fizer a adesão.

Por fim, o mais complexo dos problemas é a questão da longevidade. Cada vez mais a

expectativa de vida vem crescendo e temos um número crescente de pessoas vivendo mais

de 90 anos e mesmo mais de um século. Para evitar que a reserva matemática dessas

pessoas não seja suficiente para cobrir os benefícios por toda a sua vida, o ideal seria fazer

um seguro de longevidade nos mesmos moldes dos benefícios de risco. Todavia, não

temos convicção de que o município encontrará esse produto no mercado. Caso contrário,

uma possível solução seria o próprio município criar esse seguro, apartado do fundo de

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previdência complementar, e com adesão automática para quem estiver nesse fundo. A

adesão automática faz com que o servidor que não desejar o benefício de risco tenha que

assinar um termo de desistência, reduzindo o risco de judicialização futura.

A implantação da previdência complementar, sem considerar a adesão de parte dos

servidores atuais, tem um grande impacto na redução do déficit atuarial, tendo em vista

que reduz os benefícios futuros. De acordo com a avaliação atuarial da Vesting, ajustada

pela Fipe com a exclusão do ano de 2017, essa medida reduziria o déficit atuarial em

R$ 16,4 bilhões. Porém, como as contribuições dos novos servidores acima do teto do

RGPS, bem como as respectivas contribuições do ente, não poderão mais ser utilizadas

para pagar os benefícios dos atuais aposentados e pensionistas, haverá um elevado custo

de transição. O custo atuarial de transição, que é a soma dos montantes que serão

capitalizados ao invés de serem destinados ao pagamento de benefícios será de R$ 16,8

bilhões. O Gráfico 5 mostra como fica a evolução do déficit financeiro com a implantação

da previdência complementar. O fluxo de receitas, despesas e déficit encontra-se no

Anexo deste documento. Verifica-se que no período até 2041 o déficit financeiro será

maior do que no cenário base, em função do custo atuarial de transição, mas esse déficit

reduz-se a partir de então até meados da década de 60, quando se estabiliza em torno de

R$ 10 bilhões. No cenário base, ao contrário, esse déficit continua crescendo de forma

continua.

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Gráfico 5: Projeção da Despesa, Receita e Déficit Financeiro com Implantação da

Previdência Complementar (R$ Bilhões de 31/12/2016)

Fonte: Vesting. Elaboração Fipe.

Consideramos que a grande maioria dos servidores que ingressaram no Município a partir

de 2004 e que têm remuneração acima do teto do RGPS irá aderir à previdência

complementar. Entendemos que o incentivo de não pagar alíquota suplementar e pagar

uma contribuição menor sobre o que exceder o teto do RGPS será um grande estímulo,

somado ao fato do município integralizar as contribuições anteriores do servidor acima

do teto. A diferença de contribuição em casos extremos chegará a 10% em relação à

remuneração total. Já para aqueles que ingressaram até 2003 e que têm direito à

integralidade e paridade, mesmo com a contribuição adicional, não esperamos que haja

um volume considerável de adesão.

Consideramos, portanto, que cerca de 7.200 servidores irão aderir à previdência

complementar. Isto irá representar uma redução adicional de R$ 1,6 bilhão do déficit

atuarial. Dessa forma, o impacto total estimado com a previdência complementar é de

uma redução do passivo atuarial de R$ 18 bilhões. Todavia, essa adesão ampliará o custo

atuarial de transição em R$ 2,9 bilhões, totalizando, R$ 19,7 bilhões.

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Segregação de Massas

Um fundamento definitivo para iniciar o processo de mitigação do passivo previdenciário

é a segregação de massas. Em poucas palavras, segregar massas para o Regime Próprio é

dividir o conjunto de servidores em subconjuntos conforme a data de admissão, idade ou

uma composição dos dois critérios anteriores.

Se a segregação visa separar servidores com benefícios de características muito

diferentes, a boa norma indica que um corte ideal seria a partir da EC 41/2003, visto que

os servidores que eram ativos naquele momento estão sujeitos a regras diferentes daqueles

que foram admitidos após a referida Emenda Constitucional. O primeiro grupo, dadas as

regras aplicáveis, constitui enorme passivo previdenciário, cujo custo deverá ser mitigado

pelo ente público. Esse grupo normalmente é alocado a um Plano denominado “Plano

Financeiro”. O segundo grupo refere-se ao conjunto de servidores públicos contratados

ou admitidos depois do mencionado instituto legal. Esse segundo grupo, pelas

características legais a eles aplicáveis, são alocados em um Plano, denominado “Plano

Previdenciário”, capitalizado e com equilíbrio financeiro e atuarial.

O município de São Paulo não fez essa segmentação de massas, da mesma forma que

alguns outros entes como os Estados do Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco. Fazer uma

segmentação ou segregação de massas com esse ponto de corte agora implicaria em um

custo de transição muito grande e a criação de um plano de equacionamento do déficit do

fundo previdenciário que nasceria com um elevado déficit em função de 14 anos sem

capitalização.

Nesses casos, a medida que tem sido adotada é fazer a segregação de massas tendo como

data de corte a data de implantação da previdência complementar, que é a data de

aprovação do plano de benefícios pela Previc. É importante destacar que vários entes que

haviam feito a segregação de massas com data de corte anterior não suportaram o custo

de transição e refizeram a separação a partir da criação da previdência complementar,

tendo utilizado os recursos capitalizados para pagar benefícios do Plano Financeiro. Este

foi o caso dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Goiás e o

Distrito Federal.

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Porém, mesmo nesse modelo menos ousado de capitalização, trata-se de uma necessidade

de financiamento que exigirá medidas adicionais para ser suportado pelos cofres

municipais. O custo de transição10 eleva a despesa em R$ 12,9 bilhões. Esse fenômeno

não é particularidade de São Paulo. A título de ilustração, o montante já capitalizado no

Estado de Minas Gerais, que corresponde ao custo atuarial de transição materializado até

2014, considerando o valor que seria transferido ao longo do ano, somava cerca de R$ 4,5

bilhões. Os números do Distrito federal são similares. Santa Catarina e Rio Grande do

Norte, comparando com a RCL também tem a mesma magnitude.

Faz-se necessária, por conseguinte, a adoção de medidas complementares para reduzir

esse impacto e permitir que o Município suporte as três primeiras décadas, período em

que o custo de transição é bastante elevado. Uma medida que vários entes têm adotado é

o aumento da alíquota de contribuição dos servidores para 14%. Outra medida que tem

grande impacto para redução do custo atuarial de transição é a segregação dinâmica de

massas, mediante o aporte e monetização de ativos, que descreveremos no próximo

módulo.

Ampliação da alíquota dos servidores para 14% e do ente para 28%

Os primeiros entes a tomarem a iniciativa de aumentar a alíquota do padrão de 11% para

servidores e 22% do ente, foram os estados do Rio Grande do Sul e de Goiás. Ambos

enfrentaram batalhas judiciais.

No caso do Rio Grande do Sul o Tribunal de Justiça daquele estado acatou Ação Direta

de Inconstitucionalidade do reajuste da alíquota dos servidores para 14%, que foi proposta

pelo procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Eduardo de Lima Veiga, que é o

chefe do Ministério Público. Originalmente, a alegação de inconstitucionalidade foi

provocada pela União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, presidida pelo

também presidente da Associação dos Juízes do RS (Ajuris), Giovani Pio Dresch. A

10 O denominado “custo de transição” é, em verdade, a explicitação de parte do passivo atuarial pré-

existente. Ao migrar de um sistema de repartição para outro de capitalização, perde-se parte da receita para

financiamento da despesa corrente com pagamento de benefícios do sistema de repartição. Essa perda de

receita que se estenderá até o p pagamento do último benefício tem sido chamada de custo de transição. No

caso da PMSP é importante destacar que o efeito agregado de diversas medidas propostas não pode ser

simplesmente somado, conforme pode ser visto nas tabelas no Anexo.

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alegação seria de que o aumento configuraria confisco, além da progressividade não ser

autorizada pela constituição. Também foi alegado que não havia cálculo atuarial que

justificasse a necessidade da medida11.

No STF, o Ministro Joaquim Barbosa revogou a liminar concedida pelo TJ/RS,

autorizando a cobrança da contribuição de 14%:

No caso do Estado do Rio Grande do Sul, o voto-condutor descreve a

situação temerária das fontes de custeio da previdência do servidor público

local: “Até 1998, as despesas previdenciárias dos servidores públicos

brasileiros ficavam, em sua totalidade, a cargo dos respectivos entes

federados, ressalvadas apenas as hipóteses de cobrança de contribuição para

o custeio do benefício de pensão. […]. No Estado, em 2005, foi estruturado

o Regime Próprio de Previdência Social - RPPS, que passou a ser gerido

exclusivamente pelo Instituto de Previdência do Estado – Ipergs, com o

estabelecimento da alíquota de contribuição de 11% para os servidores. Em

2011, com a aprovação das Leis Complementares Estaduais nº. 13.757 e nº.

13.758 e diante dos índices alarmantes do passivo previdenciário, houve a

segmentação dos servidores em dois grupos de previdência pública: um sob

o regime de repartição simples e outro sob o regime de capitalização. No

mesmo ano de 2011, a alíquota de contribuição dos servidores civis e

militares integrantes do regime financeiro de repartição simples e do regime

de capitalização – Fundoprev – foi majorada de 11% para 14%, o que foi

objeto de ação direta de inconstitucionalidade – nº. 70045262581 – julgada

11 A contribuição previdenciária, por força de sua natureza de tributo, subordina-se aos princípios

constitucionais gerais de direito tributário e em especial aos princípios da correlação (art. 195, §5º, da CF),

da finalidade (art. 149, §1º, da CF), do equilíbrio financeiro e atuarial (art. 40 da CF) e da vedação ao

confisco (art. 150, inciso IV, da CF). Por se subordinar a tais princípios constitucionais, a majoração da

alíquota da contribuição previdenciária deve vir amparada em minucioso cálculo atuarial. Os cálculos

atuariais existentes nos autos, no entanto, a par de intempestivos, porquanto elaborados após a edição e

sanção das leis complementares inquinadas, aparentemente trazem severas inconsistências que, em

princípio, retiram a legitimação da majoração da alíquota da contribuição previdenciária no Estado. Assim,

presentes o fumus boni iuris da autora e o periculum in mora, afigura-se prudente o deferimento da medida

liminar para o efeito de suspender a aplicação imediata do disposto nos artigos 10-A e 14, ambos da Lei

Complementar nº 13.757-2011, e nos artigos 10-A e 15, ambos da Lei Complementar nº 13.758-2011 até o

julgamento do mérito da presente ação direta de inconstitucionalidade. MEDIDA LIMINAR DEFERIDA,

POR MAIORIA.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 46

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procedente por este Órgão Especial sob o argumento de que violados os

princípios da isonomia e da capacidade contributiva, representando, quanto

ao último, verdadeiro caráter de confisco. Neste ano de 2012, foram

aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado e sancionadas pelo

governo estadual as Leis Complementares nº 14.015 e nº 14.016, que

incluíram dispositivos nas Leis Complementares nº 13.757 e nº 13.758,

renovando o tema da majoração da alíquota previdenciária, estabelecendo-

a em 13,25%”. (grifei – Doc. 01, p. 15).

O voto-condutor não nega a existência da causa (déficit), mas, não obstante,

afirma que ao Estado caberia responder pelos prejuízos a que deu origem

por sua imprevidência, inabilidade ou má-fé. Esse argumento é relevante e

deve ser apreciado profundamente no momento oportuno. Porém, para fins

da suspensão de liminar, a manutenção do quadro é mais perniciosa à

confiança no sistema jurídico do que sua reversão.

Se o estado-requerente não puder reduzir o déficit do RPPS com a

solidariedade dos servidores públicos, esses valores serão cobrados de toda

a sociedade.

A União já reconheceu que assim procede, em sustentação oral (ADI 2.556,

rel. min. Joaquim Barbosa, Pleno, DJe de 20.09.2012), como bem afirma o

estado-requerente:

“[a suspensão do tributo obriga] que cada vez mais os recursos oriundos do

Caixa Único – que deveriam ser aplicados nas áreas de saúde, educação e

segurança públicas, sejam alocados para o pagamento dos benefícios

previdenciários dos servidores públicos estaduais, já que constitui fato

notório da inexistência de equilíbrio entre contribuição e benefícios

previdenciários”. (Doc. 01, p. 16).

Esta não é a ocasião adequada para exame da legitimidade da “partilha do

custo decorrente da inconstitucionalidade normativa, negociada com a

sociedade” como solução constitucional válida. Mas, segundo a

racionalidade do próprio argumento utilizado pelo TJ/RS, se o servidor

público não deveria responder pelos supostos erros do Estado na condução

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 47

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de sua política previdenciária, muito menos legitimado estaria o cidadão

comum a ser chamado para contribuir com benefícios que nunca lhe foram,

nem serão concedidos.

Do risco real de insolvência prática decorre o interesse direto dos

servidores-beneficiários na regularidade das finanças públicas do Regime

Próprio de Previdência.

Portanto, reconheço que há fundada pertinência pessoal entre o grupo de

contribuintes (servidores) e a finalidade da exação, ao mesmo tempo em que

inexiste qualquer relação entre os segurados do Regime Geral de

Previdência Social e o tributo destinado a corrigir o déficit do RPPS.

Parece-me bem demonstrado que a manutenção da liminar implicaria apenar

os segurados do RGPS e demais pessoas que não sejam servidoras públicas

vinculadas ao RPPS local.

Ante o exposto, concedo a medida pleiteada, para suspender

temporariamente a medida liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio

Grande do Sul nos autos do Processo 70051297778, até seu trânsito em

julgado. A medida que ora se concede é precária e efêmera, podendo ser

revista a qualquer momento, se demonstrada a alteração do quadro fático-

jurídico que embasa esta decisão. (grifo nosso)

No caso do Estado de Goiás, verificou-se situação similar. A Associação dos Magistrados

do Estado de Goiás (Asmego) entrou com ação no Tribunal de Justiça do estado e

conseguiu liminar suspendendo a cobrança do tributo. As alegações foram similares às

feitas no Rio Grande do Sul12. O Ministro Joaquim Barbosa concedeu liminar similar para

12 Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei complementar estadual nº 100/2012. Majoração de alíquota da

contribuição previdenciária do Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Goiás. Medida cautelar.

Fumus boni juris e Periculum in mora. Ausência de Periculum in mora reverso. Suspensão da aplicação de

lei estadual. Medida Cautelar deferida inaudita altera pars.

I – Não se configura interesse exclusivo da magistratura estadual quando os efeitos da norma estadual

impugnada atingem todas as categorias de servidores públicos do respectivo Estado-membro, como é caso

de Lei Complementar Estadual que majora a contribuição previdenciária recolhida ao Regime Próprio de

Previdência Social.

II – Por força dos princípios constitucionais da correlação (art. 195, §5º, da CF), da finalidade (art. 149,

§1º, da CF), do equilíbrio financeiro e atuarial (art. 40 da CF) e da vedação ao confisco (art. 150, inciso IV,

da CF), a majoração de alíquota incidente sobre contribuição previdenciária descontada dos servidores

públicos para custeio do Regime Próprio de Previdência Social depende da apresentação prévia de

minucioso cálculo atuarial.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 48

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o Estado de Goiás autorizando a cobrança da alíquota maior, no caso de 13,25% para os

servidores e 26,5% do ente. Posteriormente Goiás ampliou a alíquota de seus servidores

para 14,25%. Vários outros entes seguiram os passos dos dois estados, geralmente

aplicando uma alíquota de contribuição do servidor de 14%.

No dia 1º de março de 2017, O STF decidiu que vai analisar o recurso do Estado de Goiás

com repercussão geral, reconhecida pelo Plenário Virtual. Portanto, irá deliberar com

efeitos para todos os entes sobre os parâmetros constitucionais para a legislação que prevê

o aumento de alíquota de contribuição previdenciária de servidores vinculados a regime

próprio de previdência social. O tema será debatido no Recurso Extraordinário com

Agravo (ARE) 875958, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.

Ao analisar a ação ajuizada pela Asmego, o TJ-GO declarou a inconstitucionalidade da

lei local, acolhendo a argumentação de que a ausência de cálculo atuarial para

fundamentar a majoração afetaria o caráter contributivo e o equilíbrio financeiro e atuarial

do sistema previdenciário. Segundo o acórdão recorrido, a justificativa para o aumento –

a existência de déficit previdenciário – não é idônea, de modo que fere a razoabilidade e

a vedação de tributos para efeito de confisco. No recurso dirigido ao STF, o governador

de Goiás alega que foram realizados estudos para avaliação atuarial do RPPS, mas que

esse requisito é determinado em legislação infraconstitucional e não poderia ter sido

utilizado para a declaração de inconstitucionalidade de lei.

III – A inexistência do cálculo atuarial embasando a edição da norma submetida ao controle concentrado

de constitucionalidade, prevendo a majoração da alíquota da contribuição previdenciária, é suficiente para

que se reconheça a plausibilidade jurídica da ação, fumus boni juris.

IV – Evidenciado também o periculum in mora pela proximidade da vigência da norma impugnada, que

acometerá elevação do desconto previdenciário nos vencimentos dos servidores públicos do Estado de

Goiás, que tem natureza alimentar, deve ser deferida medida cautelar pleiteada para suspender a eficácia

da Lei Complementar Estadual no 100, de 27/12/2012, até o julgamento final da presente ação, tendo em

vista a temeridade da incidência da contribuição previdenciária, com a alíquota majorada, sobre de natureza

verba alimentar, o que coloca o perigo da demora in reverso, em favor do servidor público contribuinte e

não em favor do ente estatal.

V – Configura-se situação de excepcional urgência para deferimento de medida liminar inaudita altera parte

na forma do § 3º, do art. 10, da Lei no 9.868/99, a iminente vigência de lei estadual que majora contribuição

previdenciária, estando ela ainda submetida a controle concentrado de constitucionalidade, uma vez que

seus efeitos poderão causar lesão de difícil e incerta reparação no patrimônio dos contribuintes.

Medida cautelar deferida. Suspensão dos efeitos da Lei Complementar Estadual no 100/2012”. (ADI-EST

92447-30.2013.8.09.000)

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Em sua manifestação quanto à repercussão geral do caso, o ministro Barroso ressaltou

que as questões constitucionais suscitadas pelo Estado de Goiás possuem relevância

econômica, social e jurídica e devem ser submetidas a um debate mais amplo, pois não

existem precedentes do STF aptos a manter a decisão proferida pelo TJ/GO. No

entendimento do relator, a matéria deve ser examinada pelo Plenário a fim de que haja

pronunciamento quanto ao aumento das contribuições previdenciárias dos servidores

públicos estaduais e a sua relação com o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial, o

caráter contributivo do regime, a razoabilidade e a vedação da utilização com efeito de

confisco.

Quanto à relevância econômica, o relator observa que a administração pública dos estados

da federação tem vivido notório agravamento de suas crises fiscais e econômicas,

reconhecendo a necessidade de incremento nas fontes de custeio de suas previdências. O

ministro aponta que, além de Goiás, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

possui em tramitação projeto de lei para majoração da alíquota da contribuição

previdenciária de seus servidores, que o Estado da Bahia já possui essa previsão e que a

mesma proposta também está em discussão em Santa Catarina. Além disso,

representantes de diversos estados se reuniram com o presidente da República a fim de

pleitear auxílio financeiro da União, ocasião em que teriam firmado um acordo de ajuste

de contas que envolve o aumento das contribuições previdenciárias de seus servidores.

A relevância social, em seu entendimento, ocorre porque a situação tem grande potencial

de ser replicada em outros casos nos quais se discuta a constitucionalidade dos referidos

reajustes – os já aprovados e os que venham a ser. Além do fato de que o Brasil possui

mais de três milhões de servidores públicos, em sua maioria, estaduais. Já a relevância

jurídica, revela-se na medida em que é necessária análise da legislação estadual em

relação aos dispositivos constitucionais, que devem embasar a atividade legislativa dos

entes quanto ao poder de instituir contribuições previdenciárias sobre os seus servidores,

prerrogativa conferida no artigo 149, parágrafo 1º, da Constituição Federal. A

manifestação do relator pelo reconhecimento da repercussão geral da matéria foi seguida

pela maioria dos ministros em deliberação no Plenário Virtual do STF, vencido o ministro

Edson Fachin.

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CI 5133 42

Portanto, entendemos que, enquanto não for julgada a ação do Estado de Goiás, não há

risco de suspensão da cobrança da majoração da alíquota de 11% para 14% e patronal de

22% para 28%. Além disso, pelo teor da argumentação do Ministro Barroso, há grande

probabilidade do STF decidir pela constitucionalidade da majoração.

Atualmente a contribuição dos servidores, aposentados e pensionistas do RPPS municipal

cobre apenas 15,1% das despesas com benefícios, ficando o restante, que soma quase seis

vezes esse montante, sob responsabilidade da população, parte por meio de alíquota do

ente e a maior parcela por intermédio de cobertura do déficit.

Esta divisão não é justa, ainda mais considerando que o salário médio dos servidores é

superior à renda média dos cidadãos do município. Nesse sentido, seguindo o exemplo de

diversos estados e municípios, propomos a ampliação da alíquota normal de contribuição

dos servidores, aposentados e pensionistas para 14%. Na mesma linha, mantendo a

relação de dois para um, sugerimos a ampliação da alíquota do município para 28%. Essa

medida, além de reduzir o déficit, permitirá uma maior participação de todos os setores

da administração municipal no enfrentamento daquele que é o nosso maior desafio nas

próximas décadas, o déficit previdenciário.

Essa medida tem um impacto financeiro e atuarial substancial. O impacto atuarial do

acréscimo da contribuição do servidor, que é o recurso efetivamente adicional, é de R$ 9

bilhões. Somando-se com o acréscimo da contribuição patronal chegamos a um impacto

positivo de R$ 21,1 bilhões.

O aumento da alíquota patronal, ao contrário do que aparenta à primeira vista, não é

neutro. Em primeiro lugar, ela representa uma espécie de desvinculação de receitas para

a previdência social. O nosso sistema orçamentário está repleto de vinculações de receitas

sejam para determinadas despesas, sejam para poderes e órgãos autônomos. O governante

detém controle apenas de um orçamento residual para arcar com as despesas das demais

áreas, o déficit do RPPS e os investimentos.

Esses sub-orçamentos são protegidos por vinculações de receita (como saúde e educação)

ou por “autonomia financeira e administrativa” (como é o caso, no Município de São

Paulo, da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas). Ao definir a vinculação de

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recursos para saúde, a Lei Complementar nº 141, de 2012, estabeleceu explicitamente que

o pagamento de inativos e pensionistas não seria considerado parte dos gastos em saúde

para efeito do cumprimento da exigência legal de um piso de gastos nessa área. Já no caso

de educação, embora não haja dispositivo legal similar ao de saúde, esse tipo de gasto foi

transferido para a responsabilidade do sub-orçamento residual relativo aos gastos

discricionários. Algo similar ocorreu com os poderes autônomos, que também possuem

gastos limitados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Portanto, a alíquota suplementar patronal representa uma forma de socializar entre os

diversos órgãos do município o pagamento de seus aposentados e pensionistas. Além

disso, trata-se de uma forma de explicar melhor para a sociedade o custo da previdência

municipal.

O impacto agregado da implantação da previdência complementar, com adesão de

servidores antigos, especialmente aqueles que ingressaram a partir de 2004, com a

segregação de massas e o aumento da alíquota de contribuição do servidor para 14% e do

Município para 28% é uma redução do déficit atuarial de R$ 29,4 bilhões. Isto representa

uma redução de 18,9% do déficit. O Plano Financeiro fica com um passivo atuarial de

R$ 139,9 bilhões e o Plano Previdenciário com um superávit de R$ 13,6 bilhões. A

dinâmica do Plano Financeiro nesse modelo está demonstrada no Gráfico 6. Verifica-se,

comparando com os dois gráficos anteriores que nesse modelo o déficit será praticamente

extinto na década de 2080. Sem a segregação de massas, mas com previdência

complementar, no longo prazo, o déficit se estabilizará e sem nenhuma medida adicional,

continuará crescendo de forma indefinida, tornando as finanças no Município de São

Paulo insustentáveis.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 52

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Gráfico 6: Projeção da Despesa, Receita e Déficit Financeiro com Implantação da

Previdência Complementar, Segregação de Massas e Aumento de Alíquotas

(R$ Bilhões de 31/12/2006)

O superávit atuarial do Plano Previdenciário pode ser reduzido pela transferência de vidas

do Plano Financeiro, conforme detalharemos melhor no próximo módulo quanto

estivermos tratando da segregação dinâmica de massas. O custo de transição da

implantação desse conjunto de medidas é de R$ 27,9 bilhões. Mesmo amenizado pelo

aumento da arrecadação da contribuição dos servidores, ainda implicaria num esforço

adicional do Município de 18,9 bilhões além do enorme esforço fiscal que já haveria no

modelo atual de organização do RPPS. Faz-se necessária, portanto, a adoção de outras

medidas, além dessas que vêm sendo normalmente utilizadas para reduzir de forma mais

significativa o déficit, com um custo de transição menor.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 53

CI 5133 45

6. MEDIDAS ADICIONAIS PARA EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT

FINANCEIRO E ATUARIAL DO RPPS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Nessa seção iremos detalhar e apresentar uma estimativa de impacto de um conjunto de

medidas na área de custeio, benefícios e gestão. O foco maior será na área de custeio, que

é o tema central das medidas no PL 641/2016 para o equacionamento do déficit financeiro

e atuarial do RPPS. Pretendemos explicar o modelo de segregação dinâmica de massas,

que tem como objetivo evitar o descasamento entre os fluxos de receitas e despesas que

as segregações convencionais têm provocado. Esse modelo visa alinhar o aporte de ativos,

com monetização futura, para a cobertura do passivo atuarial, com a transferência de vidas

do fundo financeiro para o previdenciário, até a total eliminação do déficit atuarial.

Enquanto isso não corre, lança-se mão da alíquota suplementar, cumprindo-se os art. 40

e 249 da Constituição Federal. Buscamos também fazer uma análise econômica, com

embasamento legal, para subsidiar uma defesa jurídica da proposta.

No tocante a benefícios, como quase tudo depende da Constituição Federal, fazemos

apenas breves sugestões e estimativas de impactos financeiros e atuariais da aprovação

da reforma da previdência, que se somaria às medidas adotadas pelo PL 641/2016. Quanto

à gestão, além da análise do modelo atual e sugestão de reestruturação completa, que

tratamos na seção 3 deste relatório, tratamos aqui de algumas medidas a serem tomadas

para redução ou eliminação de despesas inadequadas e de ações judiciais referentes à

compensação previdenciária com o RGPS e ao Pasep.

Alíquota Suplementar

O caput do art. 40, combinado com o art. 249, ambos da Constituição, apresentam as

premissas básicas para o plano de custeio dos RPPS: eles devem se financiar com

contribuições patronais e dos segurados, tanto servidores, quanto aposentados e

pensionistas, podendo ser aportados ativos do ente para a cobertura de eventuais déficits

atuariais. Portanto, não é permitida a cobertura de insuficiências financeiras com

impostos ou outras contribuições.

Desta forma, um regime de repartição simples, como o modelo que está vigente no

Município de São Paulo – e em grande parte dos estados e na União –, para atender as

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 54

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normas constitucionais e não apresentar déficit atuarial deveria ter uma soma entre

alíquota patronal e do servidor que cobrisse todo o custo dos benefícios. À receita de

contribuições é também possível que outros ativos possam ser aportados de modo a

contribuir para o equilíbrio atuarial.

O aumento da alíquota normal tanto dos servidores, aposentados e pensionistas, quanto

do Município reduz o déficit, mas nem de longe resolve o problema, conforme foi

demonstrado na seção anterior. Para garantir o equilíbrio financeiro e atuarial

determinado pelo caput do artigo 40 da Constituição Federal faz-se necessária a criação

de uma alíquota suplementar.

Apesar de ser mais justo manter a relação de dois para um entre alíquota do Município e

dos segurados, estamos propondo uma participação muito maior da sociedade, com o

objetivo de não onerar exageradamente os servidores tendo em vista que parte do

problema deve-se a erros do passado e parte devido às regras de aposentadoria dos atuais

segurados, que garantem benefícios muito superiores à soma das contribuições.

Lembramos que a maior parte dos servidores que estará no Plano Financeiro tem acesso

à integralidade e paridade além de regras que permitem uma aposentadoria em idade

relativamente baixa, gerando benefícios em muitos casos com duração superior ao tempo

de contribuição.

Como a alíquota suplementar visa à cobertura do déficit financeiro e atuarial e o Plano

Previdenciário será um fundo equilibrado (no início terá superávit), a alíquota

suplementar deve incidir apenas para os participantes do Plano Financeiro, visto se tratar

de um plano de equacionamento do déficit financeiro e atuarial no prazo de 75 anos, que

é o prazo de abrangência das avaliações atuariais dos RPPS. Com o objetivo de fazer

justiça contributiva, propõe-se a aplicação de uma alíquota progressiva, por faixa de

rendimento, conforme progressividade detalhada no Quadro 7. A lógica será a mesma do

imposto de renda. Isto é, para cada faixa da remuneração incidirá a alíquota referente

àquela parcela, evitando uma majoração total da contribuição ao superar em pequena

monta o teto da faixa anterior. Dessa forma, os servidores com menores salários serão

menos onerados. As faixas serão definidas em múltiplos da menor remuneração bruta

mensal dos servidores públicos municipais, o piso municipal. Por se tratar de uma

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 55

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contribuição suplementar para equacionamento do déficit atuarial, a contribuição sobre

as aposentadorias e pensões não será um adicional à contribuição prevista no parágrafo

18 do artigo 40 da CF. Ela seguirá os mesmos parâmetros estabelecidos para os servidores

ativos, tal qual ocorre nas EFPC quando há déficit atuarial a ser equacionado.

Quadro 7 – Tabela de Incidência da Alíquota Suplementar para Servidores,

Aposentados e Pensionistas em Múltiplos do Piso Remuneratório da PMSP

A progressividade da alíquota suplementar, além de justiça social, cumpre dois princípios

que estão previstos no Art. 40 da CF. Em primeiro lugar, a caput do art. 40 determina que

os RPPS são “regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante

contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos

pensionistas”. Portanto a contributividade determina que os servidores devem contribuir

de acordo com o benefício a que têm direito. Logo, aqueles que têm benefícios mais

onerosos do ponto de vista atuarial deveriam contribuir mais. A integralidade, que é

garantida aos servidores que ingressaram no serviço público até 2003 (grande maioria dos

membros do Plano Financeiro), em geral praticamente dobra o benefício em relação à

média de contribuições para aqueles servidores com maior remuneração. Isto ocorre

porque indivíduos iniciam sua vida laboral com salários mais baixos, galgando

progressões ao longo da vida laboral. Além disso, entre os servidores públicos é comum

iniciar a carreira em categorias com menor remuneração e, mediante concursos públicos

ir subindo para cargos mais qualificados e melhor remunerados. Essa combinação de

trajetórias faz com que o servidor tenha um salário final muito superior ao do início de

sua vida laboral.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 56

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Os servidores de menor remuneração geralmente não têm uma elevação salarial tão

significativa quanto aqueles de carreiras mais qualificadas, visto que não tiveram a mesma

acessão profissional, tendo apenas o incremento da progressão na carreira, além de um

pequeno adicional caso tenham iniciado a vida laboral no setor privado. Mesmo assim, a

integralidade também garante um aumento substancial para este grupo em relação à média

das contribuições, que é a regra aplicada para quem ingressou a partir de 2004. Todavia,

por ser menor, não é justo que ele pague o mesmo percentual cobrado dos servidores com

maior remuneração.

O princípio da solidariedade, constante no caput do art. 40, ratifica ainda mais o

entendimento do alinhamento constitucional da progressividade da alíquota suplementar.

Além disso, o parágrafo 12, do artigo 40 da CF estabelece que “Além do disposto neste

artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo

observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de

previdência social”. Portanto, como no RGPS a alíquota é diferenciada de acordo com o

salário de contribuição, modelo similar de cobrança de contribuição dos servidores está,

a nosso juízo, autorizado pela CF.

O RPPS, no que diz respeito ao alcance do equilíbrio financeiro e atuarial de que trata o

caput do art. 40 da CF, muito mais se assemelha à previdência complementar do que ao

RGPS. Aliás, para cumprir esse princípio, a grande maioria dos municípios criou fundos

capitalizados, na lógica de benefício definido e fundo mutualista (não há conta

individualizada). Este é o mesmo modelo da grande maioria dos fundos mais antigos de

previdência complementar, como é o caso do Previ I (administrado pela Previ – Caixa de

Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) e do REG/Replan não Saldado

(administrado pela Fundação dos Economiários Federais – Funcef).

A Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, que regulamenta o funcionamento

da previdência complementar, estabelece, no seu artigo 2113, que ocorrendo déficit

13 Art. 21. O resultado deficitário nos planos ou nas entidades fechadas será equacionado por

patrocinadores, participantes e assistidos, na proporção existente entre as suas contribuições, sem prejuízo

de ação regressiva contra dirigentes ou terceiros que deram causa a dano ou prejuízo à entidade de

previdência complementar.

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atuarial, este será equacionado pelos patrocinadores, participantes e assistidos, na

proporção existente entre as suas contribuições. O equacionamento poderá ser feito,

dentre outras formas, por meio do aumento do valor das contribuições, instituição de

contribuição adicional ou redução do valor dos benefícios a conceder. No caso dos RPPS

não é possível haver redução do valor dos benefícios, cabendo, portanto, as outras duas

possibilidades, conforme está sendo proposto neste estudo.

Atualmente vários dos maiores fundos de pensão de empresas estatais estão com planos

de equacionamento do déficit em vigor, com a aplicação do mecanismo de alíquotas

suplementares dos participantes, assistidos e patrocinadores, como é o caso da Funcef,

Postalis – Instituto de Previdência Complementar dos Correios e Petros – Fundação

Petrobras de Seguridade Social. O Postalis tem dois planos de equacionamento do déficit

em vigor, com uma alíquota total de 17,92% tanto para os participantes quanto para os

assistidos (aposentados e pensionistas).

No caso da Petros, o déficit atuarial a ser equacionado é de R$ 27,7 bilhões e será dividido

entre as patrocinadoras (Petrobras, Petrobras Distribuidora e Petros) e os participantes

ativos e assistidos do Plano. As patrocinadoras14 são responsáveis por 49,45% (R$ 13,7

bilhões); os participantes ativos, por 22,75% (R$ 6,3 bilhões); e os assistidos respondem

por 27,8% (R$ 7,7 bilhões). A divisão entre participantes ativos e assistidos segue a

proporção dos compromissos do plano (passivo) com cada um desses grupos. Como se

trata de um plano maduro, que já tem mais aposentados e pensionistas do que

participantes ativos, os assistidos são mais numerosos e, portanto, têm maior percentual

de participação no equacionamento. O prazo será de 18 anos.

§ 1º O equacionamento referido no caput poderá ser feito, dentre outras formas, por meio do aumento do

valor das contribuições, instituição de contribuição adicional ou redução do valor dos benefícios a conceder,

observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.

§ 2º A redução dos valores dos benefícios não se aplica aos assistidos, sendo cabível, nesse caso, a

instituição de contribuição adicional para cobertura do acréscimo ocorrido em razão da revisão do plano.

§ 3º Na hipótese de retorno à entidade dos recursos equivalentes ao déficit previsto no caput deste artigo,

em consequência de apuração de responsabilidade mediante ação judicial ou administrativa, os respectivos

valores deverão ser aplicados necessariamente na redução proporcional das contribuições devidas ao plano

ou em melhoria dos benefícios. 14 O percentual da patrocinadora não atinge 50% exatos em função da existência de participantes

autopatrocinados, aqueles que se desligaram da empresa, mas continuaram no plano contribuindo sozinhos

com a sua parte e a que seria paga pela empresa patrocinadora do plano, e demais situações semelhantes.

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O modelo de cobrança da contribuição dos participantes e assistidos é similar ao que

estamos propondo para o Município de São Paulo, ou seja, é progressivo. A menor

alíquota de contribuição extraordinária para os participantes ativos será de 3,20% e

incidirá sobre salários de contribuição de até R$ 2.765,66, correspondente à metade do

teto de contribuição do RGPS. Quem ganha acima disso pagará 3,20% sobre essa parte

do salário de contribuição mais 6,63% sobre a fatia do salário de contribuição que vai de

R$ 2.765,67 até R$ 5.531,31. Para quem ganha mais que o teto do RGPS, o processo de

cobrança é igual: a primeira fatia do salário de contribuição paga 3,20%, a segunda paga

6,63% e apenas na parte do salário de contribuição que passa de R$ 5.531,31 é que a taxa

será de 24,34%. A contribuição extra será a soma desses descontos. Isso significa que

ninguém pagará a alíquota máxima de 24,34% sobre o total do seu salário de contribuição,

mas sim o resultado da combinação das três alíquotas. Em um salário de contribuição de

R$ 10 mil, por exemplo, a contribuição extra será R$ 1.359,54 ou 13,59%.

A Funcef também tem um modelo de equacionamento do déficit progressivo como a

Petros e o proposto para o Município de São Paulo. No entanto na Funcef há dois planos

deficitários: o REG/Replan Saldado e o REG/Replan Não Saldado e dois planos

equilibrados, o REB e o Novo Plano. Os participantes e assistidos desses planos

equilibrados não pagam alíquota suplementar, tal qual defendemos que ocorra em São

Paulo para os servidores que estarão no Plano Previdenciário. Já os participantes e

assistidos dos dois planos deficitários estão pagando alíquotas suplementares

progressivas e diferenciadas de acordo com o perfil de cada plano. No caso do

REG/Replan Não Saldado, que é um plano de benefício definido e que garante benefício

com a última remuneração do participante, tal qual o Plano Financeiro da PMSP, o déficit

é proporcionalmente maior. Como os aposentados são os principais beneficiários das

regras que causaram boa parte do déficit, além de serem a grande maioria dos membros

do plano decidiu-se aplicar uma alíquota maior que a dos demais participantes. Quem

ganha até metade do teto de contribuição do RGPS pagará 2,41% se participante e 5,05%

se assistido; acima disso até o teto do RGPS pagará, respectivamente 4,02% e 8,42%

sobre essa parte do salário de contribuição; para a faixa acima do teto do RGPS a alíquota

para participante é de 11,20% e de 23,44% para o assistido. No REG/Replan Saldado,

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que é um plano de contribuição variável, a contribuição suplementar é igual para

participantes e assistidos e não é progressiva, correspondendo à alíquota de 7,86%.

Verifica-se assim que o modelo de alíquota suplementar proposto para o município de

São visa cumprir o caput do artigo 40 da Constituição, criando um plano de

equacionamento do déficit atuarial com participação do ente (patrocinador), dos

servidores (participantes) e aposentados e pensionistas (assistidos), baseado na

experiência bem-sucedida dos fundos de pensão estatais, portanto de “funcionários

públicos”. Tendo em vista a magnitude do déficit atuarial do município ser muito maior

que a dos fundos de pensão citados, propomos uma participação patronal bem superior,

ao invés de ser paritária. Nesse modelo a contribuição suplementar dos segurados do

RPPS municipal ficará inferior à dos funcionários da Caixa, Petrobras e Correios, embora

tenham características similares de renda e estabilidade.

No último dia 18 de dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo

Lewandowski suspendeu a aplicação de artigos da Medida Provisória 805/2017 que, nos

artigos 1° ao 34, cancelava aumentos para servidores federais aprovados em anos

anteriores, enquanto que o artigo 37 aumentava a contribuição para a previdência social

dos servidores ativos e aposentados, bem como dos pensionistas.

Ao conceder liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5809, ajuizada pelo

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o ministro Ricardo Lewandowski alegou que,

com a edição da medida provisória, “os servidores públicos do Poder Executivo Federal

serão duplamente afetados pelo mesmo ato. Primeiro, por cercear-se um reajuste salarial

já concedido mediante lei; depois por aumentar-se a alíquota da contribuição

previdenciária, que passa a ser arbitrariamente progressiva, sem qualquer consideração

de caráter técnico a ampará-la”.

No tocante à irredutibilidade de renda, a Advocacia Geral da União (AGU) alegou que

“[...] não há que se cogitar, como pretende o requerente, em violação ao direito adquirido

dos servidores, visto que a previsão de aumento não chegou sequer a se incorporar

juridicamente no patrimônio daqueles”. A AGU também apontou a inexistência de

violação ao art. 246 da Constituição Federal, haja vista que “Recorrendo à literalidade do

art. 246, tem-se que este limita o alcance da vedação aos artigos da Constituição cuja

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redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1° de janeiro de 1995

até a Emenda n° 32, de 2001. Ora, a EC n° 41 foi editada em 19 de dezembro de 2003.

Ou seja, posteriormente ao lapso temporal contemplado pelo artigo legal tido por violado,

de forma que não há como invocá-lo com o fito de subsidiar suposto pedido de

inconstitucionalidade”.

A Procuradoria Geral da República, ao defender a inconstitucionalidade da MP afirma

que “A inconstitucionalidade apontada em relação à fixação de alíquotas progressivas de

contribuição previdenciária não sofreu alterações com as EC 41/2003 e 47/2005. Embora

a EC 41/2003 tenha explicitado a necessidade de observância ao princípio da

solidariedade no regime previdenciário dos servidores públicos não afastou a relação de

retributividade e proporcionalidade entre custeio e benefício ditada pelo art. 195, § 5º, da

CF (caráter contributivo-retributivo). Pelo contrário, deu exata feição a essa correlação,

ao determinar o cálculo dos proventos de aposentadoria a partir da remuneração utilizada

como base de cálculo para as contribuições (CF, art. 40, § 3º), até o limite estipulado pelo

§ 2º do art. 40 da Constituição”.

O Ministro Lewandowski reconheceu que a MP não havia descumprido o art. 246, mas

levantou que o STF “cristalizou entendimento diametralmente contrário ao

estabelecimento de alíquotas progressivas para as contribuições previdenciárias de

servidores públicos”. Ele cita vários precedentes tais como RE 464.582-AgR/PR, Rel.

Min. Celso de Mello; RE 414.915-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 368.719/PR, Rel.

Min. Marco Aurélio; RE 581.500/PR, Rel. Min. Ayres Britto; AI 676.442-AgR/PR, de

sua própria relatoria. Em função disso deferiu liminar afirmando que não seria possível

“aumentar-se a alíquota da contribuição previdenciária, que passa a ser arbitrariamente

progressiva, sem qualquer consideração de caráter técnico a ampará-la”.

Isto reforça a necessidade apresentar estudos atuariais que comprovem a necessidade

tanto do aumento da alíquota básica, quanto da criação da alíquota suplementar, bem

como a necessidade de demonstrar que os servidores que ganham mais têm benefícios

proporcionalmente maiores, conforme citamos anteriormente e, portanto, para cumprir os

princípios estabelecidos na CF, faz-se necessário que a alíquota seja progressiva, nos

mesmos moldes que diversos fundos de pensão já o fizeram. É importante destacar que o

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 61

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Plenário do STF não se manifestou sobre a matéria nem foi declarada repercussão geral.

O modelo que está sendo proposto neste estudo é substancialmente diferente daquele

apresentado pela União. É importante destacar que a alíquota suplementar além de estar

baseada em um plano de equacionamento do déficit financeiro e atuarial não é obrigatória.

O servidor tem o direito de migrar para a previdência complementar e ficar isento dessa

contribuição adicional.

Caso a PEC 287/2016 seja aprovada, durante seis meses, a emenda constitucional dará

poder constituinte para os estados e municípios definirem as regras que forem mais

adequadas para cada ente cumprir o equilíbrio financeiro e atuarial15. Isso daria segurança

jurídica para todas as medidas propostas para o RPPS paulistano. Outra possibilidade

seria a aprovação de alguma emenda aglutinativa que englobe a Emenda nº 150 à PEC

287/2016, de autoria do Deputado Alfredo Kaefer. Esta emenda obriga os entes a

cobrirem o déficit de suas previdências com contribuições suplementares tanto patronais

quanto dos servidores, aposentados e pensionistas sem limitar ao que exceder o teto do

RGPS, mas sim ao que exceder o salário mínimo. Também deixa claro que a alíquota de

contribuição pode ser diferente por plano, tendo em vista que esta será definida pela

avaliação atuarial e não por um valor fixo.

A alíquota suplementar proposta para o Município de São Paulo será variável de acordo

com a evolução das despesas do Plano Financeiro. Nos dez primeiros anos, essa alíquota

será, em termos médios, mais de dez vezes a alíquota máxima dos segurados, conforme

pode ser visto no Quadro 8. Portanto, a sociedade ainda continuará pagando uma parcela

muito maior dessa dívida, embora passe a dividir, ainda que residualmente, com os

servidores. Definimos as alíquotas patronais de forma conservadora, sem considerar a

adesão de servidores antigos à previdência complementar. Essa alíquota será ajustada

periodicamente tendo em vista a dinâmica das despesas aferida pelo Iprem e pelas

avaliações atuariais. Isto é, caso o déficit fique maior que o previsto, a alíquota

suplementar patronal será ampliada para eliminar esse déficit. Por outro lado, caso fique

15 Art. 22. Durante os cento e oitenta dias posteriores à data de publicação desta Emenda, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios poderão, observado o equilíbrio financeiro e atuarial, nos termos do § 23

do art. 40 da Constituição, instituir regras de aposentadoria e pensão aplicáveis especificamente aos seus

servidores.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 62

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abaixo do estimado, a alíquota suplementar patronal será reduzida. Esse ajuste será feito

anualmente, por meio da avaliação atuarial, podendo ser revista a cada quadrimestre,

mediante decisão do Conselho Deliberativo do Iprem. Isto permitirá um

acompanhamento constante no curto prazo evitando que faltem recursos para pagar

benefícios, bem como que não gere um excesso de receitas no Plano Financeiro, que não

tem característica de formação de reservas.

Quadro 8: Alíquotas Suplementares do Plano de Equacionamento do Déficit

Financeiro e Atuarial do Plano Financeiro do RPPS da PMSP

Ano Servidor (*) Município Ano Servidor (*) Município Ano Servidor (*) Município

2018 5% 46,64% 2043 5% 161,19% 2068 5% 272,50%

2019 5% 43,03% 2044 5% 165,70% 2069 5% 276,60%

2020 5% 59,01% 2045 5% 169,81% 2070 5% 280,23%

2021 5% 55,29% 2046 5% 173,67% 2071 5% 283,41%

2022 5% 57,32% 2047 5% 177,33% 2072 5% 286,17%

2023 5% 60,72% 2048 5% 180,83% 2073 5% 288,55%

2024 5% 64,35% 2049 5% 184,29% 2074 5% 290,61%

2025 5% 68,00% 2050 5% 187,51% 2075 5% 292,42%

2026 5% 71,62% 2051 5% 190,92% 2076 5% 294,05%

2027 5% 75,62% 2052 5% 194,37% 2077 5% 295,59%

2028 5% 79,65% 2053 5% 198,04% 2078 5% 297,14%

2029 5% 83,47% 2054 5% 202,15% 2079 5% 298,83%

2030 5% 87,53% 2055 5% 206,08% 2080 5% 300,80%

2031 5% 91,41% 2056 5% 210,24% 2081 5% 303,24%

2032 5% 95,14% 2057 5% 214,50% 2082 5% 306,42%

2033 5% 99,37% 2058 5% 219,33% 2083 5% 310,66%

2034 5% 103,64% 2059 5% 224,45% 2084 5% 316,34%

2035 5% 108,53% 2060 5% 229,84% 2085 5% 323,98%

2036 5% 114,34% 2061 5% 235,39% 2086 5% 334,21%

2037 5% 120,82% 2062 5% 240,95% 2087 5% 347,79%

2038 5% 128,44% 2063 5% 246,62% 2088 5% 365,65%

2039 5% 136,94% 2064 5% 252,26% 2089 5% 388,87%

2040 5% 144,95% 2065 5% 257,76% 2090 5% 418,75%

2041 5% 151,36% 2066 5% 263,03% 2091 5% 456,86%

2042 5% 156,43% 2067 5% 267,97% 2092 5% 0,00%

(*) Alíquota máxima.

Com o superávit do Plano Previdenciário – decorrente do fato de a alíquota patronal ser

maior que a necessária – bem como com o aporte de ativos, poderão ser transferidas vidas

do Plano Financeiro para o Plano Previdenciário, conforme detalharemos melhor no

tópico sobre a segregação dinâmica de massas. Isto irá reduzir, por consequência, o

passivo atuarial do Plano Financeiro. Medidas de melhoria da gestão de benefícios e

receitas, bem como uma provável reforma previdenciária também terão impacto na

redução do déficit atuarial. Em nossa proposta, sempre que isso ocorrer deverão ser

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 63

CI 5133 55

reduzidas, na mesma proporção, as alíquotas suplementares dos servidores e do

Município.

A alíquota suplementar dos servidores terá um impacto atuarial estimado de R$ 7,2

bilhões reduzindo o passivo atuarial e compensando parte do custo atuarial de transição

para o novo modelo de segregação de massas e previdência complementar. A alíquota

suplementar patronal será variável crescendo com o tempo em valores relativos, tendo

em vista que é aplicada apenas ao Plano Financeiro, que é um grupo fechado em extinção,

já que os novos servidores ingressarão no Plano Previdenciário. Logo, haverá cada vez

menos servidores ativos contribuindo, proporcionalmente ao número de aposentados e

pensionistas. Por outro lado, em valores absolutos, a alíquota patronal começará a cair a

partir de 2042, chegando próximo a zero no início da década de 2090. Os fluxos atuariais

das alíquotas suplementares estão no Anexo deste relatório.

Aporte de Ativos

O artigo 249 da Constituição Federal prevê a possibilidade de aporte de ativos do ente

para cobertura de parte do passivo atuarial do RPPS. Uma dívida tão grande como essa,

na ordem de R$ 156 bilhões, não tem como ser paga apenas com contribuições dos

servidores e tributos da sociedade. Nesse sentido, propomos um conjunto de medidas para

o aporte de ativos do Município para o RPPS.

De imediato sugerimos o aporte de 50% do fluxo futuro da dívida ativa do município.

Trata-se de um ativo de grande liquidez e com valores crescentes. Não estamos falando

apenas do estoque atual de créditos inadimplidos e já inscritos em dívida ativa, mas sim

de todo o fluxo de recursos que for recebido nos próximos 75 anos. Será uma grande

contribuição do município para a redução desse passivo. Além disso, parte desses

recursos poderão ser securitizados, de acordo com as normas vigentes, auxiliando na

redução do descasamento financeiro de receitas e despesas previdenciárias.

O Quadro 9 apresenta a evolução recente da recuperação de crédito de dívida ativa pelo

Município de São Paulo. Corrigindo os valores pela inflação medida pelo IPCA, verifica-

se que o fluxo de recebimento tem crescido substancialmente de forma consistente, exceto

no ano de 2016, que ficou totalmente fora da curva. Naquele ano a receita, em valores

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 64

CI 5133 56

reais, caiu quase 40% em relação a 2015. Considerando um valor para 2016 de acordo

com a tendência verificada dos demais anos, teríamos um crescimento médio de 10,6%

ao ano, em valores reais. Trata-se de um crescimento bastante expressivo. Sem fazer o

ajuste para 2016 o crescimento médio seria ainda maior: 18,0%.

Quadro 9: Evolução Recente do Fluxo da Dívida Ativa do Município de São Paulo

(R$ milhões)

Ano Fluxo total de

dívida ativa

Principal da

Dívida Ativa Juros dívida ativa Outros juros

abatimento da

dívida ativa

2017(*) 1.874,55 1.278,16 429,45 11,33 -0,59

2016 951,44 169,76 12,48 769,99 -0,79

2015 1.481,47 179,57 11,96 1.291,19 -1,25

2014 1.011,13 252,04 16,81 742,68 -0,40

2013 894,84 205,40 17,68 671,89 -0,13

2012 850,35 164,27 686,09 -0,01

(*) Estimado a partir do valor arrecadado até novembro de 2017.

Fonte: PMSP – Balancetes de Receitas Arrecadadas.

O Balanço anual de 2016 do município apresenta um estoque de dívida ativa de R$ 96,4

bilhões. Supondo que o estoque tenha crescido 10% em 2017, estaria hoje em R$ 106

bilhões. Portanto, apesar do crescimento, o valor arrecadado em 2017 teria representado

apena 1,8% do estoque. Embora seja quase o dobro da média dos entes com mais de um

milhão de habitantes, é um índice muito baixo, o que indica que há uma grande margem

de melhoria no desempenho de recuperação.

Acreditamos ser possível manter nos próximos anos a taxa média de crescimento real

verificada nos últimos cinco anos. Todavia, por critério de segurança, estimamos o valor

atuarial do fluxo futuro da dívida ativa que será aportado ao RPPS pelo projeto de lei de

restruturação da previdência municipal utilizando premissas mais conservadoras.

Consideramos que o fluxo crescerá proporcionalmente ao crescimento do PIB acrescido

de uma taxa de desempenho de cobrança. Essa taxa começará com 3% ao ano e diminuirá

ao longo do tempo até chegar próximo de zero, tendo em vista que quanto maior for o

percentual de recuperação da dívida ativa, menor será a margem de crescimento da

eficiência de cobrança. Para efeitos de estimativa do crescimento do PIB utilizamos as

projeções de mercado do Boletim Focus do Banco Central até 2021. Para os anos

seguintes consideramos os valores adotados pelo Governo Federal na projeção atuarial

do RGPS para a Lei de Diretrizes Orçamentária de 2017.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 65

CI 5133 57

Com essas premissas concluímos que o aporte de 50% do fluxo futuro da dívida ativa nos

próximos 75 anos terá um valor atuarial de R$ 46,8 bilhões, considerando a mesma taxa

de desconto utilizada na avaliação atuarial do RPPS, que foi de 5% ao ano. O fluxo

estimado ano a ano está no Anexo deste relatório. O projeto de lei prevê que esse montante

deva ser aportado ao Plano Previdenciário mediante a transferência de vidas do Plano

Financeiro cujo custo atuarial seja igual ao valor do ativo aportado. Todavia, sugere-se

que enquanto essa revisão da segregação de massas não for implementada, os recursos da

dívida ativa serão aportados no Plano Financeiro.

Diante disso, elaboramos o fluxo de receitas, despesas e déficit somando a dívida ativa

com todos os demais itens que são objeto do PL: (i) criação da previdência complementar

com possibilidade de adesão dos servidores atuais; (ii) segregação de massas para quem

estiver na previdência complementar; (iii) aumento da contribuição normal do servidor

para 14% e do Município para 28%; (iv) criação da alíquota suplementar do servidor

progressiva com limite máximo de 5%; e (v) aporte de 50% do fluxo futuro da dívida

ativa. Nesse cenário, o passivo atuarial cai de R$ 156 bilhões para R$ 70,6 bilhões, o que

represente uma queda de 54,6% do déficit. Consequentemente, a alíquota suplementar

patronal e dos servidores deve cair em proporção similar quando ocorrer a revisão da

segregação de massas. O gráfico 7 mostra a evolução do Plano Financeiro com esse

cenário.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 66

CI 5133 58

Gráfico 7: Projeção de Despesa, Receita e Déficit Financeiro com Implantação da

Previdência Complementar, Segregação de Massas, Aumento de Alíquotas

Normais, Criação de Alíquotas Suplementares e Aporte de 50% do Fluxo da

Dívida Ativa (R$ Bilhões de 31/12/2006)

Tendo em vista que o aporte da dívida está no Plano Financeiro e não no Previdenciário,

verifica-se excedente de receitas a partir de 2059 em função de haver um número pequeno

de servidores a partir de então, por se tratar de fundo em extinção, enquanto a receita da

dívida ativa continua crescendo.

Além da dívida ativa, poderão ser aportados outros bens e direitos como imóveis e

recebíveis do município. Sugerimos que todo o processo de avaliação, aporte e

monetização de ativos para o RPPS só ocorra mediante aprovação do conselho

deliberativo do Iprem que tem participação paritária dos servidores.

O município tem R$ 20,8 bilhões em imóveis de acordo com o último balanço

patrimonial. Esse documento contábil também demonstra que há R$ 2,9 bilhões de

direitos creditórios de longo prazo. A participação acionária em empresas está

contabilizada em R$ 2,8 bilhões. Há ainda R$ 6,1 bilhões em outros investimentos.

Portanto, o Município, além de ajustes em alíquotas, pode aportar diversos ativos. De

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 67

CI 5133 59

fato, o Município tem um montante substancial de “ativos ocultos” que poderiam

minimizar substancialmente o déficit atuarial.

Porém temos que analisar com ressalvas esses ativos. Se por um lado grande parte dos

imóveis deve estar contabilizada a valores históricos e, portanto, devem valer muito mais,

por outro, vários desses ativos são de difícil monetização ou mesmo inviáveis para tal

finalidade. Por este motivo recomendamos que seja feito um minucioso levantamento

desses ativos e de suas reais possibilidades de monetização. É importante destacar que

não se trata de vender todos os ativos imediatamente, mas sim identificar a vocação de

cada um e maximizar a renda que eles podem gerar para o RPPS. Em alguns casos a

melhor alternativa seria um aluguel ou arrendamento, em outros a venda. Para outros

ainda, a melhor alternativa seria a incorporação ou parcelamento. No caso de concessões

e ações, o processo de monetização também pode ser complexo e a análise deve ser caso

a caso.

Tendo em vista o fluxo de despesas com benefícios se realizar ao longo de décadas, não

é necessário obter renda de imediato de todos os ativos. O mais importante é ter uma

avaliação dos mesmos tendo em conta o seu poder de gerar renda nos próximos 75 anos,

período de avaliação atuarial, e não seu valor teórico. Nesse sentido, recomenda-se que o

valuation dos ativos seja realizado pelo método de fluxo futuro descontado.

Segregação dinâmica de massa

Os bens e direitos deverão ser aportados ao Plano Previdenciário. O valor desses ativos

gerará um superávit nesse fundo criando a possibilidade de transferência de vidas do

Plano Financeiro, o que reduzi o déficit desse último. Dessa forma, a segregação

dinâmica é uma forma indireta e eficaz de ampliação da capitalização, reduzindo o

número de servidores no fundo de repartição simples e, consequentemente, o risco tanto

para os servidores quanto para o Município.

Cada revisão da segregação de massas poderá permitir a redução das alíquotas

suplementares tendo em vista que haverá redução do passivo atuarial. Tendo em vista se

tratar de um processo técnico, propomos que essas revisões sejam feitas mediante decisão

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 68

CI 5133 60

do conselho deliberativo do Iprem e que as alíquotas do Município e dos servidores sejam

reduzidas periódica e proporcionalmente à redução do déficit.

Caso medidas de gestão, bem como alterações nas regras de benefícios, que na sua grande

maioria estão detalhadas na Constituição Federal, impliquem em redução do déficit

atuarial, também deverá ocorrer redução proporcional das alíquotas suplementares. Se

essas medidas implicarem em geração de superávit no Plano Previdenciário, além disso,

implicará em nova revisão da segregação de massas e, consequentemente, de uma redução

das alíquotas suplementares.

Sempre que for realizar uma nova revisão da segregação de massas deverá

necessariamente ser feita uma revisão da avaliação atuarial, de tal modo a garantir que o

Plano Previdenciário terá equilíbrio financeiro e atuarial. Isto quer dizer que não basta ter

ativos que correspondem à reserva matemática para pagamento de benefícios. Faz-se

necessário analisar o casamento entre fluxos de receitas e despesas. Nesse sentido, a

avaliação atuarial deve estar totalmente integrada com a sistemática de monetização de

ativos. Para tanto, faz-se necessária a aplicação de uma metodologia de gestão integrada

de ativos e passivos.

A metodologia mais adequada é a Asset Liability Management – ALM. Esse termo é uma

expressão da língua inglesa que nada mais é do que a gestão integrada de ativos e passivos

que busca a melhor alocação dos investimentos dos recursos garantidores dos planos de

benefícios, considerando os retornos esperados e os riscos de cada segmento das

aplicações, sempre respeitando as restrições legais e regulamentares, os compromissos

atuariais desses planos, com os benefícios já concedidos e os a conceder.

Trata-se de uma ferramenta altamente eficaz que visa garantir a sustentabilidade e a saúde

de uma Entidade Aberta ou Fechada de Previdência. O objetivo é, dentre outros,

administrar as variantes de riscos, por isso se mostra tão imprescindível para uma ótima

gestão estratégica de instituições que gerenciam recursos de médio e longo prazos.

A revisão da segregação de massas se dará sempre pela migração dos segurados mais

idosos do Plano Previdenciário para o Plano Financeiro. Esses segurados apresentam

menor custo atuarial, tendo em vista ter maior idade e representam despesa financeira

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 69

CI 5133 61

imediata. Com isso, reduz-se o custo de transição, visto que parte do valor aportado no

Plano Previdenciário será utilizado para pagar benefícios do próprio plano. Além disso,

o critério de organizar a transferência por idade cumpre os princípios do Estatuto do

Idoso. É importante destacar que aqueles que migrarem para o Plano Previdenciário

deixarão de pagar a alíquota suplementar.

Dessa forma, com a segregação dinâmica, o custo de transição será reduzido ao montante

de recursos que será capitalizado na previdência complementar, acrescido de 2% do

montante total das reservas matemáticas do Plano Previdenciário, garantindo-se Índice de

Cobertura no mínimo de 1,02. Trata-se de uma margem mínima de segurança para

revisões dos custos do plano, tais como revisão de expectativa de vida ou de rentabilidade

dos ativos garantidores. Com isso, o custo de transição cairá de R$ 27,9 bilhões para

R$ 6,3 bilhões. Portanto, será bem inferior às receitas adicionais de contribuição.

Ocorrendo securitização da dívida ativa ou de outros ativos que gerarão receitas no futuro,

esse custo de transição será ainda menor, podendo chegar próximo a zero.

Destacamos que de acordo com a Portaria do Ministério da Previdência Social nº 403, de

10 de dezembro de 2008, toda revisão de segregação de massas deve passar por aprovação

prévia da Secretaria de Previdência Social. Além disso, essa portaria estabelece que o

índice de cobertura para poder ser efetuada a revisão da segregação de massas deve ser

de 1,25. Em primeiro lugar, a análise da secretaria além de demorada nem sempre segue

as portarias que ela própria edita, apresentando critérios subjetivos e contraditórios. Em

segundo lugar, a citada portaria e diversas outras normas da Secretaria extrapolam o poder

fiscalizador e regulamentador, inovando, criando condições e obrigações para os RPPS

sem base legal nem constitucional. Tendo em vista que o Município de São Paulo tem

CRP obtida na justiça, conforme já relatado anteriormente, não nos preocupamos em

cumprir essas normas, mas sim a Constituição Federal e legislações infraconstitucionais

e aproveitar as boas práticas já implementadas no Brasil e no mundo no enfrentamento

do déficit previdenciário.

Acreditamos que esse mecanismo de segregação dinâmica de massas dará agilidade,

transparência e poder para o Iprem, para os servidores e para o Município, para que juntos

equacionem o déficit previdenciário, o que permitiria reduzir e, em horizonte temporal

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 70

CI 5133 62

mais curto, até eliminar a alíquota suplementar, deixando um importante legado para o

futuro.

Medidas a serem adotadas na área de benefícios

Conforme já citado anteriormente, não sugerimos fazer importantes ajustes no plano de

benefícios do RPPS neste momento. Entendemos que se deve aguardar a promulgação da

reforma previdenciária para depois fazer os ajustes necessários. A PEC 287/2016

pretende fazer muitas mudanças nos planos de benefícios previdenciários para servidores

públicos. As principais mudanças estão na elevação da idade mínima para obtenção de

aposentadoria; mudança na regra de cálculo do benefício, que será integral apenas com

40 anos de contribuição; estabelecimento de regras mais rígidas para aposentadorias

especiais; redução da diferença de idade de aposentadoria entre homens e mulheres;

igualdade de critérios para professores, independente do gênero; e mudança na regra de

cálculo e limitação à acumulação de pensão com aposentadoria.

Essas mudanças devem causar uma redução substancial do déficit atuarial dos RPPS de

todos os entes, mas especialmente em Municípios, tendo em vista que a grande maioria

tem critério diferenciado de aposentadoria e esses são os benefícios mais afetados pela

PEC. A partir de estimativas feitas em municípios menores, acreditamos que a Emenda

Constitucional pode reduzir o passivo atuarial em cerca de 30%. Isto representaria cerca

de R$ 46,7 bilhões de redução do déficit atuarial. Todavia devemos tratar esse número

com cautela tendo em vista não se tratar de um cenário de avaliação atuarial. Além disso,

não sabemos se a PEC será aprovada e se o for, quando será aprovada, em tampouco qual

será a versão final do texto aprovado, que pode ser desidratada na parte que afeta aos

servidores.

Medidas de Gestão com grande impacto de redução de despesas e/ou aumento

de receitas

A dispersão das ações de previdência no Município de São Paulo levou a diversos

problemas que podem estar significando um relevante volume de gastos inadequados e

perda de receitas. Iremos abordar neste relatório os três pontos que consideramos mais

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 71

CI 5133 63

relevantes: compensação previdenciária com o RGPS; conformidade da folha de

pagamento de ativos, aposentados e pensionistas; e pagamento do Pasep.

Devido à sua natureza, o desempenho da compensação financeira entre regimes

previdenciários – Comprev – é diretamente impactado pela desestruturação da

previdência municipal e suas consequências. Isso se comprova pelo sobrestamento de

mais de 35 mil processos de aposentadorias já concedidas, aguardando a tramitação nas

diversas unidades de RH e posterior homologação pelo TCMSP, sendo que, destes,

aproximadamente 11 mil são passíveis da geração de receita de compensação

previdenciária junto ao INSS. Esse quadro crítico resume a precariedade da previdência

de São Paulo, pois segundo estimativas do Iprem o potencial de receita via Comprev, se

considerados esses processos, poderia gerar um recurso adicional de R$ 533 milhões, a

ser reduzido no déficit atuarial, podendo custear até 1,4% da despesa previdenciária anual.

Para minorar o impacto do aumento das despesas previdenciárias no caixa do Tesouro, a

Administração do Iprem tem engendrado esforços para conseguir um ingresso maior dos

recursos do Comprev. Esse percentual chegou a 0,9% do custo do plano previdenciário

em 2015, aumentando para 1,2% em 2016, como resultado de ação conjunta com as

Unidades de RH e o TCMSP. Como se vê, a despeito do aumento de quase 50%,

representa parcela ínfima do custo.

De acordo com a avaliação atuarial feita pela Vesting, considerando o tempo médio que

os servidores averbam de outros regimes de previdência (6,6 anos) e o valor médio dos

benefícios do RGPS, considerou-se que o potencial de ressarcimento pelo Comprev seria

de 5,98% do gasto. Isto representa cinco vezes o montante que atualmente é arrecadado16.

A centralização das atividades de previdência no Iprem irá ajudar a melhorar a

performance de requerimento de compensação previdenciária. Mas será necessário um

esforço concentrado para formar uma equipe permanente e, principalmente, um trabalho

especial para levantamento daquilo que deixou de ser cobrado do INSS até hoje.

Lembramos que, de acordo com a legislação vigente, só é possível requerer a

16 Se considerarmos que seja viável apenas a metade desse montante, isso equivaleria a dobrar a arrecadação

anual com compensações previdenciárias.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 72

CI 5133 64

compensação de valores já pagos referentes aos últimos cinco anos17, exceto no tocante

ao estoque que, se por um lado tem um prazo maior, por outro lado não é pago

integralmente no mês em que ocorrer aprovação do processo pelo INSS, mas sim de forma

parcelada ao longo de 15 anos18.

Como esse resultado já está estimado na avaliação atuarial, a otimização das ações de

compensação previdenciária não melhorará o resultado atuarial, mas ao contrário, se não

forem tomadas medidas com urgência, o déficit será bem maior que o previsto. A título

de demonstração da importância das ações de compensação previdenciária, caso seja

mantida a atual performance de recuperação de 1,2% do valor dos benefícios, haveria um

aumento do passivo atuarial em R$ 9,4 bilhões. Portanto consumiria um volume maior

que todo o impacto do aumento da alíquota dos segurados de 11% para 14%.

Entendemos que os estados e municípios, dentre eles o Município de São Paulo, vêm

sendo muito prejudicados em relação à compensação previdenciária e em relação ao

Pasep. Os entes subnacionais não devem ter privilégios, mas também não podem

continuar sendo tratados de forma discriminatória. Um ponto que chama muito a atenção

acerca das iniquidades diz respeito à compensação previdenciária. Atualmente, enquanto

os demais entes, ao atrasarem suas contribuições para o RGPS, são obrigados a pagar

17 A Lei nº 9.796, de 5 de maio de 199, o Decreto nº 3.112, de 6 de julho de 1999, a Portaria MPAS nº 6.209,

de 16 de dezembro de 1999 e a Portaria Interministerial MPS-MF nº 410, de 29 de julho de 2009,

estabelecem os critérios e os procedimentos para a operacionalização da compensação financeira entre o

RGPS e os RPPS da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 18 Dado o tempo decorrido entre a data da promulgação da Constituição de 1988 e a data da publicação da

Lei nº 9.796, de 1999, que estabeleceu os critérios para a realização dessa compensação, permitiu-se que

os regimes instituidores, dentro do prazo determinado, requeressem a compensação financeira aos regimes

de origem em relação aos benefícios concedidos a partir da promulgação da Constituição Federal, com

contagem recíproca de tempo de contribuição, que estivessem em manutenção na data da Lei nº 9.796, de

1999. A princípio, determinou-se um prazo de dezoito meses para apresentação dos dados relativos a esses

benefícios, em requerimento à compensação financeira. Porém, para não prejudicar os regimes instituidores

que não haviam conseguido enviar todos os dados aos regimes de origem dentro do prazo, incluindo-se aí

o RGPS, promoveram-se várias prorrogações desse prazo, até que a Lei nº 13.135, de 17 de junho de 2015,

garantiu que a compensação pode ser solicitada a qualquer tempo.

Os valores da compensação financeira devidos em relação ao período de 5 de outubro de 1988 a 5 de maio

de 1999, são calculados na forma prevista no parágrafo único do art. 5º da Lei nº 9.796, de 1999, e ficam

devidamente registrados no Sistema de Compensação Previdenciária (Comprev) para procedimento de

pagamento diferenciado daqueles relativos aos valores devidos a partir de 6 de maio de 1999. Esse crédito

reservado é comumente chamado de “estoque da compensação previdenciária” e sua quitação se dá na

forma disposta no art. 10 da Lei nº 13.485, de 2 de outubro de 2017, em parcelas mensais de até

R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), se o crédito superar esse montante, no prazo de até

cento e oitenta meses.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 73

CI 5133 65

multas e juros, a União corrige os valores da compensação previdenciária apenas pelo

índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, o INSS demora meses e

até anos para analisar os processos de compensação previdenciária encaminhados pelo

ente, visto que não existe qualquer punição ou justa compensação pelo seu atraso. Nesse

sentido sugerimos que a PMSP entre com ação na justiça requerendo que todo o

valor já pago, bem como os pagamentos futuros de compensação previdenciária seja

corrigido com juros remuneratórios no valor da Selic, pelo princípio da isonomia de

tratamento e principalmente, tendo em vista a compensação previdenciária não

contribuir para a ampliação do desequilíbrio financeiro e atuarial, visto que a simples

correção pelo INPC não cobre a meta atuarial de rentabilidade dos recursos dos RPPS.

Uma segunda linha de atuação na justiça que sugerimos à PMSP é buscar a

imunidade de tributação do Pasep sobre o RPPS e o ressarcimento dos valores já

pagos. A incidência do Pasep sobre os RPPS é mais um exemplo de discriminação dos

Estados e Municípios. Entendemos ser inadequada a “base” de apuração do Pasep referida

no art. 2º, inciso III, da Lei nº 9.715, de 1998, bem como as “receitas próprias” de que

tratam o art. 2º, inciso II da Lei Complementar nº 8, de 1970, interpretadas à luz do

conceito de receita corrente líquida adotado pela Lei de Responsabilidade Fiscal,

abrangendo os recursos destinados ao pagamento dos benefícios previdenciários dos

regimes instituídos na lógica do art. 40 da CF e disciplinados pela Lei nº 9.717, de 1998.

É importante lembrar que a própria Receita Federal, na correta linha dos argumentos

anteriormente expostos, atribuiu tratamento diferenciado às entidades fechadas e abertas

de previdência complementar ao estabelecer, no artigo 29 da Instrução Normativa SRF

nº 247/2002, a exclusão dos valores de contribuições recebidas e rendimentos auferidos

em aplicações financeiras da base de cálculo das contribuições para o PIS/Pasep. Tem-

se, desse modo, uma situação contraditória, e porque não dizer injusta em relação aos

fundos de previdência própria dos entes federados19: enquanto as entidades fechadas e

abertas de previdência complementar recebem um tratamento tributário diferenciado e

favorecido no que se refere à apuração das contribuições ao PIS/Pasep, os fundos dos

19 Deve-se aqui destacar que as principais e maiores Entidades de Previdência Complementar Fechada são

das empresas estatais da União.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 74

CI 5133 66

regimes próprios de previdência social, custeados pelos recursos arrecadados dos

contribuintes em geral dos entes federativos e destinados ao pagamento das

aposentadorias e pensões dos seus servidores públicos titulares de cargos efetivos, têm

hoje a totalidade dos recursos por eles recebidos tributados pelo Pasep. Além do princípio

da isonomia cabe neste caso a configuração de bitributação, visto que a fonte dos recursos

do RPPS é a folha de salários dos servidores, que já sofreu tributação do Pasep na origem.

Diversos estados e municípios têm contratado serviços de auditoria de folha de

pagamentos. Essas auditorias costumam levantar inúmeros indícios de irregularidades,

porém não apresentam efetividade, visto que requerem o aprofundamento do

levantamento pelos respectivos órgãos e, posteriormente, a fundamentação e instauração

de processos administrativos. Na prática, a maior parte do trabalho fica sob

responsabilidade do ente que, geralmente, não tem equipe disponível para realizar o

trabalho, nem sistema informatizado que faça a mineração de dados para identificar as

irregularidades e levante todos os elementos necessários para a instauração dos

respectivos processos, de acordo com a legislação.

Tendo em vista todo o exposto sobre a fragmentação das ações de previdência, bem como

a deficiência das bases de dados e a complexidade dos planos de cargos e salários do

Município de São Paulo, consideramos altamente recomendável que seja feita uma ampla

verificação de conformidade das folhas de pagamento dos servidores ativos, aposentados

e pensionistas. Diante disso, sugerimos que, se o Município for contratar o serviço

externamente, promova a aplicação de prova de conceito aos licitantes de forma a garantir

uma auditoria de folha que realmente atenda às necessidades de corrigir erros e fraudes

nas folhas de pagamentos do Município. A partir de experiências que estudamos, temos

expectativa de que haja uma redução entre 1% e 4% das folhas de ativos, aposentados e

pensionistas da PMSP após a realização da auditoria e da implementação dos processos

administrativos.

Dentre os erros que costumam ocorrer nos entes públicos entre os servidores ativos

destacamos: (a) transposição de carreira ou de cargo sem novo ato de nomeação, com

aumento de vencimento; (b) incorporação de gratificação sem cumprimento dos

requisitos de tempo conforme definido na lei, ou reajustada em descumprimento da lei

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 75

CI 5133 67

(vpni = vantagem pessoal nominalmente identificada); (c) mudança de nível sem o

cumprimento dos requisitos legais (progressão funcional); (d) acumulação devida de

cargos, porém extrapolando o teto remuneratório; (e) acumulações indevidas (médicos e

professores com lei autorizando mais de um cargo com até 60 horas e a pessoa recebe por

mais de 60 horas); (f) servidor de um cargo que recebe aumento com base em lei que

autoriza reajuste para outras categorias; e (g) reajuste autorizado no salário base e

implementado sobre toda remuneração. É também comum encontrar as seguintes fraudes:

(i) inserção indevida de servidor ou comissionado em folha de pagamento; (ii) aumento

salarial sem a competente lei; (iii) servidor com ato de nomeação para um cargo e que

recebe como se ocupasse outro cargo de maior remuneração; e (iv) implementação de

gratificação sem o competente ato legal.

Dentre os erros que costumam ocorrer nos entes públicos na folha de aposentados e

pensionistas merecem menção: (a) concessão de benefício com interpretação incorreta de

regras; (b) concessão de benefício com contagem de tempo incorreto; (c) cálculo inicial

do benefício com valor integral quando deveria ser proporcional; (d) valor atual do

benefício extrapolando o teto remuneratório; (e) cálculo inicial do benefício considerando

integralidade quando deveria ser pela média das 80 maiores contribuições desde 07/94;

(f) contagem para o efeito do salário de benefício de verbas indenizatórias ou gratificação

ou cargo comissionado; (g) reajuste concedido com base na paridade quando deveria ser

pelo índice de inflação; (h) isenções ou redução irregulares de contribuições

previdenciárias e imposto de renda; (i) cálculo errado da renda inicial apesar do

enquadramento correto da regra; e (j) concessão de aposentadorias sem o cumprimento

dos requisitos constitucionais de tempo no cargo e na carreira. É também comum

encontrar as seguintes fraudes: (i) reajuste do valor de benefício sem previsão legal, ou

com retroação na data lei; (ii) servidor com ato de nomeação para um cargo e que se

aposentou como se ocupasse outro cargo de maior remuneração; e (iii) concessão de

benefício contendo contagem de tempo decorrente de averbações fraudadas (CTC falsas,

contagem de tempo rural, tempo utilizado duplamente).

Considerando que a verificação de conformidade das folhas dê um resultado de redução

despesa de 2% (é possível que esse montante seja maior), isto representaria um impacto

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 76

CI 5133 68

atuarial de redução do passivo de R$ 4,9 bilhões. Esta estimativa não leva em conta o

efeito direto na folha de ativos da eventual redução dos gastos com pessoal pela correção

de erros e fraudes, mas apenas a redução dos futuros benefícios previdenciários.

Os gastos com previdência são fortemente afetados pelos planos de cargos e salários.

Progressões elevadas nos últimos anos de carreira; possibilidade de aumentar carga

horária e, consequente aumento de salário, para servidores com direito a integralidade e

paridade; e incorporação de verbas que não foram objeto de contribuição são exemplos

de medidas que devem ser evitadas. Nesse sentido, propomos que o projeto de lei tenha

uma previsão de que toda proposição legislativa que crie ou amplie despesas de pessoal

ativo, aposentados ou pensionistas deverá estar acompanhada do cálculo de seus impactos

no RPPS nos próximos setenta e cinco anos e apresentar compatibilidade e adequação

orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual (LOA), Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA).

Entendemos que a atualização permanente das informações dos servidores é fator

primordial para a melhoria da qualidade dos dados de forma a permitir não apenas a

realização de avaliação atuarial consistente, mas principalmente, o fornecimento de

informações de qualidade que permitam a adoção de medidas com vistas a coibir

acumulações indevidas de cargos, a viabilizar a aplicação do teto remuneratório previsto

no inciso XI, do art. 37 da Constituição Federal, bem como à efetivação da Compensação

Previdenciária entre a União e os demais entes federativos com regime próprio de

previdência social, nos termos da Lei nº 9.796, de 05 de maio de 1999. Nesse sentido,

sugerimos que o projeto de lei estabeleça um mecanismo de acesso do Iprem a todos os

dados cadastrais, funcionais e financeiros de todos os servidores do Estado; que seja

implementada uma sistemática de atualização cadastral permanente dos servidores, de

forma a manter a base de dados atualizada; e que seja feito um censo da vida funcional

de modo a transferir para uma base de dados informatizada todos os eventos relevantes

para a aposentadoria do servidor.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 77

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Conjunto de medidas propostas e seus impactos financeiros e atuariais

agregados

Conforme demonstramos ao longo deste relatório, o equacionamento do passivo atuarial

do RPPS paulistano é viável, porém requer a implementação de um grande e complexo

conjunto de medidas e ações. Não basta seguir as experiências que mais comumente têm

sido adotadas. Conforme demonstramos, essas medidas não conseguem eliminar sequer

um quinto do déficit. Faz-se necessário adotar também um conjunto adicional de gestão

de ativos e de medidas na área de custeio, benefícios e gestão.

As medidas de gestão de ativos podem render alvissareiros resultados no enfrentamento

ao passivo previdenciário do Município. Como mostrado, o aporte de 50% do fluxo futuro

da dívida ativa nos próximos 75 anos terá um valor atuarial de R$ 46,8 bilhões,

considerando a mesma taxa de desconto utilizada na avaliação atuarial do RPPS, que foi

de 5% ao ano, o que representa uma redução de quase um terço do passivo previdenciário.

Mas não é suficiente.

As medidas na área de custeio são as que têm maior impacto. Embora inovadoras e

corretas, tendo base nos arts. 40 e 249 da CF, levam a questionamentos jurídicos, políticos

e administrativos. Destaque-se a respeito que todos os entes que estão cobrindo o déficit

há anos com recursos tributários extraídos da sociedade, estão em verdade descumprindo

mandamentos constitucionais. Entendemos que a CF deu os elementos e mandamentos

para enfrentar e eliminar o déficit financeiro e atuarial dos RPPS. De um lado, o art. 249

autoriza o aporte de ativos para cobrir o passivo do RPPS. De outro, o caput do art. 40

afirma que a única fonte de financiamento dos RPPS são as contribuições do ente, dos

servidores, dos aposentados e dos pensionistas. Portanto, o custeio dos RPPS deve se

limitar a essas duas modalidades de fontes de receitas.

Na área de benefícios demonstramos que a grande maioria dos servidores do município

de São Paulo tem acesso a regras de aposentadoria antecipadas, tendo em vista o grande

contingente de professores, profissionais de saúde e guardas municipais. Além disso, mais

de 70% dos servidores são mulheres que se aposentam com 5 anos a menos de idade e de

tempo de contribuição que os homens. Com a reforma previdenciária, que em algum

momento deverá ser aprovada, acreditamos que uma parcela considerável do déficit será

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 78

CI 5133 70

reduzida. Só então recomendamos que o Município discuta o seu plano de benefícios.

Entendemos que o projeto de lei que sugerimos em nada deve conflitar com a PEC

287/2016, mas sim ser complementar. Logo, não faz nenhum sentido esperar a reforma

previdenciária ser aprovada para encaminhar o PL.

Na área de gestão, o PL traz inovações importantes e cria as bases para uma série de

medidas que poderão melhorar a qualidade do gasto previdenciário e reduzir o déficit

financeiro e atuarial. O ponto de partida é reestruturar o Iprem e torná-lo a unidade gestora

única do RPPS. Em paralelo deve ser feito todo um trabalho de melhoria da gestão tanto

de receitas, como o Comprev, como de benefícios.

O Quadro 10 apresenta um resumo do impacto de todas as medidas proposta do PL, bem

como uma estimativa dos resultados que poderão ser obtidos com a reforma

previdenciária e a adoção de medidas de gestão.

Quadro 10: Impactos Globais das Medidas Propostas para o Equacionamento do

Passivo Atuarial

Medida Impacto

Atuarial

Impacto financeiro da medida/Déficit

financeiro/alíquota suplementar do Município

Custo

atuarial de

transição 2018 2019 2020 2025 2030

Cenário Base 155.692,88 4.171,61 4.076,20 5.446,31 7.067,78 7.841,22

Alíquota do servidor em 14% 8.976,25 332,37 339,97 371,92 413,10 443,98 0,00

Alíquotas de 14% + 28% 21.056,27 820,47 844,19 892,73 966,26 1.042,02 0,00

Previdência Complementar 16.404,13 -105,75 -120,92 1.334,22 114,45 -173,78 -16.775,53

Adesão dos antigos à prev. Compl. 1.611,24 -24,95 -49,90 -74,85 -199,50 -312,06 -2.908,18

Segregação de Massas 0,00 -527,42 -541,90 -557,51 -1.163,12 -1.848,14 -12.865,44

Cenário com Medidas iniciais 126.283,30 3.911,04 3.819,61 5.170,72 7.443,18 9.050,53 -27.948,53

Alíquota suplementar 5% 7.197,03 378,66 397,63 403,91 509,79 489,08 0,00

Dívida ativa (aporte de 50% do fluxo) 46.828,46 990,88 1.048,27 1.105,91 1.482,52 1.908,20 0,00

Cenário com todas as medidas do PL 70.646,57 2.566,45 2.423,61 3.735,75 5.650,37 6.965,31 -27.948,53

Cenário do PL com segregação

dinâmica 70.646,57 -6.325,85

Estimativas Adicionais Impacto

Atuarial

Impacto financeiro

2018 2019 2020 2025 2030

Imóveis 20.834,58

Reforma previdenciária do governo

federal 46.707,87 125,15 203,81 435,71 1.272,20 1.960,31

Ações de Melhoria de Gestão 4.895,53 144,56 144,38 178,91 222,23 248,62

Simulação com alíquota suplementar -1.791,42

Simulação sem alíquota suplementar 5.405,62

Verifica-se que todo o conjunto de ações eliminaria quase totalmente o passivo atuarial,

restando apenas R$ 5,4 bilhões, sem considerar os efeitos da alíquota suplementar.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 79

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Portanto, entendemos que, embora essa alíquota suplementar esteja prevista em um plano

de equacionamento do déficit para 75 anos, deverá ser eliminada dentro de alguns anos.

A sua extinção dependerá do sucesso das medidas de aporte de ativos e sua monetização,

da reforma previdenciária e da melhoria da gestão do RPPS. Portanto, a implementação

desse conjunto de medidas é de grande interesse tanto dos servidores, quanto da sociedade

em geral que deixarão de ser onerados adicionalmente. Além disso, com a previdência

equilibrada, a PMSP poderá focar nas ações de saúde, educação, mobilidade urbana,

dentre outras que representam os legítimos anseios da população. É importante destacar

que no cenário com segregação dinâmica os fluxos financeiros dependerão da velocidade

de aporte de ativos e do perfil de beneficiários. Portanto, quanto mais rápido ocorrer

menor será a quantidade de recursos que o município transferirá para o RPPS por meio

de alíquotas suplementares patronais.

No tocante ao modelo de projeção de impactos orçamentários e financeiros de curto,

médio e longo prazos, conforme já citado anteriormente neste relatório, foram

identificadas diferenças substanciais entre os números da avaliação atuarial e do modelo

da Secretaria da Fazenda. No curto prazo, nos parece que os resultados da Secretaria de

Fazenda sugerem estar mais próximos da realidade, por ter informações mais atualizadas

e dados que a avaliação atuarial não dispunha. Porém, no médio e longo prazo nos parece

ocorrer o oposto, provavelmente por ter utilizado projeções com base no histórico e não

nos dados reais de cada servidor, como foi feito na avaliação atuarial. Nesse sentido, no

Quadro 11 apresentamos uma revisão, em relação aos fluxos atuariais, da projeção das

receitas e despesas do RPPS até 2025, incluindo projeção de inflação de 4% ao ano.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 80

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Quadro 11: Projeções Financeiras e Orçamentárias para o RPPS de 2018-2025

(R$ milhões)

Ano

Cenário Base Cenário do PL - Plano Financeiro

Cenário do PL -

Plano

Previdenciário Contribuição

para

Prevcom Receita Despesa Déficit Receita Despesa

Alíquota

suplementar

do Município

Receita Despesa

2018 3.631,85 8.319,43 4.687,58 5.537,57 8.317,95 2.780,38 646,60 1,42 7,82

2019 3.883,65 8.641,19 4.757,54 5.924,08 8.639,53 2.715,45 709,67 1,60 11,44

2020 4.497,10 11.136,23 6.639,13 6.693,50 11.134,35 4.440,85 778,23 1,80 15,52

2021 4.879,01 12.499,34 7.620,33 7.181,88 12.497,23 5.315,34 968,99 2,03 20,53

2022 5.203,44 13.559,99 8.356,56 7.506,47 13.557,61 6.051,14 1.206,98 2,28 26,94

2023 5.549,58 14.594,05 9.044,46 7.838,74 14.591,35 6.752,62 1.447,52 2,58 34,89

2024 5.921,90 15.694,70 9.772,80 8.185,98 15.691,64 7.505,66 1.718,26 2,93 44,72

2025 6.322,93 16.829,64 10.506,70 8.535,51 16.826,07 8.290,56 2.016,30 3,37 56,53

A Fipe apresentou Minuta de Projeto de Lei que foi amplamente debatida em diversas

reuniões entre as equipes técnicas da PMSP e da Fipe, que engloba todos os pontos

tratados neste relatório e que, atualmente está sob análise das instâncias jurídicas da

PMSP.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 81

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7. ANÁLISE NA NOVA REDAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 621/2016

Na presente subseção analisaremos alguns pontos específicos nos quais propomos

aprimoramentos do Projeto de Lei apresentado à Câmara Municipal de São Paulo em

dezembro de 2017. Inicialmente, conforme citado no relatório anterior, reafirmamos que

se trata de uma proposição inovadora e com grande abrangência, que busca enfrentar os

principais problemas do regime próprio de previdência social dos servidores do

Município de São Paulo.

Da Forma de Financiamento do RPPS

No art. 5º, que trata da base de cálculo das contribuições dos servidores, entendemos que

seria importe citar como excluídas da base de cálculo o adicional de um terço de férias e

as horas-extra. Há ampla jurisprudência sobre isso. Além do que a não citação explicita

pode levar à judicialização no sentido de hora-extra no valor do benefício, inclusive

aquelas eventualmente realizadas e não pagas.

No parágrafo 2º do art. 5º seria importante explicitar que se o servidor resolver contribuir

sobre cargos em comissão, gratificações e adicionais que não fazem parte da base de

contribuição para o RPPS, não haverá contrapartida patronal e que essa parcela do

benefício será calculada pela média das 80% maiores contribuições, proporcional ao

tempo de contribuição. Entendemos que seria mais apropriado que fosse considerado um

benefício especial, para não criar riscos jurídicos.

No Art. 6º está faltando a previsão de que a contribuição do aposentado e pensionista

aposentado for portador de doença incapacitante será sobre o que exceder duas vezes o

teto do RGPS, conforme determina a Constituição Federal (CF), no art. 40, parágrafo 21.

No art. 9º não foi definida a alíquota normal de contribuição do município, mas apenas o

seu piso. Imaginamos que a ideia seria definir a alíquota por decreto, mas entendemos

que se for esse o objetivo, precisa ficar explicito. Todavia, alertamos que todas as

avaliações atuariais foram feitas com a alíquota equivalente a duas vezes a dos servidores,

aposentados e pensionistas. Portanto, em 28%. Considerarmos que politicamente dá mais

força ao projeto, pois mostra que se o servidor está tendo sua alíquota majorada em 3%

(de 11% para 14%), o município (aqui entendido o munícipe) terá sua alíquota ampliada

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 82

CI 5133 74

em 6%. Além disso, a alíquota patronal maior é uma espécie de DRU previdenciária

fazendo com que os diversos órgãos e poderes do Município auxiliem no esforço de

equacionamento do déficit previdenciário, ao invés de continuar pagando com recursos

livres do tesouro municipal a título de insuficiência financeira. Ademais, a alíquota

patronal maior no fundo previdenciário facilitará o processo de transferência de vidas do

fundo financeiro (mecanismo que foi devidamente explicado no relatório 4), ajudando a

reduzir substancialmente o custo de transição.

No parágrafo 1º do art. 9º repete-se a redação de um sistema em que a insuficiência

financeira é a regra. Lembramos que no novo modelo não deve haver insuficiência

financeira. Isso só ocorrerá durante os primeiros meses de implantação do novo modelo

e, eventualmente, se ocorrer alguma situação muito séria e imprevista de falta de liquidez

do Funprev ou erro de cálculo da alíquota suplementar do Finan. Portanto, sugerimos que

a redação seja ajustada.

Sugerimos excluir o parágrafo 2º do art. 9º pelo mesmo motivo já tratado, tendo em vista

que os órgãos devem arcar com a cobertura do déficit via alíquota suplementar (adicional)

e não cobertura de insuficiência financeira.

No art. 14, havíamos sugerido que os servidores que aderirem à previdência

complementar seriam automaticamente transferidos do Plano Financeiro para o Plano

Previdenciário. Isto está vinculado à lógica de que quem está na previdência

complementar tem um custo atuarial menor. Fizemos todos os cálculos utilizando essa

premissa. Mesmo com a adesão de uma grande parte dos servidores que ganham acima

do teto do RGPS e que não têm integralidade e paridade, o Funprev ficará superavitário,

estando, portanto, apto a receber um número considerável de vidas do Finan. Logo, não

vemos nenhum motivo para deixá-los exclusiva e compulsoriamente no Plano Financeiro.

Na verdade, isso desestimulará a adesão, visto que o fato de não pagar alíquota

suplementar seria um dos principais atrativos para a adesão à previdência complementar.

Esclarecemos em relação ao parágrafo 1º do art. 15, que não há nenhum problema em

relação à Portaria nº 403 do MPS, nem em relação às boas práticas atuariais, a previsão

de compras de vidas do Finan pelo Funprev. Pelo contrário, trata-se de uma medida

saudável e sustentável de redução do passivo atuarial e de transferência dos servidores,

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aposentados e pensionistas de um sistema com dívida não fundada para outro equilibrado

financeira e atuarialmente. Aliás, esse é o ponto central do modelo que reestruturação que

propomos. É exatamente o oposto do que vários Estados e o Distrito Federal fizeram

recentemente e que a Secretaria de Previdência considerou irregular e retirou o CRP

daqueles entes. O que eles fizeram foi transferir vidas do fundo capitalizado para o fundo

financeiro, com o objetivo de desfazer a capitalização e deixar todos em um regime sem

segurança financeira, com o intuito exclusivo de liberar o saldo do fundo previdenciário.

Todavia, no parágrafo 1º, do art. 15, foi retirada a regra que definia que a transferência de

vidas seria por ordem inversa de idade. Consideramos isso temerário. Em primeiro lugar,

quanto mais idoso o servidor a ser transferido, menor o custo atuarial e maior o impacto

financeiro de curto prazo no Funprev. Portanto, mais impacto terá para a redução do custo

atuarial de transição da segregação de massas. Em segundo lugar, quem for para o

Funprev não pagará alíquota suplementar, o que levará a judicialização se não houver um

critério objetivo em lei. Ademais, o Estatuto do Idoso nos dá cobertura para utilizar esse

critério.

Do Equacionamento do Déficit

O Parágrafo 2º do art. 23 trata do mesmo problema da regra de transferência de vidas que

já comentamos referente ao parágrafo 1º, do art. 15. Entendemos que a regra de idade

deve ser citada em ambos.

Os parágrafos 3º e 4º nos parecem inadequados. Concordamos com a avaliação da

Procuradoria de que estamos transferindo recursos do fundo capitalizado para o fundo de

repartição simples o que fere tanto a Portaria nº 403, quanto as boas práticas de equilíbrio

financeiro e atuarial. Alertamos que propusemos, por segurança, no art. 27, que enquanto

o fluxo livre da dívida ativa não fosse efetivamente transferido para o Funprev, seus

recursos seriam utilizados no Finan. No entanto, o que está definido nesses parágrafos

não é a mesma coisa. Ademais, entendemos que a transferência dos ativos deve estar

casada com a transferência de vidas, o que evitará que um determinado recurso fique “sem

uso” no Funprev. Portanto, propomos a exclusão desses parágrafos e o ajuste do art. 27.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 84

CI 5133 76

No artigo 24 está faltando o “e” entre segurados e órgãos e entidades da administração

pública municipal. Isso poderá levar à interpretação de que a alíquota suplementar é

apenas para o servidor. Além de ficar incoerente com o Anexo I, que apresenta alíquotas

suplementares para ambos, teria um efeito político negativo, além de se perder um

importante instrumento de desvinculação de receitas para direcioná-las para a cobertura

do déficit financeiro da previdência.

O Art. 26 dá a impressão que o Prefeito pode modificar a alíquota livremente, desde que

seja para menor. Além disso, a redação “forma de cobrança” dá a impressão que poderá

inclusive modificar a progressividade e a base de contribuição. Entendemos que essa

redação não está adequada. A ideia original era permitir que a alíquota suplementar

patronal fosse modificada livremente para poder se ajustar às reais necessidades de

complementação do pagamento de benefícios dos segurados. Estimamos as alíquotas

suplementares patronais com base na avalição atuarial que tem uma certa margem de erro

em função de reajustes salariais, decisões de antecipar ou adiar aposentadorias, bem como

deficiências e imprecisões na base de dados. Portanto, entendemos que se faz necessário

esse instrumento. Da mesma forma, com a melhoria da qualidade do gasto, com a

aprovação em algum momento da reforma previdenciária e com o aporte de ativos, o

passivo atuarial irá diminuir e, consequentemente, tanto a alíquota suplementar patronal

quanto dos servidores poderá ser reduzida. Nesses casos, para estimular os servidores a

defenderem essas medidas, propusemos que a redução das alíquotas fosse proporcional.

Eram esses os dois objetivos que deveriam estar contemplados no citado parágrafo.

Portanto, sugerimos o ajuste, preferencialmente transformando em dois parágrafos.

Em relação ao art. 27, a procuradoria apresentou uma preocupação com o

descumprimento do art. 167, inciso IV da CF, que veda a destinação de receita tributária.

Em primeiro lugar entendemos o fluxo livre da dívida ativa é um ativo do ente e não uma

receita tributária, muito embora tenha essa origem. Inclusive contabilmente essa receita é

contabilizada na conta de “outras receitas correntes” e não como “receitas tributárias”.

Porém, a principal base para essa vinculação está no art. 249 da CF que estabelece que

“Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria

e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 85

CI 5133 77

recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por

bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza

e administração desses fundos”. A dívida ativa é um direito do Município. A CF fala em

direito de qualquer natureza. Portanto, entendemos que há amparo constitucional para a

vinculação do fluxo livre da dívida ativa. Vários entes já fizeram essa vinculação à

previdência, como é o caso do Estado do Rio de Janeiro. Outros fizeram vinculação a

fundos especiais, como é o caso dos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Piauí. Por

tudo isso, entendemos que não há qualquer restrição ou vedação à destinação do fluxo

livre da dívida ativa para a constituição e capitalização de fundos para custear o RRPS do

Município de São Paulo.

Da Criação do Regime de Previdência Complementar

O inciso II, do caput do art. 30 limita a adesão ao Regime de Previdência Complementar

(RPC) aos servidores que tenham ingressado no município após a vigência da Emenda

Constitucional nº 41, de 2003. Em primeiro lugar, se havia a intenção de restringir o

ingresso no RPC a quem tem o direito à integralidade e à paridade, essa redação está

equivocada, visto que se um servidor público de outro ente federativo que tenha

ingressado naquele ente até 2003, tiver feito concurso público para o Município de São

Paulo e tenha ingressado no Município a partir de 2004, ele mantém o direito à

integralidade e à paridade. Porém, a principal crítica a essa restrição é que o maior ganho

que o Município teria com a adesão ao RPC seria justamente daqueles servidores que têm

direito à integralidade e paridade, visto que eles passarão a ter seu benefício limitado ao

teto do RPPS, ao invés de se aposentarem com o último salário. Os que ingressaram

depois teriam um benefício maior que o teto, porém inferior ao último salário, já que seu

benefício seria calculado pela média das 80% maiores contribuições.

Porém, na nossa visão, há duas grandes perdas com essa limitação: (i) a maior delas é que

se perde o argumento tanto político quanto jurídico de que a alíquota suplementar

(adicional) é opcional para os servidores ativos, visto que quem aderir ao RPC não a

pagará. Além disso, gradativamente os aposentados migrarão para o Funprev, deixando

de pagar essa alíquota. A segunda perda é que todos aqueles que tenham sido contratados

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 86

CI 5133 78

antes da Emenda 41/2003 ou que tenham ingressado depois dela, porém com direito à

integralidade e à paridade e que temerosos com novas rodadas de mudanças das regras

previdenciárias teriam propensão a migrar de sistema estarão pela força do texto legal

impedidos de fazê-lo, o que é em equivoco sob a ótica fiscal e uma aberração em termos

de lógica do que foi concebido (ampla liberdade com incentivos adequados).

A argumentação da alíquota suplementar (adicional), conforme descrevemos no Relatório

4, diferenciando do que fez a União é que: (i) faz parte de um plano do equacionamento

do déficit financeiro e atuarial; (ii) tem lógica contributiva e atuarial, visto que só paga

quem está no fundo que tem déficit e é maior para aqueles que se beneficiam mais da

integralidade e paridade, que é responsável por grande parte do déficit; (iii) o Município

reconhece sua responsabilidade na situação deficitária, tanto que está arcando com a

maior parte do passivo atuarial, tanto com o aporte de ativos, quanto com uma alíquota

patronal e suplementar muito maior que a do servidor; e (iv) a alíquota suplementar

(adicional) é temporária porque junto com ela o município está implantando um conjunto

de medidas que reduzirão o passivo atuarial.

No parágrafo 4º do art. 41 está definido que o município custeará até 50% do seguro para

invalidez e morte do segurado. Havíamos sugerido que fosse exatamente 50%, tendo em

vista a previsão do parágrafo 8º do mesmo artigo de que se o servidor desejar uma

cobertura maior ele arcará sozinho. Entendemos que a preocupação seria em não ter um

custo surpreendentemente elevado. Isso não ocorrerá tendo em vista que o regulamento

definirá qual será a cobertura mínima. Já que o parágrafo 5º do mesmo artigo define um

limite máximo de custo do Município, não há qualquer risco. O controle se dará pelo

tamanho da cobertura. Portanto, sugerimos que se mantenha a divisão meio a meio, pois

além de ser politicamente e tecnicamente mais adequada, evita riscos de judicialização.

O mesmo argumento vale para o parágrafo 5º do art. 41. Todavia, como o seguro será

pago com uma parcela do montante capitalizado, naturalmente será meio a meio, a não

ser que o servidor faça contribuição adicional individual. Levando isso em conta,

sugerimos que seja retirada qualquer menção a distribuição do valor da cobertura de

longevidade, já que está claro que será um percentual do valor capitalizado na conta de

cada participante.

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Em função do exposto acerca do parágrafo 5º do art. 41, sugerimos retirar a menção a

esse parágrafo no parágrafo 6º do art. 41, que define limite de contribuição do município

para o seguro.

Disposições Finais

O art. 125, que na última versão que recebemos passou a ser o art. 123 define que o

município de São Paulo pode receber imóveis do Iprem em troca de pagamento da

insuficiência financeira. Isso nos parece estar em contradição com toda a lógica do projeto

de lei. Enquanto cria-se um conjunto de mecanismos para equacionar o passivo atuarial,

nesse artigo volta-se ao sistema antigo em que o município banca a insuficiência

financeira e, portanto, não há nenhuma necessidade do RPPS ter ativos para cobrir suas

obrigações futuras. Diante disso, sugerimos excluir ou modificar esse artigo.

7.1 SUGESTÕES ADICIONAIS AO PROJETO DE LEI Nº 621/2016

Caso o Município esteja disposto a fazer algumas concessões para ampliar o apoio ao

projeto de lei, sugerimos alguns pontos que, na nossa avaliação não comprometeriam o

projeto nem o plano de equacionamento do déficit financeiro e atuarial.

Aumento no Aporte de Dívida Ativa

Poderia ser ampliada para 60% do fluxo livre da dívida ativa. Isso permitiria transferir

mais vidas para o Funprev e equacionar o passivo mais rapidamente. Não recomendamos

um percentual maior, visto que com a implementação futura das demais medidas pode

levar a um superávit atuarial.

Incentivo Maior para a Adesão

Dar um prêmio de adesão maior, equivalente a 15% sobre os salários de contribuição

desde o ingresso no município, corrigidos pela inflação (INPC ou IPCA). Seria

equivalente a uma adesão retroativa. Daria um valor maior, mas não teria impacto

financeiro de curto prazo, visto que esse valor seria creditado apenas contabilmente.

Apenas quando o servidor se aposentar ou falecer é que ocorreria o desembolso. Nossa

proposta é que o desembolso dessa parcela poderia ser transferido proporcionalmente ao

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valor efetivamente capitalizado na conta do participante. Poderia, em último caso, até ser

transferido apenas depois que o valor da conta acabar.

Maior Governança com Maior Participação dos Servidores da Gestão do Iprem

O Conselho Deliberativo poderia ser como o da Previ, sem voto minerva. Dessa forma,

não haveria possibilidade de os representantes do governo aprovarem algo sem consenso

com os representantes dos servidores. Isso evitou que a Previ tivesse o mesmo problema

de aplicações inadequadas que tiveram outros fundos de pensão como Postalis, Funcef e

Petros.

Na mesma linha sugerimos que dois membros da diretoria sejam eleitos pelos servidores

e que não haja voto de qualidade do conselho fiscal.

Ainda na linha de governança poderia ser incluída a previsão de haver um membro da

sociedade civil, com amplo conhecimento em previdência e mercado de capitais, tanto do

conselho deliberativo quanto do Conselho fiscal e do Comitê de investimentos. Isso

evitaria embates radicais sem solução, garantindo uma melhor governança, visto que

nenhum dos lados teria maioria no caso de disputa entre governo e servidores. Esse

representante seria escolhido pelo Conselho Deliberativo em processo seletivo, com

mandato.

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8. OS DESAFIOS TÉCNICOS DECORRENTES DE UMA EVENTUAL

APROVAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PROPOSTA

Visando garantir que esse novo modelo seja implementado com a efetividade necessária,

está sendo proposta uma ampla reestruturação do Iprem. Busca-se em primeiro lugar

garantir que a autarquia cumpra o parágrafo 20 do artigo 40 da Constituição Federal e

seja de fato a unidade gestora única do RPPS e execute todas as funções de concessão e

gestão de benefícios previdenciários. Em segundo lugar propomos um novo modelo de

organização do Iprem ampliando significativamente sua governança, com ênfase da

gestão orientada a resultados, transparência, profissionalismo, autonomia e participação

dos servidores na gestão.

No momento atual, faz-se necessário um apoio ao Município para esclarecer a sociedade

em geral e, em particular, os vereadores e os servidores, sobre a importância do projeto

de lei e sobre as mudanças que estão sendo propostas. Na mesma linha faz-se necessário

apoiar as diversas áreas da PMSP em eventuais ações judiciais, no sentido de comprovar

a importância econômica, a justiça social e a constitucionalidade das medidas propostas.

Com a aprovação do PL, o Município terá um grande desafio de implementar o amplo

conjunto de medidas inovadoras previstas, dentre elas a segregação de massas dinâmica,

que exigirá um acompanhamento atuarial constante; bem como a identificação,

valorização, aporte, contabilização e monetização de ativos.

Portanto, sem adentrar aqui em outras análises, as acima destacadas, por si só, indicam

realmente a necessidade e oportunidade da busca de apoio técnico para a implementação

de medidas que possam proporcionar maior conforto orçamentário e financeiro para o

RPPS e consequentemente para o Município de São Paulo. Trata-se de um grande desafio

à gestão Municipal. Com o intuito de indicar à Secretaria de Fazenda e aos demais órgãos

da Administração Pública Municipal envolvidos na questão previdenciária, apresenta-se

aqui, de forma abreviada e indicativa, o rol de desafios técnicos decorrentes de eventual

aprovação da proposta de Lei apresentada à Câmara Municipal de São Paulo.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 90

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Implementação da Segregação de Massas Dinâmica de Massas

Após a aprovação do PL nº 621/2016, será absolutamente crucial a implementação da

segregação de massas inicial e revisões dessa segregação, ao longo do primeiro ano, em

função do aporte de ativos. Apoio técnico e sucessivas rodadas de estudos atuariais serão

pontos críticos para uma bem-sucedida segregação.

Especificamente serão necessários os seguintes trabalhos técnicos permanentes:

acompanhamento da evolução das receitas e despesas dos fundos segregados;

recomendação da necessidade de novos estudos atuariais;

definições de regras e padrões de contabilização;

indicação de revisões das alíquotas suplementares patronais;

apoio técnico permanente a todos os órgãos envolvidos, em especial os órgãos de

controle.

Aporte de Ativos

O aporte de ativos previsto no Projeto de Lei encaminhado à Câmara Municipal consta

do artigo 17 que explicitamente determina que “Fica autorizado o aporte no Finan e no

Funprev de bens, direitos e ativos de que sejam titulares os Órgãos e Entidades vinculados

ao RPPS nos termos do artigo 249 da Constituição Federal, observados os critérios e

preceitos constantes no artigo 6º da Lei Federal nº 9.717/1998”.

Serão necessários, por conseguinte, procedimentos para a identificação, a valoração, o

aporte e a contabilização dos ativos do Município aportados no RPPS. Serão necessários

especificamente:

o levantamento das possibilidades de aportes de ativos financeiros e imobiliários

e outras medidas que poderão trazer impactos financeiros positivos nas despesas

correntes do Tesouro municipal e na redução do passivo atuarial;

a valoração dos ativos que tenham a decisão de serem aportados no RPPS;

orientações sobre o seu aporte e sua contabilização; e

proposição de regras de monetização dos ativos a serem aportados.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 91

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Monetização de Ativos

A monetização de ativos consiste na conversão de bens e recebíveis em ativos financeiros

de maior liquidez com rentabilização monetária compatível com o mercado de capitais,

de acordo com a conveniência e oportunidade, podendo ser alienação direta dos ativos no

todo ou em parte, venda de cotas, recebimento de aluguéis ou dividendos e securitização

de recebíveis futuros.

Esse processo certamente exigirá:

elaboração e apresentação de estudos e laudos de vocação dos ativos;

apresentação de estudos contendo a indicação do(s) melhor(es) instrumento(s) de

monetização dos ativos;

elaboração do instrumento de seleção da melhor proposta segundo as necessidades

do RPPS;

assessoramento para estruturação de operações de monetização dos ativos, por

intermédio de leilão; de fundos de investimentos (FII, FDIC, FIP, FIM e outros);

e, quando for o caso, criação de Sociedade de Propósito Específico com emissão

de debêntures, securitização; e outras medidas identificadas como necessárias; e

apresentação das operações ao mercado de capitais visando e captação de

investidores interessados.

Esse conjunto de desafios está longe de ser trivial, exigindo qualificação técnica,

empenho e dedicação da equipe responsável pela implementação do disposto na Lei e dos

órgãos direta e indiretamente envolvidos na implementação das inúmeras atividades.

São Paulo, 08 de março de 2018.

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ANEXO I: TABELAS COM FLUXOS ATUARIAIS

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 93

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Projeção dos Quantitativos de Servidores Ativos, Inativos e Pensionistas

Exercício

População

Geração Atual Geração Futura Geração Atual + Geração Futura

Ativos Aposentados e

Pensionistas Total Ativos

Aposentados e

Pensionistas Total Ativos

Aposentados e

Pensionistas Total

Relação Ativos/

Inativos

2017 111.711 96.676 208.387 21.666 21 21.687 133.377 96.697 230.074 1,38

2018 111.302 96.495 207.797 22.075 23 22.098 133.377 96.518 229.895 1,38

2019 110.856 96.247 207.103 22.521 25 22.546 133.377 96.272 229.649 1,39

2020 110.370 112.434 222.804 23.007 28 23.035 133.377 112.462 245.839 1,19

2021 106.159 119.077 225.236 27.218 31 27.249 133.377 119.108 252.485 1,12

2022 100.935 123.065 224.000 32.442 34 32.476 133.377 123.099 256.476 1,08

2023 96.200 126.428 222.628 37.177 37 37.214 133.377 126.465 259.842 1,05

2024 91.142 129.964 221.106 42.235 41 42.276 133.377 130.005 263.382 1,03

2025 85.877 133.552 219.429 47.500 45 47.545 133.377 133.597 266.974 1,00

2026 80.627 136.965 217.592 52.750 50 52.800 133.377 137.015 270.392 0,97

2027 75.195 140.393 215.588 58.182 54 58.236 133.377 140.447 273.824 0,95

2028 69.810 143.603 213.413 63.567 60 63.627 133.377 143.663 277.040 0,93

2029 64.725 146.335 211.060 68.652 66 68.718 133.377 146.401 279.778 0,91

2030 59.698 148.828 208.526 73.679 72 73.751 133.377 148.900 282.277 0,90

2031 54.954 150.855 205.809 78.423 80 78.503 133.377 150.935 284.312 0,88

2032 50.405 152.495 202.900 82.972 88 83.060 133.377 152.583 285.960 0,87

2033 45.761 154.037 199.798 87.616 96 87.712 133.377 154.133 287.510 0,87

2034 41.384 155.114 196.498 91.993 106 92.099 133.377 155.220 288.597 0,86

2035 36.877 156.122 192.999 96.500 117 96.617 133.377 156.239 289.616 0,85

2036 32.135 157.161 189.296 101.242 128 101.370 133.377 157.289 290.666 0,85

2037 27.356 158.037 185.393 106.021 141 106.162 133.377 158.178 291.555 0,84

2038 22.414 158.878 181.292 110.963 155 111.118 133.377 159.033 292.410 0,84

2039 17.701 159.298 176.999 115.676 171 115.847 133.377 159.469 292.846 0,84

2040 13.832 158.692 172.524 119.545 9.626 129.171 133.377 168.318 301.695 0,79

2041 11.029 156.851 167.880 122.348 9.807 132.155 133.377 166.658 300.035 0,80

2042 8.957 154.121 163.078 124.420 10.088 134.508 133.377 164.209 297.586 0,81

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 94

CI 5133 86

Exercício

População

Geração Atual Geração Futura Geração Atual + Geração Futura

Ativos Aposentados e

Pensionistas Total Ativos

Aposentados e

Pensionistas Total Ativos

Aposentados e

Pensionistas Total

Relação Ativos/

Inativos

2043 7.196 150.942 158.138 126.181 17.469 143.650 133.377 168.411 301.788 0,79

2044 5.661 147.416 153.077 127.716 19.594 147.310 133.377 167.010 300.387 0,80

2045 4.475 143.446 147.921 128.902 22.161 151.063 133.377 165.607 298.984 0,81

2046 3.521 139.170 142.691 129.856 24.755 154.611 133.377 163.925 297.302 0,81

2047 2.761 134.646 137.407 130.616 28.376 158.992 133.377 163.022 296.399 0,82

2048 2.126 129.961 132.087 131.251 35.144 166.395 133.377 165.105 298.482 0,81

2049 1.620 125.125 126.745 131.757 38.944 170.701 133.377 164.069 297.446 0,81

2050 1.259 120.139 121.398 132.118 43.242 175.360 133.377 163.381 296.758 0,82

2051 970 115.087 116.057 132.407 47.902 180.309 133.377 162.989 296.366 0,82

2052 741 109.994 110.735 132.636 52.953 185.589 133.377 162.947 296.324 0,82

2053 543 104.897 105.440 132.834 58.089 190.923 133.377 162.986 296.363 0,82

2054 344 99.843 100.187 133.033 62.851 195.884 133.377 162.694 296.071 0,82

2055 249 94.741 94.990 133.128 67.526 200.654 133.377 162.267 295.644 0,82

2056 190 89.671 89.861 133.187 72.390 205.577 133.377 162.061 295.438 0,82

2057 150 84.666 84.816 133.227 77.226 210.453 133.377 161.892 295.269 0,82

2058 92 79.779 79.871 133.285 82.128 215.413 133.377 161.907 295.284 0,82

2059 49 74.994 75.043 133.328 87.091 220.419 133.377 162.085 295.462 0,82

2060 16 70.329 70.345 133.361 91.920 225.281 133.377 162.249 295.626 0,82

2061 1 65.791 65.792 133.376 96.781 230.157 133.377 162.572 295.949 0,82

2062 1 61.391 61.392 133.376 101.541 234.917 133.377 162.932 296.309 0,82

2063 0 57.151 57.151 133.377 105.752 239.129 133.377 162.903 296.280 0,82

2064 0 53.069 53.069 133.377 116.446 249.823 133.377 169.515 302.892 0,79

2065 0 49.144 49.144 133.377 119.307 252.684 133.377 168.451 301.828 0,79

2066 0 45.369 45.369 133.377 121.732 255.109 133.377 167.101 300.478 0,80

2067 0 41.736 41.736 133.377 127.164 260.541 133.377 168.900 302.277 0,79

2068 0 38.237 38.237 133.377 130.300 263.677 133.377 168.537 301.914 0,79

2069 0 34.866 34.866 133.377 133.535 266.912 133.377 168.401 301.778 0,79

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 95

CI 5133 87

Exercício

População

Geração Atual Geração Futura Geração Atual + Geração Futura

Ativos Aposentados e

Pensionistas Total Ativos

Aposentados e

Pensionistas Total Ativos

Aposentados e

Pensionistas Total

Relação Ativos/

Inativos

2070 0 31.619 31.619 133.377 139.585 272.962 133.377 171.204 304.581 0,78

2071 0 28.498 28.498 133.377 142.685 276.062 133.377 171.183 304.560 0,78

2072 0 25.505 25.505 133.377 145.787 279.164 133.377 171.292 304.669 0,78

2073 0 22.650 22.650 133.377 148.413 281.790 133.377 171.063 304.440 0,78

2074 0 19.941 19.941 133.377 151.625 285.002 133.377 171.566 304.943 0,78

2075 0 17.393 17.393 133.377 158.004 291.381 133.377 175.397 308.774 0,76

2076 0 15.018 15.018 133.377 160.981 294.358 133.377 175.999 309.376 0,76

2077 0 12.828 12.828 133.377 163.680 297.057 133.377 176.508 309.885 0,76

2078 0 10.834 10.834 133.377 165.969 299.346 133.377 176.803 310.180 0,75

2079 0 9.043 9.043 133.377 168.421 301.798 133.377 177.464 310.841 0,75

2080 0 7.457 7.457 133.377 171.755 305.132 133.377 179.212 312.589 0,74

2081 0 6.076 6.076 133.377 173.651 307.028 133.377 179.727 313.104 0,74

2082 0 4.890 4.890 133.377 175.347 308.724 133.377 180.237 313.614 0,74

2083 0 3.890 3.890 133.377 177.007 310.384 133.377 180.897 314.274 0,74

2084 0 3.060 3.060 133.377 178.661 312.038 133.377 181.721 315.098 0,73

2085 0 2.381 2.381 133.377 180.267 313.644 133.377 182.648 316.025 0,73

2086 0 1.836 1.836 133.377 181.526 314.903 133.377 183.362 316.739 0,73

2087 0 1.404 1.404 133.377 182.140 315.517 133.377 183.544 316.921 0,73

2088 0 1.068 1.068 133.377 187.558 320.935 133.377 188.626 322.003 0,71

2089 0 808 808 133.377 186.933 320.310 133.377 187.741 321.118 0,71

2090 0 609 609 133.377 185.917 319.294 133.377 186.526 319.903 0,72

2091 0 459 459 133.377 187.976 321.353 133.377 188.435 321.812 0,71

Fonte: Vesting.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 96

CI 5133 88

CENÁRIO BASE

Simulação Base: 11% do servidor e 22% do Município Valores em R$ milhões

Exercício

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Déficit Custo Total para o Ente

Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura Geração

Atual

Geração

Futura Total Geração Atual + Geração Futura

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

sobre benefícios

acima do teto

COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total Total Total Total

Contribuição

Patronal Déficit

Total

11% 22% 11% 4,74% 22%

5,0% 22.146,71 44.293,42 10.766,21 11.877,50 89.083,83 209.010,03 35.766,68 244.776,71 148.566,16 7.126,79 155.692,88 44.293,42 155.692,88 199.986,30

2017 866,16 1.732,32 325,37 48,94 2.972,79 6.379,29 855,21 7.234,50 4.680,95 -419,23 4.261,72 1.732,32 4.261,72 5.994,03

2018 894,84 1.789,69 323,86 48,21 3.056,60 6.299,04 929,17 7.228,20 4.611,25 -439,65 4.171,61 1.789,69 4.171,61 5.961,29

2019 924,40 1.848,79 322,18 47,44 3.142,80 6.214,90 1.004,10 7.219,00 4.537,59 -461,39 4.076,20 1.848,79 4.076,20 5.924,99

2020 954,83 1.909,66 408,87 225,91 3.499,26 7.865,53 1.080,04 8.945,57 5.930,89 -484,57 5.446,31 1.909,66 5.446,31 7.355,97

2021 968,05 1.936,10 443,01 303,26 3.650,42 8.497,68 1.156,69 9.654,37 6.582,76 -578,81 6.003,95 1.936,10 6.003,95 7.940,05

2022 976,08 1.952,16 460,75 354,42 3.743,41 8.836,89 1.233,89 10.070,77 7.022,07 -694,71 6.327,37 1.952,16 6.327,37 8.279,52

2023 987,57 1.975,13 475,31 400,87 3.838,88 9.110,26 1.311,61 10.421,87 7.388,31 -805,31 6.583,00 1.975,13 6.583,00 8.558,13

2024 999,69 1.999,37 489,14 450,67 3.938,87 9.387,10 1.389,70 10.776,80 7.763,89 -925,96 6.837,93 1.999,37 6.837,93 8.837,30

2025 1.014,13 2.028,27 500,56 500,90 4.043,86 9.643,68 1.467,96 11.111,64 8.121,46 -1.053,68 7.067,78 2.028,27 7.067,78 9.096,05

2026 1.029,32 2.058,65 509,89 553,91 4.151,77 9.873,23 1.546,12 11.419,35 8.452,07 -1.184,49 7.267,58 2.058,65 7.267,58 9.326,23

2027 1.044,37 2.088,75 518,13 609,12 4.260,37 10.098,53 1.623,89 11.722,43 8.787,40 -1.325,33 7.462,06 2.088,75 7.462,06 9.550,81

2028 1.060,96 2.121,92 524,71 664,63 4.372,23 10.297,42 1.700,93 11.998,36 9.098,34 -1.472,22 7.626,12 2.121,92 7.626,12 9.748,05

2029 1.078,80 2.157,59 528,79 719,16 4.484,34 10.448,46 1.776,88 12.225,34 9.359,63 -1.618,62 7.741,00 2.157,59 7.741,00 9.898,60

2030 1.096,41 2.192,81 531,53 769,09 4.589,83 10.579,77 1.851,28 12.431,06 9.609,40 -1.768,18 7.841,22 2.192,81 7.841,22 10.034,04

2031 1.115,40 2.230,80 533,01 810,58 4.689,79 10.676,14 1.923,67 12.599,81 9.826,41 -1.916,40 7.910,02 2.230,80 7.910,02 10.140,82

2032 1.136,63 2.273,26 532,35 849,68 4.791,92 10.733,19 1.993,47 12.726,66 10.000,77 -2.066,02 7.934,74 2.273,26 7.934,74 10.208,00

2033 1.157,80 2.315,60 530,30 888,62 4.892,31 10.776,94 2.060,04 12.836,98 10.168,63 -2.223,96 7.944,66 2.315,60 7.944,66 10.260,27

2034 1.179,87 2.359,74 527,08 924,50 4.991,19 10.790,06 2.122,67 12.912,73 10.305,70 -2.384,16 7.921,54 2.359,74 7.921,54 10.281,28

2035 1.202,58 2.405,16 521,93 960,47 5.090,13 10.786,41 2.180,59 12.967,00 10.430,23 -2.553,36 7.876,87 2.405,16 7.876,87 10.282,03

2036 1.225,16 2.450,33 515,64 997,28 5.188,40 10.779,80 2.232,96 13.012,76 10.558,12 -2.733,77 7.824,35 2.450,33 7.824,35 10.274,68

2037 1.248,23 2.496,46 508,26 1.033,86 5.286,81 10.758,19 2.278,99 13.037,19 10.671,49 -2.921,12 7.750,37 2.496,46 7.750,37 10.246,83

2038 1.271,47 2.542,94 499,57 1.069,16 5.383,13 10.727,19 2.317,94 13.045,13 10.780,04 -3.118,05 7.662,00 2.542,94 7.662,00 10.204,93

2039 1.294,39 2.588,78 489,97 1.097,96 5.471,09 10.674,26 2.349,25 13.023,50 10.869,08 -3.316,66 7.552,41 2.588,78 7.552,41 10.141,19

2040 1.319,69 2.639,38 558,90 1.115,38 5.633,35 11.858,77 2.379,23 14.238,00 10.892,13 -2.287,47 8.604,65 2.639,38 8.604,65 11.244,03

2041 1.255,21 2.510,43 548,39 1.120,28 5.434,32 11.692,87 2.397,78 14.090,65 10.812,41 -2.156,08 8.656,33 2.510,43 8.656,33 11.166,76

2042 1.282,86 2.565,73 536,91 1.116,87 5.502,38 11.477,09 2.408,58 13.885,67 10.656,10 -2.272,81 8.383,29 2.565,73 8.383,29 10.949,02

2043 1.312,14 2.624,27 550,23 1.109,06 5.595,69 11.890,02 2.413,91 14.303,93 10.458,55 -1.750,30 8.708,24 2.624,27 8.708,24 11.332,51

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 97

CI 5133 89

Exercício

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Déficit Custo Total para o Ente

Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura Geração

Atual

Geração

Futura Total Geração Atual + Geração Futura

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

sobre benefícios

acima do teto

COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total Total Total Total

Contribuição

Patronal Déficit

Total

11% 22% 11% 4,74% 22%

5,0% 22.146,71 44.293,42 10.766,21 11.877,50 89.083,83 209.010,03 35.766,68 244.776,71 148.566,16 7.126,79 155.692,88 44.293,42 155.692,88 199.986,30

2044 1.300,63 2.601,26 554,03 1.097,16 5.553,09 11.882,41 2.412,96 14.295,37 10.227,96 -1.485,68 8.742,28 2.601,26 8.742,28 11.343,54

2045 1.312,64 2.625,28 560,79 1.080,24 5.578,95 11.908,77 2.406,41 14.315,19 9.961,07 -1.224,84 8.736,23 2.625,28 8.736,23 11.361,51

2046 1.321,33 2.642,66 565,23 1.059,37 5.588,59 11.901,37 2.394,87 14.296,24 9.669,20 -961,55 8.707,65 2.642,66 8.707,65 11.350,31

2047 1.332,47 2.664,94 573,61 1.034,97 5.605,99 11.979,99 2.379,16 14.359,15 9.354,80 -601,64 8.753,16 2.664,94 8.753,16 11.418,10

2048 1.337,99 2.675,98 592,09 1.007,70 5.613,75 12.328,67 2.360,94 14.689,61 9.022,12 53,74 9.075,86 2.675,98 9.075,86 11.751,83

2049 1.322,91 2.645,81 600,19 977,81 5.546,72 12.396,22 2.339,55 14.735,77 8.677,00 512,05 9.189,05 2.645,81 9.189,05 11.834,86

2050 1.328,92 2.657,85 611,31 945,51 5.543,58 12.513,28 2.315,44 14.828,72 8.316,53 968,60 9.285,14 2.657,85 9.285,14 11.942,98

2051 1.330,82 2.661,65 623,98 911,03 5.527,48 12.662,81 2.289,02 14.951,83 7.951,64 1.472,71 9.424,36 2.661,65 9.424,36 12.086,00

2052 1.330,94 2.661,88 637,09 874,53 5.504,43 12.836,42 2.260,84 15.097,26 7.580,29 2.012,53 9.592,82 2.661,88 9.592,82 12.254,70

2053 1.329,18 2.658,36 651,28 836,42 5.475,23 13.023,22 2.231,41 15.254,63 7.207,30 2.572,10 9.779,40 2.658,36 9.779,40 12.437,76

2054 1.326,01 2.652,03 663,30 797,03 5.438,38 13.167,72 2.201,19 15.368,90 6.836,99 3.093,53 9.930,52 2.652,03 9.930,52 12.582,55

2055 1.326,91 2.653,82 674,52 756,57 5.411,83 13.295,34 2.170,85 15.466,19 6.461,62 3.592,75 10.054,37 2.653,82 10.054,37 12.708,19

2056 1.328,78 2.657,56 688,08 715,43 5.389,85 13.454,39 2.141,37 15.595,76 6.090,49 4.115,42 10.205,91 2.657,56 10.205,91 12.863,47

2057 1.328,82 2.657,64 701,73 673,88 5.362,08 13.611,71 2.113,76 15.725,47 5.722,08 4.641,31 10.363,39 2.657,64 10.363,39 13.021,03

2058 1.328,94 2.657,87 717,07 632,33 5.336,21 13.789,50 2.089,10 15.878,60 5.364,57 5.177,82 10.542,39 2.657,87 10.542,39 13.200,26

2059 1.327,98 2.655,95 734,24 591,03 5.309,20 13.987,15 2.068,57 16.055,71 5.016,57 5.729,94 10.746,51 2.655,95 10.746,51 13.402,46

2060 1.325,86 2.651,73 751,61 550,32 5.279,52 14.178,03 2.053,26 16.231,29 4.679,96 6.271,80 10.951,76 2.651,73 10.951,76 13.603,49

2061 1.324,65 2.649,31 770,61 510,48 5.255,06 14.384,88 2.044,25 16.429,13 4.355,60 6.818,48 11.174,08 2.649,31 11.174,08 13.823,39

2062 1.322,63 2.645,26 789,78 471,77 5.229,44 14.586,18 2.042,38 16.628,56 4.044,32 7.354,80 11.399,13 2.645,26 11.399,13 14.044,39

2063 1.321,31 2.642,62 805,20 434,39 5.203,51 14.719,98 2.048,09 16.768,08 3.747,68 7.816,89 11.564,57 2.642,62 11.564,57 14.207,19

2064 1.325,50 2.651,00 876,71 398,48 5.251,69 15.752,34 2.063,53 17.815,86 3.465,48 9.098,70 12.564,18 2.651,00 12.564,18 15.215,18

2065 1.264,47 2.528,94 882,29 364,12 5.039,82 15.711,95 2.086,78 17.798,74 3.197,34 9.561,59 12.758,92 2.528,94 12.758,92 15.287,86

2066 1.280,39 2.560,79 885,49 331,34 5.058,01 15.623,15 2.117,71 17.740,87 2.942,45 9.740,41 12.682,86 2.560,79 12.682,86 15.243,65

2067 1.300,57 2.601,13 911,97 300,13 5.113,80 15.925,34 2.157,16 18.082,50 2.699,84 10.268,86 12.968,70 2.601,13 12.968,70 15.569,84

2068 1.295,66 2.591,33 924,26 270,46 5.081,72 15.959,38 2.203,93 18.163,31 2.468,45 10.613,14 13.081,59 2.591,33 13.081,59 15.672,92

2069 1.306,38 2.612,77 938,64 242,32 5.100,11 16.017,85 2.257,58 18.275,43 2.247,35 10.927,97 13.175,32 2.612,77 13.175,32 15.788,09

2070 1.315,23 2.630,47 958,00 215,68 5.119,39 16.289,95 2.318,18 18.608,13 2.035,83 11.452,91 13.488,74 2.630,47 13.488,74 16.119,21

2071 1.311,31 2.622,62 973,06 190,54 5.097,53 16.346,25 2.384,71 18.730,95 1.833,41 11.800,02 13.633,43 2.622,62 13.633,43 16.256,05

2072 1.319,48 2.638,95 988,45 166,92 5.113,80 16.407,33 2.456,57 18.863,90 1.639,97 12.110,13 13.750,11 2.638,95 13.750,11 16.389,06

2073 1.326,83 2.653,65 1.001,77 144,86 5.127,10 16.424,84 2.533,02 18.957,86 1.455,68 12.375,08 13.830,76 2.653,65 13.830,76 16.484,41

2074 1.336,85 2.673,70 1.018,06 124,41 5.153,02 16.510,04 2.613,18 19.123,22 1.280,97 12.689,23 13.970,20 2.673,70 13.970,20 16.643,90

2075 1.341,63 2.683,25 1.042,56 105,63 5.173,07 16.866,74 2.697,13 19.563,87 1.116,47 13.274,32 14.390,79 2.683,25 14.390,79 17.074,05

2076 1.326,53 2.653,06 1.057,55 88,56 5.125,69 16.942,33 2.782,64 19.724,96 962,93 13.636,34 14.599,27 2.653,06 14.599,27 17.252,33

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 98

CI 5133 90

Exercício

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Déficit Custo Total para o Ente

Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura Geração

Atual

Geração

Futura Total Geração Atual + Geração Futura

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

sobre benefícios

acima do teto

COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total Total Total Total

Contribuição

Patronal Déficit

Total

11% 22% 11% 4,74% 22%

5,0% 22.146,71 44.293,42 10.766,21 11.877,50 89.083,83 209.010,03 35.766,68 244.776,71 148.566,16 7.126,79 155.692,88 44.293,42 155.692,88 199.986,30

2077 1.329,95 2.659,90 1.072,48 73,23 5.135,57 17.013,51 2.868,38 19.881,89 821,12 13.925,20 14.746,32 2.659,90 14.746,32 17.406,23

2078 1.332,80 2.665,59 1.084,89 59,67 5.142,95 17.052,36 2.952,51 20.004,86 691,74 14.170,18 14.861,91 2.665,59 14.861,91 17.527,51

2079 1.337,41 2.674,81 1.096,58 47,86 5.156,66 17.112,01 3.033,58 20.145,60 575,29 14.413,65 14.988,94 2.674,81 14.988,94 17.663,75

2080 1.339,89 2.679,78 1.112,04 37,75 5.169,46 17.278,44 3.110,59 20.389,03 472,03 14.747,53 15.219,57 2.679,78 15.219,57 17.899,35

2081 1.333,34 2.666,68 1.122,35 29,25 5.151,62 17.332,09 3.180,77 20.512,86 381,93 14.979,30 15.361,24 2.666,68 15.361,24 18.027,92

2082 1.334,33 2.668,65 1.132,37 22,24 5.157,59 17.391,06 3.243,64 20.634,69 304,59 15.172,51 15.477,11 2.668,65 15.477,11 18.145,76

2083 1.334,22 2.668,43 1.142,58 16,58 5.161,81 17.466,75 3.298,89 20.765,64 239,37 15.364,46 15.603,84 2.668,43 15.603,84 18.272,27

2084 1.332,29 2.664,58 1.152,27 12,12 5.161,26 17.551,97 3.349,82 20.901,79 185,34 15.555,20 15.740,54 2.664,58 15.740,54 18.405,12

2085 1.329,35 2.658,70 1.162,20 8,67 5.158,92 17.649,61 3.397,61 21.047,22 141,41 15.746,89 15.888,30 2.658,70 15.888,30 18.547,01

2086 1.325,02 2.650,03 1.170,75 6,06 5.151,86 17.726,04 3.442,07 21.168,11 106,36 15.909,90 16.016,26 2.650,03 16.016,26 18.666,29

2087 1.321,79 2.643,58 1.174,76 4,15 5.144,27 17.733,47 3.482,51 21.215,98 78,91 15.992,80 16.071,71 2.643,58 16.071,71 18.715,28

2088 1.323,35 2.646,70 1.221,54 2,77 5.194,37 18.427,71 3.520,35 21.948,05 57,82 16.695,87 16.753,68 2.646,70 16.753,68 19.400,39

2089 1.273,57 2.547,14 1.215,28 1,81 5.037,80 18.283,60 3.554,29 21.837,89 41,88 16.758,21 16.800,10 2.547,14 16.800,10 19.347,24

2090 1.284,35 2.568,70 1.205,65 1,15 5.059,86 18.093,19 3.584,34 21.677,53 30,04 16.587,63 16.617,67 2.568,70 16.617,67 19.186,37

2091 1.298,76 2.597,51 1.220,15 0,71 5.117,14 18.313,30 3.611,51 21.924,80 21,37 16.786,30 16.807,67 2.597,51 16.807,67 19.405,18

2092 1.313,32 2.626,65 1.234,83 0,44 5.175,06 18.536,09 3.638,87 22.174,90 15,20 16.987,34 16.999,84 2.626,65 16.999,84 19.626,48

Fonte: Vesting. O déficit atuarial foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 99

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CENÁRIO: Repartição Simples com Previdência Complementar

Simulação Base: 11% do servidor e 22% do Município Valores em R$ milhões

Exercício

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Necessidade

de Repasses

para

cobertura da

Insuficiência

Financeira

Custo

Atuarial de

Transição

Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura

Contribuição do

Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição sobre

Aposentadorias e

Pensões acima do teto

COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total

11% 22% 11% 5,31%

5,0% 18.508,62 37.017,25 7.793,73 11.358,50 74.678,10 181.093,78 32.873,07 213.966,85 139.288,75 -16.775,53

2017 860,93 1.721,86 325,37 48,94 2.957,10 6.379,27 855,18 7.234,45 4.277,36 9,22

2018 886,32 1.772,64 323,86 48,21 3.031,03 6.299,01 929,14 7.228,15 4.197,12 15,05

2019 912,41 1.824,82 322,18 47,44 3.106,85 6.214,87 1.004,07 7.218,94 4.112,10 21,19

2020 939,20 1.878,39 408,87 225,91 3.452,36 7.865,51 1.080,00 8.945,51 5.493,15 27,65

2021 948,17 1.896,35 443,01 303,26 3.590,79 8.497,65 1.156,65 9.654,30 6.063,51 35,17

2022 951,00 1.901,99 460,75 354,42 3.668,16 8.836,85 1.233,85 10.070,70 6.402,54 44,39

2023 956,33 1.912,66 475,31 400,87 3.745,17 9.110,23 1.311,57 10.421,80 6.676,63 55,30

2024 961,19 1.922,38 489,14 450,67 3.823,38 9.387,06 1.389,66 10.776,71 6.953,33 68,16

2025 967,35 1.934,69 500,56 500,90 3.903,50 9.643,63 1.467,91 11.111,55 7.208,05 82,85

2026 973,22 1.946,43 509,89 553,91 3.983,44 9.873,18 1.546,07 11.419,25 7.435,81 99,37

2027 977,81 1.955,62 518,13 609,12 4.060,68 10.098,48 1.623,84 11.722,32 7.661,64 117,89

2028 982,63 1.965,27 524,71 664,63 4.137,24 10.297,37 1.700,88 11.998,24 7.861,00 138,74

2029 987,42 1.974,85 528,79 719,16 4.210,22 10.448,40 1.776,82 12.225,21 8.015,00 161,86

2030 990,78 1.981,55 531,53 769,09 4.272,94 10.579,70 1.851,22 12.430,92 8.157,98 187,12

2031 994,17 1.988,34 533,01 810,58 4.326,10 10.676,06 1.923,60 12.599,66 8.273,56 214,76

2032 997,99 1.995,98 532,35 849,68 4.375,99 10.733,11 1.993,40 12.726,50 8.350,51 245,62

2033 1.000,30 2.000,60 530,29 888,62 4.419,81 10.776,84 2.059,96 12.836,80 8.416,99 279,03

2034 1.002,02 2.004,03 527,08 924,50 4.457,63 10.789,95 2.122,59 12.912,54 8.454,91 315,10

2035 1.002,44 2.004,87 521,93 960,47 4.489,70 10.786,30 2.180,50 12.966,80 8.477,09 354,59

2036 1.000,22 2.000,44 515,63 997,28 4.513,57 10.779,67 2.232,86 13.012,53 8.498,96 398,54

2037 996,50 1.993,01 508,26 1.033,86 4.531,63 10.758,05 2.278,89 13.036,94 8.505,31 446,00

2038 990,97 1.981,94 499,57 1.069,16 4.541,64 10.727,03 2.317,83 13.044,87 8.503,22 496,98

2039 983,11 1.966,21 489,97 1.097,96 4.537,25 10.674,09 2.349,13 13.023,21 8.485,97 551,53

2040 975,54 1.951,08 479,25 1.115,38 4.521,26 11.121,89 2.377,69 13.499,58 8.978,33 -48,69

2041 969,65 1.939,31 467,21 1.120,28 4.496,45 10.943,50 2.394,55 13.338,05 8.841,60 -165,19

2042 965,40 1.930,80 454,06 1.116,87 4.467,14 10.714,19 2.403,48 13.117,68 8.650,54 -122,37

2043 961,33 1.922,66 439,92 1.109,06 4.432,96 10.869,28 2.406,00 13.275,28 8.842,32 -296,46

2044 946,09 1.892,18 425,05 1.097,16 4.360,48 10.692,24 2.401,61 13.093,86 8.733,38 -444,02

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 100

CI 5133 92

Exercício

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Necessidade

de Repasses

para

cobertura da

Insuficiência

Financeira

Custo

Atuarial de

Transição

Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura

Contribuição do

Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição sobre

Aposentadorias e

Pensões acima do teto

COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total

11% 22% 11% 5,31%

5,0% 18.508,62 37.017,25 7.793,73 11.358,50 74.678,10 181.093,78 32.873,07 213.966,85 139.288,75 -16.775,53

2045 943,82 1.887,63 409,29 1.080,24 4.320,98 10.514,29 2.390,89 12.905,19 8.584,21 -604,67

2046 942,04 1.884,09 393,04 1.059,37 4.278,54 10.320,00 2.374,39 12.694,39 8.415,85 -757,29

2047 940,06 1.880,12 376,21 1.034,97 4.231,36 10.170,19 2.352,74 12.522,93 8.291,56 -943,19

2048 937,39 1.874,77 358,95 1.007,70 4.178,81 10.191,46 2.327,12 12.518,57 8.339,76 -1.227,74

2049 927,14 1.854,28 341,56 977,81 4.100,79 10.030,32 2.297,12 12.327,44 8.226,65 -1.448,11

2050 925,66 1.851,33 323,85 945,51 4.046,35 9.889,09 2.263,06 12.152,15 8.105,80 -1.674,24

2051 923,91 1.847,81 306,12 911,03 3.988,87 9.767,02 2.225,20 11.992,23 8.003,36 -1.920,40

2052 922,27 1.844,55 288,25 874,53 3.929,60 9.664,79 2.183,94 11.848,73 7.919,13 -2.175,24

2053 919,72 1.839,44 270,43 836,42 3.866,00 9.568,14 2.139,65 11.707,79 7.841,79 -2.440,13

2054 917,26 1.834,51 252,81 797,03 3.801,61 9.453,06 2.092,69 11.545,76 7.744,14 -2.688,03

2055 916,22 1.832,44 235,31 756,57 3.740,54 9.331,82 2.043,66 11.375,48 7.634,94 -2.923,46

2056 915,21 1.830,41 218,28 715,43 3.679,33 9.226,75 1.993,33 11.220,08 7.540,75 -3.172,73

2057 914,83 1.829,66 201,54 673,88 3.619,91 9.124,18 1.942,56 11.066,74 7.446,83 -3.424,64

2058 914,54 1.829,08 185,44 632,33 3.561,39 9.034,89 1.892,32 10.927,20 7.365,81 -3.685,16

2059 914,43 1.828,86 170,03 591,03 3.504,36 8.957,57 1.843,62 10.801,19 7.296,83 -3.957,21

2060 914,78 1.829,57 155,41 550,32 3.450,08 8.881,79 1.797,48 10.679,27 7.229,19 -4.227,08

2061 915,67 1.831,33 141,66 510,48 3.399,13 8.817,83 1.754,80 10.572,63 7.173,50 -4.502,52

2062 916,82 1.833,63 128,82 471,77 3.351,03 8.758,26 1.716,31 10.474,56 7.123,53 -4.773,64

2063 917,81 1.835,63 116,91 434,39 3.304,74 8.677,59 1.682,38 10.359,97 7.055,23 -5.004,54

2064 918,95 1.837,90 105,93 398,48 3.261,25 8.988,42 1.654,04 10.642,47 7.381,22 -5.681,91

2065 920,14 1.840,29 95,84 364,12 3.220,39 8.848,86 1.630,42 10.479,28 7.258,89 -5.922,61

2066 921,70 1.843,40 86,59 331,34 3.183,03 8.693,92 1.611,30 10.305,22 7.122,20 -6.000,88

2067 923,37 1.846,74 78,10 300,13 3.148,34 8.724,67 1.596,85 10.321,51 7.173,17 -6.258,45

2068 924,97 1.849,95 70,31 270,46 3.115,69 8.629,49 1.586,24 10.215,74 7.100,04 -6.436,49

2069 926,39 1.852,79 63,12 242,32 3.084,62 8.548,66 1.579,05 10.127,71 7.043,09 -6.598,58

2070 927,92 1.855,84 56,47 215,68 3.055,91 8.640,28 1.575,34 10.215,62 7.159,71 -6.804,38

2071 922,80 1.845,59 50,30 190,54 3.009,23 8.567,16 1.574,41 10.141,56 7.132,33 -6.977,91

2072 924,54 1.849,08 44,57 166,92 2.985,11 8.502,69 1.575,99 10.078,68 7.093,56 -7.141,23

2073 925,88 1.851,76 39,22 144,86 2.961,72 8.420,02 1.579,82 9.999,84 7.038,11 -7.284,72

2074 927,67 1.855,34 34,26 124,41 2.941,69 8.382,14 1.585,68 9.967,82 7.026,14 -7.446,24

2075 928,27 1.856,54 29,65 105,63 2.920,09 8.540,91 1.594,11 10.135,02 7.214,93 -7.683,16

2076 920,43 1.840,85 25,41 88,56 2.875,25 8.513,40 1.604,15 10.117,55 7.242,30 -7.855,37

2077 920,66 1.841,32 21,53 73,23 2.856,75 8.484,67 1.615,44 10.100,11 7.243,36 -8.005,28

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 101

CI 5133 93

Exercício

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Necessidade

de Repasses

para

cobertura da

Insuficiência

Financeira

Custo

Atuarial de

Transição

Geração Atual + Geração Futura Geração Atual + Geração Futura

Contribuição do

Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição sobre

Aposentadorias e

Pensões acima do teto

COMPREV Total Aposentadorias Pensões Total

11% 22% 11% 5,31%

5,0% 18.508,62 37.017,25 7.793,73 11.358,50 74.678,10 181.093,78 32.873,07 213.966,85 139.288,75 -16.775,53

2078 921,33 1.842,67 18,03 59,67 2.841,70 8.448,10 1.627,41 10.075,51 7.233,81 -8.133,08

2079 922,02 1.844,03 14,89 47,86 2.828,80 8.438,51 1.639,71 10.078,22 7.249,42 -8.249,32

2080 921,23 1.842,45 12,12 37,75 2.813,55 8.499,22 1.652,07 10.151,29 7.337,75 -8.395,64

2081 917,74 1.835,47 9,71 29,25 2.792,17 8.493,80 1.663,23 10.157,03 7.364,87 -8.506,43

2082 917,32 1.834,64 7,65 22,24 2.781,86 8.493,90 1.673,00 10.166,90 7.385,04 -8.603,85

2083 917,08 1.834,16 5,92 16,58 2.773,74 8.505,62 1.681,53 10.187,15 7.413,40 -8.702,37

2084 916,86 1.833,72 4,50 12,12 2.767,20 8.529,69 1.690,37 10.220,06 7.452,87 -8.797,52

2085 916,29 1.832,57 3,35 8,67 2.760,87 8.562,68 1.699,93 10.262,61 7.501,74 -8.893,51

2086 915,61 1.831,23 2,44 6,06 2.755,34 8.585,98 1.709,91 10.295,89 7.540,55 -8.978,15

2087 915,53 1.831,06 1,74 4,15 2.752,48 8.580,37 1.719,78 10.300,15 7.547,67 -9.022,62

2088 915,97 1.831,93 1,21 2,77 2.751,88 8.864,35 1.729,94 10.594,29 7.842,41 -9.411,25

2089 916,54 1.833,08 0,83 1,81 2.752,26 8.799,01 1.739,64 10.538,65 7.786,39 -9.451,88

2090 917,06 1.834,12 0,55 1,15 2.752,88 8.716,21 1.748,66 10.464,87 7.711,99 -9.356,45

2091 917,46 1.834,92 0,36 0,71 2.753,45 8.818,35 1.757,25 10.575,60 7.822,15 -9.453,47

Fonte: Vesting.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 102

CI 5133 94

CENÁRIO: Segregação de massas, com Previdência Complementar com adesão de servidores antigos

Simulação contribuições: 14% do servidor e 28% do Município Valores em R$ milhões

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Custo Atuarial

de Transição

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Necessidade

de Repasses

para cobertura

da

Insuficiência

Financeira

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

Aposentadorias

e Pensões

acima do teto

Redução de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Total

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Ampliação de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos Total

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53

2017 924,03 1.848,05 414,11 0,00 0,00 48,94 3.235,13 7.233,32 3.998,19 171,70 343,40 0,00 0,00 515,11 1,14 522,05

2018 951,83 1.903,66 412,18 9,36 15,59 48,21 3.290,93 7.226,92 3.911,04 176,22 352,43 5,18 10,35 544,18 1,23 556,12

2019 980,17 1.960,35 410,04 18,73 31,17 47,44 3.348,10 7.217,61 3.819,61 181,08 362,15 10,35 20,71 574,29 1,33 591,48

2020 1.009,02 2.018,04 520,37 28,09 46,76 225,91 3.698,50 8.944,07 5.170,72 186,32 372,64 15,53 31,06 605,55 1,44 628,27

2021 985,82 1.971,63 563,83 37,46 62,34 303,26 3.724,73 9.652,73 5.828,21 220,95 441,90 20,71 41,42 724,98 1,57 754,14

2022 946,81 1.893,62 586,41 46,82 77,93 354,42 3.656,51 10.069,01 6.287,75 263,55 527,10 25,89 51,77 868,32 1,70 905,38

2023 914,45 1.828,89 604,94 56,19 93,51 400,87 3.599,44 10.419,96 6.670,82 302,71 605,41 31,06 62,13 1.001,31 1,84 1.047,74

2024 878,62 1.757,24 622,54 65,55 109,10 450,67 3.534,41 10.774,72 7.065,66 344,72 689,44 36,24 72,48 1.142,88 2,01 1.200,36

2025 842,74 1.685,49 637,08 74,91 124,68 500,90 3.466,61 11.109,39 7.443,18 388,42 776,85 41,42 82,84 1.289,53 2,23 1.359,61

2026 806,50 1.613,01 648,95 84,28 140,27 553,91 3.397,82 11.416,91 7.794,55 432,13 864,27 46,60 93,19 1.436,19 2,55 1.520,35

2027 765,82 1.531,63 659,44 93,64 155,85 609,12 3.316,51 11.719,78 8.153,78 478,67 957,34 51,77 103,55 1.591,32 3,10 1.691,10

2028 724,52 1.449,04 667,82 103,01 171,44 664,63 3.231,57 11.995,49 8.489,47 526,10 1.052,20 56,95 113,90 1.749,16 4,23 1.865,98

2029 685,01 1.370,01 673,00 112,37 187,02 719,16 3.147,78 12.222,23 8.775,05 571,71 1.143,43 62,13 124,26 1.901,53 6,58 2.036,16

2030 643,86 1.287,72 676,49 121,74 202,61 769,09 3.052,80 12.427,68 9.050,53 617,13 1.234,26 67,30 134,61 2.053,30 11,41 2.205,14

2031 605,03 1.210,06 678,37 131,10 218,20 810,58 2.954,74 12.596,14 9.292,10 660,28 1.320,56 72,48 144,96 2.198,29 21,27 2.364,37

2032 568,44 1.136,88 677,53 125,92 202,61 849,68 2.904,00 12.722,69 9.490,15 701,73 1.403,46 67,30 134,61 2.307,10 40,80 2.480,57

2033 528,23 1.056,47 674,92 120,75 187,02 888,62 2.840,47 12.832,66 9.684,42 744,87 1.489,75 62,13 124,26 2.421,01 78,11 2.586,31

2034 488,20 976,40 670,83 115,57 171,44 924,50 2.772,93 12.908,04 9.848,10 787,09 1.574,18 56,95 113,90 2.532,12 115,44 2.691,54

2035 445,15 890,30 664,27 110,39 155,85 960,47 2.693,94 12.961,91 10.001,72 830,68 1.661,36 51,77 103,55 2.647,36 152,81 2.803,86

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 103

CI 5133 95

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Custo Atuarial

de Transição

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Necessidade

de Repasses

para cobertura

da

Insuficiência

Financeira

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

Aposentadorias

e Pensões

acima do teto

Redução de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Total

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Ampliação de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos Total

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53

2036 397,17 794,34 656,26 105,22 140,27 997,28 2.599,57 13.007,22 10.162,17 875,83 1.751,67 46,60 93,19 2.767,29 190,21 2.924,72

2037 346,85 693,69 646,88 100,04 124,68 1.033,86 2.496,55 13.031,17 10.309,90 921,43 1.842,87 41,42 82,84 2.888,55 227,65 3.049,93

2038 292,65 585,31 635,81 94,86 109,10 1.069,16 2.378,98 13.038,60 10.455,66 968,58 1.937,17 36,24 72,48 3.014,47 265,13 3.182,83

2039 237,32 474,64 623,60 89,68 93,51 1.097,96 2.250,32 13.016,40 10.582,88 1.013,91 2.027,81 31,06 62,13 3.134,91 302,66 3.313,32

2040 189,62 379,24 609,95 84,51 77,93 1.115,38 2.131,77 12.933,73 10.639,52 1.051,98 2.103,95 25,89 51,77 3.233,59 898,68 2.866,77

2041 153,66 307,31 594,63 79,33 62,34 1.120,28 2.034,21 12.762,10 10.586,21 1.080,45 2.160,89 20,71 41,42 3.303,47 945,76 2.799,02

2042 126,81 253,62 577,90 74,15 46,76 1.116,87 1.954,29 12.525,95 10.450,74 1.101,88 2.203,76 15,53 31,06 3.352,24 998,52 2.844,35

2043 103,61 207,22 559,89 68,98 31,17 1.109,06 1.879,63 12.251,74 10.271,96 1.119,90 2.239,81 10,35 20,71 3.390,77 1.467,31 2.465,61

2044 83,34 166,68 540,97 63,80 15,59 1.097,16 1.808,77 11.946,61 10.058,46 1.120,77 2.241,55 5,18 10,35 3.377,85 1.628,00 2.297,79

2045 66,99 133,99 520,92 58,62 7,33 1.080,24 1.736,19 11.608,52 9.806,38 1.134,23 2.268,45 2,43 4,87 3.409,98 1.814,40 2.165,58

2046 53,28 106,56 500,23 58,62 3,30 1.059,37 1.657,53 11.247,20 9.527,75 1.145,69 2.291,37 1,10 2,19 3.440,34 1.964,92 2.061,58

2047 42,14 84,28 478,81 58,62 1,42 1.034,97 1.580,17 10.865,32 9.225,11 1.154,30 2.308,60 0,47 0,94 3.464,31 2.175,34 1.895,42

2048 33,09 66,17 456,85 58,62 0,58 1.007,70 1.504,61 10.466,76 8.902,95 1.159,95 2.319,90 0,19 0,39 3.480,43 2.569,54 1.530,00

2049 25,29 50,58 434,71 58,62 0,23 977,81 1.429,54 10.055,98 8.567,59 1.154,71 2.309,41 0,08 0,15 3.464,34 2.789,19 1.286,79

2050 19,69 39,37 412,17 58,62 0,08 945,51 1.358,03 9.632,29 8.215,56 1.158,43 2.316,86 0,03 0,06 3.475,38 3.037,59 1.061,01

2051 14,69 29,38 389,60 58,62 0,03 911,03 1.286,06 9.203,42 7.858,71 1.161,19 2.322,38 0,01 0,02 3.483,60 3.306,54 805,93

2052 10,94 21,88 366,86 58,62 0,01 874,53 1.215,58 8.768,86 7.494,65 1.162,86 2.325,72 0,00 0,01 3.488,59 3.597,60 522,57

2053 7,80 15,60 344,18 58,62 0,00 836,42 1.145,37 8.332,52 7.128,53 1.162,75 2.325,51 0,00 0,00 3.488,26 3.893,00 228,07

2054 4,73 9,46 321,75 58,62 0,00 797,03 1.074,35 7.897,98 6.765,01 1.162,69 2.325,38 0,00 0,00 3.488,06 4.165,50 -45,72

2055 3,25 6,50 299,49 58,62 0,00 756,57 1.007,19 7.461,16 6.395,35 1.162,85 2.325,69 0,00 0,00 3.488,54 4.432,05 -308,80

2056 2,03 4,06 277,81 58,62 0,00 715,43 940,71 7.028,99 6.029,66 1.162,78 2.325,56 0,00 0,00 3.488,33 4.708,82 -581,33

2057 1,67 3,34 256,50 58,62 0,00 673,88 876,77 6.601,44 5.666,05 1.162,66 2.325,32 0,00 0,00 3.487,98 4.983,03 -855,25

2058 1,01 2,02 236,01 58,62 0,00 632,33 812,74 6.184,71 5.313,35 1.162,96 2.325,91 0,00 0,00 3.488,87 5.260,22 -1.130,93

2059 0,54 1,08 216,40 58,62 0,00 591,03 750,43 5.778,91 4.969,85 1.163,28 2.326,56 0,00 0,00 3.489,84 5.540,01 -1.411,06

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 104

CI 5133 96

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Custo Atuarial

de Transição

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Necessidade

de Repasses

para cobertura

da

Insuficiência

Financeira

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

Aposentadorias

e Pensões

acima do teto

Redução de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Total

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Ampliação de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos Total

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53

2060 0,19 0,38 197,79 58,62 0,00 550,32 690,06 5.386,14 4.637,46 1.164,08 2.328,16 0,00 0,00 3.492,25 5.810,86 -1.683,31

2061 0,01 0,02 180,29 58,62 0,00 510,48 632,18 5.007,76 4.316,96 1.165,38 2.330,76 0,00 0,00 3.496,14 6.082,60 -1.954,38

2062 0,01 0,02 163,95 54,44 0,00 471,77 581,32 4.644,94 4.009,18 1.166,85 2.333,69 0,00 0,00 3.500,54 6.310,38 -2.182,67

2063 0,00 0,00 148,80 50,25 0,00 434,39 532,94 4.298,98 3.715,80 1.168,13 2.336,25 0,00 0,00 3.504,38 6.504,76 -2.376,80

2064 0,00 0,00 134,82 46,06 0,00 398,48 487,24 3.969,89 3.436,59 1.169,57 2.339,14 0,00 0,00 3.508,71 7.079,37 -2.942,35

2065 0,00 0,00 121,98 41,87 0,00 364,12 444,23 3.657,30 3.171,20 1.171,09 2.342,18 0,00 0,00 3.513,27 7.191,79 -3.146,38

2066 0,00 0,00 110,21 37,69 0,00 331,34 403,86 3.360,38 2.918,84 1.173,07 2.346,14 0,00 0,00 3.519,22 7.277,67 -3.204,11

2067 0,00 0,00 99,41 33,50 0,00 300,13 366,04 3.078,07 2.678,54 1.175,20 2.350,40 0,00 0,00 3.525,59 7.539,29 -3.430,75

2068 0,00 0,00 89,48 29,31 0,00 270,46 330,63 2.809,22 2.449,28 1.177,24 2.354,48 0,00 0,00 3.531,72 7.665,38 -3.560,77

2069 0,00 0,00 80,33 25,12 0,00 242,32 297,53 2.552,79 2.230,14 1.179,05 2.358,09 0,00 0,00 3.537,14 7.796,80 -3.672,41

2070 0,00 0,00 71,87 20,94 0,00 215,68 266,62 2.307,98 2.020,43 1.180,99 2.361,98 0,00 0,00 3.542,97 8.092,54 -3.950,99

2071 0,00 0,00 64,02 16,75 0,00 190,54 237,81 2.074,25 1.819,69 1.174,47 2.348,94 0,00 0,00 3.523,40 8.215,23 -4.091,40

2072 0,00 0,00 56,72 12,56 0,00 166,92 211,08 1.851,46 1.627,82 1.176,69 2.353,38 0,00 0,00 3.530,07 8.338,16 -4.197,74

2073 0,00 0,00 49,92 8,37 0,00 144,86 186,41 1.639,76 1.444,98 1.178,39 2.356,79 0,00 0,00 3.535,18 8.434,04 -4.279,21

2074 0,00 0,00 43,60 4,19 0,00 124,41 163,82 1.439,64 1.271,62 1.180,67 2.361,35 0,00 0,00 3.542,02 8.565,17 -4.390,78

2075 0,00 0,00 37,74 1,97 0,00 105,63 141,40 1.251,75 1.108,38 1.181,43 2.362,87 0,00 0,00 3.544,30 8.900,65 -4.717,52

2076 0,00 0,00 32,34 0,91 0,00 88,56 119,99 1.076,90 956,00 1.171,45 2.342,91 0,00 0,00 3.514,36 9.048,65 -4.906,68

2077 0,00 0,00 27,41 0,40 0,00 73,23 100,24 915,89 815,25 1.171,75 2.343,50 0,00 0,00 3.515,25 9.187,73 -5.039,95

2078 0,00 0,00 22,94 0,17 0,00 59,67 82,45 769,44 686,82 1.172,61 2.345,21 0,00 0,00 3.517,82 9.307,55 -5.153,83

2079 0,00 0,00 18,95 0,06 0,00 47,86 66,74 638,04 571,23 1.173,48 2.346,95 0,00 0,00 3.520,43 9.440,74 -5.278,35

2080 0,00 0,00 15,42 0,02 0,00 37,75 53,15 521,90 468,73 1.172,47 2.344,94 0,00 0,00 3.517,41 9.629,59 -5.465,16

2081 0,00 0,00 12,36 0,01 0,00 29,25 41,60 420,89 379,28 1.168,03 2.336,06 0,00 0,00 3.504,08 9.736,21 -5.589,83

2082 0,00 0,00 9,74 0,00 0,00 22,24 31,98 334,49 302,51 1.167,50 2.335,00 0,00 0,00 3.502,50 9.832,43 -5.685,47

2083 0,00 0,00 7,54 0,00 0,00 16,58 24,12 261,88 237,76 1.167,19 2.334,38 0,00 0,00 3.501,58 9.925,28 -5.779,04

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 105

CI 5133 97

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Custo Atuarial

de Transição

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Necessidade

de Repasses

para cobertura

da

Insuficiência

Financeira

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

Aposentadorias

e Pensões

acima do teto

Redução de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Total

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Ampliação de Receita pela

adesão à previdência

complementar de

servidores antigos Total

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% 14% 28,00% servidor Patronal

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 49.539,31 192.319,67 139.872,59 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 28.388,68 27.948,53

2084 0,00 0,00 5,72 0,00 0,00 12,12 17,84 201,95 184,11 1.166,91 2.333,83 0,00 0,00 3.500,74 10.018,11 -5.875,34

2085 0,00 0,00 4,26 0,00 0,00 8,67 12,93 153,42 140,50 1.166,18 2.332,36 0,00 0,00 3.498,55 10.109,19 -5.972,27

2086 0,00 0,00 3,10 0,00 0,00 6,06 9,17 114,86 105,69 1.165,33 2.330,65 0,00 0,00 3.495,98 10.181,04 -6.052,35

2087 0,00 0,00 2,21 0,00 0,00 4,15 6,36 84,80 78,44 1.165,22 2.330,44 0,00 0,00 3.495,66 10.215,35 -6.091,84

2088 0,00 0,00 1,54 0,00 0,00 2,77 4,32 61,80 57,49 1.165,78 2.331,55 0,00 0,00 3.497,33 10.532,49 -6.405,56

2089 0,00 0,00 1,05 0,00 0,00 1,81 2,86 44,52 41,66 1.166,51 2.333,02 0,00 0,00 3.499,53 10.494,13 -6.442,83

2090 0,00 0,00 0,70 0,00 0,00 1,15 1,85 31,74 29,89 1.167,16 2.334,33 0,00 0,00 3.501,49 10.433,13 -6.364,00

2091 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,71 1,17 22,44 21,27 1.167,67 2.335,35 0,00 0,00 3.503,02 10.553,16 -6.460,85

2092 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,44 0,74 0,00 15,14 1.168,18 0,00 0,00 0,00 1.168,18 10.674,59 -8.894,66

Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de adesão de servidores antigos à previdência complementar, o que implicou em mudanças tanto nos totais de despesas

quanto de receitas dos dois Planos. O déficit atuarial dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do

ano de 2092.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 106

CI 5133 98

CENÁRIO: Segregação de massa Com Previdência Complementar, sem adesão dos servidores antigos

Simulação Base: 14% do servidor e 28% do Município, com alíquota suplementar progressiva de 5% Valores em R$ milhões

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição sobre

Aposentadorias e

Pensões acima do teto

COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total

Necessidade de

Repasses para

cobertura da

Insuficiência

Financeira

alíquota

suplementar

patronal

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal Total

14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96

2017 924,03 1.848,05 414,11 48,94 0,00 0,00 0,00 3.235,13 7.233,32 3.998,19 171,70 343,40 515,11 1,14

2018 951,83 1.903,66 412,18 48,21 175,96 202,70 378,66 3.694,54 7.226,92 3.532,38 46,64% 176,22 352,43 528,65 1,23

2019 980,17 1.960,35 410,04 47,44 188,10 209,52 397,63 3.795,63 7.217,61 3.421,98 43,03% 181,08 362,15 543,23 1,33

2020 1.009,02 2.018,04 520,37 225,91 195,66 208,25 403,91 4.177,26 8.944,07 4.766,81 59,01% 186,32 372,64 558,96 1,44

2021 985,82 1.971,63 563,83 303,26 205,30 278,02 483,32 4.307,85 9.652,73 5.344,89 55,29% 220,95 441,90 662,86 1,56

2022 946,81 1.893,62 586,41 354,42 200,71 303,77 504,48 4.285,73 10.069,01 5.783,27 57,32% 263,55 527,10 790,66 1,70

2023 914,45 1.828,89 604,94 400,87 194,50 313,04 507,54 4.256,68 10.419,96 6.163,28 60,72% 302,71 605,41 908,12 1,84

2024 878,62 1.757,24 622,54 450,67 187,54 321,89 509,43 4.218,49 10.774,72 6.556,23 64,35% 344,72 689,44 1.034,15 1,99

2025 842,74 1.685,49 637,08 500,90 180,70 329,09 509,79 4.175,99 11.109,39 6.933,40 68,00% 388,42 776,85 1.165,27 2,16

2026 806,50 1.613,01 648,95 553,91 173,76 334,91 508,67 4.131,04 11.416,91 7.285,88 71,62% 432,13 864,27 1.296,40 2,34

2027 765,82 1.531,63 659,44 609,12 165,70 340,02 505,72 4.071,73 11.719,78 7.648,06 75,62% 478,67 957,34 1.436,01 2,54

2028 724,52 1.449,04 667,82 664,63 157,44 344,03 501,47 4.007,49 11.995,49 7.988,00 79,65% 526,10 1.052,20 1.578,30 2,75

2029 685,01 1.370,01 673,00 719,16 149,50 346,45 495,95 3.943,13 12.222,23 8.279,10 83,47% 571,71 1.143,43 1.715,14 2,99

2030 643,86 1.287,72 676,49 769,09 141,10 347,98 489,08 3.866,23 12.427,68 8.561,45 87,53% 617,13 1.234,26 1.851,38 3,24

2031 605,03 1.210,06 678,37 810,58 133,17 348,73 481,90 3.785,94 12.596,14 8.810,20 91,41% 660,28 1.320,56 1.980,84 3,52

2032 568,44 1.136,88 677,53 849,68 125,75 348,10 473,85 3.706,38 12.722,69 9.016,31 95,14% 701,73 1.403,46 2.105,19 3,82

2033 528,23 1.056,47 674,92 888,62 117,41 346,56 463,97 3.612,21 12.832,66 9.220,45 99,37% 744,87 1.489,75 2.234,62 4,14

2034 488,20 976,40 670,83 924,50 108,98 344,26 453,24 3.513,18 12.908,04 9.394,86 103,64% 787,09 1.574,18 2.361,27 4,50

2035 445,15 890,30 664,27 960,47 99,81 340,68 440,49 3.400,68 12.961,91 9.561,23 108,53% 830,68 1.661,36 2.492,04 4,89

2036 397,17 794,34 656,26 997,28 89,45 336,32 425,77 3.270,83 13.007,22 9.736,40 114,34% 875,83 1.751,67 2.627,50 5,31

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 107

CI 5133 99

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição sobre

Aposentadorias e

Pensões acima do teto

COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total

Necessidade de

Repasses para

cobertura da

Insuficiência

Financeira

alíquota

suplementar

patronal

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal Total

14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96

2037 346,85 693,69 646,88 1.033,86 78,48 331,23 409,72 3.130,99 13.031,17 9.900,18 120,82% 921,43 1.842,87 2.764,30 5,77

2038 292,65 585,31 635,81 1.069,16 66,57 325,21 391,78 2.974,71 13.038,60 10.063,89 128,44% 968,58 1.937,17 2.905,75 6,27

2039 237,32 474,64 623,60 1.097,96 54,23 318,57 372,80 2.806,31 13.016,40 10.210,09 136,94% 1.013,91 2.027,81 3.041,72 6,81

2040 189,62 379,24 609,95 1.115,38 43,49 311,28 354,77 2.648,97 12.933,73 10.284,75 144,95% 1.051,98 2.103,95 3.155,93 565,86

2041 153,66 307,31 594,63 1.120,28 35,34 303,19 338,53 2.514,41 12.762,10 10.247,69 151,36% 1.080,45 2.160,89 3.241,34 575,96

2042 126,81 253,62 577,90 1.116,87 29,24 294,45 323,69 2.398,89 12.525,95 10.127,05 156,43% 1.101,88 2.203,76 3.305,65 591,73

2043 103,61 207,22 559,89 1.109,06 23,95 285,09 309,05 2.288,82 12.251,74 9.962,92 161,19% 1.119,90 2.239,81 3.359,71 1.023,55

2044 83,34 166,68 540,97 1.097,16 19,33 275,29 294,62 2.182,77 11.946,61 9.763,84 165,70% 1.120,77 2.241,55 3.362,32 1.147,25

2045 66,99 133,99 520,92 1.080,24 15,58 264,91 280,49 2.082,63 11.608,52 9.525,89 169,81% 1.134,23 2.268,45 3.402,68 1.296,67

2046 53,28 106,56 500,23 1.059,37 12,41 254,22 266,63 1.986,07 11.247,20 9.261,12 173,67% 1.145,69 2.291,37 3.437,06 1.447,19

2047 42,14 84,28 478,81 1.034,97 9,83 243,15 252,98 1.893,19 10.865,32 8.972,13 177,33% 1.154,30 2.308,60 3.462,89 1.657,61

2048 33,09 66,17 456,85 1.007,70 7,74 231,81 239,55 1.803,36 10.466,76 8.663,40 180,83% 1.159,95 2.319,90 3.479,85 2.051,81

2049 25,29 50,58 434,71 977,81 5,92 220,39 226,31 1.714,70 10.055,98 8.341,28 184,29% 1.154,71 2.309,41 3.464,12 2.271,46

2050 19,69 39,37 412,17 945,51 4,61 208,77 213,38 1.630,11 9.632,29 8.002,18 187,51% 1.158,43 2.316,86 3.475,29 2.519,86

2051 14,69 29,38 389,60 911,03 3,42 197,14 200,56 1.545,27 9.203,42 7.658,15 190,92% 1.161,19 2.322,38 3.483,57 2.788,81

2052 10,94 21,88 366,86 874,53 2,54 185,42 187,96 1.462,17 8.768,86 7.306,69 194,37% 1.162,86 2.325,72 3.488,59 3.079,87

2053 7,80 15,60 344,18 836,42 1,80 173,74 175,54 1.379,54 8.332,52 6.952,99 198,04% 1.162,75 2.325,51 3.488,26 3.375,27

2054 4,73 9,46 321,75 797,03 1,09 162,20 163,29 1.296,26 7.897,98 6.601,72 202,15% 1.162,69 2.325,38 3.488,06 3.647,77

2055 3,25 6,50 299,49 756,57 0,74 150,75 151,49 1.217,30 7.461,16 6.243,86 206,08% 1.162,85 2.325,69 3.488,54 3.914,32

2056 2,03 4,06 277,81 715,43 0,44 139,62 140,07 1.139,40 7.028,99 5.889,59 210,24% 1.162,78 2.325,56 3.488,33 4.191,09

2057 1,67 3,34 256,50 673,88 0,37 128,70 129,06 1.064,46 6.601,44 5.536,98 214,50% 1.162,66 2.325,32 3.487,98 4.465,30

2058 1,01 2,02 236,01 632,33 0,22 118,20 118,43 989,79 6.184,71 5.194,92 219,33% 1.162,96 2.325,91 3.488,87 4.742,49

2059 0,54 1,08 216,40 591,03 0,12 108,18 108,30 917,36 5.778,91 4.861,55 224,45% 1.163,28 2.326,56 3.489,84 5.022,28

2060 0,19 0,38 197,79 550,32 0,04 98,69 98,74 847,42 5.386,14 4.538,72 229,84% 1.164,08 2.328,16 3.492,25 5.293,13

2061 0,01 0,02 180,29 510,48 0,00 89,79 89,79 780,60 5.007,76 4.227,16 235,39% 1.165,38 2.330,76 3.496,14 5.564,87

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 108

CI 5133 100

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição sobre

Aposentadorias e

Pensões acima do teto

COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total

Necessidade de

Repasses para

cobertura da

Insuficiência

Financeira

alíquota

suplementar

patronal

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal Total

14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96

2062 0,01 0,02 163,95 471,77 0,00 81,50 81,50 717,26 4.644,94 3.927,68 240,95% 1.166,85 2.333,69 3.500,54 5.829,63

2063 0,00 0,00 148,80 434,39 0,00 73,84 73,84 657,02 4.298,98 3.641,96 246,62% 1.168,13 2.336,25 3.504,38 6.060,99

2064 0,00 0,00 134,82 398,48 0,00 66,79 66,79 600,09 3.969,89 3.369,80 252,26% 1.169,57 2.339,14 3.508,71 6.672,58

2065 0,00 0,00 121,98 364,12 0,00 60,34 60,34 546,44 3.657,30 3.110,85 257,76% 1.171,09 2.342,18 3.513,27 6.821,99

2066 0,00 0,00 110,21 331,34 0,00 54,45 54,45 495,99 3.360,38 2.864,39 263,03% 1.173,07 2.346,14 3.519,22 6.944,84

2067 0,00 0,00 99,41 300,13 0,00 49,06 49,06 448,60 3.078,07 2.629,48 267,97% 1.175,20 2.350,40 3.525,59 7.243,44

2068 0,00 0,00 89,48 270,46 0,00 44,13 44,13 404,08 2.809,22 2.405,15 272,50% 1.177,24 2.354,48 3.531,72 7.406,51

2069 0,00 0,00 80,33 242,32 0,00 39,60 39,60 362,25 2.552,79 2.190,54 276,60% 1.179,05 2.358,09 3.537,14 7.574,91

2070 0,00 0,00 71,87 215,68 0,00 35,42 35,42 322,97 2.307,98 1.985,01 280,23% 1.180,99 2.361,98 3.542,97 7.907,64

2071 0,00 0,00 64,02 190,54 0,00 31,55 31,55 286,11 2.074,25 1.788,15 283,41% 1.174,47 2.348,94 3.523,40 8.067,31

2072 0,00 0,00 56,72 166,92 0,00 27,95 27,95 251,59 1.851,46 1.599,87 286,17% 1.176,69 2.353,38 3.530,07 8.227,22

2073 0,00 0,00 49,92 144,86 0,00 24,61 24,61 219,39 1.639,76 1.420,37 288,55% 1.178,39 2.356,79 3.535,18 8.360,07

2074 0,00 0,00 43,60 124,41 0,00 21,51 21,51 189,52 1.439,64 1.250,11 290,61% 1.180,67 2.361,35 3.542,02 8.528,19

2075 0,00 0,00 37,74 105,63 0,00 18,63 18,63 162,00 1.251,75 1.089,75 292,42% 1.181,43 2.362,87 3.544,30 8.883,27

2076 0,00 0,00 32,34 88,56 0,00 15,98 15,98 136,88 1.076,90 940,02 294,05% 1.171,45 2.342,91 3.514,36 9.040,65

2077 0,00 0,00 27,41 73,23 0,00 13,56 13,56 114,20 915,89 801,69 295,59% 1.171,75 2.343,50 3.515,25 9.184,22

2078 0,00 0,00 22,94 59,67 0,00 11,37 11,37 93,98 769,44 675,45 297,14% 1.172,61 2.345,21 3.517,82 9.306,08

2079 0,00 0,00 18,95 47,86 0,00 9,40 9,40 76,21 638,04 561,83 298,83% 1.173,48 2.346,95 3.520,43 9.440,18

2080 0,00 0,00 15,42 37,75 0,00 7,66 7,66 60,83 521,90 461,07 300,80% 1.172,47 2.344,94 3.517,41 9.629,39

2081 0,00 0,00 12,36 29,25 0,00 6,15 6,15 47,76 420,89 373,13 303,24% 1.168,03 2.336,06 3.504,08 9.736,14

2082 0,00 0,00 9,74 22,24 0,00 4,86 4,86 36,83 334,49 297,65 306,42% 1.167,50 2.335,00 3.502,50 9.832,41

2083 0,00 0,00 7,54 16,58 0,00 3,77 3,77 27,89 261,88 233,99 310,66% 1.167,19 2.334,38 3.501,58 9.925,27

2084 0,00 0,00 5,72 12,12 0,00 2,86 2,86 20,70 201,95 181,25 316,34% 1.166,91 2.333,83 3.500,74 10.018,11

2085 0,00 0,00 4,26 8,67 0,00 2,14 2,14 15,06 153,42 138,36 323,98% 1.166,18 2.332,36 3.498,55 10.109,19

2086 0,00 0,00 3,10 6,06 0,00 1,56 1,56 10,73 114,86 104,13 334,21% 1.165,33 2.330,65 3.495,98 10.181,04

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 109

CI 5133 101

Exercício

Plano Financeiro Plano Previdenciário

Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias

Gasto total do Ente Receitas Previdenciárias

Despesas

Previdenciárias Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição sobre

Aposentadorias e

Pensões acima do teto

COMPREV Alíquota suplementar progressiva Total

Necessidade de

Repasses para

cobertura da

Insuficiência

Financeira

alíquota

suplementar

patronal

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal Total

14% 28% 14% 47,49% servidor apos/pens Total 14% 28,00%

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 59.644,12 192.319,67 132.675,56 13.478,99 26.897,82 40.436,98 25.385,96

2087 0,00 0,00 2,21 4,15 0,00 1,11 1,11 7,47 84,80 77,33 347,79% 1.165,22 2.330,44 3.495,66 10.215,35

2088 0,00 0,00 1,54 2,77 0,00 0,78 0,78 5,09 61,80 56,71 365,65% 1.165,78 2.331,55 3.497,33 10.532,49

2089 0,00 0,00 1,05 1,81 0,00 0,53 0,53 3,39 44,52 41,13 388,87% 1.166,51 2.333,02 3.499,53 10.494,13

2090 0,00 0,00 0,70 1,15 0,00 0,35 0,35 2,21 31,74 29,53 418,75% 1.167,16 2.334,33 3.501,49 10.433,13

2091 0,00 0,00 0,46 0,71 0,00 0,23 0,23 1,40 22,44 21,04 456,86% 1.167,67 2.335,35 3.503,02 10.553,16

2092 0,00 0,00 0,30 0,44 0,00 0,15 0,15 0,89 0,00 -0,89 0,00% 1.168,18 0,00 3.504,55 10.674,56

Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de receitas com alíquotas suplementares, o que implicou em mudanças nos totais de receitas dos dois Planos. O déficit atuarial

dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 110

CI 5133 102

Estimativa de Fluxo Futuro da Dívida Ativa do Município de São Paulo

Ano PIB Eficiência Dívida ativa

100%

Dívida ativa

50% ano PIB Eficiência

Dívida ativa

100%

Dívida

ativa 50% ano PIB Eficiência

Dívida ativa

100%

Dívida ativa

50%

5% 93.656,93 46.828,46

2018 2,64% 3,00% 1.981,76 990,88 2043 1,84% 1,08% 6.078,06 3.039,03 2068 1,07% 0,39% 9.790,92 4.895,46

2019 2,83% 2,88% 2.096,54 1.048,27 2044 1,73% 1,04% 6.247,39 3.123,70 2069 1,07% 0,37% 9.932,70 4.966,35

2020 2,66% 2,76% 2.211,81 1.105,91 2045 1,65% 1,00% 6.413,75 3.206,88 2070 1,07% 0,36% 10.075,03 5.037,51

2021 2,65% 2,65% 2.330,69 1.165,34 2046 1,62% 0,96% 6.580,00 3.290,00 2071 1,07% 0,34% 10.217,93 5.108,97

2022 3,70% 2,55% 2.478,51 1.239,25 2047 1,55% 0,92% 6.743,35 3.371,68 2072 1,07% 0,33% 10.361,44 5.180,72

2023 3,61% 2,45% 2.630,80 1.315,40 2048 1,50% 0,88% 6.904,84 3.452,42 2073 1,07% 0,32% 10.505,58 5.252,79

2024 4,06% 2,35% 2.801,89 1.400,95 2049 1,46% 0,85% 7.064,94 3.532,47 2074 1,07% 0,31% 10.650,38 5.325,19

2025 3,49% 2,25% 2.965,05 1.482,52 2050 1,44% 0,81% 7.224,90 3.612,45 2075 1,07% 0,29% 10.795,86 5.397,93

2026 3,44% 2,16% 3.133,42 1.566,71 2051 1,37% 0,78% 7.381,01 3.690,50 2076 1,07% 0,28% 10.942,04 5.471,02

2027 3,21% 2,08% 3.301,20 1.650,60 2052 1,31% 0,75% 7.533,69 3.766,84 2077 1,07% 0,27% 11.088,97 5.544,48

2028 3,14% 1,99% 3.472,76 1.736,38 2053 1,23% 0,72% 7.681,17 3.840,59 2078 1,07% 0,26% 11.236,65 5.618,33

2029 2,97% 1,91% 3.644,37 1.822,19 2054 1,21% 0,69% 7.827,76 3.913,88 2079 1,07% 0,25% 11.385,13 5.692,56

2030 2,83% 1,84% 3.816,39 1.908,20 2055 1,17% 0,66% 7.971,81 3.985,90 2080 1,07% 0,24% 11.534,42 5.767,21

2031 2,80% 1,76% 3.992,48 1.996,24 2056 1,15% 0,64% 8.114,76 4.057,38 2081 1,07% 0,23% 11.684,56 5.842,28

2032 2,60% 1,69% 4.165,68 2.082,84 2057 1,13% 0,61% 8.256,56 4.128,28 2082 1,07% 0,22% 11.835,57 5.917,78

2033 2,56% 1,63% 4.341,80 2.170,90 2058 1,11% 0,59% 8.397,14 4.198,57 2083 1,07% 0,21% 11.987,48 5.993,74

2034 2,37% 1,56% 4.514,09 2.257,04 2059 1,08% 0,56% 8.535,58 4.267,79 2084 1,07% 0,20% 12.140,31 6.070,16

2035 2,32% 1,50% 4.688,04 2.344,02 2060 1,07% 0,54% 8.673,51 4.336,76 2085 1,07% 0,19% 12.294,10 6.147,05

2036 2,23% 1,44% 4.861,54 2.430,77 2061 1,07% 0,52% 8.811,78 4.405,89 2086 1,07% 0,19% 12.448,87 6.224,43

2037 2,14% 1,38% 5.034,17 2.517,08 2062 1,07% 0,50% 8.950,40 4.475,20 2087 1,07% 0,18% 12.604,64 6.302,32

2038 2,04% 1,33% 5.204,98 2.602,49 2063 1,07% 0,48% 9.089,40 4.544,70 2088 1,07% 0,17% 12.761,45 6.380,73

2039 2,01% 1,27% 5.377,19 2.688,59 2064 1,07% 0,46% 9.228,80 4.614,40 2089 1,07% 0,17% 12.919,33 6.459,66

2040 2,05% 1,22% 5.554,48 2.777,24 2065 1,07% 0,44% 9.368,63 4.684,31 2090 1,07% 0,16% 13.078,29 6.539,14

2041 1,97% 1,17% 5.730,35 2.865,17 2066 1,07% 0,42% 9.508,91 4.754,45 2091 1,07% 0,15% 13.238,37 6.619,18

2042 1,89% 1,13% 5.904,41 2.952,20 2067 0,00 0,00 9.649,66 4.824,83 2092 1,07% 0,15% 13.399,59 6.699,80

Fonte: Elaboração própria.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 111

CI 5133 103

CENÁRIO: Segregação de massa com previdência Complementar, com adesão dos servidores antigos e aporte de 50% da dívida ativa

Simulação Base: 14% do servidor e 28% do Município, com alíquota suplementar progressiva de 5%

Ano

Plano Financeiro

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

sobre

Aposentadorias e

Pensões acima

do teto

Redução de Receita

pela adesão à

previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da

dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões

Redução de

despesas

com adesão

de

servidores

antigos à

prevcom

Total

Necessidade

de Repasses

para

cobertura da

Insuficiênci

a Financeira

alíquota

suplementar

patronal

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85

2017 924,03 1.848,05 414,11 0,00 0,00 48,94 0,00 0,00 0,00 3.235,13 6.378,79 854,52 0,00 7.233,32 3.998,19

2018 951,83 1.903,66 412,18 9,36 15,59 48,21 175,96 202,70 378,66 990,88 4.660,47 6.298,49 928,43 0,00 7.226,92 2.566,45 33,89%

2019 980,17 1.960,35 410,04 18,73 31,17 47,44 188,10 209,52 397,63 1.048,27 4.794,00 6.214,29 1.003,32 0,00 7.217,61 2.423,61 30,48%

2020 1.009,02 2.018,04 520,37 28,09 46,76 225,91 195,66 208,25 403,91 1.105,91 5.208,32 7.864,87 1.079,20 0,00 8.944,07 3.735,75 46,24%

2021 985,82 1.971,63 563,83 37,46 62,34 303,26 205,30 278,02 483,32 1.165,34 5.373,39 8.496,95 1.155,79 0,00 9.652,73 4.279,34 44,27%

2022 946,81 1.893,62 586,41 46,82 77,93 354,42 200,71 303,77 504,48 1.239,25 5.400,24 8.836,08 1.232,92 0,00 10.069,01 4.668,77 46,27%

2023 914,45 1.828,89 604,94 56,19 93,51 400,87 194,50 313,04 507,54 1.315,40 5.422,38 9.109,38 1.310,58 0,01 10.419,95 4.997,57 49,23%

2024 878,62 1.757,24 622,54 65,55 109,10 450,67 187,54 321,89 509,43 1.400,95 5.444,79 9.386,12 1.388,60 0,03 10.774,69 5.329,91 52,31%

2025 842,74 1.685,49 637,08 74,91 124,68 500,90 180,70 329,09 509,79 1.482,52 5.458,92 9.642,61 1.466,78 0,10 11.109,29 5.650,37 55,42%

2026 806,50 1.613,01 648,95 84,28 140,27 553,91 173,76 334,91 508,67 1.566,71 5.473,20 9.872,06 1.544,86 0,32 11.416,59 5.943,39 58,42%

2027 765,82 1.531,63 659,44 93,64 155,85 609,12 165,70 340,02 505,72 1.650,60 5.472,83 10.097,24 1.622,54 0,84 11.718,94 6.246,11 61,75%

2028 724,52 1.449,04 667,82 103,01 171,44 664,63 157,44 344,03 501,47 1.736,38 5.469,42 10.296,00 1.699,49 2,22 11.993,27 6.523,85 65,05%

2029 685,01 1.370,01 673,00 112,37 187,02 719,16 149,50 346,45 495,95 1.822,19 5.465,92 10.446,90 1.775,33 5,41 12.216,82 6.750,90 68,06%

2030 643,86 1.287,72 676,49 121,74 202,61 769,09 141,10 347,98 489,08 1.908,20 5.450,08 10.578,05 1.849,62 12,29 12.415,39 6.965,31 71,21%

2031 605,03 1.210,06 678,37 131,10 218,20 810,58 133,17 348,73 481,90 1.996,24 5.432,88 10.674,24 1.921,90 26,72 12.569,42 7.136,54 74,05%

2032 568,44 1.136,88 677,53 125,92 202,61 849,68 125,75 348,10 473,85 2.082,84 5.460,69 10.731,11 1.991,58 55,66 12.667,02 7.206,34 76,04%

2033 528,23 1.056,47 674,92 120,75 187,02 888,62 117,41 346,56 463,97 2.170,90 5.475,33 10.774,65 2.058,01 111,32 12.721,34 7.246,00 78,09%

2034 488,20 976,40 670,83 115,57 171,44 924,50 108,98 344,26 453,24 2.257,04 5.483,21 10.787,54 2.120,50 166,99 12.741,05 7.257,84 80,07%

2035 445,15 890,30 664,27 110,39 155,85 960,47 99,81 340,68 440,49 2.344,02 5.478,45 10.783,64 2.178,26 222,65 12.739,26 7.260,81 82,42%

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 112

CI 5133 104

Ano

Plano Financeiro

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

sobre

Aposentadorias e

Pensões acima

do teto

Redução de Receita

pela adesão à

previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da

dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões

Redução de

despesas

com adesão

de

servidores

antigos à

prevcom

Total

Necessidade

de Repasses

para

cobertura da

Insuficiênci

a Financeira

alíquota

suplementar

patronal

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85

2036 397,17 794,34 656,26 105,22 140,27 997,28 89,45 336,32 425,77 2.430,77 5.456,11 10.776,75 2.230,48 278,31 12.728,91 7.272,80 85,41%

2037 346,85 693,69 646,88 100,04 124,68 1.033,86 78,48 331,23 409,72 2.517,08 5.423,35 10.754,84 2.276,33 333,97 12.697,20 7.273,85 88,77%

2038 292,65 585,31 635,81 94,86 109,10 1.069,16 66,57 325,21 391,78 2.602,49 5.373,24 10.723,50 2.315,10 389,63 12.648,96 7.275,72 92,86%

2039 237,32 474,64 623,60 89,68 93,51 1.097,96 54,23 318,57 372,80 2.688,59 5.311,71 10.670,20 2.346,20 445,30 12.571,10 7.259,39 97,36%

2040 189,62 379,24 609,95 84,51 77,93 1.115,38 43,49 311,28 354,77 2.777,24 5.263,78 10.557,88 2.375,85 500,96 12.432,77 7.168,99 101,04%

2041 153,66 307,31 594,63 79,33 62,34 1.120,28 35,34 303,19 338,53 2.865,17 5.237,91 10.370,71 2.391,39 556,62 12.205,48 6.967,56 102,91%

2042 126,81 253,62 577,90 74,15 46,76 1.116,87 29,24 294,45 323,69 2.952,20 5.230,19 10.127,09 2.398,85 612,28 11.913,66 6.683,48 103,24%

2043 103,61 207,22 559,89 68,98 31,17 1.109,06 23,95 285,09 309,05 3.039,03 5.227,70 9.853,24 2.398,50 667,94 11.583,79 6.356,09 102,83%

2044 83,34 166,68 540,97 63,80 15,59 1.097,16 19,33 275,29 294,62 3.123,70 5.227,08 9.555,90 2.390,71 723,61 11.223,01 5.995,92 101,76%

2045 66,99 133,99 520,92 58,62 7,33 1.080,24 15,58 264,91 280,49 3.206,88 5.223,56 9.232,57 2.375,95 779,27 10.829,25 5.605,69 99,93%

2046 53,28 106,56 500,23 58,62 3,30 1.059,37 12,41 254,22 266,63 3.290,00 5.214,16 8.892,48 2.354,72 779,27 10.467,93 5.253,77 98,52%

2047 42,14 84,28 478,81 58,62 1,42 1.034,97 9,83 243,15 252,98 3.371,68 5.204,83 8.537,91 2.327,41 779,27 10.086,05 4.881,22 96,48%

2048 33,09 66,17 456,85 58,62 0,58 1.007,70 7,74 231,81 239,55 3.452,42 5.196,58 8.172,41 2.294,35 779,27 9.687,49 4.490,92 93,74%

2049 25,29 50,58 434,71 58,62 0,23 977,81 5,92 220,39 226,31 3.532,47 5.188,32 7.800,24 2.255,74 779,27 9.276,71 4.088,39 90,33%

2050 19,69 39,37 412,17 58,62 0,08 945,51 4,61 208,77 213,38 3.612,45 5.183,86 7.420,59 2.211,70 779,27 8.853,02 3.669,17 85,98%

2051 14,69 29,38 389,60 58,62 0,03 911,03 3,42 197,14 200,56 3.690,50 5.177,12 7.041,03 2.162,39 779,27 8.424,15 3.247,03 80,95%

2052 10,94 21,88 366,86 58,62 0,01 874,53 2,54 185,42 187,96 3.766,84 5.170,38 6.660,89 2.107,97 779,27 7.989,59 2.819,20 75,00%

2053 7,80 15,60 344,18 58,62 0,00 836,42 1,80 173,74 175,54 3.840,59 5.161,50 6.283,86 2.048,66 779,27 7.553,26 2.391,76 68,12%

2054 4,73 9,46 321,75 58,62 0,00 797,03 1,09 162,20 163,29 3.913,88 5.151,52 5.913,20 1.984,78 779,27 7.118,72 1.967,19 60,24%

2055 3,25 6,50 299,49 58,62 0,00 756,57 0,74 150,75 151,49 3.985,90 5.144,58 5.544,37 1.916,79 779,27 6.681,90 1.537,31 50,74%

2056 2,03 4,06 277,81 58,62 0,00 715,43 0,44 139,62 140,07 4.057,38 5.138,16 5.183,69 1.845,29 779,27 6.249,72 1.111,56 39,68%

2057 1,67 3,34 256,50 58,62 0,00 673,88 0,37 128,70 129,06 4.128,28 5.134,12 4.830,42 1.771,02 779,27 5.822,17 688,06 26,66%

2058 1,01 2,02 236,01 58,62 0,00 632,33 0,22 118,20 118,43 4.198,57 5.129,74 4.489,91 1.694,81 779,27 5.405,45 275,71 11,64%

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 113

CI 5133 105

Ano

Plano Financeiro

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

sobre

Aposentadorias e

Pensões acima

do teto

Redução de Receita

pela adesão à

previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da

dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões

Redução de

despesas

com adesão

de

servidores

antigos à

prevcom

Total

Necessidade

de Repasses

para

cobertura da

Insuficiênci

a Financeira

alíquota

suplementar

patronal

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85

2059 0,54 1,08 216,40 58,62 0,00 591,03 0,12 108,18 108,30 4.267,79 5.126,53 4.161,33 1.617,58 779,27 4.999,64 -126,89 0,00%

2060 0,19 0,38 197,79 58,62 0,00 550,32 0,04 98,69 98,74 4.336,76 5.125,55 3.845,90 1.540,24 779,27 4.606,87 -518,68 0,00%

2061 0,01 0,02 180,29 58,62 0,00 510,48 0,00 89,79 89,79 4.405,89 5.127,86 3.544,18 1.463,58 779,27 4.228,49 -899,37 0,00%

2062 0,01 0,02 163,95 54,44 0,00 471,77 0,00 81,50 81,50 4.475,20 5.138,02 3.256,74 1.388,19 723,61 3.921,33 -1.216,69 0,00%

2063 0,00 0,00 148,80 50,25 0,00 434,39 0,00 73,84 73,84 4.544,70 5.151,47 2.984,54 1.314,44 667,94 3.631,04 -1.520,44 0,00%

2064 0,00 0,00 134,82 46,06 0,00 398,48 0,00 66,79 66,79 4.614,40 5.168,43 2.727,45 1.242,44 612,28 3.357,61 -1.810,82 0,00%

2065 0,00 0,00 121,98 41,87 0,00 364,12 0,00 60,34 60,34 4.684,31 5.188,88 2.485,20 1.172,10 556,62 3.100,68 -2.088,21 0,00%

2066 0,00 0,00 110,21 37,69 0,00 331,34 0,00 54,45 54,45 4.754,45 5.212,76 2.257,26 1.103,12 500,96 2.859,42 -2.353,34 0,00%

2067 0,00 0,00 99,41 33,50 0,00 300,13 0,00 49,06 49,06 4.824,83 5.239,93 2.042,96 1.035,11 445,30 2.632,78 -2.607,15 0,00%

2068 0,00 0,00 89,48 29,31 0,00 270,46 0,00 44,13 44,13 4.895,46 5.270,22 1.841,60 967,63 389,63 2.419,59 -2.850,63 0,00%

2069 0,00 0,00 80,33 25,12 0,00 242,32 0,00 39,60 39,60 4.966,35 5.303,48 1.652,50 900,29 333,97 2.218,82 -3.084,66 0,00%

2070 0,00 0,00 71,87 20,94 0,00 215,68 0,00 35,42 35,42 5.037,51 5.339,55 1.475,07 832,91 278,31 2.029,67 -3.309,87 0,00%

2071 0,00 0,00 64,02 16,75 0,00 190,54 0,00 31,55 31,55 5.108,97 5.378,32 1.308,83 765,43 222,65 1.851,61 -3.526,72 0,00%

2072 0,00 0,00 56,72 12,56 0,00 166,92 0,00 27,95 27,95 5.180,72 5.419,75 1.153,46 698,00 166,99 1.684,47 -3.735,28 0,00%

2073 0,00 0,00 49,92 8,37 0,00 144,86 0,00 24,61 24,61 5.252,79 5.463,81 1.008,81 630,95 111,32 1.528,44 -3.935,37 0,00%

2074 0,00 0,00 43,60 4,19 0,00 124,41 0,00 21,51 21,51 5.325,19 5.510,52 874,83 564,80 55,66 1.383,97 -4.126,55 0,00%

2075 0,00 0,00 37,74 1,97 0,00 105,63 0,00 18,63 18,63 5.397,93 5.557,96 751,56 500,19 26,16 1.225,59 -4.332,37 0,00%

2076 0,00 0,00 32,34 0,91 0,00 88,56 0,00 15,98 15,98 5.471,02 5.607,00 639,03 437,87 12,03 1.064,87 -4.542,14 0,00%

2077 0,00 0,00 27,41 0,40 0,00 73,23 0,00 13,56 13,56 5.544,48 5.658,29 537,29 378,59 5,30 910,59 -4.747,69 0,00%

2078 0,00 0,00 22,94 0,17 0,00 59,67 0,00 11,37 11,37 5.618,33 5.712,14 446,33 323,11 2,22 767,21 -4.944,93 0,00%

2079 0,00 0,00 18,95 0,06 0,00 47,86 0,00 9,40 9,40 5.692,56 5.768,71 365,99 272,04 0,85 637,19 -5.131,52 0,00%

2080 0,00 0,00 15,42 0,02 0,00 37,75 0,00 7,66 7,66 5.767,21 5.828,02 296,01 225,89 0,30 521,59 -5.306,43 0,00%

2081 0,00 0,00 12,36 0,01 0,00 29,25 0,00 6,15 6,15 5.842,28 5.890,03 235,93 184,96 0,10 420,78 -5.469,25 0,00%

2082 0,00 0,00 9,74 0,00 0,00 22,24 0,00 4,86 4,86 5.917,78 5.954,62 185,15 149,33 0,03 334,45 -5.620,16 0,00%

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 114

CI 5133 106

Ano

Plano Financeiro

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Gasto total do Ente

Contribuição

do Servidor

Contribuição

Patronal

Contribuição

sobre

Aposentadorias e

Pensões acima

do teto

Redução de Receita

pela adesão à

previdência

complementar de

servidores antigos

COMPREV Alíquota suplementar progressiva 50% da

dívida Ativa Total Aposentadorias Pensões

Redução de

despesas

com adesão

de

servidores

antigos à

prevcom

Total

Necessidade

de Repasses

para

cobertura da

Insuficiênci

a Financeira

alíquota

suplementar

patronal

14% 28% 14% servidor Patronal 47,49% servidor apos/pens Total

5,0% 10.189,61 20.379,23 10.001,16 1.301,53 1.606,65 11.877,50 2.136,62 5.060,00 7.196,62 46.828,46 103.564,40 160.651,87 31.667,96 4.519,58 187.800,25 84.235,85

2083 0,00 0,00 7,54 0,00 0,00 16,58 0,00 3,77 3,77 5.993,74 6.021,63 142,95 118,93 0,01 261,87 -5.759,76 0,00%

2084 0,00 0,00 5,72 0,00 0,00 12,12 0,00 2,86 2,86 6.070,16 6.090,86 108,48 93,47 0,00 201,95 -5.888,91 0,00%

2085 0,00 0,00 4,26 0,00 0,00 8,67 0,00 2,14 2,14 6.147,05 6.162,11 80,86 72,56 0,00 153,42 -6.008,69 0,00%

2086 0,00 0,00 3,10 0,00 0,00 6,06 0,00 1,56 1,56 6.224,43 6.235,16 59,16 55,70 0,00 114,86 -6.120,30 0,00%

2087 0,00 0,00 2,21 0,00 0,00 4,15 0,00 1,11 1,11 6.302,32 6.309,79 42,45 42,35 0,00 84,80 -6.224,99 0,00%

2088 0,00 0,00 1,54 0,00 0,00 2,77 0,00 0,78 0,78 6.380,73 6.385,82 29,86 31,94 0,00 61,80 -6.324,02 0,00%

2089 0,00 0,00 1,05 0,00 0,00 1,81 0,00 0,53 0,53 6.459,66 6.463,05 20,57 23,95 0,00 44,52 -6.418,54 0,00%

2090 0,00 0,00 0,70 0,00 0,00 1,15 0,00 0,35 0,35 6.539,14 6.541,35 13,86 17,88 0,00 31,74 -6.509,61 0,00%

2091 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,71 0,00 0,23 0,23 6.619,18 6.620,59 9,12 13,32 0,00 22,44 -6.598,15 0,00%

2092 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,44 0,00 0,15 0,15 6.699,80 6.700,69 6,00 0,00 0,00 6,00 -6.694,69 0,00%

Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de receitas com alíquotas suplementares e de dívida ativa, o que implicou em mudanças nos totais de receitas dos dois Planos. O

déficit atuarial dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 115

CI 5133 107

CENÁRIO: Segregação de massa com previdência Complementar, com adesão dos servidores antigos e aporte de 50% da dívida ativa

Simulação Base: 14% do servidor e 28% do Município, com alíquota suplementar progressiva de 5% Valores em R$ milhões

Ano Plano Previdenciário

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias

Contribuição do

Servidor

Contribuição

Patronal

Ampliação de Receita pela

adesão à previdência

complementar de servidores

antigos

Total Aposentadorias Pensões

Ampliação de

despesas com adesão

de servidores

antigos à prevcom

Total Custo Atuarial de

Transição

14% 28,00% servidor Patronal

5,0% 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 23.347,12 2.038,83 3.002,72 28.388,68 27.948,53

2017 171,70 343,40 0,00 0,00 515,11 0,48 0,66 0,00 1,14 522,05

2018 176,22 352,43 5,18 10,35 544,18 0,53 0,71 0,00 1,23 556,12

2019 181,08 362,15 10,35 20,71 574,29 0,58 0,76 0,00 1,33 591,48

2020 186,32 372,64 15,53 31,06 605,55 0,64 0,81 0,00 1,44 628,27

2021 220,95 441,90 20,71 41,42 724,98 0,70 0,87 0,00 1,57 754,14

2022 263,55 527,10 25,89 51,77 868,32 0,77 0,93 0,00 1,70 905,38

2023 302,71 605,41 31,06 62,13 1.001,31 0,85 0,99 0,00 1,84 1.047,74

2024 344,72 689,44 36,24 72,48 1.142,88 0,93 1,06 0,02 2,01 1.200,36

2025 388,42 776,85 41,42 82,84 1.289,53 1,02 1,13 0,07 2,23 1.359,61

2026 432,13 864,27 46,60 93,19 1.436,19 1,13 1,21 0,21 2,55 1.520,35

2027 478,67 957,34 51,77 103,55 1.591,32 1,24 1,30 0,56 3,10 1.691,10

2028 526,10 1.052,20 56,95 113,90 1.749,16 1,36 1,39 1,47 4,23 1.865,98

2029 571,71 1.143,43 62,13 124,26 1.901,53 1,50 1,49 3,59 6,58 2.036,16

2030 617,13 1.234,26 67,30 134,61 2.053,30 1,65 1,59 8,17 11,41 2.205,14

2031 660,28 1.320,56 72,48 144,96 2.198,29 1,81 1,70 17,75 21,27 2.364,37

2032 701,73 1.403,46 67,30 134,61 2.307,10 2,00 1,82 36,98 40,80 2.480,57

2033 744,87 1.489,75 62,13 124,26 2.421,01 2,19 1,95 73,96 78,11 2.586,31

2034 787,09 1.574,18 56,95 113,90 2.532,12 2,41 2,09 110,94 115,44 2.691,54

2035 830,68 1.661,36 51,77 103,55 2.647,36 2,66 2,23 147,92 152,81 2.803,86

2036 875,83 1.751,67 46,60 93,19 2.767,29 2,92 2,39 184,90 190,21 2.924,72

2037 921,43 1.842,87 41,42 82,84 2.888,55 3,21 2,55 221,88 227,65 3.049,93

2038 968,58 1.937,17 36,24 72,48 3.014,47 3,54 2,73 258,87 265,13 3.182,83

2039 1.013,91 2.027,81 31,06 62,13 3.134,91 3,89 2,93 295,85 302,66 3.313,32

2040 1.051,98 2.103,95 25,89 51,77 3.233,59 564,01 1,85 332,83 898,68 2.866,77

2041 1.080,45 2.160,89 20,71 41,42 3.303,47 572,79 3,16 369,81 945,76 2.799,02

2042 1.101,88 2.203,76 15,53 31,06 3.352,24 587,10 4,63 406,79 998,52 2.844,35

2043 1.119,90 2.239,81 10,35 20,71 3.390,77 1.016,04 7,50 443,77 1.467,31 2.465,61

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 116

CI 5133 108

Ano Plano Previdenciário

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias

Contribuição do

Servidor

Contribuição

Patronal

Ampliação de Receita pela

adesão à previdência

complementar de servidores

antigos

Total Aposentadorias Pensões

Ampliação de

despesas com adesão

de servidores

antigos à prevcom

Total Custo Atuarial de

Transição

14% 28,00% servidor Patronal

5,0% 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 23.347,12 2.038,83 3.002,72 28.388,68 27.948,53

2044 1.120,77 2.241,55 5,18 10,35 3.377,85 1.136,34 10,91 480,75 1.628,00 2.297,79

2045 1.134,23 2.268,45 2,43 4,87 3.409,98 1.281,73 14,94 517,73 1.814,40 2.165,58

2046 1.145,69 2.291,37 1,10 2,19 3.440,34 1.427,52 19,67 517,73 1.964,92 2.061,58

2047 1.154,30 2.308,60 0,47 0,94 3.464,31 1.632,28 25,33 517,73 2.175,34 1.895,42

2048 1.159,95 2.319,90 0,19 0,39 3.480,43 2.019,05 32,76 517,73 2.569,54 1.530,00

2049 1.154,71 2.309,41 0,08 0,15 3.464,34 2.230,07 41,39 517,73 2.789,19 1.286,79

2050 1.158,43 2.316,86 0,03 0,06 3.475,38 2.468,50 51,36 517,73 3.037,59 1.061,01

2051 1.161,19 2.322,38 0,01 0,02 3.483,60 2.725,99 62,81 517,73 3.306,54 805,93

2052 1.162,86 2.325,72 0,00 0,01 3.488,59 3.003,90 75,97 517,73 3.597,60 522,57

2053 1.162,75 2.325,51 0,00 0,00 3.488,26 3.284,28 90,99 517,73 3.893,00 228,07

2054 1.162,69 2.325,38 0,00 0,00 3.488,06 3.539,86 107,91 517,73 4.165,50 -45,72

2055 1.162,85 2.325,69 0,00 0,00 3.488,54 3.787,45 126,87 517,73 4.432,05 -308,80

2056 1.162,78 2.325,56 0,00 0,00 3.488,33 4.043,06 148,03 517,73 4.708,82 -581,33

2057 1.162,66 2.325,32 0,00 0,00 3.487,98 4.293,76 171,54 517,73 4.983,03 -855,25

2058 1.162,96 2.325,91 0,00 0,00 3.488,87 4.544,98 197,51 517,73 5.260,22 -1.130,93

2059 1.163,28 2.326,56 0,00 0,00 3.489,84 4.796,24 226,04 517,73 5.540,01 -1.411,06

2060 1.164,08 2.328,16 0,00 0,00 3.492,25 5.035,89 257,24 517,73 5.810,86 -1.683,31

2061 1.165,38 2.330,76 0,00 0,00 3.496,14 5.273,65 291,22 517,73 6.082,60 -1.954,38

2062 1.166,85 2.333,69 0,00 0,00 3.500,54 5.501,52 328,11 480,75 6.310,38 -2.182,67

2063 1.168,13 2.336,25 0,00 0,00 3.504,38 5.693,04 367,94 443,77 6.504,76 -2.376,80

2064 1.169,57 2.339,14 0,00 0,00 3.508,71 6.260,97 411,61 406,79 7.079,37 -2.942,35

2065 1.171,09 2.342,18 0,00 0,00 3.513,27 6.363,66 458,33 369,81 7.191,79 -3.146,38

2066 1.173,07 2.346,14 0,00 0,00 3.519,22 6.436,66 508,18 332,83 7.277,67 -3.204,11

2067 1.175,20 2.350,40 0,00 0,00 3.525,59 6.681,70 561,74 295,85 7.539,29 -3.430,75

2068 1.177,24 2.354,48 0,00 0,00 3.531,72 6.787,89 618,62 258,87 7.665,38 -3.560,77

2069 1.179,05 2.358,09 0,00 0,00 3.537,14 6.896,16 678,75 221,88 7.796,80 -3.672,41

2070 1.180,99 2.361,98 0,00 0,00 3.542,97 7.165,21 742,43 184,90 8.092,54 -3.950,99

2071 1.174,47 2.348,94 0,00 0,00 3.523,40 7.258,33 808,98 147,92 8.215,23 -4.091,40

2072 1.176,69 2.353,38 0,00 0,00 3.530,07 7.349,23 877,99 110,94 8.338,16 -4.197,74

2073 1.178,39 2.356,79 0,00 0,00 3.535,18 7.411,21 948,86 73,96 8.434,04 -4.279,21

2074 1.180,67 2.361,35 0,00 0,00 3.542,02 7.507,30 1.020,88 36,98 8.565,17 -4.390,78

2075 1.181,43 2.362,87 0,00 0,00 3.544,30 7.789,35 1.093,92 17,38 8.900,65 -4.717,52

2076 1.171,45 2.342,91 0,00 0,00 3.514,36 7.874,37 1.166,29 8,00 9.048,65 -4.906,68

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 117

CI 5133 109

Ano Plano Previdenciário

Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias

Contribuição do

Servidor

Contribuição

Patronal

Ampliação de Receita pela

adesão à previdência

complementar de servidores

antigos

Total Aposentadorias Pensões

Ampliação de

despesas com adesão

de servidores

antigos à prevcom

Total Custo Atuarial de

Transição

14% 28,00% servidor Patronal

5,0% 13.478,99 26.897,82 533,72 1.067,43 41.977,96 23.347,12 2.038,83 3.002,72 28.388,68 27.948,53

2077 1.171,75 2.343,50 0,00 0,00 3.515,25 7.947,37 1.236,84 3,52 9.187,73 -5.039,95

2078 1.172,61 2.345,21 0,00 0,00 3.517,82 8.001,77 1.304,31 1,48 9.307,55 -5.153,83

2079 1.173,48 2.346,95 0,00 0,00 3.520,43 8.072,52 1.367,66 0,56 9.440,74 -5.278,35

2080 1.172,47 2.344,94 0,00 0,00 3.517,41 8.203,21 1.426,18 0,20 9.629,59 -5.465,16

2081 1.168,03 2.336,06 0,00 0,00 3.504,08 8.257,87 1.478,27 0,07 9.736,21 -5.589,83

2082 1.167,50 2.335,00 0,00 0,00 3.502,50 8.308,75 1.523,66 0,02 9.832,43 -5.685,47

2083 1.167,19 2.334,38 0,00 0,00 3.501,58 8.362,67 1.562,60 0,01 9.925,28 -5.779,04

2084 1.166,91 2.333,83 0,00 0,00 3.500,74 8.421,21 1.596,90 0,00 10.018,11 -5.875,34

2085 1.166,18 2.332,36 0,00 0,00 3.498,55 8.481,82 1.627,37 0,00 10.109,19 -5.972,27

2086 1.165,33 2.330,65 0,00 0,00 3.495,98 8.526,83 1.654,21 0,00 10.181,04 -6.052,35

2087 1.165,22 2.330,44 0,00 0,00 3.495,66 8.537,92 1.677,44 0,00 10.215,35 -6.091,84

2088 1.165,78 2.331,55 0,00 0,00 3.497,33 8.834,48 1.698,00 0,00 10.532,49 -6.405,56

2089 1.166,51 2.333,02 0,00 0,00 3.499,53 8.778,44 1.715,70 0,00 10.494,13 -6.442,83

2090 1.167,16 2.334,33 0,00 0,00 3.501,49 8.702,35 1.730,78 0,00 10.433,13 -6.364,00

2091 1.167,67 2.335,35 0,00 0,00 3.503,02 8.809,23 1.743,93 0,00 10.553,16 -6.460,85

2092 1.168,18 0,00 0,00 0,00 1.168,18 8.917,41 1.757,18 0,00 10.674,59 -8.894,66

Fonte: Vesting. Elaboração pela Fipe dos fluxos atuariais de receitas com alíquotas suplementares e de dívida ativa, o que implicou em mudanças nos totais de receitas dos dois Planos.

O déficit atuarial dos demais itens foi calculado pela Fipe a partir da simples exclusão do ano de 2017 da avaliação atuarial da vesting e inclusão do ano de 2092.

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ANEXO II: A PROPOSTA DE LEI APRESENTADA À CÂMARA MUNICIPAL

DE SÃO PAULO

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PROJETO DE LEI Nº ...

Dispõe sobre a reorganização e capitalização do Regime Próprio de

Previdência Social – RPPS e a instituição de medidas voltadas ao equilíbrio

financeiro e atuarial do regime e a definição de formas do respectivo

financiamento; a criação do Regime de Previdência Completar – RPC,

fixando o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo

RPPS, autoriza a criação de Entidade Fechada de Previdência Complementar,

a reestruturação do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem,

a criação do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, a

extinção de cargos e dá outras providências.

TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei trata da reorganização e capitalização do Regime Próprio de Previdência

Social – RPPS com a instituição de medidas voltadas ao equilíbrio financeiro e atuarial

do regime e a definição de formas do respectivo financiamento; da criação do Regime de

Previdência Completar – RPC, fixando o limite máximo para a concessão de

aposentadorias e pensões pelo Regime Próprio de Previdência Social, da autorização para

a criação de Entidade Fechada de Previdência Complementar no Município de São Paulo,

da Reestruturação do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem, da criação

do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, da extinção de cargos e

dá outras providências.

Art. 2° Para os efeitos desta lei, os termos referidos no Anexo I devem ser compreendidos

conforme as definições ali contidas sempre que grafados com letra maiúscula.

TÍTULO II – DA REORGANIZAÇÃO DO REGIME PRÓPRIO DE

PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS

Art. 3° O RPPS do Município de São Paulo fica reorganizado na forma estabelecida por

esta lei, que dispõe sobre as formas de financiamento e institui medidas voltadas a seu

equilíbrio financeiro e atuarial, observado o previsto no artigo 40, o disposto no artigo

30, inciso I, no artigo 149, § 1º, e no “caput” do artigo 249, da Constituição Federal.

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CAPÍTULO I – DA FORMA DE FINANCIAMENTO DO RPPS

Art. 4° O RPPS será financiado por meio da arrecadação de contribuições dos segurados,

dos Órgãos e Entidades a ele vinculados e de outras receitas que lhe forem atribuídas por

lei.

Seção I – Da Contribuição Previdenciária Normal

Art. 5º A contribuição previdenciária normal dos servidores ativos vinculados ao RPPS,

destinada à manutenção desse regime, será de 14% (quatorze por cento), incidentes sobre

a totalidade da base de contribuição.

§ 1º Para os fins desta lei, entende-se como base de contribuição o total dos vencimentos

ou subsídios do servidor, compreendendo o vencimento do cargo, acrescido das

vantagens pecuniárias que a ele se integram, nos termos da lei, ou por outros atos

concessivos, bem como os adicionais de caráter individual, e quaisquer outras vantagens,

excluídas:

I - as diárias para viagens;

II - o auxílio-transporte;

III - o salário-família;

IV - o salário-esposa;

V - o auxílio-alimentação;

VI - parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;

VII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de

função de confiança não incorporadas aos vencimentos;

VIII - o abono de permanência;

IX - outras vantagens instituídas em lei, não passíveis de incorporação aos

vencimentos ou subsídios do servidor.

§ 2º O servidor titular de cargo efetivo poderá optar pela inclusão, na base de contribuição,

de parcelas remuneratórias de que tratam os incisos VI e VII do § 1° deste artigo.

Art. 6º Os aposentados e os pensionistas vinculados ao RPPS contribuirão com 14%

(quatorze por cento), do valor da parcela dos proventos de aposentadoria ou pensão que

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supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência

Social – RGPS.

§ 1º Nos casos de acumulação remunerada de aposentadorias e/ou pensões, considerar-

se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o “caput” deste artigo, o somatório

dos valores percebidos.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o limite estabelecido para os benefícios do RGPS

será deduzido uma única vez da base de cálculo da contribuição prevista no “caput”.

Art. 7º O décimo terceiro salário será considerado para fins de incidência das

contribuições de que tratam os artigos 5º e 6º desta lei.

Art. 8º O abono de permanência de que trata o § 19 do artigo 40 da Constituição Federal

será concedido na forma do regulamento ao servidor vinculado ao RPPS que tenha

completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea “a”, do

inciso III do § 1º do artigo 40 da Constituição Federal, ou que tenha cumprido os

requisitos do § 5º do artigo. 2º, ou do § 1º do artigo 3º e do artigo 6°, todos da Emenda

Constitucional nº 41, de 2003, e que opte por permanecer em atividade.

Art. 9º A contribuição dos Órgãos e Entidades do Município, para o custeio do RPPS de

que trata o artigo 40 da Constituição Federal, será no mínimo igual à contribuição do

servidor ativo, observados os termos desta lei, devendo o produto da arrecadação ser

contabilizado em conta específica.

§ 1° Os Órgãos e Entidades do Município são responsáveis pela cobertura de eventuais

Insuficiências Financeiras do RPPS e dos fundos administrados pelo Iprem.

§ 2º A complementação necessária para a cobertura das Insuficiências Financeiras será

proporcional ao custo dos benefícios concedidos e a conceder de responsabilidade de cada

Órgão e Entidade do Município, devendo ser prevista na lei Orçamentária Anual.

Seção II – Da Segmentação de Massa

Art. 10. O RPPS passa a ser segmentado em Plano Financeiro e Plano Previdenciário,

administrados pelo Iprem nos termos desta lei.

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§ 1° Os Planos previstos no “caput” deste artigo serão instituídos e mantidos conforme

normas gerais de contabilidade e de atuária.

§ 2° A avaliação atuarial para a instituição, manutenção e revisão dos Planos previstos no

“caput” deste artigo adotará o regime financeiro adequado à estrutura de cada Plano de

Benefícios e de Plano de Custeio.

Art. 11. O Plano Financeiro será um sistema estruturado pelas contribuições a serem

pagas pelos Segurados e pelos Órgãos e Entidades, e de outras receitas que lhe forem

atribuídas por lei, conforme Plano de Custeio específico calculado atuarialmente.

§ 1º O regime do Plano previsto no “caput” deste artigo será o Regime Financeiro de

Repartição Simples.

§ 2º Ficarão vinculados ao Plano de que trata o “caput” os seguintes Segurados:

I - servidores ativos que tenham ingressado no serviço público até a data anterior

ao início da vigência desta lei;

II - aposentados e pensionistas decorrentes dos Segurados de que trata o inciso I,

que tenham o Benefício Previdenciário concedido após a vigência desta lei;

III - aposentados e pensionistas cujos Benefícios Previdenciários tenham sido

concedidos até a data anterior ao início da vigência desta lei.

Art. 12. Fica criado o Fundo Financeiro – Finan, com a finalidade de administrar e prover

recursos para o pagamento dos Benefícios Previdenciários, destinados aos segurados

vinculados ao Plano Financeiro.

Art. 13. O Finan é composto por:

I - contribuições previdenciárias dos segurados ativos e inativos e dos pensionistas;

II - contribuições dos Órgãos e Entidades do Município;

III - recursos advindos da amortização de financiamentos imobiliários realizados

pelo Iprem;

IV - valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do disposto no

§ 9º do artigo 201 da Constituição Federal;

V - receitas decorrentes de aplicações financeiras e receitas patrimoniais;

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VI - recursos para cobertura de eventuais Insuficiências Financeiras e para

cobertura do Custo Atuarial de Transição;

VII - doações, subvenções, legados e rendas extraordinárias ou eventuais;

VIII - bens e direitos de qualquer natureza, aportados pelos Órgãos e Entidade

municipais nos termos do artigo 249 da Constituição Federal;

IX - outros recursos consignados no orçamento municipal, inclusive os decorrentes

de créditos suplementares.

Art. 14. O Plano Previdenciário será um sistema estruturado pelas contribuições a serem

pagas pelos segurados e pelos Órgãos e Entidades do Município, conforme Plano de

Custeio especifico calculado atuarialmente.

§ 1º O regime do plano previsto no “caput” deste artigo será o Regime Financeiro de

Acumulação de Reservas, admitindo Regime de Capitais de Cobertura.

§ 2º Ficarão vinculados ao Plano de que trata o “caput”, na condição de segurados:

I - os servidores que venham a ingressar no serviço público após o início da vigência

desta lei;

II - aposentados e pensionistas decorrentes dos Segurados de que trata o inciso I.

Art. 15. Fica criado o Fundo Previdenciário – Funprev, com a finalidade de prover

recursos para o pagamento dos benefícios previdenciários aos segurados, no âmbito do

Plano Previdenciário.

§ 1° O Funprev poderá absorver obrigações do Finan por transferência de segurados do

Plano Financeiro para o Plano Previdenciário, como contrapartida ao aporte de bens,

direitos e ativos pelos Órgãos e Entidades do Município ou em virtude da apuração de

superávit atuarial na data da transferência.

§ 2º A transferência de segurados a que se refere o § 1º será decidida pelo Conselho

Deliberativo do Iprem mediante estudo atuarial e prévia avaliação dos bens e direitos

transferidos quanto ao valor e sua liquidez.

Art. 16. O Funprev é composto por:

I - contribuições previdenciárias dos segurados ativos e inativos e dos pensionistas;

II - contribuições pelos Órgãos e Entidades do Município;

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CI 5133 116

III - valores recebidos a título de compensação financeira, em razão do disposto no

§ 9º do artigo 201 da Constituição Federal;

IV - ativos imobiliários e seus rendimentos;

V - recebíveis, valores mobiliários, participações acionárias, direitos de crédito e

outros direitos a ele transferidos a qualquer título, tais como concessões e direitos

de uso de solo;

VI - rendimentos dos bens e direitos a ele transferidos, tais como os obtidos com

aplicações financeiras ou como recebimento de contrapartida pelo uso de seus bens;

VII - produto da alienação de seus bens e direitos;

VIII - bens e direitos de qualquer natureza, aportados pelos Órgãos e Entidades do

Município nos termos do artigo 249 da Constituição Federal;

IX - doações, subvenções, legados e rendas extraordinárias ou eventuais;

X - recursos para cobertura de eventuais insuficiências financeiras;

XI - outros recursos consignados no orçamento municipal, inclusive os decorrentes

de créditos suplementares.

Art. 17. Fica autorizado o aporte no Finan e no Funprev de bens, direitos e ativos de que

sejam titulares os Órgãos e Entidades vinculados ao RPPS nos termos do artigo 249 da

Constituição Federal, observados os critérios e preceitos constantes no artigo 6º da Lei

Federal nº 9.717/1998.

Art. 18. Toda proposição legislativa que crie ou amplie despesas de pessoal ativo,

aposentados ou pensionistas deverá estar acompanhada do cálculo de seus impactos no

RPPS nos próximos setenta e cinco anos e apresentar compatibilidade e adequação

orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual e com a Lei de Diretrizes

Orçamentárias.

Seção III – Da Gestão dos Fundos Previdenciários e sua Contabilização

Art. 19. A segmentação do RPPS será acompanhada pela separação orçamentária,

financeira e contábil dos recursos e das obrigações correspondentes a cada plano.

§ 1º As contas do Finan e do Funprev serão distintas da conta única do Tesouro Municipal.

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§ 2º Os ativos financeiros do Finan e do Funprev serão destinados exclusivamente ao

pagamento dos benefícios previdenciários aos segurados.

Art. 20. Os recursos financeiros do Finan e do Funprev serão aplicados, diretamente ou

por intermédio de instituições especializadas, observadas as diretrizes dadas pelo

Conselho Deliberativo do Iprem e as normas emanadas do Conselho Monetário Nacional.

Art. 21. As despesas do Finan e do Funprev ficarão a cargo do Iprem e serão consignadas

na Lei Orçamentária Anual.

§ 1º O Finan e o Funprev terão contabilidade própria.

§ 2º A gestão e a prestação de contas anuais do Finan e do Funprev obedecerão às normas

legais de controle e de administração orçamentária e financeira adotadas pelo Município.

§ 3º O saldo positivo do Finan e do Funprev, apurado ao final de cada exercício financeiro,

será transferido para o exercício seguinte, a crédito dos respectivos fundos.

Seção IV – Da Taxa de Administração e sua Contabilização

Art. 22. O Iprem receberá, mensalmente, dos Órgãos e Entidades vinculados ao RPPS

Taxa de Administração para custeio das despesas administrativas daquele regime.

§ 1° A Taxa de Administração a que se refere o “caput” será definida anualmente, por ato

do Chefe do Poder Executivo Municipal, respeitados os limites estabelecidos na

legislação federal.

§ 2º A Taxa de Administração será rateada entre os Órgãos e Entidades vinculados ao

RPPS, proporcionalmente ao total das remunerações dos servidores ativos, proventos dos

inativos e pensões.

§ 3º A Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual consignarão, no

orçamento dos Órgãos e Entidades vinculados ao RPPS, valor para o pagamento da Taxa

de Administração a que se refere o “caput”.

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TÍTULO III – DA SUSTENTABILIDADE DO RPPS DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

CAPÍTULO I – DO EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT

Art. 23. O Poder Executivo do Município de São Paulo destinará patrimônio imobiliário

e demais bens e direitos ao Funprev, até o montante total que corresponda ao passivo

atuarial do Plano Financeiro.

§ 1º A transferência de bens e direitos ao Funprev, nos termos deste artigo, far-se-á em

caráter incondicional após a respectiva formalização, vedada ao Município qualquer

reivindicação ou reversão posterior do ato de cessão.

§ 2º Após a efetiva transferência e contabilização dos bens e direitos no patrimônio do

Funprev, o Iprem poderá transpor Segurados do Plano Financeiro para o Plano

Previdenciário até o valor correspondente às respectivas reservas matemáticas necessárias

à cobertura dos benefícios associados a estes Segurados, garantindo-se Índice de

Cobertura no mínimo de 1,02 (um inteiro e dois centésimos).

§ 3º Após a aprovação da transferência a que se refere o § 2º, pelo Conselho Deliberativo

do Iprem e até a sua devida formalização pelos órgãos competentes, fica o Iprem

autorizado a utilizar os recursos financeiros equivalentes às reservas matemáticas

decorrentes da transferência dos bens e direitos mencionados no “caput” deste artigo para

o custeio de benefícios do Plano Financeiro.

§ 4º Na hipótese de não aprovação ou aprovação parcial da transferência mencionada no

§ 2º pelos órgãos competentes, os recursos financeiros eventualmente utilizados com base

no § 3º serão devolvidos ao Funprev na forma do regulamento.

§ 5º A destinação de bens e direitos de que trata o “caput” será realizada por meio de

decreto.

Art. 24. Fica autorizada a cobrança de alíquota suplementar dos Segurados dos Órgãos e

Entidades do Município conforme Anexo II, desta lei.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 127

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Art. 25. A base de contribuição da alíquota suplementar será a seguinte:

I - para os servidores ativos vinculados ao Plano Financeiro será a mesma definida

no parágrafo 1º, do artigo 5º desta lei;

II - para os aposentados e os pensionistas a alíquota incidirá sobre a totalidade dos

proventos de aposentadorias e pensões.

§ 1º O décimo terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições

de que tratam artigo 24.

§ 2º A alíquota suplementar dos Segurados, estabelecida no Anexo II, desta lei será

progressiva, com aplicação de percentual da alíquota total, de acordo com as seguintes

faixas de vencimentos e proventos:

I - isento até o valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos

municipais, estabelecido no inciso I do artigo 5º, da Lei nº 15.774 de 29 de maio de

2013 e suas alterações posteriores;

II - vinte por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder ao valor da menor

remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até duas vezes o teto

no inciso I;

III - quarenta por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder duas vezes o

valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até

três vezes o valor indicado no inciso I;

IV - sessenta por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder três vezes o

valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até

quatro vezes o teto do inciso I;

V - oitenta por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder quatro vezes o

valor da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais até

cinco vezes o teto do inciso I; e

VI - cem por cento da alíquota total sobre a parcela que exceder cinco vezes o valor

da menor remuneração bruta mensal dos servidores públicos municipais.

§ 3º A alíquota suplementar aplicável aos Órgãos e Entidades do Município, terá como

base de contribuição a mesma fixada para a contribuição dos Segurados.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 128

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Art. 26. O chefe do Poder Executivo poderá alterar a alíquota de que trata o artigo 24

mediante justificativa técnica contida em plano de amortização desde que respeitado o

limite máximo fixado no Anexo II, bem como a proporção entre a alíquota suplementar

dos Órgãos e Entidades do Município e a dos Segurados.

Art. 27. Para fins de capitalização do RPPS, fica o Poder Executivo autorizado a ceder

ao Funprev, 50% (cinquenta por cento) do Fluxo Livre da Dívida Ativa do Município de

São Paulo que vier a ser recebido até 31 de dezembro de 2092. Parágrafo único. A cessão

referida no “caput” não compreende os valores referentes aos honorários advocatícios,

devidos na forma da legislação em vigor, não afetando a sua forma de apuração.

Art. 28. Fica o Município de São Paulo autorizado a ceder, de forma onerosa e para fins

de securitização, os fluxos financeiros livres decorrentes de créditos inadimplidos

inscritos ou não em dívida ativa, de natureza tributária ou não, que estejam com

parcelamento em vigor ou não, e que não estejam com exigibilidade suspensa, bem como

as demais receitas decorrentes de sua atuação.

§ 1° A cessão de que trata este artigo não extingue ou altera a obrigação do devedor para

com o Município de São Paulo, assim como não extingue o crédito do Município de São

Paulo, nem modifica sua natureza, preservando-se todas as suas garantias e os seus

privilégios legais.

§ 2° Permanecem sob a exclusiva responsabilidade dos órgãos da administração direta e

indireta do Município de São Paulo todos os atos e os procedimentos relacionados à

cobrança dos créditos inadimplidos de que trata esta lei, inclusive no caso de o Município

se valer de apoio operacional para sua cobrança.

§ 3° Em nenhuma hipótese, a cessão de que trata este artigo pode acarretar qualquer tipo

de obrigação financeira que crie para o Município de São Paulo qualquer

comprometimento ou responsabilidade financeira, tampouco poderá implicar o

Município de São Paulo na condição de garantidor dos ativos securitizados.

§ 4º Os recursos arrecadados por meio das securitizações de que trata o “caput” serão

integralmente destinados a realização de aportes no RPPS.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 129

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TÍTULO IV – DA CRIAÇÃO DO REGIME DE PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR

Art. 29. Fica instituído, nos termos desta lei, o Regime de Previdência Complementar –

RPC a que se referem os §§ 14, 15 e 16 do artigo 40 da Constituição Federal.

Parágrafo único. O RPC, de caráter facultativo, terá vigência a partir da data de

publicação da aprovação do regulamento de seu plano de benefícios pela autoridade

reguladora competente.

Art. 30. Serão abrangidos pelo RPC, na condição de participantes ativos, quanto à parcela

de sua remuneração que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do

Regime Geral de Previdência Social – RGPS, os servidores dos Órgãos e Entidades do

Município e conselheiros do Tribunal de Contas do Município:

I - com inicio de exercício na administração pública municipal a partir da data de

início da vigência do RPC;

II - com inicio de exercício na administração pública municipal antes da data de

início da vigência do RPC e após a vigência da Emenda Constitucional nº 41/2003,

que tenham optado, expressa e irrevogavelmente, por aderir ao RPC.

§ 1º Terão como teto o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, de que

trata o artigo 201 da Constituição Federal, as aposentadorias e pensões a serem

concedidas pelo RPPS, aos servidores referidos nos incisos I e II do “caput”.

§ 2º Para os servidores dos Órgãos e Entidades do Município e conselheiros do Tribunal

de Contas do Município referidos nos incisos I e II do “caput”, a base de cálculo da

contribuição prevista no inciso I do artigo 5º desta lei, terá como teto o limite máximo

estabelecido para os benefícios do RGPS.

Art. 31. Os servidores dos Órgãos e Entidades do Município e conselheiros do Tribunal

de Contas do Município que ingressarem no serviço público a partir da data de início da

vigência do RPC e cuja remuneração supere o limite máximo estabelecido para os

benefícios do RGPS serão automaticamente inscritos em plano de benefícios do RPC,

desde o início de exercício.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 130

CI 5133 122

§ 1º Fica assegurado aos servidores e aos conselheiros a que se refere o “caput” o direito

de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua inscrição, nos termos do

regulamento do plano de benefícios.

§ 2º Na hipótese de o cancelamento ser requerido no prazo de até 90 (noventa) dias da

data da inscrição, fica assegurado ao participante ativo o direito à restituição das

contribuições por ele vertidas, a serem pagas na forma do regulamento.

§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, as contribuições realizadas pelo ente público

patrocinador serão restituídas à respectiva fonte pagadora no mesmo prazo e condições.

§ 4º O cancelamento da inscrição, previsto no § 1º, não constitui resgate.

Art. 32. Aos servidores que ingressarem no serviço público municipal após a data de

início da vigência do RPC e cujos vencimentos ou subsídios sejam inferiores ao limite

máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, fica garantida a opção pela adesão ao

plano de benefícios, na condição de participantes ativos, a partir do momento em que seus

vencimentos venham a ultrapassar o referido limite.

Art. 33. As contribuições do participante ativo e do patrocinador ao RPC incidirão sobre

a parcela da base de contribuição que exceder o limite máximo estabelecido para os

benefícios do RGPS.

§ 1º A alíquota da contribuição do participante ativo ao RPC será por ele definida,

observado o disposto no regulamento do plano de benefícios.

§ 2º A alíquota da contribuição do patrocinador ao RPC não poderá exceder à do

participante ativo, observado o disposto no regulamento do plano de benefícios, e não

poderá ultrapassar o percentual de 7,5% (sete e meio por cento).

§ 3º Além da contribuição, de que trata o “caput” deste artigo, o regulamento do plano de

benefícios poderá admitir o aporte de contribuições facultativas pelos participantes ativos,

sem a contrapartida contributiva do patrocinador.

§ 4º Na hipótese de que trata o inciso II do artigo 30, o patrocinador aportará na conta

individual do participante, na forma de decreto regulamentador, o valor correspondente

às contribuições efetivamente pagas pelo servidor ao RPPS do Município de São Paulo

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 131

CI 5133 123

sobre as parcelas que excederam o limite máximo estabelecido para os benefícios do

RGPS até sua adesão ao RPC.

Art. 34. Poderão aderir ao plano de benefícios do RPC, mediante contribuições

voluntárias, sem a contrapartida contributiva do patrocinador:

I - servidores dos Órgãos e Entidades e conselheiros do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo elegíveis na forma do artigo 30 e que optarem por não

aderir ao RPC;

II - empregados públicos da administração pública indireta do Município de São

Paulo, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, independentemente da data

de admissão;

III - agentes políticos do Município de São Paulo, desde que não integrem outro

RPPS de qualquer ente da Federação;

IV - agentes públicos ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, declarado

em lei de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de

emprego público na administração pública municipal.

Art. 35. Poderá permanecer filiado ao plano de benefícios o participante:

I - afastado, com ou sem prejuízo de vencimentos, subsídios ou salários, para outro

órgão público ou ente da Administração Direta e Indireta, de quaisquer dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive o de São

Paulo;

II - afastado ou licenciado de cargo efetivo temporariamente, com ou sem prejuízo

de vencimentos ou subsídios;

III - que optar pelo Benefício Proporcional Diferido ou pelo autopatrocínio, na

forma do regulamento do Plano de Benefícios.

§ 1º O regulamento do Plano de Benefícios disciplinará as regras para a manutenção do

custeio do plano, observada a legislação aplicável.

§ 2º O patrocinador arcará com a sua contribuição somente quando a cessão, o

afastamento ou a licença do cargo efetivo for concedido sem prejuízo de vencimentos,

subsídios ou salários.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 132

CI 5133 124

§ 3º No caso de cessão, afastamento ou licença com prejuízo de vencimentos, subsídios

ou salários, o servidor arcará com sua contribuição individual e o ente ou órgão

cessionário, se houver, arcará com a contribuição que couber ao patrocinador, na forma

que dispuser o plano de benefícios.

Art. 36. Na perda do vínculo funcional com o ente patrocinador, o participante ativo

poderá optar, conforme regulamento do Plano de Benefícios, por:

I - resgate das contribuições;

II - portabilidade dos recursos para outra entidade de previdência complementar;

III - autopatrocínio, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida,

permanecendo vinculado ao plano de benefícios e arcando com as contribuições

individuais e do patrocinador;

IV - Beneficio Proporcional Diferido, quando a cessação do vínculo se der antes da

aquisição do direito ao benefício pleno programado, a ser concedido quando

cumpridos integralmente os requisitos de elegibilidade.

Parágrafo único. O regulamento do Plano de Benefícios estabelecerá a forma e as

condições para que as contribuições do patrocinador integrem o montante a ser levantado

pelo participante, nas hipóteses dos incisos I, II e IV deste artigo.

Art. 37. Os requisitos para aquisição, manutenção e perda da qualidade de participante

ativo e de Assistido, assim como para elegibilidade, critérios de concessão, forma de

cálculo e pagamento dos benefícios, deverão constar do regulamento do Plano de

Benefícios.

Art. 38. A gestão e a execução do plano de benefícios do RPC serão realizadas por

entidade fechada de previdência complementar.

Art. 39. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, no âmbito da Administração

Pública Municipal Indireta, entidade fechada de previdência complementar denominada

Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos do Município de São

Paulo – Sampaprev, com a finalidade de gerir e executar o Plano de Benefícios.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 133

CI 5133 125

§ 1º A Sampaprev será estruturada sob a forma de fundação, de natureza pública, com

personalidade jurídica de direito privado, gozando de autonomia administrativa,

patrimonial, financeira e gerencial, vinculada à Secretaria Municipal de Gestão.

§ 2º A Sampaprev reger-se-á pelas disposições desta lei e por seu estatuto, que

disciplinará sua estrutura administrativa e modelo de gestão.

§ 3º A Sampaprev, com prazo de duração indeterminado, sede e foro na Cidade de São

Paulo, adquirirá personalidade jurídica a partir do registro de seu ato constitutivo no

Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

§ 4º Além da sujeição às normas gerais de direito público, a Sampaprev estará sujeita às

seguintes obrigações:

I - realização de concurso público para a contratação de pessoal;

II - submissão à legislação sobre licitação e contratos administrativos;

III - publicação anual, no Diário Oficial da Cidade e em sítio oficial da

Administração Pública na Internet, de suas demonstrações contábeis, atuariais,

financeiras e de benefícios;

IV - fornecimento de informações aos participantes e Assistidos do plano de

benefícios e ao órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas de previdência

complementar.

§ 5º Alternativamente à constituição da entidade prevista neste artigo, o Município poderá

valer-se de entidade fechada de previdência complementar já existente, destinada a

administrar planos de previdência complementar de servidores públicos, mediante

instrumento especifico.

§ 6º No caso do disposto no § 5º, deverá ser criado Comitê Gestor junto à entidade fechada

de previdência complementar externa, constituído paritariamente por representantes

indicados pelo Chefe do Poder Executivo e por representantes eleitos pelos servidores, na

forma do Estatuto, para acompanhamento e fiscalização da gestão do Plano de Benefícios

complementares do Município.

Art. 40. A supervisão e a fiscalização exercidas pelos órgãos competentes não eximem o

ente patrocinador da responsabilidade pelo monitoramento das atividades da entidade

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 134

CI 5133 126

fechada de previdência complementar externa, conveniada na forma do § 5º do artigo 39,

no que concerne aos planos de previdência complementar por ela administrados, o que

deverá estar previsto no convênio de adesão correspondente.

Art. 41. O Plano de Benefícios será estruturado na modalidade de Contribuição Definida,

de acordo com a regulamentação estabelecida pelo órgão regulador e fiscalizador das

entidades fechadas de previdência complementar, financiado de acordo com os planos de

custeio definidos nos termos do artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 109,

observadas as demais disposições da Lei Complementar Federal nº 108, ambas de 2001.

§ 1º Sempre que necessário, visando assegurar o equilíbrio financeiro e atuarial

permanente do Plano de Benefícios, as contribuições para aquele plano serão revistas,

observada a periodicidade mínima anual.

§ 2º Sem prejuízo do disposto no § 3º do artigo 18 da Lei Complementar nº 109, de 2001,

o valor do benefício programado será calculado, no momento da sua concessão, de acordo

com o montante do saldo acumulado na conta do participante ativo, devendo o valor do

benefício estar permanentemente ajustado ao referido saldo, na forma prevista no

regulamento do respectivo plano de benefícios e em Nota Técnica Atuarial.

§ 3º As demais condições para adesão e as características do Plano de Benefícios serão

definidas em regulamento.

§ 4º Os benefícios não programados serão cobertos por seguro contratado externamente,

cujo prêmio será custeado à proporção de pelo menos 50% (cinquenta por cento) pelo

participante e até 50% (cinquenta por cento) pelo patrocinador, garantidas as coberturas

mínimas para invalidez e morte do segurado.

§ 5º A Cobertura de Longevidade, correspondente a um percentual do montante

capitalizado para cada participante, será garantida por seguro, cujo prêmio será custeado

à proporção de pelo menos 50% (cinquenta por cento) pelo participante e até 50%

(cinquenta por cento) pelo patrocinador, podendo sua gestão ser contratada externamente,

nos termos do regulamento.

§ 6º A participação do patrocinador de que tratam os §§ 4º e 5º não ultrapassará 1% (um

por cento) da base de contribuição referida no artigo 33.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 135

CI 5133 127

§ 7º Os seguros de que tratam os §§ 4º e 5º terão adesão automática para os participantes

do RPC, ficando assegurado ao participante ativo o direito de requerer, a qualquer tempo,

o cancelamento dos mencionados benefícios nos termos do regulamento.

§ 8º Caso o servidor deseje ter cobertura superior à prevista no regulamento para os

benefícios de risco de que trata o § 4º, arcará individualmente com a diferença de custo

do seguro.

Art. 42. Após o cumprimento das exigências formais do Plano de Benefícios para a

concessão do Benefício de Renda Programada, mas antes do início do gozo deste

benefício, o participante ativo, desde que atendidos os requisitos estabelecidos no

regulamento poderá exercer quaisquer dos direitos relativos aos institutos previdenciários

de que tratam os artigos 14 e 15 da Lei Complementar Federal nº 109, de 2001.

Art. 43. A aplicação dos recursos garantidores correspondentes às reservas técnicas, às

provisões e aos fundos do Plano de Benefícios será feita na conformidade das diretrizes

e limites prudenciais estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional.

Art. 44. O Plano de Custeio, previsto no artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 109,

de 2001, discriminará o percentual mínimo da contribuição do participante ativo e do

patrocinador, conforme o caso, para cada um dos benefícios previstos no Plano de

Benefícios, observado o disposto no artigo 6º da Lei Complementar Federal nº 108, de

2001.

Art. 45. As reservas técnicas constituídas em nome do participante ativo deverão conter

o registro contábil das contribuições por ele efetuadas, bem como as do patrocinador, de

forma apartada.

Art. 46. Os Órgãos e Entidades do Município são responsáveis pelo pagamento de suas

contribuições e pelo desconto das contribuições dos participantes ativos, bem como pela

transferência de ambas à entidade administradora do Plano de Benefícios.

§ 1º O pagamento ou a transferência das contribuições após o dia 10 (dez) do mês seguinte

ao da competência a que se referir:

I - ensejará a aplicação dos acréscimos de mora previstos para os tributos federais;

e

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 136

CI 5133 128

II - sujeitará o responsável às sanções penais e administrativas cabíveis.

§ 2º Os valores a serem repassados à entidade gestora do RPC, a título de contribuição do

patrocinador, deverão ser pagos com recursos do orçamento de cada um dos órgãos,

entidades indicados no “caput” deste artigo, e terão previsão obrigatória na Lei

Orçamentária Anual e não são passíveis de contingenciamento.

Art. 47. Compete ao Iprem assegurar o suporte administrativo, operacional e de gestão

das atividades correlatas ao que dispõe a presente lei, necessários à implantação e ao

funcionamento do RPC.

Art. 48. As despesas administrativas do Plano de Benefícios serão custeadas na forma do

regulamento do Plano de Benefícios, observado o disposto no “caput” do artigo 7º da Lei

Complementar Federal nº 108, de 2001.

§ 1º O montante de recursos destinados à cobertura das despesas administrativas será

revisado ao final de cada ano com vistas ao atendimento do disposto neste artigo.

§ 2º Na hipótese de adesão a planos de benefícios previdenciários complementares

administrados por entidade fechada de previdência complementar externa, deverá constar

em instrumento especifico a previsão de revisão anual da cobertura das despesas

administrativas pela entidade conveniada.

Art. 49. É exigida a instituição de código de ética e de conduta, que terá ampla

divulgação, especialmente entre os participantes e Assistidos e as partes relacionadas,

cabendo aos Conselhos do Iprem, na hipótese de adesão do Município a uma entidade

fechada de previdência complementar existente, assegurar o seu cumprimento.

TÍTULO V – DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

– IPREM

CAPÍTULO I – DA NATUREZA E FINALIDADE

Art. 50. O Iprem, criado na Lei nº 9.157, de 1º de dezembro de 1980 e legislação

subsequente, fica reorganizado nos termos desta lei.

Art. 51. O Iprem é uma entidade autárquica de direito público sob regime especial, com

autonomia administrativa, financeira e patrimonial, sede e foro no Município de São

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 137

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Paulo e quadro de servidores sob regime jurídico estatutário nos termos da Lei Municipal

n° 8.989/79, cabendo-lhe:

I - a administração, o gerenciamento e operacionalização do RPPS;

II - a arrecadação e a cobrança de recursos e contribuições, necessários ao custeio

do regime previdenciário e do Iprem;

III - a concessão, manutenção e pagamento de benefícios previdenciários aos seus

segurados, nos termos da legislação vigente;

IV - outras competências específicas relativas aos regimes previdenciários.

Art. 52. O Iprem tem as seguintes atribuições:

I - garantir a regularidade previdenciária;

II - regulamentar, no âmbito de sua competência, as normas referentes ao RPPS,

bem como as relativas à orientação, supervisão, fluxos de trabalho e ao

acompanhamento das atividades descentralizadas;

III - arrecadar e gerir a receita, o patrimônio e os Fundos Financeiro e

Previdenciário;

IV - conceder, pagar e manter as aposentadorias e pensões para os Segurados dos

Órgãos e Entidades do Município;

V - gerir o risco previdenciário em observância ao equilíbrio financeiro e atuarial

do RPPS e à sustentabilidade previdenciária do Município;

VI - manifestar-se sobre alterações na legislação previdenciária e de pessoal com

reflexos no regime previdenciário do Município;

VII - promover ações no contexto das relações de trabalho, saúde e previdência do

servidor em conjunto com os Órgãos e Entidades do Município;

VIII - realizar o censo previdenciário e recadastramento dos segurados;

IX - constituir, organizar, gerenciar e manter base de dados e sistema informatizado

contendo dados cadastrais e financeiros, da relação de trabalho e previdenciária;

X - manter o registro individual dos Segurados;

XI - gerir informações relativas aos benefícios de riscos administrados pelas

unidades de recursos humanos dos Órgãos e Entidades do Município, que impactam

no custo e no equilíbrio financeiro e atuarial;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 138

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XII - manter e gerir o conhecimento previdenciário;

XIII - manter relacionamento institucional com os Segurados;

XIV - proporcionar aos servidores do Iprem, das unidades de recursos humanos dos

Órgãos e Entidades do Município capacitação e aperfeiçoamento profissional na

área previdenciária;

XV - garantir aos segurados e dependentes o pleno acesso às informações

previdenciárias e à situação financeira e atuarial dos regimes previdenciários,

observadas as normas de acesso à informação.

§ 1º O Iprem contará com o apoio dos órgãos e entidades municipais, de acordo com suas

competências, para a padronização da base de dados com vistas à implantação de sistema

informatizado e integrado de gestão previdenciária com os Órgãos e Entidades do

Município.

§ 2º Serão estabelecidos, em regulamento, etapas, prazos e fluxos operacionais para a

realização da compensação financeira entre regimes de previdência e a garantia da receita

em seu potencial.

Art. 53. O Iprem fará a gestão do RPPS e o apoio operacional ao RPC, centralizando a

inteligência e informações previdenciárias, podendo delegar as atividades operacionais às

Unidades de Recursos Humanos dos Órgãos e Entidades do Município, na forma do

regulamento.

Art. 54. O Iprem, na qualidade de entidade autárquica, deverá observar na gestão e

administração do RPPS, além dos princípios da Administração Pública:

I - as normas gerais de contabilidade e atuária para aferição e garantia do equilíbrio

financeiro e atuarial;

II - a gestão financeira e administrativa descentralizada em relação à Prefeitura;

III - a realização de escrituração contábil distinta do Tesouro Municipal, inclusive

de rubricas destacadas nos orçamentos, para pagamentos dos benefícios

previdenciários; IV - aplicação das regras contidas no artigo 50 da Lei

Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 e suas alterações, no que concerne à

escrituração do plano de contas.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 139

CI 5133 131

Art. 55. É vedado ao Iprem:

I - a concessão de empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos

Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, às entidades da Administração Direta

e Indireta, CMSP e TCMSP;

II - a aplicação de recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo

Federal;

III - a atuação como instituição financeira, bem como prestar fiança, aval ou

obrigar-se, em favor de terceiros, por qualquer outra forma.

Art. 56. As regras necessárias ao funcionamento do Iprem, inclusive sua estrutura

organizacional, serão estabelecidas em decreto.

CAPÍTULO II – DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

Art. 57. São órgãos de administração do Iprem:

I - Conselho Deliberativo;

II - Diretoria Executiva;

III - Conselho Fiscal; e

IV - Comitê de Investimento.

Art. 58. O Conselho Deliberativo é o órgão de deliberação e orientação superior da

Previdência Municipal, com composição paritária de representantes dos servidores e do

Município tendo por finalidade assegurar o regime de previdência de caráter contributivo

e solidário do RPPS, garantindo o equilíbrio financeiro e atuarial.

Art. 59. O Conselho Deliberativo é composto de 8 (oito) membros titulares e respectivos

suplentes, disposto da seguinte forma:

I - representante da Secretaria Municipal de Gestão;

II - representante da Secretaria Municipal de Fazenda;

III - representante da Procuradoria Geral do Município;

IV - representante do Poder Legislativo, com alternância entre CMSP e TCMSP;

V - 2 (dois) representantes dos Segurados da Administração Direta, sendo pelo

menos um aposentado;

VI - 1 (um) representante dos Segurados das Autarquias e Fundações;

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VII - 1 (um) representante dos Segurados do Poder Legislativo, com alternância

entre a CMSP e o TCMSP.

§ 1º O Presidente do Conselho de Deliberativo será indicado pelo Chefe do Poder

Executivo, dentre os representantes mencionados nos incisos I e II do “caput”.

§ 2º Os representantes elencados nos incisos V a VII, bem como seus respectivos

suplentes, serão escolhidos dentre os segurados do regime, por meio de eleição realizada

na forma de regulamento específico.

§ 3º Os representantes dos Segurados investidos como membro titular do Conselho

Deliberativo terão mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida uma única recondução,

vedada, após a conclusão do mandato, a participação, pelos 2 (dois) anos seguintes, em

qualquer dos conselhos e órgãos de administração do Iprem.

§ 4º Na ausência definitiva de qualquer representante titular dos Segurados, o

representante suplente será empossado na vaga para a conclusão do mandato.

§ 5º Os membros do Conselho Deliberativo, titulares e suplentes, deverão possuir curso

superior completo, e:

I - comprovado conhecimento da legislação previdenciária; ou,

II - experiência no exercício de atividades nas áreas de seguridade, administração,

economia, finanças, planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou

auditoria.

§ 6º No caso de ausência ou impedimento temporário de membro titular do Conselho

Deliberativo, este será substituído por seu suplente.

Art. 60. Ao Conselho Deliberativo compete:

I - aprovar as políticas e normas aplicáveis ao RPPS;

II - aprovar diretrizes gerais de atuação do Iprem, na qualidade de Entidade Gestora

Única do RPPS, respeitadas as disposições legais aplicáveis;

III - aprovar o Regimento Interno do Iprem e demais normas necessárias ao perfeito

funcionamento do regime previdenciário municipal;

IV - aprovar o Regimento Interno do Conselho Fiscal do Iprem;

V - elaborar e aprovar seu Regimento Interno;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 141

CI 5133 133

VI - autorizar a aceitação de bens e direitos, direcionados ao Fundo Previdenciário,

para cobrir o custo atuarial da transferência de segurados do Fundo Financeiro;

VII - autorizar a alienação ou gravame de bens e direitos integrantes do patrimônio

do Fundo Previdenciário, sem prejuízo da satisfação das exigências legais

pertinentes;

VIII - deliberar sobre a gestão dos fundos administrados pelo Iprem;

IX - deliberar sobre a política de investimentos dos recursos dos Fundos, ouvidos a

Diretoria de Investimentos e o Comitê de Investimentos;

X - estabelecer as diretrizes relativas à aplicação dos recursos econômico-

financeiros, observada a legislação vigente;

XI - aprovar, na forma da lei, sobre a aceitação de doações e legados com ou sem

encargos, que possam ou não resultar em compromisso econômico-financeiro para

o RPPS;

XII - acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a

execução dos planos, programas e orçamentos do RPPS e da Entidade Gestora

Única;

XIII - praticar atos e deliberar sobre matéria que lhe seja atribuída por lei ou

regulamento;

XIV - deliberar sobre a forma de financiamento do RPPS, observada a legislação

vigente;

XV - autorizar o Iprem a firmar contratos ou convênios com instituições financeiras

para a administração, aplicação ou investimento dos recursos do RPPS, observada

a Política Anual de Investimentos;

XVI - aprovar política de alçada decisória abrangendo todas as áreas gestoras,

determinando limites das competências e atribuições para realização de atos

administrativos decisórios;

XVII - manifestar-se sobre proposta de alteração da estrutura e funcionamento do

Iprem;

XVIII - aprovar o regulamento interno de compras e o plano de contas, propostos

pela Diretoria Executiva;

XIX - deliberar sobre os casos omissos, observadas as regras aplicáveis ao RPPS.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 142

CI 5133 134

§ 3° A gratificação pela participação dos membros nos Conselhos Deliberativo e Fiscal,

nos termos do inciso III, do artigo 100 da Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979, e no

Comitê de Investimento, é de, respectivamente, 25% (vinte e cinco), 20% (vinte) e 15%

(quinze) do subsídio do Diretor Presidente.

§ 4º O valor da gratificação, a que se refere o § 3º deste artigo, será pago mensalmente,

independentemente da quantidade de reuniões realizadas e desde que consignada a

presença do conselheiro titular, ou, na sua ausência, do respectivo suplente.

Art. 61. A Diretoria Executiva é o órgão de administração do Iprem, com a finalidade de

executar as políticas e diretrizes previdenciárias do Município de São Paulo e funcionará

em conformidade com o Regimento Interno.

Art. 62. A Diretoria Executiva será composta por:

I - Diretor Presidente;

II - Diretor de Benefícios e Relacionamento;

III - Diretor de Gestão Previdenciária;

IV - Diretor de Investimentos; e

V - Diretor de Administração e Finanças.

§ 1º Além das atribuições próprias das respectivas áreas, os Diretores participarão de

decisões colegiadas no âmbito da Diretoria Executiva, conforme disciplinado em

Regimento Interno.

§ 2º Os membros da Diretoria Executiva deverão preencher os seguintes requisitos:

I - possuir formação superior e comprovada experiência profissional de, no mínimo,

cinco (5) anos nas áreas de seguridade, administração, economia, finanças,

planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou auditoria;

II - não ter sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade

administrativa, julgada por órgão colegiado ou transitada em julgado;

III - não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou função pública rejeitadas

por decisão irrecorrível proferida por órgão competente;

IV - não ter sofrido penalidade administrativa vigente.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 143

CI 5133 135

§ 3º O Diretor de Investimentos deverá comprovar possuir certificação de profissionais

do mercado financeiro organizado por entidade autônoma de reconhecida capacidade

técnica e de difusão no mercado brasileiro de capitais.

Art. 63. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização do Iprem, tendo por finalidade

assegurar o cumprimento das normas aplicáveis ao RPPS, sendo composto por 6 (seis)

membros titulares e respectivos suplentes, da seguinte forma:

I - 1 (um) representante da Administração Direta;

II - 1 (um) representante das Autarquias e Fundações;

III - 1 (um) representante do Poder Legislativo, com alternância entre a CMSP e o

TCMSP;

IV - 1 (um) representante dos Segurados da Administração Direta;

V - 1 (um) representante dos Segurados das Autarquias e Fundações;

VI - 1 (um) representante dos Segurados do Poder Legislativo, com alternância

entre a CMSP e o TCMSP.

§ 1º Os membros titulares e suplentes do Conselho Fiscal serão nomeados pelo Prefeito.

§ 2° Os representantes elencados nos incisos I a III, bem como seus respectivos suplentes,

serão indicados pelo Chefe do Executivo, pela CMSP e pelo TCMSP, respectivamente.

§ 3º Os representantes elencados nos incisos IV a VI, bem como seus respectivos

suplentes, serão escolhidos dentre os segurados do regime, por meio de eleição realizada

na forma de regulamento especifico.

§ 4º Na ausência definitiva de qualquer representante titular dos Segurados, o

representante suplente será empossado na vaga para a conclusão do mandato.

§ 5º No caso de vacância dos representantes titulares do Conselho Fiscal elencados nos

incisos I a III, o respectivo suplente assumirá o cargo até a conclusão do mandato.

§ 6º Ocorrendo a ausência ou impedimento temporário de membro titular do Conselho

Fiscal, este será substituído por seu suplente.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 144

CI 5133 136

§ 7º Não poderão integrar o Conselho Fiscal:

I - ao mesmo tempo, representantes que guardem entre si, com membros da

Diretoria Executiva ou do Conselho Deliberativo, relação conjugal ou de

parentesco, consanguíneo ou afim, até o terceiro grau;

II - servidores ou autoridades responsáveis pelos atos de gestão orçamentária,

financeira, patrimonial e operacional do Iprem;

III - membros do Conselho Deliberativo e do Comitê de Investimento do Iprem.

§ 8º Os membros da Diretoria Executiva não poderão integrar o Conselho Fiscal pelo

período mínimo de 3 (três) anos após seu desligamento.

§ 9º Os membros titulares e suplentes do Conselho Fiscal deverão possuir curso superior

completo e experiência no exercício de atividades nas áreas de seguridade, administração,

economia, finanças, planejamento, orçamento, direito, contabilidade, atuária ou auditoria.

§ 10. O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho Fiscal serão eleitos entre os seus

membros, para mandatos de 1 (um) ano, permitida a recondução, nos termos do

regulamento.

Art. 64. Compete ao Conselho Fiscal:

I - elaborar seu próprio regimento e submetê-lo à aprovação do Conselho

Deliberativo;

II - eleger seu próprio Presidente;

III - lavrar as atas de suas reuniões, inclusive os pareceres e os resultados dos

exames procedidos;

IV - analisar as demonstrações financeiras, documentos contábeis da entidade,

demais documentos ou registros que entender necessários ou que forem solicitados

pelo Conselho Deliberativo e emitir parecer, submetendo-o à deliberação deste;

V - opinar sobre assuntos de natureza econômico-financeira e contábil que lhe

sejam submetidos pelo Conselho Deliberativo ou pela Diretoria Executiva;

VI - comunicar ao Conselho Deliberativo fatos relevantes que apurar no exercício

de suas atribuições;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 145

CI 5133 137

VI - apreciar a prestação de contas anual e os balancetes mensais e emitir parecer

que será submetido à deliberação do Conselho Deliberativo;

VII - atuar como Conselho Fiscal dos fundos financeiro e previdenciário

administrados pelo Iprem;

VIII - zelar pela aplicação da legislação pertinente ao RPPS;

IX - acompanhar a política de investimentos dos fundos administrados pelo Iprem.

Parágrafo único. O Conselho Fiscal poderá requisitar documentos e informações para o

desempenho de suas atribuições, bem como examinar os livros e documentos do Iprem e

dos fundos e solicitar, justificadamente, ao Conselho Deliberativo, o auxílio de

especialistas e peritos.

Art. 65. O Comitê de Investimento tem por finalidade acompanhar, assessorar e auxiliar

na execução da Política de Investimento do RPPS, observando os princípios de

governança, transparência, eficiência na gestão e aplicação dos recursos vinculados ao

Funprev e Finan.

§ 1º O Comitê de Investimento será composto por 5 (cinco) membros indicados pelo

Conselho Deliberativo e nomeados pelo Prefeito, dentre os servidores públicos

integrantes dos quadros dos Órgãos e Entidades.

§ 2º Os membros do Comitê de Investimento devem observar os seguintes requisitos:

I - possuir curso superior completo e conhecimento comprovado por meio de

experiência nas áreas de seguridade, administração, economia, direito,

contabilidade ou atuária;

II - a maioria dos membros deverá possuir certificação de profissionais do mercado

financeiro organizado por entidade autônoma de reconhecida capacidade técnica e

de difusão no mercado brasileiro de capitais na forma do regulamento;

III - não ter sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade

administrativa, julgada por órgão colegiado ou transitada em julgado;

IV - não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou funções públicas

rejeitadas por decisão irrecorrível proferida por órgão competente;

V - não ter sofrido penalidade administrativa vigente.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 146

CI 5133 138

§ 3º Dentre os indicados ao Comitê de Investimento, pelo menos 2 (dois) membros

deverão ser escolhidos dentre os servidores segurados dos Órgãos e Entidades, nos termos

do regulamento.

§ 4º Fica assegurado aos membros do Comitê de Investimento o acesso irrestrito às

informações e aos documentos relativos aos processos de investimento e de

desinvestimento dos ativos do RPPS.

§ 5º O mandato e as hipóteses de destituição dos membros do Comitê de Investimento

serão previstos no regulamento, a ser editado pelo Conselho Deliberativo.

§ 6º Compete ao Comitê de Investimento:

I - emitir manifestação, quando necessário, sobre as análises técnicas, econômicas,

financeiras e conjunturais da gestão de política de investimento;

II - avaliar, acompanhar e indicar as opções de investimentos e estratégias que

envolvam compra, venda, renovação e realocação dos ativos da carteira, em

consonância com a política de investimento;

III - propor critérios, procedimentos e normas para a aplicação dos recursos, bens e

direitos do Funprev e Finan;

IV - elaborar a proposta de política anual de investimentos do Funprev e Finan, a

ser submetida ao Conselho Deliberativo;

V - elaborar proposta de regulamentação e alteração do seu Regimento Interno;

VI - exercer as demais atribuições definidas no seu Regimento Interno.

CAPÍTULO III – DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Seção I – Da Estrutura Básica

Art. 66. O Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem passa a ter a seguinte

estrutura normal:

I - Presidência;

II - Gabinete da Presidência;

III - Controladoria Previdenciária;

IV - Diretoria de Benefícios e Relacionamento;

V - Diretoria de Gestão Previdenciária;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 147

CI 5133 139

VI - Diretoria de Investimentos;

VII - Diretoria de Administração e Finanças.

Seção II – Do Detalhamento da Estrutura Básica

Art. 67. O Gabinete do Presidente compõe–se de:

I - Chefia de Gabinete;

II - Assessoria Jurídica;

III - Assessoria Previdenciária;

IV - Assessoria de Planejamento e Gestão;

V - Assessoria de Comunicação Institucional.

Art. 68. A Diretoria de Benefícios e Relacionamento compõe-se de:

I - Gerência de Benefícios, com:

a) Supervisão de Análise e Concessão de Pensões;

b) Supervisão de Análise e Concessão de Aposentadorias;

c) Supervisão de Pagamentos de Benefícios;

d) Supervisão de Compensação Previdenciária.

II – Gerência de Relacionamento com o Segurado, com:

a) Supervisão de Informações Cadastrais;

b) Supervisão de Atendimento.

Art. 69. A Diretoria de Gestão Previdenciária compõe-se de:

a) Supervisão de Receitas e Contribuições;

b) Supervisão de Tecnologia da Informação;

c) Supervisão de Desenvolvimento Profissional.

Art. 70. A Diretoria de Investimentos compõe-se de:

I - Supervisão de Operações e Planejamento;

II - Supervisão de Controle e Registro;

III - Supervisão de Conformidade de Investimentos.

Art. 71. A Diretoria de Administração e Finanças compõe-se de:

I - Supervisão Administrativa;

II - Supervisão de Compras e Licitações;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 148

CI 5133 140

III - Supervisão de Orçamento Finanças e Contabilidade;

IV - Supervisão de Pessoal.

CAPÍTULO IV – DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES

Seção I – Da Presidência

Art. 72. Compete ao Diretor Presidente:

I - representar institucionalmente o Iprem;

II - fixar políticas e diretrizes no âmbito de sua competência;

III - estabelecer parâmetros gerais por meio de atos normativos, a fim de orientar e

disciplinar o RPPS;

IV - exercer a administração executiva;

V - ordenar despesas previamente autorizadas por lei necessárias para consecução

dos objetivos e finalidades da Autarquia;

VI - apreciar em grau de recurso os requerimentos relativos às aposentadorias,

pensões e contribuições previdenciárias;

VII - coordenar o planejamento de longo prazo do Iprem e do RPPS;

VIII - promover as medidas necessárias à elaboração e execução, pelas áreas

competentes, do orçamento anual e dos demais instrumentos de planejamento, de

acordo com a legislação de regência;

IX - cumprir e fazer cumprir o regulamento do Iprem e demais atos normativos

internos;

X - deliberar sobre as atividades, atribuições, competências e estrutura interna do

Iprem;

XI - administrar o quadro de pessoal do Iprem;

XII - promover concursos públicos para provimento de cargos vagos do Quadro dos

Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP na forma da lei;

XIII - autorizar a apuração por meio de averiguação preliminar, no âmbito de sua

competência;

XIV - autorizar procedimentos de aquisição de bens e serviços nos termos da

legislação vigente;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 149

CI 5133 141

XV - autorizar abertura de processo licitatório, firmar contratos, convênios, acordos

e ajustes, conforme previsto na legislação específica;

XVI - apresentar à Diretoria Executiva, ao Conselho Deliberativo e ao Conselho

Fiscal documentos e relatórios na forma da legislação de regência;

XVII - prestar contas aos órgãos de controle interno e externo, na forma da

legislação de regência;

XVIII - delegar as competências próprias no âmbito do Iprem, fixando, quando for

o caso, alçadas máximas para as autoridades delegadas;

XIX - instituir e zelar pelo Plano de Governança Corporativa;

XX - criar agências de atendimento previdenciário em locais distintos da sede do

Iprem, de forma a garantir maior qualidade na prestação de serviços aos segurados;

XXI - exercer outras atribuições que lhe forem cometidas em lei, decreto ou

regulamento.

Parágrafo único. Aos demais dirigentes do Instituto de Previdência Municipal de São

Paulo compete planejar, dirigir, coordenar e orientar a execução, acompanhar e avaliar as

atividades de suas respectivas unidades, bem como exercer outras atribuições inerentes

às respectivas competências.

Seção II – Das Unidades de Assistência Direta à Presidência

Art. 73. A Chefia de Gabinete tem as seguintes atribuições: I – planejar, coordenar,

supervisionar e orientar as atividades técnicas e administrativas de apoio ao Diretor

Presidente; II – executar os serviços relacionados com as audiências e representações

políticas e institucionais do Diretor Presidente; III – supervisionar e coordenar as

atividades de administração geral da Autarquia; IV – recepcionar as demandas da

fiscalização e judiciais, encaminhar às áreas competentes e zelar pelo cumprimento dos

prazos de respostas; V – exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.

Art. 74. A Assessoria Jurídica tem as seguintes atribuições:

I - assessorar a Presidência nos assuntos de natureza jurídica;

II - assegurar a necessária coordenação e a unidade de procedimento jurídico na

instituição;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 150

CI 5133 142

III - examinar e aprovar minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,

acordos, convênios ou ajustes;

IV - exercer consultoria e assessoria jurídica e representação extrajudicial;

V - emitir manifestação ou parecer jurídico;

VI - exercer outras atribuições no âmbito da sua área de atuação.

Parágrafo único. A representação judicial ativa e passiva do Iprem, com prerrogativas

processuais da Fazenda Pública nos termos do artigo 10 da Lei nº 14.669, de 14 de janeiro

de 2008, compete à Procuradoria Geral do Município – PGM.

Art. 75. A Assessoria Previdenciária tem as seguintes atribuições:

I - analisar alterações na legislação previdenciária que tenham impacto nas

atividades desempenhadas pela Entidade e nos planos de benefícios;

II - participar da elaboração de matérias informativas a serem veiculadas interna ou

externamente, em colaboração com a Assessoria de Comunicação Institucional;

III - elaborar ofícios, minutas de projetos de leis e de decretos, portarias, despachos,

exposições de motivos e outros documentos ou atos oficiais;

IV - examinar processos e expedientes encaminhados ao Gabinete da Presidência;

V - produzir informações gerais para subsidiar decisões do Gabinete da Presidência

e das Diretorias;

VI - exercer outras atribuições no âmbito da sua área de atuação.

Art. 76. A Assessoria de Planejamento e Gestão tem as seguintes atribuições:

I - assessorar o Gabinete da Presidência nos assuntos relacionados à Autarquia;

II - propor edição e/ou modificação de atos administrativos;

III - desenvolver estudos e atividades de apoio técnico à execução, ao controle e à

avaliação relacionados à área de atuação da Autarquia;

IV - assessorar no planejamento estratégico do Instituto e da previdência municipal;

V - assessorar na gestão, proposição e consolidação de indicadores e informações

gerenciais relativos às atividades do RPPS e do Iprem;

VI - acompanhar estudos, avaliações e projeções de caráter atuarial, econômico,

financeiro e orçamentário, em conjunto com profissionais da Autarquia ou

contratados;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 151

CI 5133 143

VII - acompanhar o planejamento e a execução do orçamento anual e do Plano

Plurianual;

VIII - realizar e consolidar a gestão de projetos;

IX - orientar a elaboração de relatórios solicitados pela Diretoria Executiva e

Conselhos;

X - orientar, coordenar e consolidar a elaboração do Relatório Anual de Atividades;

XI - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.

Art. 77. A Assessoria de Comunicação Institucional tem as seguintes atribuições:

I - planejar, gerenciar, coordenar e exercer atividades inerentes à comunicação

institucional;

II - interagir com as diversas mídias impressas, eletrônicas e sociais, sobre as rotinas

e processos de interesse;

III - estabelecer canal permanente de comunicação com os segurados, seus

dependentes, munícipes e demais órgãos da Administração Pública;

IV - propor, planejar e gerenciar projetos de responsabilidade social ligados às

finalidades do Iprem;

V - assessorar as áreas da Autarquia nos projetos e programas de educação

financeira e previdenciária na forma definida pela Presidência;

VI - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.

Art. 78. A Controladoria Previdenciária atuará de modo complementar à Controladoria

Geral do Município no âmbito do Instituto e sem sobreposição ou prejuízo de funções,

com as seguintes diretrizes:

I - autonomia organizacional;

II - cooperação com atividades de auditoria, conformidade e controle do Município

de São Paulo;

III - reconhecimento, autoridade e responsabilidade perante o Iprem;

IV - atuação integrada e zelo pela ética profissional;

V - melhoria da qualidade das ações públicas;

VI - adequação e eficácia dos processos.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 152

CI 5133 144

Art. 79. A Controladoria Previdenciária tem as seguintes atribuições:

I - desenvolver, avaliar e monitorar a matriz de riscos;

II - instruir e acompanhar os procedimentos internos com vistas à mitigação dos

pontos de fragilidade e suscetibilidade a inconformidades;

III - aprimorar os meios e as formas para o exercício do controle social sobre a

gestão do RPPS e da Autarquia;

IV - prevenir situações e processos conflitantes de interesses no desempenho da

função pública;

V - promover estudos e pesquisas, propondo a sistematização, normatização e

padronização de procedimentos operacionais, gestão de riscos e conformidade;

VI - fomentar iniciativas e boas práticas relacionadas ao aprimoramento dos

controles internos administrativos, ao gerenciamento de riscos e à transparência

com ações de prevenção de irregularidades;

VII - analisar reclamações, notícias de irregularidades praticadas por servidores,

bem como gerenciar os trabalhos das comissões de averiguação preliminar;

VIII - proceder à análise de conformidade na concessão dos benefícios, orientar e

acompanhar a correta aplicação das técnicas e legislação pertinentes;

IX - emitir relatórios periódicos de conformidade de procedimentos ao Diretor

Presidente e propor, se for o caso, o seu encaminhamento à Controladoria Geral do

Município;

X - receber, analisar e responder as reivindicações, reclamações, sugestões e

denúncias, encaminhando-as, conforme a matéria, para as áreas competentes;

XI - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.

Seção III – Das Unidades Específicas

Art. 80. A Diretoria de Benefícios e Relacionamento tem as seguintes atribuições:

I - planejar, ordenar e orientar as atividades relacionadas com a previdência dos

servidores públicos e de seus beneficiários;

II - contribuir para o estabelecimento de diretrizes e políticas da área de

competência;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 153

CI 5133 145

III - analisar e deliberar sobre a concessão e a extinção de benefícios

previdenciários;

IV - analisar e deliberar sobre a revisão e composição de benefícios previdenciários;

V - criar e manter registro de manifestações e decisões com a finalidade de

padronizar o tratamento para situações análogas;

VI - analisar, instruir e opinar sobre recursos relativos a requerimento de benefícios

previdenciários e enviá-los ao Gabinete da Presidência para deliberação;

VII - coordenar as áreas voltadas à concessão, manutenção e pagamento de

benefícios previdenciários e relacionamento com os segurados;

VIII - zelar pela manutenção e atualização do cadastro previdenciário dos

servidores públicos ativos e inativos, de seus dependentes e de seus pensionistas,

por meio de recadastramento e recenseamento periódicos;

IX - auxiliar e instruir as áreas de recursos humanos dos Órgãos e Entidades, quanto

às contribuições previdenciárias, aposentadorias e pensões;

X - elaborar estudos e análises sobre os assuntos previdenciários;

XI - zelar pela correta instrução de processos e expedientes, afetos a sua área de

competência, atendendo aos princípios da Administração Pública;

XII - prestar contas relativas às ações e atividades próprias de sua área de atuação

ao Gabinete da Presidência;

XIII - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.

Art. 81. A Diretoria de Gestão Previdenciária tem as seguintes atribuições:

I - estabelecer diretrizes e políticas de gestão previdenciária;

II - planejar, ordenar, coordenar e orientar atividades relativas à gestão estratégica:

a) da receita previdenciária;

b) da tecnologia da informação;

c) dos sistemas e dos bancos de dados previdenciários;

d) da informação e do conhecimento previdenciário.

III - Consolidar dados e informações para a elaboração e envio dos relatórios e

demonstrativos exigidos pelos órgãos reguladores e de controle;

IV - monitorar os requisitos necessários para a garantia da regularidade

previdenciária;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 154

CI 5133 146

V - promover a capacitação e aperfeiçoamento profissional dos servidores do Iprem

e das unidades de recursos humanos dos Órgãos e Entidades do município, na área

previdenciária;

VI - propor e analisar atos normativos;

VII - zelar pela correta instrução de processos e expedientes, afetos a sua área de

competência, atendendo aos princípios da Administração Pública;

VIII - prestar contas relativas às ações e atividades próprias de sua área de atuação

ao Gabinete da Presidência;

IX - controlar a arrecadação das contribuições previdenciárias, as compensações

financeiras entre regimes e os repasses financeiros;

X - planejar e gerir:

a) a capacitação e aperfeiçoamento profissional;

b) o conhecimento previdenciário;

c) a informação;

d) a tecnologia da informação;

e) a segurança da informação;

f) os sistemas;

g) os bancos de dados;

h) os fluxos de processos de trabalho.

XI - armazenar, divulgar e compartilhar a informação e o conhecimento;

XII - manter o repositório institucional;

XIII - preservar o patrimônio histórico e a memória da previdência municipal;

XIV - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.

Art. 82. A Diretoria de Investimentos tem as seguintes atribuições:

I - planejar, organizar, dirigir e controlar a execução das operações de

investimentos, de fluxo de caixa e de orçamento;

II - convocar e propor calendário anual de reuniões do Comitê de Investimentos;

III - preparar e conduzir a reunião do Comitê de Investimentos e apresentar proposta

de investimento a ser submetida à aprovação dos membros com direito a voto do

Comitê de Investimentos;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 155

CI 5133 147

IV - fornecer aos órgãos do Iprem informações de investimentos que lhe forem

solicitadas;

V - divulgar informações ao público em geral sobre investimentos do Iprem,

observados os critérios de conveniência, oportunidade e transparência da legislação

em vigor;

VI - elaborar relatório mensal e anual de investimentos, em conformidade com a

legislação em vigor, para divulgação ao público em geral;

VII - elaborar plano anual de investimentos, em conformidade com a legislação em

vigor, antes do final do ano anterior, para divulgação ao público em geral, após

aprovação pelo Comitê de Investimentos, Diretoria Executiva e Conselho

Deliberativo;

VIII - coordenar o acompanhamento e as análises do mercado financeiro e de seus

indicadores;

IX - coordenar análises do ambiente econômico, político e social nacional e

internacional e a elaboração de cenários para subsidiar as decisões de investimentos

do Iprem;

X - coordenar análises de risco e de gerenciamento de ativos e passivos do Iprem.

Art. 83. A Diretoria de Administração e Finanças tem as seguintes atribuições:

I - planejar, organizar, orientar e coordenar as atividades administrativas, de gestão

de pessoas, orçamentárias, financeiras e contábeis;

II - gerir os processos de aquisição de bens e serviços, nos termos da legislação de

regência;

III - gerir contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres;

IV - administrar os bens patrimoniais;

V - assegurar apoio administrativo, material e transportes para o bom andamento

das atividades do Iprem;

VI - zelar pela conservação e manutenção da infraestrutura do Iprem;

VII - executar a política de gestão de pessoas e gerir o quadro de pessoal;

VIII - coordenar as atividades orçamentárias e financeiras da Autarquia;

IX - elaborar a proposta orçamentária do Iprem, a ser aprovada pela Diretoria

Executiva, e acompanhar a sua execução;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 156

CI 5133 148

X - gerir as atividades de contabilidade e a elaboração das demonstrações contábeis

e financeiras;

XI - autorizar a movimentação de numerário e gerir as atividades referentes a

pagamentos, recebimentos, controle de movimentação e disponibilidade financeira,

no limite de suas competências definidas no regimento;

XII - zelar pela correta instrução de processos e expedientes, afetos a sua área de

competência, atendendo aos princípios da Administração Pública;

XIII - prestar contas relativas às ações e atividades próprias de sua área de atuação

ao Gabinete da Presidência;

XIV - exercer outras atribuições no âmbito de sua área de atuação.

Art. 84. O detalhamento das atribuições das áreas internas das unidades específicas será

estabelecido por meio de decreto.

CAPÍTULO V – DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Art. 85. Cabe ao Iprem consolidar, gerenciar e manter as informações cadastrais e

financeiras, dentre outras, com objetivo de controlar e monitorar os resultados atuariais e

financeiros do RPPS, nos termos da legislação vigente.

§ 1° As informações de que trata o “caput” serão disponibilizadas pelos órgãos e entidades

da Administração Direta e Indireta, da CMSP e do TCMSP, nos termos do regulamento

especifico.

§ 2° O Iprem organizará e consolidará os indicadores do RPPS, inclusive os referentes à

saúde do servidor e a infortunística, com a finalidade de apurar os seus respectivos

impactos nas avaliações atuariais e auxiliar no desenvolvimento de políticas de

prevenção.

Art. 86. O Iprem garantirá pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão

do RPPS, respeitadas as diretrizes estabelecidas pela Lei Municipal nº 16.051, de 6 de

agosto de 2014 e legislação subsequente.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 157

CI 5133 149

TÍTULO VI – DO QUADRO DOS PROFISSIONAIS DE GESTÃO

PREVIDENCIÁRIA E SUAS COMPETÊNCIAS

CAPÍTULO I – DO QUADRO DOS PROFISSIONAIS DE GESTÃO

PREVIDENCIÁRIA

Art. 87. Fica criado o Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP,

composto por 100 (cem) cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP, de 75

(setenta e cinco) cargos de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, ambos de

provimento efetivo e 56 (cinquenta e seis) Cargos de Direção e Assessoramento – CDA

de provimento em comissão, constantes dos Anexos III, IV e V desta lei, respectivamente.

Parágrafo único. O Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, a que se

refere o “caput” deste artigo, será gerido exclusivamente pelo Iprem.

Art. 88. Os cargos do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, de

provimento efetivo ou em comissão conforme a natureza, o grau de complexidade e o

nível de responsabilidade das atribuições, integram os seguintes Grupos Ocupacionais:

I - Grupo 1 – Analista de Gestão Previdenciária – AGP, de natureza administrativa

técnica ou técnico-científica, cujo provimento exige a formação de nível superior e

respectiva aprovação em concurso público;

II - Grupo 2 – Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, de natureza de suporte e

apoio técnico e operacional, cujo provimento exige a formação de nível médio e

respectiva aprovação em concurso público;

III - Grupo 3 – Cargos de Direção e Assessoramento – CDA, de natureza de gestão,

de provimento em comissão na forma do Anexo V desta lei, exige nomeação pela

autoridade competente e comportam substituição.

Art. 89. Os cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de Técnico de Gestão

Previdenciária – TGP, do Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP são

de provimento efetivo e não comportam substituição.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 158

CI 5133 150

CAPÍTULO II – DAS CARREIRAS, DAS COMPETÊNCIAS E DA FORMA DE

REMUNERAÇÃO

Seção I – Das Carreiras de Analista de Gestão Previdenciária e de Técnico de Gestão

Previdenciária

Art. 90. Ficam criadas as carreiras de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de

Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, nos termos do disposto nos Anexos III e IV

desta lei, constituídas de 3 (três) Níveis, identificados pelos algarismos romanos I, II e

III, contando, cada um deles, com Categorias, na seguinte conformidade:

I - para os Analistas de Gestão Previdenciária – AGP:

a) Nível I: 6 (seis) Categorias;

b) Nível II: 5 (cinco) Categorias;

c) Nível III: 4 (quatro) Categorias;

II - para os Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP:

a) Nível I: 6 (seis) Categorias;

b) Nível II: 5 (cinco) Categorias;

c) Nível III: 4 (quatro) Categorias.

Parágrafo único. Todos os cargos situam-se inicialmente na Categoria I do Nível I da

carreira e a ela retornam quando vagos.

Art. 91. Nível é o agrupamento de cargos de mesma denominação e Categorias diversas.

Art. 92. Categoria é o elemento indicativo da posição do servidor no respectivo Nível.

Seção II – Das Competências do Analista de Gestão Previdenciária – AGP e do

Técnico de Gestão Previdenciária – TGP

Art. 93. Aos Analistas de Gestão Previdenciária – AGP compete:

I - instruir, analisar, calcular, revisar, cadastrar e acompanhar processos

previdenciários de concessão, pagamento, manutenção, revisão e extinção de

benefícios previdenciários;

II - planejar, implantar, avaliar, atender, orientar e capacitar sobre as ações voltadas

ao atendimento, orientação e informação aos segurados ativos, inativos e

pensionistas do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 159

CI 5133 151

III - propor, implantar, executar e avaliar políticas públicas e ações voltadas para o

aprimoramento e sustentabilidade financeira e atuarial do Regime Próprio de

Previdência Social – RPPS;

IV - desenvolver, implantar, executar e avaliar sistemas, processos e métodos de

gestão nas áreas de atendimento ao público, concessão e auditoria de benefícios

previdenciários, administração de materiais e compras, informação e tecnologia da

informação, gestão de pessoas, desenvolvimento organizacional, patrimônio e

afins, no âmbito do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS;

V - formular, implantar, executar e avaliar as atividades especializadas de alta

complexidade de planejamento, orçamento, finanças, controles internos,

contabilidade, auditoria, gestão, assistência técnica, administração e logística,

relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Regime

Próprio de Previdência Social – RPPS, fazendo uso de equipamentos e recursos

disponíveis para a sua consecução;

VI - desenvolver, acompanhar, executar e avaliar a execução do orçamento do

Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, bem como a elaboração de sua

programação financeira, gerenciamento dos ativos e passivos, gestão de riscos e

exercício do controle de suas contas bancárias, administração de seus haveres

financeiros e mobiliários, gestão patrimonial e outras atividades autorizadas pela

legislação;

VII - executar, sob supervisão, as tarefas de natureza acessória e complementar, em

apoio às atividades de consultoria e assessoramento, bem como de

acompanhamento e operacionalização dos expedientes relacionados com o

atendimento a determinações judiciais e requisições de órgãos e entidades de

fiscalização;

VIII - atuar de forma integrada com órgãos e entidades dos Poderes do Município

e demais esferas de governo, em assuntos relacionados ao Regime Próprio de

Previdência Social – RPPS, bem como na promoção da transparência e gestão fiscal

responsável;

IX - realizar a capacitação e aperfeiçoamento dos servidores que atuam na área

previdenciária do Iprem, da Administração Direta e Indireta, do Tribunal de Contas

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 160

CI 5133 152

do Município de São Paulo – TCMSP e da Câmara Municipal de São Paulo –

CMSP;

X - desenvolver outras atividades afins que lhe forem designadas pelos seus

superiores.

Art. 94. Compete aos Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP:

I - atender, orientar e informar os segurados, beneficiários, dependentes e munícipes

de acordo com as diretrizes institucionais;

II - recepcionar, conferir e direcionar documentos para as áreas competentes;

III - exercer atividades internas e externas de suporte técnico e operacional

relacionadas à gestão de benefícios previdenciários, recursos humanos,

administração de bens de consumo e permanente, informática, contabilidade,

administração patrimonial, financeira e orçamentária, bem como outras atividades

relacionadas com a autarquia;

IV - desenvolver outras atividades afins que lhe forem designadas pelos seus

superiores.

Seção III – Da Forma de Remuneração

Art. 95. Os cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP, de Técnico de Gestão

Previdenciária – TGP e os Cargos de Direção e Assessoramento – CDA terão a

remuneração composta por uma parte fixa e outra variável.

I - parte fixa: compreende o valor do salário-base de acordo com a referência

conforme o Anexo VI desta lei;

II - parte variável: compreende o valor do Prêmio pelo alcance das metas da

Avaliação de Desempenho Institucional e Individual das Atividades

Previdenciárias – Adiap, conforme tabelas “A”, “B”, “C” e “D” do Anexo VII desta

lei.

Art. 96. O salário base previsto para os Analistas de Gestão Previdenciária – AGP,

Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP e para Cargos de Direção e Assessoramento –

CDA serão reajustados na mesma data e no mesmo percentual dos reajustes de

vencimentos dos servidores municipais da Administração Direta, na forma da legislação

vigente.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 161

CI 5133 153

CAPÍTULO III – DO INGRESSO NAS CARREIRAS DE AGP E TGP

Art. 97. O ingresso nas carreiras de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de

Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, do Quadro dos Profissionais de Gestão

Previdenciária – QPGP, observadas as exigências estabelecidas nos Anexos III e IV desta

lei, dar-se-á na Categoria 1 do Nível I, mediante concurso público de provas ou de provas

e títulos.

§ 1° Será exigida comprovação de escolaridade de nível superior para os cargos de

Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de nível médio para os cargos de Técnico em

Gestão Previdenciária – TGP. §

2° O concurso público para provimento dos cargos de Analista de Gestão Previdenciária

– AGP poderá ser realizado por áreas de especialização, na forma estabelecida no

respectivo edital de abertura do certame, de acordo com as necessidades do Iprem.

§ 3° Poderão ser realizados cursos de formação como etapa classificatória e/ou

eliminatória dos concursos públicos para provimento dos cargos de Analista de Gestão

Previdenciária – AGP e de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP.

CAPÍTULO IV – DO AFASTAMENTO

Art. 98. O AGT e TGP poderão ser afastados do exercício do respectivo cargo, com ou

sem prejuízo de vencimentos, na forma de regulamentação própria.

Art. 99. O afastamento previsto no § 1° do artigo 45 da Lei n° 8.989, de 29 de outubro

de 1979, concedido aos servidores das carreiras de Analista de Gestão Previdenciária –

AGP e de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, sem prejuízo da remuneração, não

poderá exceder a 3% (três por cento) dos cargos providos de cada carreira.

§ 1º O afastamento previsto no “caput” deste artigo somente será admitido:

I - para o exercício dos cargos em comissão equivalentes aos cargos em comissão

do Nível de Direção Superior previstos na Lei nº 15.509, de 15 de dezembro de

2011;

II - para o exercício de cargo de Ministro, Secretário de Estado, Secretário

Municipal, Superintendente de Empresa Pública, Autarquia, Fundação ou

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 162

CI 5133 154

Sociedade de Economia Mista ou equivalentes da União, dos Estados e de outros

Municípios.

§ 2° Fica cessado automaticamente o afastamento ou cessão dos Analistas de Gestão

Previdenciária – AGP e dos Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP quando exonerados

de cargo ou função em comissão em outro órgão ou entidade, inclusive do município de

São Paulo.

§ 3º Caso a cessão ocorra com prejuízo da remuneração, a remuneração pelo exercício de

cargo ou função em outros Órgãos ou entidades observará a legislação da entidade

cessionária.

§ 4º A concessão de afastamento na forma deste artigo, quando no exercício de cargo em

comissão no Iprem, implicará na imediata exoneração desse cargo.

CAPÍTULO V – DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 100. O estágio probatório a que se refere o § 4º do artigo 41 da Constituição Federal,

para os ocupantes dos cargos de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e de Técnico

de Gestão Previdenciária – TGP, observará o regulamento em vigor para os servidores

municipais.

Art. 101. Para os fins de Estágio Probatório de que trata o “caput” deste artigo,

consideram-se de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;

II - casamento, até 8 (oito) dias;

III - luto, pelo falecimento de cônjuge, companheiro, pais, irmãos e filhos, inclusive

natimorto, até 8 (oito) dias;

IV - luto, pelo falecimento de padrasto, madrasta, avós, sogros e cunhados, até 2

(dois) dias;

V - faltas abonadas nos termos do parágrafo único do artigo 92 da Lei nº 8.989, de

29 de outubro de 1979;

VI - exercício de cargos de provimento em comissão na Administração Direta,

Autárquica ou Fundacional da Prefeitura do Município de São Paulo, cuja natureza

das atividades esteja relacionada com as atribuições próprias do cargo efetivo

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 163

CI 5133 155

titularizado pelo Analista de Gestão Previdenciária - AGP ou Técnico de Gestão

Previdenciária – TGP;

VII - participação em cursos ou seminários relacionados com as atribuições próprias

do cargo efetivo titularizado pelo servidor, a critério do Diretor Presidente do

Instituto de Previdência Municipal de São Paulo; VIII - Licença à gestante, licença-

paternidade e a licença-adoção ou guarda, nos termos da Lei nº 16.396, de 25 de

fevereiro de 2016.

Parágrafo único. Na hipótese de outros afastamentos não previstos neste artigo, ainda

que considerados de efetivo exercício, ocorrerá a suspensão da contagem do período de

efetivo exercício para fins de estágio probatório, que será retomada ao término do

afastamento, quando o servidor reassumir as atribuições do cargo efetivo.

Art. 102. Fica permitida a ocupação dos cargos em comissão CDA do QPGP, de que trata

esta lei, pelos titulares efetivos dos cargos de AGP e TGP, durante o período de estágio

probatório, considerando a compatibilidade entre a natureza das atividades de ambos.

CAPÍTULO VI – DO DESENVOLVIMENTO NAS CARREIRAS DE AGP E TGP

Art. 103. O desenvolvimento na carreira do servidor efetivo integrante do Quadro dos

Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP dar-se-á por meio da progressão funcional

e da promoção.

Art. 104. Progressão Funcional é a passagem do servidor efetivo integrante do Quadro

dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP da Categoria em que se encontra para

a Categoria imediatamente superior, dentro do mesmo Nível da respectiva carreira, em

razão da apuração do tempo de efetivo exercício na categoria e resultado da avaliação de

desempenho prevista nesta lei, nos moldes estabelecidos nos Anexos III e IV.

Parágrafo único. Para fins de progressão funcional, o servidor efetivo integrante do

Quadro dos Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP deverá contar com tempo

mínimo de 18 (dezoito) meses de efetivo exercício em cada Categoria, exceto quando se

tratar de progressão para a Categoria 2 do Nível I, que se dará automaticamente, após a

confirmação do estágio probatório.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 164

CI 5133 156

Art. 105. Promoção é a passagem do servidor efetivo integrante do Quadro dos

Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP, na respectiva Carreira, da última

categoria de um Nível para a primeira Categoria do Nível imediatamente superior, em

razão do tempo mínimo de 18 (dezoito) meses exigidos na Categoria e do resultado das

avaliações de desempenho prevista nesta lei, associado à apresentação de títulos,

certificados de cursos e atividades, nos moldes estabelecidos nos Anexos III e IV.

Art. 106. Os critérios e procedimentos para a Progressão Funcional e a Promoção serão

regulamentados por decreto.

Art. 107. Serão considerados de efetivo exercício, para fins de Progressão Funcional e

Promoção, os afastamentos do serviço a que se refere o artigo 64 da Lei nº 8.989, de 29

de outubro de 1979, bem como, os concedidos em razão de licença-adoção, licença-

paternidade, exercício de mandato de dirigente sindical e outros afastamentos assim

considerados na forma da legislação específica.

CAPÍTULO VII – DAS VEDAÇÕES RELATIVAS AO EXERCÍCIO

PROFISSIONAL

Art. 108. Além das vedações inerentes à sua qualidade de servidor público municipal, é

vedado ao Analista de Gestão Previdenciária – AGP e ao Técnico de Gestão

Previdenciária – TGP exercer, mesmo que em gozo de licença ou afastamento, com ou

sem prejuízo de vencimentos, atividade remunerada potencialmente causadora de conflito

de interesses com a administração pública e o regime previdenciário brasileiro,

ressalvadas as seguintes exceções:

I - o exercício do magistério, assim consideradas as atividades de docência,

coordenação e assessoramento educacionais em estabelecimento de ensino ou em

instituição dedicada ao aperfeiçoamento profissional;

II - a participação em conselhos curadores, de administração ou fiscais, com ou sem

remuneração, de fundações e autarquias do Município de São Paulo, das empresas

públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem

como de quaisquer empresas em que o Município de São Paulo, direta ou

indiretamente, detenha participação no capital social.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 165

CI 5133 157

Parágrafo único. O descumprimento do disposto no “caput” deste artigo sujeitará o

servidor às penalidades previstas na Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979, nos termos

da legislação em vigor.

CAPÍTULO VIII – DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO INDIVIDUAL E

INSTITUCIONAL DAS ATIVIDADES PREVIDENCIÁRIAS – ADIAP E DO

PRÊMIO PELO ALCANCE DE METAS

Art. 109. Fica instituída no âmbito do Iprem, de forma obrigatória e perene, a Avaliação

de Desempenho Individual e Institucional das Atividades Previdenciárias – Adiap do

Município de São Paulo.

§ 1° A Adiap se compõe da dimensão individual que visa a aferir o desempenho de cada

servidor no exercício das atribuições do cargo ou função; e da institucional que visa a

aferir o alcance das metas organizacionais, considerando a missão e os objetivos do

Iprem, observadas as seguintes condições:

I - será realizada por ciclos de avaliação com periodicidade previamente definida

em regulamento, considerando os registros mensais de acompanhamento das ações

e atividades planejadas e realizadas; e

II - será utilizada como instrumento de gestão, com a identificação de aspectos do

desempenho que possam ser melhorados por meio de oportunidades de capacitação

e aperfeiçoamento profissional e de gestão e crescimento nas carreiras.

§ 2° As metas referentes à avaliação de desempenho institucional serão fixadas em ato da

Diretoria Executiva utilizando-se como parâmetros indicadores que visam a aferir a

qualidade dos serviços relacionados às atividades do RPPS, podendo ser revistas, a

qualquer tempo, ante a superveniência de fatores que venham a exercer influência

significativa e direta na sua consecução.

§ 3° Para efeito de aferição a pontuação do mérito a Adiap será contabilizada com limite

máximo de 100 (cem) pontos, assim distribuídos:

I - até 20 (vinte) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na

avaliação de desempenho individual;

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 166

CI 5133 158

II - até 80 (oitenta) pontos serão atribuídos em função dos resultados obtidos na

avaliação de desempenho institucional.

§ 4° Os parâmetros, tempo de duração dos ciclos e os critérios e procedimentos

específicos da Adiap serão estabelecidos em regulamento especifico

§ 5° Todos os servidores do Iprem serão avaliados na Adiap, ficando desobrigados de

participar de qualquer outra avaliação de âmbito municipal, exceto a avaliação especial

para fins de estágio probatório.

Art. 110. Fica instituído o Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap, calculado

mensalmente e pago anualmente, no mês de maio, aos servidores do Quadro dos

Profissionais da Gestão Previdenciária – QPGP, e aos ocupantes do cargo ou função de

Assistente de Gestão de Políticas Públicas – AGPP em efetivo exercício no Iprem.

§ 1° O Prêmio pelo Alcance das Metas da Adiap será pago observando o limite máximo

de 100 (cem) pontos, correspondendo cada ponto, em suas respectivas carreiras, ao valor

estabelecido no Anexo VII desta lei, produzindo efeitos financeiros a partir data de

promulgação desta lei, desde que cumpridas normas e disposições exigidas.

§ 2° Os valores a serem pagos a título de Prêmio pelo Alcance das Metas da Adiap serão

calculados multiplicando-se o somatório dos pontos aferidos nas avaliações de

desempenho individual e institucional pelo valor do ponto constante do Anexo VII desta

lei, conforme cargo ocupado, posição na carreira e lotação no atendimento.

§ 3° Os profissionais ocupantes do cargo de Técnico de Gestão Previdenciária – TGP e

Assistente de Gestão de Políticas Públicas – AGPP que realizam atendimento direto aos

segurados e dependentes terão tabelas de pontuação específica, conforme Tabelas “C” e

“F” do Anexo VI desta lei.

§ 4° O resultado do ciclo de avaliação gera efeitos financeiros a partir do início do

próximo ciclo de avaliação.

§ 5° O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap será pago mediante comprovada

mensuração de resultados, feita por sistema auditável, informatizado e transparente,

proporcionalmente ao alcance de metas individuais e institucionais, previamente

publicado por ato do Diretor Presidente.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 167

CI 5133 159

§ 6° Até que seja regulamentado o Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap referido no

“caput” deste artigo, e processados os resultados da primeira avaliação individual e

institucional, os servidores perceberão o prêmio em valor correspondente a 60% (sessenta

por cento) da pontuação máxima do desempenho institucional.

§ 7° A partir da implantação das avaliações que considerem as condições específicas de

exercício profissional, o prêmio será calculado e pago aos servidores multiplicando-se o

somatório dos pontos aferidos nas avaliações de desempenho individual e institucional

pelo valor do ponto constante do Anexo VII desta lei, conforme cargo ocupado, posição

na carreira e lotação no atendimento.

§ 8° Os titulares dos cargos de provimento efetivo, quando investidos em cargo em

comissão farão jus ao prêmio correspondente ao cargo ou função investido.

§ 9° Ocorrendo exoneração do cargo em comissão, a última pontuação da Adiap será

aplicada sobre a tabela do seu cargo base, até que seja processada a próxima avaliação.

§ 10. Até que seja processada a primeira avaliação de desempenho individual que venha

a surtir efeito financeiro, o servidor recém empossado que tenha retornado de licença sem

vencimento ou de cessão ou de outros afastamentos no decurso do ciclo de avaliação

receberá o prêmio no valor correspondente ao do desempenho institucional.

§ 11. Não farão jus ao Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap os servidores quando:

I - cedidos para outros órgãos ou entidades do próprio Município ou de outras

esferas de governo;

II - afastados do serviço público;

III - estiverem em gozo de licença ou afastamento de qualquer natureza por período

superior a 90 (noventa) dias, exceto licença maternidade e adoção;

IV - remunerados pelo regime de subsídio.

§ 12. O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap não poderá ser pago cumulativamente

com qualquer outra gratificação de mesma natureza, independentemente da sua

denominação ou base de cálculo.

§ 13. Incidirá contribuição previdenciária ao RPPS sobre o valor pago a título do Prêmio

pelo Alcance de Metas da Adiap. § 14. O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap em

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 168

CI 5133 160

hipótese alguma se tornará permanente ou se incorporará à remuneração, aposentadoria

ou pensões, exceto para as aposentadorias nos termos da EC 41/2003 – regra permanente,

com cálculo pela média. § 15. Os critérios e procedimentos específicos de avaliação de

desempenho individual e institucional e de atribuição do Prêmio pelo Alcance de Metas

da Adiap referido no “caput” deste artigo serão estabelecidos por regulamento específico.

Art. 111. Os servidores da Administração Direta ou de outros órgãos ou entidades quando

afastados para o Iprem poderão receber o Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap,

respeitadas as regras e compatibilidades estabelecidas nesta lei.

§ 1º O servidor de que trata o “caput” deste artigo participará da Avaliação de

Desempenho Individual e Institucional das Atividades Previdenciárias – Adiap.

§ 2º Nas situações em que o servidor de que trata este artigo receba qualquer verba por

desempenho e ou produtividade na origem, caberá a ele a opção entre ela e o Prêmio pelo

Alcance de Metas da Adiap.

§ 3º A opção de que trata o § 2º deverá ser comunicada ao órgão de origem do servidor.

Art. 112. O Prêmio pelo Alcance de Metas da Adiap previsto nesta lei poderá ser

concedido aos servidores que realizam atividades previdenciárias das unidades de

recursos humanos da Administração Municipal, mediante certificação e critérios a serem

estabelecidos em regulamento.

CAPÍTULO IX – DOS CARGOS DE DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO DO

QPGP

Art. 113. Os servidores municipais efetivos quando nomeados para Cargo de Direção e

Assessoramento – CDA do Iprem receberão, além da remuneração prevista para o cargo

efetivo que titularizam, o acréscimo previsto na Tabela C do Anexo VI desta lei.

§ 1° No caso de nomeação ou designação de Analista de Gestão Previdenciária – AGP e

o Técnico de Gestão Previdenciária – TGP, para cargos em comissão de direção superior

previstos nas Leis nº 15.401, de 06 de julho de 2011 e n° 15.509, de 15 de dezembro de

2011, e alterações posteriores, aplicar-se-á a forma de remuneração nelas instituídas.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 169

CI 5133 161

§ 2° No caso previsto no parágrafo anterior, o servidor permanecerá vinculado ao Regime

Próprio de Previdência Social – RPPS do Município de São Paulo, incidindo sua

contribuição previdenciária exclusivamente sobre o valor de seu cargo base.

§ 3º O acréscimo relativo ao exercício de cargo de provimento em comissão poderá ser

incluído na base de contribuição previdenciária, por opção expressa do servidor, nos

termos nos termos dos §§ 2º e 4º, do artigo 1º da Lei nº 13.973, de 12 de maio de 2005.

Art. 114. A remuneração pelo exercício de cargo em Comissão de Direção e

Assessoramento – CDA não se incorporará à remuneração do servidor efetivo e nem se

tornará permanente, para quaisquer efeitos.

CAPÍTULO X – DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 115. Os ocupantes dos cargos de Analistas de Gestão Previdenciária – AGP, de

Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP e dos Cargos de Direção e Assessoramento –

CDA ficam sujeitos à jornada normal de 40 (quarenta) horas de trabalho semanais – J-40.

TÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DOS ATUAIS QUADROS DE

CARGOS E SERVIDORES DA AUTARQUIA

Art. 116. Os cargos e funções atualmente providos dos quadros do Iprem e seus

respectivos ocupantes e os cargos que vierem a ser providos em razão de concurso em

validade na data da edição desta lei, ficam transferidos para os quadros análogos da

Administração Direta da Prefeitura de São Paulo, conforme Anexo VIII desta lei,

mantidas as posições atuais nas carreiras, sem prejuízo das remunerações, das vantagens

e dos demais direitos desses servidores.

§ 1º A partir da promulgação desta lei os ocupantes dos cargos e funções de que trata o

“caput” deste artigo ficam lotados na Secretaria Municipal de Gestão – SMG, podendo

ser afastados, com ou sem prejuízo de vencimentos ou subsídio, direitos e demais

vantagens do cargo titularizado, para o Instituto de Previdência do Município de São

Paulo – Iprem, na forma prevista nos §§ 1º e 2º do artigo 45 da Lei n° 8.989/79.

§ 2º Será constituída comissão, por ato conjunto do Iprem e SMG, para operacionalização

da transferência e do afastamento de que trata este artigo.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 170

CI 5133 162

§ 3º Aos servidores efetivos transferidos na forma desta lei fica assegurada a continuidade

de crescimento nas respectivas carreiras, nos moldes do regulamento do respectivo

quadro da Administração Direta, sem interrupção nas contagens de tempo para esse fim,

bem como outros benefícios já adquiridos.

§ 4° O tempo de serviço prestado ao Instituto de Previdência Municipal de São Paulo –

Iprem pelos servidores de que trata este artigo será considerado, na nova situação, para

todos os efeitos legais.

§ 5º A partir da edição desta lei, os aposentados em cargos ou funções do quadro atual do

Iprem terão suas situações revistas nas mesmas datas e bases legais em que forem

reajustadas ou modificadas as situações dos aposentados da Administração Direta,

observada a garantia constitucional da paridade, quando for o caso.

§ 6º Aplica-se o disposto no parágrafo 6º deste artigo às pensões e legados quando

derivadas de titulares de cargos ou ocupantes de funções de que trata o “caput” deste

artigo, observada a garantia constitucional da paridade, quando for o caso.

Art. 117. Em decorrência da transferência prevista nesta lei, ficam extintos dos quadros

do Iprem os cargos de provimento efetivo que se encontrem vagos na data da publicação

desta lei.

Art. 118. Os servidores da Administração Direta ou de outros órgãos ou entidades,

afastados para o Iprem, quando no exercício de Cargo de Direção e Assessoramento -

CDA, serão remunerados na forma da Tabela C do Anexo VI desta lei. Parágrafo único.

Na hipótese prevista no “caput” o acréscimo recebido em razão da ocupação dos cargos

de direção e assessoramento – CDA do Quadro dos Profissionais de Gestão

Previdenciária – QPGP do Iprem, não se incorporará à remuneração do servidor e nem se

tornará permanente para qualquer fim.

Art. 119. Ficam extintos todos os cargos e funções de provimento em comissão da atual

estrutura organizacional do Iprem. Parágrafo único. Ficam mantidos os cargos de

Superintendente e Chefe de Gabinete do Iprem, que permanecem regidos pela Lei

n° 15.509, de 15 de dezembro de 2011, e legislação subsequente, com alteração da

denominação do cargo de Superintendente para Diretor Presidente.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 171

CI 5133 163

TÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 120. Excepcionalmente, os cargos de Gerente, Ouvidor, Assessor IV, Supervisor e

Coordenador, constantes do Anexo V desta lei, poderão ser providos por profissionais

com curso de nível superior e comprovada experiência na área de atuação, por até 4

(quatro) anos a contar da data da publicação desta lei.

Art. 121. Ficam mantidos os mandatos dos atuais membros do Conselho Deliberativo e

do Conselho Fiscal.

TÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 122. A concessão de afastamento de servidores municipais, sem prejuízo de

vencimentos, nos termos dos parágrafos 1º e 2º do artigo 45 da Lei nº 8.989, de 29 de

outubro de 1979, ao Iprem, será feita com ressarcimento ao órgão ou entidade de origem.

Art. 123. Os processos administrativos disciplinares de que trata a Lei nº 8.989, de 29 de

outubro de 1979, relativos aos servidores lotados ou cedidos ao Iprem, após apuração em

relatório preliminar ou sindicância serão remetidos ao Departamento de Procedimentos

Disciplinares – Proced, da Procuradoria Geral do Município – PGM, para abertura do

procedimento disciplinar cabível.

Art. 124. Considerando o disposto no artigo 6º da Lei nº 13.973 de 12 de maio de 2005 e

o decurso do prazo ali estabelecido e suas prorrogações, ficam convalidados os atos

praticados pelos Órgãos e Entidades do município, referentes à operacionalização do

processamento de dados e pagamento de aposentadorias devidas pelo Município, a partir

do término do prazo previsto no artigo 3° da Lei n° 15.391, de 6 de julho de 2011, e até a

data de promulgação desta lei.

Art. 125. As titularidades dos imóveis adjudicados pelo Iprem relativos aos

financiamentos imobiliários poderão ser transferidas para a PMSP, atendido ao interesse

público e mediante prévia avaliação pela área competente. Parágrafo único. Ficam o

Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem e a Prefeitura do Município de

São Paulo, autorizados a compensarem os valores referentes aos imóveis com os repasses

financeiros do Município de São Paulo ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 172

CI 5133 164

para cobertura de insuficiências financeiras, nos termos da Lei nº 13.973, de 12 de maio

de 2005.

Art. 126. Até que se conclua o processo de transferência das atividades relacionadas à

concessão, manutenção e pagamento das aposentadorias ao Iprem, os Órgãos e Entidades

vinculados ao RPPS ficam incumbidos de assegurar o suporte necessário ao cumprimento

das atribuições conferidas à Entidade Gestora Única de previdência do Município de São

Paulo. Parágrafo único. O processo de transferência de que trata o “caput” será definido

em regulamento.

Art. 127. A contribuição de que trata a Lei n° 13.973 de 12 de maio de 2005, fica mantida,

inclusive proporcionalmente aos dias de vigência, quando for o caso, até o início do

recolhimento das contribuições a que se refere presente lei.

Art. 128. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos financeiros

referentes às disposições de que tratam os artigos 5º, 6º e 24 após o decurso de 90

(noventa) dias.

Art. 129. Fica o Poder Executivo autorizado, em caráter excepcional, a abrir crédito

adicional especial no valor de até R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais), para

implementação do RPC. Parágrafo único. As despesas administrativas decorrentes do

disposto no artigo 47 desta lei serão custeadas por recursos previstos no “caput” deste

artigo.

Art. 130. As despesas decorrentes desta lei, exceto aquela prevista no artigo 130, correrão

por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 131. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogado o Decreto

nº 19.308, de 30 de novembro de 1983, o Decreto nº 21.848, de 6 de janeiro de 1986, o

Decreto nº 21.921, de 13 de fevereiro de 1986, o Decreto nº 44.446, de 3 de março de

2004 e a Lei nº 13.254, de 27 de dezembro de 2001.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 173

CI 5133 165

Anexo l integrante da Lei nº

Glossário de conceitos relacionados aos temas abordados nesta Lei.

ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI

I Assistido O participante ou o seu beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada.

II Ativo do Plano Somatório de todos os bens e direitos vinculados ao plano.

III Benefício Diferido

Instituto que faculta ao participante, em razão da cessação do seu vínculo empregatício com o patrocinador, ou

associativo com o instituidor, antes da aquisição do direito a benefício pleno programado, a interrupção de suas

contribuições para o custeio de benefícios previdenciários, optar por receber, em tempo futuro, um benefício

programado, quando do preenchimento dos requisitos regulamentares. Nessa hipótese o participante, classificado

como remido, deixa de contribuir para o plano arcando exclusivamente com o pagamento do custeio administrativo

até a data do recebimento do benefício.

IV Benefício Previdenciário Toda e qualquer prestação assegurada pelo plano de benefícios aos seus participantes e respectivos beneficiários,

na forma e condições estabelecidas no regulamento.

V Benefício Previdenciário de Risco Benefício de caráter previdenciário cuja concessão depende da ocorrência de eventos não previsíveis, como morte,

invalidez, doença e reclusão.

VI Benefício Programado

Benefício de caráter previdenciário cuja concessão decorre de eventos previsíveis, previamente planejados pelo

beneficiário, desde que estejam atendidos os requisitos previstos em Lei ou regulamento, e cujo pagamento é

realizado periodicamente.

VII Cargo Efetivo

O conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades específicas definidas na Lei nº 8.989, de 29 de outubro de

1979 e legislação subsequente, cometidas a um servidor aprovado por meio de concurso público de provas ou de

provas e títulos.

VIII Carreira A sucessão de cargos efetivos, estruturados em categorias e níveis segundo sua natureza, complexidade e o grau

de responsabilidade, conforme Lei nº 8.989, de 29 de outubro de 1979 e legislação subsequente.

IX Compensação Previdenciária - Comprev

Compensação financeira entre regimes previdenciários e o RPPS gerido pelo Iprem, para os casos de contagem

recíproca de tempo de contribuição, para efeito de aposentadoria e pensão, nos termos da Lei Federal nº 9.796, de

05 de maio de 1999, envolvendo o Regime Instituidor e o Regime de Origem.

X Conhecimento Previdenciário

Conjunto de informações e regras de negócios compilados a partir de normas legais, experiências práticas e

aprendizado técnico sobre previdência social e a previdência do servidor municipal, além de ações estratégicas que

valorizem a gestão, organização e institucionalização da produção, indexação, mapeamento, sistematização,

socialização e compartilhamento do conhecimento e do fazer previdenciário, inclusive dos normativos e dos

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 174

CI 5133 166

ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI

processos de trabalho. É recurso essencial ao trabalho de profissionais que laborem nas áreas de gestão de pessoas

e previdência, bem como ao exercício da cidadania.

XI Contribuição Previdenciária

Os valores vertidos ao plano de benefícios previdenciários complementares pelos participantes ativos e pelo

patrocinador, com o objetivo de constituir as reservas técnicas que garantam os benefícios contratados e custear

despesas administrativas do mencionado plano de benefícios.

XII Convênio de Adesão

A formalização da condição de patrocinador de um plano de benefício dar-se-á mediante convenio de adesão a ser

celebrado entre o patrocinador e a entidade fechada de previdência complementar, em relação a cada plano de

benefícios por esta administrada e executada, mediante prévia autorização do órgão regulador e fiscalizador,

constando direitos, deveres e obrigações entre as partes.

XIII Custo Atuarial de Transição

É o custo gerado em decorrência de alterações nos regimes previdenciários. Mesmo que as proposições sejam

favoráveis e equacione o modelo no longo prazo, pode haver o aumento do custo total para o Município em

determinados períodos, seja por características financeiras e atuariais, seja por necessidades de investimentos em

infraestrutura e desenvolvimento institucional para assunção do modelo proposto. Para se obter o Custo de

Transição, projeta-se o modelo atualmente vigente no longo prazo. Depois se projeta o modelo proposto no mesmo

período e estima-se os investimentos necessários em infraestrutura e desenvolvimento institucional para assunção

do respectivo modelo.

XIV Data da Vigência do RPC Define a data da publicação da aprovação do regulamento de seu Plano de Benefícios pela autoridade reguladora

competente e sua disponibilização para adesão de segurados.

XV Entidade Gestora Única

O Iprem, autarquia especial integrante da estrutura da Administração Pública Municipal, passou a ser o único órgão

gestor das aposentadorias e pensões, responsável pelo processamento dos dados, concessão e pelo pagamento

desses benefícios aos servidores ativos e inativos e dependentes, a partir da Lei nº 13.973, de 12 de maio de 2005.

XVI Equilíbrio Atuarial A garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das obrigações projetadas,

apuradas atuarialmente no longo prazo.

XVII Equilíbrio Financeiro A garantia de equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS em cada exercício financeiro.

XVIII Estatuto Disciplinamento da constituição e funcionamento da entidade fechada de previdência complementar.

XIX Fundo Financeiro- FINAN Fundo destinado a administrar e prover recursos para pagamento de Benefícios Previdenciários de segurados

integrantes do Plano Financeiro. Trata-se de fundo de natureza contábil, mas não orçamentária.

XX Fundo Previdenciário - Funprev Fundo destinado a prover recursos para o pagamento de Benefícios Previdenciários aos Segurados integrantes do

Plano Previdenciários. Trata-se de fundo de natureza contábil, mas não orçamentária.

XXI Índice de Cobertura Relação entre o Ativo Real Líquido e a Reserva Matemática Previdenciária calculada pelo Método do Crédito

Unitário Projetado.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 175

CI 5133 167

ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI

XXII Órgãos e Entidades

Define o Município de São Paulo, com suas Autarquias e Fundações, a Câmara Municipal de São Paulo e o Tribunal

de Contas do Município, todos vinculados ao Regime de Próprio de Previdência Social - RPPS da cidade de São

Paulo.

XXIII Participante Ativo A pessoa física, assim definida na forma do artigo 1º desta lei, que aderir a plano de benefícios previdenciários

complementares administrado pela entidade a que se refere o artigo 5º desta lei.

XXIV Patrocinador O Município, suas autarquias, fundações, Câmara Municipal e Tribunal de Constas da cidade de São Paulo.

XXV Plano de Benefícios

Conjunto de direitos e obrigações reunidos em um regulamento com o objetivo de pagar benefícios previdenciais

a seus participantes e beneficiários, mediante a formação de poupança advinda das contribuições de patrocinadores

e participantes e da rentabilidade dos investimentos. Possui independência patrimonial, contábil e financeira.

XXVI Plano de Benefício Previdenciário

Complementar

Descritivo das obrigações e direitos derivados das regras do regulamento, definidoras do custeio e dos benefícios

de caráter previdenciário complementar, que possui patrimônio próprio e independência patrimonial, contábil e

financeira com relação aos demais planos de benefícios previdenciários complementares administrados pela

entidade fechada de previdência complementar (EFPC), inexistindo solidariedade entre os planos.

XXVII Plano de Custeio

Definição das fontes de recursos necessárias para o financiamento dos benefícios oferecidos pelo Plano de

Benefícios e taxa de administração, representadas pelas alíquotas de contribuições previdenciárias a serem pagas

pelo ente federativo, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas ao RPPS e aportes necessários ao

atingimento do equilíbrio financeiro e atuarial, com detalhamento do custo normal e suplementar.

XXVIII Política de Investimentos

Documento elaborado e aprovado no âmbito da EFPC, com observância da legislação e de acordo com os

compromissos atuariais do Plano de Benefícios, com o intuito de definir a estratégia de alocação dos Recursos

Garantidores do Plano no horizonte de no mínimo cinco anos, com revisões anuais.

XXIX Recursos Previdenciários

As contribuições do Ente e dos servidores ativos, inativos e pensionistas e quaisquer valores, bens, ativos e seus

rendimentos vinculados ao RPPS ou aos fundos integrados, com finalidade previdenciária, de que trata o artigo

249 da Constituição Federal e o artigo 6º da Lei Federal nº 9.717, de 27 de novembro 1998, inclusive a totalidade

dos créditos do ente instituidor, reconhecidos pelo regime de origem, relativos à compensação financeira

disciplinada na Lei Federal nº 9.796, de 5 de maio de 1999.

XXX Regime de Acumulação de Reservas

Caracteriza-se pela acumulação dos recursos advindos das contribuições dos participantes empregadores, além da

rentabilidade dos recursos investidos ao longo do tempo para constituição de reservas até a integralização do valor

necessário para garantir o compromisso total dos pagamentos dos benefícios.

XXXI Regime de Capitais de Cobertura

Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas pelo ente federativo, pelos

servidores ativos e inativos e pelos pensionistas, em um determinado exercício, sejam suficientes para a

constituição das reservas matemáticas dos benefícios iniciados por eventos que ocorram nesse mesmo exercício,

admitindo-se a constituição de fundo previdencial para oscilação de risco.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 176

CI 5133 168

ITEM TERMO DEFINIÇÃO PARA FINS DESTA LEI

XXXII Regime de Origem - RO O regime previdenciário ao qual o segurado ou servidor público esteve vinculado sem que dele receba

aposentadoria ou tenha gerado pensão para seus dependentes

XXXIII Regime Financeiro Método de financiamento do plano de benefícios.

XXXIV Regime Financeiro de Capitalização

Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas, pelos servidores ativos e inativos

e pelos pensionistas, pelo ente federativo, acrescidas ao patrimônio existente, às receitas por ele geradas e a outras

espécies de aportes, sejam suficientes para a formação dos recursos garantidores à cobertura dos compromissos

futuros do plano de benefícios e da taxa de administração.

XXXV Regime Financeiro de Repartição

Simples

Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a serem pagas, pelos servidores ativos e inativos

e pelos pensionistas e pelo ente federativo em um determinado exercício, sejam suficientes para o pagamento dos

benefícios nesse exercício, sem o propósito de acumulação de recursos, admitindo-se a constituição de fundo

previdencial para oscilação de risco.

XXXVI Regime Instituidor - RI

O regime previdenciário responsável pela concessão e pagamento de benefício de aposentadoria ou pensão dela

decorrente a segurado ou servidor público ou a seus dependentes com o cômputo de tempo de contribuição no

âmbito do regime de origem.

XXXVII Regime Próprio de Previdência Social -

RPPS

Regime Próprio de Previdência Social do Município de São Paulo, que assegura, na forma da legislação municipal,

aos servidores públicos ativos e inativos e dependentes, pelo menos os benefícios de aposentadoria e pensão por

morte, previstos no artigo 40 da Constituição Federal.

XXXVIII Regulamento do Plano

Instrumento legal contendo todas as regras de participação, direitos, deveres e obrigações de participantes ativos,

assistidos e beneficiários de plano de benefícios previdenciários, e da patrocinadora; institutos previdenciários; rol

de benefícios; elegibilidades e respectiva forma de concessão; dentre outros.

XXXIX Renda Corresponde ao benefício de renda mensal continuada paga ao assistido ou seu beneficiário, conforme regras

estabelecidas no regulamento do plano de benefícios previdenciários complementares.

XL Segmentação de Massa A separação dos segurados vinculados ao RPPS em grupos distintos que integrarão o Plano Financeiro e o Plano

Previdenciário.

XLI Segurado Define servidores ativos, aposentados e pensionistas vinculados a Regime de Previdência.

XLII Taxa de Administração Recurso destinado ao custeio das despesas correntes e de capital necessário à organização e funcionamento da

Entidade Gestora Única do RPPS.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 177

CI 5133 169

Anexo Il integrante da Lei nº,

PLANO DE EQUACIONAMENTO DO DÉFICIT FINANCEIRO E ATUARIAL DO

PLANO FINANCEIRO

ANO Alíquota suplementar dos servidores,

aposentados e pensionistas.

Alíquota suplementar do

Município (patronal)

2018 5,0% 49,22%

2019 5,0% 46,14%

2020 5,0% 44,12%

2021 5,0% 53,97%

2022 5,0% 59,29%

2023 5,0% 62,80%

2024 5,0% 66,56%

2025 5,0% 70,33%

2026 5,0% 74,06%

2027 5,0% 78,20%

2028 5,0% 82,38%

2029 5,0% 86,35%

2030 5,0% 90,56%

2031 5,0% 94,59%

2032 5,0% 98,46%

2033 5,0% 102,85%

2034 5,0% 107,29%

2035 5,0% 112,36%

2036 5,0% 118,40%

2037 5,0% 125,14%

2038 5,0% 133,06%

2039 5,0% 141,90%

2040 5,0% 150,13%

2041 5,0% 156,88%

2042 5,0% 162,14%

2043 5,0% 167,06%

2044 5,0% 171,72%

2045 5,0% 175,96%

2046 5,0% 179,94%

2047 5,0% 183,71%

2048 5,0% 187,31%

2049 5,0% 190,87%

2050 5,0% 194,17%

2051 5,0% 197,67%

2052 5,0% 201,21%

2053 5,0% 204,98%

2054 5,0% 209,21%

2055 5,0% 213,26%

2056 5,0% 217,55%

2057 5,0% 221,95%

2058 5,0% 226,94%

2059 5,0% 232,23%

2060 5,0% 237,82%

2061 5,0% 243,57%

2062 5,0% 249,35%

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 178

CI 5133 170

ANO Alíquota suplementar dos servidores,

aposentados e pensionistas.

Alíquota suplementar do

Município (patronal)

2063 5,0% 255,24%

2064 5,0% 261,10%

2065 5,0% 266,83%

2066 5,0% 272,31%

2067 5,0% 277,46%

2068 5,0% 282,19%

2069 5,0% 286,46%

2070 5,0% 290,26%

2071 5,0% 293,58%

2072 5,0% 296,47%

2073 5,0% 298,96%

2074 5,0% 301,13%

2075 5,0% 303,03%

2076 5,0% 304,75%

2077 5,0% 306,37%

2078 5,0% 308,00%

2079 5,0% 309,77%

2080 5,0% 311,83%

2081 5,0% 314,37%

2082 5,0% 317,66%

2083 5,0% 322,02%

2084 5,0% 327,85%

2085 5,0% 335,68%

2086 5,0% 346,13%

2087 5,0% 359,96%

2088 5,0% 378,10%

2089 5,0% 401,63%

2090 5,0% 431,81%

2091 5,0% 470,18%

2092 5,0% 518,30%

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 179

CI 5133 171

Anexo III integrante da Lei nº

Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP

Carreira de Analista de Gestão Previdenciária

Quantidade

de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento

100 Analista de Gestão

Previdenciária – Nível I Mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, exigido diploma de curso superior.

a) Categoria 1 AGP-1 Enquadramento exigida a habilitação específica nos termos desta lei.

b) Categoria 2 AGP-2 Enquadramento mediante progressão funcional após aprovação e homologação do estágio probatório.

c) Categoria 3 AGP-3

Enquadramento mediante progressão funcional nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 2, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

d) Categoria 4 AGP-4

Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 3, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

e) Categoria 5 AGP-5

Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 4, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

f) Categoria 6 AGP-6

Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 5, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

Analista de Gestão

Previdenciária – Nível II Mediante promoção, nos termos desta Lei.

a) Categoria 1 AGP-7

Enquadramento por promoção dentre titulares de cargos da Categoria 5, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito)

meses de efetivo exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 180

CI 5133 172

Quantidade

de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento

média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas

no interstício considerado para a promoção e título de curso de Graduação não apresentado para provimento do

cargo efetivo que titulariza, licenciatura, curso de pós graduação compreendendo programas de especialização, ou

extensão universitária, ou mestrado, ou doutorado, ou pós doutorado reconhecidos na forma da lei, ou créditos em

atividades técnico-científicas, ou em atividade de educação continuada realizadas ou referendadas pela Prefeitura

do Município de São Paulo, todas correlacionadas com a área de atuação, totalizando no mínimo 360 (trezentas e

sessenta) horas.

b) Categoria 2 AGP-8

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 1, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses na Categoria. 4 Quantidade de Cargos Denominação do

Cargo Referência Forma de Provimento.

c) Categoria 3 AGP-9

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 2, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses na Categoria.

d) Categoria 4 AGP-10

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 3, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

e) Categoria 5 AGP-11

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 4, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

Analista de Gestão

Previdenciária – Nível III Mediante promoção, nos termos desta Lei.

a) Categoria 1 AGP-12

Enquadramento dentre titulares de cargos da Categoria 5, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo

exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a média simples de,

no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas no interstício

considerado para a promoção e curso de graduação que não tenha sido apresentado para provimento do cargo

efetivo que titulariza, curso de pós graduação compreendendo programas de especialização com no mínimo 360

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 181

CI 5133 173

Quantidade

de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento

(trezentos e sessenta) horas ou mestrado ou doutorado, que não tenham sido apresentados para promoção,

correlacionados com a área de atuação.

b) Categoria 2 AGP-13

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 1, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria. 6 Quantidade de

Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento.

c) Categoria 3 AGP-14

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 2, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses na Categoria.

d) Categoria 4 AGP-15

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta Lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 3, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 182

CI 5133 174

Anexo IV integrante da Lei nº

Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP

Carreira de Técnico de Gestão Previdenciária

Quantidade

de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento

75 Técnico de Gestão

Previdenciária – Nível I Mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, exigido diploma de conclusão de nível médio.

a) Categoria 1 TGP-1 Enquadramento exigida a habilitação específica, nos termos desta lei.

b) Categoria 2 TGP-2 Enquadramento mediante progressão funcional após aprovação e homologação do estágio probatório.

c) Categoria 3 TGP-3

Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 2, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

d) Categoria 4 TGP-4

Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 3, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

e) Categoria 5 TGP-5

Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 4, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

f) Categoria 6 TGP-6

Enquadramento mediante progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 5, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

Técnico de Gestão

Previdenciária – Nível II Mediante promoção, nos termos desta lei.

a) Categoria 1 TGP-7

Enquadramento por promoção dentre titulares de cargos da Categoria 6, Nível I, com no mínimo 18 (dezoito)

meses de efetivo exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a

média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 183

CI 5133 175

Quantidade

de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento

no interstício considerado para a promoção e apresentação de certificados de conclusão de cursos correlacionados

com a área de atuação, que não tenham sido requisito para provimento do cargo efetivo que titulariza, totalizando

a carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas.

b) Categoria 2 TGP-8

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 1, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

c) Categoria 3 TGP-9

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 2, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

d) Categoria 4 TGP-10

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 3, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

e) Categoria 5 TGP-11

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações

realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da Categoria 4, Nível

II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

Técnico de Gestão

Previdenciária – Nível III Mediante promoção, nos termos desta lei.

a) Categoria 1 TGP-12

Enquadramento dentre titulares de cargos da Categoria 5, Nível II, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo

exercício na Categoria, habilitação em avaliação de desempenho individual correspondente a média simples de,

no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações realizadas no interstício

considerado para a promoção e apresentação de certificados de conclusão de cursos correlacionados com a área de

atuação, que não tenha sido apresentado para provimento do cargo efetivo que titulariza, totalizando a carga horária

mínima de 360 (trezentos e sessenta horas) horas.

b) Categoria 2 TGP-13

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 1, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 184

CI 5133 176

Quantidade

de Cargos Denominação do Cargo Referência Forma de Provimento

c) Categoria 3 TGP-14

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação das avaliações

realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da Categoria 2, Nível

III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

d) Categoria 4 TGP-15

Enquadramento por progressão funcional, nos termos desta lei e habilitação em avaliação de desempenho

individual correspondente a média simples de, no mínimo, 70% (setenta por cento) do limite máximo da pontuação

das avaliações realizadas no interstício considerado para a progressão funcional, dentre titulares de cargos da

Categoria 3, Nível III, com no mínimo 18 (dezoito) meses de efetivo exercício na Categoria.

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 185

CI 5133 177

Anexo V integrante da Lei nº

Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem

Cargos de Direção e Assessoramento (provimento em comissão)

Denominação do Cargo/Lotação Referência Qde Forma de Provimento

DIRETOR CDA-1 4 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

portadores de curso de nível superior e comprovada

experiência profissional de no mínimo 5 anos nas áreas

de administração ou economia ou finanças ou

planejamento ou orçamento ou direito ou contabilidade

ou atuaria ou auditoria.

- Diretoria de Benefícios e Relacionamento

- Diretoria de Gestão Previdenciária

- Diretoria de Administração e Finanças

- Diretoria de Investimentos

Assessor I CDA-2 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

portadores de curso de nível superior. Gabinete do Diretor Presidente

Chefe de Assessoria CDA-2 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

integrantes da Carreira de Procurador do Município. Assessoria Jurídica do Gabinete do Diretor Presidente

Chefe de Assessoria CDA-2 3

Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

portadores de curso de nível superior.

Gabinete do Presidente

- Assessoria de Planejamento e Gestão

- Assessoria de Comunicação

Controlador Previdenciário CDA-2 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

portadores de curso de nível superior. Controladoria Previdenciária

Gerente CDA-2 2

Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

servidores de curso de nível superior.

Diretoria dde Benefícios e Relacionamento

- Gerência de Benefícios

- Gerência de Relacionamento com segurados

Assessor II CDA-3 4

Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

portadores de curso de nível superior.

- Diretoria de Benefícios e Relacionamento

- Diretoria de Gestão Previdenciária

- Diretoria de Administração e Finanças

- Diretoria de Investimentos

Ouvidor CDA-3 1 Livre provimento em comissão pelo Prefeito, dentre

servidores municipais com curso de nível superior. Controladoria Previdenciária

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 186

CI 5133 178

Instituto de Previdência Municipal de São Paulo – Iprem

Cargos de Direção e Assessoramento (provimento em comissão)

Denominação do Cargo/Lotação Referência Qde Forma de Provimento

Supervisor CDA-3 16

Livre provimento em comissão pelo

Prefeito, dentre servidores municipais

com curso de nível superior

Diretoria de Benefícios e Relacionamento

Gerência de Relacionamento com o Segurado

- Supervisão de Informações Cadastrais

- Supervisão de Atendimento

Gerência de Benefícios

- Supervisão de Análise e Concessão de Pensões

- Supervisão de Análise e Concessão de Aposentadorias

- Supervisão de Pagamento de Benefícios

- Supervisão de Compensação Previdenciária

Diretoria de Gestão Previdenciária

- Supervisão de Receitas e Contribuições

- Supervisão de Tecnologia da Informação

- Supervisão de Desenvolvimento Profissional e Gestão de Processos

Diretoria de Investimento

- Supervisão de Operação e Planejamento

- Supervisão de Controle e Registro

- Supervisão de Conformidade e Investimento

Diretoria de Administração e Finanças

- Supervisão Administrativa

- Supervisão de Compras e Licitações

- Supervisão de Contabilidade e Execução Orçamentária

- Supervisão de Pessoal

Assessor III CDA-4 7 Livre provimento em comissão pelo

Prefeito, dentre portadores de curso de

nível superior. Gabinete do Diretor Presidente

Assessor III CDA-4 7 Livre provimento em comissão pelo

Prefeito, dentre servidores municipais

com curso de nível superior. Gabinete do Diretor Presidente

Coordenador CDA-4 8 Livre provimento em comissão pelo

Prefeito, dentre servidores municipais

com curso de nível superior.

Diretoria de Benefícios e Relacionamento

Gerência de Relacionamento com o Segurado

- Supervisão de Atendimento (5)

Diretoria de Administração e Finanças

- Supervisão Administrativa (3)

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 187

CI 5133 179

Anexo VI integrante da Lei nº

Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP

Salário base

Tabela A: Analista de Gestão Previdenciária – AGP

Nível Referência Valor do Salário

Nível I

AGP - 1 R$ 6.274,00

AGP - 2 R$ 6.930,36

AGP - 3 R$ 7.360,60

AGP - 4 R$ 7.808,08

AGP - 5 R$ 8.272,82

AGP - 6 R$ 8.757,94

Nível II

AGP - 7 R$ 9.505,33

AGP - 8 R$ 9.980,74

AGP - 9 R$ 10.472,78

AGP - 10 R$ 10.982,27

AGP - 11 R$ 11.510,09

Nível III

AGP - 12 R$ 12.460,19

AGP - 13 R$ 13.003,21

AGP - 14 R$ 13.564,22

AGP - 15 R$ 14.144,05

Tabela B: Técnico de Gestão Previdenciária – AGP

Nível Referência Valor do Salário

Nível I

TGP - 1 R$ 3.118,89

TGP - 2 R$ 3.516,16

TGP - 3 R$ 3.801,55

TGP - 4 R$ 4.095,48

TGP - 5 R$ 4.397,47

TGP - 6 R$ 4.710,06

Nível II

TGP - 7 R$ 5.152,66

TGP - 8 R$ 5.460,45

TGP - 9 R$ 5.776,47

TGP - 10 R$ 6.101,14

TGP - 11 R$ 6.434,90

Nível III

TGP - 12 R$ 6.977,49

TGP - 13 R$ 7.318,78

TGP - 14 R$ 7.669,00

TGP - 15 R$ 8.028,53

Tabela C: Cargos de Direção e Assessoramento – CDA

Referência Valor Base para Livre Provimento Valor de Acréscimo para efetivos

CDA-4 R$ 7.248,59 R$ 2.174,58

CDA-3 R$ 8.494,87 R$ 2.548,46

CDA-2 R$ 10.072,14 R$ 3.021,64

CDA-1 R$ 12.079,68 R$ 3.623,90

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 188

CI 5133 180

Anexo VII da Lei nº

Quadro de Profissionais de Gestão Previdenciária – QPGP

Valores do ponto do prêmio pelo alcance das metas da Adiap

Tabela A: Analista de Gestão Previdenciária – AGP

Referência Valores do Ponto

2017 2018 2019 2020

AGP-1 R$ 10,00 R$ 10,60 R$ 11,24 R$ 11,91

AGP-2 R$ 10,71 R$ 11,36 R$ 12,04 R$ 12,76

AGP-3 R$ 11,43 R$ 12,11 R$ 12,84 R$ 13,61

AGP-4 R$ 12,14 R$ 12,87 R$ 13,64 R$ 14,46

AGP-5 R$ 12,86 R$ 13,63 R$ 14,45 R$ 15,31

AGP-6 R$ 13,57 R$ 14,39 R$ 15,25 R$ 16,16

AGP-7 R$ 14,29 R$ 15,14 R$ 16,05 R$ 17,01

AGP-8 R$ 15,00 R$ 15,90 R$ 16,85 R$ 17,87

AGP-9 R$ 15,71 R$ 16,66 R$ 17,66 R$ 18,72

AGP-10 R$ 16,43 R$ 17,41 R$ 18,46 R$ 19,57

AGP-11 R$ 17,14 R$ 18,17 R$ 19,26 R$ 20,42

AGP-12 R$ 17,86 R$ 18,93 R$ 20,06 R$ 21,27

AGP-13 R$ 18,57 R$ 19,69 R$ 20,87 R$ 22,12

AGP-14 R$ 19,29 R$ 20,44 R$ 21,67 R$ 22,97

AGP-15 R$ 20,00 R$ 21,20 R$ 22,47 R$ 23,82

Tabela B: Técnico de Gestão Previdenciária – TGP

Referência Valores do Ponto

2017 2018 2019 2020

TGP-1 R$ 5,00 R$ 5,30 R$ 5,62 R$ 5,96

TGP-2 R$ 5,71 R$ 6,06 R$ 6,42 R$ 6,81

TGP-3 R$ 6,43 R$ 6,81 R$ 7,22 R$ 7,66

TGP-4 R$ 7,14 R$ 7,57 R$ 8,03 R$ 8,51

TGP-5 R$ 7,86 R$ 8,33 R$ 8,83 R$ 9,36

TGP-6 R$ 8,57 R$ 9,09 R$ 9,63 R$ 10,21

TGP-7 R$ 9,29 R$ 9,84 R$ 10,43 R$ 11,06

TGP-8 R$ 10,00 R$ 10,60 R$ 11,24 R$ 11,91

TGP-9 R$ 10,71 R$ 11,36 R$ 12,04 R$ 12,76

TGP-10 R$ 11,43 R$ 12,11 R$ 12,84 R$ 13,61

TGP-11 R$ 12,14 R$ 12,87 R$ 13,64 R$ 14,46

TGP-12 R$ 12,86 R$ 13,63 R$ 14,45 R$ 15,31

TGP-13 R$ 13,57 R$ 14,39 R$ 15,25 R$ 16,16

TGP-14 R$ 14,29 R$ 15,14 R$ 16,05 R$ 17,01

TGP-15 R$ 15,00 R$ 15,90 R$ 16,85 R$ 17,87

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 189

CI 5133 181

Tabela C: Técnicos de Gestão Previdenciária – TGP, Exclusivo para Atuantes no

Atendimento aos Segurados

Referência Valores do Ponto

2017 2018 2019 2020

TGP-1 R$ 7,50 R$ 7,95 R$ 8,43 R$ 8,93

TGP-2 R$ 8,21 R$ 8,71 R$ 9,23 R$ 9,78

TGP-3 R$ 8,93 R$ 9,46 R$ 10,03 R$ 10,63

TGP-4 R$ 9,64 R$ 10,22 R$ 10,83 R$ 11,48

TGP-5 R$ 10,36 R$ 10,98 R$ 11,64 R$ 12,34

TGP-6 R$ 11,07 R$ 11,74 R$ 12,44 R$ 13,19

TGP-7 R$ 11,79 R$ 12,49 R$ 13,24 R$ 14,04

TGP-8 R$ 12,50 R$ 13,25 R$ 14,05 R$ 14,89

TGP-9 R$ 13,21 R$ 14,01 R$ 14,85 R$ 15,74

TGP-10 R$ 13,93 R$ 14,76 R$ 15,65 R$ 16,59

TGP-11 R$ 14,64 R$ 15,52 R$ 16,45 R$ 17,44

TGP-12 R$ 15,36 R$ 16,28 R$ 17,26 R$ 18,29

TGP-13 R$ 16,07 R$ 17,04 R$ 18,06 R$ 19,14

TGP-14 R$ 16,79 R$ 17,79 R$ 18,86 R$ 19,99

TGP-15 R$ 17,50 R$ 18,55 R$ 19,66 R$ 20,84

Tabela D: Cargos de Direção e Assessoramento – CDA

Referência Valores do Ponto

2017 2018 2019 2020

CDA-4 R$ 17,86 R$ 18,93 R$ 20,06 R$ 21,27

CDA-3 R$ 18,57 R$ 19,69 R$ 20,87 R$ 22,12

CDA-2 R$ 19,29 R$ 20,44 R$ 21,67 R$ 22,97

CDA-1 R$ 20,00 R$ 21,20 R$ 22,47 R$ 23,82

Tabela E: Assistentes de Gestão de Políticas Públicas – AGPP, Lotados no Iprem

Referência Valores do Ponto

2017 2018 2019 2020

M-1 R$ 5,00 R$ 5,30 R$ 5,62 R$ 5,96

M-2 R$ 5,71 R$ 6,06 R$ 6,42 R$ 6,81

M-3 R$ 6,43 R$ 6,81 R$ 7,22 R$ 7,66

M-4 R$ 7,14 R$ 7,57 R$ 8,03 R$ 8,51

M-5 R$ 7,86 R$ 8,33 R$ 8,83 R$ 9,36

M-6 R$ 8,57 R$ 9,09 R$ 9,63 R$ 10,21

M-7 R$ 9,29 R$ 9,84 R$ 10,43 R$ 11,06

M-8 R$ 10,00 R$ 10,60 R$ 11,24 R$ 11,91

M-9 R$ 10,71 R$ 11,36 R$ 12,04 R$ 12,76

M-10 R$ 11,43 R$ 12,11 R$ 12,84 R$ 13,61

M-11 R$ 12,14 R$ 12,87 R$ 13,64 R$ 14,46

M-12 R$ 12,86 R$ 13,63 R$ 14,45 R$ 15,31

M-13 R$ 13,57 R$ 14,39 R$ 15,25 R$ 16,16

M-14 R$ 14,29 R$ 15,14 R$ 16,05 R$ 17,01

M-15 R$ 15,00 R$ 15,90 R$ 16,85 R$ 17,87

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 190

CI 5133 182

Tabela F: Assistentes de Gestão de Políticas Públicas – AGPP, Lotados no Iprem e

Exclusivo para Atuantes no Atendimento aos Segurados

Referência Valores do Ponto

2017 2018 2019 2020

M-1 R$ 7,50 R$ 7,95 R$ 8,43 R$ 8,93

M-2 R$ 8,21 R$ 8,71 R$ 9,23 R$ 9,78

M-3 R$ 8,93 R$ 9,46 R$ 10,03 R$ 10,63

M-4 R$ 9,64 R$ 10,22 R$ 10,83 R$ 11,48

M-5 R$ 10,36 R$ 10,98 R$ 11,64 R$ 12,34

M-6 R$ 11,07 R$ 11,74 R$ 12,44 R$ 13,19

M-7 R$ 11,79 R$ 12,49 R$ 13,24 R$ 14,04

M-8 R$ 12,50 R$ 13,25 R$ 14,05 R$ 14,89

M-9 R$ 13,21 R$ 14,01 R$ 14,85 R$ 15,74

M-10 R$ 13,93 R$ 14,76 R$ 15,65 R$ 16,59

M-11 R$ 14,64 R$ 15,52 R$ 16,45 R$ 17,44

M-12 R$ 15,36 R$ 16,28 R$ 17,26 R$ 18,29

M-13 R$ 16,07 R$ 17,04 R$ 18,06 R$ 19,14

M-14 R$ 16,79 R$ 17,79 R$ 18,86 R$ 19,99

M-15 R$ 17,50 R$ 18,55 R$ 19,66 R$ 20,84

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 191

CI 5133 183

Anexo VIII da Lei nº

Cargos e Funções, providos na data da Lei, transferidos dos Quadros do Iprem para

Quadros da Administração Direta

Relatório (7622667) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 192

Ateste (7623764) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 193

Ateste (7623764) SEI 6017.2017/0027455-3 / pg. 194