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Jornal de OLEIROS Ano 1, Nº8, Maio de 2010 Preço: 0,01• Edição Mensal Director: Paulino B. Fernandes INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA www.jornaldeoleiros.com EDITORIAL CONTINUA NA PÁGINA 2 PORTUGAL DEBAIXO DE FOGO Os especuladores e as agências de notação estão a encostar o País às cordas. As expectativas são as piores. É bom que os Portugueses olhem para o que se passa na Grécia e vão preparando as defesas das famílias. As defesas são a redução de des- pesas e o aumento de poupanças para piores dias. O desemprego aumenta, vai au- mentar mais. Acautelem-se, pois. PRESIDENCIAIS Manuel Alegre forçou o apoio que o PS não lhe quer dar. Não é a primeira vez que o faz. Que país pode querer um Manuel Alegre para Presidente? Nenhum, evidentemente. Esta atitude de se colocar em “bi- cos de pés”, é lamentável para um Homem desta idade. MOSTEIRO MOSTRA COMO A MOSTRA SE FAZ RONDA PELO DISTRITO PÁGINA 12 PÁGINA 2 PÁGINA 5 PÁGINA 11 Como se aguardava, Bento XVI criou empatia e uma imagem de maior proximidade. Sentiu-se que “estava em casa amiga”, esteve distendido, alegre e em muitos momentos era visível a felicidade no Seu rôsto. Esteve bem, inclusivé na condenação dos crimes de pedofilia, especialmente quando afirmou que o perdão é insuficiente e era necessária a condenação judiciária. Temia-se algum distanciamento popular, facto que não veio a revelar-se e, pelo contrário, as pessoas acorreram em números esmagadores. Foi uma viagem boa, até pelo momento que se vive em Portugal, com os cidadãos a carecerem de momentos positivos. A Liga dos Amigos da Freguesia da Amieira (LAFA) elegeu nova Direcção Capítulo IV – (Comarca da Sertã, nº. 164, 26 de Outubro 1939) Alguns dados monográficos sobre a freguesia do Estreito Professor António Benjamim Mendes BENTO XVI ESTEVE BENTO XVI ESTEVE EM POR EM POR TUGAL TUGAL

OLEIROS · As contas públicas do Município de Oleiros O 6º melhor do país entre os mais pequenos Esta relação é feita pelo Anuário Financeiro dos Municípios, mas

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Jornal deOLEIROSAno 1, Nº8, Maio de 2010Preço: 0,01€ • Edição MensalDirector: Paulino B. Fernandes

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

www.jornaldeoleiros.com

EDITORIAL

CONTINUA NA PÁGINA 2

PORTUGALDEBAIXO DE FOGO

Os especuladores e as agências denotação estão a encostar o País àscordas.

As expectativas são as piores.É bom que os Portugueses olhem

para o que se passa na Grécia e vãopreparando as defesas das famílias.

As defesas são a redução de des-pesas e o aumento de poupanças parapiores dias.

O desemprego aumenta, vai au-mentar mais.

Acautelem-se, pois.

PRESIDENCIAIS

Manuel Alegre forçou o apoio queo PS não lhe quer dar.

Não é a primeira vez que o faz.Que país pode querer um Manuel

Alegre para Presidente? Nenhum,evidentemente.

Esta atitude de se colocar em “bi-cos de pés”, é lamentável para umHomem desta idade.

MOSTEIRO MOSTRA COMO A MOSTRA SE FAZ

RONDA PELO DISTRITO

PÁGINA 12

PÁGINA 2

PÁGINA 5

PÁGINA 11

Como se aguardava, Bento XVI criou empatia e uma imagem de maior proximidade.Sentiu-se que “estava em casa amiga”, esteve distendido, alegre e em muitos

momentos era visível a felicidade no Seu rôsto.Esteve bem, inclusivé na condenação dos crimes de pedofilia, especialmente quando

afirmou que o perdão é insuficiente e era necessária a condenação judiciária.Temia-se algum distanciamento popular, facto que não veio a revelar-se e, pelo

contrário, as pessoas acorreram em números esmagadores.Foi uma viagem boa, até pelo momento que se vive em Portugal, com os cidadãos

a carecerem de momentos positivos.

A Liga dos Amigos da Freguesia daAmieira (LAFA) elegeu novaDirecção

Capítulo IV – (Comarca da Sertã, nº. 164, 26 de Outubro 1939)

Alguns dadosmonográficos sobre a freguesia do Estreito Professor António Benjamim Mendes

BENTO XVI ESTEVEBENTO XVI ESTEVEEM POREM PORTUGALTUGAL

As contas públicas doMunicípio de Oleiros

O 6º melhor do país entre

os mais pequenos

Esta relação é feita pelo AnuárioFinanceiro dos Municípios, masenquadrado num estudo elaboradonos “pequenos municípios” anível de todo o país. A nível donosso Distrito e quanto rito deCastelo Branco é a de Oleiros, em19.ao endividamento (ou não)aparece mesmo em 1º lugar. Nesteestudo foram considerados itenscomo, a capacidade de liquidez, asdívidas a terceiros o peso docustos com o pessoal, o passivoconstante nas contas, índices deendividamento e o grau de execu-ção da receita cobrada. O pre-sidente da Câmara, afirmou à cm-oleiros.pt que os resultados sãojustificados com uma gestãorigorosa, a par da preocupaçãocom o bem-estar das populações.Segundo este “os resultados obti-dos surgem numa altura em queforam feitos fortes investimentosno concelho, sempre com a capa-cidade de ir buscar as verbasnecessárias aos programas comu-nitários. Lisboa também ocupa o6º lugar, mas é na preferência dosempresários.

Oleiros

Centro de Saúdesem luz

No passado dia 21 de Abril, cer-ca ma meia-noite, acompanhei umsobrinho meu (profissão enfer-meiro) que ali se deslocou paraidentificar se na urina do paiexistia sangue a Vila estava total-mente no escuro devido aos estra-

gos de um forte trovão. Ao chegar-mos, verificámos que trêsprofissionais se encontravam àporta com uma lanterna na mão.Após a apresentação do problemaverificámos que seria melhorfocar os faróis do carro paradentro do edifício de modo afacilitar o trabalho dedicados emuito atenciosos profissionais.Perguntei porque num local destesnão era accionada automatica-mente luz das lâmpadas com ba-terias ou gerador. O caricato dasituação é que as lâmpadas paraesse fim, estavam lá, mas segundonos foi afirmado, não tinhambaterias. Uma simples coisa comoesta pode ter solução em tão poucotempo! Mas fomos atendidosmuitíssimo bem, quero referir.

Abertas as propostas para

o novo edifício da Junta

de Freguesia de Oleiros

É neste local que vai serconstruído o novo edifício daJunta de Freguesia. Trata-se de umestrutura de primeiro andar, com ofinanciamento feito totalmentepela Câmara Municipal. Ao quesoubemos, foram aceites mais de60 propostas, sendo algumas re-jeitadas por incumprimento dolimite máximo da hora legal deentrega e outras por não respei-tarem todos os requisitos legais.Se nenhum dos concorrentes re-correr, o processo decorre rápido,caso contrário, têm de serverificados os prazos estipuladospor Lei e todo o processo se ar-rasta, naturalmente.

Castelo Branco

DinoExpoNERCAB-AE

Até final de Outubro estarápatente a exposição “Dinossáuriosinvadem o GeoParque” no centrode exposições da própria NER-CAB AE. Faça uma visita, porquevale a pena. A sua inauguraçãoverificou-se já a 27 de Março.

Sertã

Site com notabem positiva

O site da Câmara Municipal daSertã tem vindo a permitir que osvisitantes dêem a sua opiniãosobre o mesmo. E, pelos resul-tados, está mesmo de parabéns,pois com Muito Bom tem 45,1%,Bom 8,85%, Razoável 5,47% e osque os que os que o consideramde Mau , dá a percentagem de39,57%. Ainda na Sertã, tomenota que até ao próximo dia 31 deMaio, está patente na BibliotecaMunicipal a exposição de pinturaintitulada “A Imaginação embe-leza a Tela”, da autoria de Amé-rico Delgado, estarão em expo-sição cerca de 30 trabalhos,dignos de serem apreciados.

OS DIAS BARATASALGUEIRO

DA MADEIRÃNa CCB – Casa daComarca da Sertã

No passado dia 4, pelas 19.00horas o estudo “OS DIAS BARATASALGUEIRO DA MADEIRÃ : AsRaízes duma Família do AntigoTermo da Vila de Álvaro”.

“O estudo foi realizado em co-autoria pelos Drs. Nuno Figueira,

sócio da CCS, e Luís Cardoso deMenezes, tendo sido publicado namais recente edição da revistaRaízes & Memórias da AssociaçãoPortuguesa de Genealogia.

O Dr. Adriano Barata Salgueiro, omais mediático membro da famíliaBarata Salgueiro, amigo do entãoPresidente da Câmara Municipal deLisboa, José Gregório Rosa Araújo,figura na toponímia de Lisboa, numaartéria perpendicular à Av. daLiberdade, designada por RuaBarata Salgueiro.”

Excursão aos Picosda Europa

De 22 a 25 de Abril, efectuou-seuma excursão de amigos oleirensesaté Covadonga – Picos da Europa,Espanha visitando cidades históricascomo Oviedo, Léon e Salamanca e,já em Portugal, a cidade de Chavestotalmente renovada sem perder assuas características de casas e ruasem granito. Uma boa surpresa paraquem a viu há dois anos e nada eracomo agora. A cidade entregue àspessoas com passeios bem largos eruas sem trânsito. Na gruta da bonitaVirgem de Covadonga, coincidiucom a celebração da missa emportuguês, porque outro grupo tinhalevado padre para esse fim. Umaviagem de são convívio e de umacamaradagem única. Algumasdestas pessoas já fazem esta excur-são anual há duas dezenas de anos.Quem dela participa, quandoregressa afirma querer integrar-separa o próximo ano.

Uma excursão com todas ascondições garantidas à partida e cujoorganizador foi sempre o sr. JoséMartins dos Reis

Oleiros

Moinhosrecuperados

Os “munhos”, como dizia opovo antigamente, junto à fontedas freiras situados ao lado da

Jornal de OLEIROS MAIO 20102

EDITORIAL BREVES E SEMI-BREVES

BAR CALADO: [email protected]. Nac. 238, Alverca, Oleiros

Telefone 936 355 742 (Frente à zona indústrial)

Seguro que o PS “terá “de apo-iar, mas, seguro, é uma pesada der-rota para o Partido que afinal nãotem a coragem de deixar ManuelAlegre, alegremente só, colhendoos malefícios que tem vindo afazer e a criar.

Nem importa falar do passado, doque fez pelo país ou do que nuncafez.

Não vale a pena...

AS GRANDESOBRAS

E O DÉFICE

Um dilema.Parar as obrar para poupar o país.Poupar no país para parar o país...?Que fazer?Fazer avançar o país é o ideal.Há obras estruturantes.Algumas estradas são essenciais.Se não se fizerem, bloqueamos o

desenvolvimento. Caso da nossaregião.

Convém que cerremos fileiras.Se não o fizer-mos, bloqueiam as

nossas estradas que são essenciais aodesenvolvimento da nossa região,dos nossos empresários, das nossasproduções.

Não é uma posição partidária.É uma posição de bom senso.

O TGV cria emprego e desenvolveo país. Liga-nos ao mundo.

O projecto tem 30 anos. Vamosdesistir?

Espero que não.

FEIRA DO PINHAL

Importa que apoiemos a nossaFeira.

É um momento decisivo paraexibir a região e o seu potencial.

Façamos todos nós o investimentoque fôr necessário e tiremos partidodo mediatismo que merecemos.

Por nós faremos o que temos afazer.

Pelo futuro de Oleiros, pelo futurodo país.n

[email protected]

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

A História recente da nossa Vila noperíodo após o descrito, de formanotável, nas Memórias de Oleiros, nãose encontra devidamente documen-tada.

Continuar uma obra com a qualidadea que D. João Maria d’Amaral ePimentel nos habituou é uma tarefadifícil que ninguém concretizou e ostestemunhos orais vão-se desvanecen-do…

Pertence a esse período a vida deuma grande Senhora que faz parte danossa memória.

Natural da freguesia de Oleiros, ondenasceu no dia vinte e sete de Junho de1891, Maria Augusta da Silva foi umadas personagens mais influentes do seutempo. Era filha de João Martins daSilva e de Margarida Augusta No-gueira. O pai, natural de uma pequenalocalidade de nome Chaveira, radicou-se nesta Vila e residia com a famílianuma casa em frente aos antigosCorreios, onde tinha um comérciodenominado “Loja do Chaveira”.Segundo registos orais, o pai colaborouna época com o transporte de pedradestinada à construção da Ponte Grande, naTorna.

As qualidades que esta Senhora revelouao longo da vida, motivaram o seupadrinho de Baptismo, Dr. FranciscoNogueira Barata Relvas, a fazer-lhe olegado dos seus bens. Não conhecendo oconteúdo do testamento, sabemos que oHospital construído pelo seu padrinho foisempre uma prioridade nas suas acções debeneficência. Além disso, dedicou a suavida à família, à Igreja e a todos os que delaprecisavam, não usando em seu proveito osbens que possuía.

Sem filhos e tendo muitas jovens comoafilhadas, oferecia-lhes pelo casamentouma Bíblia e uma máquina de costura,contribuindo para a subsistência do novocasal.

O seu quarto era um pequeno santuáriocom um oratório onde uma lamparina,permanentemente acesa, iluminava osSantos da sua devoção.

Era também em sua casa que se vestiamas meninas que faziam a comunhão solene.Para todas tinha uma mensagem, umsorriso e um pequeno terço ou um“santinho” que era guardado como talismã.

Nos Passos e na Semana Santa, enquantonos vestia de roxo para participar naprocissão dava uma aula de catequesesobre os martírios do Senhor. A suaconvicção e fervor aliados à expressivafigura do Senhor dos Passos, faziaesquecer o frio que enregelava os pés.

Naquela casa da Praça com jardins epomares, vivia uma Senhora que mefascinava, pois achava que era uma dassantas do Céu, enviada para fazer o bem etransformar as meninas em anjos, sempreque havia procissão.

Depois de uma vida dedicada aos outros,adormeceu para sempre de uma formaserena no dia vinte e um de Setembro de1969, com setenta e oito anos.

Ao fazer o seu testamento foi de certezanos seus conterrâneos mais desfavorecidosque pensou. E que grande responsabilidadee desafio deixou aos Oleirenses…

Se pudesse voltar, gostaria de ouvir asrezas das “Irmãs” e os risos alegres dascrianças que habitam a casa que foi sua.Gostaria ainda de ver os mais idosos,envelhecendo com conforto e dignidade ede rezar as suas orações nacapela da Senhora Mãe dosHomens, magnificamenterestaurada. Sei que há dili-gências para a construção deum memorial em sua home-nagem, pois é justo que asgerações futuras conheçam oseu nome e o seu legado.

Ela, por certo, está entre oseleitos.

“Aqueles que por obrasvalorosas se vão da lei damorte libertando.”n

Ana [email protected]

2010 MAIO Jornal de OLEIROS 3

CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE ee SS EE GG UU RR OO SSee SS EE GG UU RR OO SSJosé Mateus & Filho - Contabilidade, Lda

Rua Cabo da Deveza6160-412 Oleiros

OPINIÃOMEMÓRIAS

estrada nacional em Oleiros, estãoa ser alvo de beneficiações e àgratificante ver que as pessoas, aofazê-lo, recuperem a estruturaexterior original, ou seja,colocando novamente a pedra àvista. Bom gosto este que vaisendo cada vez mais assumidopelos Oleirenses.

Oleiros

Prédio em estado de

degradação grave

No local onde se encontra equase a ameaçar risco de segu-rança, encontra-se este edifício nocentro da Vila, que merecia maisatenção por parte dos seusproprietários. Agora que a rua vaimelhorar com a construção donovo edifício para a Junta deFreguesia, mesmo ali em frente,era uma boa oportunidade paraque metam mãos à obra e não odeixem cair.

Águias voaramalto este ano

Tanto no Estreito, como na Luz,os Águias voaram alto e mere-cerem esta nota de apreciação. En-cheram de alegria os adeptos quehá muito esperavam estesresultados. E mais não digo,porque serão assuntos tratados emcrónicas próprias.n

Luís [email protected]

Não podemosestancar!

É desde pequeninos que sonhamos e ambicionamos, porvezes, as coisas mais estranhas, inacreditáveis eimpossíveis.

Contudo, à medida que vamos dando os primeirospassos para o mundo real e para a consciência, aper-cebemo-nos que não podemos parar de crescer e queestamos sempre a aprender!

Vamos crescendo e concluindo novas etapas da vida: aentrada no 1º ciclo, seguidamente, para o 5º ano, o iníciodo 3º ciclo e, por fim, o trabalho e a construção de umavida comum, nomeadamente, vida familiar.

Muitas vezes, seria bastante bom, num ponto de vistageral, ficarmos eternamente jovens e rondar a idade dos 18anos e não passar muito desta bela idade, pois, na verdade,quem não gosta de desfrutar das diversões que surgem?Ou quem não pensa que com a idade tudo mudará?

No mês de Abril, inúmeros jovens realizaram a viagemde finalistas, tendo como principal destino, Lloret de Mar,todos os estudantes adoraram e querem repetir aexperiência que se caracteriza única, eterna e dasmelhores de sempre. Porém, temos de ter os pés assentesna terra e perceber que tudo tem o seu tempo e o seumomento, portanto, temos de adaptar-nos às situações e àsnovas rotas que o destino nos traça.

Posto isto, é ou não fundamental acompanhar as novaspropostas que nos aparecem, mesmo que, para isso, sejanecessário abdicar dos momentos de loucura e deresponsabilidade mínima?

Assim, não podemos estancar no tempo nem desejar sóo “bem bom”, mas ter como objectivo crescer, ganharpercepção do que o destino nos reserva em tempos que seavizinham, pelo qual nós espreitamos, sem querer, diaapós dia, aprendendo desta forma como encarar oimprevisível.

Deste modo, dadas as adversidades da vida, quer emtermos positivos, quer em termos negativos, é impor-tantíssimo estar em constante adaptação e aberto a novasideias e sugestões minimamente viáveis.

Como diz o célebre cantor Pedro Abrunhosa “o mundoé o momento”, na medida em que, devemos usufruir doque estamos a passar, só que tudo deverá ficar na nossamemória para relembrar mais tarde, para que consigamoscontinuar a viver.n

Soraia TomazEmail: [email protected]

Uma grande Senhora

O Benfica acabade somar o 32º títuloda sua história. Umaconquista assente notalento, na perse-verança e na ambi-ção de um profis-sional português eseguro dos seus mé-todos. Um exemploa seguir por todosnós…

Por mais paradoxalque possa parecer, oBenfica, símbolo maior da nossaportugalidade no Mundo, é umclube com escassa tradição detreinadores portugueses que setenham sagrado campeões de águiaao peito. De facto, antes de JorgeJesus, em 106 anos de história,apenas 3 técnicos portugueses(Cabrita, Wilson e Toni) lograramalcançar o título nacional aoserviço do Benfica. Em contra-ponto, 14 treinadores estrangeiroslevantaram o troféu da prova rainhaem Portugal, o que diz bem dadificuldade que sempre houve, paraos portugueses, em se assumiremcomo líderes da maior instituiçãonacional. As razões para estacuriosidade podem ser tantasquantas as teorias dos analistas queas proferirem, mas na modestaopinião deste vosso amigo, aprincipal razão está no esmagadorpeso da instituição Benfica, umclube que, com o passar dos anos,provou ser muito maior do que oPaís que o alberga, extravasando asfronteiras lusitanas e crescendo auma escala global.

Esta realidade, aliada à “peque-nez” típica dos portugueses, duran-te décadas fechados sobre sipróprios e alheados do Mundo,levou a que se criasse um estigmaquase inultrapassável, ou seja, o deque os técnicos nacionais nãoteriam estofo para levar o Benfica aaltos voos. E quando um técnicoportuguês chegava ao mais apete-cido cargo desportivo do País,rapidamente ocorriam “episódiosparalelos” que levavam ao desca-labro dos seus projectos. Foramdisso exemplos recentes os concei-tuados Artur Jorge, Manuel José,José Mourinho, Jesualdo Ferreira

ou Fernando Santos,apenas para citar algunsdos que venceramnoutras paragens masque, na Luz, por uma ououtra razão, redunda-ram em estrondososfracassos. Até agora…

Em Junho de 2009,um homem com umdiscurso fanfarrão eatrevido foi apresentadocomo treinador do SportLisboa e Benfica. Fica-ram imediatamente cé-lebres as frases “co-migo, estes jogadores

vão jogar o dobro”,ou “vou ser o 18ºtreinador campeãopelo Benfica”. Co-mo? Importa-se derepetir? Um treinadorque nunca conquistouabsolutamente nadaem lado nenhum,promete títulos logono dia da sua apre-sentação? Ainda porcima um técnicoportuguês, nascido noBairro da Falagueira

na Amadora, ex-soldador da Cel-Cat, com passagens por clubes tãomodestos como o Riopele, oBenfica de Castelo Branco e oAlmancilense (como jogador), ou oAmora, o Felgueiras e o Morei-rense (como treinador)! “Quedesplante, que arrogância, queprepotência…”, bradaram os maiscépticos. Afinal de contas, estehomem de discurso truculentopropunha-se a vencer onde nomessonantes do futebol mundial comoHeinckes, Autuori, Camacho, Koe-man ou Quique Flores, falharamem toda a linha.

O desfecho da temporada queterminou já é por todos conhecidose, como tal, poupar-vos-ei à análisede questões tão pertinentes como ofacto de o Benfica ter sido o melhorataque e a melhor defesa da Liga,ter sido a equipa que mais jogosdisputou ao longo da época, a quemais longe chegou na Europa, aque mais gente chamou aosestádios e, ainda, aquela que contanas suas fileiras com o melhormarcador (Oscar Cardozo) e o reidas assistências (Angel Di Maria),quer nas competições nacionais,quer nas competições europeias.Tudo isto é factual e, como tal,dispensa opiniões e teorias, sejamelas pejorativas ou de puro edesmesurado enaltecimento.

O que me leva a escrever estaslinhas é, em suma, a profundatristeza com que comprovo, umavez mais, que este País carece decultura desportiva. Quando, peran-te uma vitória tão esmagadora e tãoinequívoca, adeptos rivais conse-guem vislumbrar “poderes ocultos”e “jogos de bastidores” comorazões basilares da conquista dosseus rivais, já não estamos a falarde desporto, mas sim de ignorânciae anti-desportivismo. Porque ofeito que Jorge Jesus acaba dealcançar é, na sua essência, umaprova do talento nacional, talhadonas ruas e moldado na luta diária,um talento genético de um povohabituado a lutar por tudo aquilo aque tem direito. Foi, em últimainstância, um exemplo do rumo quetodos os portugueses devem seguirpara tirar este País da mediocridadeonde está letargicamente mer-gulhado!

Em Inglaterra, em Espanha ouem Itália, as rivalidades não são

O mês de Maio traz consigo astradicionais e tão apetecíveisfestas académicas, que tãoefusivamente os alunos do ensinouniversitário festejam, junta-mente, com as suas famílias,comemorando árduo esforço,trabalho e dedicação a um cursoque os fará “Srs. Doutores”. Oorgulho das famílias é par-ticularmente visível no rosto dospais, ufanos de seus rebentos queconseguiram ultrapassar maisuma etapa da vida com êxito.

Por esta altura, todos noslembramos dos nossos saudosostempos de estudantes e comouma melopeia que gira nostálgicapor entre as gentes, relembramos«No meu tempo…», mas agoraos tempos são outros… Acon-tece- -me, pois, também passarpor esta fase contemplativa esaudosista e relembro os meusanos (já lá vão alguns) defaculdade e todas as tribulações esucessos inerentes econsequentemente também me éfácil afirmar que no meu tempotudo era diferente. A começarpelos cursos, o Processo deBolonha (conjunto de iniciativasque resultam da Declaração deBolonha visando a sua imple-mentação) encurtou a duraçãodos mesmos, embora o intuitoseja, segundo os especialistaseuropeus, reorganizar o processoformativo em torno de novosvalores: as competências e não sóos conteúdos, as aprendizagens enão simplesmente o ensino, aparticipação e o envolvimento detodos os agentes implicados enão apenas a participação deprofessores nas aulas e deestudantes no estudo e nosexames. Nem todos concordarão.

A Declaração de Bolonha tem

como objectivo tornar inteligí-veis e comparáveis as formaçõesministradas no ensino superiornos diversos países que asubscreveram, desde 1999 (nessaaltura 29 países, actualmentemuitos mais). A ideia base é de,salvaguardadas as especificida-des nacionais, dever ser possívela um estudante de qualquerestabelecimento de ensino su-perior, iniciar a sua formaçãoacadémica, continuar os seusestudos, concluir a sua formaçãosuperior e obter um diploma eu-ropeu reconhecido em qualqueruniversidade de qualquer Estado-membro. Tal pressupõe que asinstituições de ensino superiorpassem a funcionar de modointegrado, num espaço abertoantecipadamente delineado, eregido por mecanismos deformação e reconhecimento degraus académicos homogenei-zados. Ora tal permite, entreoutras finalidades, uma queconsidero essencial: a promoçãoda mobilidade intra e extra co-munitária de estudantes, docentese investigadores. E assim, papás,os filhos abrem asas e voam maisalto e mais longe…

Do ponto de vista da estratégiacomunitária da União Europeia,o Processo de Bolonha enquadra-se na agenda política delineadapelos Chefes de Estado e deGoverno, na cimeira europeia deLisboa (2000), prosseguida nacimeira de Barcelona (2002), aqual definiu o objectivo de, numfuturo muito próximo, fazer daEuropa: “a economia do conhe-cimento mais competitiva e maisdinâmica do mundo, capaz de umcrescimento económico duradou-ro acompanhado de uma melho-ria quantitativa e qualitativa do

emprego e de maior coesãosocial”.(in www. planotecno-logico.pt- Estratégia de Lisboa)

Mas, abandonemos por ensejoo processo de Bolonha e cen-tremo-nos, novamente, nasfestividades académicas e nos ex-cessos cometidos que, se formosa ver, não sofreram muitas alte-rações ou muita “inovação”, poisimporta manter as tradições.Contudo, esperemos nós e osestudantes muito mais, que aquininguém “meta o bedelho” e quenenhum processo de Bolonha oude outra cidade qualquer venhatirar ou encurtar tão copiosasfestarolas.

A conclusão desta derradeiraetapa escolar deve ser para todosmotivo de grande orgulho esatisfação plena da realização dodever, da missão que cada um denós tem para si e para o bemcomum, a educação superior e aqualificação profissional. A todosos recém-licenciados desejo umfuturo auspicioso e brilhante.

Vivemos tempos de crise avários níveis: esgotamento deideias, valores, cultura. Restasaber se a crise que o mundoatravessa permitirá que as medi-das previstas pela ComunidadeEuropeia dêem fruto e, efecti-vamente, a questão da empre-gabilidade melhore em termosquantitativos e qualitativos. Sub-siste-nos a esperança de melhoresdias e a missão de a transmitir-mos aos nossos jovens, futurosprofissionais activos e inter-ventivos, insuflando-lhes que aesperança é um sentimento quesempre acompanhará a Humani-dade.n

Manuela [email protected]

Jornal de OLEIROS MAIO 20104

BIG barSérgio André Martins HenriquesEstr. Nac. 238, Ameixoeira • Telem. 965 839 770

DE “OLHO” NA EDUCAÇÃO

«Efe - Erre - Á» CULTURA DESPORTIVA

Rui Pedro [email protected]

2010 MAIO Jornal de OLEIROS 5

Capítulo IV – (Comarca da Sertã, nº. 164, 26 de Outubro 1939)

Alguns dados monográficos sobre a freguesia do Estreito

Professor António Benjamim Mendes

*“A diligente abelhinha enche o

cortiço quando o tempo corre ajeito, chupando o suco daencachoada e rósea flor da urze.

Aqui quase todo o lavrador étambém apicultor.

Há proprietário que arrecada,em certos anos, 500 litros doapreciado líquido.

Apontamos uma média de 5.000litros de mel, com todas asprobabilidades de ganhar.

E tal rendimento poderia ir atéao triplo, se o colmeeiroconhecesse melhor os segredos doofício.

Infelizmente, o útil e simpáticoinsecto não encontra entre oshabitantes da freguesia, protecçãoindispensável ao seu normaldesenvolvimento.

Ao apicultor repugna tudo quesintetise inovação e as vantagensda colmeia móvel são olhadas comindiferença.

Uma humilde choupana decortiça rolada e pobre, assentesobre pedra lisa, e pronto.

Se o enxame morre nada seperde; dará ainda rendimentocompatível com o tempodispendido: alguma cera que, porsua vez, dará alguns patacos.

Se tem fome ou necessita deagasalho de inverno ninguém quersaber.

Se vinga, dará mais uma cresta enovo enxame no mesmo ano ou noano seguinte.

Eis o futuro que espera o serbelicoso no momento de deixar acidade que muralhara de riquezassem conto.

E agora neste seu outro lar demiséria e de imundície, ei-la outravez na faina da luta pela vida,afrontando com arrogância osvendavais do destino.

Limpa, marca a compassoavenidas e passeios, edifica

palácios e amontoa besouros.Não raras vezes um enxame,

tirado em Março, volta a enxamearem fins de Abril.

Na região predomina a flor daurze, mas não consitue únicoreservatório à disposição dalaboriosa cidade do cortiço.

Paredes meias e de mãos dadascom a urze vegeta a raptante‘queiroz’ uma das múltiplasvariedades do ‘sargaço’, quedesabrocha em lindas e mimosasflorinhas, desde fins de Março ameados de Maio.

Esta flor, rica em mel, enche osfavos até ao transbordo e completaa economia da admirávelsociedade.

Mas o mês de Maio vai a maisde meio, o ‘monte’ está já passadoe é preciso proceder, sem delongasà colheita.

Destampada a colmeia, ohomem inunda de fumo toda ahabitação e os douradosarruamentos verticais passando doopulento palacete para vasilhaadequada. Assim se vê aabelhinha, de chofre expoliadadum terço da sua fortuna.

E que mortandade de obreirasno acto da cresta!

Que enorme quantidade decadáveres debaixo dosw favos, nomeio do mel e no fundo dorecipiente em que se depositara oproduto do assalto!

Sejam muito mais humanossenhores apicultores.

SE, em caso tais, a lei nãocondena o roubo, à moral e aovosso próprio interesse repugna oassassinato.

A incansável abelhinha, emrazão dos tais 5.000 litros anuais,ainfda que mais razões nãohouvera, merece o olharmisericordioso de quantos sededicam à indústria apícola.

A época da floração (aquichamam-lhe monte) não aparecena mesma ocasião, não obstantetratar-se de plantas da mesmaespécie.”n

(Continua)

João H. Santos Ramos [email protected]

Neste capítulo IV, professor AntónioBenjamim, depois de, no capítulo anterior, ter mencionado a apicultura como uma dasriquezas associadas à urze, à flor do mato,descreve essa actividade em maior detalhe.Novamente se percebe o seu distanciamento

relativamente a práticas e usos menosacertados. O seu conhecimento da vida local

e a sua formação e contacto com o mundoexterior permitem-lhe tornar–se

conselheiro e promotor de mudança e progresso na técnica.

Deste escrito, como os anteriores, ressalta o seu espírito naturalista.

Um verdadeiro ambientalista e ecologistaantes do tempo

Vidigal. Montanhas. Foto de Alfredo Almeida. ©http://www.flickr.com/photos/marfra/3036190356/in/set-

72157607576776602/

menores, bem pelo contrário. Masaí, os campeões são saudados pelosrivais com guardas de honra esalvas de palmas quando entram norelvado, são simbolicamente para-benizados pelos seus “inimigos deguerra”. Por cá, os campeões sãorecebidos com esperas milicianasnas estradas, atacados por guardaspretorianas, e alvo de cobardesarremessos de bolas de golfe,isqueiros, pedras e telemóveis,perante a inquietante passividadedas entidades competentes. Algotem que mudar urgentemente.Porque o desporto é, de há mais deum século a esta parte, o espelho dasociedade que o integra. E todossabemos o quão necessitadosestamos de mudança…

NOTA FINAL: Em finais doséculo XIX, em Portugal, circu-lavam duas ideias que importa aquirecordar. Uma delas era a correntedo decadentismo, segundo a qual oPaís se encontrava mergulhadonuma profunda crise cultural,social, racial e política, iniciada noséculo XVI com o domínio filipinoe agravada ao longo dos séculos. Aoutra, defendia que existiam quatrograndes flagelos que estavam aconsumir a “raça” portuguesa:sífilis, alcoolismo, tuberculose, emortalidade infantil causada pelagastroenterite. Nessa altura, afacção mais culta do nosso Paísvirou-se para o desporto em geral (epara o futebol em particular) comouma plataforma de salvação doshomens portugueses, nomea-damente através da máxima eterna“Mente Sã em Corpo São”, aindahoje tão pertinente como há 100anos atrás. Talvez devêssemosmeditar sobre isto e pensar se ofutebol, outrora tão importante nareabilitação física e espiritual donosso País, não poderá hoje voltar adesempenhar um papel fulcral narecuperação da nação aos maisvariados níveis, dos sociais aoseconómicos, passando pelaeducação e, acima de tudo, pelafundamental renovação dos nossosvalores morais. Saibam os profis-sionais dar o exemplo e saibamosnós, meros espectadores, segui-lose interpretá-los da melhor forma,assumindo definitivamente umaverdadeira atitude de cultura des-portiva.n

ORTIVA

O pedestrianismo é uma modalidade doTurismo de Natureza que está fortementeenraizada no concelho de Oleiros,atraindo anualmente, nesta altura do ano,muitos praticantes. Depois da imple-mentação de três percursos de PequenaRota (PR) devidamente sinalizados noconcelho (dois em Álvaro e um emOrvalho), será inaugurado no próximodia 23 de Maio (Domingo), pelas 9.30h, oPercurso Pedestre PR4 - OLR “Trilhos doEstreito”, o qual contempla a freguesia doEstreito.

Trata-se de um percurso circular comuma extensão total de 10 km que ficarásinalizado permanentemente, de forma apoder ser percorrido durante todo o ano.Ao desfrutar do trajecto proposto poderádescobrir locais de grande valor patri-monial, como as construções típicas emxisto que retratam o Estreito de outrora.Pode ainda deliciar-se com a belezanatural da Ribeira do Estreito, com osseus açudes e levadas, pois uma boa partedo percurso desenvolve-se ao longo desterecurso hídrico.

A concentração terá lugar na sede daJunta de Freguesia do Estreito, pelas 9.00horas, onde serão realizadas as inscriçõese será servido o pequeno-almoço. A meiodo percurso e para retemperar forças,haverá um reforço alimentar. Mais tarde,pelas 12:30 e terminado o passeio, seráservido o almoço no Pavilhão Desportivo

João Dias. Os interessados em obter maisinformações ou em inscrever-se, podemconsultar o website da associação emwww.trilhosdoestreito.com.

ISCA promove PasseioPedestre na Isna

A Associação Isna Sport ClubeAlvélos, da Isna, promove no próximodia 23 de Maio mais um concorridopasseio pedestre. Recorde-se que este éum fim-de-semana em que o pedes-trianismo está em alta no concelho e nodia 22 (Sábado), é a vez de a

Depois da realização deste fim-de-semana, os adeptos do pedestrianismopodem ainda usufruir de outro passeiopedestre por paisagens de rara beleza,participando no 5.º Passeio Pedestre doOrvalho, a ter lugar naquela freguesia nopróximo dia 5 de Junho.

14.ª edição do FESTIL

É já no próximo dia 30 de Maio que vaiter lugar a 14.ª edição do Festival da Can-ção Infantil - Festil, o qual anualmenterevela os talentos infantis do concelho. Ainiciativa é da Associação Recreativa eCultural de Oleiros.

Semana Europeia dos Geoparques

para breve

O Município de Oleiros, aexemplo de edições anteriores,participa em mais uma edição daSemana Europeia dos Geoparques,de 22 de Maio a 13 de Junho. Esteano a iniciativa privilegia os cená-rios que fazem parte do territórioGeopark no chamado Festival daPaisagem 2010. Passeios pedestres,passeios de bicicleta, actividadespedagógicas, exposições, visiona-mento de filmes, visitas temáticasGeoParty e muita diversão, são omote para celebrar a Paisagem damelhor maneira. Depois das maisdiversas iniciativas que têmocorrido nos anos anteriores, oMunicípio de Oleiros volta asurpreender com a introdução deinovadores conceitos que fazemdeste Festival a afirmação do seuterritório. Para mais informações,consulte www.cm-oleiros.pt.n

15 de Maio (Sábado) - Campeonato Distrital deEscolas Nível B de Futebol Série A: ARCB Valongo -Casa do Benfica em Oleiros (11 H).

Local: Campo Municipal de Oleiros.

16 de Maio (Domingo) - 3. º Passeio PedestreOrganizado Pela Associação Pinhal Total. OleirosLocal:.

- Passeio de BTT da Juvebombeiro. Oleiros Local:.

17 de Maio (Segunda-feira) - Início da 1. ª Prova deelíptica promovida Pelo Corpo técnico da área doDesporto do Município. Local:

Ginásio Municipal de Oleiros.

22 de Maio (Sábado) - Passeio pedonal (caminhada),promovida Pela Associação Grupo Desportivo eRecreativo do Milrico. Local: Milrico (Oleiros).

- Filmes nd Cultura da Casa. Sessão Infantil(15H) - ESTÁ O oceano Mais um Sul; Sessão M/12p (21H) - O reino proibido. Local: Auditório daCasa da Cultura

22 de Maio a 6 de Junho - Semana Européia dosGeoparques 2010:

“Festival Europeu da Paisagem”.

23 de Maio (Domingo) - 4. º Passeio Pedestre “Tri-lhos do Estreito”

Organizado Pela Associação Trilhos do Estreito.Local: Estreito.

- Passeio Pedestre Organizado Pelo Isna Sport ClubeAlvelos (ISCA).

Local: Isna.

26 de Maio (Quarta-feira) - Hora do Conto:“Clarinha”, da Autoria de António Mota, contada PorHelena Lopes. EAo Actividade destinada alunos doensino pré-escolar de Oleiros, Santa Casa daMisericórdia de Oleiros, Estreito e Orvalho (10h).Local: Casa da Cultura de Oleiros.

27 de Maio (Quinta-feira) - “O VEM GeoPark àEscola”: Sobre palestra com a Dra. Dinossauros. JoanaCastro Rodrigues, alunos EAo destinada do 1. º ciclodo concelho. Local: Auditório da Casa da Cultura emOleiros.

Jornal de OLEIROS MAIO 20106

AGENDA

Inauguração do PR4 OLR

2010 MAIO Jornal de OLEIROS 7

Quem vive em Oleiros, assim como quemvive em todo o território Geopark Naturtejo,tem o privilégio de habitar numa região devalor acrescentado e que pertence, desde2006, às Redes Europeia e Global deGeoparques, sob os auspícios da UNESCO.Habitar num território que possui locaisfundamentais para testemunhar a históriageológica da Terra, documentada nosúltimos 600 milhões de anos é, sem dúvida,uma mais-valia.

No concelho de Oleiros existem 3geomonumentos e qualquer um deles sedistingue pela sua monumentalidade eespectacularidade. Quem nunca ouviu falarda “Cascata da Fraga de Água d´Alta” (emOrvalho), da “Garganta do Zêzere” ouMalhada Velha (nos limites de Admoço, emCambas), ou dos “Meandros do Rio Zêzere”(no alto da Frazumeira, em Álvaro)?

Para além destes, estão inventariados noterritório, mais precisamente na zona deinfluência da Serra do Moradal, outros 7geossítios, de onde se destacam excelentesmiradouros geomorfológicos, como é o casodo Miradouros do Cabeço Mosqueiro, doPicoto do Moradal ou do Zebro, assimcomo alguns sítios que possuem interessegeológico por preservarem registos fósseiscom cerca de 470 milhões de anos, nomea-damente icnofósseis, como os existentes naPedreira do Zebro.

Para melhor valorizarmos todo estariqueza geológica, temos de pensar emtermos de geoconservação. Só assimconseguimos salvaguardar a integridade delocais que muitas das vezes vêem a suariqueza acrescida pela biodiversidade ve-getal que apresentam, destacando-se porexemplo a existência de vestígios da florestaLaurissilva que cobria o Sudoeste daEuropa até às glaciações.

Viver num geoparque com estatutosupranacional (e actualmenteexistem apenas dois em Portugal:no território Naturtejo e emArouca), representa a ocorrência denovas oportunidades. Projectosinovadores, novas experiências,promoção do desenvolvimentolocal através da criação de novasinfra-estruturas e de postos detrabalho, assim como a possibili-dade de fluxos turísticos interes-santes, são só alguns dos benefíci-os.

A palavra-chave para o sucesso

de um projecto tão integrador e abrangente,prende-se com a sensibilização do públicoem geral. É essencial que a populaçãoperceba as vantagens deste conceito paraque se fomente o desenvolvimento econó-mico local.

O aparecimento de geoprodutos, essen-ciais para o desenvolvimento de umaestratégia geoturística eficaz, é outrocontributo importante. A título de exemplo,em Oleiros produzem-se os criativosGeoDoces e realizam-se periodicamentediversas actividades que têm atraído até aoconcelho centenas de pessoas, refira-se porexemplo o passeio pedestre GeoRota doOrvalho e outros similares. Muitas destasiniciativas têm-se inserido no âmbito dacelebração do Festival Europeu da Terra, oqual decorre todos os anos no território eque engloba as mais variadas actividades decarácter pedagógico, cultural, lúdico edesportivo.

Este ano o Festival decorrerá de 22 deMaio a 6 de Junho e a exemplo das ediçõesanteriores haverá exposições, visitasguiadas, palestras, visionamento de filmes,percursos pedestres e noites temáticas.Celebrar um território tão enriquecedor é,sem dúvida, a melhor forma de promover edivulgar todo o seu potencial.

O futuro deste projecto estará assimdependente da auto-estima das gentes locaise da sua capacidade de perceber a mais-valia de viver e investir num território queintegra um geoparque através, por exemplo,do estabelecimento de empresas certificadasnos ramos de animação turística, hotelaria erestauração, ou da produção e comerciali-zação de genuínos e inovadores produtoslocais.n

Inês MartinsEngenheira Agrónoma

Viver num Geoparque

Jornal de OLEIROS MAIO 20108

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No passado Domingo, dia 25 de Abril,a Aldeia do Xisto de Álvaro foi o ponto departida de um ciclo de percursospedestres que até Outubro pretendemreavivar a Rede de Aldeias do Xisto. Como título “A Pé pelos Caminhos do Xisto”,a iniciativa foi organizada pela associaçãoAdxtur, em parceria com a CâmaraMunicipal de Oleiros e contemplou arealização dos dois percursos da Aldeiado Xisto de Álvaro, denominados “Nosmeandros do Zêzere” e “Mui nobreVilla”. A concentração, marcada para as 9horas, teve lugar no Miradouro sobre o

Zêzere, junto à Igreja Matriz. A meio dopasseio, todos os participantes tiveramdireito a um reforço alimentar e depois deum intervalo junto à Praia Fluvial deÁlvaro, onde os pedestrianistas presentespuderam ainda visitar as instalações dofuturo restaurante “Olhar o Zêzere”, aabrir futuramente e o qual possui umavista panorâmica sobre o Vale do Zêzere,teve início da parte da tarde o segundopercurso pedestre, o qual contemplou apassagem pela Casa da Cultura daGaspalha.

Recorde-se que os percursos, PR 1 e

PR 2, respectivamente, foram inaugu-rados no ano passado e estão definidospelas encostas que envolvem o RioZêzere, as quais são povoadas por oli-veiras e pinheiros. Ambos os percursoscontemplam a passagem pelas capelasexistentes na freguesia e no caso do PR1, os pedestrianistas podem contemplara frescura da Ribeira de Alvelos, juntoda Ponte Romana, assim como ter oprivilégio de passar por um troço deum caminho romano que fazia parte deuma via que ligava Mérida a Coním-briga.n

Ciclo de percursos pedestres dasAldeias de Xisto arrancou em Álvaro

Aproxima-se o mês de Junho que épor tradição o mês dos Santos Popu-lares. Em Oleiros é uma época que amaioria das pessoas aprecia, desde ahabitual missa de Santo António, nolocal com o mesmo nome, passandopelos diversos convívios das pessoasque têm o nome dos Santos. Na habit-ual festa popular no Jardim Municipal,houve duas Associações que sedestacaram, a Associação dosBombeiros Voluntários e o Agrupa-mento de Escuteiros de Oleiros. Foram

elas que durante vários anos fizeramesta festa.À uns anos atrás, houve aideia de ir rodando por cada Associa-ção a tarefa de realizar os SantosPopulares em Oleiros. A mim parece-me uma excelente ideia, porque todasas Associações devem dar sempre umpouco mais à terra, e deste modopermite também mais alguma receita.

O ano passado esta festa foi feita pelaCasa do Benfica, e foi com bastanteagrado que soube que este ano iria ser oRancho Folclórico a realizar os Santos

Populares. Deixo aqui um desafio, que jáfoi tentado antes mas que penso queainda pode ser uma realidade, serem asvárias Associações a efectuarem emcada ano esta festa. Estamos numa alturaem que há novas direcções em váriasassociações, outras vão ter eleições, ecom a entrada de gente nova e com outravontade de trabalhar, parece-me serpossível a concretização deste desafio.n

António [email protected]

A comemoração do 64º Aniversário da Casa daComarca da Sertã decorreu no passado Sábado, dia 8de Maio, em Vila de Rei e contou com as ilustrespresenças da Presidente da Câmara Municipal de Vilade Rei, da Vereadora da Cultura da CâmaraMunicipal da Sertã e do Chefe de Gabinete da Gover-nadora Civil de Castelo Branco.

O almoço de confraternização decorreu na Alber-garia D.Dinis e contou com pratos regionais dereferência: Bacalhau à Vila de Rei, Maranhos eBucho recheado.

No seu discurso, o Presidente da Direcção da CCS,Eng. Pedro Amaro, destacou as linhas orientadoraspara o presente mandato, salientando a importânciados sócios e das Autarquias continuarem a apoiar aCasa, de forma a atingir os objectivos propostos. Deuainda nota pública da medalha comemorativamandada fazer com o duplo propósito: assinalar o 64ºaniversário da fundação da CCS e os 650 anos donascimento de D. Nuno Álvares Pereira, Patrono daCasa, canonizado como S. Nuno de Santa Maria emAbril do ano passado.

Logo após o almoço, a actual direcção da Casa daComarca da Sertã homenageou os sócios queatingiram este ano 25 e 50 anos de associado. Forameles:

50 anos de sócio da CCSAlberto da Silva Barata (sócio nº 1106)Eduardo Barata Olivença (sócio nº 1110)

António Antunes Alface (sócio nº 1134)Maria do Céu da Silva (sócia nº 1140)25 anos de sócio da CCSMário Joaquim Nunes (sócia nº 2705)Luís Miguel Ribeiro Farinha (sócia nº 2669)

O almoço terminou com a actuação do Grupo deConcertinistas da Casa do Benfica de Vila de Rei.

Seguiram-se as visitas à Biblioteca Municipal JoséCardoso Pires, ao Museu Municipal de Vila de Rei,ao Museu de Geodesia e ao centro Geodésico. Foi nointerior do Museu de Geodesia que se cantaram“Parabéns à CCS”. Além do bolo de aniversário, aautarquia ofereceu um lanche aos sócios, convidadose amigos presentes.n

www.casacomarcaserta.org

64º Aniversário da Casa da Comarca

da Sertã

O Que Se Vê Daqui

2010 MAIO Jornal de OLEIROS 9

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

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Ficha técnica

Jornal deOLEIROSDirector: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes •Periodicidade: Mensal • Redacção: Rua Jacinto Domingues, 3, 6100 Oleiros • Sede: Rua Conselheiro Martins de Carvalho, 9,1º esq, 1400-069 Lisboa • www.jornaldeoleiros.pt • email da redacção: [email protected] • email do Director: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.pt (em construção) • Tiragem: 3 000 exemplares • Redacção: Oleiros• Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: Luís da Silva Mateus, João H. Santos Ramos,Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, Ana Faria, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque,Feliciano Barreiras Duarte, Hugo Francisco, Hugo de Freitas Andrade, Miguel Marques. • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal,Brasil) • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) •Correspondente na Sertã: Soraia Tomaz • Impressão: Gráfica: Coraze, Oliveira de Azeméis • Paginação: Imafix (www.imafix.08.com)

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Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários

de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180

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Estreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136G.N.R – 272 682 311

Postos de Abastecimento

Galp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas

Câmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais/Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura/Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

CONTACTOS ÚTEIS

OOnnddee ppooddee eennccoonnttrraarr oo SSeeuu JJoorrnnaall ddee OOlleeiirrooss

• OLEIROS- Papelaria JARDIM

• ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito - 6100 Oleiros

.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova

- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

• CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

- Quiosque junto ao Cine Teatro

• CERNACHE DO BONJARDIM- Papelaria Boa Nova Mercado Municipal

• AMEIXOEIRA- BIG barEstação de Serviço, Estª Nacional 238Ameixoeira 6 100 Oleiros

• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A

• VILADE REI- Quiosque Notícias Novas- Papelaria Tertúlia

• VILAVELHADE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos

• SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A

• PAMPILHOSADASERRA- Livraria Riscos e Rabiscos

Pouco ou nada entendo deeconomia. Limito-me, comovulgar cidadão, a ler e ouvir, nosdiversos meios de comunicação,as análises e comentários dosditos “especialistas na matéria”.

Sempre me interessei pelaopinião dos outros, particular-mente no que respeita a assuntosque não domino minimamente, enunca disso me arrependi. Pal-pite da esquerda, palpite dadireita, ouvindo daqui e ouvindodali, lá vamos estando a par doque se passa e aprendendo qual-quer coisa…

Vem esta conversa a propósitoda actual situação económica daGrécia, do enormíssimo endivi-damento a que chegou e da nece-ssidade imperiosa de pedir ajudainternacional.

Tal como eu, penso que dificil-mente alguém terá deixado deficar preocupado relativamenteao que se passa naquele país.Apesar de tudo é sempre possívelencontrar quem, perante notíciasdeste teor, assuma uma atitudede absoluta indiferença e seidentifique com o velho ditadonortenho: “…Pimenta no rabodos outros é canela no meu…”

Nos tempos que correm, ape-nas a inconsciência e/ou a irres-ponsabilidade podem ditar umapostura deste tipo. Os motivossão de ordem diversa.

Em primeiro lugar, fazendo aGrécia parte da União Europeia,o descalabro económico a queaquele país chegou acaba porreflectir-se negativamente, acurtíssimo prazo, nas economiasdos restantes países membros,particularmente nos de economi-as mais débeis como é o caso dePortugal.

Em segundo lugar, naqualidade de membro da U.E.,Portugal acabou por ver-se naobrigação de também contribuircom um empréstimo para auxi-liar aquele país, o qual pareceascender a cerca de dois milmilhões de euros. Encontrando-nos, também nós, com uma enor-me dívida externa, tal emprés-timo não pode deixar de sobre-carregar o montante da mesma,situação referenciada pelopróprio ministro das finanças emMarço transacto.

Por último, e isto parece-meparticularmente importante, naopinião de diversos analistaseconómicos Portugal corre sériosriscos de, a curto prazo, se en-

contrar em situação idêntica à daGrécia, ou seja, à beira dabancarrota.

Ao que leio e ouço, o nossopaís, a Espanha, a Irlanda e aItália têm as “barbas de molho”eencontram-se na berlinda relati-vamente a uma situação análogaaquele país. O efeito dominóparece ameaçar-nos seriamente.

Desconheço – precisamenteporque nada entendo de econo-mia – quais as verdadeiras con-sequências, para o comum doscidadãos, de uma situação destetipo. Parece óbvio, no entanto,que tal situação implica, desdelogo, uma perda de soberania.Como não pode deixar de ser,caberá aos credores o ditar dasregras: o montante dos impostos,os tectos salariais, os benefíciossociais, enfim, tudo quanto possapermitir uma diminuição dedespesa por parte do Estado, coma consequente perda de direitos eregalias que todos tínhamos poradquiridos.

Dificilmente consigo passar aolado de qualquer das opiniões –as mais optimistas e as maispessimistas - que diariamente,sobre esta situação, são veicu-ladas através dos diversos órgãosde comunicação social. Anali-sando umas e outras, somandodaqui e diminuindo dali ejulgando ser realista, penso que overdadeiro “apertar do cinto”está ainda para vir e prometedurar.

Sem sair do tema, e apenasporque acho que nada acontecepor acaso, despertou-me a curio-sidade um inquérito recente-mente levado a cabo pela SIC, noqual era formulada a seguintequestão: “Estaria disposto aabdicar do subsídio de fériaspara ajudar o país ?”.

Um inquérito deste tipo, nasituação que atravessamos, chei-ra-me sempre a sermão enco-mendado e a um atirar de barro àparede… a ver se pega.

Emotivamente, caso a questão

me fosse formulada, responderiade forma rápida mas segura:Não! Não estou minimamentedisposto (de boa vontade, claroestá) a abdicar do que quer queseja.

Passo a explicar.

Na minha óptica, com quemoral se podem pedir sacrifíciosa uma enormíssima maioria quehá tanto tempo os faz, sem quevejamos qualquer contenção oumudança de mentalidade porparte de quem, detendo o poderou a ele se encontrando ligado,usufrui de regalias que para aquase totalidade dos portuguesesnão passam de um sonho,arrecada vencimentos e prémiosde desempenho milionários,persiste em manter como públi-cas empresas que, por má gestão,sempre apresentaram resultadosdeficitários, teima em nãodiminuir o número de gestorespúblicos nem os seus princi-pescos ordenados?

Com que moral nos pode serpedido que abdiquemos, a favordo país, de algumas das poucasregalias que ainda possuímos,numa altura em que, encon-trando-nos na situação econó-mica que todos conhecemos,continua a persistir-se na reali-zação de obras “ditas” impor-tantes, como o TGV e o novoaeroporto (são apenas exem-plos), obras essas de índole me-galómana e custo exorbitanteque, não sendo essenciais nemimprescindíveis a curto prazo,nos obrigarão a contrair maisdívida ?

Já não existe um mínimo debom senso que permita distinguiro essencial do supérfluo?

Já não existe vontade nemcoragem política para umamudança de estratégia que, paraalém de absolutamente neces-sária, todos reclamam como ur-gente?

Pelos vistos não.

Continua a faltar neste paísquem seja capaz de nos incutiresperança, motivação e garantiade um futuro melhor.

Nessa altura sim. Seria capazde abdicar, na expectativa legí-tima de que tal sacrifício nãoseria em vão.n

António Romão de Matos

O senhor que se segue…

Feira do pinhalPARTICIPE

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Na passada semana dediquei algum tempoa um exercício, que consistia em contar asvezes que num determinado dia ouvia, ou lia,a palavra turismo, ou derivações da mesma,como turista ou turística. Isto claro nos mediageneralistas deixando de parte as publicaçõesespecializadas. Na quarta-feira, dia 28 deAbril, por 34 vezes ouvi esta palavra queparece que anda na boca de todos, mas quemuitos poderão não saber ao certo o quesignifica, ou até mesmo o que implica.

Este que é o meu segundo artigo, deveriater sido o primeiro a ser escrito, de forma apossibilitar a todos um melhor entendimentodo fenómeno turístico. De qualquer forma,parece bem a tempo, ainda mais porque a“época turística” está ai à porta, e mais cedoou mais tarde, todos vamos de férias.

De acordo com a Organização Mundial deTurismo (OMT), entende-se como Turismo aactividade realizada pelas pessoas, durante assuas viagens ou estadias em lugares distintosdo seu local de frequência habitual, por umperíodo superior a um dia, e não superior aum ano, por motivo de lazer, negócios ououtros.

A palavra Turismo deriva de tour, do latimtornare e do grego tornus, que significamgiro ou circulo. Do ponto de vistaetimológico, turismo é o acto de partir eposteriormente regressar ao ponto inicial,sendo que o seu executante se denominaturista.

O Turismo enquanto actividade económicasurge primeiramente na Grécia, nos primei-ros Jogos Olímpicos em 776 A.C., sendo quea sua “ascensão moderna” ocorreu durante aRevolução Industrial inglesa, entre o séc.XVII e XIX. Após a Segunda Guerra, com oacesso aos meios de transporte maiseconómicos, e o surgimento de companhiasaéreas comerciais, as viagens tornaram-semais frequentes, intensificando-se aactividade turística em todo o Mundo.Actualmente é umas das industrias maisrentáveis do Mundo, impulsionada pelamaior disponibilidade de tempo, pela facili-dade nas condições de pagamento e pelosaumentos dos rendimentos.

Também em Portugal, o turismo passou deum exclusivo das classe altas, para umanecessidade social. Seguindo o exemplo

francês, que no principio dos anos 30,durante a governação da Frente Popular,instituía 15 dias de férias pagas, e a semanade trabalho de 40 horas, foi criado em 1935 aFundação Nacional para a Alegria do Tra-balho (FNAT). Esta organização, financiadapelo Estado tinha como finalidade asseguraros tempos livres dos trabalhadores, promo-vendo um desenvolvimento físico, intelectuale moral. Tendo sido este um passo importantepara a implementação do acesso ao lazer, e daimplementação das férias pagas, foi só depoisde 1974 que a FNAT se transformou numverdadeiro desígnio nacional, dando origem àmaior organização nacional de lazer e temposlivres, o Instituto Nacional para Aprovei-tamento dos Tempos Livres dos Trabalha-dores (INATEL).

Pode concluir-se, portanto, que o turismo émuito mais que viajar de um ponto para ooutro, mais do que uma indústria rentável, é omotor de diversas economias mundiais, etambém uma necessidade social e pessoal.Ratificado pelas autoridades mundiais ereconhecido pelas Nações Unidas, o tempode lazer é um direito de todos ostrabalhadores. Quando passam 36 anos darevolução de Abril, e no mês em que se co-memora o dia do trabalhador, é seguro afir-mar que o Turismo é mais do que uma acti-

vidade económi-ca, é tambémuma vitória deAbril.n

Jornal de OLEIROS MAIO 201010

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Ele, lá fora, observava, pelos vidros, oque se passava no café… Olhava aspessoas sentadas, e via os empregadosservirem à mesa…Como de costume,nessas grandes áreas de convívio, haviazonas para cada empregado, e ele estavaparticularmente interessado, na parte, queera servida por uma certa empregada .Ela não o via, pois teria que dar atençãoaos seus clientes…

Ele, era uma pessoa de idadeavançada…Depois de observar o quequeria, sorriu.

…Pôs os óculos escuros, e foi sentar-se numa parte do estabelecimento, queseria servido pela pessoa que ele estavainteressado…Entrou, com passo rápido,como sempre andava, e sentou-se àespera, para ser servido…Parecia não terpressa… Trazia um caderno de apon-tamentos, e mostrava interesse no queestava a escrever…

Entretanto, a empregada chegou, eperguntou-lhe o que queria…

Ele olhou-a, não directamente, e disse :- Senhora, eu pretendo beber um chá

quente…que qualidades tem ?Ela olhou para aquele cliente, que

aparentava ser idoso, mas os gestos e avoz

pareciam de pessoa mais nova…- Senhor, temos vários chás…Tem

preferência por algum ?- Lúcia e Lima ? perguntou o cliente …- Temos, sim, com ou …- Não quero açúcar, só o chá…- Se está com muita pressa, sirvo-o

já…- Não quero causar transtorno ao seu

trabalho, a pressa é relativa, se houveralguém que queira servir-se com maisurgência, não tenha problemas…

- Com certeza, senhor…Não demoro…Ela nunca tinha visto aquele cliente no

café, mas parecia-lhe que conheciaaquele timbre de voz e…ficouintrigada…Um sujeito, já velho, masque não parecia ter a idade que demons-trava, óculos escuros, movendo-se comoum jovem, e com voz de pessoa muitomais nova…Observou-o do balcão…Ele continuava a cuidar dos seusapontamentos…“Parecia” não tirar avista do que fazia…

Pouco depois ela veio com o chá, etentou meter conversa…

- Tenho aqui o seu chá…quer maisalguma coisa…bolos ? É a primeira vezque vem cá ?

- Senhora - disse ele sem tirar a vistados seus apontamentos – só quero o chá…

- Está bem - disse ela, um pouco

desapontada, mas continuando intrigadacom aquela voz, que ela conhecia masnão se recordava de onde…

Foi servir outros clientes…Ele, apesarde estar com os seus trabalhos nasmãos, não a perdia de vista, sem ela seaperceber…Ia bebendo o chá,lentamente, enquanto olhava o seutrabalho…Ela continuava a servir outrosclientes … Por fim, depois de tomar asua bebida, e enquanto continuava a ler, ela passou …Ele , perguntou-lhe

- Por favor, senhora, quanto é ? ela,disse-lhe o custo da bebida…

Ele procurou dinheiro no porta-moedas, mas não encontrou... moedas…Foi ao bolso onde tinha a carteira, etirou uma nota…

- Lamento, senhora – disse ele,continuando a olhar para os seuspapeis - mas não tenho trocado…Temque ser com uma nota, peço desculpa…

Ele, apresentou-lhe uma nota,relativamente grande para a despesa…

- Senhor, eu tenho que ir trocar, só maisuns momentos…

- Não tenho pressa - continuou ocliente, olhando para ela…

A empregada, foi falar com o caixa, epediu ao colega o troco…Este, um tantoaborrecido, pelo trabalho em dar tantotroco, por uma despesa tão pequena…

- O gajo não quer mais nada, só ochá?

-É só isso, mais nada…-Aparece cada um…! Toma lá o

troco…Ela recebeu o dinheiro, e dirigiu-se

para a mesa onde estava o velho…Mas,este desaparecera…e… e, em cima damesa , estava numa pequena caixa, atadacom fita colorida, já velha, como se fos-se uma prenda ... que não foradada…Que raio de coisa !

Olhou para todos os lados mas nãoviu o velho…Voltou-se para a caixa, eviu escrito a data do seu aniversáriode…de alguns anos atrás, que ela serecordou… Aquele cliente, fora um dosseus namorados, que ela desprezara, nãoatendendo as chamadas telefónicas, queele lhe fizera, durante várias dias, antesdo seu aniversário…Ele fora, segura-mente, o único homem, dos muitos quetivera, que a amara verdadeiramente…Ela olhou para a saída…e uma teimosalágrima correu-lhe pela face…n

“O Solitário”

Hugo de Freitas [email protected]

Uma chávena de chá

UM CONTO

Turismo, Ponto por Ponto

Mas afinal, o que é turismo?

francisco—[email protected]

2010 MAIO Jornal de OLEIROS 11

No dia 24 de Abril, com as suasfamílias, dezenas de antigosalunos dos seminários da diocesereuniram-se em Alcains. O SenhorBispo da Diocese, D. AntoninoDias, marcou presença, presidindoà celebração da missa e ao almoço.António Colaço, com outrosalunos de 1963, servindo-se do seublogue “Animus” (http://animus60.blogs.sapo.pt/) foi o grandedinamizador do acontecimentoonde, passadas dezenas de anos, sereencontraram antigos colegaspela primeira vez, formulando opropósito de continuidade e dadinamização de uma associaçãoque chegue ao número possível deex-alunos.

Para além da participação nacelebração da missa e no almoço, e

da alegria do reencontro e daapresentação das respectivas famí-lias, os antigos colegas tiveram aoportunidade de revisitar o

passado através da exposição deobjectos e fotos dos seus temposde alunos, do passeio pelosespaços do edifício – primoro-

samente conservado – e dasconversas sobre episódios do dia-a-dia vivido nos seminários deGavião, Alcains e Portalegre, dosfinais dos anos 50 aos primórdiosdos anos 70.

A quem não teve a oportunidadede estar presente e aos leitorescuriosos, recomendamos a visitado blogue onde pode encontrar adescrição do acontecimento, comfotografias dos participantes,informação sobre o nascimento epreparação do evento e notíciassobre a sua continuidade.

Muitos ex-seminaristas doconcelho de Oleiros marcarampresença. Como participante, devoexpressar a minha gratidão aosorganizadores e o meu apoio a queseja dada continuidade aos encon-

tros. Quanto aos alunos de 1965, acomparência foi muito ampla e deuazo à troca de contactos pararealização de um futuro encontro.

Para além do agradecimentomuito especial ao António Colaço,por uma questão de justiça, mastambém com enorme satisfaçãoporque entre eles se encontramvários Oleirenses, fica registado oagradecimento aos outros organi-zadores, especialmente ao PadreCastanheira, ao João Peres, ao Joa-quim Silvério, ao Mário Pissarra,ao Zé Ventura, ao Zé Henriques,ao Cónego António Assunção, aoCarlos Mingacho e ao FranciscoAmaro.n

João H. Santos [email protected]

Reunidos em Oleiros, num jantar queencheu por completo o Restaurante MariaPinha, os Membros da LAFA conviveramcom as Famílias e elegeram a novaDirecção que é composta por:

ASSEMBLEIA GERAL

. Presidente Josá Augusto JesusGonçalves

DIRECÇÃO

. Presidente José Augusto de JesusAlves

CONSELHO FISCAL

. Presidente António Manuel Antunesgarcia

Entre os vários convidados, esteve oPresidente da Câmara Municipal deOleiros que discursou, enaltecendo oespírito ali vivido e saudando ainda asfortes relações de solidariedade entre aFreguesia e o Município de Oleiras, numarelação que tem vindo a intensificar-secom resultados visíveis.n

A Liga dos Amigos da Freguesia da Amieira (LAFA)

elegeu nova Direcção

Estudo sobre a Família Barata

Salgueiroapresentado na CCS“OS DIAS BARATA SALGUEIRO DA

MADEIRÃ: As Raízes duma Família do AntigoTermo da Vila de Álvaro” foi apresentado na Casada Comarca a Sertã (CCS), no passado dia 4 deMaio.

Editado pela Associação Portuguesa deGenealogia (APG), este estudo foi incluído no maisrecente número da sua publicação anual “Raízes &Memórias”, a qual pode ser adquirida na CCS,tendo as intervenções estado a cargo do Presidenteda CCS, do Secretário-Geral da APG e dos autores,Nuno M. Figueira, nosso sócio, e Luís Cardoso deMenezes.

A família Barata Salgueiro, uma das famílias demaior relevo na zona do Pinhal, teve origens naantiga Vila de Álvaro, actualmente uma dasfreguesias que integram o concelho de Oleiros.

Adriano Barata Salgueiro, bacharel em Leis pelaUniversidade de Coimbra, prestigiado Advogado eBenemérito da cidade de Lisboa, um dos membrosda família Barata Salgueiro tratados neste estudo eseguramente o mais mediático, faleceu há 115 anos,no dia 5 de Maio de 1895.

O seu nome figura na toponímia de Lisboa, porproposta do então Presidente da Câmara Municipal,Rosa Araújo. O topónimo “Rua Barata Salgueiro”foi aprovado na 19ª Sessão Extraordinária daCâmara Municipal de Lisboa, a 6 de Maio de 1882.

Terminada a apresentação, foi servido um Portode Honra com o apoio da Vereadora da Cultura daCâmara Municipal de Lisboa, a que se seguiu umjantar.n

Alcains – Convívio de ex-seminaristas

Jornal de OLEIROS MAIO 201012

Esteve patente em Oleiros, até ao dia 30 de Abril, aexposição “Mais de um Século de História e Glória”promovida pela Casa do Benfica em Oleiros. Ainiciativa pretendeu contar a história de mais de 100anos do Sport Lisboa e Benfica, desde a acta dafundação do Clube, passando por todos os estádiosque acolheram a equipa de futebol, não esquecendo osfutebolistas mais relevantes, até às grandescompetições, nacionais e internacionais, que foramconquistadas até aos dias de hoje.

Sendo o ecletismo um dos valores por que se rege oClube, a exposição contemplou também asmodalidades que tantos momentos de glória têmproporcionado ao universo benfiquista. “Mais de umSéculo de História e Glória” teve o alto patrocínio dosCTT e da Fundação Pernord Ricard e revelou-se umaexposição de enorme nível qualitativo e interessehistórico.

Passeio Turístico de todo-o-terrenoTransGeopark arrancou em Álvaro

No passado dia 1 Maio teve início o 2.º PasseioTurístico de todo-o-terreno TransGeopark organizadopela Naturtejo e pela Casa do Forno, o qual partiu daAldeia do Xisto de Álvaro e contou com o apoio daCâmara Municipal de Oleiros. Depois de ter sidoservido o pequeno-almoço a todos os participantes ede uma visita a esta mui nobre villa, a caravanapercorreu as melhores paisagens do GeoparkNaturtejo abordando a componente científica,cultural, lúdica e educativa do território. Entre estas,nas imediações de Álvaro e em pleno Vale do Zêzere,situa-se um dos mais deslumbrantes e emblemáticosgeomonumentos que integram este parque temático:os Meandros do Rio Zêzere.

As preocupações ecológicas não foram esquecidas ede forma a reduzir a “pegada ecológica”, a iniciativaesteve limitada a uma caravana de 15 viaturas erealizou-se no passado dia 21 de Março uma plantaçãode árvores autóctones na Cascata da Fraga de ÁguaD´Alta, de forma a anular o volume de Dióxido deCarbono produzido pelas viaturas.n

Casa do Benfica em Oleiros

promoveu exposição

Decorreu, no passado dia dois, a VMostra de Sopas Tradicionais no Mosteirode Oleiros, num ambiente queconsideramos exemplar e com umaorganização a cargo do Grupo do Maltez(rancho Folclórico), que encheu o enormepavilhão gimno-desportivo. ComFernando Alves e sua esposa à frente deuma grande equipa e com apoios da Juntade Freguesia e Câmara Municipal, tudo foiconjugado para mais uma Mostra,absolutamente inesquecível para quem,quis participar e conviver. Momentomarcante para o concelho de Oleiros, bemmelhor que muitas das festas popularesque se levam a efeito no Verão. Mas cadacoisa no seu lugar.

Na Mostra podia-se saborear dezena emeia de sopas variadas, vindas desdeAlmeirim, Sertã e de várias casas ali daspovoações. As tasquinhas integradas noPavilhão com as pessoas que as serviamhigienicamente bem apresentadas (batas egorros brancos), a broa de milho, branco eamarelo, bem quentinhas, os porcos nabrasa, o vinho e cerveja a jorrarem e umbar servindo cafés com a tradicionalaguardente, o artesanato ao vivo, tudo jájustificava a tarde passada no Mosteiro.Mas o programa de actuações empalco preencheu toda a tarde, a partirdas 14 horas, com quatro ranchosfolclóricos, entre eles o de Oleiros e odo Mosteiro e seguidamenteactuações de acordeonistas, cujocabeça de cartaz foi o bem conhecido,Tino Costa que apoiou as jovensAndreia Sofia e Kátia Mendes. Depoisdas actuações dos RanchosFolclóricos, criou-se a oportunidade

para que se verificasse a entrega demedalhas e recordações aos mesmos. Nopalco estiveram então, o responsável pelaorganização e também na qualidade deresponsável pelo Grupo Maltez, oPresidente da Junta de Freguesia e oPresidente da Câmara Municipal Oleiros,entre outros

Fernando Alves não deixou fugir aoportunidade para pedir a construção domuro em frente ao Pavilhão, o quepermitiria ligar as duas estradas quechegam ao mesmo, mas que não estãoligadas entre si. Aproveitou também paradar os agradecimentos a todos quantos

colaboraram e participaram nesta Mostra.Depois das palavras do Presidente daJunta, o Presidente da Câmara salientou ovalor deste tipo de acontecimentos serrealizado por particulares e prometeu que omuro seria mesmo construído.

Note-se que, todas as pessoas quequeriam, podiam assistir a tudo em lugaressentados.

Em termos de balanço, foi-nos dito que,o objectivo foi plenamente cumprido,porque se tratava de mais uma mostravalorizando hábitos, sabores e costumesantigos com os actuais e para que não sepercam totalmente as tradições, ou, pelo

menos, que sirvam de conhecimentopara os mais novos que hoje sãodiariamente assediados para tudoestar feito.

No final, somente com alguns dosque se muito se esforçaram, pudemostambém acompanhar os que olhandoa enorme panela ainda cheia decastanhas, decidiram comer, sorrirpelo êxito daquela tarde e tomarconta de algumas notas para apróxima. Poucas, diziam, porque amáquina funciona já muito bem, mas

sempre com alguns nervos. Este tipo de organização, muito

contribui para engrandecer Oleiros navertente para que está cada vez maisvoltado: o turismo baseado na força dasnossas tradições e na voluntariedade dasgentes desta terra. O somatório de tantoque se tem vindo a fazer, neste âmbito,criam-nos a vontade de estar semprepresente quando acontecem eventos. Omesmo, nos diziam, várias pessoas comquem falámos, vindos propositadamentepara a Mostra.nLuís [email protected]

MOSTEIRO MOSTRA COMO A MOSTRA SE FAZ