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Diretor do HUPE: Rodolfo Acatauassú Nunes Vice-diretor: Maurílio Pereira de Carvalho Salek Coordenadoria de Comunicação Social, Eventos e Humanização do HUPE Coordenação: Maria Lucia Calazans Jornalista: Alba Moraes Jornal Jornal do do HUPE HUPE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO Ano 2 - Nº 15 - AGOSTO DE 2009 Coordenadoria de Comunicação Social, Eventos e Humanização Projeto Gráfico: Caíque Nunes Gráfica: Supraset Gráfica e Editora Ltda. Email: [email protected] Tel.: (21) 2587-6258 / 6548 Tiragem: 2000 exemplares página 2 Diferencial de atendimento do HUPE na Rede SUS A importância do médico de família na saúde da pessoa é fundamental para o seu desenvolvimento físico e psíquico, e desde o atendimento inicial ele é diferenciado; o médico de família não apenas acompanha o paciente, ele também intervém. Quem nos explica é a médica de família e professora Ana Claudia Chazam: “O grande diferencial é trabalhar uma população adstrita, como acontece aqui no HUPE com o projeto 'Saúde da Vila' ”. A vivência da medicina ambulatorial, para o médico de família, traz uma abordagem centrada na pessoa, um olhar integrado para prevenção, atenção, integrando os problemas da vida. “É mais fácil para o paciente conhecer as opções e escolhas - conscientes ou não na abordagem centrada na pessoa e não na doença”, completa. página 3 O médico passa a entender com a própria pessoa o seu processo de doença, dificuldades familiares, violência, promovendo mudanças na dinâmica familiar, vendo as necessidades e abordando outros aspectos. Buscando ações de sensibilização na própria comunidade, tentar implicar a pessoa neste histórico, um processo de “quebra-cabeça” a partir da construção de um vínculo. A professora Ana orienta que o paciente deve procurar um médico com o qual sinta-se à vontade e sempre tirar suas dúvidas. “Ter um médico de confiança, fazer as perguntas que quiser, buscar construir uma relação de confiança”. Quando necessário, o médico de família faz a integração com outros especialistas. A grande dica é aproveitar melhor o tempo e a vida. Entre os grandes males da atualidade estão: a obesidade, a depressão, o sedentarismo, o tabagismo, fonte de ansiedade, estresse, baixa autoestima, má alimentação. Levando a casos de osteoartrose, diabetes, doenças cardiovasculares. E o médico de família vai investir na expectativa de que a pessoa assuma os seus próprios cuidados. “Aprenda que não existe 'coisa' mágica e conheça o médico que motive você para o autocuidado”, finaliza a Profª Ana Chazan. A família é a célula fundamental da sociedade. Promover a sua saúde é promover a saúde da sociedade como um todo. Este aspecto estratégico assistencial da Medicina da Família, uma especialidade singular ao nível da Atenção Primária - integradora com as demais especialidades médicas contribui para o desenvolvimento dos Sistemas de Saúde. De modo geral, países com muito bons indicadores são, justamente, os que mais viabilizam o acesso à assistência familiar. O HUPE debate o tema durante o Congresso “Saúde da Família”, contando com a participação de toda sua comunidade acadêmico-científica, docentes e discentes. Dr. Rodolfo Acatauassú Nunes Diretor Geral do HUPE A UDA de Cirurgia Geral inaugurou a sua Sala de Pesquisas, homenageando o Prof. Ivan Mathias, dando seu nome a sala multimídia. Dotada de computadores, comprados com o apoio da FAPERJ, com acesso à internet, uma iniciativa de possibilitar o completo acesso à informação para seus alunos, residentes, funcionários técnico- SALA DE PESQUISAS PROF. IVAN MATHIAS mestre: “Ensina sobre a Medicina e sobre a vida. No exemplo sem alarde que os maiores valores são passados. Na repetição da postura correta, no respeito aos pacientes, na cordialidade com os colegas, no cuidado com a técnica, na sabedoria da melhor indicação e no compromisso com o próximo e com a Instituição. Procurado pelos alunos e residentes como aquele que compartilha seu conhecimento e habilidades, com a simplicidade daqueles que realmente sabem. Sempre disponível para tirar uma dúvida, sempre paciente ao auxiliar nas operações”. O Prof. Ivan Mathias é um dos grandes nomes da cirurgia nacional, tanto no que se refere à sua atividade assistencial quanto docente, e apesar da aposentadoria compulsória deve continuar como coordenador da Cirurgia Geral na Policlínica Piquet Carneiro e outras atividades no Departamento. Sua importância para a Instituição foi manifestada na presença maciça de professores das mais diversas especialidades na cerimônia, da vice- reitora da UERJ, Profª. Maria Christina Maioli e do atual presidente da FAPERJ, também membro do Departamento de Cirurgia Geral, Prof. Ruy Garcia Marques. Seus grandes ensinamentos serão para sempre lembrados e aprimorados no desenvolvimento de novas pesquisas. O HUPE se fez presente no 2º Seminário Nacional de Humanização que aconteceu na primeira semana de agosto em Brasília. Com o tema “Trocando experiências. Aprimorando o SUS”, foram desenvolvidas 23 mesas e 43 rodas de conversa, além de intensa programação cultural como a Mostra Interativa HumanizaSUS. As diferentes experimentações artísticas que fizeram parte da exposição passaram a compor o acervo histórico da Política Nacional de Humanização no Brasil. É o início da construção coletiva da memória HumanizaSUS. Representando o hospital estavam a coordenadora de Comunicação Social, Eventos e Humanização, Maria Lúcia Calazans e a relações públicas da Instituição, Renata Freire Rezende que participou da apresentação de pôsteres, dentro das sete áreas temáticas, com o projeto de Captação de Doadores para o Núcleo de Hemoterapia do HUPE. A base do seminário foi a troca de experiências, fato que permitiu o desenvolvimento de um trabalho em rede. Os anais do 2º Seminário estão disponíveis on-line no endereço www.saude.gov.br/humanizasus e também na Rede HumanizaSUS. www.redehumanizasus.net HUPE PARTICIPA DE SEMINÁRIO NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO O Fórum Permanente de Residência tem sido desenvolvido com o objetivo de favorecer mudanças na Residência do HUPE e trazer novas dinâmicas no processo de formação. Organizado e promovido pela Coordenadoria de Desenvolvimento Acadêmico (CDA) e pelo Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Residente (NAPPRE), durante suas Oficinas acontece a aproximação e o envolvimento dos profissionais das diversas áreas da saúde do hospital. Segundo levantamento da CDA e do NAPPRE, mais de 50% dos participantes da 2ª Oficina tinha participado da anterior, houve mais tempo útil de aproveitamento, com participação efetiva e ativa nas propostas e experiências. Para as organizadoras Profª. Denise Herdy Afonso e Michele Siviero, “Não se está trazendo novidade e sim reflexão sobre o que já existe. Sistematizar, aplicar, trazer para a prática”. Nas avaliações foi observado que ninguém tinha clareza de que podia haver mudanças e de que é de responsabilidade dos coordenadores fazer acontecer as mudanças, com formação e apoio. Quem participou valorizou a sua responsabilidade com a Residência, se posicionou. O Fórum é proporcionador de trocas e a partir daí é que vai surgir a mudança, um espaço para as categorias se conhecerem, poderem se ouvir e saber suas competências. Modifica as relações na Instituição, inclusive otimizando seus recursos. A Residência é reconhecida como “padrão-ouro” pelo Ministério da Educação, inclusive com investimentos de recursos públicos. A data da próxima Oficina é 16 de setembro, com debate, troca de experiências e reflexão entre os preceptores e coordenadores das Residências. Além do sonho de conseguir abrir uma linha de pesquisa em Residência, conhecimento que pode ser compartilhado. FÓRUM PROPORCIONADOR DE TROCAS E MUDANÇAS NAS RELAÇÕES DA INSTITUIÇÃO H o m e n a g e a d o s 2 5 & 3 5 a n o s H U P E H o m e n a g e a d o s 2 5 & 3 5 a n o s H U P E AGOSTO DE 2009 - Pág. 4 página 3 OLHO VIVO Expediente: H o m e n a g e a d o s 2 5 & 3 5 a n o s H U P E administrativos e docentes. No discurso proferido pelo atual coordenador do Serviço, Prof. Roberto Garcia Freitas, foram ressaltadas as qualidades do grande

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Diretor do HUPE: Rodolfo Acatauassú NunesVice-diretor: Maurílio Pereira de Carvalho SalekCoordenadoria de Comunicação Social, Eventos e Humanização do HUPECoordenação: Maria Lucia CalazansJornalista: Alba Moraes

JornalJornal dodo HUPEHUPEHOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO

Ano 2 - Nº 15 - AGOSTO DE 2009Coordenadoria de Comunicação Social, Eventos e Humanização

Projeto Gráfico: Caíque NunesGráfica: Supraset Gráfica e Editora Ltda.Email: [email protected].: (21) 2587-6258 / 6548Tiragem: 2000 exemplares

página 2

Diferencial de atendimento do HUPE na Rede SUS

A importância do médico de família na saúde da pessoa é fundamental para o seu desenvolvimento físico e psíquico, e desde o atendimento inicial ele é diferenciado; o médico de família não apenas acompanha o paciente, ele também intervém. Quem nos explica é a médica de família e professora Ana Claudia Chazam: “O grande diferencial é trabalhar uma população adstrita, como acontece aqui no HUPE com o projeto 'Saúde da Vila' ”. A vivência da medicina ambulatorial, para o médico de família, traz uma abordagem centrada na pessoa, um olhar integrado para prevenção, atenção, integrando os problemas da vida. “É mais fácil para o paciente conhecer as opções e escolhas - conscientes ou não na abordagem centrada na pessoa e não na doença”, completa.

página 3

O médico passa a entender com a própria pessoa o seu processo de doença, dificuldades familiares, violência, promovendo mudanças na dinâmica familiar, vendo as necessidades e abordando outros aspectos. Buscando ações de s e n s i b i l i z a ç ã o n a p r ó p r i a

comunidade, tentar implicar a pessoa neste histórico, um processo de “quebra-cabeça” a partir da construção de um vínculo. A professora Ana orienta que o paciente deve procurar um médico com o qual sinta-se à vontade e sempre tirar suas dúvidas. “Ter um médico de confiança, fazer as perguntas que quiser, buscar construir uma relação de confiança”. Quando necessário, o médico de família faz a integração com outros especialistas. A grande dica é aproveitar melhor o tempo e a vida. Entre os grandes males da atualidade estão: a obesidade, a depressão, o sedentarismo, o tabagismo, fonte de ansiedade, estresse, baixa autoestima, má alimentação. Levando a casos de osteoartrose, diabetes, doenças cardiovasculares. E o médico de família vai investir na expectativa de que a pessoa assuma os seus próprios cuidados. “Aprenda que não existe 'coisa' mágica e conheça o médico que motive você para o autocuidado”, finaliza a Profª Ana Chazan.

A família é a célula fundamental da sociedade. Promover a sua saúde é promover a saúde da sociedade como um todo. Este aspecto estratégico assistencial da Medicina da Família, uma especialidade singular ao nível da Atenção Primária - integradora com as demais especialidades médicas contribui para o desenvolvimento dos Sistemas de Saúde. De modo geral, países com muito bons indicadores são, justamente, os que mais viabilizam o acesso à assistência familiar. O HUPE debate o tema durante o Congresso “Saúde da Família”, contando com a participação de toda sua comunidade acadêmico-científica, docentes e discentes.

Dr. Rodolfo Acatauassú NunesDiretor Geral do HUPE

A UDA de Cirurgia Geral inaugurou a sua Sala de Pesquisas, homenageando o Prof. Ivan Mathias, dando seu nome a s a l a m u l t i m í d i a . D o t a d a d e computadores, comprados com o apoio da FAPERJ, com acesso à internet, uma iniciativa de possibilitar o completo acesso à informação para seus alunos, residentes, funcionários técnico-

SALA DE PESQUISAS PROF. IVAN MATHIAS

mestre: “Ensina sobre a Medicina e sobre a vida. No exemplo sem alarde que os maiores valores são passados. Na repetição da postura correta, no respeito aos pacientes, na cordialidade com os colegas, no cuidado com a técnica, na sabedoria da melhor indicação e no compromisso com o próximo e com a Instituição. Procurado pelos alunos e residentes como aquele que compartilha seu conhecimento e habilidades, com a

simplicidade daqueles que realmente sabem. Sempre disponível para tirar uma dúvida, sempre paciente ao auxiliar nas operações”. O Prof. Ivan Mathias é um dos grandes nomes da cirurgia nacional, tanto no que se refere à sua atividade assistencial quanto docente, e apesar da

aposentadoria compulsória deve con t inua r como coordenador da Cirurgia Geral na Policlínica Piquet Carneiro e outras atividades no Departamento. Sua i m p o r t â n c i a p a r a a Instituição foi manifestada na presença maciça de

professores das mais d iversas especialidades na cerimônia, da vice-reitora da UERJ, Profª. Maria Christina Maioli e do atual presidente da FAPERJ, também membro do Departamento de Cirurgia Geral, Prof. Ruy Garcia Marques. Seus grandes ensinamentos serão para sempre lembrados e aprimorados no desenvolvimento de novas pesquisas.

O HUPE se fez presente no 2º Seminário Nacional de Humanização que aconteceu na primeira semana de agosto em Brasília. Com o tema “Trocando experiências. Aprimorando o SUS”, foram desenvolvidas 23 mesas e 43 rodas de conversa, além de intensa programação cultural como a Mostra Interativa HumanizaSUS. As diferentes experimentações artísticas que fizeram parte da exposição passaram a compor o acervo h is tó r i co da Po l í t i ca Nac iona l de Humanização no Brasil. É o início da c o n s t r u ç ã o c o l e t i v a d a m e m ó r i a HumanizaSUS. Representando o hospital estavam a coordenadora de Comunicação Social, Eventos e Humanização, Maria Lúcia Calazans e a relações públicas da Instituição, Renata Freire Rezende que participou da apresentação de pôsteres, dentro das sete áreas temáticas, com o projeto de Captação de Doadores para o Núcleo de Hemoterapia do HUPE. A base do seminário foi a troca de exper iênc ias , fa to que permi t iu o desenvolvimento de um trabalho em rede. Os anais do 2º Seminário estão d i s p o n í v e i s o n - l i n e n o e n d e r e ç o www.saude.gov.br/humanizasus e também na Rede HumanizaSUS.www.redehumanizasus.net

HUPE PARTICIPA DE SEMINÁRIO NACIONAL

DE HUMANIZAÇÃO

O Fórum Permanente de Residência tem sido desenvolvido com o objetivo de favorecer mudanças na Residência do HUPE e trazer novas dinâmicas no processo de formação. Organizado e promovido pela Coordenadoria de Desenvolvimento Acadêmico (CDA) e pelo Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Residente (NAPPRE), durante suas Oficinas acontece a aproximação e o envolvimento dos profissionais das diversas áreas da saúde do hospital. Segundo levantamento da CDA e do NAPPRE, mais de 50% dos participantes da 2ª Oficina tinha participado da anterior, houve mais tempo útil de aproveitamento, com participação efetiva e ativa nas propostas e experiências. Para as organizadoras Profª. Denise Herdy Afonso e Michele Siviero, “Não se está trazendo novidade e sim reflexão sobre o que já existe. Sistematizar, aplicar, trazer para a prática”. Nas avaliações foi observado que ninguém tinha clareza de que podia haver mudanças e de que é de responsabilidade dos coordenadores fazer acontecer as mudanças, com formação e apoio. Quem participou valorizou a sua responsabilidade com a Residência, se posicionou. O Fórum é proporcionador de trocas e a partir daí é que vai surgir a mudança, um espaço para as categorias se conhecerem, poderem se ouvir e saber suas competências. Modifica as relações na Instituição, inclusive otimizando seus recursos. A Residência é reconhecida como “padrão-ouro” pelo Ministério da Educação, inclusive com investimentos de recursos públicos. A data da próxima Oficina é 16 de setembro, com debate, troca de experiências e reflexão entre os preceptores e coordenadores das Residências. Além do sonho de conseguir abrir uma linha de pesquisa em Residência, conhecimento que pode ser compartilhado.

FÓRUM PROPORCIONADOR DE TROCAS E MUDANÇAS

NAS RELAÇÕES DA INSTITUIÇÃO

Homenageados

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HUPE

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OLHO VIVO

Expediente:

Homenageados

25

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adm in i s t r a t i vos e docentes. No discurso proferido pelo atual c o o r d e n a d o r d o Serviço, Prof. Roberto Garcia Freitas, foram r e s s a l t a d a s a s qualidades do grande

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AGOSTO DE 2009 - Pág. 3

LOGÍSTICA DE ABASTECIMENTO DO HUPE

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Após um ano a frente do Serviço de Controle de Consumo e Estoque, gerindo simultaneamente duas seções (Almoxarifado e Estoque) que apresentam rotinas complementares e interdependentes, em suas ações operacionais e de otimização, sobre toda a logística de abastecimento do HUPE, entrevistamos Marcello Carneiro Clemente que nos informa sobre a atual situação do setor. Trabalhando no Almoxarifado Central desde 2002, Clemente recorda tempos difíceis: “Era um caos total, não havia um processo sequer de compras e nem de material, na época foram retiradas 14 caçambas de lixo, materiais vencidos e obsoletos, recolhidos pela COMLURB. O hospital ficou no zero, perdeu o referencial e a moral”. Após o trabalho inicial de faxina, os protocolos tiveram que ser reconstruídos e criados novos processos administrativos de compra, um esforço muito grande para o HUPE não fechar as portas. “Vivíamos de doações de outros hospitais e só a partir de 2003 o hospital começou a mudar”, complementa. Foi um longo recomeço e pela ausência da informática (principal ferramenta de trabalho), não houve muito desenvolvimento. Clemente considera que a eleição da atual Direção foi um “basta” ao longo período em que o HUPE ficou desacreditado. O hospital vem aos poucos tomando fôlego. O Serviço, que abrange toda a seção de material, tem recebido um apoio muito grande do Departamento de Sistemas de Informação e Telessaúde (DESIT), colaborando no seu desenvolvimento. Hoje há pessoas trabalhando exclusivamente na análise de consumo, esse controle é a grande meta. Segundo Clemente, o consumo hoje é uma “zona cega”, sabe-se o que é fornecido e não o que é consumido. Contando também com um grande aliado, a Direção Geral, com interesse em resolver as demandas, muitas comportamentais. É um Serviço estratégico, onde é feita a distribuição de materiais, atendendo mais de 164 setores por semana, entre o HUPE, FCM e Campus Negrão de Lima. Além de 40 a 60 atendimentos diários de pedidos extraordinários. O Serviço é fiscalizado por auditorias do Ministério do Trabalho e do Ministério Público e sua importância é fundamental para o funcionamento do HUPE. Se o Almoxarifado fechar, significa um tempo de dois a três dias para esvaziar totalmente o hospital. Em geral, as pessoas não conhecem e não sabem como é um processo de compra, as intercorrências, o motivo porque pode faltar material, os trâmites e quais são as ferramentas para resolvê-las e minimizá-las. O processo demora pelo menos seis meses e o pedido de material é feito cinco meses antes de se extinguir, as ferramentas para correção nem sempre são solucionadas a tempo. A rotina existente hoje foi toda montada pela equipe do Serviço de Controle de Consumo e Estoque. Não havia processo de licitação e o Departamento de Administração (DA) conseguiu negociar para atender a demanda de emergência e tem conseguido otimizar os empenhos para solucionar os problemas. É um Serviço de uma complexidade muito grande para operar a rotina de abastecimento do HUPE.

A Cirurgia Pediátrica (CIPE) é a especialidade médica que se ocupa do tratamento cirúrgico de doenças que acometem as crianças desde o período da vida fetal até a adolescência. O coordenador da UDA de Cirurgia Pediátrica do HUPE, Prof. Paulo Barroso Tavares, nos explica que a formação inicia-se com um período de dois anos de treinamento em Cirurgia Geral, durante os quais o médico residente recebe treinamento em Anestesiologia, Terapia Intensiva, em diversas especialidades cirúrgicas e em urgências cirúrgicas. Para depois participar de um programa de residência médica em Cirurgia Pediátrica, composto de três anos de treinamento na especialidade propriamente dita. A CIPE foi o primeiro serviço a fazer as cirurgias ambulatoriais na Policlínica Piquet Carneiro e permanece com a parceria. “É oferecido o mesmo tratamento que é dado nos hospitais particulares. A criança interna, vai para a sala de cirurgia com a mãe - que só sai após a criança ser anestesiada é operada, fica em observação e tem alta no mesmo dia. É o que tem acontecido na Policlínica”. A criança interna às sete horas e por volta de 14h já está indo para casa. Mesmo para as cirurgias maiores o tempo de internação hospitalar pode ser reduzido, a diminuição é conseguida com a agilização dos exames ambulatoriais antes da criança internar, assim quando ela interna seus exames já estão prontos. Com a agilidade e redução do tempo de internação, um mesmo leito pode internar até três crianças por semana. Diferencial de atendimento da CIPE oferecido pela Rede SUS. No HUPE além da residência há um Programa de Especialização para Médicos Estrangeiros (PEME), com treinamento específico no tratamento de crianças. E seu espaço de atuação inclui as cirurgias neonatais, oncológicas, urológicas, videolaparoscópicas, entre outras. Com atendimentos diários, o ano inteiro, na UTI Neonatal, enfermarias de Emergência Infantil, Pediatria, Isolamento Infantil, CIPE, Serviço de Pronto Atendimento (SPA/Pediatria) e NESA, em um total de sete enfermarias e dois hospitais (HUPE e Policlínica). Apesar da pequena equipe, composta de três efetivos e seis contratados, e da pouca procura por parte dos alunos pela especialidade, o interesse em estar dentro da Universidade é o grande atrativo para o Prof. Paulo Tavares. “É prazeroso conseguir fazer Medicina, aprimorar os estudos e ter um grande intercâmbio com os médicos das outras especialidades”. Em agosto acontece o III Mutirão Nacional de Cirurgia Pediátrica 2009, onde 28 hospitais, de 11 estados e mais o Distrito Federal, irão aderir e participar. Esta é a 3ª edição do Mutirão com participação da equipe da CIPE do HUPE. Com o intuito de superar as marcas do ano anterior, quando 452 pacientes beneficiaram-se com a ação social, sendo 34 no Estado fluminense e, principalmente, reduzir as filas de crianças com indicação cirúrgica nos hospitais, com a realização de intervenções ambulatoriais num único dia. Com isso, também os pacientes que apresentam casos mais complexos se beneficiam com o tempo de espera reduzido. No HUPE o Mutirão vai acontecer na semana de 18 a 21 de agosto.

ATENDIMENTOS DE QUALIDADE NA CIPE

Na semana de aniversário do HUPE, o seu tradicional Congresso Científico debate o tema “Saúde da Família”, tendo como presidente o Prof. Ricardo Donato Rodrigues, um dos pioneiros do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária (DMIFC). O evento tem programação variada e interessante, com ótimas oportunidades para ensinar e aprender, em sintonia com as atuais diretrizes que regem a formação profissional no campo da saúde. Além de tudo e contando com o Espaço Atividade “Tenda Leonardo Boff”, é uma oportunidade de encontrar pessoas, trocar experiências de trabalho e de vida. - Quais os principais assuntos a serem discutidos? As temáticas principais são em torno de questões centrais para a prática, a formação e a valorização profissional da estratégia Saúde da Família e Atenção Primária à Saúde no Brasil, na atualidade. Sendo elas: Abordagem Clínica, Familiar e Comunitária; Qualificação do Trabalho e Situações de Risco e Promoção da Saúde. - Quais as novidades? A novidade é que o Congresso superou as expectativas, tanto em termos de público inscrito, quanto de produção científica. Foram mais de 870 inscrições pagas e mais de 400 trabalhos submetidos. Diversas Disciplinas e Serviços do HUPE e Unidades do Centro Biomédico colaboraram nas at iv idades c ient í f icas. Profissionais de diferentes áreas e estados brasileiros também trazem suas contribuições.- Quais os objetivos do Congresso? Interagir, integrar, informar e quebrar pré-conceitos, porventura ainda existentes, em relação à Atenção Primária e à Medicina de Família no seio acadêmico. Realçar as interfaces entre os níveis assistenciais e categorias profissionais, bem como as relações estabelecidas entre a Medicina de Família e Comunidade e demais especialidades médicas. Essa é a grande contribuição do Congresso para a consolidação e incremento da qualidade da Saúde da Família em nosso município e estado. Oportunizando aos alunos de graduação, pós-graduação, professores, profissionais de saúde, gestores uma experiência rica na área da Atenção Primária à Saúde.

CONGRESSO CIENTÍFICO

HUPE NA LUTA CONTRA A GRIPE H1N1

O HUPE participa ativamente da luta contra a gripe H1N1, em conjunto com as Secretarias municipal e estadual de Saúde e Defesa Civil. Após um acordo, foi treinada e enviada uma equipe de Enfermeiros para atendimento no Centro de Acolhimento, junto à UPA da Praça Saenz Peña, na Tijuca. Para o Coordenador de Enfermagem, Rogério Marques, foi fundamental a campanha desenvolvida pela Comunicação Social no desenvolvimento de material de conscientização, voltado para o público interno e externo, para redução da circulação. Contando com o apoio do Serviço Social, do Serviço de Hotelaria Hospitalar e da Enfermagem. A mobilização juntamente com o esquema de orientação adotado nas recepções do HUPE, serviu para difundir melhor as informações e regular a circulação dentro do hospital. Assim todos os pacientes com sintomas suspeitos foram encaminhados para a UPA. O hospital é referência para os casos de internação, devidamente encaminhados pelas Secretarias. Inicialmente, foram separados leitos de isolamento para crianças no Isolamento Infantil e gestantes no Núcleo Perinatal. Segundo a médica pediatra e professora, Isabel Rey Madeira, a grande procura inicial foi resolvida com uma triagem realizada por enfermeiras e auxiliares de enfermagem e os atendimentos e sala de espera feitos em um Serviço de Pronto Atendimento, em área separada do Ambulatório de Pediatria. Para internação, o HUPE recebeu cerca de 25 crianças com casos de complicações: doenças respiratórias agudas, fator de risco, asma e vulnerabilidades de saúde próprias de crianças pequenas. A responsável pela enfermaria e Isolamento Pediátricos, Profª. Denise Sztajnbok, esclarece que todos os critérios adotados foram preconizados pelo Ministério da Saúde, as crianças não tiveram evolução da doença e somente cinco casos foram confirmados como gripe do tipo Influenza A (H1N1). No Núcleo Perinatal com cerca de 12 internações, nenhum caso evoluiu com complicações, informa o Prof. Nilson Ramires de Jesus. Uma enfermaria foi adaptada para isolamento e duas salas para recepção e consultas. Atendendo a solicitação da Secretaria municipal, o Núcleo passou a fazer uma média de quatro atendimentos, por dia, na Policlínica Piquet Carneiro, agendados através do Disque-Gripe. A partir de agosto, também foi preparada uma enfermaria com isolamento, na Pneumologia e Tisiologia, para receber pacientes adultos. Mas, até o momento, nenhum caso foi encaminhado segundo a médica pneumologista, Profª. Claudia Costa. E o hospital também se preparou para atender a seus profissionais. Na Divisão de Saúde do HUPE (DISHUPE) foi montado um esquema específico de atendimentos. A médica responsável, Dra. Georgina Sarantakos, diz que o maior número de casos foi no mês de julho, já observando uma queda nos atendimentos em agosto. Em todos os setores, as condições estão adequadas e os medicamentos disponíveis para uso, caso sejam necessários.

Durante as comemorações pelos seus três anos de existência, o Núcleo Perinatal do HUPE ganhou um belo presente: fez parte de uma matéria publicada na revista “Pais & Filhos”, onde foram eleitas as dez melhores maternidades do país, em quatro categorias Apoio à Amamentação, Gravidez de Risco, Parto Natural e Com a Hotelaria mais Bacana.

NÚCLEO PERINATAL DO HUPE ENTRE AS DEZ MELHORES MATERNIDADES DO PAÍS

O Núcleo Perinatal foi eleito na categoria Apoio à Amamentação, como resultado das

indicações dos consultores da revista, especialistas da área, e da avaliação de

certificação recebida como entidade “Hospital Amigo da Criança”, outorga dada pelo

Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aos hospitais que incentivam o

aleitamento. Foi destacado todo um comprometimento para o parto humanizado, apoio à

amamentação, atendimento para gravidez de risco e boa hotelaria. Todo um acolhimento

e cuidados diferenciados, atendimento humanizado. Com a garantia do básico, ter um

atendimento de primeira, seja em uma maternidade pública ou privada. Foram escolhidos 18 hospitais privados e 12 públicos, sendo 10 deles “Amigos da

Criança”. Tendo sido observado também que o Núcleo Perinatal possui: alívio da dor, além

da anestesia; alojamento conjunto; banco de leite; banco de sangue próprio; curso para gestante; estrutura para parto de cócoras;

suporte hospitalar; certificação; ter opções de cardápio; sala para parto natural; UTI adulto; UTI neonatal. Além da incidência maior

do número de partos normais (55%), contra cesáreas (45%). A humanização sempre esteve presente na Perinatal. Motivo de

orgulho para toda a equipe!

FIQUE LIGADO!

O Ambulatório de Tabagismo do HUPE que funciona no Centro Universitário de Controle do Câncer (CUCC) além de atendimentos, promove regularmente Seminários sobre Atualização no Tratamento do Tabagismo. Coordenado pela Dra. Alessandra Costa, o Ambulatório desenvolve parcerias com a Liga de Oncologia da UERJ (LiOnco) com atividades de orientação, palestras e exposição. A próxima será no dia 27 de novembro, Dia Nacional do Câncer, com o tema “Tabagismo: Apague essa Ideia!”. Serão realizados Testes de Dependência Química, concentração de monóxido de carbono, orientações das vantagens de parar de fumar e onde procurar ajuda.

Informações: [email protected]@gmail.com

CAMPANHA NACIONALDO SANGUE RUBRO NEGRO

Com o apoio do Ministério da Saúde, foi lançada uma campanha de mobilização nacional entre torcedores rubro-negros. O objetivo é incentivar os torcedores do clube a colaborar com os bancos dos

Hemocentros em todo o país. O Núcleo de Hemoterapia do HUPE é um dos cinco locais a adotar a campanha no Rio de Janeiro.

Em caso de dúvidas, entrar em contato com o

Núcleo de Hemoterapia Herbert de Souza: 2587-6234.

Funcionamento:

Segunda à Sexta das 8h às 12h30