PCR na UTI HUPE

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Hospital Universitrio Pedro Ernesto Programa de Residncia em Enfermagem em Terapia Intensiva AdultoPCR na UTI

Elson Santos de Oliveira Eriane Nascimento Pinto

Priscilla Pinheiro Massari SantAnna

A equipe de Enfermagem o grupo profissional atuante na UTI, que mais permanece beira do leito, portanto, ela a primeira a identificar uma PCR, sendo extremamente desejvel que estejam treinados e atualizados para que possam iniciar os procedimentos de RCPC com eficincia e rapidez.

IntroduoA Parada Cardiorrespiratria uma intercorrncia na maioria das vezes inesperada, constituindo grave ameaa vida do paciente, principalmente, daqueles que se encontram em estado crtico, como os internados em Unidade de Terapia Intensiva.

IntroduoO atendimento exige da equipe de rapidez, eficincia, conhecimento cientfico e habilidade tcnica ao desempenho da ao. Ainda requer infra- estrutura adequada, trabalho harmnico e sincronizado entre os profissionais, pois a atuao em equipe necessria para se atingir a recuperao do paciente.

IntroduoQuando estes requisitos no so atendidos, os riscos tornam-se evidentes, as ocorrncias iatrognicas freqentes e a segurana do paciente fica seriamente comprometida. A PCR em si no representa um indicador de m qualidade da assistncia, mas demonstra, sobretudo, o nvel de gravidade em que o paciente se encontra.

E o que uma PCR?

Respondendo... uma cessao abrupta das funes cardaca, respiratria e cerebral, comprovada pela ausncia de pulso central (carotdeo e femural), de movimentos ventilatrios ou respirao agnica, alm de estado de inconscincia.

ATENO ao pacientes em prtese ventilatria e sedados.

Diagnstico clnicoE feito quando os seguintes sinais esto presentes: Inconscincia; Respirao agnica ou apnia; Ausncia de pulsos de grande calibre; O sinal clnico mais importante a ausncia de pulsos carotdeos ou femurais.

Apresentao da PCRA PCR determinada por quatro ritmos cardacos, so eles: Assistolia; Atividade eltrica sem pulso (AESP); Fibrilao ventricular e Taquicardia ventricular sem pulso (TV).

Assistolia a cessao de qualquer atividade eltrica e mecnica dos ventrculos e o mecanismo mais frequente de parada cardaca intrahospitalar. Caracteriza-se pela ausncia de qualquer atividade eltrica ventricular observada, em pelo menos, duas derivaes.

Assistolia

Atividade eltrica sem pulso(AESP)Caracterizada pela ausncia de pulso detectvel na presena de algum tipo de atividade eltrica, com excluso de TV ou FV.

Atividade eltrica sem pulso(AESP)

Fibrilao ventricular a ausncia de contratilidade efetiva do miocrdio em conseqncia da atividade eltrica catica de diferentes fibras miocrdicas, resultando na ineficincia do corao em manter um dbito cardaco adequado.

Fibrilao ventricular

Fibrilao ventricular

Taquicardia ventricular sem pulso(TV) a seqncia rpida de batimentos ectpicos ventriculares (superior a 100/min) chegando ausncia de pulso palpvel por deteriorizao hemodinmica. O ECG apresenta-se com repetio de complexos QRS alargados no precedidos de ondas P

Taquicardia ventricular sem pulso(TV)

Taquicardia ventricular sem pulso(TV)

Taquicardia ventricular sem pulso(TV)

E a ressuscitao cardiopulmonar cerebral (RCPC) o que ?

Respondendo...Consistem na manuteno de condies vitais, por meio de ventilao artificial, compresses cardacas externas, combinada com desfibrilao precoce(quando for o caso) e administrao de medicamentos necessrios a ressuscitao.

A preservao do crebro seu principal objetivo.

As intervenes durante uma RCPC devem ser realizadas no apenas rapidamente, mas eficientemente.

E como executar a RCPC?

Suporte Bsico de Vida(SBV) formado por um conjunto de procedimentos bsicos de emergncia, que tem por objetivo o atendimento inicial do paciente vtima de PCR.

Suporte Bsico de Vida constitudo pelo reconhecimento da PCR e pela aplicao das manobras de RCPC atravs da seqncia ABCD: A Abertura de Vias Areas ( Airway); B Ventilao ( Breathing); C Circulao artificial ( Circulation); D Desfibrilao

Suporte Avanado de Vida (SAV)O SAV a extenso do SBV realizada por profissionais treinados e capacitados ( ou pelo menos deveria ser toda a equipe de sade que trabalha em UTI).

Aes do SAV Monitorizao

cardaca; Uso de medicamentos; Desfibrilao; Equipamentos especiais para ventilao; E cuidados aps reanimao.

Aes do SAVQuando o paciente encontra-se em VM e compresso cardaca externa, o SAV ser de acordo com o tipo de mecanismo de PCR.

FV e TV sem pulso So

tratadas com desfibrilao, seja ele mono ou bifsico; Refratariedade a desfibrilao, logo em seguida dever ser re-iniciado compresses torcicas e ventilao por cinco ciclos (30:2) ou 2 minutos; Nova desfibrilao...

Assistolia Nunca

se deve realizar desfibrilao nesta modalidade; RCPC. A qualidade das compresses fator fundamental para o sucesso da RCPC; Administrao de adrenalina, intercalando com atropina; A atropina dever ser usada at dose mxima de 3mg; Ateno para lavar a via de adm. dos medicamentos.

AESPA

seqncia de atendimento da AESP assemelha-se realizada na assistolia e deve ser direcionada a causa da PCR. Dificilmente haver reverso da AESP se no correo do fator responsvel (os 5Ts e os 6Hs) que constituem as causas mais freqentes da AESP.

5 Ts Tamponamento

cardaco (neoplasia, uremia, IAM e trauma torcico); Tenso do trax ( pneumotrax hipertensivo); Trombose ( coronria e pulmonar); Txicos(beta-bloqueadores, digitlicos, bloqueadores dos canais de clcio. Antidepressivos tricclicos) e Trauma.

6Hs Hipovolemia;

Hipxia; Hiper/hipocalemia; Hipotermia; Hidrognio

/Acidemia e Hipoglicemia.

Medicamentos Utilizados Adrenalina;

Atropina; Vasopressina; Lidocana; Amiodarona; Bicarbonato

de Sdio (controverso); Gluconato de Clcio, Magnsio entre outros.

Assistncia de Enfermagem na RCPC Ter

em mente que todo paciente possui possibilidade de desenvolver uma PCR na UTI; Avaliar diariamente o leito do paciente quanto a presena de Amb funcionando; Verificar o funcionamento do carro de RCPC; Verificar quanto ao posicionamento correto dos eletrodos;

Assistncia de Enfermagem na RCPC Realizar

teste no desfibrilador diariamente e registrar em impresso prprio; Puncionar acesso venoso calibroso caso no exista; Aspirar VAS; Providenciar material para RCPC; Colocar a tbua de ressuscitao no dorso do paciente;

Assistncia de Enfermagem na RCPC Executar

compresses torcicas externas ( toda a equipe de Enfermagem dever ser capacitada para tal); Ventilar artificialmente paciente em PCR, seja com mscara e amb, seja com TOT/TQT e amb (toda a equipe dever ser capacitada para tal); Organizar duas pessoas para administrao de drogas, uma aspira e outra administra; Garantir quantidade suficiente de drogas;

Assistncia de Enfermagem na RCPC Alternar

com os demais profissionais presentes nas compresses e ventilaes artificiais com amb; Avaliar pulsos centrais aps o trmino de cada ciclo; Registrar o nicio e o tempo de PCR/RCPC; Observar e registrar sinais vitais; Garantir a organizao da UTI durante a RCPC Garantir analgesia em caso de desfibrilao;

Assistncia de Enfermagem na RCPC Manter

privacidade dos demais pacientes; Administrar S.F a 0,9% (10-20ml) aps administrao de drogas; Garantir monitorizao adequada; Garantir boa fixao de TOT ou TQT; Coletar sangue venoso ou arterial SQN; Atentar para incompatibilidade de drogas utilizadas na RCPC com as que esto em infuso;

Assistncia de Enfermagem na RCPC Garantir

adequada monitorizao aps ressuscitao; Avaliar e comunicar presena de hipertermia aps RCPC (prognstico ruim se existir); Avaliar e registrar pupilas aps RCPC e comunicar alteraes; Realizar coleta de gasometria aps RCPC Avaliar dbito urinrio aps RCPC; Quantificar e registrar em controle hdrico drogas utilizadas e repor o carro de RCPC;

Assistncia de Enfermagem na RCPC Observar

e comunicar alteraes nos sinais vitais aps RCPC; Comunicar alteraes no padro ventilatrio aps RCPC; Registrar todo o ocorrido desde o nicio da PCR/RCPC e o desdobramento final das manobras (mecnicas e medicamentosas); Explicar o familiar caso estejam presentes (aguardando) todo o procedimento.

Obrigado!!!!