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8 outubro/novembro/dezembro 2018 olivicultura Recursos genéticos de oliveira: o primeiro passo para o melhoramento A exploração, a conservação, a avaliação e o uso sustentável dos recursos genéti- cos torna-se uma prioridade na maioria das espécies de plantas de interesse para a agricultura e a alimentação. A diversi- dade de variedades de oliveira em países produtores representa um legado de varia- bilidade genética de mais de 5500 anos de cultivo para a criação e crescimento futu- ro da oliveira (Rallo et al. , 2018). A conservação e avaliação do legado ge- nético das variedades de oliveira portu- guesas na Coleção Portuguesa de Referên- cia de Cultivares de Oliveira, com sede no Instituto Nacional de Investigação Agrá- ria e Veterinária, I.P (INIAV IP) em Elvas (fig. 1), representam uma fonte de variabi- lidade genética de grande interesse. Neste sentido, existe a oportunidade de o pre- servar e avaliar no ‘Programa de Melho- ramento Genético de Oliveira’, abrindo a possibilidade de explorar progenitores de novos possíveis genótipos a gerar. Para es- ses novos genótipos, algumas das caracte- rísticas mais desejadas e que estabelecem os critérios de seleção são, entre outros, a possibilidade de adaptação aos novos compassos de plantação mais inovadores, com resistência a stresses abióticos e bió- ticos, com base numa seleção de partida até à boa produção relativa à quantidade e à qualidade dos frutos e dos azeites. A va- lorização do germoplasma português tem um importante potencial, já que pode ser a base para gerar novas variedades de ori- gem génico português que, respondendo a preferências do país de um azeite determi- nado, pode paralelamente dar resposta às necessidades da olivicultura mundial. Variabilidade de parâmetros de qualidade de azeite a explorar num programa de melhoramento genético da oliveira As variedades de oliveira representam uma herança inestimável da variabilidade genética selecionada ao longo de mais de 5500 anos de cultivo. Esta alta diversidade de variedades locais é uma característica comum nos países tradicionais produtores de oliveira. A maioria das variedades antigas continuam a ser cultivadas em áreas onde provavelmente foram selecionadas. A variabilidade do teor de gordura e do índice de maturação em material génico de diferente origem, tem muito interesse num programa de melhoramento de oliveira, já que condicionam, entre outras, a qualidade do azeite, a sua composição química e a sua descrição sensorial das que poderão ser potenciais novas variedades. Figura 1 – Coleção Portuguesa de Re- ferência de Cultivares de Oliveira do INIAV em Elvas, outubro de 2018.

olivicultura Variabilidade de parâmetros de qualidade de ... · das espécies de plantas de interesse para a agricultura e a alimentação. A diversi-dade de variedades de oliveira

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8 outubro/novembro/dezembro 2018

olivicultura

Recursos genéticos de oliveira: o primeiro passo para o melhoramentoA exploração, a conservação, a avaliação e o uso sustentável dos recursos genéti-cos torna-se uma prioridade na maioria das espécies de plantas de interesse para a agricultura e a alimentação. A diversi-dade de variedades de oliveira em países produtores representa um legado de varia-bilidade genética de mais de 5500 anos de cultivo para a criação e crescimento futu-ro da oliveira (Rallo et al., 2018).A conservação e avaliação do legado ge-nético das variedades de oliveira portu-guesas na Coleção Portuguesa de Referên-cia de Cultivares de Oliveira, com sede no Instituto Nacional de Investigação Agrá-ria e Veterinária, I.P (INIAV IP) em Elvas (fig. 1), representam uma fonte de variabi-lidade genética de grande interesse. Neste

sentido, existe a oportunidade de o pre-servar e avaliar no ‘Programa de Melho-ramento Genético de Oliveira’, abrindo a possibilidade de explorar progenitores de novos possíveis genótipos a gerar. Para es-ses novos genótipos, algumas das caracte-rísticas mais desejadas e que estabelecem os critérios de seleção são, entre outros, a possibilidade de adaptação aos novos compassos de plantação mais inovadores, com resistência a stresses abióticos e bió-ticos, com base numa seleção de partida até à boa produção relativa à quantidade e à qualidade dos frutos e dos azeites. A va-lorização do germoplasma português tem um importante potencial, já que pode ser a base para gerar novas variedades de ori-gem génico português que, respondendo a preferências do país de um azeite determi-nado, pode paralelamente dar resposta às necessidades da olivicultura mundial.

Variabilidade de parâmetros de qualidade de azeite a explorar num programa de melhoramento

genético da oliveira

As variedades de oliveira representam uma herança inestimável da variabilidade genética

selecionada ao longo de mais de 5500 anos de cultivo. Esta alta diversidade de variedades

locais é uma característica comum nos países tradicionais produtores de oliveira. A maioria das

variedades antigas continuam a ser cultivadas em áreas onde provavelmente foram selecionadas.

A variabilidade do teor de gordura e do índice de maturação em material génico

de diferente origem, tem muito interesse num programa de melhoramento de oliveira,

já que condicionam, entre outras, a qualidade do azeite, a sua composição química

e a sua descrição sensorial das que poderão ser potenciais novas variedades.

Figura 1 – Coleção Portuguesa de Re-ferência de Cultivares de Oliveira do INIAV em Elvas, outubro de 2018.

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Critérios de seleção num programa de melhoramentoOs programas de melhoramento de oli-veira foram iniciados na segunda metade do século XX e, atualmente, representam a estratégia mais promissora para forne-cer aos agricultores novas variedades de oliveira. O desenvolvimento de métodos confiáveis e robustos para avaliação são a chave para o sucesso dos programas.O desenho dos cruzamentos requer conhe-cimentos prévios de características genéti-cas e informação sobre a compatibilidade entre variedades. Por vezes, essa informa-ção sobre variedades é limitada e desco-nhecida; assim, incluem-se no programa de melhoramento progenitores com o fe-nótipo desejado, para explorar o seu poten-cial quanto às características a incorporar ou complementar por outros progenitores selecionados. Nestes programas, normal-mente, os progenitores são variedades de-rivados da mesma ou de diferentes regiões de origem. Recentemente, alguns progra-mas de melhoramento estão a realizar cru-zamentos entre espécies de oliveira culti-vada (Olea europaea ssp. europaea var. europaea), explorando a riqueza génica de, por exemplo, o zambujeiro (O. europaea ssp. europaea var. sylvestris) e outras su-bespécies (O. europaea ssp. cuspidata e O. europaea ssp. laperrini) com o objetivo de ampliar a base da variabilidade genéti-ca para o melhoramento da oliveira.A oliveira é uma espécie alogâmica, na qual a autoincompatibilidade é a regra geral com alguns casos de interincompatibilida-de (Koubouris et al., 2014). O tubo políni-co do pólen pode crescer mais rápido que o pólen do mesmo genótipo, desencadeando um crescimento anterior, tanto da semente, como da fruta, na polinização cruzada na autopolinização. Portanto, a emasculação, geralmente, não é necessária para a reali-zação de cruzamentos de oliveira.Atualmente, o uso da biotecnologia permite realizar testes de paternidade com diferentes

marcadores moleculares SSRs que estão a ser usados em programas de melhoramento genético em diversos países e serão usados no INIAV, representando um passo obrigató-rio para qualquer estudo genético. Recente-mente, em Itália, foi desenvolvida a primeira caracterização de uma coleção de oliveira em dois níveis: uma validação por SSRs e uma caracterização por marcadores EST--SSRs (Mousavi et al., 2017). O trabalho per-mitiu confirmar os marcadores moleculares como ferramentas eficazes para genotipar.No cultivo da oliveira, as necessárias adap-tações a compassos de plantação mais es-

treitos, justificaram a utilização em Por-tugal de algumas variedades mais difun-didas, como as estrangeiras ‘Arbequina’, ‘Koroneiki’ e ‘Arbosana’, as quais predo-minam na região do Alentejo. No entanto, em muitos casos, as características agronó-micas e a qualidade de uma determinada variedade de oliveira podem ser alteradas drasticamente, dependente da zona em que são cultivadas. Neste sentido, a seleção das variedades a utilizar em determinada zona deverá passar pela realização de ensaios de campo comparativos, de forma a garantir a adequação das mesmas, bem como do de-senho de plantação. Esses caracteres são avaliados principalmente nas etapas finais

do programa de melhoramento, onde um número reduzido de genótipos com eleva-do número de repetições é avaliado (fig. 2). Explorar a variabilidade genética portu-guesa pode fornecer informação sobre a he-ritabilidade das características procuradas.Noutros países, os resultados de programas de melhoramento de oliveira permitiram a obtenção, registo e difusão de novas varieda-des obtidas da seleção entre novos genótipos mediante cruzamentos de progenitores de interesse. Um exemplo de sucesso é a mais difundida ‘Sikitita’, a mais utilizada em oli-vais superintensivos na Europa e nos EUA.

Índice de maturação e variação de compostos fenólicos influentes na saúdeOs efeitos benéficos do azeite para a saúde são atribuídos ao alto teor de ácido oleico monoinsaturado, bem como à presença de compostos fenólicos, esqualeno, tocoferóis e esteróis. É considerado pelos consumido-res em todo o mundo como um dos azeites vegetais mais saudáveis, pois há um gran-de conjunto de evidências científicas que destacam o papel do azeite na prevenção de doenças, principalmente em relação às doenças cardiovasculares (Carvalho, 2017), a sua capacidade antioxidante como respos-ta a ameaça inflamatórias, como as doenças aterosclerose, artrite reumatoide, diabetes, obesidade, cancro, doença inflamatória in-testinal ou doença neurodegenerativa, entre outras, facto que justifica os benefícios do consumo de azeite virgem extra.Uma abordagem global foi desenvolvida por Sánchez de Medina et al. (2013) para estu-dar a influência da maturação de azeitonas sobre a fração presente em azeite virgem de diferentes variedades de azeitona. Os perfis fenólicos obtidos por cromatografia líquida foram comparados por ferramentas estatís-ticas de análise. Em termos gerais, a discri-minação foi observada apenas para datas de safra específicas e valores de índices de maturação, que deve ser atribuída a uma

Figura 2 – Ensaio de genótipos de in-teresse selecionados no Programa de Melhoramento Genético de Oliveira do INIAV, procedentes da polinização livre da ‘Galega Vulgar’ pela avaliação do seu comportamento em alta densidade de plantação.

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forte influência das variedades avaliadas, que foram ‘Arbequina’, ‘Picual’ e ‘Frantoio’.Em variedades portuguesas também foram realizadas abordagens semelhantes (Peres et al., 2016). A composição fenólica dos azeites virgens pode fornecer informações importantes sobre a sua qualidade, porque tem um impacto importante na avaliação organolética e no valor nutricional do pro-duto. Os azeites de ‘Galega Vulgar’ e ‘Co-brançosa’, nos estádios iniciais de matura-ção, apresentaram teores muito elevados em compostos fenólicos. Encontraram-se diferenças à colheita em diferentes está-dios de maturação, de olivais em sequei-ro e com rega instalada. Assim, a decisão da data da colheita torna-se fundamental, já que permitirá a produção de azeites virgens com diferentes notas gustativas e valores funcionais. Além disso, para a produção de azeite com elevada vida útil, a colheita em estágios precoces de matura-ção pode ser uma boa decisão. Isto é par-ticularmente importante para os azeites de ‘Galega Vulgar’, que podem ter melhorado as suas características nutricionais e senso-riais, bem como uma maior vida útil (maior estabilidade oxidativa) (Peres et al., 2016).Além da variabilidade observada nas va-riedades estabelecidas, das quais ainda se desconhece como transferem certos carac-teres às suas progénies, tem de ser explora-da também a sua sinergia com as diferen-tes práticas agronómicas que influenciam a produção do olival, como, por exemplo, a rega que determine a qualidade dos azeites.As progénies geradas em polinização aber-ta de cultivares num programa de melhora-mento estão a ser abordadas no INIAV, as-sim como a avaliação de outros clones das duas principais variedades portuguesas, ‘Galega Vulgar’ e ‘Cobrançosa’. A poliniza-ção livre parece ser uma estratégia interes-sante para a geração de material vegetal a explorar, de acordo com a alta variabilidade encontrada para quase trinta características de fruto avaliadas (Arias-Calderón et al.,

2014). Os diferentes valores de hereditarie-dade, descritos para os diferentes genótipos, indicam que as características relacionadas com o tamanho de fruto ou o teor de gor-dura poderiam ser as mais condicionadas pelo progenitor feminino, não acontecendo isto para o índice de maturação avaliado nas mesmas progénies. Nessa avaliação, uma análise de componentes principais foi realizada para explorar as relações entre os caracteres morfoagronómicos avaliados nos genótipos de diferentes progénies. Os três primeiros componentes principais explica-ram 39,4%, 19,7% e 12,2% do total da varia-bilidade. O primeiro componente foi positi-vamente associado ao peso e às dimensões dos frutos, que estavam altamente correla-cionados entre eles. O segundo componente foi associado negativamente aos parâmetros do teor em gordura e o terceiro componente principal foi negativamente associado com as medidas de circularidade de fruto.A riqueza a explorar no germoplasma português é facilmente observável quan-do olhamos a variabilidade dos frutos de oliveira que podem ver-se numa mesma herdade na mesma data. Diferenças na

maturação de genótipos procedentes de ‘Galega Vulgar’ e de ‘Cobrançosa’ foram observados para uma mesma data de ava-liação (fig. 3 e 4). Será avaliado como vai influenciar a diferente maturação no perfil químico dos azeites e permitirão conhecer essas caraterísticas que podem ser de inte-resse e ajudar na caracterização das varie-dades de oliveira. Além da data de colheita ótima da azeitona ser uma variável decisi-va para a qualidade do azeite, é importante estudar o potencial de novos genótipos de oliveira face a estas caraterísticas.Comparando duas épocas de colheita, a AEMO (2018) lançou uma informação para alertar sobre a importância da data da colhei-ta, apoiando o adiantamento desta. A justifi-cação passa por obter um azeite de qualida-de, para a mesma quantidade de azeite, em novembro/dezembro obtém-se um azeite virgem extra, não estando este tipo de azeite garantido para uma colheita posterior entre janeiro/fevereiro. Em relação ao teor em gor-dura, poderia apresentar maior rendimento na colheita mais tardia (janeiro), já que a azeitona perde humidade, pesa menos e, por isso, apresenta um teor de gordura mais

Figura 3 – Variabilidade no estado de maturação no início de outubro 2018: à es-querda, detalhe de fruto da variedade ‘Galega Vulgar’; à direita, frutos de diferentes clones de ‘Galega Vulgar’.

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elevado. No entanto, o perfil da composição química do azeite pode piorar.

ConclusõesMais estudos sobre a transferência de in-formação das principais variedades, esta-belecidas historicamente em Portugal, às suas progénies são necessários para: (i) avaliar a influência do ambiente; (ii) ava-liar a resiliência às alterações climáticas; (iii) um maior conhecimento sobre o teor de fenóis na composição do azeite final. Além disso, importa explorar, com as nos-sas condições edafoclimáticas, as caracte-rísticas principais do comportamento das nossas e de outras variedades estrangeiras bem estabelecidas em olivais recentes e avaliar a sua potencialidade como possí-veis progenitores em cruzamentos por hi-bridação. Esta metodologia inovadora po-derá valorizar a olivicultura portuguesa.A aplicação de tecnologias “-ómicas” aos programas de melhoramento de plantas em geral, pode ser considerada como um dos principais pilares para apoiar a melhoria da qualidade dos produtos. Nos últimos anos, particularmente em oliveira, estão a ser mais difundidas e usadas essas ferramentas, já que, até há pouco tempo, não tinha sido com-pletado o sequenciamento completo do seu genoma, começando a ser a base das investi-gações genómicas aprofundadas da oliveira.

Os azeites portugueses estão a ser cada vez mais premiados pela sua qualidade, sendo meritórios de prestígio a nível mundial. Pela adaptação da olivicultura nacional às inova-ções do setor nos últimos anos, pelo seu es-forço em diferenciar-se num mercado com-petitivo, pela valorização da oliveira por-tuguesa e pela inversão na formação e ino-vação, o setor está a conseguir a formação de especialistas na fileira. Gerar uma maior consciência dos benefícios do consumo de azeite de qualidade, seria uma importante estratégia para incentivar a produção de azeite virgem extra globalmente e também para informar e educar os profissionais do setor, e os consumidores em geral, sobre as suas ações favoráveis para a saúde humana.No INIAV começou, recentemente, o pro-jeto ‘Programa de Conservação e Melhora-mento Genético Vegetal da Oliveira’, que vai permitir aprofundar algumas das linhas de trabalho atrás referidas. Equipas multidis-ciplinares de trabalho são importantes para acompanhar o programa de melhoramento que permita gerar novas variedades para serem registadas e comercializadas, respon-dendo às necessidades da olivicultura.

Rocío Arias-CalderónINIAV, I.P.

AgradecimentosProjeto “Programa de Conservação e Me-

lhoramento Genético Vegetal da Oliveira”

PDR2020-784-042740_1_30052018, desen-

volvido no INIAV.

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Figura 4 – Variabilidade no estado da maturação no início de outubro 2018: à es-querda, detalhe do fruto de ‘Cobrançosa’; à direita, frutos de diferentes clones de ‘Cobrançosa’.