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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
UNVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICA
TÍTULO: Tem Química no Quintal.
AUTOR: Lúcio Roberto Vaisvila
DISCIPLINA/ÁREA: Química
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO E SUA LOCALIZAÇÃO: Colégio Estadual D. Bosco.
MUNICÍPIO DA ESCOLA: Cianorte
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: Cianorte
PROFESSOR ORIENTADOR: Marilde Beatriz Zorzi Sá
INTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UEM
RESUMO: Por muitas vezes o professor recebe o aluno vindo do Ensino Fundamental com inúmeros paradigmas e, entre eles, o de que a Química não faz parte do seu cotidiano. Este projeto pretende mostrar o contrário: a Química faz parte do cotidiano e, para isso, a contextualização é fundamental nas atividades dentro da sala de aula. Nesse sentido, pretende-se abordar, nesse Projeto de Implementação, assuntos relacionados ao cotidiano do aluno, como por exemplo, o seu quintal com o intuito de proporcionar-lhe uma construção de conhecimentos que faça sentido para a sua vida, além de estimular seu envolvimento com a Ciência e facilitar a compreensão de conceitos científicos. O principal objetivo deste trabalho é abordar a Tabela Periódica de maneira a possibilitar que o aluno perceba a sua vinculação com o seu cotidiano, mostrar as inter-relações entre elementos químicos e o nosso corpo e propiciar subsídios para compreender a relação homem e ambiente com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável. Assim, propõe-se uma abordagem que se utilize, entre outros recursos de textos, vídeos, experimentos, jogos, manifestações dos estudantes, cartazes e exposições com a finalidade de trabalhar com estratégias diversas possibilitando ao aluno o desenvolvimento de diversas habilidades bem como maior integração com o saber e com os demais alunos.
PALAVRA CHAVE: Contextualização, Interdisciplinaridade, Ambiente, Tabela Periódica, Elementos químicos.
FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO: Unidade Didática
PÚBLICO ALVO: 1º ano do Ensino Médio
2. APRESENTAÇÂO: Este trabalho tem como objetivo possibilitar ao aluno a
compreensão com significado da Tabela Periódica dos elementos químicos por
meio de atividades diferenciadas que o levem a construir conhecimentos e
entender a Química como componente curricular diretamente ligado ao
cotidiano das pessoas e vinculado à manutenção da vida sobre a terra.
3. MATERIAL DIDÁTICO
Para que a implementação desse projeto ficasse bem estruturada,
dividiu-se a unidade didática em quatro fases, cada fase composta por oito
aulas. Em todas elas procurou-se trabalhar com estratégias que possibilitem ao
aluno participar ativamente. Assim, reuniu-se questionamentos iniciais, visitas,
levantamentos, pesquisas, oficinas, experimentos, vídeos entre outras
estratégias visando a implementar de forma adequada e produtiva nossa
unidade didática.
Ressaltou-se que esse material será aplicado para a turma de primeiro
ano do Ensino Médio do Colégio Estadual D. Bosco.
Também queremos ressaltar que se realizarão filmagens em todas as
etapas da implementação de nosso projeto. Esta atividade tem como objetivo
proporcionar maior motivação aos participantes, auxiliar no processo avaliativo
dos alunos e da própria unidade didática, verificar a evolução dos alunos
durante a implementação do projeto, servir como forma de coleta de dados
para se analisar os resultados referentes à unidade didática como um todo,
bem como socializar informações com a comunidade educativa do Colégio.
Estruturação da Unidade Didática
FASE I
A) LEVANTAMENTO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS E
ANÁLISE COLETIVA DAS RESPOSTAS.
No primeiro momento, tentar-se-á compreender os conhecimentos
prévios dos alunos a respeito da Tabela Periódica. O objetivo é identificar quais
são esses conhecimentos a respeito do assunto e, quais as relações que os
alunos estabelecem entre a Tabela Periódica e o cotidiano. Acredita-se que os
conhecimentos prévios ao serem trabalhados e valorizados pelos professores,
auxiliarão na construção de conhecimentos com mais significados. Esses
conhecimentos, que são provenientes do cotidiano, podem ser uma importante
ferramenta para que se avance em direção à abstração e ao domínio de
conceitos Químicos (Maldaner e Piedade, 1995; Maldaner, 2006). Assim vários
questionamentos serão feitos com esse intuito.
1) Você estudou a Tabela Periódica dos Elementos no 9o Ano?
2) Qual a importância de se organizar os elementos Químicos em uma Tabela?
3) Quais os cientistas que contribuíram para a elaboração da Tabela Periódica
atual?
4) Faça uma relação dos elementos químicos que você conhece.
5) Onde são encontrados esses elementos que você relacionou?
6) A Tabela Periódica tem importância na sua vida? Por quê?
7) De que maneira os elementos químicos fazem parte de seu cotidiano?
8) Em nosso organismo existem elementos Químicos? Você pode citar alguns?
9) Na composição do solo, nas verduras e nos alimentos existem elementos
químicos da Tabela Periódica? Você pode citar alguns?
10) Há Química no quintal? Onde?
Além desses questionamentos, dependendo do andamento das
respostas e da participação dos alunos, outros poderão surgir. As questões
serão a primeira forma de se avaliar os conhecimentos dos alunos para então
se verificar a evolução desses conhecimentos durante as atividades
desenvolvidas.
Os questionamentos serão respondidos de forma escrita. A seguir os
alunos serão divididos em grupos. Cada grupo ficará responsável por analisar,
selecionar e agrupar as respostas referentes a 3 dos questionamentos.
Deverão ainda observar os pontos em comum entre as respostas, registrando
em um cartaz. Esses cartazes serão expostos na sala de aula e cada grupo
comentará as respostas obtidas. Com a mediação do professor, respostas
coletivas serão elaboradas.
B) OFICINA DE FILMAGEM
Será pedido aos alunos que levem para a sala de aula os seus celulares para
realizar filmagens. No dia marcado, um técnico orientará os alunos para a boa
utilização desse equipamento, pois eles deverão filmar o “Levantamento
Botânico” (atividade descrita posteriormente) para a realização de uma
atividade descrita na fase III do projeto.
Além disso, durante toda a implementação do projeto, o professor realizará
filmagens das atividades desenvolvidas pelos alunos. Isso servirá de material
para a produção de um documentário .
C) EXIBIÇÃO DE FILMES E ELABORAÇÃO DE MATERIAL SOBRE A
TABELA PERIÓDICA
Nesse momento serão exibidos dois filmes a respeito da Tabela
Periódica:
a) O sonho de Mendeleev ► com duração de 19:03 minutos e que
mostra a descoberta de alguns elementos químicos e a construção da Tabela.
Esse filme pode ser encontrado no site: WWW. YOUTUBE.COM/WATCH?
v=huRnuMrDc14 exibido na TVE0004 no Programa A ciência em Foco –
Grandes Questões.
b) Tudo se transforma ►que trata da história da Química e da Tabela
Periódica com duração de 13:27 minutos e pode ser encontrado no mesmo site
indicado anteriormente e foi produzido pela PUC Rio em parceria com
Ministério da Educação e o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Para essa atividade, os alunos serão orientados a observarem o
histórico e a importância da Tabela Periódica para a ciência, o surgimento de
novos elementos e como são colocados nesta Tabela, bem como a vinculação
deste importante instrumento no nosso cotidiano.
Ao final da exibição do filme, os alunos serão distribuídos em grupos
para a realização de uma nova atividade: a organização de uma exposição.
Nesta exposição serão apresentados desenhos elaborados sobre a Tabela
Periódica, uma pequena biografia dos cientistas que trabalharam com a
Tabela, cartazes mostrando a ordem cronológica da evolução da Tabela, bem
como a sua importância para a Ciência. Esta exposição será realizada dentro
do Colégio para a comunidade escolar e tem como objetivo mostrar
informações sobre a Tabela para os alunos de outras turmas além de permitir
aos alunos envolvidos no projeto uma maior compreensão do tema. É
importante a presença do professor orientando os alunos na realização dos
trabalhos e da exposição.
D) ORIENTAÇÕES SOBRE LEVANTAMENTO BOTÂNICO E A ATIVIDADE
DE CAMPO
D1) Iniciar-se-ão, nessa etapa, as orientações a respeito do
levantamento botânico que os alunos realizarão e que farão parte das
atividades do projeto. Assim, em grupos, os alunos visitarão algumas casas do
entorno da Escola. Nessas visitas deverão realizar um levantamento botânico
para a elaboração de atividades relacionadas ao que encontrarão nos quintais
das casas.
Nessa atividade, iniciar-se-á com alguns questionamentos:
O que se encontrará nos quintais? O que se planta nos quintais?
A partir deste momento surgirão muitas respostas baseadas na
realidade do bairro. O professor escreverá no quadro essas respostas
separando: as verduras, os legumes, as frutas, plantas medicinais e outros.
Com essas respostas será elaborada uma lista, em que, após a visita, os
alunos selecionarão o que realmente encontraram.
D2) Para a atividade de campo, cada equipe formada será responsável
por algumas ruas do bairro e, nessas, por alguns quintais onde realizarão o
levantamento botânico. É importante neste momento fazer uma tabela em que
cada equipe anotará suas idas aos locais, suas observações, as plantas
encontradas nos quintais, as casas e as ruas que irão percorrer.
O objetivo principal é observar e anotar o que os moradores das casas
têm em seus quintais (verduras, legumes, plantas medicinais, flores e outros).
O solo da horta e do quintal também devem ser observados. Além disso, os
alunos deverão perguntar aos moradores se os mesmos utilizam algum produto
para melhorar a qualidade das plantas de seu jardim, horta ou quintal. Reforça-
se que tudo isso deve ser anotado pelo grupo.
Ao visitarem as casas, os alunos também coletarão amostras do solo,
identificarão cada amostra para posterior análise.
D3) Ao terminarem o levantamento botânico, cada grupo organizará uma
tabela com o que foi encontrado. Essa tabela será socializada e comparada
com a dos outros grupos. Dessa comparação sairá um resultado final que é
uma amostra da diversidade botânica existente no bairro
A seguir, será realizada uma comparação com a lista que foi produzida
antes da atividade de campo e que mostrava o que, na opinião dos alunos,
seria encontrado nos quintais.
Com os resultados finais do trabalho de campo, o próximo passo é a
montagem de um quadro demonstrativo onde constarão os legumes e frutas,
verduras e plantas medicinais que mais encontraram, como também os de
menor incidência. Esses resultados serão colocados em forma de gráficos.
Esses gráficos serão colocados em cartazes produzidos pelos alunos e
expostos para os outros alunos da escola como também para os professores
no final do trabalho.
D4) Dando prosseguimento à atividade, alguns questionamentos serão
feitos:
1) Nas plantas (frutas, verduras, legumes...) encontrados nos quintais das
casas, existe a presença de elementos químicos? Em caso positivo, que
elementos seriam esses?
2) No solo coletado pelas equipes, há a presença de elementos químicos? Em
caso positivo, quais podem ser eles?
3) Nos quintais em que os moradores utilizam produtos para melhorar a
qualidade do quintal, eles acrescentam produtos compostos por elementos
químicos?
4) Você sabe do que são feitos os adubos?
5) Os elementos químicos encontrados nas plantas também podem ser
encontrados no corpo humano? Que elementos seriam esses?
6) Que elementos químicos você conhece que estão presentes no corpo
humano?
7) Qual a importância dos elementos químicos para a nossa saúde?
8) Existem elementos químicos que podem fazer mal à saúde?
Esses questionamentos serão socializados na turma com a devida
mediação do professor.
O principal objetivo, partindo da realidade dos quintais visitados, é iniciar
os estudos da Tabela Periódica.
D5) Com o término do levantamento botânico, os alunos farão pesquisas
para descobrir os tipos de elementos químicos contidos nos vegetais
encontrados nos quintais, quais os benefícios desses elementos para o
organismo humano, quais os malefícios, onde se encontram localizados na
tabela periódica e tudo o mais que conseguirem encontrar. Esses dados serão
colocados em forma de tabela que será fixada em sala de aula. Sempre que
possível, recorrerão a ela para relembrar informações.
FASE II
A) COLETA DAS AMOSTRAS DE SOLO.
Durante o levantamento botânico, as equipes serão orientadas para a
coleta de amostras de solo de alguns quintais para verificação de pH e para
encaminhamento à Secretaria Municipal de Meio Ambiente para análises mais
específicas e que não podem ser realizadas na escola.
A1) Cada equipe será responsável pela coleta de duas amostras de
solo. Uma para a determinação do pH e a outra para encaminhamento à
Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Para a coleta da amostra destinada à medição do pH, alguns passos
devem ser seguidos:
a) Os alunos deverão limpar o terreno tirando todo tipo de sujeira da superfície
onde irão coletar a amostra.
b) Com uma pá, fazendo um ângulo de mais ou menos 45,0 o aluno abre um
buraco.
c) Com a amostra na pá, despreza-se uma parte do solo na parte inferior da pá,
outras nas laterais e outra parte do solo na parte superior.
d) O que sobrou é acondicionado em uma sacola plástica ou em um saco
plástico para posterior medição do pH.
Para a análise do solo com relação à sua composição, as amostras
serão acondicionadas em embalagens doadas pela própria Secretaria
Municipal de Meio Ambiente para onde serão encaminhadas e onde será feita
a análise.
B) PALESTRA COM AGRÔNOMO.
Nessa atividade, um Agrônomo realizará uma palestra para a turma
do primeiro ano do ensino médio que está envolvida no projeto. O palestrante
será orientado a abordar os seguintes temas:
- O que é a análise de solo.
- Para que serve uma análise desse tipo.
- O que consta numa análise de solo.
- Como os agricultores podem se utilizar dessas análises para melhorar a
qualidade de um solo.
- Exemplos de produtos utilizados na correção dos solos,
- E outros que o próprio palestrante achar conveniente e apropriado.
Para essa atividade, os alunos serão orientados a respeito dos tópicos
abordados. Serão elaboradas pelos próprios alunos, algumas questões para
serem respondidas pelo palestrante. Essas questões são referentes à suas
dúvidas em relação ao assunto.
Após a palestra, cada aluno deverá elaborar um texto em que serão
escritos os principais pontos da mesma.
C) ALGUNS EXPERIMENTOS INVESTIGATIVOS COM AS AMOSTRAS
COLETADAS
Antes de começar o trabalho com as amostras de solo, são necessários
alguns esclarecimentos e questionamentos com relação aos conhecimentos
que os alunos têm sobre o assunto:
a) Você já ouviu falar em pH? Sabe o que ele significa?
b) Em sua opinião, o pH tem influência na qualidade do solo e das plantas?
c) Verduras, legumes e frutas têm pH?
C1) As amostras de solo coletadas serão levadas para o laboratório e
analisadas de acordo com os procedimentos descritos a seguir e utilizando os
materiais listados:
Materiais: solo, béquer de 100 mL, espátula, bastão de vidro e água.
a) Espalhar o solo em uma folha de jornal e ali permanecerá até ficar bem seco
b) Passar uma garrafa por cima do solo seco e espalhado na folha de jornal
para que ele fique mais pulverizado e assim aumentar sua área de contato.
c) Peneirar o solo triturado e acondicionar em um vidro.
d) Calibrar o phgametro, (Ressalte-se que o aparelho existente em nosso
laboratório é um aparelho portátil, seu bulbo fica na parte inferior e na parte
superior tem um local onde se faz a calibragem com uma pequena chave de
fenda, para isso usa-se água destilada ou água mineral É importante observar
o pH indicado no rótulo, dando preferência para aquela que tem pH 7.
Mergulhar a parte inferior no líquido e, se o resultado for maior ou menor que 7,
é necessário calibrar com a pequena chave até que o aparelho marque o pH 7)
e) Pesar aproximadamente 10g de solo e colocar em um Becker, adicionar 50
mL de água mineral ou destilada e agitar para obtenção de uma solução.
f) Mergulhar o aparelho na solução.
g) Anotar todos os resultados obtidos e colocá-los em uma tabela
C2) Nesse experimento, alguns vegetais como: alface, almeirão, rúcula serão
analisados para a determinação de seu pH..
a) Cada amostra deverá ser colocada no Becker.
b) Macerar a amostra e adicionar 50 mL de água mineral ou água destilada.
c) Agitar a solução com o bastão de vidro e medir o pH.
d) Realizar as devidas anotações e colocá-las em uma tabela.
C3) Após os experimentos, os alunos deverão refletir sobre as questões a
seguir e respondê-las.
a) O que você observou durante as medições?
b) Os resultados para todas as mostras de solo foram iguais?
c) Quantos resultados ficaram acima do pH 7 e quantos abaixo do pH 7?
d) Em que região do bairro foram coletadas a amostras com pH superiores a 7
e inferiores a 7?
e) Para as frutas, legumes e verduras, elabore um quadro para os que
apresentaram pH superior a 7 e outro para os que apresentaram pH inferior a
7. Os resultados obtidos ficaram de acordo com o que você imaginava?
C4) Nessa atividade, será realizada a análise de dados das amostras
encaminhadas para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente que será
discutida em sala de aula com os alunos. Eles deverão montar gráficos, em
cartolinas ou papel craft, referentes aos diversos componentes do solo. Assim
poderão perceber a quantidade de cada um desses elementos, a diferença
entre uma amostra e outra bem como perceber a diversidade de elementos
encontrados no solo.
FASE III
A) LEITURA, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DE TEXTOS
Os alunos lerão o texto Os Elementos Químicos e os Vegetais,
(SANTOS E MÓL, 2005) apresentado no anexo 1 que aborda questões
referentes a essa relação.
Após a leitura do texto, será realizado um debate para ouvir a opinião
dos alunos a respeito desse assunto.
Posteriormente, algumas questões, retiradas e adaptadas do mesmo
livro do texto serão respondidas pelos alunos divididos em trios. As respostas,
que deverão ser escritas, serão lidas pelos grupos para socialização das ideias
com os demais alunos da sala que se posicionarão em relação a cada resposta
lida. Tudo isso, mediado pelo professor.
a-) Para que um agricultor obtenha resultados positivos em sua lavoura, é
essencial que faça uma análise do solo e corrija-o, adicionando adubo de
acordo com as necessidades das plantações. Com relação ao texto, julgue os
itens, marcando C para os certos e E para os errados e justifique.
a1-) Um dos fatores que pode levar o solo à escassez de nutrientes é o cultivo
da monocultura por um longo período.
a2-) As queimadas empobrecem o solo, uma vez que retiram parte de seus
componentes.
a3) Os adubos NPK contêm os elementos nitrogênio, fósforo e potássio
igualmente distribuídos em suas fórmulas.
b-) Para os elementos químicos considerados na questão anterior, escreva as
características de cada um.
c-) Analise a afirmação “A adubação é uma importante tarefa do agricultor, pois
é ela que garante a qualidade da colheita. Nesse caso qualquer adubo serve,
pois vai fornecer nutrientes aos vegetais”.
c1) Como o agricultor pode determinar a quantidade de adubo inorgânico que
deve adicionar ao solo?
c2) De acordo com o texto, enumere os pontos positivos e os negativos da
adubação orgânica e da adubação inorgânica.
d-) Supondo-se que a sua escola deseja fazer uma horta destinada ao cultivo
de hortaliças para enriquecer o lanche dos alunos, nesse caso, seria
recomendável uma adubação orgânica? Justifique.
e-) Comumente ouve-se dizer: “Os adubos orgânicos são mais eficientes e
melhores por não possuírem química, diferentemente dos fertilizantes
industrializados”. Qual o erro conceitual presente nessa frase?
f) Discuta algumas possíveis soluções sócio-ambientais para evitar os danos
causados à natureza pelos produtos químicos da agricultura.
B) TESTE DA CHAMA
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABMC4AH/teste-chama
Este experimento tem o objetivo de verificar a presença dos metais nos
sais. Mostra também que cada átomo tem suas características e que os
elétrons efetuam saltos dentro da eletrosfera ganhando energia e perdendo
energia e esta perda de energia liberada corresponde à luminosidade emitida.
MATERIAIS
6 fios de 10cm de níquel-crômico (resistência de chuveiro), 1 bico de gás ou
lamparina a álcool, pinça de madeira ou pregador de roupas de madeira,
soluções aquosas 0,5 mol/L de: NaCl, NaNO3, KCl, KNO3, CaCl3, e CaCO3.
PROCEDIMENTOS
a) Prenda cada fio de níquel-crômico a um suporte de madeira e faça um
pequeno gancho na outra extremidade.
b) Mergulhe um fio na solução de cloreto de sódio (NaCl).
c) Coloque-o na chama, que deve ser regulada para estar bem clara.
d) Observe a coloração da chama.
e) Repita os procedimentos anteriores utilizando o fio de níquel-crômico para
cada solução e construa uma tabela para que contenha as observações de
cada substância testada.
As tabelas construídas pelos grupos serão comparadas e discutidas.
ANÁLISE DOS DADOS
a) Átomos emitem luz?
b) Por que a chama muda de cor?
c) Todas as chamas têm a mesma cor?
d) O que acontece quando a chama muda de cor?
e) Quem modifica a cor da chama?
f) O que tinham em comum as substâncias que apresentaram a mesma cor de
chama?
g) O que há de diferente nas substâncias cloreto de sódio, cloreto de cálcio e
cloreto de potássio?
h) A qual conclusão você pode chegar a partir desses testes?
As questões serão respondidas por cada equipe e a seguir socializadas
com os demais colegas com a mediação do professor.
C) PESQUISA ORIENTADA
Os alunos, divididos em equipes, deverão realizar uma pesquisa cujo
objetivo é conhecer mais detalhadamente alguns elementos químicos, saber
sua aplicação, sua simbologia, suas características, onde é encontrado e, se
possível, conseguir uma amostra do elemento em questão. Cada equipe será
responsável pela pesquisa de quatro elementos, os mais utilizados na
fabricação dos bens duráveis utilizados em nossa sociedade e os mais
abundantes em nosso planeta.
D) A UTILIZAÇÂO DE JOGOS QUÌMICOS
Os alunos participarão de jogos como estratégia integrante dessa atividade.
D1) CACHETA ATÔMICA
a) DESCRIÇÃO DA CARTA
Este jogo consta de um total de 118 cartas, estas cartas podem ser
confeccionadas de cartolina branca ou coloridas e seu tamanho fica a cargo do
professor.
Em cada carta deverá conter o número atômico do elemento, seu
símbolo, seu nome, sua família ou grupo a que pertence.
As cartas terão o fundo colorido, variando as cores de acordo com o
grupo ou família a qual pertence. A carta contendo o Hidrogênio terá fundo de
cor branca e será o coringa do jogo.
b) COMO JOGAR
O jogo terá no máximo quatro pessoas. Primeiro o baralho será
embaralhado por um dos participantes, esse entrega para o outro que irá cortar
o monte, em seguida um terceiro participante pega o monte e distribui as
cartas. Cada jogador receberá nove (9) cartas e uma delas será revelada como
coringa, neste caso sempre será a carta cujo elemento tem número atômico
imediatamente posterior (exemplo: se a carta tem o cálcio, o coringa será o
escândio), portanto neste jogo ter-se-á sempre dois coringas.
Cada participante poderá comprar uma carta e descartar uma, como no
jogo de uma cacheta normal, sempre ficando com nove (9) cartas na mão. Para
vencer o jogo, o aluno deverá ter nove (9) cartas na mão e descartar uma e em
cada grupo de três cartas, todas deverão fazer parte do mesmo grupo ou
família. Outra forma de vencer será quando cada grupo de três cartas possuir
sequência numérica crescente de número atômico, não importando ser de
grupo ou família diferente. Ainda existe a possibilidade de possuírem duas
cartas pertencentes ao mesmo grupo ou família e mais o coringa, ou ainda
duas cartas com sequência numérica crescente do número atômico e o
coringa.
E) ELABORAÇÃO DE PALAVRA CRUZADA
Considerando que as palavras cruzadas podem fazer parte de uma
estratégia eficiente para despertar o interesse dos alunos para o assunto
"tabela periódica", far-se-á uso dessa estratégia que envolverá os alunos e os
farão interagir entre si e se familiarizar com os termos e conceitos relacionados
ao conteúdo, fazendo-o aprender brincando.
Assim, os alunos serão divididos em duplas e elaborarão, em cartolina,
um jogo de palavras cruzadas. Poderão, para isso, utilizar a tabela periódica e
todas as demais informações e conhecimentos adquiridos sobre o assunto até
esse momento.
As perguntas elaboradas deverão se referir às características dos
elementos químicos e serão em número de nove (9).
Após a elaboração desse jogo, cada um dos grupos formados deverá
responder a atividade elaborada por outro grupo. Isso será feito por meio de
sorteio.
Esse material, também será destinado á exposição a ser realizada na
fase IV.
F) BINGO QUÍMICO
Será distribuída a cada aluno, uma cartela para que possa jogar. Em
cada uma delas estarão colocados 15 elementos químicos. Em cada cartela
haverá apenas os símbolos dos elementos.
Em uma caixa, o professor terá fichas onde estão colocadas “dicas” a
respeito dos elementos químicos. (ex. símbolo do rubídio, elemento constituinte
das células fotoelétricas, metal Alcalino.)
O jogo acaba quando um aluno preencher completamente sua cartela e
esta for conferida pelo professor.
FASE IV
A) PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIO
Após todas as atividades descritas, os alunos elaborarão um
documentário com as filmagens realizadas durante as atividades de campo e
as fases de implementação do projeto. Para isso, serão unidos alunos
participantes de dois grupos. Esse documentário será exibido para a sala como
um fechamento das atividades.
B) MOSTRA CIENTÍFICA
Este é o momento de expor todo o trabalho feito pelo primeiro ano do
Ensino Médio, o público alvo deste trabalho são os alunos de outras séries e a
comunidade da Vila Operária.
Para isso é preciso uma reunião com a direção e equipe pedagógica
para o planejamento da mostra científica. É necessário encontrar uma data
ideal para este evento, ver a disponibilidade de espaço para expor, quantas
salas de aula serão necessárias para o evento, a decoração de cada sala de
aula e quais as pessoas que serão convidadas (Chefe do NRE-Cianorte,
Prefeito Municipal, Secretária Municipal de Educação, o Coordenador de
Química do NRE-Cianorte).
Os convites para a mostra serão confeccionados pelos alunos e terão
uma menção à tabela periódica. Sendo assim, os convites serão diferentes uns
dos outros.
Todas as atividades desenvolvidas durante a implementação das fases I,
II e III farão parte da amostra. Assim, serão expostos, cartazes com gráficos,
desenhos, jogos químicos, os resultados dos experimentos, amostras de solo,
o resultado das análises de solo, fotos das frutas, dos legumes e das plantas
medicinais e amostras do material fotografado e as informações relativas aos
materiais coletados e analisados.
Os alunos participantes dessa implementação montarão a exposição e a
conduzirão, com o auxilio do professor. Equipes serão formadas para
socializarem os conhecimentos com os visitantes.
Após a realização de todas as fases, os alunos realizarão uma avaliação
das atividades realizadas. Nesse momento dirão o que aprenderam, como se
integraram, se perceberam diferenças entre essas atividades e aquelas
normalmente desenvolvidas em sala de aula, o que mais chamou a atenção
durante a implementação, quais os conceitos que mudaram com relação á
Química e à Tabela Periódica.
Além disso, serão entregues novamente os questionamentos feitos aos
alunos no início do trabalho. Eles responderão e novamente socializarão seus
conhecimentos. Esse é mais um instrumento com o qual se poderá avaliar o
desenvolvimento dos alunos com a implementação do projeto.
REFERÊNCIAS
MALDANER, O. A.; A formação Inicial e continuada de professores de Química. Ijuí: Ed Unijuí, 2006.
______; PIEDADE, M. do C.; Repensando a Química. Química Nova na Escola,São Paulo, n.1, maio 1995.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; MÓL, Gerson de Souza; Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005.
TESTE da chama. Disponível em: <WWW.ebah.com.br/content/ABAAABMC4AH/teste-chama>. Acesso em: 28, out., 2013.
ANEXOS