51
ORGANIZAÇÃO DO ANO LETIVO Relatório 2018-2019

ORGANIZAÇÃO DO ANO ETIVO - IGEC€¦ · A elaboração dos pareceres sobre os pedidos de reforço do crédito horário, previstos no n.º 5 do artigo 9.º do Despacho Normativo

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

ORGANIZAÇÃO DO ANO LETIVO

Relatório 2018-2019

2

FICHA TÉCNICA

Título

Organização do Ano Letivo

Relatório 2018-2019

Autoria

Inspeção-Geral da Educação e Ciência

Coordenação: Manuel Branco Silva e Ulisses Quevedo

Elaboração: Manuel Branco Silva e Ulisses Quevedo

Edição

Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC)

Av. 24 de Julho, 136. 1350–346 LISBOA

Tel.: 213 924 800 | Fax: 213 924 950

e-mail: [email protected] URL: www.igec.mec.pt

Data

Maio de 2019

I/03334/DSAG/2019

Homologado pelo Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, por despacho de 22 de outubro de 2019.

3

SUMÁRIO EXECUTIVO

A atividade Organização do Ano Letivo (OAL) integra o Plano de Atividades de 2018 da Inspeção-

Geral da Educação e Ciência (IGEC) e teve como principais finalidades verificar a conformidade

legal do funcionamento das escolas1, identificar fatores condicionantes da sua eficiência e

eficácia, considerando os meios disponíveis e os serviços prestados, e promover a melhoria das

práticas de gestão.

A intervenção OAL foi realizada em 173 escolas públicas, tendo como áreas de incidência as

matrículas/renovação de matrículas, a constituição de grupos/turmas, a organização dos horários

dos alunos, a implementação do novo currículo dos ensinos básico e secundário, a gestão dos

recursos humanos docentes e as Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola criadas na

sequência do Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho. Os dados recolhidos nesta ação são objeto

de tratamento e de uma análise global no Capítulo 5 do presente relatório.

A atividade OAL incluiu ainda o acompanhamento da utilização das horas de crédito, estabelecido

atualmente na alínea c) do n.º 2 do artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de

julho, o qual compreendeu a conclusão das intervenções nas 15 escolas selecionadas em 2017-

2018 e o início de um novo processo de acompanhamento, em 2018-2019, numa amostra de igual

número de escolas.

A elaboração dos pareceres sobre os pedidos de reforço do crédito horário, previstos no n.º 5 do

artigo 9.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, apresentados pelas escolas no

decurso do ano letivo, integrou igualmente esta atividade.

Destacam-se, da intervenção OAL 2018-2019, as seguintes conclusões:

• A generalidade das escolas intervencionadas respeitaram as prioridades de

matrícula/renovação de matrícula estabelecidas no normativo;

• Os jardins de infância intervencionados não têm capacidade para acolher todas as crianças

que neles foram inscritas no ano letivo de 2018-2019, incluindo as de cinco e quatro anos

de idade, indiciando carência de oferta da rede pública da educação pré-escolar. Esta

restrição de acesso é particularmente visível nos concelhos de Lisboa, Sintra, Oeiras,

Odivelas e Amadora;

• Em todos os níveis de educação e ensino, verificou-se uma percentagem significativa de

grupos/turmas com reduzido número de crianças/alunos, apontando para a possibilidade e

necessidade, por razões de eficiência, de aperfeiçoamento dos procedimentos em sede de

definição da Rede Escolar;

1 Por escola, deve entender-se agrupamento de escolas/escola não agrupada.

4

• As matrizes curriculares dos ensinos básico e secundário, construídas ao abrigo do Decreto-

Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, não integravam todas as novas disciplinas e componentes

de currículo nalgumas das escolas intervencionadas;

• As escolas aderentes ao projeto Apoio ao Alto Rendimento na Escola criaram estruturas de

acompanhamento aos alunos praticantes desportivos de alto rendimento e implementaram

medidas específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento;

• No âmbito da distribuição do serviço docente, nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário,

1,5% dos docentes desenvolviam atividades de coadjuvação em sala de aula e 6,6%

prestavam apoio educativo a grupos de alunos, na componente não letiva de

estabelecimento do seu horário semanal, o que suscita a necessidade de reflexão sobre as

condições de trabalho destes professores;

• O regime legal relativo à definição e gestão dos créditos horários ajusta-se, globalmente,

às necessidades e especificidades das escolas intervencionadas;

• Na generalidade das escolas intervencionadas estavam a ser desenvolvidos os

procedimentos necessários à aferição da idoneidade dos seus trabalhadores para o

exercício de funções docentes e não docentes, conforme determinado na Lei n.º 113/2009,

de 17 de setembro, alterada pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto.

A atividade OAL 2018-2019 foi objeto de avaliação. A análise dos resultados dos questionários

devolvidos pelas escolas abrangidas pela intervenção OAL evidencia uma apreciação globalmente

muito positiva, quer quanto aos seus aspetos organizativos, quer quanto ao seu impacto,

nomeadamente em termos de contributo para a melhoria das práticas de gestão.

Ao desdobrar-se em diversas ações, a atividade OAL permitiu à IGEC assegurar, de uma forma mais

sustentada, a conformidade legal do funcionamento das escolas e identificar fatores

condicionantes da sua eficiência e eficácia, tendo subjacente a equidade nas condições de

aprendizagem das crianças/alunos, enquanto garantia de qualidade na prestação do serviço

educativo e da racionalidade na gestão dos recursos humanos docentes.

5

ÍNDICE GERAL

FICHA TÉCNICA ........................................................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 7

2. CARACTERIZAÇÃO E OBJETIVOS DA ATIVIDADE .................................................................................................. 8

2.1 INTERVENÇÃO OAL ................................................................................................................................................ 8

2.2 ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DAS HORAS DE CRÉDITO .......................................................................................... 8

2.3 ELABORAÇÃO DE PARECERES SOBRE OS PEDIDOS DE REFORÇO DO CRÉDITO HORÁRIO DAS ESCOLAS .......................................... 9

3. METODOLOGIA DA ATIVIDADE ........................................................................................................................... 9

4. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE .................................................................................................................................12

4.1 INTERVENÇÃO OAL .............................................................................................................................................. 12

4.2 ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DAS HORAS DE CRÉDITO ........................................................................................ 12

4.3 ELABORAÇÃO DE PARECERES SOBRE PEDIDOS DE REFORÇO DO CRÉDITO HORÁRIO DAS ESCOLAS ............................................ 13

5. RESULTADOS DA ATIVIDADE .............................................................................................................................14

5.1 MATRÍCULAS/RENOVAÇÃO DE MATRÍCULAS .............................................................................................................. 14

5.2 ACESSO À EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ......................................................................................................................... 15

5.3 CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS E DE TURMAS .................................................................................................................. 16

5.3.1 CRITÉRIOS ...................................................................................................................................................... 16

5.3.2 DIMENSÃO DOS GRUPOS E DAS TURMAS ............................................................................................................... 17

5.3.3 CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS E DE TURMAS COM CRIANÇAS/ALUNOS CUJO RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO IDENTIFICA A

NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO EM GRUPO/TURMA REDUZIDA ................................................................................................. 18

5.3.4 CONSTITUIÇÃO DE TURMAS DO 1.º CEB COM TRÊS OU QUATRO ANOS DE ESCOLARIDADE ............................................... 19

5.4 HORÁRIOS DOS ALUNOS ......................................................................................................................................... 20

5.4.1 DEFINIÇÃO E APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DE ELABORAÇÃO DE HORÁRIOS DOS ALUNOS ...................................................... 20

5.4.2 INTERVALO ENTRE O FINAL DO PERÍODO DE ALMOÇO E O INÍCIO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ..................................... 21

5.5 MATRIZES CURRICULARES ...................................................................................................................................... 21

5.5.1 INTEGRAÇÃO DAS NOVAS DISCIPLINAS/COMPONENTES DE CURRÍCULO E DA EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA (EMR) ........... 21

5.5.2 AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR ........................................................................................................... 22

5.6 PROMOÇÃO DO SUCESSO EDUCATIVO ....................................................................................................................... 23

5.6.1 MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO ........................................................................................... 23

5.6.2 UNIDADES DE APOIO AO ALTO RENDIMENTO NA ESCOLA (UAARE) .......................................................................... 23

5.7 DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO DOCENTE E ELABORAÇÃO DE HORÁRIOS ................................................................................ 24

5.7.1 CRITÉRIOS E EQUILÍBRIO GLOBAL NA DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO ................................................................................. 24

5.7.2 DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO E HORÁRIOS DE TRABALHO ............................................................................................. 25

5.7.3 GESTÃO DOS CRÉDITOS HORÁRIOS ....................................................................................................................... 27

5.8 CERTIFICADOS DE REGISTO CRIMINAL DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE .................................................................... 28

5.9 TRAMITAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE INCUMPRIMENTO ..................................................................................................... 29

5.10 AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO OAL PELAS ESCOLAS ..................................................................................................... 29

6

5.11 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE OAL PELOS INSPETORES ..................................................................................................... 31

6. CONCLUSÕES .....................................................................................................................................................31

7. RECOMENDAÇÕES .............................................................................................................................................34

8. PROPOSTAS PARA A TUTELA .............................................................................................................................34

9. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................................36

ÍNDICE DE QUADROS

QUADRO 1 – INTERVENÇÃO OAL 2018-2019.................................................................................................................... 11

QUADRO 2 – DIMENSÃO DOS GRUPOS/TURMAS ............................................................................................................ 17

QUADRO 3 – TURMAS COM ALUNOS CUJO RTP IDENTIFICA A NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO EM TURMA REDUZIDA 19

QUADRO 4 – AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO OAL PELAS ESCOLAS .................................................................................. 30

SIGLAS E ABREVIATURAS

• ATN – ÁREA TERRITORIAL DO NORTE DA INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

• ATC – ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO DA INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

• ATS – ÁREA TERRITORIAL DO SUL DA INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

• CEB - CICLO(S) DO ENSINO BÁSICO

• DGAE – DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

• DGE – DIREÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO

• DGEEC - DIREÇÃO-GERAL DE ESTATÍSTICAS DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

• DGESTE - DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

• ECD – ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE

• EMR - EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA

• IGEC - INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

• OAL - ORGANIZAÇÃO DO ANO LETIVO

• RTP - RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO

• UAARE – UNIDADE DE APOIO AO ALTO RENDIMENTO NA ESCOLA

7

1. INTRODUÇÃO

A autonomia pedagógica e organizativa dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e

dos ensinos básico e secundário concretiza-se, entre outros aspetos, nas decisões relativas à

organização do ano letivo, cabendo à IGEC uma atuação que atente no respeito pela lei e nas

especificidades e opções de cada escola, priorizando o interesse das crianças/alunos e a equidade

na gestão dos recursos humanos.

A atividade OAL 2018-2019, prevista no Plano de Atividades da IGEC, no Programa II – Controlo,

incidiu sobre escolas da rede pública do continente e compreendeu a intervenção OAL, o

acompanhamento da utilização das horas de crédito das escolas e a elaboração dos pareceres da

IGEC sobre os pedidos de reforço do crédito horário.

A intervenção OAL realizou-se durante o primeiro período letivo2 e assentou na verificação da

conformidade legal do processo de matrículas/renovação de matrículas, da constituição de

grupos/turmas, da organização dos horários e das matrizes curriculares aprovadas ao abrigo do

novo quadro de autonomia e flexibilidade curricular e da distribuição de serviço docente, bem

como na análise das decisões e dos procedimentos adotados pelas escolas no âmbito do projeto

Apoio ao Alto Rendimento na Escola criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho.

A elaboração dos pareceres da IGEC, relativos aos pedidos de reforço do crédito horário, e o

acompanhamento da utilização das horas de crédito, em 15 escolas previamente selecionadas,

decorreram ao longo do ano letivo no quadro das atribuições outorgadas pelo Despacho Normativo

n.º 10-B/2018, de 6 de julho, respetivamente nos seus artigos 9.º, n.º 5 e 15.º, n.º 2, alínea c).

No ano escolar de 2018-2019, num contexto em que, através do Despacho Normativo n.º 10-B/2018

e do Decreto-Lei n.º 55/2018, ambos de 6 de julho, se pretendeu reforçar a autonomia das escolas,

a IGEC realizou intervenções focadas e estratégicas, no sentido de garantir a eficiência e as boas

práticas na gestão de recursos docentes e verificar as condições de implementação do novo

currículo, por forma a contribuir para a melhoria da prestação do serviço educativo e da qualidade

das aprendizagens das crianças e dos alunos.

A atividade OAL é desenvolvida pela IGEC há mais de 15 anos, tendo contribuído para a melhoria

progressiva das organizações escolares e do trabalho dos respetivos órgãos de administração e

gestão.

2 Uma das escolas foi intervencionada em janeiro de 2019.

8

2. CARACTERIZAÇÃO E OBJETIVOS DA ATIVIDADE

2.1 Intervenção OAL

A intervenção OAL, prevista no Plano de Atividades da IGEC de 2018, visou os seguintes objetivos

operacionais:

• Assegurar o controlo da legalidade na organização do ano letivo como garante da equidade

no sistema educativo;

• Analisar as decisões e os procedimentos desenvolvidos em sede de organização do ano

letivo, no sentido de perceber se estão orientados para a promoção da melhoria das

aprendizagens e do sucesso escolar;

• Fomentar práticas que conduzam à racionalidade e à eficácia na organização e na gestão

dos recursos humanos;

• Identificar eventuais constrangimentos decorrentes da aplicação dos normativos em vigor,

com vista à elaboração de propostas de alteração;

• Analisar se as decisões e os procedimentos de enquadramento desenvolvidos nas escolas

estão orientados para a promoção do projeto Apoio ao Alto Rendimento na Escola, criado

pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho.

Esta ação foi desenvolvida em 173 escolas públicas do continente, selecionadas com base em

critérios antecipadamente definidos. A regularidade do processo de matrículas/renovação de

matrículas das crianças da educação pré-escolar e dos alunos dos ensinos básico e secundário, bem

como os procedimentos relativos à aferição da idoneidade para o exercício das funções dos

trabalhadores, constituem duas das dimensões do trabalho nas escolas recentemente incluídas

nesta atividade da IGEC, que continuaram a merecer uma atenção focalizada.

2.2 Acompanhamento da utilização das horas de crédito

Integrada na intervenção OAL, procedeu-se à primeira visita no âmbito do acompanhamento da

utilização das horas de crédito, em 15 agrupamentos de escolas previamente selecionados, visando

os objetivos definidos na alínea c) do n.º 2 do artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018,

de 6 de julho. Este processo prevê visitas às escolas em três momentos distintos do ano letivo,

tendo o segundo momento ocorrido nos meses de março, abril e maio de 2019.

9

2.3 Elaboração de pareceres sobre os pedidos de reforço do crédito

horário das escolas

A elaboração dos pareceres da IGEC relativos aos pedidos de reforço do crédito horário

apresentados pelas escolas, ao longo do ano letivo, decorre das competências atribuídas pelo

artigo 9.º, n.º 5, do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho.

3. METODOLOGIA DA ATIVIDADE

A atividade OAL 2018-2019 foi estruturada num roteiro que engloba os objetivos, as áreas de

incidência, a metodologia e procedimentos, a calendarização, a legislação e os instrumentos de

trabalho relativos a cada tipo de ação.

As intervenções nas escolas abrangeram a realização de entrevistas e, sobretudo, a análise

documental, designadamente:

• Projeto Educativo;

• Regulamento Interno;

• Rede Escolar 2018-2019;

• Contrato de Autonomia;

• Plano de Ação Estratégica;

• Planos curriculares das turmas;

• Protocolo estabelecido com as escolas de ensino artístico;

• Listas de crianças e alunos que requereram ou a quem foi renovada a matrícula;

• Listas de crianças e alunos admitidos e não admitidos em resultado do processo de

matrícula e de renovação de matrícula;

• Ata(s) do conselho pedagógico e do conselho geral de preparação do ano letivo 2018-2019;

• Listas de crianças e alunos por grupo/turma;

• Listas de crianças/alunos cujos relatórios técnico-pedagógicos identificam, como medida

de acesso à aprendizagem e à inclusão, a necessidade da respetiva integração em

grupo/turma reduzido e correspondentes relatórios;

10

• Listas de alunos dos 5.º e 7.º anos de escolaridade referentes ao ano letivo de 2018-2019,

por turma, com a identificação dos alunos retidos e dos que beneficiaram de auxílios

económicos da ação social escolar (escalões A e B) no ano letivo anterior;

• Matrizes curriculares adotadas;

• Relatórios elaborados pelos professores acompanhantes, no final do ano letivo de 2017-

2018, sobre o aproveitamento escolar de cada um dos alunos que beneficiaram das medidas

de apoio no âmbito do desporto de alto rendimento;

• Planificação das atividades de enriquecimento curricular no 1.º CEB;

• Comprovativos do Sistema de Informação da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência (MISI) relativos às horas para deslocações semanais (subdiretor e adjuntos);

• Indicação da Componente Letiva (ICL) – Direção-Geral da Administração Escolar;

• Lista dos horários a indicar para a satisfação das necessidades temporárias e respetivas

colocações;

• Distribuição do serviço docente e horários (docentes e turmas);

• Horários dos alunos dos cursos artísticos especializados, em regime articulado, incluindo a

componente de formação artística especializada/técnica artística;

• Área de influência dos estabelecimentos de educação e de ensino;

• Sumários em formato papel ou digital;

• Documentos de monitorização/avaliação das medidas de promoção do sucesso educativo

(síntese anual do desenvolvimento do Plano de Ação Estratégica; relatórios de avaliação,

grelhas de análise de resultados; resultados académicos, entre outros).

Os elementos recolhidos e a respetiva análise foram registados em guiões, fichas e informações.

No final da intervenção OAL e da ação de acompanhamento da utilização do crédito horário, as

equipas inspetivas reuniram com os diretores das escolas para apresentação das conclusões do

trabalho realizado.

Na intervenção OAL, para além do preenchimento do Guião, os inspetores registaram as situações

de incumprimento dos normativos e outros aspetos relevantes no Projeto de Ficha da Atividade.

Os incumprimentos não sanados durante a visita inspetiva foram objeto de recomendações tendo

em vista a sua correção por parte da escola. O Projeto de Ficha foi enviado à escola, para

pronúncia, nos termos do Regulamento de Procedimentos de Inspeção da IGEC. Após a análise do

contraditório, foi elaborada e remetida à escola a Ficha da Atividade, onde se incluíram

recomendações caso ainda subsistissem situações de incumprimento por regularizar. As situações

de incumprimento graves foram apresentadas superiormente, para decisão. Os elementos obtidos

foram analisados e tratados, globalmente, visando a elaboração do presente relatório.

11

A seleção do conjunto de escolas abrangidas pela intervenção OAL foi orientada, principalmente,

pelos critérios:

• Escolas identificadas em anteriores intervenções no âmbito da atividade OAL ou em

resultado de queixas dirigidas à IGEC;

• Escolas que, no último triénio, não foram intervencionadas na anterior Fase II da atividade

OAL.

A distribuição das escolas intervencionadas, pelas áreas territoriais da IGEC, foi a seguinte:

QUADRO 1 – INTERVENÇÃO OAL 2018-2019

NÚMERO DE ESCOLAS

NORTE CENTRO SUL TOTAL

70 44 59 173

Relativamente ao acompanhamento da utilização das horas de crédito, previsto na alínea c) do

n.º 2 do artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foram intervencionados

15 agrupamentos de escolas - seis da Área Territorial do Norte (ATN), três da Área Territorial do

Centro (ATC) e seis da Área Territorial do Sul (ATS).

Para emissão do parecer relativo ao reforço do crédito horário, previsto no n.º 5 do artigo 9.º do

Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foi estabelecida uma metodologia de trabalho

que incluiu: orientações sobre a recolha de elementos pertinentes para a elaboração dos

pareceres; acesso prévio a documentação relevante, em particular sobre a distribuição do serviço

docente; realização de uma visita à escola por uma equipa de dois inspetores.

O planeamento das diversas ações em que se desdobrou a atividade OAL 2018-2019 compreendeu,

além da conceção dos instrumentos de trabalho (roteiro, guiões e fichas), a formação dos

inspetores e a colaboração e articulação com outros serviços do Ministério da Educação,

nomeadamente a Direção-Geral da Educação (DGE), a Direção-Geral de Estatísticas da Educação

e Ciência (DGEEC) e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE).

12

4. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE

4.1 Intervenção OAL

A intervenção OAL nas escolas iniciou-se a oito de outubro e concluiu-se a três de dezembro de

2018, exceto num caso cuja ação foi desenvolvida no final de janeiro de 2019. As intervenções

foram realizadas por equipas de dois inspetores, durante cinco dias, com exceção de três escolas

cuja complexidade do trabalho exigiu o prolongamento da ação.

Cinco dias úteis antes da intervenção, as equipas multidisciplinares das áreas territoriais da IGEC

enviaram uma mensagem de correio eletrónico aos diretores das escolas, informando da data da

intervenção e das áreas de incidência da mesma: matrículas/renovação de matrículas,

constituição de grupos/turmas, organização de horários, definição e aplicação das matrizes

curriculares, distribuição do serviço docente, Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola

(UAARE) e aferição da idoneidade no acesso a funções que envolvam o contacto regular com

menores.

Para o desenvolvimento da ação, as equipas inspetivas tiveram acesso prévio a informação,

disponibilizada pela DGEEC e pela DGEstE, relativa a cada uma das escolas a intervencionar,

designadamente acerca da distribuição do serviço docente efetuada e crédito horário, sobre a

constituição dos grupos/turmas e respetiva homologação e sobre os planos de ação estratégica.

Nos casos identificados de escolas com crianças e alunos não admitidos na primeira preferência

indicada, por falta de vaga, foi ainda disponibilizada, quando existente, documentação relativa

às áreas de influência dos respetivos estabelecimentos de educação e ensino.

Nesta intervenção participaram, nas escolas, 101 inspetores: 39 da ATN, 20 da ATC e 42 da ATS.

4.2 Acompanhamento da utilização das horas de crédito

O acompanhamento da utilização das horas de crédito concretizou-se através de uma primeira

visita às 15 escolas selecionadas, em outubro e novembro de 2018, no âmbito da intervenção OAL,

e de uma segunda visita, realizada nos meses de março, abril e maio de 2019.

As intervenções visaram a recolha de elementos sobre a evolução da utilização das horas de crédito

e a eficácia das medidas de promoção do sucesso escolar implementadas. Um dos objetivos é a

compilação das medidas que se revelem eficazes e o conhecimento de boas práticas de distribuição

de serviço e de gestão e rentabilização de recursos humanos. Este acompanhamento concluir-se-

á com uma nova visita às escolas, a realizar após o final do ano letivo.

Relativamente ao acompanhamento realizado às 15 escolas no ano letivo de 2017-2018,

constataram-se fragilidades no planeamento e na monitorização das medidas de promoção do

sucesso escolar, por parte das escolas, que limitaram a sua capacidade de identificarem os

impactos efetivos de cada ação. Estes constrangimentos dificultaram a recolha de elementos pelas

equipas inspetivas sobre os resultados alcançados pelos alunos e a identificação de medidas

13

eficazes de promoção do sucesso escolar e de boas práticas de distribuição de serviço e de gestão

e rentabilização de recursos docentes.

Verificou-se que as escolas aplicaram a quase totalidade (96%) do crédito disponível. A variação

do número de horas de crédito utilizadas, ao longo do ano letivo, foi residual. A afetação destes

recursos privilegiou, na totalidade das escolas intervencionadas, o desenvolvimento de medidas

de promoção do sucesso escolar, que absorveram 67% do total de horas utilizado. Uma parte

substancial do crédito horário foi alocado, nalgumas escolas, a medidas tradicionais,

designadamente o apoio educativo, organizado individualmente ou em pequenos grupos,

ministrado dentro ou para além da carga horária fixada para as componentes do currículo. As

medidas que mais se destacaram pela sua eficácia, relativamente às metas traçadas, suportaram-

se na organização de grupos de homogeneidade relativa, nos 1.º e 2.º CEB, nas componentes de

currículo de Português e de Matemática, tendo tido um forte impacto na recuperação de alunos

com dificuldades de aprendizagem. A designação de um responsável por cada medida de promoção

do sucesso escolar assegurou uma melhor qualidade do planeamento, monitorização e avaliação

interna das ações, tendo-se revelado uma boa prática de distribuição de serviço e de gestão e

rentabilização de recursos docentes. O processo de acompanhamento da IGEC concluiu-se com o

envio de uma Ficha-síntese às escolas intervencionadas, com as principais conclusões da atividade.

Estes relatórios incluíram propostas de melhoria, especialmente ao nível do diagnóstico das

dificuldades para melhor desenvolvimento das medidas, da explicitação de objetivos/metas, da

formação de docentes, da diferenciação pedagógica e dos processos de monitorização e avaliação.

4.3 Elaboração de pareceres sobre pedidos de reforço do crédito

horário das escolas

Ao longo do ano letivo foram solicitados à IGEC 16 pareceres sobre os pedidos de reforço do crédito

horário apresentados pelas escolas, assim distribuídos: sete de escolas da ATN, três da ATC e seis

da ATS.

Numa situação não foi elaborado parecer nos termos do n.º 5 do artigo 9.º do Despacho Normativo

n.º 10-B/2018, de 6 de julho, dado que durante a instrução do procedimento a escola desistiu do

pedido. Dos 15 pareceres produzidos, em quatro concluiu-se que o crédito horário, resultante do

disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 9.º do mesmo Despacho Normativo, era insuficiente para a

concretização das finalidades invocadas pelas escolas, tendo-se emitido parecer favorável. Nos

restantes casos, emitiu-se parecer desfavorável.

14

5. RESULTADOS DA ATIVIDADE

A partir do vasto conjunto de elementos recolhidos na intervenção OAL 2018-2019, apresentam-

se seguidamente os resultados, por temáticas, apontando-se os aspetos de incumprimento dos

normativos mais significativos, quer do ponto de vista do seu impacto potencial nas condições de

aprendizagem das crianças e alunos, quer na perspetiva da conformidade legal, racionalidade e

eficácia das soluções de gestão adotadas pelas escolas. Além dos dados recolhidos através do Guião

da Atividade, esta análise apoia-se na informação constante das fichas da atividade das escolas

intervencionadas3.

5.1 Matrículas/Renovação de matrículas

O Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, regula o regime de matrícula e de frequência no

âmbito da escolaridade obrigatória e o Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril, define os

procedimentos de matrícula e respetiva renovação, das crianças da educação pré-escolar e dos

alunos nos ensinos básico e secundário, bem como as normas a observar na sua distribuição pelos

estabelecimentos de educação e ensino. Nos cursos artísticos especializados dos ensinos básico e

secundário, aplicam-se, ainda, as portarias n.º 225/2012, de 30 de julho, n.º 243-B/2012, de 13

de agosto, n.º 223-A/2018, de 3 de agosto, e n.º 229-A/2018, de 14 de agosto.

Este regime jurídico consagra deveres de informação e de transparência por parte das escolas,

traduzidos na obrigação de elaborarem e afixarem, em cada estabelecimento de educação e

ensino, as listas de crianças e alunos que requereram/renovaram a matrícula e de publicarem as

listas de crianças e alunos admitidos em resultado do processo de matrícula ou renovação de

matrícula (artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril).

Neste âmbito, verifica-se que 28,5% das escolas intervencionadas não elaboraram e/ou não

afixaram, em cada estabelecimento de educação e ensino, as listas de crianças e alunos que

requereram/renovaram a matrícula e que 2,9% não publicaram as listas de crianças e alunos

admitidos em resultado do processo de matrícula ou renovação de matrícula. A falta de afixação

das listas nos estabelecimentos de educação e ensino é, frequentemente, justificada pelos

diretores das escolas com o facto de alguns dos estabelecimentos da educação pré-escolar e do

1.º CEB encerrarem após o final do 3.º período letivo e de não existirem, nos mesmos, condições

para a afixação dos documentos. Na verdade, algumas autarquias encerram as instalações

escolares sob a sua administração após o final do ano letivo, reafectando temporariamente o

pessoal não docente a outras funções, o que se afigura como um constrangimento ao efetivo

cumprimento do normativo.

A observância, pelas escolas, dos prazos fixados para os procedimentos de matrícula/renovação

de matrícula é determinante para assegurar o direito dos alunos à escolha da escola com o projeto

3 Uma das escolas intervencionadas não foi incluída nesta análise, atendendo à sua especificidade - ensino artístico especializado.

15

educativo que melhor se adeque aos seus interesses e necessidades, dentro das regras legalmente

definidas. No caso dos pedidos de renovação de matrícula com transferência de estabelecimento

de educação ou ensino, é essencial uma boa articulação entre as escolas, impondo o normativo o

envio célere dos respetivos processos ao estabelecimento de educação e de ensino pretendido, de

acordo com a indicação das preferências. Os dados recolhidos demonstram que esta orientação

legal foi tida em conta pela generalidade das escolas intervencionadas (95,3%).

Um outro aspeto crucial da aplicação do normativo relaciona-se com o respeito, por parte das

escolas, das prioridades de matrícula e renovação de matrícula das crianças e dos alunos,

estipuladas designadamente no Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril (artigos 9.º a 14.º).

O cumprimento destas disposições legais foi verificado, por amostragem, em 85 escolas com

crianças ou alunos não admitidos no estabelecimento de educação ou ensino indicado na primeira

preferência, por falta de vaga. Os resultados mostram que as prioridades foram respeitadas por

89,4% das escolas. As situações de incumprimento apuradas distribuem-se por todos os níveis de

educação e ensino, envolvendo, no entanto, um número residual de crianças e alunos.

Neste âmbito, merecem ainda referência as condições de matrícula/renovação de matrícula dos

alunos praticantes desportivos de Alto Rendimento, quando pretendem frequentar escolas que

desenvolvem o projeto de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, criado pelo Despacho n.º 9386-

A/2016, de 21 de julho. Como anteriormente referido, as prioridades de matrícula nos ensinos

básico e secundário encontram-se definidas no Despacho Normativo n.º 6/2018, de 14 de abril,

mas este diploma não contempla qualquer disposição relativa aos alunos praticantes desportivos

de Alto Rendimento. E o Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro, que estabelece as medidas

específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento, apenas determina, no

seu artigo 14.º, que os praticantes desportivos de alto rendimento podem inscrever-se em

estabelecimento de ensino fora da sua área de residência sempre que seja declarado pelo IDP, I.

P., que tal se mostra necessário ao exercício da sua actividade desportiva. Assim, o regime legal

vigente não salvaguarda, efetivamente, a prioridade a estes alunos na escolha da escola da sua

preferência.

5.2 Acesso à educação pré-escolar

Os artigos 1.º e 4.º da Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto, consagram a universalidade da educação

pré-escolar para as crianças a partir dos cinco anos de idade, regime que, com as alterações

introduzidas pela Lei n.º 65/2015, de 3 de julho, passou a aplicar-se às crianças com quatro anos

desde o ano letivo de 2016-2017. Os ministérios da Educação e do Trabalho, Solidariedade e

Segurança Social, através do Despacho n.º 9017/2017, de 12 de outubro, criaram um grupo de

trabalho incumbido de elaborar e apresentar propostas para o desenvolvimento qualitativo da rede

nacional da educação pré-escolar e para a universalização da oferta deste nível educativo a todas

as crianças dos três aos cinco anos de idade, atendendo, designadamente, ao seu papel preditor

de sucesso na escolaridade e na qualidade de vida dos jovens e adultos. Em novembro de 2018, o

Governo apresentou o Programa 3 em Linha visando, entre outros objetivos, alcançar a

universalidade da educação pré-escolar dos 3 aos 5 anos de idade (fazer o diagnóstico nos

16

diferentes territórios e alargar a oferta nos locais onde subsistem carências, tanto através da

rede pública como da rede social e solidária).

De acordo com os dados obtidos, 4,1% das crianças inscritas nos jardins de infância das escolas

intervencionadas não foram admitidas por falta de vaga, embora, nos grupos com quatro e com

cinco ou mais anos de idade se registem valores inferiores, respetivamente 3,5% e 0,3%. Na análise

por Área Territorial de Inspeção, observa-se que a limitação ao acesso foi mais acentuada no Sul,

com 9,2% de crianças não admitidas. Os cinco concelhos com uma maior percentagem de crianças

não admitidas por falta de vaga foram Lisboa (25,9%), Sintra (11,3%), Oeiras (10,5%), Amadora

(6,3%) e Odivelas (6,3%).

Não se recolheram elementos no sentido de aferir se as crianças não admitidas se candidataram,

por opção dos pais, e obtiveram vaga noutros jardins de infância das redes pública ou privada ou

se, por falta de capacidade destes, ficaram excluídas da frequência desta importante etapa da

sua formação.

A tendência para o alargamento da universalidade da educação pré-escolar às crianças de três

anos de idade, expressa, também, através da Resolução da Assembleia da República n.º 185/2017,

de 3 de agosto, torna premente um conhecimento mais profundo da situação no território do

continente, de modo a avaliar as reais necessidades do sistema e equacionar soluções.

5.3 Constituição de grupos e de turmas

5.3.1 Critérios

Nos termos do n.º 1 do artigo 2.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, na

constituição dos grupos e das turmas devem prevalecer critérios de natureza pedagógica, definidos

no projeto educativo e no regulamento interno da escola.

Verifica-se que 6,4% das escolas intervencionadas não definiram critérios de constituição de

grupos/turmas e que 12,2% não estabeleceram tais critérios para, pelo menos, um dos níveis de

educação e ensino ministrados.

Observa-se, igualmente, que das escolas que definiram critérios 70,9% não os integraram no

projeto educativo e no regulamento interno, embora constem, frequentemente, de um destes

documentos. As evidências colhidas indiciam que este elevado nível recorrente de inconformidade

assenta numa interpretação dos diretores, segundo a qual bastaria a inclusão dos critérios no

projeto educativo ou no regulamento interno, evitando as vicissitudes burocráticas das revisões

frequentes de ambos os documentos orientadores. Aponta-se, assim, para uma solução menos

burocrática, que parece alinhar-se com as políticas do XXI Governo Constitucional de simplificação

administrativa e que poderá traduzir-se em ganhos de eficiência para a escola, sem prejuízo de

princípios de transparência e informação.

O artigo 2.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina ainda, no n.º 2, que

na constituição das turmas é respeitada a heterogeneidade das crianças e jovens, podendo, no

17

entanto, o diretor, após ouvir o conselho pedagógico, atender a outros critérios que sejam

determinantes para a promoção do sucesso e para a redução do abandono escolar.

O aproveitamento escolar dos alunos e a condição económica das famílias são descritos na

literatura como dos mais importantes fatores preditivos do sucesso. De forma a aquilatar a

relevância atribuída pelas escolas a estas características no processo de constituição de turmas

dos 5.º e 7.º anos de escolaridade, foram recolhidos elementos sobre a progressão/retenção destes

alunos e a atribuição de auxílios económicos da ação social escolar no ano letivo anterior. A análise

dos dados mostra que 44,7% das escolas intervencionadas não tiveram em conta, na constituição

das turmas, a heterogeneidade dos alunos relativa a ambas as variáveis consideradas. A

progressão/retenção dos alunos foi valorizada por mais escolas (86,5% contra 57,1%). Em 25,3%

das escolas, o diretor não seguiu o princípio da heterogeneidade na constituição de turmas e não

ouviu o conselho pedagógico relativamente aos critérios adotados, tal como preconizado no

normativo. De entre os critérios seguidos pelos diretores releva a continuidade das turmas.

5.3.2 Dimensão dos grupos e das turmas

O Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, estabelece as normas a observar na

constituição dos grupos da educação pré-escolar e das turmas dos ensinos básico e secundário,

concretizando mais um passo no objetivo de redução do número de alunos por turma inscrito no

Programa do XXI Governo Constitucional. Este regime legal prevê um número de crianças/alunos

variável, dependendo, essencialmente, do nível de educação e ensino ou curso e da necessidade

de integração de crianças/alunos em grupo/turma reduzida. A sua aplicação aos diferentes anos

de escolaridade é gradual, prolongando-se, nos termos do artigo 11.º, até ao ano escolar de 2020-

2021.

Nas escolas intervencionadas, na educação pré-escolar, no ensino básico e nos cursos científico-

humanísticos e profissionais do ensino secundário, verifica-se que 33,2% dos grupos/turmas são

constituídos por 19 ou menos crianças/alunos. Os dados do quadro seguinte mostram que essa

percentagem é mais elevada na educação pré-escolar (40,8%) e nos cursos profissionais (39,4%).

Por outro lado, as turmas com mais de 30 alunos apenas assumem expressão no ensino secundário,

particularmente nos cursos científico-humanísticos.

QUADRO 2 – DIMENSÃO DOS GRUPOS/TURMAS

NÍVEIS E CICLOS DE EDUCAÇÃO E

ENSINO GRUPOS/TURMAS COM 19 OU

MENOS CRIANÇAS/ALUNOS GRUPOS/TURMAS COM 30 OU MAIS

CRIANÇAS/ALUNOS

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR 40,8% 0

1.º CEB 36,6% 0

2.º CEB 32,2% 0

3.º CEB 33,5% 0,3%

CURSOS CIENTÍFICO-HUMANÍSTICOS 15% 4,6%

CURSOS PROFISSIONAIS 39,4% 2,4%

18

Constata-se ainda, de acordo com os elementos recolhidos, que 59% dos grupos/turmas não foram

constituídos de acordo com o número de crianças/alunos definido no normativo sendo que, destes,

74,2% foram autorizados pela DGEstE por apresentarem um número de crianças/alunos inferior ao

legalmente estabelecido, 14,3% foram autorizados pelo conselho pedagógico por registarem um

número de alunos superior ao previsto no normativo e os restantes (11,5%) não dispunham de

autorização.

De sublinhar que este último conjunto de situações, irregulares, corresponde quase

exclusivamente a grupos e turmas com crianças/alunos cujo relatório técnico-pedagógico (RTP)

identifica a necessidade de integração em grupo/turma reduzida. Inclui, ainda, 0,7% dos grupos

da educação pré-escolar que foram constituídos com 26 crianças, apesar do normativo referido

não prever esta possibilidade.

Na análise por Área Territorial de Inspeção, verifica-se que a do Centro regista uma percentagem

de grupos/turmas com 19 ou menos crianças/alunos consideravelmente superior à das restantes

áreas (30,8% no Norte, 47,4% no Centro e 24,7% no Sul). Este facto decorre da elevada frequência,

nesta área territorial, de grupos/turmas de pequena dimensão, sobretudo na educação pré-escolar

(65,5%) e no 1.º CEB (53,5%).

Fatores demográficos, designadamente o reduzido número de crianças e de jovens em idade

escolar, criam, em muitas escolas, dificuldades em assegurar uma oferta educativa diversificada,

com turmas de dimensão equilibrada. Ainda assim, parece existir margem para a melhoria da Rede

Escolar tendo em vista uma gestão mais eficiente dos recursos, sem pôr em causa a equidade no

acesso ao serviço educativo.

5.3.3 Constituição de grupos e de turmas com crianças/alunos cujo relatório técnico-

pedagógico identifica a necessidade de integração em grupo/turma reduzida

O Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina que a constituição de grupos na

educação pré-escolar e de turmas no ensino básico e nos cursos profissionais do ensino secundário,

que incluam crianças/alunos cujo RTP identifica a necessidade de integração em grupo/turma

reduzida, são constituídas por 20 crianças/alunos, não podendo conter mais de duas

crianças/alunos nestas condições (artigos 3.º, n.º 2; 4.º, n.º 5; 5.º, n.º 6; 6.º, n.º 8). Estabelece

ainda, com exceção dos cursos do ensino profissional, que a redução de grupos/turmas fica

dependente do acompanhamento e permanência destas crianças/alunos no grupo/turma em pelo

menos 60% do tempo curricular. Este regime funda-se na necessidade de adequar a dimensão dos

grupos/turmas às suas características específicas, que exigem aos docentes uma maior

diversificação de estratégias e diferenciação pedagógica em sala de aula, possíveis de concretizar

com mais sucesso em grupos/turmas mais pequenos.

Na educação pré-escolar, com as alterações introduzidas aos normativo a partir de 2016, o

conselho pedagógico deixou de ter competência para autorizar a constituição de grupos com um

número de crianças superior ao legislado. No entanto, ainda que residualmente (0,9%), foram

constituídos grupos com mais de 20 crianças, ou mais de duas cujo RTP identifica a necessidade

de integração em turma reduzida ou mais de 20 crianças e mais de duas nestas condições. A

19

constituição destes grupos indicia um menor cuidado das escolas no cumprimento do normativo,

ou dificuldades associadas às condições da Rede Escolar.

Nos três ciclos do ensino básico e nos cursos profissionais do ensino secundário, observa-se que

mais de 50% das turmas das escolas intervencionadas incluem alunos cujo RTP identifica a

necessidade de integração em turma reduzida. Como pode observar-se no quadro seguinte, uma

parte destas turmas encontra-se em incumprimento, geralmente por falta da autorização do

conselho pedagógico prevista no n.º 5 do artigo 7.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19

de junho.

QUADRO 3 – TURMAS COM ALUNOS CUJO RTP IDENTIFICA A NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO EM TURMA REDUZIDA

TURMAS COM ALUNOS CUJO RTP IDENTIFICA A NECESSIDADE

DE INTEGRAÇÃO EM TURMA REDUZIDA NAS ESCOLAS

INTERVENCIONADAS EM INCUMPRIMENTO

1.º CEB 50,7% 13,9%

2.º CEB 66,3% 11,9%

3.º CEB 59,4% 14,6%

CURSOS PROFISSIONAIS DO

ENSINO SECUNDÁRIO 56,0% 17,0%

O normativo continua a prever, a título excecional, a possibilidade de constituição ou continuidade

de turmas com alunos cujo RTP identifica a necessidade de integração em turma reduzida, com

mais de 20 alunos, mais de dois cujo RTP identifica a necessidade de integração em turma

reduzida, ou mais de 20 alunos e mais de dois nestas condições. Contudo, mais de 39% das turmas

com alunos cujo RTP identifica a necessidade de integração em turma reduzida foram constituídas

com um número de alunos superior ao previsto no normativo.

As evidências recolhidas junto dos diretores escolares revelam que a existência de um número

significativo de turmas com estas características não decorre, geralmente, de opções pedagógicas

casuisticamente ponderadas, mas sim de situações para as quais as escolas dizem não encontrar

alternativa, no conjunto das suas turmas. Em alguns casos, este constrangimento poderia, aquando

das matrículas, ser mitigado por uma diferente distribuição das crianças/alunos pelos

estabelecimentos de educação e ensino que integram cada um dos agrupamentos de escolas.

Trata-se de um problema que merece reflexão, considerando nomeadamente o seu provável

impacto negativo nas condições de aprendizagem das crianças/alunos e no trabalho dos respetivos

docentes.

5.3.4 Constituição de turmas do 1.º CEB com três ou quatro anos de escolaridade

O Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina no seu artigo 4.º que as turmas

com mais de dois anos de escolaridade são constituídas por 18 alunos nos estabelecimentos de

ensino de lugar único e por 22 alunos nos estabelecimentos de ensino com mais de um lugar. Ao

fixar estes limites, o legislador visou adequar os níveis de exigência colocados aos docentes

20

titulares destas turmas e garantir o direito à aprendizagem e ao sucesso educativo dos alunos,

tendo em conta que à heterogeneidade normal de um grupo de trabalho do mesmo ano de

escolaridade se junta, nas turmas mistas, a decorrente da coexistência de objetivos e metas

curriculares diferentes.

Nas escolas intervencionadas, verificou-se que 3,1% das turmas do 1.º CEB ainda integravam alunos

de mais de dois anos de escolaridade, sendo mais de metade destas constituída por alunos dos

quatro anos deste ciclo de ensino.

Atendendo a que 14,1% do total de estabelecimentos do 1.º CEB possuem menos de 22 alunos, ou

seja, são escolas de lugar único ou de dois lugares docentes, os professores destas turmas têm a

exigência adicional de fazer a gestão das diversas componentes do currículo nos vários anos de

escolaridade. Além disso, existem menos condições para se apoiarem no trabalho colaborativo

entre pares, tendo em vista o desenvolvimento profissional contínuo e a promoção de

aprendizagens de maior qualidade.

5.4 Horários dos alunos

5.4.1 Definição e aplicação de critérios de elaboração de horários dos alunos

Nos termos do n.o 1 do artigo 13.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, compete

ao conselho pedagógico definir os critérios gerais a que obedece a elaboração dos horários dos

alunos. Por seu lado, a alínea c) do n.º 4 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril,

na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, determina que cabe aos diretores

superintender na elaboração dos horários.

Observou-se que 90,1% das escolas intervencionadas definiram critérios de elaboração de horários

para os ciclos e níveis de ensino que ministram, mas apenas 48,3% o fizeram relativamente a todos

os aspetos exigidos pelo normativo.

O grau de cumprimento destes critérios pelas escolas foi verificado em 19,3% dos horários das

turmas dos 2.º e 3.º CEB e dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário. Os resultados

indicam que em 20% das escolas com 2.º e 3.º CEB e em 15,1% das escolas com ensino secundário

não foram respeitados integralmente os critérios definidos para a elaboração dos horários dos

alunos, afetando, no primeiro caso, 44% das turmas e, no segundo, 17,2%.

Este disfuncionamento no exercício da autonomia das escolas poderá estar associado à definição

de critérios próprios, fechados, não admitindo a possibilidade de exceções, e à insuficiente

monitorização interna do cumprimento dos mesmos, aquando da elaboração dos horários.

21

5.4.2 Intervalo entre o final do período de almoço e o início das aulas de Educação

Física

O n.º 5 do artigo 8.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina que as

aulas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de findo o período definido para

almoço no horário da respetiva turma.

Nos 2.º e 3.º CEB, incluindo o ensino artístico especializado, nos cursos científico-humanísticos e

nos cursos profissionais do ensino secundário, 2,8% dos horários das turmas das escolas

intervencionadas não respeitavam o intervalo de uma hora legalmente estabelecido.

Uma parte significativa destas situações decorre de uma incorreta definição das horas de início e

de termo de cada um dos períodos de funcionamento das atividades (manhã e tarde), bem como

do período para o almoço de cada turma e da sua articulação com os horários dos refeitórios

escolares. Efetivamente, 15,1% das escolas intervencionadas não estabeleceram os horários de

cada um dos períodos de funcionamento das suas atividades, contrariando o determinado na alínea

a) do n.º 1 do artigo 13.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho.

Estando em causa a segurança dos alunos, a verificação do cumprimento rigoroso da lei neste

domínio tem integrado sistematicamente o Guião da atividade OAL ao longo dos anos e as situações

detetadas são frequentemente corrigidas ainda no decurso das intervenções inspetivas.

5.5 Matrizes curriculares

O Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, estabelece o novo currículo dos ensinos básico e

secundário e define os princípios orientadores da sua conceção e operacionalização. Com a

autonomia e flexibilidade curricular prevista neste diploma, passou a ser conferida à escola a

faculdade para gerir o currículo, partindo das matrizes curriculares-base, assente na possibilidade

de enriquecimento do mesmo com os conhecimentos, capacidades e atitudes que contribuam para

alcançar as competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. No

presente ano letivo, este diploma apenas se aplica, por força da norma revogatória (artigo 37.º) e

da produção de efeitos (38.º), às turmas dos 1.º, 5.º, 7.º e 10.º anos de escolaridade e àquelas que

participaram no Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular dos ensinos básico e secundário,

criado pelo Despacho n.º 5908/2017, de 5 de junho. A Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto, a

Portaria n.º 226-A/2018, de 7 de agosto, e a Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto,

regulamentam as principais ofertas educativas dos ensinos básico e secundário.

5.5.1 Integração das novas disciplinas/componentes de currículo e da Educação Moral

e Religiosa (EMR)

No 1.º CEB, em 19,3% das escolas intervencionadas, as matrizes curriculares não incluíam todas as

novas componentes previstas na matriz curricular-base. Assim, 16% das escolas não incluíam as

Tecnologias de Informação e Comunicação, 9% a Cidadania e Desenvolvimento, 5,8% a Educação

Física e 3,9% a Educação Artística. A não integração da EMR continua a constituir uma

22

irregularidade frequente (17,9% das escolas), pondo em causa a natureza obrigatória da oferta

desta componente, consagrada no n.º 2 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho.

Nos 2.º e 3.º CEB, as novas disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento e de Tecnologias de

Informação e Comunicação foram integradas por quase todas as escolas nas respetivas matrizes

curriculares (Cidadania e Desenvolvimento, 2.º CEB 99,3%, 3.º CEB 100%; TIC, 2.º CEB, 100%, 3.º

CEB 99,4%). A componente de Complemento à Educação Artística, de oferta facultativa no 2.º CEB

e obrigatória no 3.º CEB, não estava prevista nas matrizes curriculares de, respetivamente, 30,1%

e 1,7% das escolas.

Nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, as matrizes curriculares contemplavam

a nova componente de Cidadania e Desenvolvimento em 90,3% das escolas, as quais optaram,

maioritariamente (83,9%) pelo seu funcionamento em justaposição com outra disciplina (marcação

de tempo semanal simultâneo com outra disciplina).

5.5.2 Autonomia e Flexibilidade Curricular

Observou-se que 83,7% das escolas intervencionadas concretizaram pelo menos uma das opções

curriculares elencadas no n.º 2 do artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho. As opções

com maior adesão relacionam-se com soluções testadas anteriormente, tais como o

Desenvolvimento de trabalho prático ou experimental com recurso a desdobramento de turmas

ou outra organização (57% das escolas) e a Organização do funcionamento das disciplinas de um

modo trimestral ou semestral, ou outra organização (53,5%).

A possibilidade de gerir até 25% do total da carga horária por componente do currículo, prevista

no n.º 1 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, foi concretizada por 32,6% das

escolas intervencionadas, pelo menos num dos ciclos do ensino básico ou no ensino secundário,

materializando-se na transferência de carga horária semanal entre disciplinas da mesma

componente de currículo.

Apenas 17,4% das escolas inscreveram no projeto educativo as suas opções estruturantes de

natureza curricular, contemplando o preconizado no n.º 5 do artigo 19.º e no n.º 3 do artigo 20.º

do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho. Uma parte significativa (34,9%) também não aprovou a

sua estratégia de educação para a cidadania, conforme previsto no n.º 2 do artigo 15.º do mesmo

Decreto-Lei.

A generalidade dos disfuncionamentos e incumprimentos legais observados na definição das novas

matrizes curriculares e nos demais instrumentos de planeamento curricular das escolas

intervencionadas, bem como a adesão pouco expressiva às novas possibilidades de organização e

gestão do currículo, proporcionadas pelo novo quadro de autonomia e flexibilidade, poderão

relacionar-se com as dificuldades naturais de apropriação dos normativos e com o curto período

de tempo que mediou entre a sua publicação e o início do ano escolar de 2018-2019.

23

5.6 Promoção do sucesso educativo

5.6.1 Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão

O Despacho Normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, artigo 32.º, e o Despacho Normativo n.º 10-

B/2018, de 6 de julho, artigos 8.º a 12.º e artigo 13.º, n.º 6, estabelecem um conjunto de medidas

que visam promover uma escola cada vez mais inclusiva e garantir o direito à aprendizagem e ao

sucesso de todos os alunos, sobressaindo, como propostas mais recentes, o apoio tutorial

específico aos alunos dos 2.º e 3.º CEB que ao longo do seu percurso escolar acumulem duas ou

mais retenções e o desenvolvimento da oralidade e da produção escrita nas disciplinas de

Português e de línguas estrangeiras.

Nas escolas intervencionadas, as medidas desenvolvidas com maior frequência foram i) Apoio ao

estudo orientado para a satisfação de necessidades específicas, contribuindo para um trabalho

de proximidade e acompanhamento eficaz do aluno (89,5% das escolas), ii) Atividades de apoio

ao estudo através da consolidação e desenvolvimento das aprendizagens, visando o reforço do

apoio nas disciplinas com maiores níveis de insucesso (87,7%), iii) Coadjuvação em sala de aula,

valorizando-se as experiências e as práticas colaborativas (84,3%).

A medida de apoio tutorial específico foi implementada em 62,1% das escolas. Abrangeu 7% dos

alunos dos 2.º e 3.º CEB, organizados em 440 grupos de apoio. Alguns grupos não foram constituídos

de acordo com o estipulado pelo normativo (19%), apresentando um número de alunos diferente

de dez sem a necessária autorização.

O desenvolvimento da oralidade e da produção escrita nas disciplinas de Português e de línguas

estrangeiras, ao abrigo do n.º 6 do artigo 13.º do Despacho normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho,

foi implementado por 43% das escolas intervencionadas.

Merece ainda referência a diversidade de medidas orientadas para a melhoria das aprendizagens

e do sucesso escolares, com 88,4% das escolas intervencionadas a desenvolverem cinco ou mais

medidas diferentes.

5.6.2 Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE)

O projeto-piloto de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016,

de 21 de julho, enquadra-se e complementa o conjunto de medidas de apoio ao desenvolvimento

do desporto de alto rendimento estabelecido no Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro.

A atividade OAL abrangeu, em 2018-2019, a visita a nove escolas UAARE - duas incluídas na rede

nacional, três em projeto-piloto e quatro associadas - visando analisar se as decisões e os

procedimentos de enquadramento desenvolvidos estão orientados para a promoção do projeto.

Nestas escolas, as UAARE acolhem 235 alunos praticantes desportivos de alto rendimento, alguns

dos quais residentes fora das respetivas áreas de influência.

24

Observou-se que foram criadas estruturas de acompanhamento e implementadas medidas

específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento, previstas no Capítulo III

do Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro. Assim, para além da designação dos professores

acompanhantes, as escolas envolveram, no apoio aos alunos, os serviços de psicologia e orientação

e adequaram os horários escolares e as datas das provas de avaliação de conhecimentos dos alunos

à sua preparação desportiva e participação nas competições. Foram, também, organizadas salas

de estudo e aulas de compensação visando colmatar, principalmente, a falta de assiduidade dos

alunos devida à sua condição de praticantes desportivos de alto rendimento.

5.7 Distribuição do serviço docente e elaboração de horários

5.7.1 Critérios e equilíbrio global na distribuição do serviço

As normas respeitantes à distribuição do serviço docente encontram-se consagradas no Decreto-

Lei n.º 139-A/90, de 28 de Abril, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro

(Estatuto da Carreira Docente - ECD) e no Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho.

Concretamente, o n.º 1 do artigo 78.º do ECD refere que na organização da componente letiva

será tido em conta o máximo de turmas disciplinares a atribuir a cada docente, de molde a,

considerados os correspondentes programas, assegurar-lhe o necessário equilíbrio global,

garantindo um elevado nível de qualidade ao ensino. Por sua vez, o n.º 3 do artigo 7.º do Despacho

Normativo supracitado estabelece que os critérios em que assenta a distribuição do serviço

docente são definidos pelo diretor e visam a gestão eficiente e eficaz dos recursos disponíveis,

tanto na adaptação aos fins educativos a que se destinam como na otimização do potencial de

formação de cada um dos docentes.

De acordo com os dados recolhidos, em 5,8% das escolas intervencionadas os diretores não

estabeleceram critérios de distribuição do serviço e, das que o fizeram, mais de metade não

tiveram em conta o número de turmas ou programas disciplinares a atribuir a cada docente.

Embora não se constituam como incumprimentos do normativo, dois dos aspetos mais salientes

observados na distribuição do serviço nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, com possível

impacto na qualidade do ensino, respeitam ao facto de 5% dos docentes lecionarem oito ou mais

turmas - correspondendo, pelo menos, a 175 alunos por professor - e 8,4% assegurarem quatro ou

mais programas disciplinares/componentes de currículo/formação. Os grupos de recrutamento

onde foi mais frequente a atribuição de oito ou mais turmas por professor foram, por ordem

decrescente, os de Educação Moral e Religiosa Católica (290), Informática (550), Educação Musical

(250), Artes Visuais (600), Geografia (420), História (400), Educação Tecnológica (530) e Francês

(320).

O número de turmas e de programas disciplinares/componentes de currículo/formação atribuídos

a cada docente está normalmente associado à carga horária semanal das disciplinas ministradas e

ao restante serviço disponível na escola para completamento do seu horário de trabalho. Algumas

componentes curriculares do ensino básico (Apoio ao Estudo, Oferta complementar, Oferta de

Escola e Cidadania e Desenvolvimento) e a autonomia dos diretores para distribuir o

25

correspondente serviço, independentemente do grupo de recrutamento ou do nível de ensino do

docente, contribuem para o aumento do número médio de turmas e programas a seu cargo, o que

pode dificultar a organização das equipas educativas e o acompanhamento próximo das turmas, e

aumentar a dispersão do trabalho docente. A prevalência de uma percentagem expressiva de

professores com um elevado número de turmas e programas disciplinares parece indiciar, também,

uma maior necessidade das escolas ponderarem e definirem critérios adequados de distribuição

de serviço que assegurem aos docentes o necessário equilíbrio global e garantam um elevado nível

de qualidade ao ensino.

O ECD determina, no n.º 2 do artigo 76.º, que o horário semanal dos docentes integra uma

componente letiva e uma componente não letiva e desenvolve-se em cinco dias de trabalho. Na

componente não letiva, com exceção do Apoio ao Estudo previsto na matriz curricular do 2.º CEB,

está vedada a lecionação das disciplinas/componentes de currículo/formação e só residualmente

está prevista a realização de atividades que envolvam o trabalho direto com os alunos. O legislador

procurou, também desta forma, promover as condições de trabalho dos docentes e garantir a

qualidade do ensino. No entanto, a distinção entre as atividades a incluir na componente letiva e

na componente não letiva de estabelecimento nem sempre é evidente, dependendo, de acordo

com o n.º 3 do artigo 6.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, das deliberações

do conselho pedagógico de cada escola. Algumas destas atividades, como a coadjuvação regular

em sala de aula e o apoio pedagógico a grupos de alunos, representam para o docente um esforço

semelhante ao da própria atividade de lecionação, pela exigência das dinâmicas de trabalho

pedagógico que lhes estão subjacentes.

Nas escolas intervencionadas, inserida na componente não letiva de estabelecimento do seu

horário semanal,1,5% dos professores dos 2.º e 3.º CEB e do ensino secundário desenvolviam

atividades de coadjuvação em sala de aula e 6,6% prestavam apoio educativo a grupos de alunos,

circunstâncias que impactam nas respetivas condições de trabalho e podem afetar a qualidade do

ensino ministrado.

5.7.2 Distribuição do serviço e horários de trabalho

5.7.2.1 Elaboração dos horários dos docentes

O n.o 3 do artigo 76.º do ECD estabelece que no horário de trabalho do docente é obrigatoriamente

registada a totalidade das horas correspondentes à duração da respetiva prestação semanal de

trabalho, com exceção da componente não letiva destinada a trabalho individual e da participação

em reuniões de natureza pedagógica, convocadas nos termos legais, que decorram de necessidades

ocasionais e que não possam ser realizadas nos termos da alínea c) do n.º 3 do artigo 82.º.

Constatou-se que em 30,8% das escolas intervencionadas e em 6,1% dos horários dos docentes

ocorreram incumprimentos na distribuição do serviço. Mais de metade destas situações (3,2% dos

horários) refere-se à falta de registo da totalidade do tempo correspondente à duração da

respetiva prestação semanal de trabalho, por falta de marcação de serviço da componente letiva

(20,9%) ou da componente não letiva de estabelecimento (79,1%).

26

Observou-se igualmente que, numa percentagem residual dos horários dos professores dos 2.º e

3.º CEB e do ensino secundário (0,6%), a componente letiva semanal ultrapassa a prevista nos

artigos 77.º e 79.º do ECD sem a devida remuneração por trabalho extraordinário, ainda que o

tempo que excede a componente letiva do docente seja, na generalidade dos casos, inferior à

unidade de tempo letivo adotada pela escola.

Estes elementos denotam, por um lado, um menor cuidado dos responsáveis escolares na

elaboração dos horários dos docentes quanto ao cumprimento do disposto no ECD e, por outro,

indiciam dificuldades em acomodar o serviço existente nos respetivos horários quando o mesmo

se organiza em tempos de trabalho com duração diferente de 50 minutos. Estes constrangimentos

repercutem-se numa deficiente gestão dos recursos humanos, que poderiam ser melhor utilizados

no reforço das condições de ensino e de aprendizagem dos alunos. Na maioria dos casos, as

irregularidades acima descritas foram total ou parcialmente corrigidas.

5.7.2.2 Funções de diretor de turma

O Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, concede particular importância ao diretor de

turma no acompanhamento próximo dos alunos e na promoção do sucesso educativo. Para o

exercício destas funções, cada escola gere quatro horas semanais, a repartir entre a componente

não letiva do docente e as horas resultantes do crédito horário, garantindo neste um mínimo de

duas horas, podendo os diretores, ouvido o conselho pedagógico, encontrar outras formas de

organização (artigo 10.º, n.º 4).

Observou-se que em 22,1% das escolas intervencionadas e em 10,3% das turmas não foram

garantidas quatro horas semanais para o exercício destas funções e que em 13,9% das escolas e

1,9% das direções de turma não foram asseguradas as duas horas do crédito horário previstas. Mais

de metade das escolas (52%) que implementaram estas soluções de distribuição de serviço não

auscultaram previamente o conselho pedagógico, conforme determinado pelo normativo.

A dificuldade dos diretores em encaixar este bloco de quatro horas nas componentes letiva e não

letiva dos horários dos docentes, sem originar serviço extraordinário ou insuficiência de

componente letiva, bem como a falta de atenção à nova exigência legal de auscultação do

conselho pedagógico, poderão explicar estes dados.

5.7.2.3 Funções de professor do apoio tutorial específico

Os alunos do 2.º e 3.º CEB que ao longo do seu percurso escolar acumulem duas ou mais retenções,

podem beneficiar, mediante decisão da escola, do apoio tutorial específico estabelecido no artigo

12.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho. Cada professor tutor acompanha um

grupo de 10 alunos, sendo-lhe atribuídas, para o efeito, quatro horas semanais.

Nas escolas intervencionadas, por cada grupo de apoio tutorial específico, foram distribuídas ao

professor tutor, em média, 3,8 horas de crédito, défice que à semelhança do serviço respeitante

às funções de direção de turma parece encontrar a sua explicação na dificuldade em incluir nos

horários dos docentes o bloco de quatro horas de crédito. No entanto, visando atenuar este

27

constrangimento, as escolas quase sempre complementaram esta diferença de horas com tempos

da componente não letiva de estabelecimento.

5.7.2.4 Satisfação de necessidades temporárias de pessoal docente

O Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, republicado pelo Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de

março, estabelece o regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente da educação pré-

escolar e dos ensinos básico e secundário, fixando as normas aplicáveis à satisfação das

necessidades temporárias identificadas pelas escolas, através das modalidades de concurso

previstas no n.º 1 do artigo 6.º. No apuramento destes horários, os diretores devem ter em conta

critérios de eficiência e eficácia dos recursos disponíveis, bem como outras normas,

nomeadamente as constantes no artigo 7.º e no n.º 13 do artigo 11.º do Despacho Normativo n.º

10-B/2018, de 6 de julho.

No universo dos 24543 docentes em exercício de funções nas escolas intervencionadas, apuraram-

se 928 horas letivas indevidamente requisitadas nos concursos de mobilidade interna, contratação

inicial e reserva de recrutamento, incluídas em 49 horários. Estas situações respeitaram,

sobretudo, à requisição de horários quando não se encontravam esgotadas as horas disponíveis nos

docentes de carreira e corresponderam, nalguns casos, à substituição temporária de docentes

titulares do respetivo serviço letivo.

5.7.3 Gestão dos créditos horários

As escolas dispõem de um crédito horário para o desempenho dos cargos de subdiretor, adjunto e

coordenador de estabelecimento, estabelecido no artigo 4.º do Despacho Normativo n.º 10-

B/2018, de 6 de julho. Usufruem, ainda, de um crédito de horas para o reforço, recuperação ou

aprofundamento das aprendizagens dos alunos e para o exercício de funções de âmbito

organizacional, definido e gerido nos termos dos artigos 8.º a 10.º do mesmo Despacho Normativo,

a que podem acrescer outras horas, atribuídas pela Administração - designadamente no âmbito

dos Contratos de Autonomia.

Na análise conjunta destas componentes do crédito, constatou-se que 10,5% das escolas

intervencionadas ultrapassou o número de horas a que tinham direito.

Relativamente ao crédito para o desempenho dos cargos de subdiretor, adjunto e coordenador de

estabelecimento, observou-se que, à data das intervenções inspetivas, estavam atribuídas 93,5%

das horas disponíveis. Algumas escolas (34,3%) encontraram formas de gerir este crédito que lhes

permitiram, ao abrigo do n.º 4 do artigo 4.º do supracitado Despacho Normativo, transferir para o

reforço, recuperação ou aprofundamento das aprendizagens dos alunos e o exercício de funções

de âmbito organizacional 4,3% destas horas, evidenciando, assim, capacidade de gestão e atenção

às necessidades concretas dos seus alunos. Em 3,5% das escolas intervencionadas observou-se uma

utilização de crédito acima do montante a que tinham direito, correspondente a um valor reduzido

de horas superior a esse limite (0,8% do total das horas de crédito).

28

Quanto ao crédito de horas destinado ao reforço, recuperação ou aprofundamento das

aprendizagens dos alunos e ao exercício de funções de âmbito organizacional, verificou-se que

44,8% das escolas utilizaram o total disponível, maioritariamente em medidas de flexibilidade

curricular e em ações com vista à promoção do sucesso (67,3%). Em algumas escolas (9,3%), um

número residual de horas do crédito horário (1,7%) foi indevidamente atribuído, por ultrapassar o

montante a que tinham direito.

Importa salientar que, em resultado da colocação de docentes de carreira em horários

incompletos, nos concursos de mobilidade interna e de reserva de recrutamento e, sobretudo,

através do procedimento de mobilidade por doença, as escolas intervencionadas beneficiaram,

ainda que de um modo muito desigual, do incremento dos seus recursos, tendo afetado uma média

de 4,7 destas horas a medidas de reforço, recuperação ou aprofundamento das aprendizagens dos

alunos e ao exercício de funções de âmbito organizacional.

A multiplicidade das regras de distribuição do serviço docente, associada à elevada diversidade e

mutabilidade de situações existentes nas escolas (entre muitas outras, docentes em mobilidade

por doença ou com redução de componente letiva, grupos de recrutamento com insuficiência

letiva), torna complexa a determinação do número de horas de crédito efetivamente utilizado em

cada momento. Esta dificuldade poderá justificar, em parte, a não utilização integral do crédito

horário pela maioria das escolas (55,2%) e o recurso ao mecanismo de reforço previsto no n.º 5 do

artigo 9.º do Despacho Normativo n.º 10-B/18, de 6 de julho, mesmo antes de ter sido esgotado o

crédito disponível, o que foi confirmado pela IGEC em vários dos pareceres relativos aos pedidos

das escolas, elaborados ao abrigo desta mesma disposição legal.

O Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, flexibilizou a gestão das horas a imputar às

diferentes atividades e funções e introduziu uma maior equidade e transparência na atribuição de

horas de trabalho às escolas inseridas em territórios educativos de intervenção prioritária. Este

regime legal parece ajustar-se, globalmente, às necessidades e especificidades dos diferentes

contextos.

5.8 Certificados de registo criminal do pessoal docente e não

docente

De acordo com o disposto no artigo 2.º da Lei n.º 113/2009, de 17 de setembro, na redação que

lhe foi conferida pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto, no recrutamento para profissões,

empregos, funções ou atividades públicas cujo exercício envolva contacto regular com menores,

a entidade recrutadora está obrigada a pedir ao candidato a apresentação de certificado de registo

criminal e a ponderar a informação constante do certificado na aferição da idoneidade do

candidato para o exercício das funções. A entidade empregadora está também obrigada a proceder

de igual forma, anualmente, relativamente a quem exerce a profissão ou as atividades referidas.

O cumprimento destas determinações legais foi objeto de instruções às escolas, designadamente

através das Notas Informativas DGAE, de 27 de julho e de 16 de setembro de 2016.

29

Observou-se que, à data das intervenções inspetivas, 94,8% das escolas estavam a desenvolver os

procedimentos estabelecidos visando o cumprimento do normativo relativamente ao pessoal

docente e não docente. As restantes escolas iniciaram este processo posteriormente, na fase de

contraditório ou em sede de acompanhamento dos resultados da ação.

5.9 Tramitação das situações de incumprimento

As situações de inconformidade legal foram objeto de recomendações às escolas, exaradas nas

Fichas da Atividade, com prazo estipulado para a respetiva correção e envio da documentação

comprovativa à Área Territorial de Inspeção competente. Em geral, as recomendações foram no

sentido do cumprimento dos normativos, num prazo variável, inferior a 60 dias. Sempre que foram

identificados incumprimentos não passíveis de correção (p. ex., contratação irregular de docentes)

ou cuja correção, em 2018-2019, se considerou extemporânea, não representando uma mais-valia

pedagógica e/ou organizativa para a escola, optou-se por recomendar o cumprimento do

normativo no ano letivo seguinte, sem prejuízo, nos casos de maior gravidade, de submissão das

situações à apreciação e decisão superiores.

Foram apurados factos em 20 escolas (11,6%) que justificaram propostas de apreciação e decisão

superiores. Sobre estes processos recaíram:

• três despachos de arquivamento;

• 11 despachos de arquivamento com recomendação à escola, quatro dos quais com a

inclusão da mesma na atividade OAL do próximo ano letivo;

• um despacho de realização de averiguações, com recomendação à escola e integração da

mesma na atividade OAL do próximo ano letivo;

• cinco despachos de instauração de procedimento disciplinar.

5.10 Avaliação da Intervenção OAL pelas escolas

No sentido de melhorar o desenvolvimento da atividade, e à semelhança dos anos anteriores, foi

solicitado às escolas onde se realizou a intervenção OAL o preenchimento de um questionário de

avaliação.

O questionário foi organizado por quatro grupos de questões. Os três primeiros consistiram em

questões fechadas, referentes às etapas da atividade: antes da intervenção, que aprecia a

informação recebida pelas escolas sobre a atividade; durante a intervenção, que incide sobre o

trabalho desenvolvido pelas equipas de inspeção nas escolas; depois da intervenção, que se

reporta ao processo do contraditório e à eficácia da intervenção junto das escolas. O último grupo

destina-se à recolha de outras observações de carácter geral e sugestões.

As respostas às questões fechadas foram classificadas, utilizando uma escala de avaliação de 1 a

5, em que 1 corresponde a discordo totalmente e 5 a concordo totalmente.

30

Do conjunto das 173 escolas intervencionadas, 76,3% responderam ao questionário. O quadro

seguinte apresenta os resultados obtidos, em percentagem.

QUADRO 4 – AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO OAL PELAS ESCOLAS

1. ANTES DA INTERVENÇÃO

1 2 3 4 5

1.1 A INFORMAÇÃO RECEBIDA PELA UNIDADE ORGÂNICA FOI CLARA QUANTO A:

1.1.1 OBJETIVOS 0,0 1,5 1,5 18,9 78,0

1.1.2 PROCEDIMENTOS 0,0 1,5 6,1 27,3 65,2

1.1.3 DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA 0,0 0,8 5,3 28,8 65,2

2. DURANTE A INTERVENÇÃO

1 2 3 4 5

2.1 A DURAÇÃO DA INTERVENÇÃO FOI ADEQUADA 0,0 2,3 4,6 27,5 65,6

2.2 A QUANTIDADE DE ASPETOS ANALISADOS FOI APROPRIADA 0,0 1,5 5,3 28,2 64,9

2.3 A DIVERSIDADE DE ASPETOS ANALISADOS FOI PERTINENTE 0,8 0,0 4,6 31,3 63,4

2.4 A EQUIPA DE INSPEÇÃO REVELOU CAPACIDADE DE DIÁLOGO COM OS SEUS

INTERLOCUTORES 0,8 1,5 3,8 8,3 85,6

2.5 A EQUIPA DE INSPEÇÃO TEVE EM CONTA AS ESPECIFICIDADES DA ESCOLA/

AGRUPAMENTO 2,3 3,0 7,6 20,5 66,7

2.6 A INFORMAÇÃO DE RETORNO DA EQUIPA DE INSPEÇÃO, NO FINAL DA

INTERVENÇÃO, FOI AJUSTADA 0,8 2,3 4,5 12,9 79,5

3. DEPOIS DA INTERVENÇÃO

1 2 3 4 5

3.1 O PROJETO DE FICHA DA ATIVIDADE CORRESPONDEU AO REFERIDO NO FINAL DA

INTERVENÇÃO 0,8 1,5 6,2 16,2 75,4

3.2 O ENVIO DA FICHA DA ATIVIDADE FOI ATEMPADO 1,6 0,8 2,3 20,9 74,4

3.3 A INTERVENÇÃO CONTRIBUIU PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DO

ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO 0,0 1,5 5,3 18,9 74,2

3.5 A INTERVENÇÃO CONTRIBUIU PARA A MELHORIA DAS PRÁTICAS DE GESTÃO 0,0 2,3 6,1 18,9 72,7

Como se pode observar, ocorre em todos os itens uma percentagem de classificações de nível 5

superior a 63% e de níveis 4 e 5, agregados, acima dos 87%. A apreciação da atividade por parte

31

das escolas pode considerar-se, assim, bastante positiva, quer quanto aos seus aspetos

organizativos, quer quanto ao seu impacto, nomeadamente em termos de contributo para a

melhoria das práticas de gestão nas escolas.

Relativamente às observações e sugestões sobre o desenvolvimento da atividade, as escolas

enfatizaram, predominantemente, aspetos positivos e propostas de melhoria. Alguns diretores

consideraram como constrangimentos ao lançamento do ano letivo 2018-2019 as perturbações

ocorridas na fase final do ano anterior (greves) e a publicação tardia (julho e agosto) de normativos

legais estruturantes para a organização do ano escolar.

5.11 Avaliação da atividade OAL pelos inspetores

Os inspetores manifestaram, nos questionários que lhes foram dirigidos, uma opinião muito

positiva relativamente à adequação dos instrumentos de trabalho e das metodologias da atividade.

Como constrangimento é apontado, para além da abrangência de áreas a intervencionar, a

aplicação informática de suporte ao Guião da Intervenção OAL, a qual, ao exigir determinados

requisitos técnicos, trouxe alguma instabilidade ao trabalho das equipas.

6. CONCLUSÕES

Em 28,5% das escolas intervencionadas não foram elaboradas e afixadas, em cada

estabelecimento de educação e ensino, as listas de crianças e alunos que

requereram/renovaram a matrícula e em 2,9% não foram publicadas as listas de crianças

e alunos admitidos;

Na generalidade das escolas intervencionadas foram respeitadas as prioridades de

matrícula/renovação de matrícula estabelecidas no normativo e os processos relativos aos

pedidos de renovação de matrícula com transferência de estabelecimento de educação ou

ensino foram enviados, com celeridade, aos estabelecimentos de educação e de ensino

pretendidos;

O regime legal de matrícula e de frequência, no âmbito da escolaridade obrigatória, não

acautela a prioridade a conceder aos alunos praticantes desportivos de Alto Rendimento

quando pretendem frequentar escolas que desenvolvem o projeto de Apoio ao Alto

Rendimento na Escola criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho;

Os jardins de infância intervencionados não tinham capacidade para acolher todas as

crianças que neles foram inscritas no ano letivo de 2018-2019, incluindo as de cinco e de

quatro anos de idade, indiciando carência de oferta da rede pública da educação pré-

escolar. Esta restrição de acesso é particularmente visível nos concelhos de Lisboa, Sintra,

Oeiras, Amadora e Odivelas;

32

A grande maioria das escolas intervencionadas (70,9%) não integrou os critérios de

constituição de grupos/turmas no projeto educativo e no regulamento interno e uma parte

considerável (44,7%) não teve em conta, na constituição das turmas, a heterogeneidade

dos alunos dos 5.º e 7.º anos de escolaridade relativamente à progressão/retenção e à

atribuição de auxílios económicos da ação social escolar no ano letivo anterior;

Em todos os níveis de educação e ensino, verifica-se uma percentagem significativa de

grupos/turmas com reduzido número de crianças/alunos. Na sua maioria, estes

grupos/turmas foram autorizados, o que aponta para a possibilidade e necessidade, por

razões de eficiência, de aperfeiçoamento dos procedimentos em sede de definição da

Rede Escolar;

Verifica-se, em todos os ciclos do ensino básico e nos cursos profissionais do ensino

secundário, uma elevada percentagem de turmas com alunos cujo relatório técnico-

pedagógico identifica a necessidade de integração em turma reduzida, constituídas com

um número de alunos superior ao previsto no normativo;

No 1.º CEB, 3,1% das turmas integram alunos de mais de dois anos de escolaridade, em

escolas de lugar único ou de dois lugares docentes, o que não favorece as condições de

aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento do trabalho colaborativo dos respetivos

professores;

Mais de 50% das escolas intervencionadas não definiram critérios de elaboração de horários

dos alunos relativamente a todos os itens fixados pelo normativo. Das escolas que

definiram critérios, uma parte significativa nem sempre os aplicou;

Nas escolas intervencionadas, nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, 2,8% das turmas

iniciavam a disciplina de Educação Física antes de decorrida uma hora depois de findo o

período definido para almoço no horário da turma, pondo em risco a segurança dos alunos;

As matrizes curriculares dos ensinos básico e secundário, construídas ao abrigo do Decreto-

Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, não integravam todas as novas disciplinas e componentes

de currículo nalgumas das escolas intervencionadas, sendo este incumprimento mais

frequente no 1.º CEB. Neste ciclo de ensino, a componente de Educação Moral e Religiosa

também não é oferecida por um número significativo de escolas (17,9%);

A grande maioria das escolas intervencionadas adotou opções curriculares estruturantes,

de entre as propostas no artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,

privilegiando possibilidades já testadas anteriormente;

A aprovação da estratégia de educação para a cidadania e a inscrição das opções

estruturantes de natureza curricular no projeto educativo, determinadas pelo Decreto-Lei

n.º 55/2018, de 6 de julho, não tinham sido ainda concretizadas, à data das intervenções

inspetivas, por muitas das escolas;

As escolas intervencionadas desenvolveram uma significativa diversidade de medidas

orientadas para a melhoria das aprendizagens e do sucesso escolares, sendo as mais

frequentes o apoio ao estudo e a coadjuvação docente em sala de aula;

O apoio tutorial específico, nos 2.º e 3.º CEB, foi implementado por 62,1% das escolas

intervencionadas, abrangendo 7% dos alunos;

33

O desenvolvimento da oralidade e da produção escrita nas disciplinas de Português e de

línguas estrangeiras, com suporte nas soluções previstas no n.º 6 do artigo 13.º do

Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foi concretizado por 43% das escolas

intervencionadas;

As escolas aderentes ao projeto Apoio ao Alto Rendimento na Escola criaram estruturas de

acompanhamento aos alunos praticantes desportivos de alto rendimento e implementaram

medidas específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento,

designadamente em termos de adequação dos horários escolares e das datas de provas de

avaliação, bem como da organização de salas de estudo e aulas de compensação;

Nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, 5% dos professores das escolas intervencionadas

lecionavam oito ou mais turmas e 8,4% asseguravam quatro ou mais programas

disciplinares/componentes de currículo/formação, o que poderá merecer atenção por

parte da tutela, no contexto do desenvolvimento das dinâmicas de trabalho pedagógico

previstas no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho;

Nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, 1,5% dos docentes desenvolviam atividades de

coadjuvação em sala de aula e 6,6% prestavam apoio educativo a grupos de alunos, na

componente não letiva de estabelecimento do seu horário semanal;

A distribuição do serviço docente e a elaboração dos respetivos horários continuam a

revelar algumas debilidades. Os incumprimentos mais significativos correspondem à falta

de registo, nos semanários-horários, da totalidade das horas da componente letiva e da

componente não letiva de trabalho a nível do estabelecimento;

Em algumas das escolas intervencionadas, não foram garantidas, em todas as turmas,

quatro horas semanais para o exercício das funções de direção de turma (22,1% das

escolas) ou não foi atribuído o mínimo de duas horas do crédito horário previsto (13,9%

das escolas). A maioria das escolas que adotaram estas soluções de distribuição de serviço

(52%) não ouviram previamente o conselho pedagógico, conforme determinado pelo

normativo;

Aos professores tutores, do apoio tutorial específico dos 2.º e 3.º CEB, nem sempre foi

atribuída a totalidade das horas de crédito previstas no normativo para estas funções;

Na fase de satisfação das necessidades temporárias de pessoal docente, foram

indevidamente requisitados pelas escolas intervencionadas 49 horários, alguns dos quais

para substituição temporária dos docentes titulares do respetivo serviço letivo;

Em 10,5% das escolas intervencionadas observou-se que foi ultrapassado o crédito horário

para o desempenho dos cargos de subdiretor, adjunto e coordenador de estabelecimento,

e/ou para reforço, recuperação ou aprofundamento das aprendizagens dos alunos e

exercício de funções de âmbito organizacional. O número de horas utilizadas em excesso

não foi, no entanto, significativo;

Nas escolas intervencionadas, o crédito horário previsto nos artigos 8.º a 10.º do Despacho

Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foi maioritariamente aplicado em medidas de

flexibilidade curricular e em ações com vista à promoção do sucesso (67,3%);

O regime legal relativo à definição e gestão dos créditos horários ajusta-se, globalmente,

às necessidades e especificidades das escolas intervencionadas;

34

Na generalidade das escolas intervencionadas estavam a ser desenvolvidos os

procedimentos necessários à aferição da idoneidade dos seus trabalhadores para o

exercício de funções docentes e não docentes, conforme determinado na Lei n.º 113/2009,

de 17 de setembro, alterada pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto.

7. RECOMENDAÇÕES

Considerando os resultados da atividade, descritos no Capítulo 5 do presente relatório, e das

conclusões apresentadas anteriormente, formula-se a seguinte recomendação:

Que a equipa de acompanhamento da aplicação do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,

através das equipas regionais previstas no Despacho n.º 9726/2018, de 17 de outubro,

continue a promover o esclarecimento de dúvidas das escolas de forma a assegurar que as

matrizes curriculares integram as novas disciplinas e componentes de currículo, bem como

a componente de Educação Moral e Religiosa no 1.º CEB.

8. PROPOSTAS PARA A TUTELA

Em face dos resultados da atividade, descritos no Capítulo 5 do presente relatório, e das

conclusões formuladas anteriormente, apresentam-se as seguintes propostas:

A definição de norma legal que assegure prioridade na matrícula/renovação de matrícula

aos alunos praticantes desportivos de Alto Rendimento, quando pretendem frequentar

estabelecimentos que desenvolvem o projeto de Apoio ao Alto Rendimento na Escola

criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho;

A adoção de medidas visando o alargamento da rede nacional de educação pré-escolar nas

regiões onde se revele necessário, tendo presentes, designadamente, os objetivos de

universalização desta oferta educativa fixados na Lei n.º 65/2015, de 3 de julho;

A ponderação da adequação da norma contida no n.º 1 do artigo 2.º do Despacho Normativo

n.º 10-A/2018, de 19 de junho, que obriga à inclusão dos critérios de constituição de

turmas simultaneamente no projeto educativo e no regulamento interno da escola;

A melhoria dos procedimentos em sede de definição da Rede Escolar, tendo em vista uma

gestão mais eficiente dos recursos disponíveis e o reforço das condições de aprendizagem

dos alunos, sem pôr em causa a equidade no acesso ao serviço educativo;

O alerta oportuno às escolas, por parte da Administração, para a necessidade de

cumprirem, no ato da matrícula das crianças/alunos, os procedimentos de distribuição

previstos no Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, de modo a reduzir o

número de turmas com alunos cujo relatório técnico-pedagógico identifica a necessidade

de integração em turma reduzida, com mais de 20 alunos e/ou mais de dois alunos nestas

condições;

35

A regulamentação, em sede de despacho de organização do ano letivo, das atividades a

incluir na componente não letiva de estabelecimento dos horários dos docentes, de modo

a evitar que a mesma integre atividades com alunos que, pela sua exigência, possam pôr

em causa o necessário equilíbrio global dos horários dos docentes e a qualidade do ensino

ministrado;

A continuidade da atividade Organização do Ano Letivo, com as metodologias e finalidades

definidas, valorizando dimensões estratégicas preventivas e de controlo e as áreas de

incidência com maior impacto nas condições de aprendizagem das crianças e dos alunos e

na racionalidade, eficácia e eficiência da gestão dos recursos por parte das escolas.

36

9. BIBLIOGRAFIA

9.1 PRINCIPAL SUPORTE LEGAL

9.1.1 GERAL

• Despacho n.º 7814/2018, de 14 de agosto – Crédito horário e oferta desportiva, no âmbito

do Programa de Desporto Escolar.

• Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho - Estabelece os princípios e as normas que garantem

a inclusão, enquanto processo que visa responder à diversidade das necessidades e

potencialidades de todos e de cada um dos alunos.

• Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho - Estabelece as regras a que deve

obedecer a organização do ano letivo nos estabelecimentos públicos de educação pré-

escolar e dos ensinos básico e secundário.

• Despacho n.º 6020-A/2018, de 19 de junho - Aprova os calendários, para o ano letivo de

2018-2019, dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e

secundário, dos estabelecimentos particulares de ensino especial, bem como o calendário

de provas e exames dos ensinos básico e secundário.

• Portaria n.º 232/2016, de 29 de agosto - Procede à regulação da criação e do regime de

organização e funcionamento dos Centros Qualifica.

• Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril - Regulamenta o regime de avaliação e

certificação das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos do ensino básico, bem como as

medidas de promoção do sucesso educativo que podem ser adotadas no acompanhamento

e desenvolvimento das aprendizagens.

• Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio retificado pela Declaração de Retificação n.º

32/2014, de 27 de junho - Aprova o regime jurídico da habilitação profissional para a

docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário.

• Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho - Procede à segunda alteração do Decreto-Lei n.º

75/2008, de 22 de abril, que aprova o regime jurídico de autonomia, administração e

gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e

secundário.

9.1.2 MATRÍCULAS E CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS/TURMAS

• Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho - Estabelece o regime de constituição

de grupos e turmas e o período de funcionamento dos estabelecimentos de educação e

ensino no âmbito da escolaridade obrigatória.

• Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril - Estabelece os procedimentos da matrícula

e respetiva renovação e as normas a observar na distribuição de crianças e alunos.

• Portaria n.º 59-C/2014, de 7 de março - Procede à primeira alteração da Portaria n.º 74-

A/2013, de 15 de fevereiro que estabelece as normas de organização, funcionamento,

37

avaliação e certificação dos cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino

público, particular e cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em

escolas profissionais.

• Decreto-Lei n.º 70/2013, de 23 de maio - Estabelece o novo regime jurídico da disciplina

de educação moral e religiosa católicas a ministrar nos estabelecimentos de ensino públicos

e na dependência do Ministério da Educação e Ciência.

• Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto - Regula o regime de matrícula e de frequência

no âmbito da escolaridade obrigatória das crianças e dos jovens com idades compreendidas

entre os 6 e os 18 anos e estabelece medidas que devem ser adotadas no âmbito dos

percursos escolares dos alunos para prevenir o insucesso e o abandono escolares.

• Portaria n.º 1100/2010, 22 de outubro, alterada pela Portaria n.º 216-C/2012, de 18 de

julho - Aprova o programa de formação em competências básicas em cursos de educação e

formação de adultos ou em processos de reconhecimento, validação e certificação de

competências de nível básico.

• Portaria n.º 1262/2009, 15 de outubro, alterada pela Portaria n.º 216-B/2012, de 18 de

julho - Cria os cursos de Português para Falantes de Outras Línguas, assim como as regras

a que obedece a sua lecionação e certificação. O Programa "Português para Todos" - PPT é

uma iniciativa que visa o desenvolvimento de cursos de português básico e de português

técnico dirigidos à população imigrante e cofinanciados pelo Fundo Social Europeu.

• Portaria n.º 230/2008, de 7 de março, alterada e republicada pela Portaria n.º 283/2011,

de 24 de outubro - Define o Regime Jurídico dos Cursos de Educação e Educação e Formação

de Adultos e das Formações Modulares. Procede à segunda alteração da Portaria n.º

230/2008, de 7 de março, que define o regime jurídico dos cursos de educação e formação

de adultos (cursos EFA) e das formações modulares previstos no Decreto-lei n.º 396/2007,

de 31 de dezembro.

• Despacho normativo n.º 7/2006, de 6 de fevereiro, alterado pelo Despacho normativo n.º

12/2011, de 22 de agosto - Normas orientadoras para o PLNM.

• Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19

de julho - Define o funcionamento dos cursos profissionais nas escolas secundárias públicas.

• Despacho Conjunto n.º 453/2004, de 27 de junho, alterado pelo Despacho n.º 9752-A/2012,

18 de julho - Regulamenta a criação de Cursos de Educação e Formação com dupla

certificação escolar e profissional, destinados preferencialmente a jovens com idade igual

ou superior a 15 anos.

9.1.3. HORÁRIOS / MATRIZES CURRICULARES

• Declaração de retificação n.º 29-A/2018, de 4 de setembro – Retifica o Decreto-Lei n.º

55/2018, de 6 de julho, que estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os

princípios orientadores da avaliação das aprendizagens, publicado no Diário da República,

1.ª série, n.º 129, de 6 de julho de 2018.

• Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos

profissionais de nível secundário de dupla certificação, escolar e profissional, a que se

38

referem a alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro,

alterado pelo Decreto-Lei n.º 14/2017, de 26 de janeiro, que regula o Sistema Nacional de

Qualificações, e a alínea b) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,

tomando como referência a matriz curricular-base constante do anexo VIII deste último

decreto-lei.

• Portaria n.º 232-A/2018, de 20 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos artísticos

especializados de nível secundário a que se refere a alínea c) do n.º 4 do artigo 7.º do

Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, designadamente, dos cursos de Design de

Comunicação, de Design de Produto e de Produção Artística, na área das Artes Visuais, e

do curso de Comunicação Audiovisual, na área dos Audiovisuais, tomando por referência a

matriz curricular-base constante do anexo VII do mesmo decreto-lei.

• Portaria n.º 229-A/2018, de 14 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos artísticos

especializados de nível secundário, a que se refere a alínea c) do n.º 4 do artigo 7.º do

Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, designadamente dos cursos de Dança, de Música,

de Canto e de Canto Gregoriano, tomando por referência a matriz curricular-base

constante do anexo VII do mesmo decreto-lei.

• Portaria n.º 226-A/2018, de 6 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos científico-

humanísticos, a que se refere a alínea a) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018,

de 6 de julho, designadamente dos cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências

Socioeconómicas, Línguas e Humanidades e de Artes Visuais, tomando como referência a

matriz curricular-base constante do anexo VI do mesmo decreto-lei.

• Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto - Procede à regulamentação das ofertas educativas

do ensino básico, previstas no n.º 2 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,

designadamente o ensino básico geral e os cursos artísticos especializados, definindo as

regras e procedimentos da conceção e operacionalização do currículo dessas ofertas, bem

como da avaliação e certificação das aprendizagens, tendo em vista o Perfil dos Alunos à

Saída da Escolaridade Obrigatória.

• Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho - Estabelece o currículo dos ensinos básico e

secundário, os princípios orientadores da sua conceção, operacionalização e avaliação das

aprendizagens.

• Despacho n.º 6261-B/2017, de 17 de julho - Estabelece as regras de atribuição do crédito

horário semanal destinado aos centros especializados em qualificação de adultos, previstos

na alínea g) do n.º 2 do artigo 1.º e no artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de

dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 14/2017, de 26 de janeiro, denominados «Centros

Qualifica» pela Portaria n.º 232/2016, de 29 de agosto, para implementação das suas

atividades, nomeadamente no que respeita à informação e orientação, encaminhamento,

formação, reconhecimento e validação de competências e certificação.

• Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril - Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º

139/2012, de 5 de julho, que estabelece os princípios orientadores da organização e da

gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário, da avaliação dos conhecimentos a

adquirir e das capacidades a desenvolver pelos alunos e do processo de desenvolvimento

do currículo dos ensinos básico e secundário.

39

• Portaria n.º 644-A/2015, de 24 de agosto - Define as regras a observar no funcionamento

dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico,

bem como na oferta das atividades de animação e de apoio à família (AAAF), da

componente de apoio à família (CAF) e das atividades de enriquecimento curricular (AEC).

• Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro alterada pela Portaria n.º 165-B/2015, de 3 de

junho - Estabelece as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação dos

cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e

cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em escolas profissionais.

• Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho alterado pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de

julho e pelo Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro - Estabelece os princípios

orientadores da organização e da gestão dos currículos, da avaliação dos conhecimentos e

capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos dos ensinos básico e secundário.

Determina a introdução da disciplina de Inglês no currículo, como disciplina obrigatória a

partir do 3.º ano de escolaridade, bem como à definição da habilitação profissional para

lecionar Inglês no 1.º ciclo e à criação de um novo grupo de recrutamento.

• Portaria n.º 243-B/2012, de 13 de Agosto - Cria os cursos secundários de Dança, Música e

de Canto Gregoriano, aprova os respetivos planos de estudo, a ser ministrados nos

estabelecimentos de ensino público e privados e estabelece o regime de organização e

funcionamento, avaliação e certificação dos cursos mencionados.

• Portaria n.º 243-A/2012, de 13 de agosto - Define o regime de organização e

funcionamento, avaliação e certificação do curso de Design de Comunicação, do curso de

Design de Produto e do curso de Produção Artística, na área das Artes Visuais, e do curso

de Comunicação Audiovisual, na área dos Audiovisuais, ministrados em estabelecimentos

de ensino público, particular e cooperativo.

• Portaria n.º 242/2012, de 10 de agosto - Define o regime de organização e funcionamento

dos cursos científico-humanísticos de nível secundário de educação, na modalidade de

ensino recorrente, ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e

cooperativo, e estabelece os princípios e os procedimentos a observar na avaliação e

certificação dos alunos.

• Portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto, retificada pela Declaração de Retificação n.º

51/2012, de 21 de setembro - Define o regime de organização e funcionamento dos cursos

científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias, de Ciências Socioeconómicas, de Línguas

e Humanidades e de Artes Visuais, ministrados em estabelecimentos de ensino público,

particular e cooperativo, e estabelece os princípios e os procedimentos a observar na

avaliação e certificação dos alunos.

• Portaria n.º 225/2012, de 30 de julho, e respetiva Declaração de Retificação - Cria o curso

básico de Música, Dança e de Canto Gregoriano, dos 2.º e 3.º ciclos, aprova os respetivos

planos de estudo, estabelece o regime de organização, funcionamento, avaliação e

certificação dos cursos referidos bem como o regime de organização das Iniciações em

Dança e em Música do 1.º ciclo, do Ensino Básico.

40

9.1.3.1. Serviço docente

• Portaria n.º 107-A/2018, de 19 de abril - Fixa o número de vagas dos quadros de zona

pedagógica, a preencher pelo concurso externo, no ano escolar de 2018-2019.

• Aviso n.º 5442-A/2018, de 19 de junho - Concursos de educadores de infância e de

professores dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2018-2019, nos termos

do previsto e regulado pelo Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na última redação

que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março, com a alteração

prevista no artigo 315.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro.

• Despacho n.º 6477/2017, de 26 de julho - Define o número de Coordenadores

Interconcelhios das Bibliotecas Escolares (CIBE) e estabelece as condições de exercício

dessa função.

• Portaria n.º 172/2017, de 30 de junho - Define as condições em que pode ser autorizado o

recurso à permuta, prevista no Estatuto da Carreira Docente, pelos docentes de carreira.

• Portaria n.º 197/2017, de 23 de junho - Repristina e altera a Portaria n.º 260-A/2014, de

15 de dezembro, que regula a aquisição de qualificação profissional para a docência nos

grupos de recrutamento que já detenham, ou venham a obter, formação certificada no

domínio do ensino de inglês no 1.º ciclo do ensino básico e os níveis de proficiência

linguística em Inglês do 3.º ao 12.º ano nos ensinos básico e secundário.

• Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março - Altera o regime de seleção, recrutamento e

mobilidade do pessoal docente para os estabelecimentos públicos de educação pré-escolar

e dos ensinos básico e secundário na dependência do Ministério da Educação.

• Portaria n.º 192-A/2015, de 29 de junho – Estabelece as regras de designação de docentes

para a função de professor bibliotecário, o modo de designação de docentes que

constituem a equipa da biblioteca escolar, as regras concursais aplicáveis às situações em

que se verifique a inexistência no agrupamento de escolas ou nas escolas não agrupadas,

de docentes a afetar para as funções de professor bibliotecário, e as regras de designação

de docentes para a função de coordenador interconcelhio para as bibliotecas escolares

• Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, republicado pelo Decreto-Lei n.º 83-A/2014, de

23 de maio - Estabelece o novo regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente

dos ensinos básico e secundário e de formadores e técnicos especializados.

• Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro - Procede à décima primeira alteração do ECD

aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/1990, de 28 de abril, e republica-o.

• Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro - Estabelece o regime de contratação de

técnicos que asseguram o desenvolvimento das atividades de enriquecimento curricular

(AEC) no 1.º ciclo do ensino básico nos agrupamentos de escolas da rede pública.

• Decreto-Lei n.º 27/2006, de 10 fevereiro - Cria e define os grupos de recrutamento para

efeitos de seleção e recrutamento do pessoal docente na educação pré-escolar e nos

ensinos básico e secundário.

41

9.1.4. UNIDADES DE APOIO AO ALTO RENDIMENTO NA ESCOLA (UAARE)

• Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho - Cria o projeto piloto denominado de “Apoio ao

Alto Rendimento na Escola”

• Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro - Estabelece as medidas específicas de apoio ao

desenvolvimento da Alto Rendimento.

• Decreto-Lei n.º 45/2013, de 5 de abril - Estabelece as medidas específicas de apoio à

preparação internacional das seleções ou outras representações desportivas nacionais.

• Portaria n.º 325/2010, de 16 de junho - Estabelece as medidas específicas de apoio ao

desenvolvimento do desporto de alto rendimento, relativamente ao nível C.

9.2. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS

• DGAE – Nota Informativa, de 30 de agosto de 2018. Concursos anuais com vista ao

suprimento das necessidades temporárias de pessoal docente 2018/2019. Mobilidade

interna e contratação inicial publicitação das listas definitivas.

• DGAE – Nota Informativa, de 10 de agosto de 2018. Concurso anual com vista ao suprimento

das necessidades temporárias de Educadores de Infância e de Professores dos Ensinos

Básico e Secundário: ano escolar de 2018-2019. Indicação da componente letiva (2.ª fase)

necessidades temporárias (pedido de horários).

• DGE – Orientações para a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com Percursos

Curriculares Alternativos (PCA), de 8 de agosto de 2018.

• DGAE – Nota Informativa, de 3 de agosto de 2018. Modalidade de horário de trabalho - Meia

Jornada.

• DGAE – Nota Informativa, de 3 de agosto de 2018. Contratação de Escola. Recrutamento de

docentes para lecionação do Ensino Artístico Especializado da Música e da Dança, Técnicos

Especiais e Técnicos Especializados.

• DGEstE – Nota Informativa n.º 2/2018, de 3 de agosto. Atividades de Enriquecimento

Curricular (AEC) 2018/2019. Portaria n.º 644-A/2015, de 24 de agosto.

• DGAE – Nota Informativa, de 31 de julho de 2018. Concurso anual com vista ao suprimento

das necessidades temporárias de Educadores de Infância e de Professores dos Ensinos

Básico e Secundário: ano escolar de 2018-2019 – Mobilidade interna.

• DGAE – Nota Informativa, de 27 de julho de 2018. Concurso anual com vista ao suprimento

das necessidades temporárias de pessoal docente - ano escolar de 2018/2019. Indicação de

Componente Letiva (ICL) – 1ª Fase.

• DGEstE - FAQ - Perguntas Frequentes - Matrículas na rede de ensino público, de 6 de julho

de 2018.

• ME - Ministério da Educação - Nota à comunicação social, de 4 de julho de 2018, sobre o

Despacho de Organização do Ano Letivo.

• DGE - FAQ - Perguntas Frequentes – Decreto-Lei n.º 55/2018.

42

• DGE - FAQ - Perguntas Frequentes - Questões sobre o Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de

julho.

• DGEstE – Documento de apoio à implementação do Regulamento Geral de Proteção de

Dados (RGPD) nos Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas. Maio de 2018.

• DGAE – Nota Informativa, de 23 de abril de 2018. Concurso de Educadores de Infância e de

Professores dos Ensinos Básico e Secundário. Ano escolar de 2018-2019.

• IGEC - Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, de 10 de fevereiro de 2017.

• CNPD - Comissão Nacional de Proteção de Dados - Deliberação N.º 1495/2016 -

Disponibilização de dados pessoais de alunos no sítio da Internet dos estabelecimentos de

educação e ensino, de 6 de setembro de 2016.

• ANQEP - Informação da sobre Afetação de Recursos Humanos às Equipas dos CQEP, de 29

de julho de 2016.

• DGAE - Nota Informativa – Registo Criminal Pessoal Docente e Pessoal Não Docente, de 27

de julho de 2016.

• DGAE - Nota Informativa – Registo Criminal Pessoal Docente e Pessoal Não Docente, 16 de

setembro de 2016.

• DGE – Regulamento de constituição e funcionamento de turmas PIEF para o ano letivo de

2017-2018 (em vigor em 2018-2019).

43

ANEXO

44

ANEXO 1- AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS/ESCOLAS NÃO

AGRUPADAS INTERVENCIONADAS

INTERVENÇÃO OAL

ÁREA TERRITORIAL DO NORTE

AE DA ABELHEIRA, VIANA DO CASTELO

AE SÁ DE MIRANDA, BRAGA

AE VIRGÍNIA MOURA, GUIMARÃES

AE DO VALE DE SÃO TORCATO, GUIMARÃES

AE DE TERRAS DE BOURO

AE DR. MÁRIO FONSECA, LOUSADA

AE DE ALFÂNDEGA DA FÉ

AE DE AMARES

AE PROF. CARLOS TEIXEIRA, FAFE

AE DE MACEDO DE CAVALEIROS

AE DE MIRANDA DO DOURO

AE DE VILA POUCA DE AGUIAR - SUL

AE D. AFONSO III, VINHAIS

AE DE MAXIMINOS, BRAGA

AE D. ANTÓNIO TAIPA, PAÇOS DE FERREIRA

AE PROFESSOR ABEL SALAZAR, GUIMARÃES

AE D. PEDRO IV, VILA DO CONDE

AE FONTES PEREIRA DE MELO, PORTO

AE DE VALE DO TAMEL, BARCELOS

AE ANDRÉ SOARES, BRAGA

AE ALBERTO SAMPAIO, BRAGA

AE DR. FRANCISCO SANCHES, BRAGA

AE DE PAÇOS DE FERREIRA

AE D. AFONSO HENRIQUES, SANTO TIRSO

AE DE FREIXO DE ESPADA À CINTA

AE DE CASTELO DE PAIVA

45

AE DR. FERREIRA DA SILVA, OLIVEIRA DOS AZEMÉIS

AE D. MANUEL DE FARIA E SOUSA, FELGUEIRAS

AE DE PAREDES

AE DE VILA NOVA DE CERVEIRA

AE PINTOR JOSÉ DE BRITO, VIANA DO CASTELO

AE SOARES BASTO, OLIVEIRA DOS AZEMÉIS

AE DE REAL, BRAGA

AE JOÃO DE MEIRA, GUIMARÃES

AE DE VILA FLOR

AE DE SOUSELO, CINFÃES

AE DR. JOSÉ LEITE DE VASCONCELOS, TAROUCA

AE DA MAIA

AE DA SENHORA DA HORA, MATOSINHOS

AE ENG.º FERNANDO PINTO DE OLIVEIRA, MATOSINHOS

AE PROFESSOR ÓSCAR LOPES, MATOSINHOS

AE AURÉLIA DE SOUSA, PORTO

AE ANTÓNIO NOBRE, PORTO

AE CEGO DO MAIO, PÓVOA DE VARZIM

AE CAMPO ABERTO, PÓVOA DE VARZIM

AE DE RATES, PÓVOA DE VARZIM

AE DE SÃO MARTINHO, SANTO TIRSO

AE DE SÃO LOURENÇO, VALONGO

AE DE CAMPO, VALONGO

AE DE ERMESINDE, VALONGO

AE D. AFONSO SANCHES, VILA DO CONDE

AE DA MADALENA, VILA NOVA DE GAIA

AE D. PEDRO I, VILA NOVA DE GAIA

AE DE PAÇO DE SOUSA, PENAFIEL

AE DE PONTE DA BARCA

AE DE ARCOZELO, PONTE DE LIMA

AE D. SANCHO II, ALIJÓ

46

AE DE MURÇA

AE CLARA DE RESENDE, PORTO

AE DIOGO CÃO, VILA REAL

AE DE FAFE

ESCOLAS DE ÁGUAS SANTAS, MAIA

ESCOLA ARTÍSTICA SOARES DOS REIS, PORTO

ESCOLA SECUNDÁRIA AUGUSTO GOMES, MATOSINHOS

ESCOLA SECUNDÁRIA CAMILO CASTELO BRANCO, VILA REAL

ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA, PORTO

ESCOLA SECUNDÁRIA HENRIQUE MEDINA, ESPOSENDE

ESCOLA SECUNDÁRIA ARQUITECTO OLIVEIRA FERREIRA, PRAIA DA GRANJA, VILA NOVA DE GAIA

ESCOLA SECUNDÁRIA DE VILA VERDE

ESCOLA SECUNDÁRIA ALMEIDA GARRETT, VILA NOVA DE GAIA

ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO

AE RIO NOVO DO PRÍNCIPE, CACIA, AVEIRO

AE DE OLIVEIRINHA, AVEIRO

AE DE EIXO, AVEIRO

AE GÂNDARA-MAR, TOCHA, CANTANHEDE

AE DE MANTEIGAS

AE CARANGUEJEIRA - SANTA CATARINA DA SERRA, LEIRIA

AE DE SANTA CRUZ DA TRAPA, SÃO PEDRO DO SUL

AE RAINHA SANTA ISABEL, CARREIRA, LEIRIA

AE LIMA-DE-FARIA, CANTANHEDE

AE DR. CORREIA MATEUS, LEIRIA

AE VISEU NORTE

AE A LÃ E A NEVE, COVILHÃ

AE JOSÉ SANCHES E S. VICENTE DA BEIRA

AE DE VILA VELHA DE RÓDÃO

AE DE ALBERGARIA-A-VELHA

47

AE JOSÉ SILVESTRE RIBEIRO, IDANHA-A-NOVA

AE PADRE JOSÉ AUGUSTO DA FONSECA, AGUIAR DA BEIRA

AE DE ANADIA

AE DE AVEIRO

AE DE MEALHADA

AE DE MURTOSA

AE DE VAGOS

AE ESCALADA, PAMPILHOSA DA SERRA

AE DE TEIXOSO, COVILHÃ

AE DE CONDEIXA-A-NOVA

AE FIGUEIRA NORTE, FIGUEIRA DA FOZ

AE DE MIRANDA DO CORVO

AE MARINHA GRANDE NASCENTE

AE DE CASTRO DAIRE

AE DE VILA DE REI

AE COIMBRA CENTRO

AE DE MORTÁGUA

AE DE NELAS

AE DE OLIVEIRA DE FRADES

AE DE SANTA COMBA DÃO

AE DE VISO, VISEU

AE DE VILA NOVA DE PAIVA

AE DE SEIA

AE DE MANGUALDE

AE SECUNDÁRIA CAMPOS DE MELO, COVILHÃ

ESCOLA SECUNDÁRIA JOSÉ FALCÃO, COIMBRA

ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOAQUIM DE CARVALHO, FIGUEIRA DA FOZ

ESCOLA SECUNDÁRIA VIRIATO, ABRAVESES, VISEU

ESCOLAS RAINHA SANTA ISABEL, PEDRULHA, COIMBRA

48

ÁREA TERRITORIAL DO SUL

AE DE NISA

AE N.º 1 DE ELVAS

AE N.º 3 DE ELVAS

AE DE FRONTEIRA

AE JOSÉ RÉGIO, PORTALEGRE

AE DE SOUSEL

AE DO CRATO

AE DE BARRANCOS

AE N.º 1 DE BEJA

AE DE CASTRO VERDE

AE DE MOURA

AE DE VIDIGUEIRA

AE DE VILA VIÇOSA

AE SEVERIM DE FARIA, ÉVORA

AE DE ESTREMOZ

AE DE REGUENGOS DE MONSARAZ

AE DE GRÂNDOLA

AE DE ODEMIRA

AE D. AFONSO III, FARO

AE DR. ALBERTO IRIA, OLHÃO

AE PINHEIRO E ROSA, FARO

AE D. JOSÉ I, VILA REAL SANTO ANTÓNIO

AE DR. JORGE AUGUSTO CORREIA, TAVIRA

AE PADRE ANTÓNIO MARTINS DE OLIVEIRA, LAGOA

AE POETA ANTÓNIO ALEIXO, PORTIMÃO

AE DE BEMPOSTA, PORTIMÃO

AE DE SILVES

AE RIO ARADE, LAGOA

AE DE OURÉM

AE DO SARDOAL

49

AE D. MANUEL I, TAVIRA

AE DE ALCOCHETE

AE ANTÓNIO GEDEÃO, ALMADA

AE JOÃO DE BARROS, SEIXAL

AE PROF. RUY LUÍS GOMES, ALMADA

AE D. JOÃO I, MOITA

AE ALMEIDA GARRETT, AMADORA

AE BRAAMCAMP FREIRE – PONTINHA, ODIVELAS

AE VERGÍLIO FERREIRA, LISBOA

AE DE CARNAXIDE, OEIRAS

AE SANTA MARIA DOS OLIVAIS, LISBOA

AE DE BENFICA, LISBOA

AE BAIXA-CHIADO, LISBOA

AE SÃO JULIÃO DA BARRA, OEIRAS

AE LUÍS DE STTAU MONTEIRO, LOURES

AE DA BOBADELA, LOURES

AE MIGUEL TORGA, SINTRA

AE D. JOÃO V, AMADORA

AE MONTE DA LUA, SINTRA

AE LINDA-A-VELHA E QUEIJAS, OEIRAS

AE RAFAEL BORDALO PINHEIRO, CALDAS DA RAINHA

AE DE FERNÃO DO PÓ, BOMBARRAL

AE MARINHAS DO SAL, RIO MAIOR

AE DA AZAMBUJA

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PINHAL NOVO, PALMELA

ESCOLA SECUNDÁRIA DA QUINTA DO MARQUÊS, OEIRAS

ESCOLA SECUNDÁRIA PEDRO NUNES, LISBOA

ESCOLA SECUNDÁRIA RAINHA SANTA ISABEL, ESTREMOZ

ESCOLA SECUNDÁRIA POETA AL BERTO, SINES

50

ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DAS HORAS DO CRÉDITO HORÁRIO

ÁREA TERRITORIAL DO NORTE

AE DR. MÁRIO FONSECA, LOUSADA

AE DE AMARES

AE DE MIRANDA DO DOURO

AE DE VALE DO TAMEL, BARCELOS

AE AURÉLIA DE SOUSA, PORTO

AE CLARA DE RESENDE, PORTO

ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO

AE LIMA-DE-FARIA, CANTANHEDE

AE DE ALBERGARIA-A-VELHA

AE DE VILA DE REI

ÁREA TERRITORIAL DO SUL

AE JOÃO DE BARROS, SEIXAL

AE VERGÍLIO FERREIRA, LISBOA

AE DE CARNAXIDE, OEIRAS

AE SANTA MARIA DOS OLIVAIS, LISBOA

AE SÃO JULIÃO DA BARRA, OEIRAS

AE MONTE DA LUA, SINTRA

51

PARECERES SOBRE PEDIDOS DE REFORÇO DE CRÉDITO HORÁRIO DAS ESCOLAS

ÁREA TERRITORIAL DO NORTE

AE ANDRÉ SOARES, BRAGA

AE JOÃO DE MEIRA, GUIMARÃES

AE D. PEDRO IV, VILA DO CONDE

AE FERNÃO DE MAGALHÃES, CHAVES

AE DE S. LOURENÇO, VALONGO

AE VIEIRA ARAÚJO, VIEIRA DO MINHO

ESCOLA ARTÍSTICA DE SOARES DOS REIS

ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO

AE DE FORNOS DE ALGODRES

AE INFANTE D. PEDRO, PENELA

AE DE VAGOS

ÁREA TERRITORIAL DO SUL

AE DE ALCOCHETE

AE RUY BELO, SINTRA

AE MONTE DA LUA

AE RAINHA D. LEONOR, LISBOA

ESCOLA SECUNDÁRIA JORGE PEIXINHO, MONTIJO

ESCOLA SECUNDÁRIA POETA AL BERTO, SINES