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FICHA TÉCNICA
Título
Organização do Ano Letivo
Relatório 2018-2019
Autoria
Inspeção-Geral da Educação e Ciência
Coordenação: Manuel Branco Silva e Ulisses Quevedo
Elaboração: Manuel Branco Silva e Ulisses Quevedo
Edição
Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC)
Av. 24 de Julho, 136. 1350–346 LISBOA
Tel.: 213 924 800 | Fax: 213 924 950
e-mail: [email protected] URL: www.igec.mec.pt
Data
Maio de 2019
I/03334/DSAG/2019
Homologado pelo Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, por despacho de 22 de outubro de 2019.
3
SUMÁRIO EXECUTIVO
A atividade Organização do Ano Letivo (OAL) integra o Plano de Atividades de 2018 da Inspeção-
Geral da Educação e Ciência (IGEC) e teve como principais finalidades verificar a conformidade
legal do funcionamento das escolas1, identificar fatores condicionantes da sua eficiência e
eficácia, considerando os meios disponíveis e os serviços prestados, e promover a melhoria das
práticas de gestão.
A intervenção OAL foi realizada em 173 escolas públicas, tendo como áreas de incidência as
matrículas/renovação de matrículas, a constituição de grupos/turmas, a organização dos horários
dos alunos, a implementação do novo currículo dos ensinos básico e secundário, a gestão dos
recursos humanos docentes e as Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola criadas na
sequência do Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho. Os dados recolhidos nesta ação são objeto
de tratamento e de uma análise global no Capítulo 5 do presente relatório.
A atividade OAL incluiu ainda o acompanhamento da utilização das horas de crédito, estabelecido
atualmente na alínea c) do n.º 2 do artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de
julho, o qual compreendeu a conclusão das intervenções nas 15 escolas selecionadas em 2017-
2018 e o início de um novo processo de acompanhamento, em 2018-2019, numa amostra de igual
número de escolas.
A elaboração dos pareceres sobre os pedidos de reforço do crédito horário, previstos no n.º 5 do
artigo 9.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, apresentados pelas escolas no
decurso do ano letivo, integrou igualmente esta atividade.
Destacam-se, da intervenção OAL 2018-2019, as seguintes conclusões:
• A generalidade das escolas intervencionadas respeitaram as prioridades de
matrícula/renovação de matrícula estabelecidas no normativo;
• Os jardins de infância intervencionados não têm capacidade para acolher todas as crianças
que neles foram inscritas no ano letivo de 2018-2019, incluindo as de cinco e quatro anos
de idade, indiciando carência de oferta da rede pública da educação pré-escolar. Esta
restrição de acesso é particularmente visível nos concelhos de Lisboa, Sintra, Oeiras,
Odivelas e Amadora;
• Em todos os níveis de educação e ensino, verificou-se uma percentagem significativa de
grupos/turmas com reduzido número de crianças/alunos, apontando para a possibilidade e
necessidade, por razões de eficiência, de aperfeiçoamento dos procedimentos em sede de
definição da Rede Escolar;
1 Por escola, deve entender-se agrupamento de escolas/escola não agrupada.
4
• As matrizes curriculares dos ensinos básico e secundário, construídas ao abrigo do Decreto-
Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, não integravam todas as novas disciplinas e componentes
de currículo nalgumas das escolas intervencionadas;
• As escolas aderentes ao projeto Apoio ao Alto Rendimento na Escola criaram estruturas de
acompanhamento aos alunos praticantes desportivos de alto rendimento e implementaram
medidas específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento;
• No âmbito da distribuição do serviço docente, nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário,
1,5% dos docentes desenvolviam atividades de coadjuvação em sala de aula e 6,6%
prestavam apoio educativo a grupos de alunos, na componente não letiva de
estabelecimento do seu horário semanal, o que suscita a necessidade de reflexão sobre as
condições de trabalho destes professores;
• O regime legal relativo à definição e gestão dos créditos horários ajusta-se, globalmente,
às necessidades e especificidades das escolas intervencionadas;
• Na generalidade das escolas intervencionadas estavam a ser desenvolvidos os
procedimentos necessários à aferição da idoneidade dos seus trabalhadores para o
exercício de funções docentes e não docentes, conforme determinado na Lei n.º 113/2009,
de 17 de setembro, alterada pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto.
A atividade OAL 2018-2019 foi objeto de avaliação. A análise dos resultados dos questionários
devolvidos pelas escolas abrangidas pela intervenção OAL evidencia uma apreciação globalmente
muito positiva, quer quanto aos seus aspetos organizativos, quer quanto ao seu impacto,
nomeadamente em termos de contributo para a melhoria das práticas de gestão.
Ao desdobrar-se em diversas ações, a atividade OAL permitiu à IGEC assegurar, de uma forma mais
sustentada, a conformidade legal do funcionamento das escolas e identificar fatores
condicionantes da sua eficiência e eficácia, tendo subjacente a equidade nas condições de
aprendizagem das crianças/alunos, enquanto garantia de qualidade na prestação do serviço
educativo e da racionalidade na gestão dos recursos humanos docentes.
5
ÍNDICE GERAL
FICHA TÉCNICA ........................................................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 7
2. CARACTERIZAÇÃO E OBJETIVOS DA ATIVIDADE .................................................................................................. 8
2.1 INTERVENÇÃO OAL ................................................................................................................................................ 8
2.2 ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DAS HORAS DE CRÉDITO .......................................................................................... 8
2.3 ELABORAÇÃO DE PARECERES SOBRE OS PEDIDOS DE REFORÇO DO CRÉDITO HORÁRIO DAS ESCOLAS .......................................... 9
3. METODOLOGIA DA ATIVIDADE ........................................................................................................................... 9
4. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE .................................................................................................................................12
4.1 INTERVENÇÃO OAL .............................................................................................................................................. 12
4.2 ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DAS HORAS DE CRÉDITO ........................................................................................ 12
4.3 ELABORAÇÃO DE PARECERES SOBRE PEDIDOS DE REFORÇO DO CRÉDITO HORÁRIO DAS ESCOLAS ............................................ 13
5. RESULTADOS DA ATIVIDADE .............................................................................................................................14
5.1 MATRÍCULAS/RENOVAÇÃO DE MATRÍCULAS .............................................................................................................. 14
5.2 ACESSO À EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ......................................................................................................................... 15
5.3 CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS E DE TURMAS .................................................................................................................. 16
5.3.1 CRITÉRIOS ...................................................................................................................................................... 16
5.3.2 DIMENSÃO DOS GRUPOS E DAS TURMAS ............................................................................................................... 17
5.3.3 CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS E DE TURMAS COM CRIANÇAS/ALUNOS CUJO RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO IDENTIFICA A
NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO EM GRUPO/TURMA REDUZIDA ................................................................................................. 18
5.3.4 CONSTITUIÇÃO DE TURMAS DO 1.º CEB COM TRÊS OU QUATRO ANOS DE ESCOLARIDADE ............................................... 19
5.4 HORÁRIOS DOS ALUNOS ......................................................................................................................................... 20
5.4.1 DEFINIÇÃO E APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DE ELABORAÇÃO DE HORÁRIOS DOS ALUNOS ...................................................... 20
5.4.2 INTERVALO ENTRE O FINAL DO PERÍODO DE ALMOÇO E O INÍCIO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ..................................... 21
5.5 MATRIZES CURRICULARES ...................................................................................................................................... 21
5.5.1 INTEGRAÇÃO DAS NOVAS DISCIPLINAS/COMPONENTES DE CURRÍCULO E DA EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA (EMR) ........... 21
5.5.2 AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR ........................................................................................................... 22
5.6 PROMOÇÃO DO SUCESSO EDUCATIVO ....................................................................................................................... 23
5.6.1 MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO ........................................................................................... 23
5.6.2 UNIDADES DE APOIO AO ALTO RENDIMENTO NA ESCOLA (UAARE) .......................................................................... 23
5.7 DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO DOCENTE E ELABORAÇÃO DE HORÁRIOS ................................................................................ 24
5.7.1 CRITÉRIOS E EQUILÍBRIO GLOBAL NA DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO ................................................................................. 24
5.7.2 DISTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO E HORÁRIOS DE TRABALHO ............................................................................................. 25
5.7.3 GESTÃO DOS CRÉDITOS HORÁRIOS ....................................................................................................................... 27
5.8 CERTIFICADOS DE REGISTO CRIMINAL DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE .................................................................... 28
5.9 TRAMITAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE INCUMPRIMENTO ..................................................................................................... 29
5.10 AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO OAL PELAS ESCOLAS ..................................................................................................... 29
6
5.11 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE OAL PELOS INSPETORES ..................................................................................................... 31
6. CONCLUSÕES .....................................................................................................................................................31
7. RECOMENDAÇÕES .............................................................................................................................................34
8. PROPOSTAS PARA A TUTELA .............................................................................................................................34
9. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................................36
ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1 – INTERVENÇÃO OAL 2018-2019.................................................................................................................... 11
QUADRO 2 – DIMENSÃO DOS GRUPOS/TURMAS ............................................................................................................ 17
QUADRO 3 – TURMAS COM ALUNOS CUJO RTP IDENTIFICA A NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO EM TURMA REDUZIDA 19
QUADRO 4 – AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO OAL PELAS ESCOLAS .................................................................................. 30
SIGLAS E ABREVIATURAS
• ATN – ÁREA TERRITORIAL DO NORTE DA INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
• ATC – ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO DA INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
• ATS – ÁREA TERRITORIAL DO SUL DA INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
• CEB - CICLO(S) DO ENSINO BÁSICO
• DGAE – DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
• DGE – DIREÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO
• DGEEC - DIREÇÃO-GERAL DE ESTATÍSTICAS DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
• DGESTE - DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES
• ECD – ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE
• EMR - EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA
• IGEC - INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
• OAL - ORGANIZAÇÃO DO ANO LETIVO
• RTP - RELATÓRIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO
• UAARE – UNIDADE DE APOIO AO ALTO RENDIMENTO NA ESCOLA
7
1. INTRODUÇÃO
A autonomia pedagógica e organizativa dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e
dos ensinos básico e secundário concretiza-se, entre outros aspetos, nas decisões relativas à
organização do ano letivo, cabendo à IGEC uma atuação que atente no respeito pela lei e nas
especificidades e opções de cada escola, priorizando o interesse das crianças/alunos e a equidade
na gestão dos recursos humanos.
A atividade OAL 2018-2019, prevista no Plano de Atividades da IGEC, no Programa II – Controlo,
incidiu sobre escolas da rede pública do continente e compreendeu a intervenção OAL, o
acompanhamento da utilização das horas de crédito das escolas e a elaboração dos pareceres da
IGEC sobre os pedidos de reforço do crédito horário.
A intervenção OAL realizou-se durante o primeiro período letivo2 e assentou na verificação da
conformidade legal do processo de matrículas/renovação de matrículas, da constituição de
grupos/turmas, da organização dos horários e das matrizes curriculares aprovadas ao abrigo do
novo quadro de autonomia e flexibilidade curricular e da distribuição de serviço docente, bem
como na análise das decisões e dos procedimentos adotados pelas escolas no âmbito do projeto
Apoio ao Alto Rendimento na Escola criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho.
A elaboração dos pareceres da IGEC, relativos aos pedidos de reforço do crédito horário, e o
acompanhamento da utilização das horas de crédito, em 15 escolas previamente selecionadas,
decorreram ao longo do ano letivo no quadro das atribuições outorgadas pelo Despacho Normativo
n.º 10-B/2018, de 6 de julho, respetivamente nos seus artigos 9.º, n.º 5 e 15.º, n.º 2, alínea c).
No ano escolar de 2018-2019, num contexto em que, através do Despacho Normativo n.º 10-B/2018
e do Decreto-Lei n.º 55/2018, ambos de 6 de julho, se pretendeu reforçar a autonomia das escolas,
a IGEC realizou intervenções focadas e estratégicas, no sentido de garantir a eficiência e as boas
práticas na gestão de recursos docentes e verificar as condições de implementação do novo
currículo, por forma a contribuir para a melhoria da prestação do serviço educativo e da qualidade
das aprendizagens das crianças e dos alunos.
A atividade OAL é desenvolvida pela IGEC há mais de 15 anos, tendo contribuído para a melhoria
progressiva das organizações escolares e do trabalho dos respetivos órgãos de administração e
gestão.
2 Uma das escolas foi intervencionada em janeiro de 2019.
8
2. CARACTERIZAÇÃO E OBJETIVOS DA ATIVIDADE
2.1 Intervenção OAL
A intervenção OAL, prevista no Plano de Atividades da IGEC de 2018, visou os seguintes objetivos
operacionais:
• Assegurar o controlo da legalidade na organização do ano letivo como garante da equidade
no sistema educativo;
• Analisar as decisões e os procedimentos desenvolvidos em sede de organização do ano
letivo, no sentido de perceber se estão orientados para a promoção da melhoria das
aprendizagens e do sucesso escolar;
• Fomentar práticas que conduzam à racionalidade e à eficácia na organização e na gestão
dos recursos humanos;
• Identificar eventuais constrangimentos decorrentes da aplicação dos normativos em vigor,
com vista à elaboração de propostas de alteração;
• Analisar se as decisões e os procedimentos de enquadramento desenvolvidos nas escolas
estão orientados para a promoção do projeto Apoio ao Alto Rendimento na Escola, criado
pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho.
Esta ação foi desenvolvida em 173 escolas públicas do continente, selecionadas com base em
critérios antecipadamente definidos. A regularidade do processo de matrículas/renovação de
matrículas das crianças da educação pré-escolar e dos alunos dos ensinos básico e secundário, bem
como os procedimentos relativos à aferição da idoneidade para o exercício das funções dos
trabalhadores, constituem duas das dimensões do trabalho nas escolas recentemente incluídas
nesta atividade da IGEC, que continuaram a merecer uma atenção focalizada.
2.2 Acompanhamento da utilização das horas de crédito
Integrada na intervenção OAL, procedeu-se à primeira visita no âmbito do acompanhamento da
utilização das horas de crédito, em 15 agrupamentos de escolas previamente selecionados, visando
os objetivos definidos na alínea c) do n.º 2 do artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018,
de 6 de julho. Este processo prevê visitas às escolas em três momentos distintos do ano letivo,
tendo o segundo momento ocorrido nos meses de março, abril e maio de 2019.
9
2.3 Elaboração de pareceres sobre os pedidos de reforço do crédito
horário das escolas
A elaboração dos pareceres da IGEC relativos aos pedidos de reforço do crédito horário
apresentados pelas escolas, ao longo do ano letivo, decorre das competências atribuídas pelo
artigo 9.º, n.º 5, do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho.
3. METODOLOGIA DA ATIVIDADE
A atividade OAL 2018-2019 foi estruturada num roteiro que engloba os objetivos, as áreas de
incidência, a metodologia e procedimentos, a calendarização, a legislação e os instrumentos de
trabalho relativos a cada tipo de ação.
As intervenções nas escolas abrangeram a realização de entrevistas e, sobretudo, a análise
documental, designadamente:
• Projeto Educativo;
• Regulamento Interno;
• Rede Escolar 2018-2019;
• Contrato de Autonomia;
• Plano de Ação Estratégica;
• Planos curriculares das turmas;
• Protocolo estabelecido com as escolas de ensino artístico;
• Listas de crianças e alunos que requereram ou a quem foi renovada a matrícula;
• Listas de crianças e alunos admitidos e não admitidos em resultado do processo de
matrícula e de renovação de matrícula;
• Ata(s) do conselho pedagógico e do conselho geral de preparação do ano letivo 2018-2019;
• Listas de crianças e alunos por grupo/turma;
• Listas de crianças/alunos cujos relatórios técnico-pedagógicos identificam, como medida
de acesso à aprendizagem e à inclusão, a necessidade da respetiva integração em
grupo/turma reduzido e correspondentes relatórios;
10
• Listas de alunos dos 5.º e 7.º anos de escolaridade referentes ao ano letivo de 2018-2019,
por turma, com a identificação dos alunos retidos e dos que beneficiaram de auxílios
económicos da ação social escolar (escalões A e B) no ano letivo anterior;
• Matrizes curriculares adotadas;
• Relatórios elaborados pelos professores acompanhantes, no final do ano letivo de 2017-
2018, sobre o aproveitamento escolar de cada um dos alunos que beneficiaram das medidas
de apoio no âmbito do desporto de alto rendimento;
• Planificação das atividades de enriquecimento curricular no 1.º CEB;
• Comprovativos do Sistema de Informação da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e
Ciência (MISI) relativos às horas para deslocações semanais (subdiretor e adjuntos);
• Indicação da Componente Letiva (ICL) – Direção-Geral da Administração Escolar;
• Lista dos horários a indicar para a satisfação das necessidades temporárias e respetivas
colocações;
• Distribuição do serviço docente e horários (docentes e turmas);
• Horários dos alunos dos cursos artísticos especializados, em regime articulado, incluindo a
componente de formação artística especializada/técnica artística;
• Área de influência dos estabelecimentos de educação e de ensino;
• Sumários em formato papel ou digital;
• Documentos de monitorização/avaliação das medidas de promoção do sucesso educativo
(síntese anual do desenvolvimento do Plano de Ação Estratégica; relatórios de avaliação,
grelhas de análise de resultados; resultados académicos, entre outros).
Os elementos recolhidos e a respetiva análise foram registados em guiões, fichas e informações.
No final da intervenção OAL e da ação de acompanhamento da utilização do crédito horário, as
equipas inspetivas reuniram com os diretores das escolas para apresentação das conclusões do
trabalho realizado.
Na intervenção OAL, para além do preenchimento do Guião, os inspetores registaram as situações
de incumprimento dos normativos e outros aspetos relevantes no Projeto de Ficha da Atividade.
Os incumprimentos não sanados durante a visita inspetiva foram objeto de recomendações tendo
em vista a sua correção por parte da escola. O Projeto de Ficha foi enviado à escola, para
pronúncia, nos termos do Regulamento de Procedimentos de Inspeção da IGEC. Após a análise do
contraditório, foi elaborada e remetida à escola a Ficha da Atividade, onde se incluíram
recomendações caso ainda subsistissem situações de incumprimento por regularizar. As situações
de incumprimento graves foram apresentadas superiormente, para decisão. Os elementos obtidos
foram analisados e tratados, globalmente, visando a elaboração do presente relatório.
11
A seleção do conjunto de escolas abrangidas pela intervenção OAL foi orientada, principalmente,
pelos critérios:
• Escolas identificadas em anteriores intervenções no âmbito da atividade OAL ou em
resultado de queixas dirigidas à IGEC;
• Escolas que, no último triénio, não foram intervencionadas na anterior Fase II da atividade
OAL.
A distribuição das escolas intervencionadas, pelas áreas territoriais da IGEC, foi a seguinte:
QUADRO 1 – INTERVENÇÃO OAL 2018-2019
NÚMERO DE ESCOLAS
NORTE CENTRO SUL TOTAL
70 44 59 173
Relativamente ao acompanhamento da utilização das horas de crédito, previsto na alínea c) do
n.º 2 do artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foram intervencionados
15 agrupamentos de escolas - seis da Área Territorial do Norte (ATN), três da Área Territorial do
Centro (ATC) e seis da Área Territorial do Sul (ATS).
Para emissão do parecer relativo ao reforço do crédito horário, previsto no n.º 5 do artigo 9.º do
Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foi estabelecida uma metodologia de trabalho
que incluiu: orientações sobre a recolha de elementos pertinentes para a elaboração dos
pareceres; acesso prévio a documentação relevante, em particular sobre a distribuição do serviço
docente; realização de uma visita à escola por uma equipa de dois inspetores.
O planeamento das diversas ações em que se desdobrou a atividade OAL 2018-2019 compreendeu,
além da conceção dos instrumentos de trabalho (roteiro, guiões e fichas), a formação dos
inspetores e a colaboração e articulação com outros serviços do Ministério da Educação,
nomeadamente a Direção-Geral da Educação (DGE), a Direção-Geral de Estatísticas da Educação
e Ciência (DGEEC) e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE).
12
4. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE
4.1 Intervenção OAL
A intervenção OAL nas escolas iniciou-se a oito de outubro e concluiu-se a três de dezembro de
2018, exceto num caso cuja ação foi desenvolvida no final de janeiro de 2019. As intervenções
foram realizadas por equipas de dois inspetores, durante cinco dias, com exceção de três escolas
cuja complexidade do trabalho exigiu o prolongamento da ação.
Cinco dias úteis antes da intervenção, as equipas multidisciplinares das áreas territoriais da IGEC
enviaram uma mensagem de correio eletrónico aos diretores das escolas, informando da data da
intervenção e das áreas de incidência da mesma: matrículas/renovação de matrículas,
constituição de grupos/turmas, organização de horários, definição e aplicação das matrizes
curriculares, distribuição do serviço docente, Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola
(UAARE) e aferição da idoneidade no acesso a funções que envolvam o contacto regular com
menores.
Para o desenvolvimento da ação, as equipas inspetivas tiveram acesso prévio a informação,
disponibilizada pela DGEEC e pela DGEstE, relativa a cada uma das escolas a intervencionar,
designadamente acerca da distribuição do serviço docente efetuada e crédito horário, sobre a
constituição dos grupos/turmas e respetiva homologação e sobre os planos de ação estratégica.
Nos casos identificados de escolas com crianças e alunos não admitidos na primeira preferência
indicada, por falta de vaga, foi ainda disponibilizada, quando existente, documentação relativa
às áreas de influência dos respetivos estabelecimentos de educação e ensino.
Nesta intervenção participaram, nas escolas, 101 inspetores: 39 da ATN, 20 da ATC e 42 da ATS.
4.2 Acompanhamento da utilização das horas de crédito
O acompanhamento da utilização das horas de crédito concretizou-se através de uma primeira
visita às 15 escolas selecionadas, em outubro e novembro de 2018, no âmbito da intervenção OAL,
e de uma segunda visita, realizada nos meses de março, abril e maio de 2019.
As intervenções visaram a recolha de elementos sobre a evolução da utilização das horas de crédito
e a eficácia das medidas de promoção do sucesso escolar implementadas. Um dos objetivos é a
compilação das medidas que se revelem eficazes e o conhecimento de boas práticas de distribuição
de serviço e de gestão e rentabilização de recursos humanos. Este acompanhamento concluir-se-
á com uma nova visita às escolas, a realizar após o final do ano letivo.
Relativamente ao acompanhamento realizado às 15 escolas no ano letivo de 2017-2018,
constataram-se fragilidades no planeamento e na monitorização das medidas de promoção do
sucesso escolar, por parte das escolas, que limitaram a sua capacidade de identificarem os
impactos efetivos de cada ação. Estes constrangimentos dificultaram a recolha de elementos pelas
equipas inspetivas sobre os resultados alcançados pelos alunos e a identificação de medidas
13
eficazes de promoção do sucesso escolar e de boas práticas de distribuição de serviço e de gestão
e rentabilização de recursos docentes.
Verificou-se que as escolas aplicaram a quase totalidade (96%) do crédito disponível. A variação
do número de horas de crédito utilizadas, ao longo do ano letivo, foi residual. A afetação destes
recursos privilegiou, na totalidade das escolas intervencionadas, o desenvolvimento de medidas
de promoção do sucesso escolar, que absorveram 67% do total de horas utilizado. Uma parte
substancial do crédito horário foi alocado, nalgumas escolas, a medidas tradicionais,
designadamente o apoio educativo, organizado individualmente ou em pequenos grupos,
ministrado dentro ou para além da carga horária fixada para as componentes do currículo. As
medidas que mais se destacaram pela sua eficácia, relativamente às metas traçadas, suportaram-
se na organização de grupos de homogeneidade relativa, nos 1.º e 2.º CEB, nas componentes de
currículo de Português e de Matemática, tendo tido um forte impacto na recuperação de alunos
com dificuldades de aprendizagem. A designação de um responsável por cada medida de promoção
do sucesso escolar assegurou uma melhor qualidade do planeamento, monitorização e avaliação
interna das ações, tendo-se revelado uma boa prática de distribuição de serviço e de gestão e
rentabilização de recursos docentes. O processo de acompanhamento da IGEC concluiu-se com o
envio de uma Ficha-síntese às escolas intervencionadas, com as principais conclusões da atividade.
Estes relatórios incluíram propostas de melhoria, especialmente ao nível do diagnóstico das
dificuldades para melhor desenvolvimento das medidas, da explicitação de objetivos/metas, da
formação de docentes, da diferenciação pedagógica e dos processos de monitorização e avaliação.
4.3 Elaboração de pareceres sobre pedidos de reforço do crédito
horário das escolas
Ao longo do ano letivo foram solicitados à IGEC 16 pareceres sobre os pedidos de reforço do crédito
horário apresentados pelas escolas, assim distribuídos: sete de escolas da ATN, três da ATC e seis
da ATS.
Numa situação não foi elaborado parecer nos termos do n.º 5 do artigo 9.º do Despacho Normativo
n.º 10-B/2018, de 6 de julho, dado que durante a instrução do procedimento a escola desistiu do
pedido. Dos 15 pareceres produzidos, em quatro concluiu-se que o crédito horário, resultante do
disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 9.º do mesmo Despacho Normativo, era insuficiente para a
concretização das finalidades invocadas pelas escolas, tendo-se emitido parecer favorável. Nos
restantes casos, emitiu-se parecer desfavorável.
14
5. RESULTADOS DA ATIVIDADE
A partir do vasto conjunto de elementos recolhidos na intervenção OAL 2018-2019, apresentam-
se seguidamente os resultados, por temáticas, apontando-se os aspetos de incumprimento dos
normativos mais significativos, quer do ponto de vista do seu impacto potencial nas condições de
aprendizagem das crianças e alunos, quer na perspetiva da conformidade legal, racionalidade e
eficácia das soluções de gestão adotadas pelas escolas. Além dos dados recolhidos através do Guião
da Atividade, esta análise apoia-se na informação constante das fichas da atividade das escolas
intervencionadas3.
5.1 Matrículas/Renovação de matrículas
O Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, regula o regime de matrícula e de frequência no
âmbito da escolaridade obrigatória e o Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril, define os
procedimentos de matrícula e respetiva renovação, das crianças da educação pré-escolar e dos
alunos nos ensinos básico e secundário, bem como as normas a observar na sua distribuição pelos
estabelecimentos de educação e ensino. Nos cursos artísticos especializados dos ensinos básico e
secundário, aplicam-se, ainda, as portarias n.º 225/2012, de 30 de julho, n.º 243-B/2012, de 13
de agosto, n.º 223-A/2018, de 3 de agosto, e n.º 229-A/2018, de 14 de agosto.
Este regime jurídico consagra deveres de informação e de transparência por parte das escolas,
traduzidos na obrigação de elaborarem e afixarem, em cada estabelecimento de educação e
ensino, as listas de crianças e alunos que requereram/renovaram a matrícula e de publicarem as
listas de crianças e alunos admitidos em resultado do processo de matrícula ou renovação de
matrícula (artigo 15.º do Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril).
Neste âmbito, verifica-se que 28,5% das escolas intervencionadas não elaboraram e/ou não
afixaram, em cada estabelecimento de educação e ensino, as listas de crianças e alunos que
requereram/renovaram a matrícula e que 2,9% não publicaram as listas de crianças e alunos
admitidos em resultado do processo de matrícula ou renovação de matrícula. A falta de afixação
das listas nos estabelecimentos de educação e ensino é, frequentemente, justificada pelos
diretores das escolas com o facto de alguns dos estabelecimentos da educação pré-escolar e do
1.º CEB encerrarem após o final do 3.º período letivo e de não existirem, nos mesmos, condições
para a afixação dos documentos. Na verdade, algumas autarquias encerram as instalações
escolares sob a sua administração após o final do ano letivo, reafectando temporariamente o
pessoal não docente a outras funções, o que se afigura como um constrangimento ao efetivo
cumprimento do normativo.
A observância, pelas escolas, dos prazos fixados para os procedimentos de matrícula/renovação
de matrícula é determinante para assegurar o direito dos alunos à escolha da escola com o projeto
3 Uma das escolas intervencionadas não foi incluída nesta análise, atendendo à sua especificidade - ensino artístico especializado.
15
educativo que melhor se adeque aos seus interesses e necessidades, dentro das regras legalmente
definidas. No caso dos pedidos de renovação de matrícula com transferência de estabelecimento
de educação ou ensino, é essencial uma boa articulação entre as escolas, impondo o normativo o
envio célere dos respetivos processos ao estabelecimento de educação e de ensino pretendido, de
acordo com a indicação das preferências. Os dados recolhidos demonstram que esta orientação
legal foi tida em conta pela generalidade das escolas intervencionadas (95,3%).
Um outro aspeto crucial da aplicação do normativo relaciona-se com o respeito, por parte das
escolas, das prioridades de matrícula e renovação de matrícula das crianças e dos alunos,
estipuladas designadamente no Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril (artigos 9.º a 14.º).
O cumprimento destas disposições legais foi verificado, por amostragem, em 85 escolas com
crianças ou alunos não admitidos no estabelecimento de educação ou ensino indicado na primeira
preferência, por falta de vaga. Os resultados mostram que as prioridades foram respeitadas por
89,4% das escolas. As situações de incumprimento apuradas distribuem-se por todos os níveis de
educação e ensino, envolvendo, no entanto, um número residual de crianças e alunos.
Neste âmbito, merecem ainda referência as condições de matrícula/renovação de matrícula dos
alunos praticantes desportivos de Alto Rendimento, quando pretendem frequentar escolas que
desenvolvem o projeto de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, criado pelo Despacho n.º 9386-
A/2016, de 21 de julho. Como anteriormente referido, as prioridades de matrícula nos ensinos
básico e secundário encontram-se definidas no Despacho Normativo n.º 6/2018, de 14 de abril,
mas este diploma não contempla qualquer disposição relativa aos alunos praticantes desportivos
de Alto Rendimento. E o Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro, que estabelece as medidas
específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento, apenas determina, no
seu artigo 14.º, que os praticantes desportivos de alto rendimento podem inscrever-se em
estabelecimento de ensino fora da sua área de residência sempre que seja declarado pelo IDP, I.
P., que tal se mostra necessário ao exercício da sua actividade desportiva. Assim, o regime legal
vigente não salvaguarda, efetivamente, a prioridade a estes alunos na escolha da escola da sua
preferência.
5.2 Acesso à educação pré-escolar
Os artigos 1.º e 4.º da Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto, consagram a universalidade da educação
pré-escolar para as crianças a partir dos cinco anos de idade, regime que, com as alterações
introduzidas pela Lei n.º 65/2015, de 3 de julho, passou a aplicar-se às crianças com quatro anos
desde o ano letivo de 2016-2017. Os ministérios da Educação e do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social, através do Despacho n.º 9017/2017, de 12 de outubro, criaram um grupo de
trabalho incumbido de elaborar e apresentar propostas para o desenvolvimento qualitativo da rede
nacional da educação pré-escolar e para a universalização da oferta deste nível educativo a todas
as crianças dos três aos cinco anos de idade, atendendo, designadamente, ao seu papel preditor
de sucesso na escolaridade e na qualidade de vida dos jovens e adultos. Em novembro de 2018, o
Governo apresentou o Programa 3 em Linha visando, entre outros objetivos, alcançar a
universalidade da educação pré-escolar dos 3 aos 5 anos de idade (fazer o diagnóstico nos
16
diferentes territórios e alargar a oferta nos locais onde subsistem carências, tanto através da
rede pública como da rede social e solidária).
De acordo com os dados obtidos, 4,1% das crianças inscritas nos jardins de infância das escolas
intervencionadas não foram admitidas por falta de vaga, embora, nos grupos com quatro e com
cinco ou mais anos de idade se registem valores inferiores, respetivamente 3,5% e 0,3%. Na análise
por Área Territorial de Inspeção, observa-se que a limitação ao acesso foi mais acentuada no Sul,
com 9,2% de crianças não admitidas. Os cinco concelhos com uma maior percentagem de crianças
não admitidas por falta de vaga foram Lisboa (25,9%), Sintra (11,3%), Oeiras (10,5%), Amadora
(6,3%) e Odivelas (6,3%).
Não se recolheram elementos no sentido de aferir se as crianças não admitidas se candidataram,
por opção dos pais, e obtiveram vaga noutros jardins de infância das redes pública ou privada ou
se, por falta de capacidade destes, ficaram excluídas da frequência desta importante etapa da
sua formação.
A tendência para o alargamento da universalidade da educação pré-escolar às crianças de três
anos de idade, expressa, também, através da Resolução da Assembleia da República n.º 185/2017,
de 3 de agosto, torna premente um conhecimento mais profundo da situação no território do
continente, de modo a avaliar as reais necessidades do sistema e equacionar soluções.
5.3 Constituição de grupos e de turmas
5.3.1 Critérios
Nos termos do n.º 1 do artigo 2.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, na
constituição dos grupos e das turmas devem prevalecer critérios de natureza pedagógica, definidos
no projeto educativo e no regulamento interno da escola.
Verifica-se que 6,4% das escolas intervencionadas não definiram critérios de constituição de
grupos/turmas e que 12,2% não estabeleceram tais critérios para, pelo menos, um dos níveis de
educação e ensino ministrados.
Observa-se, igualmente, que das escolas que definiram critérios 70,9% não os integraram no
projeto educativo e no regulamento interno, embora constem, frequentemente, de um destes
documentos. As evidências colhidas indiciam que este elevado nível recorrente de inconformidade
assenta numa interpretação dos diretores, segundo a qual bastaria a inclusão dos critérios no
projeto educativo ou no regulamento interno, evitando as vicissitudes burocráticas das revisões
frequentes de ambos os documentos orientadores. Aponta-se, assim, para uma solução menos
burocrática, que parece alinhar-se com as políticas do XXI Governo Constitucional de simplificação
administrativa e que poderá traduzir-se em ganhos de eficiência para a escola, sem prejuízo de
princípios de transparência e informação.
O artigo 2.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina ainda, no n.º 2, que
na constituição das turmas é respeitada a heterogeneidade das crianças e jovens, podendo, no
17
entanto, o diretor, após ouvir o conselho pedagógico, atender a outros critérios que sejam
determinantes para a promoção do sucesso e para a redução do abandono escolar.
O aproveitamento escolar dos alunos e a condição económica das famílias são descritos na
literatura como dos mais importantes fatores preditivos do sucesso. De forma a aquilatar a
relevância atribuída pelas escolas a estas características no processo de constituição de turmas
dos 5.º e 7.º anos de escolaridade, foram recolhidos elementos sobre a progressão/retenção destes
alunos e a atribuição de auxílios económicos da ação social escolar no ano letivo anterior. A análise
dos dados mostra que 44,7% das escolas intervencionadas não tiveram em conta, na constituição
das turmas, a heterogeneidade dos alunos relativa a ambas as variáveis consideradas. A
progressão/retenção dos alunos foi valorizada por mais escolas (86,5% contra 57,1%). Em 25,3%
das escolas, o diretor não seguiu o princípio da heterogeneidade na constituição de turmas e não
ouviu o conselho pedagógico relativamente aos critérios adotados, tal como preconizado no
normativo. De entre os critérios seguidos pelos diretores releva a continuidade das turmas.
5.3.2 Dimensão dos grupos e das turmas
O Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, estabelece as normas a observar na
constituição dos grupos da educação pré-escolar e das turmas dos ensinos básico e secundário,
concretizando mais um passo no objetivo de redução do número de alunos por turma inscrito no
Programa do XXI Governo Constitucional. Este regime legal prevê um número de crianças/alunos
variável, dependendo, essencialmente, do nível de educação e ensino ou curso e da necessidade
de integração de crianças/alunos em grupo/turma reduzida. A sua aplicação aos diferentes anos
de escolaridade é gradual, prolongando-se, nos termos do artigo 11.º, até ao ano escolar de 2020-
2021.
Nas escolas intervencionadas, na educação pré-escolar, no ensino básico e nos cursos científico-
humanísticos e profissionais do ensino secundário, verifica-se que 33,2% dos grupos/turmas são
constituídos por 19 ou menos crianças/alunos. Os dados do quadro seguinte mostram que essa
percentagem é mais elevada na educação pré-escolar (40,8%) e nos cursos profissionais (39,4%).
Por outro lado, as turmas com mais de 30 alunos apenas assumem expressão no ensino secundário,
particularmente nos cursos científico-humanísticos.
QUADRO 2 – DIMENSÃO DOS GRUPOS/TURMAS
NÍVEIS E CICLOS DE EDUCAÇÃO E
ENSINO GRUPOS/TURMAS COM 19 OU
MENOS CRIANÇAS/ALUNOS GRUPOS/TURMAS COM 30 OU MAIS
CRIANÇAS/ALUNOS
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR 40,8% 0
1.º CEB 36,6% 0
2.º CEB 32,2% 0
3.º CEB 33,5% 0,3%
CURSOS CIENTÍFICO-HUMANÍSTICOS 15% 4,6%
CURSOS PROFISSIONAIS 39,4% 2,4%
18
Constata-se ainda, de acordo com os elementos recolhidos, que 59% dos grupos/turmas não foram
constituídos de acordo com o número de crianças/alunos definido no normativo sendo que, destes,
74,2% foram autorizados pela DGEstE por apresentarem um número de crianças/alunos inferior ao
legalmente estabelecido, 14,3% foram autorizados pelo conselho pedagógico por registarem um
número de alunos superior ao previsto no normativo e os restantes (11,5%) não dispunham de
autorização.
De sublinhar que este último conjunto de situações, irregulares, corresponde quase
exclusivamente a grupos e turmas com crianças/alunos cujo relatório técnico-pedagógico (RTP)
identifica a necessidade de integração em grupo/turma reduzida. Inclui, ainda, 0,7% dos grupos
da educação pré-escolar que foram constituídos com 26 crianças, apesar do normativo referido
não prever esta possibilidade.
Na análise por Área Territorial de Inspeção, verifica-se que a do Centro regista uma percentagem
de grupos/turmas com 19 ou menos crianças/alunos consideravelmente superior à das restantes
áreas (30,8% no Norte, 47,4% no Centro e 24,7% no Sul). Este facto decorre da elevada frequência,
nesta área territorial, de grupos/turmas de pequena dimensão, sobretudo na educação pré-escolar
(65,5%) e no 1.º CEB (53,5%).
Fatores demográficos, designadamente o reduzido número de crianças e de jovens em idade
escolar, criam, em muitas escolas, dificuldades em assegurar uma oferta educativa diversificada,
com turmas de dimensão equilibrada. Ainda assim, parece existir margem para a melhoria da Rede
Escolar tendo em vista uma gestão mais eficiente dos recursos, sem pôr em causa a equidade no
acesso ao serviço educativo.
5.3.3 Constituição de grupos e de turmas com crianças/alunos cujo relatório técnico-
pedagógico identifica a necessidade de integração em grupo/turma reduzida
O Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina que a constituição de grupos na
educação pré-escolar e de turmas no ensino básico e nos cursos profissionais do ensino secundário,
que incluam crianças/alunos cujo RTP identifica a necessidade de integração em grupo/turma
reduzida, são constituídas por 20 crianças/alunos, não podendo conter mais de duas
crianças/alunos nestas condições (artigos 3.º, n.º 2; 4.º, n.º 5; 5.º, n.º 6; 6.º, n.º 8). Estabelece
ainda, com exceção dos cursos do ensino profissional, que a redução de grupos/turmas fica
dependente do acompanhamento e permanência destas crianças/alunos no grupo/turma em pelo
menos 60% do tempo curricular. Este regime funda-se na necessidade de adequar a dimensão dos
grupos/turmas às suas características específicas, que exigem aos docentes uma maior
diversificação de estratégias e diferenciação pedagógica em sala de aula, possíveis de concretizar
com mais sucesso em grupos/turmas mais pequenos.
Na educação pré-escolar, com as alterações introduzidas aos normativo a partir de 2016, o
conselho pedagógico deixou de ter competência para autorizar a constituição de grupos com um
número de crianças superior ao legislado. No entanto, ainda que residualmente (0,9%), foram
constituídos grupos com mais de 20 crianças, ou mais de duas cujo RTP identifica a necessidade
de integração em turma reduzida ou mais de 20 crianças e mais de duas nestas condições. A
19
constituição destes grupos indicia um menor cuidado das escolas no cumprimento do normativo,
ou dificuldades associadas às condições da Rede Escolar.
Nos três ciclos do ensino básico e nos cursos profissionais do ensino secundário, observa-se que
mais de 50% das turmas das escolas intervencionadas incluem alunos cujo RTP identifica a
necessidade de integração em turma reduzida. Como pode observar-se no quadro seguinte, uma
parte destas turmas encontra-se em incumprimento, geralmente por falta da autorização do
conselho pedagógico prevista no n.º 5 do artigo 7.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19
de junho.
QUADRO 3 – TURMAS COM ALUNOS CUJO RTP IDENTIFICA A NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO EM TURMA REDUZIDA
TURMAS COM ALUNOS CUJO RTP IDENTIFICA A NECESSIDADE
DE INTEGRAÇÃO EM TURMA REDUZIDA NAS ESCOLAS
INTERVENCIONADAS EM INCUMPRIMENTO
1.º CEB 50,7% 13,9%
2.º CEB 66,3% 11,9%
3.º CEB 59,4% 14,6%
CURSOS PROFISSIONAIS DO
ENSINO SECUNDÁRIO 56,0% 17,0%
O normativo continua a prever, a título excecional, a possibilidade de constituição ou continuidade
de turmas com alunos cujo RTP identifica a necessidade de integração em turma reduzida, com
mais de 20 alunos, mais de dois cujo RTP identifica a necessidade de integração em turma
reduzida, ou mais de 20 alunos e mais de dois nestas condições. Contudo, mais de 39% das turmas
com alunos cujo RTP identifica a necessidade de integração em turma reduzida foram constituídas
com um número de alunos superior ao previsto no normativo.
As evidências recolhidas junto dos diretores escolares revelam que a existência de um número
significativo de turmas com estas características não decorre, geralmente, de opções pedagógicas
casuisticamente ponderadas, mas sim de situações para as quais as escolas dizem não encontrar
alternativa, no conjunto das suas turmas. Em alguns casos, este constrangimento poderia, aquando
das matrículas, ser mitigado por uma diferente distribuição das crianças/alunos pelos
estabelecimentos de educação e ensino que integram cada um dos agrupamentos de escolas.
Trata-se de um problema que merece reflexão, considerando nomeadamente o seu provável
impacto negativo nas condições de aprendizagem das crianças/alunos e no trabalho dos respetivos
docentes.
5.3.4 Constituição de turmas do 1.º CEB com três ou quatro anos de escolaridade
O Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina no seu artigo 4.º que as turmas
com mais de dois anos de escolaridade são constituídas por 18 alunos nos estabelecimentos de
ensino de lugar único e por 22 alunos nos estabelecimentos de ensino com mais de um lugar. Ao
fixar estes limites, o legislador visou adequar os níveis de exigência colocados aos docentes
20
titulares destas turmas e garantir o direito à aprendizagem e ao sucesso educativo dos alunos,
tendo em conta que à heterogeneidade normal de um grupo de trabalho do mesmo ano de
escolaridade se junta, nas turmas mistas, a decorrente da coexistência de objetivos e metas
curriculares diferentes.
Nas escolas intervencionadas, verificou-se que 3,1% das turmas do 1.º CEB ainda integravam alunos
de mais de dois anos de escolaridade, sendo mais de metade destas constituída por alunos dos
quatro anos deste ciclo de ensino.
Atendendo a que 14,1% do total de estabelecimentos do 1.º CEB possuem menos de 22 alunos, ou
seja, são escolas de lugar único ou de dois lugares docentes, os professores destas turmas têm a
exigência adicional de fazer a gestão das diversas componentes do currículo nos vários anos de
escolaridade. Além disso, existem menos condições para se apoiarem no trabalho colaborativo
entre pares, tendo em vista o desenvolvimento profissional contínuo e a promoção de
aprendizagens de maior qualidade.
5.4 Horários dos alunos
5.4.1 Definição e aplicação de critérios de elaboração de horários dos alunos
Nos termos do n.o 1 do artigo 13.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, compete
ao conselho pedagógico definir os critérios gerais a que obedece a elaboração dos horários dos
alunos. Por seu lado, a alínea c) do n.º 4 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril,
na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, determina que cabe aos diretores
superintender na elaboração dos horários.
Observou-se que 90,1% das escolas intervencionadas definiram critérios de elaboração de horários
para os ciclos e níveis de ensino que ministram, mas apenas 48,3% o fizeram relativamente a todos
os aspetos exigidos pelo normativo.
O grau de cumprimento destes critérios pelas escolas foi verificado em 19,3% dos horários das
turmas dos 2.º e 3.º CEB e dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário. Os resultados
indicam que em 20% das escolas com 2.º e 3.º CEB e em 15,1% das escolas com ensino secundário
não foram respeitados integralmente os critérios definidos para a elaboração dos horários dos
alunos, afetando, no primeiro caso, 44% das turmas e, no segundo, 17,2%.
Este disfuncionamento no exercício da autonomia das escolas poderá estar associado à definição
de critérios próprios, fechados, não admitindo a possibilidade de exceções, e à insuficiente
monitorização interna do cumprimento dos mesmos, aquando da elaboração dos horários.
21
5.4.2 Intervalo entre o final do período de almoço e o início das aulas de Educação
Física
O n.º 5 do artigo 8.º do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, determina que as
aulas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de findo o período definido para
almoço no horário da respetiva turma.
Nos 2.º e 3.º CEB, incluindo o ensino artístico especializado, nos cursos científico-humanísticos e
nos cursos profissionais do ensino secundário, 2,8% dos horários das turmas das escolas
intervencionadas não respeitavam o intervalo de uma hora legalmente estabelecido.
Uma parte significativa destas situações decorre de uma incorreta definição das horas de início e
de termo de cada um dos períodos de funcionamento das atividades (manhã e tarde), bem como
do período para o almoço de cada turma e da sua articulação com os horários dos refeitórios
escolares. Efetivamente, 15,1% das escolas intervencionadas não estabeleceram os horários de
cada um dos períodos de funcionamento das suas atividades, contrariando o determinado na alínea
a) do n.º 1 do artigo 13.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho.
Estando em causa a segurança dos alunos, a verificação do cumprimento rigoroso da lei neste
domínio tem integrado sistematicamente o Guião da atividade OAL ao longo dos anos e as situações
detetadas são frequentemente corrigidas ainda no decurso das intervenções inspetivas.
5.5 Matrizes curriculares
O Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, estabelece o novo currículo dos ensinos básico e
secundário e define os princípios orientadores da sua conceção e operacionalização. Com a
autonomia e flexibilidade curricular prevista neste diploma, passou a ser conferida à escola a
faculdade para gerir o currículo, partindo das matrizes curriculares-base, assente na possibilidade
de enriquecimento do mesmo com os conhecimentos, capacidades e atitudes que contribuam para
alcançar as competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. No
presente ano letivo, este diploma apenas se aplica, por força da norma revogatória (artigo 37.º) e
da produção de efeitos (38.º), às turmas dos 1.º, 5.º, 7.º e 10.º anos de escolaridade e àquelas que
participaram no Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular dos ensinos básico e secundário,
criado pelo Despacho n.º 5908/2017, de 5 de junho. A Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto, a
Portaria n.º 226-A/2018, de 7 de agosto, e a Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto,
regulamentam as principais ofertas educativas dos ensinos básico e secundário.
5.5.1 Integração das novas disciplinas/componentes de currículo e da Educação Moral
e Religiosa (EMR)
No 1.º CEB, em 19,3% das escolas intervencionadas, as matrizes curriculares não incluíam todas as
novas componentes previstas na matriz curricular-base. Assim, 16% das escolas não incluíam as
Tecnologias de Informação e Comunicação, 9% a Cidadania e Desenvolvimento, 5,8% a Educação
Física e 3,9% a Educação Artística. A não integração da EMR continua a constituir uma
22
irregularidade frequente (17,9% das escolas), pondo em causa a natureza obrigatória da oferta
desta componente, consagrada no n.º 2 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho.
Nos 2.º e 3.º CEB, as novas disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento e de Tecnologias de
Informação e Comunicação foram integradas por quase todas as escolas nas respetivas matrizes
curriculares (Cidadania e Desenvolvimento, 2.º CEB 99,3%, 3.º CEB 100%; TIC, 2.º CEB, 100%, 3.º
CEB 99,4%). A componente de Complemento à Educação Artística, de oferta facultativa no 2.º CEB
e obrigatória no 3.º CEB, não estava prevista nas matrizes curriculares de, respetivamente, 30,1%
e 1,7% das escolas.
Nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, as matrizes curriculares contemplavam
a nova componente de Cidadania e Desenvolvimento em 90,3% das escolas, as quais optaram,
maioritariamente (83,9%) pelo seu funcionamento em justaposição com outra disciplina (marcação
de tempo semanal simultâneo com outra disciplina).
5.5.2 Autonomia e Flexibilidade Curricular
Observou-se que 83,7% das escolas intervencionadas concretizaram pelo menos uma das opções
curriculares elencadas no n.º 2 do artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho. As opções
com maior adesão relacionam-se com soluções testadas anteriormente, tais como o
Desenvolvimento de trabalho prático ou experimental com recurso a desdobramento de turmas
ou outra organização (57% das escolas) e a Organização do funcionamento das disciplinas de um
modo trimestral ou semestral, ou outra organização (53,5%).
A possibilidade de gerir até 25% do total da carga horária por componente do currículo, prevista
no n.º 1 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, foi concretizada por 32,6% das
escolas intervencionadas, pelo menos num dos ciclos do ensino básico ou no ensino secundário,
materializando-se na transferência de carga horária semanal entre disciplinas da mesma
componente de currículo.
Apenas 17,4% das escolas inscreveram no projeto educativo as suas opções estruturantes de
natureza curricular, contemplando o preconizado no n.º 5 do artigo 19.º e no n.º 3 do artigo 20.º
do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho. Uma parte significativa (34,9%) também não aprovou a
sua estratégia de educação para a cidadania, conforme previsto no n.º 2 do artigo 15.º do mesmo
Decreto-Lei.
A generalidade dos disfuncionamentos e incumprimentos legais observados na definição das novas
matrizes curriculares e nos demais instrumentos de planeamento curricular das escolas
intervencionadas, bem como a adesão pouco expressiva às novas possibilidades de organização e
gestão do currículo, proporcionadas pelo novo quadro de autonomia e flexibilidade, poderão
relacionar-se com as dificuldades naturais de apropriação dos normativos e com o curto período
de tempo que mediou entre a sua publicação e o início do ano escolar de 2018-2019.
23
5.6 Promoção do sucesso educativo
5.6.1 Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão
O Despacho Normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, artigo 32.º, e o Despacho Normativo n.º 10-
B/2018, de 6 de julho, artigos 8.º a 12.º e artigo 13.º, n.º 6, estabelecem um conjunto de medidas
que visam promover uma escola cada vez mais inclusiva e garantir o direito à aprendizagem e ao
sucesso de todos os alunos, sobressaindo, como propostas mais recentes, o apoio tutorial
específico aos alunos dos 2.º e 3.º CEB que ao longo do seu percurso escolar acumulem duas ou
mais retenções e o desenvolvimento da oralidade e da produção escrita nas disciplinas de
Português e de línguas estrangeiras.
Nas escolas intervencionadas, as medidas desenvolvidas com maior frequência foram i) Apoio ao
estudo orientado para a satisfação de necessidades específicas, contribuindo para um trabalho
de proximidade e acompanhamento eficaz do aluno (89,5% das escolas), ii) Atividades de apoio
ao estudo através da consolidação e desenvolvimento das aprendizagens, visando o reforço do
apoio nas disciplinas com maiores níveis de insucesso (87,7%), iii) Coadjuvação em sala de aula,
valorizando-se as experiências e as práticas colaborativas (84,3%).
A medida de apoio tutorial específico foi implementada em 62,1% das escolas. Abrangeu 7% dos
alunos dos 2.º e 3.º CEB, organizados em 440 grupos de apoio. Alguns grupos não foram constituídos
de acordo com o estipulado pelo normativo (19%), apresentando um número de alunos diferente
de dez sem a necessária autorização.
O desenvolvimento da oralidade e da produção escrita nas disciplinas de Português e de línguas
estrangeiras, ao abrigo do n.º 6 do artigo 13.º do Despacho normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho,
foi implementado por 43% das escolas intervencionadas.
Merece ainda referência a diversidade de medidas orientadas para a melhoria das aprendizagens
e do sucesso escolares, com 88,4% das escolas intervencionadas a desenvolverem cinco ou mais
medidas diferentes.
5.6.2 Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE)
O projeto-piloto de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016,
de 21 de julho, enquadra-se e complementa o conjunto de medidas de apoio ao desenvolvimento
do desporto de alto rendimento estabelecido no Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro.
A atividade OAL abrangeu, em 2018-2019, a visita a nove escolas UAARE - duas incluídas na rede
nacional, três em projeto-piloto e quatro associadas - visando analisar se as decisões e os
procedimentos de enquadramento desenvolvidos estão orientados para a promoção do projeto.
Nestas escolas, as UAARE acolhem 235 alunos praticantes desportivos de alto rendimento, alguns
dos quais residentes fora das respetivas áreas de influência.
24
Observou-se que foram criadas estruturas de acompanhamento e implementadas medidas
específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento, previstas no Capítulo III
do Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro. Assim, para além da designação dos professores
acompanhantes, as escolas envolveram, no apoio aos alunos, os serviços de psicologia e orientação
e adequaram os horários escolares e as datas das provas de avaliação de conhecimentos dos alunos
à sua preparação desportiva e participação nas competições. Foram, também, organizadas salas
de estudo e aulas de compensação visando colmatar, principalmente, a falta de assiduidade dos
alunos devida à sua condição de praticantes desportivos de alto rendimento.
5.7 Distribuição do serviço docente e elaboração de horários
5.7.1 Critérios e equilíbrio global na distribuição do serviço
As normas respeitantes à distribuição do serviço docente encontram-se consagradas no Decreto-
Lei n.º 139-A/90, de 28 de Abril, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro
(Estatuto da Carreira Docente - ECD) e no Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho.
Concretamente, o n.º 1 do artigo 78.º do ECD refere que na organização da componente letiva
será tido em conta o máximo de turmas disciplinares a atribuir a cada docente, de molde a,
considerados os correspondentes programas, assegurar-lhe o necessário equilíbrio global,
garantindo um elevado nível de qualidade ao ensino. Por sua vez, o n.º 3 do artigo 7.º do Despacho
Normativo supracitado estabelece que os critérios em que assenta a distribuição do serviço
docente são definidos pelo diretor e visam a gestão eficiente e eficaz dos recursos disponíveis,
tanto na adaptação aos fins educativos a que se destinam como na otimização do potencial de
formação de cada um dos docentes.
De acordo com os dados recolhidos, em 5,8% das escolas intervencionadas os diretores não
estabeleceram critérios de distribuição do serviço e, das que o fizeram, mais de metade não
tiveram em conta o número de turmas ou programas disciplinares a atribuir a cada docente.
Embora não se constituam como incumprimentos do normativo, dois dos aspetos mais salientes
observados na distribuição do serviço nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, com possível
impacto na qualidade do ensino, respeitam ao facto de 5% dos docentes lecionarem oito ou mais
turmas - correspondendo, pelo menos, a 175 alunos por professor - e 8,4% assegurarem quatro ou
mais programas disciplinares/componentes de currículo/formação. Os grupos de recrutamento
onde foi mais frequente a atribuição de oito ou mais turmas por professor foram, por ordem
decrescente, os de Educação Moral e Religiosa Católica (290), Informática (550), Educação Musical
(250), Artes Visuais (600), Geografia (420), História (400), Educação Tecnológica (530) e Francês
(320).
O número de turmas e de programas disciplinares/componentes de currículo/formação atribuídos
a cada docente está normalmente associado à carga horária semanal das disciplinas ministradas e
ao restante serviço disponível na escola para completamento do seu horário de trabalho. Algumas
componentes curriculares do ensino básico (Apoio ao Estudo, Oferta complementar, Oferta de
Escola e Cidadania e Desenvolvimento) e a autonomia dos diretores para distribuir o
25
correspondente serviço, independentemente do grupo de recrutamento ou do nível de ensino do
docente, contribuem para o aumento do número médio de turmas e programas a seu cargo, o que
pode dificultar a organização das equipas educativas e o acompanhamento próximo das turmas, e
aumentar a dispersão do trabalho docente. A prevalência de uma percentagem expressiva de
professores com um elevado número de turmas e programas disciplinares parece indiciar, também,
uma maior necessidade das escolas ponderarem e definirem critérios adequados de distribuição
de serviço que assegurem aos docentes o necessário equilíbrio global e garantam um elevado nível
de qualidade ao ensino.
O ECD determina, no n.º 2 do artigo 76.º, que o horário semanal dos docentes integra uma
componente letiva e uma componente não letiva e desenvolve-se em cinco dias de trabalho. Na
componente não letiva, com exceção do Apoio ao Estudo previsto na matriz curricular do 2.º CEB,
está vedada a lecionação das disciplinas/componentes de currículo/formação e só residualmente
está prevista a realização de atividades que envolvam o trabalho direto com os alunos. O legislador
procurou, também desta forma, promover as condições de trabalho dos docentes e garantir a
qualidade do ensino. No entanto, a distinção entre as atividades a incluir na componente letiva e
na componente não letiva de estabelecimento nem sempre é evidente, dependendo, de acordo
com o n.º 3 do artigo 6.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, das deliberações
do conselho pedagógico de cada escola. Algumas destas atividades, como a coadjuvação regular
em sala de aula e o apoio pedagógico a grupos de alunos, representam para o docente um esforço
semelhante ao da própria atividade de lecionação, pela exigência das dinâmicas de trabalho
pedagógico que lhes estão subjacentes.
Nas escolas intervencionadas, inserida na componente não letiva de estabelecimento do seu
horário semanal,1,5% dos professores dos 2.º e 3.º CEB e do ensino secundário desenvolviam
atividades de coadjuvação em sala de aula e 6,6% prestavam apoio educativo a grupos de alunos,
circunstâncias que impactam nas respetivas condições de trabalho e podem afetar a qualidade do
ensino ministrado.
5.7.2 Distribuição do serviço e horários de trabalho
5.7.2.1 Elaboração dos horários dos docentes
O n.o 3 do artigo 76.º do ECD estabelece que no horário de trabalho do docente é obrigatoriamente
registada a totalidade das horas correspondentes à duração da respetiva prestação semanal de
trabalho, com exceção da componente não letiva destinada a trabalho individual e da participação
em reuniões de natureza pedagógica, convocadas nos termos legais, que decorram de necessidades
ocasionais e que não possam ser realizadas nos termos da alínea c) do n.º 3 do artigo 82.º.
Constatou-se que em 30,8% das escolas intervencionadas e em 6,1% dos horários dos docentes
ocorreram incumprimentos na distribuição do serviço. Mais de metade destas situações (3,2% dos
horários) refere-se à falta de registo da totalidade do tempo correspondente à duração da
respetiva prestação semanal de trabalho, por falta de marcação de serviço da componente letiva
(20,9%) ou da componente não letiva de estabelecimento (79,1%).
26
Observou-se igualmente que, numa percentagem residual dos horários dos professores dos 2.º e
3.º CEB e do ensino secundário (0,6%), a componente letiva semanal ultrapassa a prevista nos
artigos 77.º e 79.º do ECD sem a devida remuneração por trabalho extraordinário, ainda que o
tempo que excede a componente letiva do docente seja, na generalidade dos casos, inferior à
unidade de tempo letivo adotada pela escola.
Estes elementos denotam, por um lado, um menor cuidado dos responsáveis escolares na
elaboração dos horários dos docentes quanto ao cumprimento do disposto no ECD e, por outro,
indiciam dificuldades em acomodar o serviço existente nos respetivos horários quando o mesmo
se organiza em tempos de trabalho com duração diferente de 50 minutos. Estes constrangimentos
repercutem-se numa deficiente gestão dos recursos humanos, que poderiam ser melhor utilizados
no reforço das condições de ensino e de aprendizagem dos alunos. Na maioria dos casos, as
irregularidades acima descritas foram total ou parcialmente corrigidas.
5.7.2.2 Funções de diretor de turma
O Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, concede particular importância ao diretor de
turma no acompanhamento próximo dos alunos e na promoção do sucesso educativo. Para o
exercício destas funções, cada escola gere quatro horas semanais, a repartir entre a componente
não letiva do docente e as horas resultantes do crédito horário, garantindo neste um mínimo de
duas horas, podendo os diretores, ouvido o conselho pedagógico, encontrar outras formas de
organização (artigo 10.º, n.º 4).
Observou-se que em 22,1% das escolas intervencionadas e em 10,3% das turmas não foram
garantidas quatro horas semanais para o exercício destas funções e que em 13,9% das escolas e
1,9% das direções de turma não foram asseguradas as duas horas do crédito horário previstas. Mais
de metade das escolas (52%) que implementaram estas soluções de distribuição de serviço não
auscultaram previamente o conselho pedagógico, conforme determinado pelo normativo.
A dificuldade dos diretores em encaixar este bloco de quatro horas nas componentes letiva e não
letiva dos horários dos docentes, sem originar serviço extraordinário ou insuficiência de
componente letiva, bem como a falta de atenção à nova exigência legal de auscultação do
conselho pedagógico, poderão explicar estes dados.
5.7.2.3 Funções de professor do apoio tutorial específico
Os alunos do 2.º e 3.º CEB que ao longo do seu percurso escolar acumulem duas ou mais retenções,
podem beneficiar, mediante decisão da escola, do apoio tutorial específico estabelecido no artigo
12.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho. Cada professor tutor acompanha um
grupo de 10 alunos, sendo-lhe atribuídas, para o efeito, quatro horas semanais.
Nas escolas intervencionadas, por cada grupo de apoio tutorial específico, foram distribuídas ao
professor tutor, em média, 3,8 horas de crédito, défice que à semelhança do serviço respeitante
às funções de direção de turma parece encontrar a sua explicação na dificuldade em incluir nos
horários dos docentes o bloco de quatro horas de crédito. No entanto, visando atenuar este
27
constrangimento, as escolas quase sempre complementaram esta diferença de horas com tempos
da componente não letiva de estabelecimento.
5.7.2.4 Satisfação de necessidades temporárias de pessoal docente
O Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, republicado pelo Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de
março, estabelece o regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente da educação pré-
escolar e dos ensinos básico e secundário, fixando as normas aplicáveis à satisfação das
necessidades temporárias identificadas pelas escolas, através das modalidades de concurso
previstas no n.º 1 do artigo 6.º. No apuramento destes horários, os diretores devem ter em conta
critérios de eficiência e eficácia dos recursos disponíveis, bem como outras normas,
nomeadamente as constantes no artigo 7.º e no n.º 13 do artigo 11.º do Despacho Normativo n.º
10-B/2018, de 6 de julho.
No universo dos 24543 docentes em exercício de funções nas escolas intervencionadas, apuraram-
se 928 horas letivas indevidamente requisitadas nos concursos de mobilidade interna, contratação
inicial e reserva de recrutamento, incluídas em 49 horários. Estas situações respeitaram,
sobretudo, à requisição de horários quando não se encontravam esgotadas as horas disponíveis nos
docentes de carreira e corresponderam, nalguns casos, à substituição temporária de docentes
titulares do respetivo serviço letivo.
5.7.3 Gestão dos créditos horários
As escolas dispõem de um crédito horário para o desempenho dos cargos de subdiretor, adjunto e
coordenador de estabelecimento, estabelecido no artigo 4.º do Despacho Normativo n.º 10-
B/2018, de 6 de julho. Usufruem, ainda, de um crédito de horas para o reforço, recuperação ou
aprofundamento das aprendizagens dos alunos e para o exercício de funções de âmbito
organizacional, definido e gerido nos termos dos artigos 8.º a 10.º do mesmo Despacho Normativo,
a que podem acrescer outras horas, atribuídas pela Administração - designadamente no âmbito
dos Contratos de Autonomia.
Na análise conjunta destas componentes do crédito, constatou-se que 10,5% das escolas
intervencionadas ultrapassou o número de horas a que tinham direito.
Relativamente ao crédito para o desempenho dos cargos de subdiretor, adjunto e coordenador de
estabelecimento, observou-se que, à data das intervenções inspetivas, estavam atribuídas 93,5%
das horas disponíveis. Algumas escolas (34,3%) encontraram formas de gerir este crédito que lhes
permitiram, ao abrigo do n.º 4 do artigo 4.º do supracitado Despacho Normativo, transferir para o
reforço, recuperação ou aprofundamento das aprendizagens dos alunos e o exercício de funções
de âmbito organizacional 4,3% destas horas, evidenciando, assim, capacidade de gestão e atenção
às necessidades concretas dos seus alunos. Em 3,5% das escolas intervencionadas observou-se uma
utilização de crédito acima do montante a que tinham direito, correspondente a um valor reduzido
de horas superior a esse limite (0,8% do total das horas de crédito).
28
Quanto ao crédito de horas destinado ao reforço, recuperação ou aprofundamento das
aprendizagens dos alunos e ao exercício de funções de âmbito organizacional, verificou-se que
44,8% das escolas utilizaram o total disponível, maioritariamente em medidas de flexibilidade
curricular e em ações com vista à promoção do sucesso (67,3%). Em algumas escolas (9,3%), um
número residual de horas do crédito horário (1,7%) foi indevidamente atribuído, por ultrapassar o
montante a que tinham direito.
Importa salientar que, em resultado da colocação de docentes de carreira em horários
incompletos, nos concursos de mobilidade interna e de reserva de recrutamento e, sobretudo,
através do procedimento de mobilidade por doença, as escolas intervencionadas beneficiaram,
ainda que de um modo muito desigual, do incremento dos seus recursos, tendo afetado uma média
de 4,7 destas horas a medidas de reforço, recuperação ou aprofundamento das aprendizagens dos
alunos e ao exercício de funções de âmbito organizacional.
A multiplicidade das regras de distribuição do serviço docente, associada à elevada diversidade e
mutabilidade de situações existentes nas escolas (entre muitas outras, docentes em mobilidade
por doença ou com redução de componente letiva, grupos de recrutamento com insuficiência
letiva), torna complexa a determinação do número de horas de crédito efetivamente utilizado em
cada momento. Esta dificuldade poderá justificar, em parte, a não utilização integral do crédito
horário pela maioria das escolas (55,2%) e o recurso ao mecanismo de reforço previsto no n.º 5 do
artigo 9.º do Despacho Normativo n.º 10-B/18, de 6 de julho, mesmo antes de ter sido esgotado o
crédito disponível, o que foi confirmado pela IGEC em vários dos pareceres relativos aos pedidos
das escolas, elaborados ao abrigo desta mesma disposição legal.
O Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, flexibilizou a gestão das horas a imputar às
diferentes atividades e funções e introduziu uma maior equidade e transparência na atribuição de
horas de trabalho às escolas inseridas em territórios educativos de intervenção prioritária. Este
regime legal parece ajustar-se, globalmente, às necessidades e especificidades dos diferentes
contextos.
5.8 Certificados de registo criminal do pessoal docente e não
docente
De acordo com o disposto no artigo 2.º da Lei n.º 113/2009, de 17 de setembro, na redação que
lhe foi conferida pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto, no recrutamento para profissões,
empregos, funções ou atividades públicas cujo exercício envolva contacto regular com menores,
a entidade recrutadora está obrigada a pedir ao candidato a apresentação de certificado de registo
criminal e a ponderar a informação constante do certificado na aferição da idoneidade do
candidato para o exercício das funções. A entidade empregadora está também obrigada a proceder
de igual forma, anualmente, relativamente a quem exerce a profissão ou as atividades referidas.
O cumprimento destas determinações legais foi objeto de instruções às escolas, designadamente
através das Notas Informativas DGAE, de 27 de julho e de 16 de setembro de 2016.
29
Observou-se que, à data das intervenções inspetivas, 94,8% das escolas estavam a desenvolver os
procedimentos estabelecidos visando o cumprimento do normativo relativamente ao pessoal
docente e não docente. As restantes escolas iniciaram este processo posteriormente, na fase de
contraditório ou em sede de acompanhamento dos resultados da ação.
5.9 Tramitação das situações de incumprimento
As situações de inconformidade legal foram objeto de recomendações às escolas, exaradas nas
Fichas da Atividade, com prazo estipulado para a respetiva correção e envio da documentação
comprovativa à Área Territorial de Inspeção competente. Em geral, as recomendações foram no
sentido do cumprimento dos normativos, num prazo variável, inferior a 60 dias. Sempre que foram
identificados incumprimentos não passíveis de correção (p. ex., contratação irregular de docentes)
ou cuja correção, em 2018-2019, se considerou extemporânea, não representando uma mais-valia
pedagógica e/ou organizativa para a escola, optou-se por recomendar o cumprimento do
normativo no ano letivo seguinte, sem prejuízo, nos casos de maior gravidade, de submissão das
situações à apreciação e decisão superiores.
Foram apurados factos em 20 escolas (11,6%) que justificaram propostas de apreciação e decisão
superiores. Sobre estes processos recaíram:
• três despachos de arquivamento;
• 11 despachos de arquivamento com recomendação à escola, quatro dos quais com a
inclusão da mesma na atividade OAL do próximo ano letivo;
• um despacho de realização de averiguações, com recomendação à escola e integração da
mesma na atividade OAL do próximo ano letivo;
• cinco despachos de instauração de procedimento disciplinar.
5.10 Avaliação da Intervenção OAL pelas escolas
No sentido de melhorar o desenvolvimento da atividade, e à semelhança dos anos anteriores, foi
solicitado às escolas onde se realizou a intervenção OAL o preenchimento de um questionário de
avaliação.
O questionário foi organizado por quatro grupos de questões. Os três primeiros consistiram em
questões fechadas, referentes às etapas da atividade: antes da intervenção, que aprecia a
informação recebida pelas escolas sobre a atividade; durante a intervenção, que incide sobre o
trabalho desenvolvido pelas equipas de inspeção nas escolas; depois da intervenção, que se
reporta ao processo do contraditório e à eficácia da intervenção junto das escolas. O último grupo
destina-se à recolha de outras observações de carácter geral e sugestões.
As respostas às questões fechadas foram classificadas, utilizando uma escala de avaliação de 1 a
5, em que 1 corresponde a discordo totalmente e 5 a concordo totalmente.
30
Do conjunto das 173 escolas intervencionadas, 76,3% responderam ao questionário. O quadro
seguinte apresenta os resultados obtidos, em percentagem.
QUADRO 4 – AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO OAL PELAS ESCOLAS
1. ANTES DA INTERVENÇÃO
1 2 3 4 5
1.1 A INFORMAÇÃO RECEBIDA PELA UNIDADE ORGÂNICA FOI CLARA QUANTO A:
1.1.1 OBJETIVOS 0,0 1,5 1,5 18,9 78,0
1.1.2 PROCEDIMENTOS 0,0 1,5 6,1 27,3 65,2
1.1.3 DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA 0,0 0,8 5,3 28,8 65,2
2. DURANTE A INTERVENÇÃO
1 2 3 4 5
2.1 A DURAÇÃO DA INTERVENÇÃO FOI ADEQUADA 0,0 2,3 4,6 27,5 65,6
2.2 A QUANTIDADE DE ASPETOS ANALISADOS FOI APROPRIADA 0,0 1,5 5,3 28,2 64,9
2.3 A DIVERSIDADE DE ASPETOS ANALISADOS FOI PERTINENTE 0,8 0,0 4,6 31,3 63,4
2.4 A EQUIPA DE INSPEÇÃO REVELOU CAPACIDADE DE DIÁLOGO COM OS SEUS
INTERLOCUTORES 0,8 1,5 3,8 8,3 85,6
2.5 A EQUIPA DE INSPEÇÃO TEVE EM CONTA AS ESPECIFICIDADES DA ESCOLA/
AGRUPAMENTO 2,3 3,0 7,6 20,5 66,7
2.6 A INFORMAÇÃO DE RETORNO DA EQUIPA DE INSPEÇÃO, NO FINAL DA
INTERVENÇÃO, FOI AJUSTADA 0,8 2,3 4,5 12,9 79,5
3. DEPOIS DA INTERVENÇÃO
1 2 3 4 5
3.1 O PROJETO DE FICHA DA ATIVIDADE CORRESPONDEU AO REFERIDO NO FINAL DA
INTERVENÇÃO 0,8 1,5 6,2 16,2 75,4
3.2 O ENVIO DA FICHA DA ATIVIDADE FOI ATEMPADO 1,6 0,8 2,3 20,9 74,4
3.3 A INTERVENÇÃO CONTRIBUIU PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DO
ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO 0,0 1,5 5,3 18,9 74,2
3.5 A INTERVENÇÃO CONTRIBUIU PARA A MELHORIA DAS PRÁTICAS DE GESTÃO 0,0 2,3 6,1 18,9 72,7
Como se pode observar, ocorre em todos os itens uma percentagem de classificações de nível 5
superior a 63% e de níveis 4 e 5, agregados, acima dos 87%. A apreciação da atividade por parte
31
das escolas pode considerar-se, assim, bastante positiva, quer quanto aos seus aspetos
organizativos, quer quanto ao seu impacto, nomeadamente em termos de contributo para a
melhoria das práticas de gestão nas escolas.
Relativamente às observações e sugestões sobre o desenvolvimento da atividade, as escolas
enfatizaram, predominantemente, aspetos positivos e propostas de melhoria. Alguns diretores
consideraram como constrangimentos ao lançamento do ano letivo 2018-2019 as perturbações
ocorridas na fase final do ano anterior (greves) e a publicação tardia (julho e agosto) de normativos
legais estruturantes para a organização do ano escolar.
5.11 Avaliação da atividade OAL pelos inspetores
Os inspetores manifestaram, nos questionários que lhes foram dirigidos, uma opinião muito
positiva relativamente à adequação dos instrumentos de trabalho e das metodologias da atividade.
Como constrangimento é apontado, para além da abrangência de áreas a intervencionar, a
aplicação informática de suporte ao Guião da Intervenção OAL, a qual, ao exigir determinados
requisitos técnicos, trouxe alguma instabilidade ao trabalho das equipas.
6. CONCLUSÕES
Em 28,5% das escolas intervencionadas não foram elaboradas e afixadas, em cada
estabelecimento de educação e ensino, as listas de crianças e alunos que
requereram/renovaram a matrícula e em 2,9% não foram publicadas as listas de crianças
e alunos admitidos;
Na generalidade das escolas intervencionadas foram respeitadas as prioridades de
matrícula/renovação de matrícula estabelecidas no normativo e os processos relativos aos
pedidos de renovação de matrícula com transferência de estabelecimento de educação ou
ensino foram enviados, com celeridade, aos estabelecimentos de educação e de ensino
pretendidos;
O regime legal de matrícula e de frequência, no âmbito da escolaridade obrigatória, não
acautela a prioridade a conceder aos alunos praticantes desportivos de Alto Rendimento
quando pretendem frequentar escolas que desenvolvem o projeto de Apoio ao Alto
Rendimento na Escola criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho;
Os jardins de infância intervencionados não tinham capacidade para acolher todas as
crianças que neles foram inscritas no ano letivo de 2018-2019, incluindo as de cinco e de
quatro anos de idade, indiciando carência de oferta da rede pública da educação pré-
escolar. Esta restrição de acesso é particularmente visível nos concelhos de Lisboa, Sintra,
Oeiras, Amadora e Odivelas;
32
A grande maioria das escolas intervencionadas (70,9%) não integrou os critérios de
constituição de grupos/turmas no projeto educativo e no regulamento interno e uma parte
considerável (44,7%) não teve em conta, na constituição das turmas, a heterogeneidade
dos alunos dos 5.º e 7.º anos de escolaridade relativamente à progressão/retenção e à
atribuição de auxílios económicos da ação social escolar no ano letivo anterior;
Em todos os níveis de educação e ensino, verifica-se uma percentagem significativa de
grupos/turmas com reduzido número de crianças/alunos. Na sua maioria, estes
grupos/turmas foram autorizados, o que aponta para a possibilidade e necessidade, por
razões de eficiência, de aperfeiçoamento dos procedimentos em sede de definição da
Rede Escolar;
Verifica-se, em todos os ciclos do ensino básico e nos cursos profissionais do ensino
secundário, uma elevada percentagem de turmas com alunos cujo relatório técnico-
pedagógico identifica a necessidade de integração em turma reduzida, constituídas com
um número de alunos superior ao previsto no normativo;
No 1.º CEB, 3,1% das turmas integram alunos de mais de dois anos de escolaridade, em
escolas de lugar único ou de dois lugares docentes, o que não favorece as condições de
aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento do trabalho colaborativo dos respetivos
professores;
Mais de 50% das escolas intervencionadas não definiram critérios de elaboração de horários
dos alunos relativamente a todos os itens fixados pelo normativo. Das escolas que
definiram critérios, uma parte significativa nem sempre os aplicou;
Nas escolas intervencionadas, nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, 2,8% das turmas
iniciavam a disciplina de Educação Física antes de decorrida uma hora depois de findo o
período definido para almoço no horário da turma, pondo em risco a segurança dos alunos;
As matrizes curriculares dos ensinos básico e secundário, construídas ao abrigo do Decreto-
Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, não integravam todas as novas disciplinas e componentes
de currículo nalgumas das escolas intervencionadas, sendo este incumprimento mais
frequente no 1.º CEB. Neste ciclo de ensino, a componente de Educação Moral e Religiosa
também não é oferecida por um número significativo de escolas (17,9%);
A grande maioria das escolas intervencionadas adotou opções curriculares estruturantes,
de entre as propostas no artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,
privilegiando possibilidades já testadas anteriormente;
A aprovação da estratégia de educação para a cidadania e a inscrição das opções
estruturantes de natureza curricular no projeto educativo, determinadas pelo Decreto-Lei
n.º 55/2018, de 6 de julho, não tinham sido ainda concretizadas, à data das intervenções
inspetivas, por muitas das escolas;
As escolas intervencionadas desenvolveram uma significativa diversidade de medidas
orientadas para a melhoria das aprendizagens e do sucesso escolares, sendo as mais
frequentes o apoio ao estudo e a coadjuvação docente em sala de aula;
O apoio tutorial específico, nos 2.º e 3.º CEB, foi implementado por 62,1% das escolas
intervencionadas, abrangendo 7% dos alunos;
33
O desenvolvimento da oralidade e da produção escrita nas disciplinas de Português e de
línguas estrangeiras, com suporte nas soluções previstas no n.º 6 do artigo 13.º do
Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foi concretizado por 43% das escolas
intervencionadas;
As escolas aderentes ao projeto Apoio ao Alto Rendimento na Escola criaram estruturas de
acompanhamento aos alunos praticantes desportivos de alto rendimento e implementaram
medidas específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento,
designadamente em termos de adequação dos horários escolares e das datas de provas de
avaliação, bem como da organização de salas de estudo e aulas de compensação;
Nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, 5% dos professores das escolas intervencionadas
lecionavam oito ou mais turmas e 8,4% asseguravam quatro ou mais programas
disciplinares/componentes de currículo/formação, o que poderá merecer atenção por
parte da tutela, no contexto do desenvolvimento das dinâmicas de trabalho pedagógico
previstas no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho;
Nos 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário, 1,5% dos docentes desenvolviam atividades de
coadjuvação em sala de aula e 6,6% prestavam apoio educativo a grupos de alunos, na
componente não letiva de estabelecimento do seu horário semanal;
A distribuição do serviço docente e a elaboração dos respetivos horários continuam a
revelar algumas debilidades. Os incumprimentos mais significativos correspondem à falta
de registo, nos semanários-horários, da totalidade das horas da componente letiva e da
componente não letiva de trabalho a nível do estabelecimento;
Em algumas das escolas intervencionadas, não foram garantidas, em todas as turmas,
quatro horas semanais para o exercício das funções de direção de turma (22,1% das
escolas) ou não foi atribuído o mínimo de duas horas do crédito horário previsto (13,9%
das escolas). A maioria das escolas que adotaram estas soluções de distribuição de serviço
(52%) não ouviram previamente o conselho pedagógico, conforme determinado pelo
normativo;
Aos professores tutores, do apoio tutorial específico dos 2.º e 3.º CEB, nem sempre foi
atribuída a totalidade das horas de crédito previstas no normativo para estas funções;
Na fase de satisfação das necessidades temporárias de pessoal docente, foram
indevidamente requisitados pelas escolas intervencionadas 49 horários, alguns dos quais
para substituição temporária dos docentes titulares do respetivo serviço letivo;
Em 10,5% das escolas intervencionadas observou-se que foi ultrapassado o crédito horário
para o desempenho dos cargos de subdiretor, adjunto e coordenador de estabelecimento,
e/ou para reforço, recuperação ou aprofundamento das aprendizagens dos alunos e
exercício de funções de âmbito organizacional. O número de horas utilizadas em excesso
não foi, no entanto, significativo;
Nas escolas intervencionadas, o crédito horário previsto nos artigos 8.º a 10.º do Despacho
Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, foi maioritariamente aplicado em medidas de
flexibilidade curricular e em ações com vista à promoção do sucesso (67,3%);
O regime legal relativo à definição e gestão dos créditos horários ajusta-se, globalmente,
às necessidades e especificidades das escolas intervencionadas;
34
Na generalidade das escolas intervencionadas estavam a ser desenvolvidos os
procedimentos necessários à aferição da idoneidade dos seus trabalhadores para o
exercício de funções docentes e não docentes, conforme determinado na Lei n.º 113/2009,
de 17 de setembro, alterada pela Lei n.º 103/2015, de 24 de agosto.
7. RECOMENDAÇÕES
Considerando os resultados da atividade, descritos no Capítulo 5 do presente relatório, e das
conclusões apresentadas anteriormente, formula-se a seguinte recomendação:
Que a equipa de acompanhamento da aplicação do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,
através das equipas regionais previstas no Despacho n.º 9726/2018, de 17 de outubro,
continue a promover o esclarecimento de dúvidas das escolas de forma a assegurar que as
matrizes curriculares integram as novas disciplinas e componentes de currículo, bem como
a componente de Educação Moral e Religiosa no 1.º CEB.
8. PROPOSTAS PARA A TUTELA
Em face dos resultados da atividade, descritos no Capítulo 5 do presente relatório, e das
conclusões formuladas anteriormente, apresentam-se as seguintes propostas:
A definição de norma legal que assegure prioridade na matrícula/renovação de matrícula
aos alunos praticantes desportivos de Alto Rendimento, quando pretendem frequentar
estabelecimentos que desenvolvem o projeto de Apoio ao Alto Rendimento na Escola
criado pelo Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho;
A adoção de medidas visando o alargamento da rede nacional de educação pré-escolar nas
regiões onde se revele necessário, tendo presentes, designadamente, os objetivos de
universalização desta oferta educativa fixados na Lei n.º 65/2015, de 3 de julho;
A ponderação da adequação da norma contida no n.º 1 do artigo 2.º do Despacho Normativo
n.º 10-A/2018, de 19 de junho, que obriga à inclusão dos critérios de constituição de
turmas simultaneamente no projeto educativo e no regulamento interno da escola;
A melhoria dos procedimentos em sede de definição da Rede Escolar, tendo em vista uma
gestão mais eficiente dos recursos disponíveis e o reforço das condições de aprendizagem
dos alunos, sem pôr em causa a equidade no acesso ao serviço educativo;
O alerta oportuno às escolas, por parte da Administração, para a necessidade de
cumprirem, no ato da matrícula das crianças/alunos, os procedimentos de distribuição
previstos no Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, de modo a reduzir o
número de turmas com alunos cujo relatório técnico-pedagógico identifica a necessidade
de integração em turma reduzida, com mais de 20 alunos e/ou mais de dois alunos nestas
condições;
35
A regulamentação, em sede de despacho de organização do ano letivo, das atividades a
incluir na componente não letiva de estabelecimento dos horários dos docentes, de modo
a evitar que a mesma integre atividades com alunos que, pela sua exigência, possam pôr
em causa o necessário equilíbrio global dos horários dos docentes e a qualidade do ensino
ministrado;
A continuidade da atividade Organização do Ano Letivo, com as metodologias e finalidades
definidas, valorizando dimensões estratégicas preventivas e de controlo e as áreas de
incidência com maior impacto nas condições de aprendizagem das crianças e dos alunos e
na racionalidade, eficácia e eficiência da gestão dos recursos por parte das escolas.
36
9. BIBLIOGRAFIA
9.1 PRINCIPAL SUPORTE LEGAL
9.1.1 GERAL
• Despacho n.º 7814/2018, de 14 de agosto – Crédito horário e oferta desportiva, no âmbito
do Programa de Desporto Escolar.
• Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho - Estabelece os princípios e as normas que garantem
a inclusão, enquanto processo que visa responder à diversidade das necessidades e
potencialidades de todos e de cada um dos alunos.
• Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho - Estabelece as regras a que deve
obedecer a organização do ano letivo nos estabelecimentos públicos de educação pré-
escolar e dos ensinos básico e secundário.
• Despacho n.º 6020-A/2018, de 19 de junho - Aprova os calendários, para o ano letivo de
2018-2019, dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e
secundário, dos estabelecimentos particulares de ensino especial, bem como o calendário
de provas e exames dos ensinos básico e secundário.
• Portaria n.º 232/2016, de 29 de agosto - Procede à regulação da criação e do regime de
organização e funcionamento dos Centros Qualifica.
• Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril - Regulamenta o regime de avaliação e
certificação das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos do ensino básico, bem como as
medidas de promoção do sucesso educativo que podem ser adotadas no acompanhamento
e desenvolvimento das aprendizagens.
• Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio retificado pela Declaração de Retificação n.º
32/2014, de 27 de junho - Aprova o regime jurídico da habilitação profissional para a
docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário.
• Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho - Procede à segunda alteração do Decreto-Lei n.º
75/2008, de 22 de abril, que aprova o regime jurídico de autonomia, administração e
gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e
secundário.
9.1.2 MATRÍCULAS E CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS/TURMAS
• Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho - Estabelece o regime de constituição
de grupos e turmas e o período de funcionamento dos estabelecimentos de educação e
ensino no âmbito da escolaridade obrigatória.
• Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril - Estabelece os procedimentos da matrícula
e respetiva renovação e as normas a observar na distribuição de crianças e alunos.
• Portaria n.º 59-C/2014, de 7 de março - Procede à primeira alteração da Portaria n.º 74-
A/2013, de 15 de fevereiro que estabelece as normas de organização, funcionamento,
37
avaliação e certificação dos cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino
público, particular e cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em
escolas profissionais.
• Decreto-Lei n.º 70/2013, de 23 de maio - Estabelece o novo regime jurídico da disciplina
de educação moral e religiosa católicas a ministrar nos estabelecimentos de ensino públicos
e na dependência do Ministério da Educação e Ciência.
• Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto - Regula o regime de matrícula e de frequência
no âmbito da escolaridade obrigatória das crianças e dos jovens com idades compreendidas
entre os 6 e os 18 anos e estabelece medidas que devem ser adotadas no âmbito dos
percursos escolares dos alunos para prevenir o insucesso e o abandono escolares.
• Portaria n.º 1100/2010, 22 de outubro, alterada pela Portaria n.º 216-C/2012, de 18 de
julho - Aprova o programa de formação em competências básicas em cursos de educação e
formação de adultos ou em processos de reconhecimento, validação e certificação de
competências de nível básico.
• Portaria n.º 1262/2009, 15 de outubro, alterada pela Portaria n.º 216-B/2012, de 18 de
julho - Cria os cursos de Português para Falantes de Outras Línguas, assim como as regras
a que obedece a sua lecionação e certificação. O Programa "Português para Todos" - PPT é
uma iniciativa que visa o desenvolvimento de cursos de português básico e de português
técnico dirigidos à população imigrante e cofinanciados pelo Fundo Social Europeu.
• Portaria n.º 230/2008, de 7 de março, alterada e republicada pela Portaria n.º 283/2011,
de 24 de outubro - Define o Regime Jurídico dos Cursos de Educação e Educação e Formação
de Adultos e das Formações Modulares. Procede à segunda alteração da Portaria n.º
230/2008, de 7 de março, que define o regime jurídico dos cursos de educação e formação
de adultos (cursos EFA) e das formações modulares previstos no Decreto-lei n.º 396/2007,
de 31 de dezembro.
• Despacho normativo n.º 7/2006, de 6 de fevereiro, alterado pelo Despacho normativo n.º
12/2011, de 22 de agosto - Normas orientadoras para o PLNM.
• Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19
de julho - Define o funcionamento dos cursos profissionais nas escolas secundárias públicas.
• Despacho Conjunto n.º 453/2004, de 27 de junho, alterado pelo Despacho n.º 9752-A/2012,
18 de julho - Regulamenta a criação de Cursos de Educação e Formação com dupla
certificação escolar e profissional, destinados preferencialmente a jovens com idade igual
ou superior a 15 anos.
9.1.3. HORÁRIOS / MATRIZES CURRICULARES
• Declaração de retificação n.º 29-A/2018, de 4 de setembro – Retifica o Decreto-Lei n.º
55/2018, de 6 de julho, que estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os
princípios orientadores da avaliação das aprendizagens, publicado no Diário da República,
1.ª série, n.º 129, de 6 de julho de 2018.
• Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos
profissionais de nível secundário de dupla certificação, escolar e profissional, a que se
38
referem a alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 14/2017, de 26 de janeiro, que regula o Sistema Nacional de
Qualificações, e a alínea b) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,
tomando como referência a matriz curricular-base constante do anexo VIII deste último
decreto-lei.
• Portaria n.º 232-A/2018, de 20 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos artísticos
especializados de nível secundário a que se refere a alínea c) do n.º 4 do artigo 7.º do
Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, designadamente, dos cursos de Design de
Comunicação, de Design de Produto e de Produção Artística, na área das Artes Visuais, e
do curso de Comunicação Audiovisual, na área dos Audiovisuais, tomando por referência a
matriz curricular-base constante do anexo VII do mesmo decreto-lei.
• Portaria n.º 229-A/2018, de 14 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos artísticos
especializados de nível secundário, a que se refere a alínea c) do n.º 4 do artigo 7.º do
Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, designadamente dos cursos de Dança, de Música,
de Canto e de Canto Gregoriano, tomando por referência a matriz curricular-base
constante do anexo VII do mesmo decreto-lei.
• Portaria n.º 226-A/2018, de 6 de agosto - Procede à regulamentação dos cursos científico-
humanísticos, a que se refere a alínea a) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018,
de 6 de julho, designadamente dos cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências
Socioeconómicas, Línguas e Humanidades e de Artes Visuais, tomando como referência a
matriz curricular-base constante do anexo VI do mesmo decreto-lei.
• Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto - Procede à regulamentação das ofertas educativas
do ensino básico, previstas no n.º 2 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho,
designadamente o ensino básico geral e os cursos artísticos especializados, definindo as
regras e procedimentos da conceção e operacionalização do currículo dessas ofertas, bem
como da avaliação e certificação das aprendizagens, tendo em vista o Perfil dos Alunos à
Saída da Escolaridade Obrigatória.
• Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho - Estabelece o currículo dos ensinos básico e
secundário, os princípios orientadores da sua conceção, operacionalização e avaliação das
aprendizagens.
• Despacho n.º 6261-B/2017, de 17 de julho - Estabelece as regras de atribuição do crédito
horário semanal destinado aos centros especializados em qualificação de adultos, previstos
na alínea g) do n.º 2 do artigo 1.º e no artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de
dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 14/2017, de 26 de janeiro, denominados «Centros
Qualifica» pela Portaria n.º 232/2016, de 29 de agosto, para implementação das suas
atividades, nomeadamente no que respeita à informação e orientação, encaminhamento,
formação, reconhecimento e validação de competências e certificação.
• Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril - Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º
139/2012, de 5 de julho, que estabelece os princípios orientadores da organização e da
gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário, da avaliação dos conhecimentos a
adquirir e das capacidades a desenvolver pelos alunos e do processo de desenvolvimento
do currículo dos ensinos básico e secundário.
39
• Portaria n.º 644-A/2015, de 24 de agosto - Define as regras a observar no funcionamento
dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico,
bem como na oferta das atividades de animação e de apoio à família (AAAF), da
componente de apoio à família (CAF) e das atividades de enriquecimento curricular (AEC).
• Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro alterada pela Portaria n.º 165-B/2015, de 3 de
junho - Estabelece as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação dos
cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e
cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em escolas profissionais.
• Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho alterado pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de
julho e pelo Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro - Estabelece os princípios
orientadores da organização e da gestão dos currículos, da avaliação dos conhecimentos e
capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos dos ensinos básico e secundário.
Determina a introdução da disciplina de Inglês no currículo, como disciplina obrigatória a
partir do 3.º ano de escolaridade, bem como à definição da habilitação profissional para
lecionar Inglês no 1.º ciclo e à criação de um novo grupo de recrutamento.
• Portaria n.º 243-B/2012, de 13 de Agosto - Cria os cursos secundários de Dança, Música e
de Canto Gregoriano, aprova os respetivos planos de estudo, a ser ministrados nos
estabelecimentos de ensino público e privados e estabelece o regime de organização e
funcionamento, avaliação e certificação dos cursos mencionados.
• Portaria n.º 243-A/2012, de 13 de agosto - Define o regime de organização e
funcionamento, avaliação e certificação do curso de Design de Comunicação, do curso de
Design de Produto e do curso de Produção Artística, na área das Artes Visuais, e do curso
de Comunicação Audiovisual, na área dos Audiovisuais, ministrados em estabelecimentos
de ensino público, particular e cooperativo.
• Portaria n.º 242/2012, de 10 de agosto - Define o regime de organização e funcionamento
dos cursos científico-humanísticos de nível secundário de educação, na modalidade de
ensino recorrente, ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e
cooperativo, e estabelece os princípios e os procedimentos a observar na avaliação e
certificação dos alunos.
• Portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto, retificada pela Declaração de Retificação n.º
51/2012, de 21 de setembro - Define o regime de organização e funcionamento dos cursos
científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias, de Ciências Socioeconómicas, de Línguas
e Humanidades e de Artes Visuais, ministrados em estabelecimentos de ensino público,
particular e cooperativo, e estabelece os princípios e os procedimentos a observar na
avaliação e certificação dos alunos.
• Portaria n.º 225/2012, de 30 de julho, e respetiva Declaração de Retificação - Cria o curso
básico de Música, Dança e de Canto Gregoriano, dos 2.º e 3.º ciclos, aprova os respetivos
planos de estudo, estabelece o regime de organização, funcionamento, avaliação e
certificação dos cursos referidos bem como o regime de organização das Iniciações em
Dança e em Música do 1.º ciclo, do Ensino Básico.
40
9.1.3.1. Serviço docente
• Portaria n.º 107-A/2018, de 19 de abril - Fixa o número de vagas dos quadros de zona
pedagógica, a preencher pelo concurso externo, no ano escolar de 2018-2019.
• Aviso n.º 5442-A/2018, de 19 de junho - Concursos de educadores de infância e de
professores dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2018-2019, nos termos
do previsto e regulado pelo Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na última redação
que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março, com a alteração
prevista no artigo 315.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro.
• Despacho n.º 6477/2017, de 26 de julho - Define o número de Coordenadores
Interconcelhios das Bibliotecas Escolares (CIBE) e estabelece as condições de exercício
dessa função.
• Portaria n.º 172/2017, de 30 de junho - Define as condições em que pode ser autorizado o
recurso à permuta, prevista no Estatuto da Carreira Docente, pelos docentes de carreira.
• Portaria n.º 197/2017, de 23 de junho - Repristina e altera a Portaria n.º 260-A/2014, de
15 de dezembro, que regula a aquisição de qualificação profissional para a docência nos
grupos de recrutamento que já detenham, ou venham a obter, formação certificada no
domínio do ensino de inglês no 1.º ciclo do ensino básico e os níveis de proficiência
linguística em Inglês do 3.º ao 12.º ano nos ensinos básico e secundário.
• Decreto-Lei n.º 28/2017, de 15 de março - Altera o regime de seleção, recrutamento e
mobilidade do pessoal docente para os estabelecimentos públicos de educação pré-escolar
e dos ensinos básico e secundário na dependência do Ministério da Educação.
• Portaria n.º 192-A/2015, de 29 de junho – Estabelece as regras de designação de docentes
para a função de professor bibliotecário, o modo de designação de docentes que
constituem a equipa da biblioteca escolar, as regras concursais aplicáveis às situações em
que se verifique a inexistência no agrupamento de escolas ou nas escolas não agrupadas,
de docentes a afetar para as funções de professor bibliotecário, e as regras de designação
de docentes para a função de coordenador interconcelhio para as bibliotecas escolares
• Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, republicado pelo Decreto-Lei n.º 83-A/2014, de
23 de maio - Estabelece o novo regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente
dos ensinos básico e secundário e de formadores e técnicos especializados.
• Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro - Procede à décima primeira alteração do ECD
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/1990, de 28 de abril, e republica-o.
• Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro - Estabelece o regime de contratação de
técnicos que asseguram o desenvolvimento das atividades de enriquecimento curricular
(AEC) no 1.º ciclo do ensino básico nos agrupamentos de escolas da rede pública.
• Decreto-Lei n.º 27/2006, de 10 fevereiro - Cria e define os grupos de recrutamento para
efeitos de seleção e recrutamento do pessoal docente na educação pré-escolar e nos
ensinos básico e secundário.
41
9.1.4. UNIDADES DE APOIO AO ALTO RENDIMENTO NA ESCOLA (UAARE)
• Despacho n.º 9386-A/2016, de 21 de julho - Cria o projeto piloto denominado de “Apoio ao
Alto Rendimento na Escola”
• Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro - Estabelece as medidas específicas de apoio ao
desenvolvimento da Alto Rendimento.
• Decreto-Lei n.º 45/2013, de 5 de abril - Estabelece as medidas específicas de apoio à
preparação internacional das seleções ou outras representações desportivas nacionais.
• Portaria n.º 325/2010, de 16 de junho - Estabelece as medidas específicas de apoio ao
desenvolvimento do desporto de alto rendimento, relativamente ao nível C.
9.2. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS
• DGAE – Nota Informativa, de 30 de agosto de 2018. Concursos anuais com vista ao
suprimento das necessidades temporárias de pessoal docente 2018/2019. Mobilidade
interna e contratação inicial publicitação das listas definitivas.
• DGAE – Nota Informativa, de 10 de agosto de 2018. Concurso anual com vista ao suprimento
das necessidades temporárias de Educadores de Infância e de Professores dos Ensinos
Básico e Secundário: ano escolar de 2018-2019. Indicação da componente letiva (2.ª fase)
necessidades temporárias (pedido de horários).
• DGE – Orientações para a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com Percursos
Curriculares Alternativos (PCA), de 8 de agosto de 2018.
• DGAE – Nota Informativa, de 3 de agosto de 2018. Modalidade de horário de trabalho - Meia
Jornada.
• DGAE – Nota Informativa, de 3 de agosto de 2018. Contratação de Escola. Recrutamento de
docentes para lecionação do Ensino Artístico Especializado da Música e da Dança, Técnicos
Especiais e Técnicos Especializados.
• DGEstE – Nota Informativa n.º 2/2018, de 3 de agosto. Atividades de Enriquecimento
Curricular (AEC) 2018/2019. Portaria n.º 644-A/2015, de 24 de agosto.
• DGAE – Nota Informativa, de 31 de julho de 2018. Concurso anual com vista ao suprimento
das necessidades temporárias de Educadores de Infância e de Professores dos Ensinos
Básico e Secundário: ano escolar de 2018-2019 – Mobilidade interna.
• DGAE – Nota Informativa, de 27 de julho de 2018. Concurso anual com vista ao suprimento
das necessidades temporárias de pessoal docente - ano escolar de 2018/2019. Indicação de
Componente Letiva (ICL) – 1ª Fase.
• DGEstE - FAQ - Perguntas Frequentes - Matrículas na rede de ensino público, de 6 de julho
de 2018.
• ME - Ministério da Educação - Nota à comunicação social, de 4 de julho de 2018, sobre o
Despacho de Organização do Ano Letivo.
• DGE - FAQ - Perguntas Frequentes – Decreto-Lei n.º 55/2018.
42
• DGE - FAQ - Perguntas Frequentes - Questões sobre o Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de
julho.
• DGEstE – Documento de apoio à implementação do Regulamento Geral de Proteção de
Dados (RGPD) nos Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas. Maio de 2018.
• DGAE – Nota Informativa, de 23 de abril de 2018. Concurso de Educadores de Infância e de
Professores dos Ensinos Básico e Secundário. Ano escolar de 2018-2019.
• IGEC - Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, de 10 de fevereiro de 2017.
• CNPD - Comissão Nacional de Proteção de Dados - Deliberação N.º 1495/2016 -
Disponibilização de dados pessoais de alunos no sítio da Internet dos estabelecimentos de
educação e ensino, de 6 de setembro de 2016.
• ANQEP - Informação da sobre Afetação de Recursos Humanos às Equipas dos CQEP, de 29
de julho de 2016.
• DGAE - Nota Informativa – Registo Criminal Pessoal Docente e Pessoal Não Docente, de 27
de julho de 2016.
• DGAE - Nota Informativa – Registo Criminal Pessoal Docente e Pessoal Não Docente, 16 de
setembro de 2016.
• DGE – Regulamento de constituição e funcionamento de turmas PIEF para o ano letivo de
2017-2018 (em vigor em 2018-2019).
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ANEXO 1- AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS/ESCOLAS NÃO
AGRUPADAS INTERVENCIONADAS
INTERVENÇÃO OAL
ÁREA TERRITORIAL DO NORTE
AE DA ABELHEIRA, VIANA DO CASTELO
AE SÁ DE MIRANDA, BRAGA
AE VIRGÍNIA MOURA, GUIMARÃES
AE DO VALE DE SÃO TORCATO, GUIMARÃES
AE DE TERRAS DE BOURO
AE DR. MÁRIO FONSECA, LOUSADA
AE DE ALFÂNDEGA DA FÉ
AE DE AMARES
AE PROF. CARLOS TEIXEIRA, FAFE
AE DE MACEDO DE CAVALEIROS
AE DE MIRANDA DO DOURO
AE DE VILA POUCA DE AGUIAR - SUL
AE D. AFONSO III, VINHAIS
AE DE MAXIMINOS, BRAGA
AE D. ANTÓNIO TAIPA, PAÇOS DE FERREIRA
AE PROFESSOR ABEL SALAZAR, GUIMARÃES
AE D. PEDRO IV, VILA DO CONDE
AE FONTES PEREIRA DE MELO, PORTO
AE DE VALE DO TAMEL, BARCELOS
AE ANDRÉ SOARES, BRAGA
AE ALBERTO SAMPAIO, BRAGA
AE DR. FRANCISCO SANCHES, BRAGA
AE DE PAÇOS DE FERREIRA
AE D. AFONSO HENRIQUES, SANTO TIRSO
AE DE FREIXO DE ESPADA À CINTA
AE DE CASTELO DE PAIVA
45
AE DR. FERREIRA DA SILVA, OLIVEIRA DOS AZEMÉIS
AE D. MANUEL DE FARIA E SOUSA, FELGUEIRAS
AE DE PAREDES
AE DE VILA NOVA DE CERVEIRA
AE PINTOR JOSÉ DE BRITO, VIANA DO CASTELO
AE SOARES BASTO, OLIVEIRA DOS AZEMÉIS
AE DE REAL, BRAGA
AE JOÃO DE MEIRA, GUIMARÃES
AE DE VILA FLOR
AE DE SOUSELO, CINFÃES
AE DR. JOSÉ LEITE DE VASCONCELOS, TAROUCA
AE DA MAIA
AE DA SENHORA DA HORA, MATOSINHOS
AE ENG.º FERNANDO PINTO DE OLIVEIRA, MATOSINHOS
AE PROFESSOR ÓSCAR LOPES, MATOSINHOS
AE AURÉLIA DE SOUSA, PORTO
AE ANTÓNIO NOBRE, PORTO
AE CEGO DO MAIO, PÓVOA DE VARZIM
AE CAMPO ABERTO, PÓVOA DE VARZIM
AE DE RATES, PÓVOA DE VARZIM
AE DE SÃO MARTINHO, SANTO TIRSO
AE DE SÃO LOURENÇO, VALONGO
AE DE CAMPO, VALONGO
AE DE ERMESINDE, VALONGO
AE D. AFONSO SANCHES, VILA DO CONDE
AE DA MADALENA, VILA NOVA DE GAIA
AE D. PEDRO I, VILA NOVA DE GAIA
AE DE PAÇO DE SOUSA, PENAFIEL
AE DE PONTE DA BARCA
AE DE ARCOZELO, PONTE DE LIMA
AE D. SANCHO II, ALIJÓ
46
AE DE MURÇA
AE CLARA DE RESENDE, PORTO
AE DIOGO CÃO, VILA REAL
AE DE FAFE
ESCOLAS DE ÁGUAS SANTAS, MAIA
ESCOLA ARTÍSTICA SOARES DOS REIS, PORTO
ESCOLA SECUNDÁRIA AUGUSTO GOMES, MATOSINHOS
ESCOLA SECUNDÁRIA CAMILO CASTELO BRANCO, VILA REAL
ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA, PORTO
ESCOLA SECUNDÁRIA HENRIQUE MEDINA, ESPOSENDE
ESCOLA SECUNDÁRIA ARQUITECTO OLIVEIRA FERREIRA, PRAIA DA GRANJA, VILA NOVA DE GAIA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE VILA VERDE
ESCOLA SECUNDÁRIA ALMEIDA GARRETT, VILA NOVA DE GAIA
ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO
AE RIO NOVO DO PRÍNCIPE, CACIA, AVEIRO
AE DE OLIVEIRINHA, AVEIRO
AE DE EIXO, AVEIRO
AE GÂNDARA-MAR, TOCHA, CANTANHEDE
AE DE MANTEIGAS
AE CARANGUEJEIRA - SANTA CATARINA DA SERRA, LEIRIA
AE DE SANTA CRUZ DA TRAPA, SÃO PEDRO DO SUL
AE RAINHA SANTA ISABEL, CARREIRA, LEIRIA
AE LIMA-DE-FARIA, CANTANHEDE
AE DR. CORREIA MATEUS, LEIRIA
AE VISEU NORTE
AE A LÃ E A NEVE, COVILHÃ
AE JOSÉ SANCHES E S. VICENTE DA BEIRA
AE DE VILA VELHA DE RÓDÃO
AE DE ALBERGARIA-A-VELHA
47
AE JOSÉ SILVESTRE RIBEIRO, IDANHA-A-NOVA
AE PADRE JOSÉ AUGUSTO DA FONSECA, AGUIAR DA BEIRA
AE DE ANADIA
AE DE AVEIRO
AE DE MEALHADA
AE DE MURTOSA
AE DE VAGOS
AE ESCALADA, PAMPILHOSA DA SERRA
AE DE TEIXOSO, COVILHÃ
AE DE CONDEIXA-A-NOVA
AE FIGUEIRA NORTE, FIGUEIRA DA FOZ
AE DE MIRANDA DO CORVO
AE MARINHA GRANDE NASCENTE
AE DE CASTRO DAIRE
AE DE VILA DE REI
AE COIMBRA CENTRO
AE DE MORTÁGUA
AE DE NELAS
AE DE OLIVEIRA DE FRADES
AE DE SANTA COMBA DÃO
AE DE VISO, VISEU
AE DE VILA NOVA DE PAIVA
AE DE SEIA
AE DE MANGUALDE
AE SECUNDÁRIA CAMPOS DE MELO, COVILHÃ
ESCOLA SECUNDÁRIA JOSÉ FALCÃO, COIMBRA
ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOAQUIM DE CARVALHO, FIGUEIRA DA FOZ
ESCOLA SECUNDÁRIA VIRIATO, ABRAVESES, VISEU
ESCOLAS RAINHA SANTA ISABEL, PEDRULHA, COIMBRA
48
ÁREA TERRITORIAL DO SUL
AE DE NISA
AE N.º 1 DE ELVAS
AE N.º 3 DE ELVAS
AE DE FRONTEIRA
AE JOSÉ RÉGIO, PORTALEGRE
AE DE SOUSEL
AE DO CRATO
AE DE BARRANCOS
AE N.º 1 DE BEJA
AE DE CASTRO VERDE
AE DE MOURA
AE DE VIDIGUEIRA
AE DE VILA VIÇOSA
AE SEVERIM DE FARIA, ÉVORA
AE DE ESTREMOZ
AE DE REGUENGOS DE MONSARAZ
AE DE GRÂNDOLA
AE DE ODEMIRA
AE D. AFONSO III, FARO
AE DR. ALBERTO IRIA, OLHÃO
AE PINHEIRO E ROSA, FARO
AE D. JOSÉ I, VILA REAL SANTO ANTÓNIO
AE DR. JORGE AUGUSTO CORREIA, TAVIRA
AE PADRE ANTÓNIO MARTINS DE OLIVEIRA, LAGOA
AE POETA ANTÓNIO ALEIXO, PORTIMÃO
AE DE BEMPOSTA, PORTIMÃO
AE DE SILVES
AE RIO ARADE, LAGOA
AE DE OURÉM
AE DO SARDOAL
49
AE D. MANUEL I, TAVIRA
AE DE ALCOCHETE
AE ANTÓNIO GEDEÃO, ALMADA
AE JOÃO DE BARROS, SEIXAL
AE PROF. RUY LUÍS GOMES, ALMADA
AE D. JOÃO I, MOITA
AE ALMEIDA GARRETT, AMADORA
AE BRAAMCAMP FREIRE – PONTINHA, ODIVELAS
AE VERGÍLIO FERREIRA, LISBOA
AE DE CARNAXIDE, OEIRAS
AE SANTA MARIA DOS OLIVAIS, LISBOA
AE DE BENFICA, LISBOA
AE BAIXA-CHIADO, LISBOA
AE SÃO JULIÃO DA BARRA, OEIRAS
AE LUÍS DE STTAU MONTEIRO, LOURES
AE DA BOBADELA, LOURES
AE MIGUEL TORGA, SINTRA
AE D. JOÃO V, AMADORA
AE MONTE DA LUA, SINTRA
AE LINDA-A-VELHA E QUEIJAS, OEIRAS
AE RAFAEL BORDALO PINHEIRO, CALDAS DA RAINHA
AE DE FERNÃO DO PÓ, BOMBARRAL
AE MARINHAS DO SAL, RIO MAIOR
AE DA AZAMBUJA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE PINHAL NOVO, PALMELA
ESCOLA SECUNDÁRIA DA QUINTA DO MARQUÊS, OEIRAS
ESCOLA SECUNDÁRIA PEDRO NUNES, LISBOA
ESCOLA SECUNDÁRIA RAINHA SANTA ISABEL, ESTREMOZ
ESCOLA SECUNDÁRIA POETA AL BERTO, SINES
50
ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DAS HORAS DO CRÉDITO HORÁRIO
ÁREA TERRITORIAL DO NORTE
AE DR. MÁRIO FONSECA, LOUSADA
AE DE AMARES
AE DE MIRANDA DO DOURO
AE DE VALE DO TAMEL, BARCELOS
AE AURÉLIA DE SOUSA, PORTO
AE CLARA DE RESENDE, PORTO
ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO
AE LIMA-DE-FARIA, CANTANHEDE
AE DE ALBERGARIA-A-VELHA
AE DE VILA DE REI
ÁREA TERRITORIAL DO SUL
AE JOÃO DE BARROS, SEIXAL
AE VERGÍLIO FERREIRA, LISBOA
AE DE CARNAXIDE, OEIRAS
AE SANTA MARIA DOS OLIVAIS, LISBOA
AE SÃO JULIÃO DA BARRA, OEIRAS
AE MONTE DA LUA, SINTRA
51
PARECERES SOBRE PEDIDOS DE REFORÇO DE CRÉDITO HORÁRIO DAS ESCOLAS
ÁREA TERRITORIAL DO NORTE
AE ANDRÉ SOARES, BRAGA
AE JOÃO DE MEIRA, GUIMARÃES
AE D. PEDRO IV, VILA DO CONDE
AE FERNÃO DE MAGALHÃES, CHAVES
AE DE S. LOURENÇO, VALONGO
AE VIEIRA ARAÚJO, VIEIRA DO MINHO
ESCOLA ARTÍSTICA DE SOARES DOS REIS
ÁREA TERRITORIAL DO CENTRO
AE DE FORNOS DE ALGODRES
AE INFANTE D. PEDRO, PENELA
AE DE VAGOS
ÁREA TERRITORIAL DO SUL
AE DE ALCOCHETE
AE RUY BELO, SINTRA
AE MONTE DA LUA
AE RAINHA D. LEONOR, LISBOA
ESCOLA SECUNDÁRIA JORGE PEIXINHO, MONTIJO
ESCOLA SECUNDÁRIA POETA AL BERTO, SINES