179
UNIVERSIDADE DE SAO PAULO INSTITUTO DE QUÍMICA "ESTUDOS DE SULFENILAÇAO DE ALGUNS SULFÓXIDOS FUNCIONALIZADOS. REAÇÕES DE PUMMERER, CATALISADA E TÉRMICA, DE (X-METILTIO SULFÓXIDOS". Francisco Carlos Biaggio Orientadora: Profa. Dra. Blanka Wladislaw SAO PAULO 1993

Orientadora: Profa. Dra. Blanka Wladisla · universidade de sao paulo instituto de quÍmica "estudos de sulfenilaÇao de alguns sulfÓxidos funcionalizados. reaÇÕes de pummerer,

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UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

INSTITUTO DE QUÍMICA

"ESTUDOS DE SULFENILAÇAO DE ALGUNS SULFÓXIDOS FUNCIONALIZADOS.

REAÇÕES DE PUMMERER, CATALISADA E TÉRMICA, DE ~-CETO,

(X-METILTIO SULFÓXIDOS".

Francisco Carlos Biaggio

Orientadora: Profa. Dra. Blanka Wladislaw

SAO PAULO

1993

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À Profa. Dra. Blanka Wladislaw

minha gratidão pela orientação segura,

incentivo e interesse a mim dedicados

durante a execução deste trabalho.

4

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Agradecimentos

À Profa. Ora. Liliana Marzorati pelas valiosas sugestões

apresentadas no decorrer desta tese.

Ao Prof. Or. Cláudio oi Vitta pelo apoio material.

À Sandra Gomes pelo trabalho de digitação desta tese.

Aos Srs. Laerte, Nilza e Iara pela ajuda técnica.

Aos colegas do Bloco 11 inferior pelo fornecimento de

placas preparativas.

Ao Prof. Or. Paulo Roberto Olivato pela cessão de reagen-

teso

Ao Prof. Or. Hans Viertler pela cessão de colunas cromato­

gráficas.

Ao Prof. Or. Timothy J. Brockson pelo uso do polarimetro

digital.

Ao Nelson F. Claro Junior pela inestimãvel ajuda na

confecção desta tese.

A todos os colegas do Bloco 5 superior pelo apoio e amiza-

de.

Aos técnicas da Central Analítica.

À banca examinadora pelas críticas e sugestões apresentadas

durante a defesa da tese.

Ao CNPq pela ajuda financeira concedida durante o desenvol­

vimento do trabalho.

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INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1

Í N D I C E

1. a-Sulfinil carbânions e suas reações

1.1. Geração de a-sulfinil carbânions

1.2. Estereoquímica de a-sulfinil carbânions

1.3. Reações de a-sulfinil carbânions com eletrófilos

1.3.1. Reações de alquilação

1.3.2. Reações de acilação

1.3.3. Reações de adição à duplas ligações: adições

Página

01

02

02

02

03

09

10

23

de Michael 30

1.3.4. Reações de condensação 37

1.3.5. Reação de sulfenilação de sulfóxidos 50

CAPÍTULO 2 53

2. Apresentação dos resultados e discussão 53

2.1. Reações de sulfenilação de sulfinil carbânions 53

2.2. Reatividade de ~-ceto sulfóxidos sulfenilados: Reações

Pummerer e decomposição térmica 75

2.3. Conclusões 86

CAPÍTULO 3 88

3. Parte experimental 88

3.1. Instrumentos utilizados para análise 88

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3.2. Solventes e reagentes 90

3.3. Metodologias sintéticas para a obtenção de

~-ceto sulfóxidos. Procedimento Geral (A) 91

3.4. Método geral de sulfenilação em fase homogênea (B) 92

3.5. Método geral de sulfenilação em fase heterogênea 92

3.5.1. Por extração do íon-par (C) 92

3.5.2. Por catálise de transferência de fase sólido-

líquido, empregando-se catalisador quirálico e

não quirálico (D)

3.6. Método geral de decomposição térmica

3.6.1. Para os ~-ceto sulfóxidos não sulfenilados (E)

3.6.2. Para os ~-ceto sulfóxidos sulfenilados (F)

3.7. Procedimentos gerais para a síntese dos a-ceto

ortotioésteres e a-ceto tioésteres

3.7.1. Preparação de a-cloro-~-ceto sulfetos (G)

3.7.2. Preparação dos a-ceto mercaptais (H)

3.7.3. Preparação dos a-ceto ortotioésteres (I)

3.7.4. Preparação dos a-ceto tioésteres (J)

3.8. Procedimento geral para a síntese de w-metiltio

acetofenonas

3.8.1. Preparação de bromoacetofenonas (K)

3.8.2. Preparação de w-metiltioacetofenonas (L)

3.9. obtenção e reações de sulfenilação de w-(metilsuI-

93

93

93

94

94

94

95

95

96

96

96

96

finil)-acetofenona em fase homogênea 97

3.9.1. Obtenção de w-(metilsulfinil)-acetofenona (57) 97

3.9.2. Reação de sulfenilação empregando NaH/DMSO/~SS~ 97

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3.9.3. Reação de sulfenilação empregando NaH/DMSOjMeS02SMe 98

3.10. Preparação do a-sulfinil-acetato de etila (195) 99

3.10.1. Obtenção do metiltio-acetato de etila (194) 99

3.10.2. Obtenção do metilsulfinil acetato de etila (195) 99

3.11. Reações de sulfenilação do sulfinil éster (~) em

fase homogênea

3.11.1. Empregando NaH/DMSOjMeSSMe

3.11.2. Empregando NaH/DMSOjMeS02SMe

3.11.3. Empregando NaH/DMSO/N-metiltio ftalimida

3.11.4. Empregando LICA/THFjMeSSMe

3.11.5. Empregando LDA/THFjMeSSMe

3.12. Preparação do metilsulfinil-malonato de

100

100

101

101

102

103

dietila (199) 103

3.12.1. Obtenção do cloromalonato de dietila (197) 103

3.12.2. Obtenção do metiltio-malonato de dietila (198) 104

3.12.3. Obtenção do metilsulfinil-malonato de

dietila (199)

3.13. Reações de sulfenilação do metilsulfinil-malonato

de dietila em fase homogênea

3.13.1. Empregando NaH/DMSOjMeSSMe

3.13.2. Empregando NaH/THFjMeS02SMe

3.14. Preparação do metilsulfinil-tioacetato de

104

105

105

106

metila (202) 106

3.14.1. Obtenção do ácido metiltio-acético (200) 106

3.14.2. Obtenção do metiltio-tioacetato de metila (201) 107

3.14.3. Obtenção do metilsulfinil-tioacetato de

metila (202) 108

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3.15. Reações de sulfenilação do metilsulfinil-

tioacetato de metila em fase homogênea 108

3.15.1. Empregando NaH/DMSOjMeSSMe 108

3.15.2. Empregando NaH/DMSO/9SS9 109

3.16. Preparação do ~-ceto sulfóxido cíclico (208) 110

3.16.1. Obtenção do diéster (205) 110

3.16.2. Obtenção dos ~-ceto ésteres cíclicos (206a,b) 110

3.16.3. Obtenção de 3-tiaciclohexanona (~) 111

3.16.4. Obtenção do ~-ceto sulfóxido cíclico (208) 112

3.17. Reações de sulfenilação do ~-ceto sulfóxido cíclico

em fase homogênea

3.17.1. Empregando NaH/DMSOjMeS02SMe

3.17.2. Empregando NaH/DMSOjMeSSMe

3.18. Preparação dos ~-ceto sulfóxidos substituídos (210),

(211) e (212)

3.18.1. Obtenção de w-(metilsulfinil)-p-cloro-acetofe­

nona (210)

3.18.2. Obtenção de w-(metilsulfinil)-p-metil-acetofe­

nona (211)

3.18.3. Obtenção de w-(metilsulfinil)-p-metoxi-acetofe­

fenona (212)

3.19. Reações de sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos (210),

(211) e (212) em fase homogênea, empregando

NaH/DMSOjMeSO 2 SMe

3.19.1. A partir do ~-ceto sulfóxido p-cloro

substituído (210)

112

112

113

114

114

114

115

115

115

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3.19.2. A partir do ~-ceto sulfóxido p-metil

substituído (211)

3.19.3. A partir do ~-ceto sulfóxido p-metóxi

substituído (212)

3.20. Reações de sulfenilação do ~-ceto sulfóxido (57),

a-sulfinil éster (195) e a-sulfinil tioéster (202)

em fase heterogênea (método de extração do

íon-par)

3.20.1. A partir do ~-ceto sulfóxido (57)

3.20.2. A partir do a-sulfinil éster (195)

3.20.3. A partir do a-sulfinil tioéster (202)

3.21. Reações de sulfenilação do ~-ceto sulfóxido (57),

a-sulfinil éster (195) e a-sulfinil tioéster (217)

em fase heterogênea (sistema SÓlido-líquido),

empregando TEBA

3.21.1. Preparação do metiltio-tioacetato de etila

3.21.2. Preparação do metilsulfinil-tioacetato de

etila (217)

3.21.3. Sulfenilação a partir do ~-ceto sulfóxido (57)

3.21.4. Sulfenilação a partir do a-sulfinil éster (195)

3.21.5. Sulfenilação a partir do metilsulfinil-

tioacetato de etila (217)

3.22. Reações de sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos (210),

(211) e (212) em fase heterogênea (sistema sólido­

líquido), empregando TEBA

3.22.1. A partir do ~-ceto sulfóxido (210)

3.22.2. A partir do ~-ceto sulfóxido (211)

116

117

117

117

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118

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120

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3.22.3. A partir do ~-ceto sulfóxido (212) 123

3.23. Obtenção do cloreto de benzil quinínio (QUIBEC) 124

3.24. Reações de sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos

(57), (210), (211) e (212) em fase heterogênea

(sistema SÓlido-líquido), empregando QUIBEC

3.24.1. A partir do ~-ceto sulfóxido (57)

3.24.2. A partir do ~-ceto sulfóxido (210)

3.24.3. A partir do ~-ceto sulfóxido (211)

3.24.4. A partir do ~-ceto sulfóxido (212)

3.25. Reações dos ~-ceto sulfóxidos sulfenilados p-metil

(214) e p-metóxi (215) substituídos com ácido

clorídrico diluído

3.25.1. A partir do ~-ceto sulfóxido monossulfenilado

p-metil substituído (214)

3.25.2. A partir do ~-ceto sulfóxido monossulfenilado

p-metóxi substituído (215)

3.26. Preparação dos ortotioésteres e a-cetotioésteres

autênticos

3.26.1. Obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224a)

3.26.2. Obtenção do a-ceto mercaptal (225a)

3.26.3. Obtenção do a-ceto ortotioésteres (226a)

3.26.4. Obtenção do a-ceto tioéster (227a)

3.26.5. Obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224b)

3.26.6. Obtenção do a-ceto mercaptal (225b)

3.26.7. Obtenção do a-ceto ortotioéster (226b)

3.26.8. Obtenção do a-cetotioéster (227b)

3.26.9. Obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224c)

124

124

125

125

126

127

127

127

128

128

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129

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130

131

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3.26.10. Obtenção do a-ceto mercaptal (~c)

3.26.11. Obtenção do a-ceto ortotioéster (226c)

3.26.12. Obtenção do a-cetotioéster (227c)

3.26.13. Obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224d)

3.26.14. Obtenção do a-ceto mercaptal (225d)

3.26.15. Obtenção do a-ceto ortotioéster (226d)

3.26.16. Obtenção do a-cetotioéster (227d)

3.27. Decomposição térmica dos ~-ceto sulf6xidos

sulfenilados (~), (213), (214) e (215)

3.27.1. A partir do ~-c o sulf6xido sulfenilação não

132

132

133

134

134

134

135

136

substituído (19 136

3.27.2. A partir do ~-ce ' sulfenilado p-cloro

substituído (213)

3.27.3. A partir do ~-ceto sulf6xido sulfenilado

p-metil substituído (214)

3.27.4. A partir do ~-ceto sulf6xido sulfenilado

p-met6xi substituído (215)

3.28. Decomposição térmica dos ~-ceto sulf6xidos não

sulfenilados (57) e (210)

3.28.1. A partir do ~-ceto sulf6xido não substituí­

do (57)

3.28.2. A partir do ~-ceto sulf6xido p-cloro substi-

tuído (210)

3.29. Preparação do p-cloro-a-ceto-sulfeto (214b)

3.29.1. Obtenção de p-cloro-bromoacetofenona

3.29.2. Obtenção de p-c!oro-a-ceto sulfeto (234b)

3.30. Preparação do a-ceto-sulfeto (234a)

136

137

137

138

138

138

139

139

139

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3.30.1. Obtenção de bromoacetofenona

3.30.2. Obtenção do a-cloro-sulfeto (234a)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RESUMO

SUMMARY

ESPECTRO I: RMN-1H do a-sulfinil éster (195)

ESPECTRO II: RMN-1H do a-sulfinil és ter sulfeni-

nilado (196)

ESPECTRO III: RMN-1H do a-sulfinil tioéster (202)

ESPECTRO IV: RMN-1H do a-sulfinil tioéster sulfeni-

lado (203)

ESPECTRO V: RMN-1H do a-sulfinil tioéster (216)

ESPECTRO VI: RMN-1H do a-sulfinil tioéster sulfeni-

lado (217)

ESPECTRO VII: RMN-1H do ~-ceto sulfóxido cíclico

140

140

141

150

153

156

156

157

157

158

158

sulfenilado (209) 159

ESPECTRO VIII: RMN-1H do ~-ceto sulfóxido (57) 160

ESPECTRO IX: RMN-1H do ~-ceto sulfóxido sulfenilado (193) 160

ESPECTRO X: RMN-1H do ~-ceto sulfóxido p-cloro subs-

tituído (210) 161

ESPECTRO XI: RMN-1H do ~-ceto sulfóxido sulfenilado (213) 161

ESPECTRO XII: RMN-1H do ~-ceto sulfóxido p-metil subs-

tituído (211) 162

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ESPECTRO XIII: RMN-1H do ~-ceto su1fóxido su1feni1ado (214) 162

ESPECTRO XIV: RMN-1H do ~-ceto su1fóxido (212) p-metóxi

substituído (212) 163

ESPECTRO XV: RMN-1H do ~-ceto su1fóxido su1feni1ado (215) 163

ESPECTRO XVI: RMN-1H da mistura diastereomérica (4:1)

do ~-ceto su1fóxido su1feni1ado (193)

ESPECTRO XVII: RMN-1H (após duas recrista1izações) do

~-ceto su1fóxido su1feni1ado (193)

ESPECTRO XVIII: RMN-1H da mistura diastereomérica (4:1)

164

164

do ~-ceto su1fóxido su1feni1ado (214) 165

ESPECTRO XIX: RMN-1H (após uma recrista1ização) do ~-ceto

su1fóxido su1feni1ado (214) 165

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INTRODUÇAO

o grupo da Profa. BlankaWladislaw tem se dedicado ao estu­

do de reações de sulfenilaçã01a- h •

O presente trabalho foi iniciado com a finalidade de inves­

tigar as reações de sulfóxidos funcionalizados com reagentes

sulfenilantes, reações estas que deveriam ocorrer através de

sulfinil carbânions gerados em presença de bases.

Devido a este fato pareceu-nos de interesse efetuar uma

pesquisa bibliográfica sobre outras reações de sulfinil

carbânions, as quais foram recentemente revistas por Oae e Uchi­

da2 e por Mikolajczyk e col. 3 •

A presente tese foi dividida em 3 capítulos: 1) a-sulfinil

carbânions e suas reações (Revisão bibliográfica); 2)

Apresentação dos resultados e discussão; 3) Parte experimental.

O segundo capítulo foi dividido em 2 subcapítulos, ou seja,

reações de sulfenilação de sulfinil carbânions e reatividade de

f3-ceto sulfóxidos sulfenilados (reações de Pummerer e

decomposição térmica).

1

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CAPÍTULO I

1. a-Sulfinil carbânions e suas reações

o presente capítulo tem por objetivos apresentar as princi-

pais reações de a-sulf inil carbânions, bem como abordar alguns

aspectos sintéticos envolvidos. Com este objetivo foram selecio-

nados trabalhos da literatura englobando diversos tipos de

reações destes carbânions. Entendemos que os conceitos e reações

aqui apresentados são signif icati vos para a compreensão deste

trabalho.

1.1. Geração de a-sulfinil carbânions

Em 1962 Corey e chaykovsky4 observaram que o dimetil

sulfóxido era convertido ao metil-sulfinil carbânion ("dimsyl"

anion) na presença de hidreto de sódio a 70oC. Posteriormente,

estes mesmos autores relataram que este sulfinil carbânion reagi­

ria com vários eletrófilos. 5

A formação de a-sulfinil carbânions foi amplamente investi-

d O t ,6,7 , 'f' ga a por urs e Vl.au, os qual.s verl. l.caram que os mesmos

podem ser formados por bases tais como: hidreto de sódio (NaH) em

dimetil sulfóxido (DMSO), diisopropil amideto de lítio (LDA) e

metil lítio (MeLi) em tetrahidro furano (THF), e t-butóxido de

potássio (t-BUO-K+) em t-butanol.

Entretanto, Durst9 e Johnson8 observaram que n-butil lítio

e t-butil lítio poderiam clivar a ligação carbono-enxofre, condu-

zindo a reações de troca dos grupos alquílicos. (Esquema 1).

2

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o 11

R1 _S_R2 + R-Li

R = n-Bujt-Bu

ESQUEMA 1

o 11 2 1

----~) R-S-R + R -Li

1.2. Estereoquímica de a-sulfinil carbânions

Os a-sul f inil carbânions são diastereoméricos quando uma

função sulfinila quirálica está diretamente ligada ao centro

carbaniônico. Isto foi demonstrado independentemente por Rauk10 ,

Baldwin11 e Durst7 ,12 que, ao realizarem a reação de troca hidro-

gêniojdeutério no (S) -benzil metil sulfóxido, observaram que o

próton pró-R era trocado preferencialmente.

Durst e colo 12,13 verificaram também que a facilidade de

troca de prótons metilênicos em di versos sulfóxidos benzílicos

quirálicos é influenciada pela natureza da base e do eletrófilo

usados. Além disso, comparando as reações de sulfóxidos

benzílicos contendo diferentes grupos ligados ao grupo sulfinila,

com diversos eletrófilos, verificaram que, enquanto a

estereoquímica depende do grupo substituinte, o quociente diaste-

reomérico permanece o mesmo para cada sulfóxido, independentemen-

te do eletrófilo empregado.

Durst e colaboradores12 ,14 ao efetuarem as reações do

carbânion de benzil sulfóxido quirálico com água deuterada e

posteriormente com iodeto de metila observaram que no primeiro

caso ocorre retenção de configuração no carbono, enquanto que no

segundo caso ocorre inversão de configuração. (Esquema 2).

3

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ESQUEMA 2

-. Li .• D , MeLi , , 1)D2

O , </J-CH -S-CH ) </J-C - S-Me ) </J-C-SO Me (15:1)

2, 3 THF , , 2) [O] , 2

O H O H

" 1)CH3 1 )

H , </J-C-SO Me (18:1)

2)[0] , 2

CH3

Esta estereosseleti vidade foi prevista anteriormente por

Wolfe e cOl. 15a ,b pelo emprego de cálculos ab initio de orbitais

moleculares e atribuída ao efeito "gauche". No entanto, deve ser

enfatizado que estes cálculos assumiram que o sulfinil carbânion

está presente como íon livre, não levando em consideração efeitos

de solvatação e interações do íon-par. Realmente, vários pesqui-

sadores mostraram que existem tais efeitos. Assim, Biellman e

col. 16 relataram que a estereoquímica da deuteração e metilação

difere significativamente quando as reações são realizadas em

hexametil fósforo triamida (lIMPA) na presença de um poliéster

macrocíclico.

Durst e MOlin17 observaram que soluções de a-sulfinil

carbânions em THF, dimetoxietano, lIMPA ou triglima não conduziram

corrente elétrica, indicando que o carbânion existe como ion-par

íntimo ou solvatado. Estes autores também mostraram que a adição

de sais de lítio (LiBr, LiI, - LiCIO 4) alterou profundamente a

relação diastereomérica.

4

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Biellmann e Vicens18 relataram que a estereosseletividade

da reação de a-sulfinil carbânions depende da capacidade do ele­

trófilo em doar elétrons. Isto foi demonstrado na reação do

carbânion do benzil metil sulfóxido quirálico com óxido de

deutério (considerado um solvente doador de elétrons) e iodeto de

metila (baixa capacidade de doar elétrons). Estes autores obser-

varam que o ataque de 02

0 ocorreria do mesmo lado do átomo de

lítio, enquanto que o ataque de iodeto de metila ocorreria do

lado estericamente menos impedido e menos solvatado. (Figura 1).

o I

o-o, Li 11111 O

" I /.--s,

FIGURA 1

Li+1I110

, I )l - s, ''\HQr

3

t 1 19 'f' t 'I - d b A

' Marque e co. ver1. 1. C aram que a me 1. açao e car an1.ons

derivados de cis e trans-4-t-butil-tia-ciclohexanonas procede de

modo similar ao esquema indicado na Figura 1. (Esquema 3).

Existe na literatura uma controvérsia sobre a conformação

de a-sulfinil carbânion, que é considerada ou piramidal (la,b,c)

ou planar (~a,b). (Figura 2).

5

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ESQUEMA 3

•• •• I I

~>O CH3 I S\.. equatorial -;P:l O predominante

O O

i i

~~' CH3 I ~\. axial

predominante

FIGURA 2

~:, *, R* R'~R' ~ R' R' R' R' R R'

la lb lc 2a 2b

Wolfe e col. l5a ,b efetuaram cálculos ab initio de orbitais

moleculares sobre uma molécula hipotética, ou seja, a base conju­

gada de hidrogênio metil sulfóxido (-CH2SOH), e concluiram que a

conformação mais estável do carbãnion é representada pela estru-

tura (~), onde o par de elétrons do carbânion bissecciona o

ângulo O-S-:, sendo mais estável que (~) e (~) de 1,6 e 12 kcal/

moI, respectivamente. (Figura 3).

6

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FIGURA 3

~*:k: H H

3 4 5

Entretanto, posteriormente, estes autores1Sa ,b refizeram os

cálculos para a mesma molécula utilizando uma nova série básica

(3-21G*), a qual incluia a participação dos orbitais 3d. As con-

formações mais estáveis indicadas por estes cálculos para CH3SOH

e CH3SOCH3 e os respectivos carbânions são indicadas pelas estru­

turas de Newman (~), (2), (~) e (~). (Figura 4).

FIGURA 4

~.,..~ ..

t · ~. H2 ~

.. o· H~ ~

.-o.~ t@".", H " I • . ~ ~

H' ~ oi • .,f.I .,t. !\. .

H oJ> , ~ . ....-o..~,~.

, ~ H. H, ".f

6 7 8 9

Embora estes novos cálculos contradigam a sugestão anterior

que indicava o carbânion (d) como sendo o mais estável, os mesmos

enfatizaram a importância do orbital 3d para a estabilização de

a-sulfinil carbânions.

7

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Em apoio aos trabalhos apresentados por Wolfe e cOl. 15a ,b,

Chassing e col. 20a ,b mostraram, através de dados de ressonância

de carbono 13, que o átomo de carbono no a-sulfinil carbânion é

quase planar, como mostra a Figura 5.

FIGURA 5

0 111 Li

1 11 'IH R ""r---C~ ..

No mesmo ano, Marquet e col. 19 , bem como Biellmann e

col. 18 , independentemente, ao efetuarem respecti vamente as

reações dos carbânions de lítio do benzil metil sulfóxido

quirálico e do trans-4-t-butil-tia-ciclohexanona com vários ele-

trófilos, determinaram as relações diastereoméricas dos produtos

obtidos. Para explicar os resultados observados, os autores suge-

riram que os carbânions seriam melhor representados pela estrutu­

ra planar sp2.

Os dados de RMN 1H e 13C de sulfóxidos a-litiados sugeriram

também que os substituintes ligados ao átomo de carbono-a assumem

uma geometria planar sp2 21a,b

Entretanto, não podemos deixar de mencionar os trabalhos de

1 22a,b . t . d . 1 d Fava e co . I os qual.s encon raram uma consl. erave mu ança

na estereosseleti vidade da reação de alquilação do carbânion de

lítio do sulfóxido cíclico indicado no Esquema 4. Os resultados

8

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obtidos não estão de acordo com a estrutura planar sp2 do

a-sulfinil carbânion de lítio proposta por outros autores.

ESQUEMA 4

H l)n-BuLi H CH3 (CH~ (CH~ (CH~ +

'S H 2)CH3I , S .... CH ' S 'H , , 3 , O O O

n = 2, 3 n = 2 15 . 1 . = 3 5 1

1.3. Reações de a-sulfinil carbânions com eletrófilos

As reações de sulfenilação de sulfóxidos por nós investiga-

das podem ser consideradas como reações de sulfinil carbânions

com reagentes eletrofílicos sulfurados. Não encontramos na lite-

ratura algum exemplo deste tipo de reação. Porém são descritas as

reações de a-sulfinil carbânions com outros reagentes

eletrofílicos tais como reações de alquilação, acilação, adição a

duplas ligações (adições de Michael) e condensação do tipo

aldólica.

É digno de nota que estas reações tem sido amplamente uti-

lizadas em Química Orgânica Sintética, geralmente em um dos

estágios de várias etapas de síntese de compostos orgânicos.

Frequentemente o grupo sulfinila, que atua como fonte de estabi-

lização de carbânions, é removido, dando produtos livres de enxo-

fre. Dessa forma, a química de a-sulfinil carbânions tornou-se

bastante atrativa e versátil do ponto de vista sintético.

9

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Achamos de interesse apresentar neste capítulo os trabalhos

da literatura referentes a reações de a-sulfinil carbânions com

eletrófilos, tendo em vista mostrar tanto a sua reatividade como

a sua versatilidade.

1.3.1. Reações de alquilação

o primeiro relato que se encontra na literatura sobre al-

quilações de a-sulfinil carbânions é o de Gassman e Richmond de

1966 24 . Os autores efetuaram a mono- e di-alquilação de ~-ceto

sulfóxidos, sendo desenvolvido assim uma eficiente rota sintética

para a obtenção de uma variedade de cetonas. Nesta reação foi

empregado como base o hidreto de sódio em dimetil sulfóxido,

suficientemente forte para abstrair o próton do grupo metilênico.

(Esquema 5).

O O 1/ 1/

q,-C-CH -S-CH 2 3

O

l)NaHjDMSO

2)CH31

70%

1/ ~-C-CH-CH Al(Hg) ) 3'

11

ESQUEMA 5

10

O O 1/ 11 Al(Hg)

~-C-CH-S-CH I 3 96% CH3

11 ) NaHjDMSO

2) f'/Br

O CH O 1/ 1

31/

~-C-C-S-CH 3

~ 11

O

11 ~-C-CH -CH 2 3

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Em 1968, Carlson e Helquist25 relataram a reação de alqui

lação da 1, 3-di tiana S-óxido (10), gerando-se inicialmente o

a-sulfinil carbânion deste derivado com n-butil lítio em tetrahi-

drofurano, o qual reagiu posteriormente com haletos de alquila.

(Esquema 6).

ESQUEMA 6

o O 11 11

o 1)n-BuLi/THF/-l0-(OoC) () R = CH ) 3

2)R-Xi 14-24% X = Br, I

10

Posteriormente, Oqura e Tsuchihashi26 e SChlessinger e

col. 27 efetuaram os estudos de reações de alquilação de

carbânions de a-alquiltio sulfóxidos acíclicos (11) e (13) (Es-

quemas 7 e 8), empregando como base o n-butil lítio em tetrahi-

drofurano e vários agentes alquilantes. Estas reações mostraram

ser de importância para a síntese de aldeídos e cetonas, uma vez

que os sulfóxidos a-sulfenilados obtidos (12) e (14) sofrem fa-

cilmente hidrólise ácida.

11

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ESQUEMA 7

H 0+ CH3S, l)n-BuLi/THF CH S 3 'CH-R 3 CH

H CS/ 2 2)R-X CH S/ 84-91% 3 11

37-92% 3

11 O O

11 12

R = CH3 ; n-Bu; CH2~; p-Br-C6H4-CH2 / X = Br, I

EtS~ l)n-BuLi/THF . 'CH EtS/ 2 2)R-X;95%

11 O

13

ESQUEMA 8

EtS, CH-R

EtS/

11 O

14

lH30+

O

11 R-C-H

R = Me; Et; Pr; i-pr; n-Bu; alil

R1= R

X = Br, I

l)n-BuLi

2)R1-X 3)H

30+

90%

)

O 11

R-C-H

o 11 1

R-C-R

Grieco e col. 28a ,b, bem como Evans e col. 29 , efetuaram

reações de a-sulfinil carbânions, obtidos pela reação de 2-

alquenil sulfóxidos (15) com diversos haletos de alquila, empre-

gando como base o n-butil lítio em tetrahidrofurano. Os produtos

monoalquilados assim obtidos (16), quando submetidos à reação com

12

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tiofenolato de lítio, sofreram rearranjo sigmatrópico [2,3], e os

sulfenatos correspondentes obtidos (17), após hidrólise da

ligação S-o, forneceram os respectivos álcoois alílicos (li).

Grieco e col. 28b , utilizando-se da natureza estereoespecífica do

rearranjo sulfóxido-sulfenato, efetuaram a síntese do

(±)(E)-Nuciferol (19). (Esquema 9).

ESQUEMA 9

° ° [2,3] li", l)n-BuLijTHF \A /S /S

..... ......

Ar 2)R-I;90% Ar q>S-Li+

15 R 90% 16

ArS-j( Hj( R = H; Me; Et; Bu; p-MeC6H4-

Ar = CH3~ 17 18 . m ,H "

I~ ~

HO~ 19

Demoute e colo 30, em 1973, descreveram a alquilação do

a-sulfinil carbânion derivado do dissulfóxido (20), o qual foi

obtido usando como base o diisopropil amideto de lítio (LDA) em

tetrahidrofurano. O produto mono-alquilado obtido ( 21 ) desta

reação, constituiu-se no intermediário-chave da síntese total do

feromônio de Hyalophora cecropia (22). (Esquema 10).

13

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ESQUEMA 10

o 'S"- (' "'S"- O

MOMe

LDA/THF ~ ~ +

-40oC , 'V "" "" "" 'V "'OMe Br 20 21

./ ~

O

40% -~ J\.OMe

22

Em 1974, Ogura e col. 31a ,b observaram que o carbânion do

metil metil tiometil sulfóxido ( 11), gerado pelo emprego de n-

butil lítio em tetrahidrofurano, reage facilmente com o diiodeto

(23), dando o composto cíclico (24). Ogura empregou esta reação

na obtenção de 4-hidroxi-ciclopentenona (25), um importante in­

termediário na síntese de prostaglandinas. (Esquema 11).

0'0 XOI + Li+

23

ESQUEMA 11

_yMe

CH\.SOMe

11

14

70-80% O\C)<SMe

X OI SOMe

24

lH30+, 80-90%

HO,

0=0 25

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No mesmo ano, Grieco e col. 32 efetuaram a alquilação do

diânion derivado do l3-ceto sulfóxido (26), gerado por adição

sucessiva de hidreto de sódio e n-butil lítio em tetrahidrofura-

no. A alquilação ocorreu exclusivamente no carbono-To Os autores

empregaram esta reação ao desenvolverem um novo procedimento

geral para a síntese de vinil cetonas (28), através da eliminação

do ácido fenil sulfênico do composto mon6alquilado (27). (Esquema

12) •

ESQUEMA 12

O O O O 11 11 NaH 11 - 11 n-BuLi

<I>-S-CH-C-CH I 3

H3C

26

R-X

65-84%

~ <I>-S-C-C-CH THF I 3

H3C

O O 11 11 fJ.

<I>-S-CH-C-CH -R I 2 70-750 C

-<I>SOH 80-98%

H3C

27

R = Mei n-Bui BZi geranil X = CI, Br, I

~

THF

O

~ R

28

O O 11 - 11 -

<I>-S-C-C-CH ~ I 2

H3C

Posteriormente, Trost e col. 33 descreveram a reação de

alquilação dos a-sulfinil carbânions de a-sulfinil ésteres (29),

os quais foram gerados pelo emprego de hidreto de sódio em dime-

til sUlfóxido, ou diisopropil amideto de lítio em tetrahidrofura-

no. Os produtos mono-alquilados obtidos (30), foram posteriormen-

te transformados em ésteres a,~-insaturados, após eliminação dos

respectivos ácidos alquil sulfênicos. (Esquema 13).

15

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o 11 O

R/S0 0Et

29

R= Eti <P

l)NaHjDMSO

ou LDAjTHF

2)R1 -X

R1=BZi ~

x = Br, r

~

ESQUEMA 13

O 11 O

II'S00Et

R1

30

11 • O~i ,

-RSOH ) R1 -CH=CH-C02Et

o 75-85 C

30-80%

R1= R2CH 2

~(CH) i Me02C-C5H10 2 9

t B 'd 34 I' " d -Em 1975, Tros e r1 ges ,rea 1zaram uma ser1e e reaçoes

de a-sulfinil carbânions de diversos sulfóxidos (31), g~rado6

pelo emprego de hidreto de sódio em dimetil sulfóxido, com vários

haletos de alquila, e obti veram seleti vamente uma variedade de

olefinas trans (33), após eliminação do ácido fenil sulfênico no

produto mono-alquilado (32). (Esquema 14).

O

11 <p-S-CH -R

2

31

l)NaHjDMSO

2)R/-X

R = ~; CR; -S~; ~~

R/X=~ . '\: r'

ESQUEMA 14

O 11 Il R' ~

<p-S-CH-R ) .;;c= 'R I DMSO R' -<pSOH 33

32 42-87%

O R' = R"CH 11 2

; -S-<p

r 11

Ai ~Br; o~I

16

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Bartlet,35 em 1976, relatou a reação de alquilação de

vários a-sulfinil carbânions derivados de ~-ceto sulfóxidos (~),

e gerados em presença de hidreto de sódio ou hidreto de potássio

em dimetil sulfóxido. Os produtos mono-alquilados obtidos (35),

após eliminação do ácido metil sulfênico, forneceram ésteres

-r-ceto, a,~-insaturados (36) e após redução com borohidreto de

sódio, através do intermediário (37), ésteres -r-hidróxi,

a,~-insaturados (38) e butenolídeos (39). (Esquema 15).

O

O " R~S, 34

O

6 R/ 's/

" O

l)NaH ou KH ~

2)BrCH2C02Me

-Me OH

b O

Ó -MeSOH R/

39

ESQUEMA 15

o

)l), R ~C02He

35

lNaBH4

OH

~

-MeSOH 85-96%

Ryco2He

/ ~O

-MeSOH

37

R= O; $ ; $; lO-acetoxidecila;

OMe Br

3~-acetoxiandrost-5-en-17~-ila

17

O

R~C02He 36

OH

R~C02He 38

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Marshall e wutts36 efetuaram a reação de alquilação do

cx-sulfinil carbânion, formado pela reação de etil etiltiometil

sulfóxido (i3) e n-butil lítio, em tetrahidrofurano, com o haleto

de alquila (40), obtendo o composto mono-alquilado (41). Os auto-

res empregaram esta reação na etapa-chave da síntese de um impor-

tante intermediário para a obtenção de eudesmanos, ou sej a, o

hexahidro-naftalenol (42). Este último composto foi obtido após

ciclização intramolecular do intermediário (fi) na presença de

ácido perclórico. (Esquema 16).

ESQUEMA 16

Et-S l)n-BuLi/THF ~ HCI04 W 'CH Et-S/ 2

(r\r :EtS SOEt 11 2) O I H I OH

13 41 42

40

Posteriormente, Evans e col. 37 realizaram a reação de al-

quilação do cx-sulfinil carbânion, derivado do metil metiltiometil

sulfóxido ( 11), empregando-se dois mols do haleto de alquila

(43). Desta forma foi possível a obtenção do antibiótico

ionofórico A-23187 (44). (Esquema 17).

18

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ESQUEMA 17

R R R

2~J\r+ Mes> KH/THF

°XO

)

SMe O O MeS -MeSOH

X 11 75% O

li 11 44

R = CH3

Uma interessante aplicação da reação de alquilação de

a-sulfinil carbânions foi relatada em 1978 por Marquet e COI. 38 ,

ao efetuarem a alquilação do a-sulfinil carbânion do

intermediário (45) com o w-iodo pentanoato de t-butila. Esta

reação foi empregada com sucesso pelos autores em uma das etapas

da síntese total da biotina ( 46 ) . (Esquema 18, p. 20). Outro

aspecto importante desta reação é a indução assimétrica do grupo

sulfinila, o qual fez com que esta alquilação ocorresse com in-

versão de configuração no átomo de carbono-a.

Gui ttet e Julia 39 relataram a reação de alquilação do

a-sulfinil carbânion (47), obtido pela reação do fenil metil

sulfóxido com metil lítio em tetrahidrofurano, com cloreto de

metalila (48), conduzindo ao sulfóxido homoalílico (49). Subse-

quente tratamento com metil lítio em tetrahidrofurano forneceu o

a-sulfinil carbânion (50), o qual reagiu com a oxirana (51),

permitindo a obtenção do intermediário (52), que pelo aquecimento

rendeu o monoterpeno de ocorrência natural (E)-hotrienol (53).

(Esquema 19, p. 20).

19

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o

'N~/R

H"V" H ! O

45

°

ESQUEMA 18

O

l)MeLijHMPAjTHF mAm t ) HIII

2)I(CH2)4C02BU

80% 'C02

BUt

R = Bz

» O

~NH

°2H

46

ESQUEMA 19

~S/t/> O~ /lP ~S

lP-M-CH2

- Li+ + ~CI 73% N NLi+ )

Me Li 47 48 49 50

° ~s/t/> ~~51 A

~ )~ 60% tolueno 7 OH ~ 7 7 OH JI'

-t/>SOH

52 60% 53

Reutrakul e colo 40a,b, em 1979 e posteriormente em 1983,

investigaram a reatividade de cx-sulfinil carbânions cx-clorados.

20

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Os autores, ao efetuarem a alquilação de um a-sUlfinil carbânion

di-halogenado (54) com vários agentes alquilantes, obtiveram os

a-dihalogeno sulfóxidos (55) os quais, após eliminação do ácido

fenil sUlfênico, permi tiram a obtenção de 1, 1-dicloretos

vinílicos (56). (Esquema 20).

ESQUEMA 20

O CI LDA/THF CIO

11 1_ (jI-S-C

1 CI

.+ Ll. + R-CH2X ) R-CH 1 11

66%-98% 2-C-S-~ 1 CI

54 55

aMe

R = CH3(CH2)n-CH2 ; ~CH2 n= 6, 8,10

X = Br, I CI

!J.

-~SOH 67-83%

CI R-CH=c(

'Cl

56

Uma reação de alquilação de a-sulfinil carbânions em trans­

ferência de fase foi descri ta por Clement 41, em 1980, o qual,

tratando a metil sulfinil acetofenona (57) com vários haletos de

alquila, em presença de diclorometano, solução aquosa de

hidróxido de sódio e empregando quantidades equimolares de tetra-

butilamônio hidrogenossulfato (BU4NHS04 ), obteve, na maioria dos

casos, produtos mono-alquilados corrrespondentes (58). (Esquema

21). A vantagem deste método de alquilação em fase heterogênea

sobre a mesma reação em fase homogênea efetuada anteriormente por

Gassman e Richmond24 (p. lO), consiste na sua maior simplicidade

e condições reacionais mais brandas.

21

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o O

" "~-C-CH2-S-CH3

57

R = Me; Et; i-Pr; Bz

ESQUEMA 21

NaOH(aq)/R-X

76%

)

O O

" "~-C-CH-S-CHI 3R

58

Recentemente, Bravo e col. 42 descreveram a reação de alqui­

lação de a-sulfinil carbânions, obtidos pelo tratamento de

sulfóxidos opticamente ativos ( 59 ) em presença de diisopropil

amideto de lítio ou lítio tetrametil piperidina (LTMP), em tetra-

hidrofurano, com a-bromo metil acrilato de lítio. O composto

resultante (60) foi obtido como uma mistura diastereomérica e

conduziu, após sucessivas etapas, às a-metileno-7-lactonas (62)

com elevado excesso enantiomérico (>95%). (Esquema 22).

ESQUEMA 22

1)LDA ou LTMP/THF

2)BrCH2-C-C02Li

"CH255-88%

O

OHO 1)NaI/TFAA

MI~ 2)Me30BF4'Tol-p

ri 'H

O

OH

+/MeS

, 'Tol-pR~ H

61

- +t-BuO K)

74-96%

22

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1.3.2. Reações de acilação

As reações de acilação de a-sulfinil carbânions pelo empre-

go de ésteres carboxílicos ou haletos de acila constituem-se em

principal rota para a obtenção de ~-ceto sulfóxidos (63), compos-

tos de grande aplicação em síntese orgânica.

o primeiro relato deste tipo de reação foi feito por Russel

e col. 43 , em 1963, e posteriormente por Corey e col. 44 , os quais

efetuaram a reação do carbânion dimsila, deri vado da reação do

dimetil sulfóxido com hidreto de sódio, com vários ésteres

alifáticos e aromáticos (Esquema 23), obtendo-se os ~-ceto

sulfóxidos em bons rendimentos (>70%) • Estes compostos foram

posteriormente empregados no estudo do rearranjo de Pummerer e na

obtenção de cetonas não simétricas.

ESQUEMA 23

o a a a 11 1 +- 11

R-C-aR + Na CH -S-CH 2 3 70-85%

11 11 ~ R-C-CH -S-CH

2 3

DMSa

63

R = ~; Me; Et; anisil; a-naftil; a-furil; ciclohexil; n-pentil;

n-heptadecil

Dando sequência às reações de a-sulfinil carbânions com

ésteres carboxílicos, Russel e col. 45 , em 1969, relataram a

reação do carbânion dimsila com o ftalato de etila (64), e

obtenção do ~-ceto sulfóxido (65). Este composto, na presença de

23

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base, sofreu ciclização intramolecular dando o derivado (~), o

qual, submetido à reação de Pummerer , forneceu o intermediário

(67). Este produto, após duas etapas consecutivas permitiu a

obtenção do hidrato de ninhydrina (69). (Esquema 24).

ESQUEMA 24

o + - 11 (D:

C02Et

~I ~

+ Na CH2-S-CH3

C02Et

64

o O

0:)<11 11

~ I s, ~ H

11 O

66

80%

de 65

68

H 0+ 3 ~

H2

0 ~

1000C 99%

O

ce:o

M, ~I

C02Et

65

CH3

67

O

11

~I OH

~OH 11 O

69

RO-Na+ ~

R=CH3

HCl

H2

0

Von Strandtmann e col. 46 descreveram a reação do carbânion

dimsíla com isocianatos e isotiocianatos, obtendo-se a-tioimido

sulfóxidos (70) e uma mistura de a-amido sulfóxidos (71) e metil­

sulfinil malonatos (72), respectivamente. (Esquema 25).

24

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ESQUEMA 25

o S RNCS 11 11

o 12-59% CH -S-CH -C-NHR 70 3 2 -

11 _ + CH -S-CH Na 3 2 o O

RNCO 11 11

12-59% CH -S-CH -C-NHR 71

3 2 -

+

H3C-S-CH(CONHR)2 72 11 O

R = ~; l-naftil; ~ ; l-adamantil; 2-bifenil

Ogura e cOl. 47 , em 1974, relataram a reação de a-sulfinil

carbânions, formados na reação de ditioacetais mono-óxidos (73)

com n-butil lítio, com haletos de acila, dando os ~-ceto

sulfóxidos a-alquil tio substituídos (74) em bons rendimentos.

Estes compostos foram reduzidos com borohidreto de sódio, ' forne-

cendo os intermediários (75), os quais, após hidrólise ácida,

renderam os a-hidróxi aldeídos (76). Estes intermediários, após

acetilação e posterior eliminação em meio básico, renderam os

a-tio vinil sulfóxidos (77) que, por hidrólise ácida, permitiram

a obtenção de ésteres homólogos (78). (Esquema 26).

25

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ESQUEMA 26

o o

" R-S 'CH-Li+ +

o 1 11 83-92%

1/ O R-S 11

>- C-R1

R-S

1)NaBH4/MeOH

R-S/ R -C-X

.TI

R1-CH CO E HCI/EtOH 2 2 t ~(-----------

76-92%

78

~

74

O

" 1 H /S-R R -C=C

'S-R

77

R = ~i CH3 i Pr ~O~ R

I= ~; p-CI-C6H4-; ~-CH2-CH2-; 7 I

x = Cli OEt ~

1)Ac20/Py

E

2)Et3N OU

ACO-K+

1 O

" OH R-S,-I 1 " r C- R

R-S I H

75

lHCI/THF 60%

HO O

I " R-C-C-H

76

No mesmo ano, Kunieda e col. 48 descreveram as reações de

a-sulf inil carbânions derivados de sulfóxidos racêmicos (79) e

opticamente ativos (80) com carbonato de dietila e cloroformato

de fenila, respectivamente. O a-sulfinil éster (29iR=~), obtido

na primeira reação, reagiu posteriormente com um reagente de

Grignard, conduzindo ao composto (81) que foi denominado "novo"

reagente de Grignard. "Este reagiu com compostos carbonílicos,

levando aos intermediários (82), os quais, após dessulfurização

com níquel de Raney, forneceram os /;l-hidróxi ésteres (U). De

maneira análoga, o /;l-ceto sulfóxido opticamente ativo (84) reagiu

com um reagente de Grignard, dando o "novo" reagente (85), o

qual, após duas etapas sucessivas, permitiu a obtenção de

26

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~-hidróxi sulfóxidos (86) contendo o carbono ~ quiral, resultante

da indução assimétrica do grupo sulfinila. (Esquema 27).

ESQUEMA 27

o 11 _ + 73%

~-S-CH2 Na + (EtO)2C=O

Ni/Ra

1 R

1

79

o OH 11 1

q,-S-CH-CRR' 1 C02Et

82

O

11 R-C-R'

75-95%

O O 11 11

~-S-CH2-C-OEt (29; R=~)

?

lEtM9X/Et2o

O

11 q,-S-CH-CO Et

1 2 MgX

81

R'-C-CH -CO Et 1

22

OH

x = Br, I

83

* - + p-Tol-S-CH Li + Cl-C-Oq, 11 2 11

O O

80

O R

11 1* l)RMgX p-Tol-S-CH -C -~

* 2 1 2)H+ OH

86

27

* p-Tol-S-CH -C-q,

11 2 11

O O

84

lRMgX/Et2o

O O 11 11

p-Tol-S-CH-C-~

* 1 MgX

85

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Kunieda e colo 49, em 1974, e posteriormente Anunziata e

col. 50 efetuaram as reações do a-sulfinil carbânion derivado do

metil-p-toluil sulfóxido (87) opticamente ativo, formado pelo

emprego de dietil amideto de lítio, com ésteres aromáticos e

alifáticos. Os ~-ceto sulfóxidos (88) opticamente ativos obtidos

foram posteriormente reduzidos com borohidreto de sódio ou hidre­

to de lítio e alumínio, fornecendo os ~-hidróxi sulfóxidos

quirálicos (89), onde o carbono quiral foi formado por indução

assimétrica do grupamento sulfinila. (Esquema 28).

O

11 p-Tol-S-CH

* 3

87

l)LiNEt2

2)RC02Et

O

ESQUEMA 28

O O . 11 11

p-Tol-S-CH -C-R * 2

88

11 *

NaBH4 ou

LiAlH4 80-97%

p-Tol-S-CH -C-R * 2 I

OH

R = ~ ; Et; i-pr; t-Bu

89

1 51 1 t - d d' A • Em 1979, Tamura e co. re a aram a reaçao os 1an10ns

(90), obtidos pela reação dos ~-ceto sulfóxidos (63;R=~,CH3) com

hidreto de sódio e n-butil lítio em tetrahidrofurano, respectiva-

mente, com benzoato de etila. Os autores observaram que a reação

ocorreu exclusivamente no carbânion metílico, fornecendo os

l3-diceto sulfóxidos (91). (Esquema 29).

28

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ESQUEMA 29

o O O O

11 11 R-C-CH -S-CH 2 3

.§l.iR=q"CH3

11 - 11

2)BULijTHF ) R-C-CH-S-CH -L'+ + 2 l. Na

I)NaHjTHF q,-C02Et

90

O O O 11 11 11

----~) R-C-CH2-S-CH2-C-q,

91

Os a-sulfinil carbânions derivados de ~-ceto sulfóxidos

também reagiram com isocianatos. Messinger e Kunnick52 , em 1985,

descreveram a reação destes carbânions com isocianato de fenila,

conduzindo aos produtos (92). (Esquema 30).

O O 1 11 11 2

R -S-CH -C-R 2

RI = CH3

i q,

ESQUEMA 30

I)NaHjTHF

2)q,NCO

30-78%

O

1 11 R -S-CH

I

O

11 -C-NHq,

C O~ 'R2

92

R2 = q" p-CH30-C6

H4

i p-CI-C6

H4

; 2-furil; n-C9H19

t ' 1 76 ' lf ' '1 b A' d Guan l. e co. ao reagl.rem o a-su l.nl. car anl.on o p-

toluil p-toluil-tiometil sulfóxido (93) opticamente ativo com

29

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cloretos de acila, obtiveram os ~-ceto sulfóxidos alquiltio subs­

ti tuídos ( 94 ) opticamente ativos. Estes compostos foram poste-

riormente reduzidos com hidreto de lítio e alumínio, fornecendo

os ~-hidróxi sulfóxidos alquiltio substituídos (95), os quais,

após hidrólise ácida, permitiram a obtenção de a-hidróxi aldeídos

(96) com alta pureza enantiomérica (~100%). (Esquema 31).

ESQUEMA 31

o O Tol-S l)BuLijTHF

O 11 LAHjEt20

OH 11

TOl-;) R~'TOl ~'TOl 60-77% 11

2)RCOX -Tol -Tol O

93 94 95

H 0+ OMe 3 ~

RÁCHO R = ~. n-C H . t-Bu , 6 13'

96

1.3.3. Reações de adição à duplas ligações: adições de Michael

Russel e ochrymowicz53 observaram que carbânions de ~-ceto

sulfóxidos, formados pelo emprego de hidreto de sódio em tetrahi-

drofurano, reagem facilmente com aceptores de Michael, tais como

ésteres, cetonas e nitrilas a,~-insaturadas, dando exclusivamente

os produtos de adição 1,4. Estes autores relataram a conversão de

um dos produtos desta adição (97) em c5-ceto ésteres saturados

(98) e insaturados (99). (Esquema 32).

30

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ESQUEMA 32

O O o 11 11 l)NaHjTHF 11

~-C-CH -S-CH 2 3 ~

2) ~C02Et ~-C-CH-CH -CH -CO Et

122 2 57

O

11 ~-C-(CH ) -CH -CO Et 2 2 2 2

98

SOCH3

97

O

11 ~-C-CH=CH-CH -CO Et 2 2

99

Hermann e cOl. 54 , em 1973, efetuaram a adição de carbânion

de a-etiltio-sulfóxido previamente alquilado (100), à metil vinil

cetona, usando como base n-butil lítio em tetrahidrofurano. O

composto obtido (101), contendo em ~ o grupamento R-S-C-S-R, foi 11 O

facilmente transformado em um sistema 1,4 dicarbonílico (102), o

qual aparece em uma das etapas da síntese da dihidro j asmona

(103). (Esquema 33, p. 32).

Bremmer e campbel155 realizaram a reação de adição do

a-sulfinil carbânion, obtido de um análogo de cefalosporina

(104) pelo emprego de trietil amina, com acrilonitrila em

condições brandas e obtiveram o aduto de Michael (105). (Esquema

34, p. 32). A incorporação de substituintes em C-2 de cefalospo-

rinas é de considerável importância para a ati vidade biológica

destes compostos.

31

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ESQUEMA 33

o o 11 11

Et-S

Et-S>

l)n-BuLijTHF Et-S

~ Et-S~ 2)n-C6H130TS

12 100 ;>

o

EtJ>~ EtS ~y

HgCI 2

HCI 0=<0Y O

101

O

Eto-Na+

85%

103

ESQUEMA 34

O

R1CO~ M d 12 Et3N: + H2C=CH-CN )

cf N ~ 24%

2 1 C02R R = ,-0-CH2-

104 R2= CH2CCI3

32

O

102

R1CO~

cf

l)n-BuLijTHF

O

2) 0 90%

O 11

..s.. .Ao. .CN

CO R2 2

105

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Em 1978, Hauser e Rhee56 relataram a reação de adição de

a-sulfinil carbânions, obtidos pela reação dos sulfóxidos (106)

com hidreto de sódio em tetrahidrofurano, a vários aceptores de

Michael, e obtiveram intermediariamente os compostos cíclicos

(107), os quais, após eliminação dos ácidos aril sulfênicos,

forneceram naftois convenientemente substituídos (108). (Esquema

35).

SOAr

~ ~C02Et 106

l)NaHjTHF

2)R1CH=CHCOR2

28-70%

ESQUEMA 35

SOAr 1

" O

107

1 R = H; CH

3; CH

2-S-CH

3; (CH

2)3

R2= CH

3; OEt

'Dl -ArSOH

OR2 l!.

OH

108

1

O método acima descri to para a anelação regiosseleti va de

anéis aromáticos também foi posteriormente empregado por Boger e

Mullican57 para a síntese de fenóis anelados. Assim, o produto

obtido (110) pela adição 1,4 entre o a-sulfinil carbânion, prove-

niente do ~-ceto sulfóxido (109), e o receptor de Michael, foi

submetido a uma condensação aldólica intramolecular, conduzindo

ao derivado bicíclico (111), o qual foi convertido ao fenol (112)

por eliminação do ácido fenil sulfênico. (Esquema 36).

33

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C(:~ S

11 o

109

RI = R2 = CH 3

l)LDA/THF

R2 O

2) frL< 1 R

ESQUEMA 36

O

110

1

- + MeO Na

RI

~O

4JR2 tP/ ~O

111

fl l-tPSOH

RI

roOH ~I ~ 2

R

112

Em 1981, Fava e col. 58 efetuaram uma adição intramolecular

estereoespecífica de a-sulfinil carbânions à duplas ligações

inativas em sistemas cíclicos de oito a dez membros (113), obten-

do produtos bicíclicos (114) com a fusão cis entre os anéis.

(Esquema 37).

ESQUEMA 37

BuLi/THF

>90%

113 114

34

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Posteriormente, Yoshida e Sai to59 relataram a reação do

a-sulfinil acetato de metila (29iR=q,) com uma cetona alifática

a,~-insaturada em presença de tributil fosfina em dimetil

sulfóxido, conduzindo ao aduto (115) o qual, quando submetido à

redução com borohidreto de sódio, seguida por lactonização e

eliminação do ácido fenil sulfênico forneceu a ~-lactona

a,~-insaturada (117). (Esquema 38). É de interesse mencionar que

a reação não tenha ocorrido quando, em vez de tributilfosfina,

foram empregados o metóxido de sódio em metanol ou diisopropila-

mina em dimetil sulfóxido.

ESQUEMA 38

o O

11 11 R-S-CH -C-OMe

2

(29aiR=q,)

OH

1)BU3P/DMSO

O

2) r R

86%

O

R~OMe Oq,

116

R = n-C5H1l

35

O O

~Me q,/ \,

NaBH4

MeOH

115

A p-TsOH

~

Tolueno -q,SOH

57% 117

~

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o

A adição regiosseletiva de a-sulfinil alil carbânion (~)

do fenil-(1-alil)-n-hexil sulfóxido, formado pelo emprego de

hidreto de sódio em tetrahidrofurano, a sistemas conjugados de

ciclopentenonas (119) e (121), foi efetuada por Nokami e col. 60 ,

em 1982. Os autores utilizaram esta reação na síntese de interme-

diários de prostaglandinas (120) e (122). Ao empregarem o

sulfóxido opticamente ativo, observaram um alto grau de indução

assimétrica na estereoquímica esperada para as duas cadeias late-

rais, ou seja, transe (Esquema 39).

C02

Me

119

o o

121

ESQUEMA 39

+ ~5H11 ";' - '1. ~/ ~O

118

68-70%

SH11

o 82%

~C02Me

.CS

H11

120

o OH

CSH11

122

2 R = CSH10C02Me; -CH=CH-CH(CH2)3CH3

I . OS iMe2Bu-t

36

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A reação de a-sulfinil carbânions, formados a partir de

sulfóxidos opticamente ativos (123) e de diisopropil amideto de

lítio em tetrahidrofurano, com ésteres a,~-insaturados, investi­

gada em 1992 por Casey e cOl. 77 , ocorreu com alta estereosseleti-

vidade nos novos centros quirálicos dos compostos obtidos (~).

Estes adutos foram transformados em 7-butiro lactonas 3,4-

substituídas (125) pelo emprego de icllo ou N-iodosuccinimida.

(Esquema 40).

o , R-S

~1 R

123

1)LDAjTHF

2)R2CH=CHC02Me

60-95%

R = Mei t-Bui p-Tol

R1 = Mei ,p

ESQUEMA 40

o R2 O

)0AMe R1

124

R2= Hi CH

3i ,p

1.3.4. Reações de condensação

O

1 2 0U ~ )

NIS 70-98% R2~ 1

125

O

11

NIS = O-I 11 O

78a,b f " 't' Corey e chaykovsky oram os pr1me1ros a 1nves 19ar a

reação do carbânion dimsila com aldeídos e cetonas, conduzindo

aos ~-hidróxi alquil sulfóxidos. Os autores verificaram que

enquanto a reação ocorre favoravelmente com os compostos

37

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carbonílicos não enolizáveis tais como benzofenona e benzaldeído,

ela conduz a baixos rendimentos com os compostos enolizáveis,

tais como a cânfora e ciclohexanona. (Esquema 41).

ESQUEMA 41

1)NaHjDMSO

O 2)q,2C=Oi 86%

" CH -S-CH 3 3

1)NaHjDMSO

2)q,CHO, 50%

o OH 11 I

CH -S-CH -C-q, 321 q,

126

O OH 11 I

CH -S-CH -CH-q, 3 2

.u..z.

Durst,61 em 1969, investigou a metalação de sulfóxidos

a-clorados, pelo emprego de diisopropil amideto de lítio em te-

trahidrofurano. O autor efetuou inicialmente a reação do

a-sulf inil carbânion ( 128 ) com vários compostos carbonílicos,

obtendo os a-cloro, ~-hidróxi sulfóxidos (129). Estes últimos, na

presença de hidróxido de potássio em metanol, forneceram os

epóxi-sulfóxidos correspondentes (130). (Esquema 42).

ESQUEMA 42

O 1)R1R2C=O

O OH O 11 _ + 11 I 1 KOH

IIc612 q,-S-CH Li ) q,-S-CH-C-R ) q,-S- H- R R I 2)H2O I I Me OH Cl 68-79% Cl R2

>90% 128 129 130

1 2 1 2 1 2 R R = (CH ) i R =R = CH i R =R = q, 2 5 3

38

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No mesmo ano, Gautier e colo 62, ao tratarem o carbânion

dimsila com uma cetona a,~-insaturada, obtiveram o sulfóxido

cíclico (132), cuja formação os autores atribuiram a uma conden-

sação intramolecular entre o sulfinil carbânion e o grupo carbo-

nila no produto de adição intermediariamente formado (131). (Es-

quema 43).

ESQUEMA 43

o O

" - + " CH -S-CH Na + ~-CH=CH-C-~ ~ 3 2

~

\11 ~-CH-CH -C-~

I 2 "'-6) CH -S-CH

2" 2 O

15-20%

O

" ~-CH-CH -C-~ I 2 CH -S-CH

2" 3 O

131

~~~ ',.) ~OH 132

S

11 O

Bravo e col. 63 , em 1971, descreveram a reação do carbânion

dimsila com o-amino benzofenona (133). O produto obtido desta

condensação (134), após uma prototropia intramolecular, permitiu

a formação do íon nitreno, o qual, após um ataque nucleofílico ao

carbono metilênico e posterior eliminação do ácido metano

sulfênico e água, forneceu o indol substituído (135). (Esquema

44) .

39

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o

r~ ~NH

2

133

OH

+ + Na

OC6~lP

/" I CH2SOCH3

~ -

o - 11 CH -S-CH 2 3

-MeSOH

ESQUEMA 44

o

~ ~

I C-lP

~ 'CU2 SOCH3

NH2

~ ~

OH

~lP ~N/

I H

134

-H O 2

64%

~lP ~)

H

135

A reação do carbânion dimsila com acetona tetracíclica

(136) foi efetuada por Hart e Oku64 em 1972, conduzindo ao

~-hidróxi sulfóxido (137). Este composto foi submetido a sucessi-

vas reações, conduzindo, através dos intermediários (138) e

(139), ao octametilnaftaleno (~). (Esquema 45).

I:!.

-CH3SOH

- (CH3 ) 2CHC02H 96% 138

ESQUEMA 45

O HO, /CH2-SO-CH3

+ - 11 + Na CH2 -S-CH3 ~

CH2

0

HCI 97%

~

40

137

OrJ(CH2CI

7 7 LAH

~ I ~ I 64% CH2CI

139 140

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No mesmo ano, Ogura e Tsuchihashi65 relataram a reação do

a-cloro sulfinil carbânion de (141), formado pelo emprego de

hidreto de sódio em dimetil sulfóxido, com a metil-t-butil ceto-

na, dando o a-cloro, l3-hidróxi-sulfóxido (142). Este composto,

quando tratado com t-butóxido de potássio em t-butanol, conduziu

a uma mistura de epóxi sulfóxidos (143) e (144), com formação

predominante do isômero termodinamicamente menos estável (143).

(Esquema 46).

ESQUEMA 46

o o OH 11 l)NaHjDMSO 11 I

CH -S-CH Cl 3 2

141

----------+) CH -S-CH-C-C(Me) 3 I I 3

Cl CH3 142

O

11 2)CH3-C-C(Me)3

o O

11 11 CH3 -S, 61C (Me) 3

+ CH3 -S, /0, ICH3

It 'C(Me)3

144

H" 'CH 3

143

- + t-BuO K

t-BuOH

66%

Ainda no mesmo ano, Ogura e Tsuchihashi 66 efetuaram a

reação do a-sulfinil carbânion do etil etiltiometil sulfóxido

C.1JJ com a: benzofenona obtendo o l3-hidróxi sulfóxido a-etil tio

substituído (145), o qual após hidrólise ácida forneceu o

a-hidróxi aldeído (146). (Esquema 47).

41

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ESQUEMA 47

OH OH EtS, 1)n-BuLijTHF I SEt HCljTHF I

CH ~ lI>-c-cI( lI>-C-CHO EtS/ 2 2)lI>-C=O I SEt 60% I

11 I li> 11 li> O li> O

13 97% 145 146

"

1 67 lf' 'I b A' Hermann e co. , empregaram o mesmo su l.nl. car anl.on

(13) na condensação com aldeídos, obtendo os ~-hidr6xi sulfóxidos

a-etiltio-substituídos (147). Posteriormente, estes compostos

foram acetilados, fornecendo os intermediários (148) os quais, na

presença de base, sofreram eliminação conduzindo aos cetenos

ditioacetais mono-óxidos (149). (Esquema 48).

ESQUEMA 48

O O O 11 11 11

Et-S 1)n-BuLijTHF Et-S, <H MeCCl 'CH ) CH-C

Et-S/ 2 2)RCHO Et-S/

13 147

O O O 11 11 11

Et-S O-C-CH KOH Et-S, /H R = n-C3H7 (89%) 'CH-C, 3 C=C

Et-S/ lI>H Et-S/ 'R R = i-C3H7 (70%)

148 149

42

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Kuwajima e Fukuda68 , em 1973, descreveram a reação do

a-cloro sulfinil carbânion, formado a partir do a-cloro-metil

fenil sulfóxido (150) pelo emprego de metil lítio em tetrahidro-

furano, com vários aldeídos alifáticos. Os sais de lítio inicial-

mente formados de a-cloro-~-hidróxi sulfóxidos (151), em presença

de quantidade adicional de metil lítio conduziram aos derivados

di-litiados (152) que, pela decomposição, renderam os ~-ceto

sulfóxidos correspondentes (153). (Esquema 49).

O

11 <I>-S-CH

I 2 CI

150

ESQUEMA 49

l)MeLijTHF O OLi ____) '" Ato 11 I

2)RCHO, 75% ~-S-fH-CH-R

O O 11 11

CI

151

Me Li O CI 11 I

<I>-S-CLi-CH-R

152

I OLi

--~) <I>-S-CH2 -C-R R = C5H11 ; C7H15 ; C9H19

153

Klutchko e col. 69 , em 1974, relataram a reação do

a-sulfinil carbânion do o-hidroxi, ~-ceto sulfóxido (154), forma-

do pelo emprego de hidreto de sódio em dimetil sulfóxido, com

dois moles de formaldeído obtendo o intermediário (155), o qual,

após eliminação do ácido metano sulfênico, permitiu a obtenção de

cromonas 3-substituídas (156). (Esquema 50).

43

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ESQUEMA 50

o O O O HO

" S, l)NaHjDMSO

X' ....., 'OH 2)2CH2O

25-70%

X

A

-CH3SOH

25-56% ~ X

154 155 156

X = Hi 5'-Bri 5'-OCH3 i 6'-OCH3 i 3'-~i 5'-li 4'-Cli 5'-Cl

. d t' t 48 Como menCl0na o an erl0rmen e, (p. 26), Kunieda e colo

descreveram um "novo" tipo de reagente de Grignard, obtido na

reação de a:-sulfinil éster com um composto de Grignard. Poste­

riormente, os mesmos autores70 empregaram o reagente (157) nas

reações de condensação com aldeídos e cetonas, obtendo os inter-

mediários ( 158 ). Estes, após reação com cloreto de tionila e

posterior eliminação do ácido t-butil sUlfênico, renderam os

ésteres a,~-insaturados (159). (Esquema 51).

ESQUEMA 51

O O O 11 11 RMgX 11

RI _C_R2

t-Bu-S-CH -CO Et t-Bu-S-CH-CO Et 2 2 o I 2 74-90% O c,Et20 MgX

157

OH O RI H 1 2 I 11 1)SOC12 )=( R R -C-CH-S-Bu-t )

I 2)-tBUSOH R2 C02Et C02Et 79-95%

158 159

Aldeídos: propl0nlcoi isopropílicOi 1-propenílicoi benzaldeído Cetonas: ciclohexanonai etil-metil-cetona

44

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Em 1975, Trost e Miller71 descreveram a reação do sal de

lítio do dimeti1 sulfóxido com a lactona (160) conduzindo ao

~-hidróxi sulfóxido (161) o qual, após reação com iodo em metanol

forneceu o acetal correspondente (162). Este intermediário, na

presença de ácido p-tolueno sulfônico sofreu expansão do anel

ciclopentânico conduzindo ao hemiacetal (163), o qual, após

reação de wi ttig , seguida por hidrólise ácida e oxidação com

dióxido de manganês, permitiu a obtenção de

a-metileno-~-lactona (164). (Esquema 52).

160

R=H; R'=CH 3

OMe

ESQUEMA 52

+ -Li CH2SOCH3 c6H~ CH2S0CH3

I I 2

MeOH, Il H

161

o

uma

<l>H, 500 C ~

'Me OMe TsOH

~ ct( H

162

49% de 160

45

H H

163 164

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No mesmo ano, Mikolajczyk e col. 72 efetuaram a reação do

sulfini1 carbânion derivado do a-fosforil su1fóxido (165), gerado

pelo emprego de n-butil lítio em tetrahidrofurano, com vários

compostos carboní1icos e obtiveram uma mistura de isômeros E e Z

(166), cuj a proporção foi determinada por RMN-I H e correlação

química. (Esquema 53).

ESQUEMA 53

o O 11 11

(EtO) -P-CH -S-CH 223

165

l)n-BuLi

THF, -780 C

2)RI R2CO

51 - 84%

1 R = H; ~; CH3 ; (CH2 )n' n = 4, 5, 6

O

CH _M_CH=c!l 3 'R2

166

2 R = ~; C1 2C6H3 ; p-CH3-C6H4 ; (CH2 )n, n-4, 5, 6

Posteriormente, Rieh1 e co1. 73 descreveram a reação do

a-su1fini1 carbânion derivado do composto (167), gerado pelo

emprego de n-butil lítio em tetrahidrofurano, com

isovaleraldeído, conduzindo ao ~-hidroxi sulfóxido (168) em alto

rendimento. Este foi posteriormente transformado no sesquiterpeno

ciclosativeno (169). (Esquema 54).

46

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o

N/li tl.A~ s,~

167

ESQUEMA 54

l)n-BuLi/THF

2) (Me)2CHCH2CHO

93%

OH

168

<J

111

smith e cOl. 74 , em 1981, relataram a reação do a-sulfinil

carbânion, derivado do t-butil isopropil sulfóxido (170) e gerado

pelo emprego de n-butil lítio em tetrahidrofurano, com cetonas

aromáticas e obtiveram os hidróxi-sulfóxidos (171). Posteriormen-

te, estes compostos reagiram com cloreto de tionila fornecendo os

~-sultinos (172) os quais, após eliminação de dióxido de enxofre,

permi tiram a obtenção de olef inas substi tuídas ( 173 ). (Esquema

55, p. 48).

Posteriormente, Galambosz e col. 75 efetuaram a condensação

do sulfinil carbânion (175), gerado pelo emprego de n-butil lítio

em tetrahidrofurano, com o hemiacetal (174) e obtiveram o inter-

mediário (176), o qual, após eliminação do ácido fenil sUlfênico,

forneceu um derivado de prostaciclina (177). (Esquema 56, p. 48).

47

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° 11 (CH ) -CH-S-Bu-t

3 2

170

° +~

Ar-t--l Ar

172

-S02

ESQUEMA 55

l)n-BuLi/THF

2)Ar2

C=0

3 )H20, 51%

~

Me Ar

>=< Me Ar

173

Ar = -@-CH3 , -@- F

o-r " , ,

ESQUEMA 56

° 11

° 11 (CH ) -C-S-Bu-t

321

Ar2 C-OH

171

° HO " 11

SOC1 2

50%

+ R-CH-S-cp ~ . /,-(~ ","~ R Li+

H 7 OH 175 OH

174 176

-cpSOH PGI 2 R = -(CH2)3-C02Me

OH

177

48

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Em 1984, Solladie e Moine79

efetuaram uma reação de conden­

sação entre o sulfinil carbânion (178) derivado de um sulfóxido

opticamente ativo, gerado pelo emprego de n-butil lítio em tetra­

hidrofurano, e o aldeído (179). O produto obtido (180) mostrou

ser intermediário para a obtenção de um precursor do ~-tocoperol

enantiomericamente puro (181). (Esquema 57).

I +SiO»CHO

I O I OSi+

I 179

QH

180

R= -CH(OCH3 )2

ESQUEMA 57

O

11

Li) (" I p-Tol + ..

R e 75%

178

O

11 HO~ (

SII. p-Tol O ~. ===t "ti Me

Me R

181

Sakuraba e ushiki80 , em 1990, relataram a reação do metil

naftil sulfóxido (182) opticamente ativo, em presença de

dietilamideto de lítio em tetrahidrofurano, com várias cetonas.

Os ~-hidróxi-sulfóxidos obtidos (183), que mostraram um excesso

diastereomérico de aproxidamente 100%, quando tratados com níquel

de Raney,renderam álcoois terciários (184) de alta pureza óptica.

(Esquema 58).

49

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ESQUEMA 58

1)Et2NLijTHF ~

o RI 2 ~si'-' ,R @ VAoa

RajNi

~ofV" 'CH O 3 2)R1-C-R2

11 O

182 183

R1= Eti ~ j R2= Mei Eti Pri i-Pri i-Bui t-Bui Hexila

1.3.5. Reação de sulfenilação de sulfóxidos

RI R2 -'CI

H C/ 'OH 3

184

Julia e COl. 84 , em 1975, relataram a reação de sulfenilação

de a-alilsulfenil sulfóxido (185) em presença de n-butil lítio,

em tetrahidrofurano, com dimetildissulfeto. O derivado sulfenila-

do (186) foi obtido em 37% de rendimento. (Esquema 59).

AS )l 6a

2 I

O=S-CH3

185

ESQUEMA 59

l)n-BuLijTHF

2)MeSSMe

37%

Âs )l 6a-SCH

3 I

O=S-CH 3

186

Posteriormente, Wladislaw e Marzorati la relataram as

reações de sulfenilação de alguns sulfóxidos não funcionalizados

(Tabela 1). O sulfóxido mais investigado foi o dimetil sUlfóxido,

50

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variando-se a base (NaH ou n-BuLi) , o sulfenilante

(dietildissulfeto ou difenildissulfeto) e a relação base:

sulfenilante. O melhor resultado obtido foi quando o dimetil

sulfóxido foi tratado com n-butil lítio em tetrahidrofurano e

dietildissulfeto, sendo o quociente dissulfeto:base de 1:3,

havendo formação do derivado monossulfenilado (187) como

principal produto da reação. Entretanto, nas mesmas condições e

empregando-se o difenildissulfeto, o principal produto da reação

mostrou ser o derivado dissulfenilado (188).

Nas experiências em que se empregou hidreto de sódio como

base e como reagente sulfenilante difenildissulfeto, houve

formação praticamente exclusiva do produto dissulfenilado junta­

mente com pequena quantidade do trifeniltiometano, produto secun­

dário da reação.

É digno de nota que com a diminuição progressiva da

proporção da base (1:2 e 1:1) os autores notaram o aumento da

formação do trifeniltio metano, com detrimento parcial e final­

mente total do produto dissulfenilado.

Entretanto, no caso do benzil etil sulfóxido (189) e metil

fenil sulfóxido (190), empregando-se n-butil lítio em tetrahidro­

furano e dietildissulfeto, os derivados monossulfenilados corres­

pondentes eram produtos preponderantes.

51

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TABELA 1. Reações de su1feni1ação de su1fóxidos.

Sulfóxido RSSR BASE/ RSSR:BASE PRODUTOS OBTIDOS A:B R= SOLVENTE A B

DMSO Et BuLi/THF 1:3 EtSCH2SOCH3 (EtS)2CHSOCH3 3:1

187

DMSO t/J BuLi/THF 1:3 t/JSCH2SOCH3 (t/JS)2CHSOCH3 1:3

188

DMSO t/J NaH/DMSO 1:3 (t/JS)2.HSOCH3 (t/JS)3 CH 9:1

DMSO t/J NaH/DMSO 1:2 (t/JS)2CHSOCH3 (t/JS)3 CH 5:1

DMSO t/J NaH/DMSO 1:1 (t/JS)3 CH MeSSMe

t/JCH2S0Et Et BULi/THF 1:3 t/JCH(SEt)SOEt t/JCH(SEt)2 2,5:1

189

MeSOt/J Et BuLi/THF 1:3 EtSCH2S0t/J

190

É interessante mencionar que a reação de sulfenilação do

etiltiometil sulfóxido (13) em presença de n-butil lítio em te-

trahidrofurano empregando o dimetildissulfeto, conduziu ao pro-

duto dissulfenilado (191) em rendimento de 60%. (Esquema 60).

O

11 EtS-CH -S-Et

2

13

ESQUEMA 60

l)n-BuLijTHF

2)MeSSMe

60%

52

O

11 ~ MeS(SEt)CH-S-Et

191

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CAPÍTULO 2

2. Apresentação dos resultados e discussão

2.1. Reações de sulfenilação de sulfinil carbânions

A reação de sulfenilação de sulfonas tem sido obj eto de

investigação exaustiva deste laboratório1b,d,h. Entretanto, foi

efetuado apenas um estudo da sulfenilação de sulfóxidos (vide p.

50) não funcionalizados. Dessa forma, tornou-se de interesse

investigar os sulfóxidos funcionalizados, pois esperava-se que

com a introdução de grupos atraentes de elétrons no dimetil

sulfóxido haveria um aumento da acidez dos hidr09ênios

metilênicos e portanto da seletividade na sulfenilação.

Iniciamos os nossos estudos com o ~-ceto sulfóxido (57).

Este composto foi por nós preparado em 85% de rendimento, reagin-

do-se o dimetil sulfóxido com benzoato de etila em presença do

hidreto de sódio, como mostra o Esquema 61. Trata-se aqui de uma

reação de condensação de sulfinil carbânion já descrita na página

23.

o

" CH -S-CH 3 3

ESQUEMA 61

1)NaH/DMSO/700

2)lI>C02Et

85%

53

o O

" " CH -S-CH -C-li> 3 2

57

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o ~-ceto su1fóxido obtido (57), quando tratado com hidreto

de sódio em dimeti1 su1fóxido, na presença de difeni1dissu1feto,

forneceu o produto monossu1feni1ado (192) em 50% de rendimento

como mostra o Esquema 62.

O O 11 11

CH -S-CH -C-iP 3 2

57

ESQUEMA 62

1)NaHjDMSO

2)iP-SS-iP 50%

o O 11 11

~ CH -S-CH-C-iP 3 I

SiP

192

Porém, quando efetuamos a reação de su1feni1ação do ~-ceto

su1fóxido (57) empregando-se o metanotiossu1fonato de metila como

su1feni1ante, obtivemos o produto monossu1fenilado (193) em 84%

de rendimento. (Esquema 63).

O O 11 11

CH -S-CH -C-iP 3 2

57

ESQUEMA 63

1)NaHjDMSO

2)MeS02SMe

84%

54

O O 11 11

CH -S-CH-C-iP 3 I

SCH3

193

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Em vista dos resultados positivos obtidos na sulfenilação

do ~-ceto sulfóxido (57), passamos a investigar o metilsulfinil-

acetato de etila (195), o qual foi por nós preparado em bom ren-

dimento pela reação de a-cloroacetato de etila com mercapteto de

sódio, obtendo-se o sulfeto correspondente (194), seguida da

oxidação deste sulfeto ao sulfóxido (195). (Esquema 64).

Et02C-CH2-Cl

- + CH3S Na

EtOH

75%

~

ESQUEMA 64

EtO C-CH -S-CH 223

194

H20 2/ACOH ~

82%

o 11

EtO C-CH -S-CH 223

195

o sulfinil-éster (195) obtido foi submetido à reação de

sUlfenilação, sob diversas condições experimentais, variando-se a

base, o sulfenilante, o solvente e a relação substrato: base.

(Tabela 2, p. 56).

A tabela 2 indica que a obtenção do sulfinil éster sulfeni-

lado (196) só foi possível (se bem que em baixos rendimentos) ao

utilizarmos o hidreto de sódio como base, seja empregando dime-

tildissulfeto ou metanotiossulfonato de metila como sulfenilante.

Acreditamos que as bases volumosas empregadas (LDA e LICA) não

foram efeti vas na geração do carbânion, visto a recuperação do

produto de part ida em ambos os casos. Convém ressaltar que o

derivado monossulfenilado (196), o qual não se acha descrito na

literatura, foi caracterizado e identificado por RMN-1H e análise

elementar.

55

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a

TABELA 2. Experiências de sulfenilação do metilsulfinil-acetato

de etila (195).

BASE (eq.) SULFENlLANTE (eq.) SOLVENTE

NaH(2,5) MeSSMe (1,0) DMSO

NaH(2,5) MeS02SMe (1,0) DMSO

NaH(2,5) MeSSMe (1,0) THF

NaH(2,5) Ftal-SCH3 (1,0) a DMSO

LDA (1,1) MeSSMe (1,0) THF

LICA(l,O)b MeSSMe (1,0) THF

b

N-SCH3 ; (CH3)2CH-NLi~

H3C-S-CH(SCH3 )-C02Et % 11 O 196

31

31

sulfinil éster recuperado

15

sulfinil éster recuperado c

sulfinil éster recuperadoc

. , c

>85%

Era de interesse verificar se a introdução de dois grupos

carbetoxi na molécula do sulfóxido iria aumentar a reatividade na

sulfenilação. Com esta finalidade preparamos o metilsulfinil-

malonato de dietila (199), cujas etapas consistiam na obtenção do

cloromalonato de dietila (197), reação deste com metilmercapteto

de sódio e, finalmente, oxidação do sulfeto resultante (198).

(Esquema 65).

56

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CH2 (C02Et)2

H20 2/ACOH )

85%

ESQUEMA 65

S02C1

2 ) Cl-CH(C02Et)2

t.a.,70% 197

° 11

H3C-S-CH(C02Et)2

199

- + CH3 S Na H C-S-CH(C0

2Et)2 --=-----,) 3

80% 198

° sulfinil malonato (~) foi inicialmente submetido à

reação de sulfenilação, empregando-se como base o hidreto de

sódio em dimetil sulfóxido, e como sulfenilante o dimetildissul-

feto, obtendo-se o produto de partida em 85% de rendimento. Pos-

teriormente, efetuamos a mesma reação, porém utilizando-se um

sulfenilante mais reativo, ou sej a, o metanotiossulfonato de

metila. Também neste caso recuperamos o produto de partida em 75%

de rendimento. (Tabela 3).

TABELA 3. Ensaios de sulfenilação do metilsulfinil-malonato de

dietila (199).

BASE SULFENlLANTE (eq.) SOLVENTE

NaH(2,5) MeSSMe (1,0)

NaH(2,5) MeS02SMe (1,0)

57

DMSO

DMSO

H3C-SO-C(SCH3 )(C02Et)2 %

sulfinil malonato recuperado

sulfinil malonato recuperado

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Uma plausível explicação que poderia ser sugerida para a

falta de reatividade de sulfinil ésteres (195) e (199) é que em

presença de base haveria a formação de um enolato (A), ou seja,

o O 11 - 11

CH -S-CH-C-OEt 3

O O 11 I

~----7) CH3 -S-CH=C-OEt

A

Contribuem a favor desta hipótese alguns trabalhos relata-

dos na literatura e descritos no Capítulo I (p. 35 e 44), em que

nas reações de sulfinil éster com compostos carbonílicos não são

empregadas bases tais como hidreto de sódio, diisopropil amideto

de lítio, mas um reagente de Grignard ou tributil fosfina, prova-

velmente com a finalidade de evitar a formação do enolato.

Cumpre-nos destacar que o metilsulfinil-malonato de dietila

(199) não está descrito na literatura e foi por nós caracterizado

por análise elementar e RMN-1H.

Era de interesse investigar se a sulfenilação do sulfinil

tioéster (202) seria melhor sucedida do que a do sulfinil éster

(195). Sintetizamos o composto (202) em três passos reacionais

consecuti vos, como mostra o Esquema 66: 1) Obtenção do ácido

metil tio-acético (200) pelo tratamento do sal sódico do ácido

cloroacético com metilmercapteto de sódio. 2) Reação do derivado

(200) com cloreto de tionila e em seguida com metilmercaptana,

conduzindo ao metilsulfenil tioéster (201). 3) Oxidação deste

último composto com ácido peracético gerado "in situ".

58

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CI-CH -CO H 2 2

ESQUEMA 66

1)NaOH(aq)18%

2)CH S-N + ) H3C-S-CH2-CO H 3 a 2

3)HCl 200

80%

o O 11 11

1)SOC12

2)CH3SH

90%

H C-S-CH -COSCH 323

H20 2/ACOH

90% ~ H C-S-CH -C-SCH

3 2 3

201 202

O sulfinil tioéster obtido (202) foi submetido à reação de

sulfenilação, empregando-se como base o hidreto de sódio em dime-

til sulfóxido e o dimetildissulfeto como sulfenilante, obtendo-se

o produto monossulfenilado (203a) em 74% de rendimento. Poste­

riormente realizamos a sulfenilação nas mesmas condições, porém

utilizando-se como sulfenilante o difenildissulfeto, e obtivemos

o produto monossulfenilado (203b) em 60% de rendimento (Tabela

4 ) .

TABELA 4. Sulfenilação do metilsulfinil tioacetato de metila

(202).

BASE (eq.) SULFENlLANTE (eq.) SOLVENTE H3C-S-CH(R)-COSCH3 % 11 O 203

NaH(2,5) MeSSMe (2,0) DMSO (a ; R = CH3 ) 74

NaH(2,5) fPSSfP (1,0) DMSO (b ; R = fP) 60

59

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Convém salientar que os sulfinil tioésteres sulfenilados

(203a,b) não estão descritos na literatura e foram por nós iden­

tificados por análise elementar e RMN-1H.

Pretendendo estender as reações de sulfenilações às sulfi-

nil cetonas cíclicas, parecia-nos de interesse estudar a sulfinil

cetona com enxofre contido no anel (208), que seria um composto

inédito. (Esquema 67).

° 13-ceto sulfóxido cíclico (208) foi sintetizado por uma

rota de quatro etapas, como mostra o Esquema 67: 1) Obtenção do

sulfenil diéster (205), pelo tratamento do sal sódico do 2-

mercapto acetato de etila ( 204 ) com o acetato de 4-cloro-butil

etila. 2) Reação do diéster (205) com etóxido de sódio, conduzin-

do a uma mistura de 13-ceto ésteres (206a,b). 3) Descarboxilação

destes ceto ésteres na presença de ácido sulfúrico 2N, fornecendo

o 13-ceto sulfeto ( 207 ) • 4) Oxidação deste último com ácido

peracético gerado "in situ".

ESQUEMA 67

HS-CH2-C02Et

204

1)Eto-Na+/EtoH

2)CI(CH2)3co2Et

80%

~ Et02C-(CH2)3-S-CH2-C02Et

205

Eto-Na+/EtoH

tf>CH3 , 75%

° ° -.Eto2cD +

(YC02Et H2S04 2N/à

9hs, 70%

206a 206b

60

°

ó 207

H20 2/ACOH

83% ~

o

(\ , 5

O~ V ~

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o f3-ceto sulfóxido cíclico obtido (~) foi submetido à

reação de sulfenilação, empregando-se como base hidreto de sódio

em dimetil sulfóxido e como sulfenilante o dimetildissulfeto,

obtendo-se o produto monossulfenilado (209) em 25% de rendimento

(Tabela 5). Posteriormente, efetuou-se a mesma reação de sulfeni­

lação, utilizando-se como sulfenilante metanotiossulfonato de

metila, não se conseguindo, porém, aumentar o rendimento do pro-

duto sulfenilado.

TABELA 5. Sulfenilação do f3-ceto sulfóxido cíclico (208).

BASE (eq.) SULFENILANTE (eq.) SOLVENTE

NaH(2,0)

NaH(2,0)

MeSSMe (1,0)

MeS02SMe (1,0)

DMSO

DMSO

O

CH3S)) I'f' %

o? 209

25

25

Devemos mencionar que não somente o f3-ceto sulfóxido

cíclico (208) mas também o seu derivado sulfenilado (209) ainda

não estão descritos na literatura. Ambos foram por nós identifi­

cados por análise elementar e RMN-1H.

Era de interesse verificar se a sulfenilação por nós inves-

tigada em alguns sulfóxidos funcionalizados teria maior

abrangência. Com esta finalidade iniciamos o estudo de f3-ceto

sulfóxidos, nos quais introduzimos alguns substi tuintes no anel

61

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aromático ligado ao grupo carbonila. Estes compostos foram sinte­

tizados pelo método por nós já descrito (Esquema 61; p. 53),

obtendo-se os ~-ceto sulfóxidos (210), (211) e (212) em 70%, 85%

e 90% de rendimento, respectivamente.

o O O O O O

cl~M-CH2-Y-CH3; CH3~-CH2-g-CH3; ~II 11 CH O C-CH -S-CH 3 2 3

210 211 212

Iniciamos as investigações das reações de sulfenilação

empregando-se como base o hidreto de sódio (2,0 eq.) e como sul-

fenilante o metanotiossulfonato de metila (1, O eq.) em dimetil

sulfóxido. Os compostos obtidos e os rendimentos são mostrados na

Tabela 6 (p. 63), que inclui também o ~-ceto sulfóxido não subs-

tituído (57).

Pode-se observar que enquanto no caso da sulf inil cetona

não substituída (57) e p-cloro substituída (210) os rendimentos

de produtos sulfenilados são elevados (84 e 90%), a introdução do

metóxi grupo fornece produto sulfenilado em baixo rendimento

(45%). Uma possível explicação que poderia ser sugerida para este

fato é que, no último caso, haveria um forte efeito mesomérico do

metóxi grupo com contribuição da estrutura canônica (B) que dese-

stabilizaria o carbânion, responsável pela acidez do hidrogênio

em a. (Esquema 68, p. 63).

62

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TABELA 6. Sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos (57), (210), (211) e

(212) -fase homogênea (NaH/DMSOjMeS02SMe).

~-ceto sulfóxidos

C H -CO-CH -SO-CH 652 3

57

p-ClC H -CO-CH -SO-CH 652 3

210

p-CH -c H -CO-CH -SO-CH 36523

211

p-CH O-C H -CO-CH -SO-CH 36523

212

Produtos sulfenilados (%)

C H -CO-CH(SCH )-SO-CH 6 5 3 3 (84)

193

P-Cl-C H -CO-CH(SCH )-SO-CH (90) 6 4 3 3

213

p-CH -c H -CO-CH(SCH )-SO-CH (58) 3 6 4 3 3

214

p-CH O-C H -CO-CH(SCH )-SO-CH (45) 3 6 4 3 3

215

ESQUEMA 68

O H O O H O

~IIII CH () -C-S-CH

3 I 3 ~ 111 CH - C-S-CH

3 - 3 I

H H A B

Todas as reações de sulfenilação acima descritas foram

realizadas em fase homogênea. No entanto, dada a relativa comple-

xidade deste procedimento, procurou-se investigar as metodologias

em fase heterogênea82a ,b que apresentam as seguintes vantagens

63

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sobre a fase homogênea: a) possibilidade do emprego de bases como

hidróxido de sódio ou potássio e carbonato de potássio ao invés

de hidreto de sódio, amideto de sódio, t-butóxido de potássio ou

diisopropil amideto de lítio. b) Substituição de solventes hi­

groscópicos tais como DMSO ou THF por solventes não higroscópicos

tais como benzeno e diclorometano. Caso o substrato seja líquido

pode-se eliminar o emprego do solvente. c) Maior simplicidade

operativa. d) Os catalisadores utilizados podem ser reciclados.

e) Maior velocidade de reação. f) Maior seletividade e pureza dos

produtos.

É digno de nota que estas metodologias foram amplamente

empregadas nas reações de carbânions, especialmente com os rea­

gentes alquilantes (Ref. 82bi p. 386). No caso de hidrogênios

metilênicos relati vamente ácidos, os métodos empregados são de

dois tipos: 1) procedimento de extração do ion-par ( alquilação

extrativa), o qual emprega como catalisador o hidrogenossulfato

de tetrabutil amônio (BU4N+HS04-) em quantidades equimolares. Em

tal sistema os hidrogênios ácidos são completamente convertidos

em ions-pares e podem ser subsequentemente alquilados. 2) O pro­

cedimento que emprega o sistema sólido-líquido: carbonato de

sódio ou potássio em presença de catalisadores tais como sais

quaternários de amônio, éteres de coroa, etc., em quantidades

catalíticas.

Dado o fato que encontramos na literatura41 um trabalho em

que o ~-ceto sulfóxido (57) tinha sido alquilado com sucesso pelo

emprego do método de extração do ion-par (Capítulo l, p. 21),

achamos de interesse aplicar inicialmente a mesma técnica para a

sulfenilação de nossos compostos.

64

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Assim, na sulfenilação do ~-ceto sulfóxido (57), usando-se

como base uma solução aquosa de hidróxido de sódio, diclorometano

como solvente, metanotiossulfonato de metila como sulfenilante e

hidrogenossulfato de tetrabutil amônio como catalisador, obtive-

mos o derivado monossulfenilado (193) em 50% de rendimento e

portanto mais baixo daquele obtido pelo método em fase homogênea.

(Esquema 69).

o O 11 11

q,-C-CH -S-CH 2 3

57

ESQUEMA 69

° ° 11 BU4NHS04 /NaOH(aq) ) q,-M-CH(SCH3

)-S-CH3 CH Cl ,MeS02SMe 2 2

50% 193

Entretanto a ineficiência deste método foi demonstrada

quando efetuamos a reação do sulfinil éster (195) e sulfinil

tioéster (202) nas mesmas condições, obtendo-se para o primeiro

caso o produto monossulfenilado (196) em apenas 20% de rendimen-

to, enquanto que no segundo caso não se observou a formação do

produto monossulfenilado, mas uma mistura complexa de difícil

identificação. (Esquema 70).

65

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° ° 11 11 H C-S-CH -C-OEt 3 2

195

O O 11 11

CH -S-CH -C-SCH 323 202

ESQUEMA 70

Bu4NHS04/NaOH(aq)

CH2C1 2 ,MeS02SMe

20%

Bu4NHS04/NaOH(aq)

CH2C1 2 ,MeS02SMe 7<~

° O 11 11

H C-S-CH(SCH )-C-OEt 3 3 196

° ° 11 11

CH -S-CH(SCH )-C-SCH 333

Em vista destes resultados, optamos pelo emprego de

catálise por transferência de fase em sistema sólido líquido82a ,b

que, caso fosse bem sucedida, permitiria a utilização de pequenas

quantidades de catalisador.

Para as nossas investigações escolhemos como catalisador o

cloreto de benz il trietil amônio (TEBA) ( O , 1 eq.), empregado

frequentemente nas reações de carbânions, como base o carbonato

de potássio (2.0 eq.), como solvente o benzeno ou diclorometano e

como sulfenilante o metanotiossulfonato de metila ( 1, O eq). Os

resultados obtidos (Esquema 71) mostraram que o sulfinil éster

(195), sulfinil tioéster (216) e sulfinil cetona (57) renderam os

derivados monossulfenilados (196), (217) e (193) em rendimento de

25, 40 e 67%, respectivamente, e portanto superiores aos obtidos

empregando-se o método de extração do íon-par (vide página

anterior) •

66

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° ° 11 11

CH -S-CH -C-OEt 3 2

195

° ° 11 11 CH -S-CH -C-SEt

3 2

216

° ° 11 " <I>-C-CH -S-CH 2 3

57

ESQUEMA 71

TEBA/K2C03/<I>H

MeS02SMe, 25%

TEBA/K2C03/<I>H

MeS02SMe, 40%

TEBA/K2C03/<I>H

MeS02SMe, 67%

~

~

° ° 11 11 CH -S-CH(SCH )-C-OEt -

3 3

196

° ° " 11 CH -S-CH(SCH )-C-SEt 3 3

217

° ° 11 " <I>-C-CH(SCH3 )-S-CH3

193

Convém destacar que os derivados monossulfenilados (196) e

(217) são inéditos e foram por nós identificados pelos dados de

análise elementar e RMN-1H.

Reunimos na Tabela 6 os rendimentos obtidos nas reações de

alguns sulfóxidos funcionalizados (57), (202), (195), (199) e

(208) em fase homogênea e em transferência de fase. Ela demonstra

que os rendimentos de sulfenilação de todos os compostos são mais

elevados na fase homogênea. Entretanto, nota-se que por ambos os

métodos as sulfinil cetonas e sulfinil tioésteres dão rendimentos

melhores.

67

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TABELA 7. Sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos (57), (202), (195),

(199) , e (208) empregando-se a fase homogênea

(NaH/DMSO/MeS02SMe) e transferências de fase

(TEBA/K2C03/~H/CH2c12/Meso2SMe).

Produto Sulfóxido funcionalizado monossulfenilado

Rendimentos (%) homogêneo transferência

~-CO-CH -SO-CH 2 3 57

CH -SO-CH -COSCH 323 202

CH -SO-CH -CO Et 322 195

H3C-SO-CH(C02Et)

199

o

of6 208

193 84 67

203a 74 40

196 31 25

209 25

Tendo sido bem sucedidos pelo emprego do método catalítico

na sulfenilação da sulfinil cetona (57), achou-se de interesse

investigar nas mesmas condições, a série de sulf inil cetonas

substituídas estudadas em fase homogênea.

68

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Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 8, na qual

para fins comparativos, incluímos os resultados para os mesmos

compostos em fase homogênea.

TABELA 8. Su1feni1ação dos ~-ceto su1fóxidos (57), (210), (~) e

(212), em fase homogênea (NaH/DMSO/MeS02SMe) e em

transferência de fase (TEBA/K2C03/~H + CH2c12/Meso2SMe).

~-ceto su1fóxido Produto Rendimentos (%) monossu1feni1ado homogêneo transferência

~-CO-CH -SO-CH 2 3 57

p-C1-C H -CO-CH -SO-CH 6 4 2 3

210

p-CH -C H -CO-CH -SO-CH 36423 211

p-CH O-C H -CO-CH -SO-CH 36423 212

193 84 67

213 90 45

214 58 45

215 45 65

A tabela 8 demonstra que há diferenças signif icati vas em

rendimentos entre os dois métodos empregados. De maneira geral,

observa-se que os rendimentos na fase homogênea são superiores

aos da transferência de fase. Isto concorda com os resultados

para outros su1fóxidos funcionalizados (vide Tabela 7, página

anterior) .

69

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Entretanto, a simplicidade do método de transferência de

fase é compensadora e recomendável para a sulfenilação destes

compostos.

Cabe-nos destacar que os os ~-ceto sulfóxidos sulfenilados

mostraram, através das análises dos espectros de RMN-1H, a

ausência de excessos diastereoméricos. (Ver espectros de RMN-1H

p. 160-3). Em vista disto achamos de interesse verificar se em

condições de transferência de fase e empregando-se, em vez de

TEBA, um catalisador quiral, obteríamos um excesso

diastereomérico.

Cumpre-nos mencionar que Hughes e col. 84 efetuaram a meti­

lação de sistemas indanônicos (218) empregando um catalisador

quiral e obtiveram o produto metilado (219) com alto excesso

enantiomérico, como mostra o Esquema 72 (p. 71). Esta alta este­

reosseletividade foi racionalizada em termos de um par iônico

íntimo entre o catalisador e o enolato de indanona, onde ambas as

moléculas estão sobrepostas, propiciando de um lado uma interação

1l entre o grupo benzílico do catalisador com o grupo fenila do

substrato, e do outro lado entre o grupo quinolínico do catalisa­

dor e o diclorometoxi benzeno do substrato. Além disso, a ponte

de hidrogênio formada entre a hidroxila do catalisador e o

oxigênio do enolato da indanona favoreceria esta sobreposição

(Figura 6). Dessa forma o agente alquilante poderia reagir apenas

do lado menos impedido deste agregado. É digno de nota que a

formação do íon-par seria também a causa da indução assimétrica.

70

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I H

218

°

R = CH i Hi 3

ESQUEMA 72

NaOH SO%jtolueno

MeCI, QUIBEC

98%

CH2C02Eti CH2C02H

QUIBEC = cloreto de benzil quinínio

FIGURA 6

~

R

CI ° Clro

l 11 CH 7 3

~ I ////@ O O I R

94% e.e.

219

Em vista deste resultado achamos de interesse empregar o

cloreto de benzil quinínio (QUIBEC (221» como catalisador nas

reações de sulfenilação. Este foi por nós facilmente preparado em

bom rendimento pela reação de quinina (220) com cloreto de benzi-

8S la . (Esquema 73).

71

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Hf ({y H-W

~ ~ Me0'OO i~ I ~

220

ESQUEMA 73

q,CH2CI

q,H, EtOH, 26hs,

t.a., 76%

HO

H I

~ I ~ ~~ ~ ~

221

-

As reações de sulfenilação dos ~-ceto-sulfóxidos (57),

(210), (211) e (212), foram efetuadas empregando-se como base o

carbonato de potássio (2,0 eq.), o metanotiossulfonato de metila

como sulfenilante (1,0 eq.), benzeno e diclorometano como solven-

tes e QUIBEC (2,0 eq.) como catalisador. Em todos os casos foram

obtidos compostos monossulfenilados em rendimentos que variavam

entre 38-55% (Tabela 9) e portanto ligeiramente mais baixos do

que os obtidos pelo emprego de TEBA, que foram de 45-67%.

Entretanto, o resultado mais interessante destas

experiências foi que, no caso da sulfinil cetona não substituída

(57) e p-metil substituída (211), conseguimos obter uma relação

diastereomérica de 4: 1 determinada por RMN-1H. É digno de nota

que este excesso foi consideravelmente aumentado, podendo-se

obter apenas um dos diastereoisômeros após três recristalizações

de tetracloreto de carbono.

72

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TABELA 9. Sulfenilação dos ~-ceto sulf6xidos (57), (210), (211) e

(212), empregando-se cloreto de benzil quiníniO/K2co3/~

+ CH2C12/Meso2sMe

~-ceto sulf6xidos

q,-CO-CH -SO-CH 2 3 57

p-Cl-C H -CO-CH -SO-CH 6 4 2 3

210

p-CH -C H -CO-CH -SO-CH 36423 211

p-CH O-C H -CO-CH -SO-CH 36423 212

Produtos Relação sulfenilados diastereomérica

(%)

193 (55) 4:1

213 (38) 1:1

214 (47) 4:1

215 (38) 1:1

É difícil de interpretar estes resultados uma vez que ainda

é desconhecida a natureza do agregado formado entre a sulf inil

cetona e o catalisador quiral. Parece-nos que o grupo hidroxila

do catalisador pode ligar-se tanto ao oxigênio carbonílico quanto

, A' d lf' 'd 86 ao oX1gen10 o su OX1 o .

Comparando os nossos substratos com a indanona (218) veri­

fica-se que enquanto nesta o anel benzênico é separado do grupo

carbonila por um átomo de carbono, no nosso caso ele se acha

conjugado com o grupo carbonila.

73

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Parece-nos razoável sugerir que a deslocalização eletrônica

para dentro do anel que opera na indanona, e que é responsável

pela interação rr com o grupo benzila do catalisador, seria supri-

mida no caso de sulfinil cetonas contendo grupos metoxila e cloro

devido ao deslocamento eletrônico para o oxigênio carbonílico

(Esquema 74, estrutura A), diminuindo assim a interação com o

catalisador. Esta poderia ser a causa da ausência do excesso

diastereomérico na sulfenilação destes compostos. Entretanto, não

se pode eliminar a possibilidade de que na sulfenilação dos refe-

ridos compostos haja formação preponderante de um s6

diastereoisômero, mas que este posteriormente racemize. Esta

racemização poderia ser resultante do deslocamento de elétrons do

grupo metoxila ou cloro ao grupo carbonila (Esquema 74, estrutura

A) e posterior deslocamento prototrópico (Esquema 74, estrutura

B) •

ESQUEMA 74

o O O O

~I 11 CH () -CH-S-CH

3 I 3

~II CH3~_'" -CH S-CH3

I SCH

3 A

SCH3

~ ~ OH O

+~ -11 CH -C-S-CH 3 - 3

I B

SCH3

74

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Acredita-se que as investigações futuras partindo-se de

~-ceto sulfóxidos quirálicos poderão trazer maiores esclarecimen-

tos sobre os mecanismos e consequentemente sobre a estereoquímica

destas reações.

2. 2. Reati vidade de ~-ceto sulfóxidos sulfenilados: Reações de

Pummerer e decomposição térmica

Tendo em mãos as a-sulfinil cetonas (57), (210), (211) e

(212), achamos de interesse investigar algumas reatividades des-

tes compostos. Devemos ressaltar que as reações de Pummerer tem

sido objeto de interesse do nosso grupo, tendo sido investigados

os rearranjos de Pummerer de ~-ceto tioésteres81 e de sulfinil

sulfonas87 . Verificamos também que acham-se descritas na litera­

tura as reações de Pummerer de ~-ceto sulfóxidos83 •

Russel 83 observou que os ~-ceto sulfóxidos (63), pelo tra-

tamento com ácidos diluídos, são convertidos em hemimercaptais de

fenilglioxal (222) em bons rendimentos. (Esquema 75).

o O 11 11

R-C-CH -S-CH 2 3

63

ESQUEMA 75

H 0+ 3

63-95%

O

11 R-C-CHSCH

I 3 OH

222

R = C6H5 ; p-CH3-C6H4 ; p-CH30-C6H4 ; p-Br-C6H4 ; a-C10H7 ; ~-C10H7

75

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Cabe-nos esclarecer que esta reação segue os passos

sugeridos por Johnson e col. 88 para as reações de Pummerer em geral

e que no caso em questão seriam os seguintes:

lQ passo: formação do sal de hidróxi sulfônio (223)

o O O

11" + CH -S-CH -C-R + H O 323 + " CH -S-CH -C-R + OH

3 I 2

OH

223

2Q passo: desprotonação em a ao enxofre positivado

O

+ 1/ CH -S-CH -C-R

3 I 2

OH

223

-H+

;:::::::::!

O + - 1/

CH -S-CH-C-R 3 I

OH

3Q passo: cisão da ligação s-o

O

11

~

O

1/ CH -S=CH-C-R

3 I OH

+ 11

+ H2

0

CH -S=CH-C-R 3 I ~~ [ CH3 -~-cHIR ~ O ~ CH

3-S-CH-C-R + OH

OH

76

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4Q passo: formação da ligação c-o

o + 11

CH -S-CH-C-R + OH 3 ~~

Entretanto, não encontramos

OH I

CH -S-CH-C-R 3 11

O 222

na literatura qualquer

referência sobre a reação de Pummerer dos ~-ceto sulfóxidos sul-

fenilados e portanto achamos de interesse investigá-la.

Escolhemos dois compostos desta série: o p-metil e o

p-metóxi substituídos (214) e (215). A reação foi efetuada tra-

tando os referidos compostos com ácido clorídrico aquoso em dime-

til sulfóxido (Esquema 76). Em ambos os casos obtivemos uma mis-

tura de a-ceto tioésteres (227c,d) e a-ceto orto tioésteres

(226c,d) em iguais proporções, os quais foram identificados por

cromatografia gasosa, através da comparação com padrões por nós

sintetizados seguindo método descrito por Russel89 para o deriva-

do não substituído no anel. (Esquema 77, p. 78).

o O

-@-" 11 Y () C-CH-S-CH I 3 SCH3

Y = CH • 214 3' --CH

30i 215

ESQUEMA 76

DMSO/H20 o O

~IIII Y~C-C-SCH3 +

HCI 5N

227c,d

77

o ~II Y~C-C(SCH3~

226c,d

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ESQUEMA 77

o O O

-@-II 11 Y O C-CH2 -S-CH3

SOCl 2 ~

CH2Cl 2

~II Y-&-C-~H-SCH3

MeSH

CH2Cl 2

O

~ -@-II Y O C-CH( SCH2 ) 2

225

1)NaH/THF

2)MeS02SMe

O O

Et20/~ -@-II 11

Y O C-C-SCH3

227

1 2/NaHC03 ~

224

~

Cl

O

-@-II Y O C-C(SCH3 ) 3

226

Y = H (a) Cl (b) CH

3 (c)

CH3 0 (d)

Os derivados substituídos no anel (226c,d) e (227c,d) eram

compostos inéditos e foram por nós caracterizados e identificados

por análise elementar e RMN-1H.

Parece-nos razoável sugerir que os produtos ( 22 6c ,d) e

(227c,d) formados nas reações de ~-ceto sulfóxidos sulfenilados

(214) e (215) com ácido clorídrico aquoso se originam de um in-

termdiário comum (228), produto de rearranjo de Pummerer que

perderia, lentamente, metanotiol, rendendo o a-ceto tioéster

(227a), mas o intermediário (228) não alterado reagiria com meta-

notiol dando o a-ceto ortotioéster (226a) (Esquema 78).

78

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o o

IQ\-M-cH-M-CH ~ I 3

SCH3 193

o

@- II + O C-C=SCH I 3 SCH3

1 o OH

@- II I O C-C-SCH I 3 SCH3

228

+H+ --+

ESQUEMA 78

O OH o O

" I IQ\--J!-CH-S-CH ~I + 3

+ ~I- " O -CH-S-CH I 3

SCH3 1 SCH3

O OH O O 11 - I

IQ\--J!-CH-S-CH ~I + 3

+ 'o'-M-CH-M-CH ~ I 3

SCH3 SCH3

O O

r,:;U! 11 ~-C-SCH3 + CH3SH

227a

O CH3SH rr;\J!

~-C(SCH3)3

226a

Uma evidência para o mecanismo acima proposto foi obtida

quando a decomposição térmica de (213) foi efetuada sob atmosfera

de oxigênio, e o a-ceto tioéster (227b) isolado em rendimento

quase quantitativo.

Uma outra reação que nos pareceu de interesse era a de com-

posição térmica dos compostos sulfenilados (57), (210), (211) e

(212) .

Acha-se descrita na literatura90 a decomposição térmica de um

a-metiltio sulfóxido (229), que conduziu ao composto carbonílico

correspondente (230). (Esquema 79).

79

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~o

7 11 / ~ I /S-CH R N CH 3

229

'SC H3

R = Hi 6-Bri 6-Cl

ESQUEMA 79

A

150 - 2400 C

10-74%

~ R"~? + MeSSMe

11 O

230

Semelhantes resultados foram obtidos no nosso grupo na

decomposição térmica de sulfonas sulfeniladas1C ,d que também

forneceram compostos carbonílicos correspondentes. Em vista disto

a decomposição térmica de a-sulfinil cetonas sulfeniladas deveria

ser investigada com a finalidade de verificar a influência do

ceto grupo nesta reação de decomposição.

Quando submetemos os ~-ceto sulfóxidos (57), (210), (211) e

(212) ao aquecimento na ausência de solvente, verificamos que à

temperatura de 750 C e após 2 horas ocorreu decomposição. Entre-

tanto, ao invés de a-ceto aldeídos esperados, obtivemos uma mis-

tura de a-ceto tioésteres (227a,b,c,d) e e a-ceto ortotioésteres

(226a,b,c,d) em aproximadamente iguais proporções. (Esquema 80).

O O

-@--" 11 Y () C-CH-S-CH I 3 SCH3

Y = Hi 193 Cli 213 CH

3i 214

CH30i 215

750 C

2hs

ESQUEMA 80

O O

~IIII Y~C-C-SCH3 +

80

227

Y = H (a) Cl (b) CH3 (c)

CH30 (d)

O

~II Y~C-C(SCH3)3

226

Y=H (a) Cl (b) CH3 (c)

CH30 (d)

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Uma vez que esta mesma mistura foi por nós obtida pelo

rearranjo de Pummerer destes compostos (vide p. 77), parece-nos

razoável concluir que a decomposição térmica é um rearranjo de

Pummerer não catalisado, que seria iniciado pela transferência

intermolecular de próton ácido do carbono em a ao grupo sulfini-

la. (Esquema 81).

o O

@J'" 2 O -CH-S-CH I 3

--+

SCH3

ESQUEMA 81

O OH

@J'I O -CH-S-CH 1+ 3

SCH3

O O

+ @J'-" O -CH-S-CH I 3 SCH3

O rearranj o de Pummerer catalisado e não catalisado de

~-ceto sulfóxidos sulfenilados constitui-se em método alternativo

de obtenção de a-ceto tioésteres, uma vez que as misturas de

a-ceto tioésteres (227a,b,c,d), e de ceto ortotioésteres

(226a,b,c,d), quando tratadas com iodo e bicarbonato de sódio,

forneceram os a-cetotioésteres como único produto de reação (Es-

quema 77, p. 78).

Deve ser mencionado aqui que apesar de os a-ceto tioésteres

serem moléculas de razoável simplicidade, a sua preparação foi

pouco relatada. Entre os trabalhos que tratam da síntese destes

compostos devemos mencionar o de Russel e Ochrymowicz por nós Ja

citad089 (vide Esquema 77), o de Lapkin e c01. 91 , o de Ogura e

81

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92 . 93 colo e f~nalmente o de Fortes e colo Os detalhes destas pre-

parações acham-se descritos em uma tese recente de doutoramento

do nosso grupo19. Em geral, as rotas sintéticas apresentadas são

bastante complexas, consistindo de vários passos reacionais.

Devemos mencionar que no nosso grupo foi também elaborado

recentemente1g um outr~ método de obtenção de ~-cetotioésteres,

que consiste na decomposição térmica de ~-sulfonil ésteres sulfe-

nilados, através de vários passos reacionais. Em vista do expos-

to, o presente método, em que partindo-se de um éster obtém-se o

~-ceto sulfóxido, sulfenilação deste, decomposição térmica e

finalmente tratamento com iodo, parece-nos bastante simples.

Tornou-se de interesse verificar se o rearranjo de Pumme-

rer, que tinha sido relatado por Russel e Ochrymowycz para os

~-ceto sulfóxidos não sulfenilados (63) (Esquema 75, vide p. 75),

ocorreria também em ausência de um catalisador ácido, rendendo o

mesmo produto, isto é o hemimercaptal de fenilglioxal (222).

Cabe aqui mencionar que a possibilidade de ocorrência do

Rearranjo de Pummerer em alguns sulfóxidos funcionalizados não

sulfenilados, entre estes um ~-ceto sulfóxido (231), já foi aven­

tada por Bates94 na interpretação da reação deste composto com

anéis aromáticos ativados. Assim, por exemplo, a formação do

composto (233) ocorria através do intermediário catiônico (232)

do Rearranj o de Pummerer, iniciado por autoprotonação do grupo

sulfinila (Esquema 82).

82

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o O 11 11

Ar-S-CH -C-Ar 2

231 O

ESQUEMA 82

OH O I 11

-~) Ar-S-CH -C-Ar ~ + 2

~~

OCH

11 -@-Ar-C-~H O OCH3 + H20

@3 SAr

233

-OH ;;::::::!

O

+ 11 Ar-S=CH-C-Ar

232

Entretanto, quando efetuamos o aquecimento do ~-ceto

sulfóxido não substituído (57) e p-cloro substituído (210), se bem

que verificamos que à temperatura de 850 C houvesse decomposição,

obtivemos uma mistura na qual identificamos a presença de dois

produtos principais, a-ceto tioésteres (227a,b) e w-metiltio

acetofenonas (234a,b). (Esquema 83).

ESQUEMA 83

O O O O O ~ 11 85

0C 11 11 11

Y~-CH2-S-CH3 ) Y~C-C-SCH3 + Y~-CH2-S-CH3

Y = H; 57

Cl; 210

83

227

Y = H (a)

Cl (b)

234

Y = H (a)

Cl (b)

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Este resultado discorda do obtido por Russel para os ~-ceto

sulfóxidos não sulfenilados, no rearranj o de Pummerer em meio

ácido. Esta divergência, não existente no caso dos derivados

sulfenilados, parece-nos que pode ser atribuída ao fato de que os

hidrogênios metilênicos, no caso de ~-ceto sulfóxidos não sulfe­

nilados são menos ácidos influindo no primeiro passo do rearran­

jo, isto é, na protonação do grupo sUlfinila, tornando-o mais

lento. (Esquema 82, p. 83). Desta forma, ao lado do hemimercaptal

de fenilglioxal (222iR=~), produto final do rearranjo, sobraria

ainda o ~-ceto sulfóxido (57) não alterado. Uma explicação

plausível que poderia ser dada para a obtenção de uma mistura de

a-ceto tioéster (227a) e w-metiltio acetofenona (234a), .é que o

hemimercaptal do fenilglioxal (222; R=~) interaja com o ~-ceto

sulfóxido (57) através de uma reação de óxido-redução (Esquema

84 i p. 85).

Tal oxidação pelo grupo sulfinila do ~-ceto sulfóxido em

ausência de um eletrófilo externo não é usual95 mas poderia ser

explicada pela presença de hidrogênios metilênicos ácidos, que

seriam responsáveis pela protonação do oxigênio do grupo sulfini-

la e também pela estabilização do sal de oxossulfônio

intermediário (235) por ponte de hidrogênio. (Esquema 85, p. 85).

84

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ESQUEMA 84

o O O OH

1()\-3"-CH -M-CH ~ ~ 2 3~ @lI I -H+

O -CH -S-CH -----+ 2 3 ~ +

57

O O

-OH @-" o C-~H-SCH3 -OH ~ ~

" + @-C-CH-SCH3 ~ OH

222;R=q,

O OH O O O O

O OH

@-" I O C-CH-S-CH _ + 3

I O OH

~M-CH=k-CH3

@-" I ~" O C-CH-SCH3 + 0---CH2-S-CH3 ~ rr=:L" " &-C-C-SCH3 +

57 227a

O

rr=:L" &-C-CH2-SCH3 + H20

234a

ESQUEMA 85

\\' H 0 '\ -"O O O

"I " Ar-C-CH -S-CH + CH S-CH-C-Ar -H20 " + -~--+) Ar-C-CH -S-CH

2 + 3 3 I 235 ~:OH +

O O

,,- " Ar-C-CH-S-CH 3

O O O

" 11 11 Ar-C-CH -SCH + Ar-C-C-SCH 233

85

2 ~ 3

O O

ArJ!~-SCH3 H

.-) -H

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2.3. Conclusões

o estudo de reações de sulfenilação de sulfóxidos funciona­

lizados em fase homogênea e em transferência de fase demonstrou

que por ambos os métodos a reação é seletiva, conduzindo sempre

aos deri vados monossulfenilados. Entretanto, os rendimentos dos

mesmos são em geral mais elevados no caso da fase homogênea.

Devemos destacar que dentro de cada método os rendimentos de

sulfinil cetonas e tioésteres superam os de ésteres.

O estudo da influência dos grupos substituintes no anel na

reatividade de a-sulfinil cetonas aromáticas, por dois métodos,

demonstrou que, semelhantemente ao caso de outros sulfóxidos

funcionalizados, os rendimentos na fase homogênea são superiores

aos da transferência de fase. Entretanto, o método de

transferência é mais vantajoso dada a sua facilidade operacional

e menor custo.

As reações de sulfenilação de a-sulfinil cetonas empregan­

do-se ao invés de TEBA o cloreto de benzil quinínio quiral permi­

tiram, no caso da sulfinil cetona não substituída (57) e p-metil

substituída (211), obter um excesso diastereomérico de 80%, o que

não se observou para as sulfinil cetonas p-cloro (210) e p-metóxi

substituídas (212).

Estes resultados são novos e de interesse. Entretanto, a

observação tanto da ocorrência como da ausência do excesso dias­

tereomérico é de difícil interpretação, pois depende do conheci­

mento da natureza do complexo entre o substrato e o catalisador

quiral.

86

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Duas reações efetuadas com as a-sulfinil cetonas monossul­

feniladas, o rearranj o de Pummerer e a decomposição térmica,

rendendo produtos idênticos, permi tiram concluir que na última

reação ocorre rearranj o de pummerer não catalisado. O caso de

a-sulfinil cetonas não sulfeniladas, em que os produtos de decom­

posição térmica diferiram dos produtos de rearranjo de Pummerer,

foi interpretado como um rearranjo de Pummerer mais lento, dando

origem a reações secundárias, provavelmente óxido-reduções.

O rearranjo de Pummerer de ~-ceto sulfóxidos sulfenilados,

em presença ou ausência de um catalisador ácido, constitue-se num

método alternativo de obtenção de a-ceto tioésteres.

87

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CAPÍTULO 3

PARTE EXPERIMENTAL

3.1. Instrumentos utilizados para análise

Os espectros de RMN foram obtidos utilizando-se os

espectrômetros Brüker AC-200 (1H a 200 MHz e 13C a 50 MHz) ou

AC-80 (1H a 80 MHz e 13C a 20 Mhz) ou T-60 (1H a 60 MHz), utili-

zando-se tetracloreto de carbono ou clorofórmio deuterado como

solventes e tetrametilsilano como referência interna. Os valores

de deslocamentos químicos são referidos em unidades (ppm) e as

constantes de acoplamento (J) em Hertz (Hz). As áreas dos picos

foram obtidas por integração eletrônica e suas multiplicidades

descritas do seguinte modo:

s - singletoi d - dubletoi t - tripletoi q - quartetoi qd - quar­

teto deformado i t d - tripleto deformado i m - multipletoi sI -

sinal largo i dd - duplo dubletoi dt - duplo tripletoi dq - duplo

quarteto.

Os espectros de absorção no infra-vermelho foram obtidos

utilizando-se os espectrômetros Perkin-Elmer 180, 283A ou 1750 FT

e Nicolet 510 FT-IR.

As análises cromatográficas foram realizadas em

cromatógrafo Hewlett-Packard modelo 5890A, dotado de coluna Mega­

bore HP-l (0.53 mm - 5.0 m), detector de ionização de chama e

nitrogênio como gás de arraste.

88

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As análises elementares foram efetuadas em um analisador

elementar Perkin-Elmer 240-B.

As massas foram determinadas com o auxílio de uma balança

Marte AM 5500, semi analítica, ou de uma Mettler H34, analítica.

Os pontos de fusão foram determinados utilizando-se um

microscópio dotado de bloco de Kofler Oynamic Optics AHT.

Os evaporadores Büchi RE-lll e Fisatom 550 foram empregados

para as evaporações de sol vente, operando sob pressão reduzida

por trompa de água pressurizada.

Nas cromatografias de absorção em coluna foram utilizadas

gel de sílica de tamanho de partícula 60i (70-230 meshi Aldrich

Chemical Company).

Nas cromatografias em camada delgada (CCO) foram utilizadas

placas de vidro (2.5 x 7.5 cm) analíticas, preparadas com gel de

sílica GF254. Nas cromatografias preparativas foram empregadas

placas de vidro (20 x 20 cm) preparadas com gel de sílica

60PF254 , 60PF254-366 (Merck-Oarmstadt). As cromatografias

analíticas em gel de sílica foram obtidas, na maioria dos casos,

por misturas de hexano e acetona nas variadas proporções.

A visualização de substâncias cromatografadas analicamente

foi feita com lâmpada ultravioleta Mineralight e Blackray UVGL-58

(254 e 366 nm) e por exposição a vapores de iodo em câmaras pe­

quenas.

89

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3.2. Solventes e reagentes

Dimetil sulfóxido: 500 ml de DMSO comercial foram secados

sobre hidreto de cálcio por uma semana, destilados sob pressão

reduzida e guardados em frasco sobre peneiras moleculares,

previamente ativadas a 500oC. Ponto de ebulição: 88oC/17 mmHg

(Lit. 96 : 85-87oC/25 mmHg).

Tetrahidrofurano: 1000 ml foram secados inicialmente com

fios de sódio e a seguir tratados com benzofenona/sódio97 • A

quantidade de THF necessária para cada reação era destilada pouco

antes de sua utilização.

Benzeno e Tolueno: destilados sobre sódio metálico e

guardados com fios de sódio.

Etanol e metanol: tratados com magnésio na presença de

quantidades catalíticas de iodo, destilados e guardados sob

atmosfera de nitrogênio.

Hexano, diclorometano e clorofórmio: destilados sobre hi­

dreto de cálcio e guardados sobre peneiras moleculares (4i).

Dimetildissulfeto: 100 ml foram destilados e guardados em

frasco sobre peneiras moleculares, previamente ativadas a 500oC.

Ponto de ebulição: 106-108o C (Lit. 98 : lOSoC).

90

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Metanotiossulfonato de metila: 10 rol foram destilados sob

pressão reduzida e guardados sobre peneiras moleculares, previa-

mente ativadas a 5000 C. Ponto de ebulição: 71-740 C/0.5 mmHg

(Lit. 99 : 69-71oC/0.4 mmHg).

Experiências realizadas

3.3. Metodologias sintéticas para ~ obtenção de ~-ceto sulfóxidos.

. 83a b Proced1mento geral ~ ,

Em um balão de 3 bocas de 200 rol de capacidade e adaptado

com agitação mecânica, colocou-se hidreto de sódio em óleo

mineral a 80% e lavou-se o mesmo com n-hexano anidro (4 x 20 ml)

sob atmosfera de nitrogênio. Após eliminação do hexano residual

adicionou-se DMSO anidro (60-70 ml) e aqueceu-se o banho a 700 C

por aproximadamente 1 hora. Após este tempo adicionou-se

lentamente o benzoato correspondente, mantendo-se o aquecimento.

Ao término da adição retirou-se o aquecimento e agitou-se por

mais 2 horas. Ao final deste tempo verteu-se o conteúdo do balão

para um erleruneyer contendo água gelada (100 ml) e acidulou-se

com HCI concentrado até pH ~ 4. Extraiu-se com diclorometano (3 x

50 ml), lavou-se com solução saturada de cloreto de sódio,

secou-se com sulfato de sódio anidro e recristalizou-se de

acetato de etila.

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3.4. Método geral de sulfenilação em fase homogênea ~la

A um balão de 3 bocas de 50 ml de capacidade, adaptado com

agitação magnética e sob atmosfera de nitrogênio, colocou-se

hidreto de sódio em óleo mineral a 80% e lavou-se o mesmo com

n-hexano anidro (3 vezes). Após eliminação do solvente residual,

adicionou-se DMSO (THF) anidro e agitou-se até homogenização do

sistema. Em seguida adicionou-se o sulfóxido funcionalizado

dissolvido em DMSO (THF) anidro e agitou-se por aproximadamente

30-45 mino Após este tempo adicionou-se o sulfenilante dissolvido

em DMSO anidro e agitou-se por 2 horas à temperatura ambiente.

Adicionou-se solução saturada de cloreto de amônio, extraiu-se a

mistura com diclorometano (3 vezes) e lavou-se a fase orgânica

com água destilada e com solução saturada de cloreto de sódio.

Secou-se a fase orgânica com sulfato de sódio anidro e

purificou-se o produto obtido em coluna cromatográfica,

utilizando-se n-hexano/acetona (8:2) como eluente.

3.5. Método geral de sulfenilação em fase heterogênea

3.5.1. Por extração do íon-par ~41

Em um balão de 3 bocas de 25 :ml, adapatado com agitação

mecânica, colocou-se os seguintes reagentes: sulfóxido

funcionalisado, tetrabutilamônio hidrogenossulfato

metanotiossulfonato de metila, solução aquosa 8% de hidróxido de

sódio e diclorometano. Agi tou-se vigorosamente a mistura por 3

horas e ao término deste tempo diluiu-se a mistura reacional com

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diclorometano e filtrou-se a solução. Purificou-se o produto em

coluna cromatográfica, empregando-se n-hexano e acetona (8:2)

como eluente.

3.5.2. Por catálise de transferência de fase SÓlido-líquido,

empregando-se catalisador não quirálico ou quirálico iQl41

Em um balão de 3 bocas de 25 ml, adaptado com agitação

mecânica, colocou-se os seguintes reagentes: sulfóxido

funcionalisado, TEBA, carbonato de potássio, metanotiossulfonato

de meti la, benzeno e/ou diclorometano. Agi tou-se vigorosamente -por aproximadamente 2 horas e ao término deste tempo diluiu-se o

meio reacional com diclorometano e filtrou-se a solução.

Evaporam-se os solventes e purificou-se o produto obtido em

coluna cromatográfica, utilizando-se n-hexano e acetona (8: 2)

como eluente.

3.6. Método geral da decomposição térmica

3.6.1. Para os ~-ceto sulfóxidos não sulfenilados (E)1c,d

Em um balão de 25 ml, colocou-se o ~-ceto sulfóxido e

aqueceu-se a 850 C por duas horas, acompanhando-se a reação por

cromatografia em camada delgada, empregando-se n-hexano e acetona

(7.5 2.5) como eluente. Ao final da reação fez-se uma filtragem

em coluna cromatográfica utilizando-se n-hexano como eluente. A

identificação dos dois principais produtos desta decomposição foi

efetuada por dados de RMN-1H e cromatografia gasosa,

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comparando-se os tempos de retenção com os de amostras autênticas

obtidas por síntese independente.

3.6.2. Para os ~-ceto sulfóxidos sulfenilados 1!l1C,d

Em um balão de 25 ml, colocou-se o ~-ceto sulfóxido

sulfenilado e aqueceu-se a 750 C por 2 horas, acompanhando-se a

reação por cromatografia em camada delgada, empregando-se

n-hexano e acetona (7.5 : 2.5) como eluente. Ao final da reação

fez-se uma filtragem em coluna cromatográfica utilizando-se

n-hexano como eluente. A identificação dos dois principais

produtos desta decomposição foi efetuada por dados de RMN-1H e

cromatografia gasosa, comparando-se os tempos de retenção com os

de amostras autênticas obtidas por síntese independente.

3.7. Procedimento geral para a síntese dos a-ceto ortotioésteres

e a-ceto tioésteres

3.7.1. Preparação de a-cloro-~-ceto sulfetos i§l89

A uma solução de ~-ceto sulfóxido em diclorometano,

adicionou-se cloreto de tionila por um período de 5 mino Após a

adição passou-se uma corrente de argônio por um período de 2

horas até completa eliminação do dióxido de enxofre e ácido

clorídrico. Após este tempo, diluiu-se a fase orgânica com

diclorometano e lavou-se com solução de bicarbonato de sódio 5%.

Secou-se a fase orgânica com sulfato de magnésio, filtrou-se e

evaporou-se o solvente.

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3.7.2. Preparação dos a-ceto mercaptais ~89

A uma solução de a-cloro, ~-ceto sulfeto em diclorometano a

oOC, adicionou-se metil mercaptana, mantendo-se uma corrente de

argônio (para remover o ácido clorídrico formado) e um

condensador de refluxo mantido à baixa temperatura. Após 1 hora

refluxou-se a solução por aproximadamente 2 horas à temperatura

ambiente. Após este tempo removeu-se o solvente.

OBS.: Caso o a-ceto mercaptal ser sólido, o mesmo poderá ser

recristalizado de etanol.

3.7.3. Preparação dos a-ceto ortotioésteres 1!l89

A uma suspensão de hidreto de sódio em óleo mineral a 80%

em tetrahidrofurano anidro adicionou-se uma solução de a-ceto

mercaptal em tetrahidrofurano anidro à temperatura ambiente.

Agitou-se por 30 mino e adicionou-se uma solução de

metanotiossulfonato de metila em tetrahidrofurano. Agitou-se esta

mistura por aproximadamente 1.5 horas e ao término deste tempo

adicionou-se solução saturada de cloreto de amônio. Extraiu-se

esta mistura com diclorometano ( 3 x 20 ml) e secou-se a fase

orgânica com sulfato de magnésio. Fil trou-se e evaporou-se o

solvente. Purificou-se o produto por coluna cromatográfica ou

placa preparativa, empregando-se n-hexano como eluente.

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3.7.4. preparação dos a-ceto tioésteres ~89

A uma solução de a-ceto ortotioéster em éter etílico

adicionou-se solução 10% de bicarbonato de sódio, e iodo.

Agitou-se a mistura e refluxou-se por aproximadamente 3 hs (ou

até o desaparecimento da cor do iodo). Ao término deste tempo,

diluiu-se o meio reacional com éter etílico e lavou-se esta fase

com solução 0.5% de bissulfito de sódio. Secou-se a fase orgânica

com sulfato de magnésio e evaporou-se o solvente. Purificou-se o

produto por coluna cromatoqráfica ou placa preparativa,

empregando-se n-hexano como eluente.

3.8. Procedimento geral para a síntese de w-metiltio-acetofenonas

3.8.1. Preparação de bromoacetofenonas 1!llooa,b

A uma solução de acetofenona em éter etílico absoluto

adicionou-se lentamente bromo à OOC. Após a adição agitou-se por

mais 1 h à temperatura ambiente. Ao término deste tempo

evaporou-se o solvente e o produto obtido foi recristalizado de

etanol.

3.8.2. Preparação de w-metiltio acetofenonas (L)

A uma solução de bromoacetofenona (20,0 mmols) em etanol

absoluto (20,0 ml) adicionou-se lentamente uma solução de

mercapteto de potássio (20,0 mmols) em etanol absoluto (10,0 ml)

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à temperatura ambiente. Ao término da adição, agitou-se por mais

1 hora a esta temperatura. Ao final evaporou-se o etanol,

diluiu-se o meio reacional com água (20,0 ml) e extraiu-se esta

mistura com diclorometano (3 x 30,0 ml). Secou-se a fase orgânica

com sulfato de magnésio e evaporou-se o solvente. Purificou-se o

produto obtido em placa preparativa empregando-se n-hexano e

acetona (8:2) como eluente.

3.9. Obtenção ~ reações de sulfenilação de w-(metilsulfinil)­

acetofenona (57) em fase homogênea

3.9.1. Obtenção de w-(metilsulfinil)-acetofenona (57)83a

Seguindo-se o procedimento geral (A), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: hidreto de sódio 80% (4,20

g i 147 mmols ) dissolvido em DMSO anidro ( 60 ml); benzoato de

etila (10,0 gi 73,0 mmols). Após recristalização de acetato de

etila obteve-se 10,30 g (85%) do produto (57) (PF = 84-850 C)

(Lit. 83a : PF = 85-8gC), caracterizado por RMN!H.

1 60MHz. . • ~- HTMS (CCI4 )· ~ 2,70(s,3H), 4,30(ds,2H), 7,30-S,0(m,5H)

3.9.2. Reação de sulfenilação empregando NaH/DMSO/~ss~la

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: ~-ceto sulfóxido (57) (0,20

g; 1,10 mmols) em DMSO anidro ( 3, O ml); hidreto de sódio 80%

(0,08 g; 2,7 mmols) em DMSO anidro (3, O ml); difenildissulfeto

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(0,48 gi 2,20 mmols) em DMSO anidro (4,0 ml). Após purificação em

coluna cromatográfica, obtiveram-se 0,16 g (50%) do produto

monossulfenilado (192), caracterizado por IV e RMN-1H.

I~r (filme): v = 1050 (S=O) max.

RMN_l~Z (CDCI3 ): ~ 2,70(s,3H)i 5,60(s,lH): 7,20-S,O(m,10H)

3.9.3. Reação de sulfenilação empregando NaH/DMSOjMeS02SMe

Seguindo-se o procedimento geral (B), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: ~-ceto sulfóxido (57) (0,50

g; 2,74 mmols) em DMSO anidro (5, O ml); hidreto de sódio 80%

(0,13 g; 5,49 mmols) em DMSO anidro (5,0 ml); metanotiossulfonato

de metila (0,35 g; 2,74 mmols) em DMSO anidro (3, O ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,53 g (84%) do

produto monossulfenilado (193), um sólido branco (PE: 96-100oC:

Lit. S3b : 99.5-101oC).

IvKBr (filme): v = 1050 (S=O) max.

1 60MHz RMN- HTMS (CDCI3 ): ~ 2,15(ds,3H); 2,60 e 2,SO(s,3H); 5,25(ds,

(1:1),lH); 7,20-8,0(m,5H)

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3~10. Preparação do a-sulfinil acetato de etila (195)

3.10.1. Obtenção do metiltio-acetato de etila (194)33

Em um balão de 2 bocas de 50 ml de capacidade, colocou-se

etanol absoluto (25,0 ml) e sódio metálico (1,30gi 0,056

atom. gr. ). Agitou-se até completa reação do sódio após a qual

adicionou-se metil mercaptana (2,90 gi 60 mmols). Agitou-se por

aproximadamente 20 mino à -100 C e ao término deste tempo

adicionou-se lentamente o mercapteto de sódio sobre o

bromo acetato de etila (10,0 gi 60 mmols) à oOC. Agitou-se por 1

hora e ao final deste tempo adicionou-se água destilada (10,0 ml)

e extraiu-se a fase aquosa com diclorometano (3 x 50 ml).

Secou-se a fase orgânica com sulfato de sódio anidro. Após

evaporação do sol vente obtiveram-se 6,70 9 do produto bruto, o

qual, após destilação à pressão reduzida (58-600 C/10, O mmHg),

forneceu 6,0 9 (75%) do produto (194), um óleo incolor,

caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz RMN- HTMS (CC14 ): ~ 1,20(t,3H,J=7Hz)i 2,20(s,3H)i 3,0(s,2H)i

4,10(q,2H,J=7Hz)

3.10.2. Obtenção do metilsulfinil-acetato de etila (195)65

Em um balão de 2 bocas de 200 ml de capacidade, adaptado

com agitação magnética, colocou-se o w-metiltio-acetato de etila

(194) (6,50 9 i 48,5 mmols ) dissolvido em ácido acético glacial

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(11,65 g; 194 mmols). Agitou-se a mistura reacional e adicionou-

se lentamente água oxigenada 30% (5,60 gi 165 mmols). Após a

adição agitou-se por 1 hora à temperatura ambiente. Ao término

deste tempo adicionou-se diclorometano (100 ml) e lentamente

carbonato de potássio (14,1 gi 102 mmols) sob forte agitação.

Agitou-se por aproximadamente 20 mino e em seguida filtrou-se a

solução em funil de placa sinterizada, secou-se a fase orgânica

com sulfato de sódio anidro e após evaporação do solvente obtive-

ram-se 6,50 g do produto bruto, o qual, após destilação à pressão

reduzida (110 0 Cj1,50 mmHg) forneceu 6,0 g (82%) do produto (195),

um óleo incolor, caracterizado por IV e RMN-1H.

I~~. (filme): v = 1050 (S=O)

1 60MHz RMN- HTMS (CCI 4 ): ~ 1,30(t,3H,J=7Hz)i 2,70(s,3H)i 3,65(s,2H)i

4.20(q,2H,J=7Hz)

3.11. Reações de sulfenilação do sulfinil és ter (195) em fase

homogênea

3.11.1. Empregando NaHjDMSOjMeSSMe1a

Seguindo-se o procedimento geral (B), e empregando-se as

seguintes quantidade dos reagentes: sulfinil éster (195) (0,30 g;

2,0 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml); hidreto de sódio 80% (0,12 gi

4,40 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml); dimetildissulfeto (0,18 g;

2,0 mmols) em DMSO anidro (2,0 ml). Após ~urificação em coluna

cromatográfica obtiveram-se 0,12 9 (31%) do produto monossulfeni-

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lado (196), um óleo incolor, caracterizado por RMN-1H e análise

elementar.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI 4 ): ~ 1,30(t,3H); 2,30(s,3H); 2,60(ds,3H);

4,20(m,3H)

Análise elementar: Calculado para C6H1203S2: C = 36,73%; H = 6,12%

Encontrado: C = 36,85%; H = 6,01%

3.11.2. Empregando NaH/DMSo/Meso2SMe1a

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: sulfinil éster (195) (0,30

g; 2,0 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml)i hidreto de sódio 80% (0,13

gi 4,40 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml); metanotiossulfonato de

metila (0,25g; 2,0 mmols) em DMSO anidro (2,0 ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,12 g (31%) do

produto monossulfenilado (196), um óleo incolor, caracterizado

por RMN-1H.

_1 60MHz. . . • RMN HTMS (CCI4 )· ~ 1,30(t,3H), 2,30(s,3H), 2,70(ds,3H),

4,30(m,3H)

3.11.3. Empregando NaH/DMSo/N-metiltio-ftalimida1a

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: sulfinil éster (195) (0,30

g; 2,0 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml); hidreto de sódio 80% (0,13

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gi 4,40 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml) i N-metiltio-ftalimida

(0,38 gi 2,0 mmols) em DMSO anidro (5,0 ml). Após purificação em

coluna cromatográfica obtiveram-se 0,06 g (15%) do produto monos­

sulfenilado (196) caracterizado por RMN-1H.

RMN_1H~~Z (CCI 4 ): ~ 1,35(t,3H)i 2,30(s,3H)i 2,60(ds,3H)i

4,20(m,3H)

3.11.4. Empregando LICA/THFjMeSSMel02

Em um balão de 2 bocas de 50 ml, adaptado com agitação

magnética, um banho para resfriamento e mantido sob atmosfera

inerte de nitrogênio, colocou-se ciclohexil-isopropil amina (0,28

g i 2, O mmols) em THF anidro (4, O ml). Esfriou-se até -78oC e

adicionou-se n-butil lítio 1, 3M ( 1 , 50 g i 2, O mmols) • Agitou-se

por aproximadamente 15 mino e em seguida adicionou-se o sulfinil

éster (195) (0,30 gi 2,0 mmols) dissolvido em THF anidro (3,0

ml), mantendo-se a agitação por 30 mino Após este tempo adicio­

nou-se o dimetildissulfeto (0,25 gi 2,0 mmols) dissolvido em THF

anidro. Agitou-se por 1 hora a -78oC e após este tempo retirou-se

o banho de resfriamento mantendo-se a agitação por mais 1 hora.

Ao final, evaporou-se o solvente, adicionou-se solução saturada

de cloreto de amônio (10,0 ml), extraiu-se com diclorometano (3 x

30,0 ml), secou-se a fase orgânica com sulfato de magnésio, fil­

trou-se e evaporou-se o solvente. Após purificação em coluna

cromatoqráfica, empregando-se n-hexano e acetona (8:2) como

eluente, obtiveram-se 0,21 g (70%) do produto de partida (195).

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1 60MHz. _. . • RMN- HTMS (CCI 4 )· ~ 1,30(t,3H,J-7Hz), 2,70(s,3H), 3,60(s,2H),

4,25(q,2H,J=7HZ)

3.11.5. Empregando LDA/THFjMeSSMe102

Seguindo-se o procedimento 3.9.4., empregando-se as seguin­

tes quantidades dos reagentes: diisopropil amina (0,20 gi 2,10

mmols), dissolvida em THF anidro (4,0 ml); n-butil lítio 1,30 M

(1,60 ml; 2,10 mmols); sulfinil éster (195) (0,30 g; 2,0 mmols)

em THF anidro (3,0 ml); dimetildissulfeto (0,25 g; 2,0 ml) em THF

anidro (2,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obti­

veram-se 0,15 g (50%) do produto de partida (195).

RMN_1~MHZ (CCI 4 ): ~ 1,30(t,3H,J=7Hz}; 2,60(s,2H}; 3,60(s,2H};

4,20(q,2H,J=7Hz}

3.12. Preparação do metilsulfinil-malonato de dietila (199)

3.12.1. Obtenção do cloromalonato de dietila (197)103

A um balão de 3 bocas de 200 ml, adaptado com agitação

magnética, banho de aquecimento e funil de adição, colocou-se

malonato de dietila (64,0 g; 500 mmols) seguida da adição lenta

de cloreto de sulfurila (68,0 g; 500 mmols). Após a adição agi­

tou-se por aproximadamente 1 hora à temperaturta ambiente. Após

este tempo ligou-se o sistema a uma trompa d'água e, sob ligeiro

aquecimento, eliminou-se o resíduo de cloreto de sulfurila e o

103

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ácido clorídrico formado durante a reação. Submeteu-se o produto

à destilação fracionada (82-83 0 Ci 1,0 mmHg) (Lit. 103 : 1080 /16

mmHg) e obtiveram-se 65,0 9 (67%) do produto (197), um óleo inco­

lor, caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz RMN- RTMs (CCI 4 ): ô 1,30(t,3H,J=7Hz)i 4,20(q,2H,J=7Hz);

4,60(s,lH)

3.12.2. Obtenção do metiltio-malonato de dietila (198)104

Seguindo-se o procedimento 3.8.1, utilizando-se as seguin-

tes quantidades dos reagentes: cloromalonato de dietila (197)

(5, O g; 25,70 mmols) dissolvido em etano I absoluto (5, O ml);

metil mercaptana (2,50 g; 51,40 mmols) dissolvida em uma solução

de hidróxido de potássio (1,15 gi 20,60 mmols) e etanol absoluto

(7,0 ml). Após destilação à pressão reduzida (110o

Ci 3,0 mmHg)

(Lit. 104 : 68-700 CjO,25 mmHg) obtiveram-se 4,20 9 (80%) do produto

(198), um óleo incolor, caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI 4 ): ô 1,30(t,6H,J=7Hz)i 2,20(s,3H)i 4,0(s,lH);

4,30(q,4H,J=7Hz)

3.12.3. Obtenção do metilsulfinil-malonato de dietila (199)65

Seguindo-se o procedimento 3.8.2., empregando-se as seguin-

tes quantidades dos reagentes: metiltio-malonato de dietila (198)

(4,50 gi 23,20 mmols); ácido acético glacial (5,60 gi 92,8

mmols); água oxigenada 30% (2,76 g; 81,10 mmols); carbonato de

104

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potássio (6,70 g; 4S, 70 mmols); diclorometano (SO, O ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 4,40 9 (SS%) do

produto (199), um óleo incolor viscoso, caracterizado por RMN-1H

e análise elementar.

RMN_1H~MHZ (CC1 4 ): ~ 1,30(t,6H,J=7Hz); 2,70(s,3H); 4,20(q,4H,

J=7Hz); 4,SO(s,lH)

Análise elementar: Calculado para CSH140 SS: C = 43,23%; H = 6,3S%

Encontrado: C = 43,19%; H = 6,S2%

3.13. Reações de sulfenilação do metilsulfinil-malonato de dieti­

la (199) em fase homogênea

3.13.1. Empregando NaH/DMSojMeSSMe1a

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: metilsulfinil-malonato de

dietila (199) (0,20 g; 0,90 mmols) em DMSO anidro (2,0 ml); hi-

dreto de sódio SO% (0,07 g; 2,40 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml);

dimetildissulfeto ( O , 090 g; O, 9S mmols) DMSO anidro ( 2, O ml).

Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,17 9

(SS%) do produto de partida.

1 60MHz RMN- HTMS (CC14 ): ~ 1,30(t,6H,J=7Hz)i 2,70(s,3H)i 4,20(q,4H,

J=7Hz)i 4,SO(s,lH)ppm

lOS

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la 3.13.2. Empregando NaH/THF/MeS02SMe

Seguindo-se o procedimento geral (B), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: metilsulfinil-malonato de

dietila (199) (0,2 g; 0,90 mmols) em THF anidro (3,0 ml); hidreto

de sódio 80% (0,07 g; 2,30 mmols) em THF anidro (3,0 ml); metano­

tiossulfonato de metila (0,12 g; 0,94 mmols) em THF anidro (2,0

ml). Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,18

9 (90%) do produto de partida.

RMN_I~MHZ (CC1 4 ): ~ 1,30(t,6H); 2,70(s,3H); 4,20(q,4H)

4,50(s,lH)

3.14. Preparação do metilsulfinil-tioacetato de metila (202)

3.14.1. Obtenção do ácido metiltio-acético (200)33

A um balão de 1 boca de 250 mI de capacidade contendo metil

mercaptana (13,50 g ; 280 mmols) dissolvida em uma solução aquosa

~8% de NaOH (100,0 ml), adicionou-se ácido cloroacético (20,0 g;

211,6 mmols) dissolvido em solução aquosa 18% de NaOH (150,0 ml).

Após a adição, aqueceu-se o banho até 700 C e agitou-se por 2

horas. Ao término deste tempo esfriou-se o sistema e adicionou-se

ácido clorídrico concentrado até pH ~ 1. Extraiu-se com éter

etílico (3 x 100 ml) e lavou-se a fase orgânica com solução satu-

rada de cloreto de sódio (100,0 mI). Secou-se com sulfato de

sódio anidro e após evaporação do sol vente obti veram-se 18, O 9

106

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(80%) do produto (200), (PE.: 80-82oC/3 mmHg) (Lit. 105 : PE. 99-

1000 C/4 mmHg).

1 60MHz . RMN- HTMS (CCI 4 ): ~ 2,20(s,3H), 3,20(s,2H); 9,50(s,lH)

3.14.2. obtenção do metiltio tioacetato de metila (201)33

A um balão de 100 ml adaptado com agitação magnética, colo­

cou-se o ácido metiltio acético (200) (12,0 g; 113,1 mmols) e

cloreto de tionila (16,14 g; 13,5 mmols). Agitou-se a mistura e

aqueceu-se o sistema até aproximadamente 500 C por 2 hs. Ao

término deste tempo adicionou-se benzeno absoluto (30, O ml) e

evaporou-se até eliminação completa do cloreto de tionila. Em

seguida adicionou-se metil mercaptana ( 8,20 g; 169,6 mmols) e

refluxou-se a mesma por 2 hs com o auxílio de um condensador

refrigerado (~ -20oC). Ao término deste tempo eliminou-se o ex-

cesso da metilmercaptana com o auxílio de uma trompa d' água e

diluiu-se o produto com diclorometano (100 ml). Lavou-se a fase

orgânica com solução 1% de bicarbonato de sódio (20, O ml) e

solução saturada de cloreto de sódio (30, O ml). Secou-se com

sulfato de sódio anidro e após evaporação do solvente obtiveram-

se 13,20 9 (82%) do produto (201), um óleo viscoso, caracterizado

por RMN-1H.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI 4 ): ~ 2,20(ds,6H); 3,30(s,2H)

107

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3.14.3. Obtenção do metilsulfinil-tioacetato de metila (202)65

10

Seguindo-se o procedimento 3~2., utilizando-se as seguin-

tes quantidades dos reagentes: metiltio-tioacetato de metila

(201) (3,0 g; 20,5 mmols); ácido acético glacial (4,90 g; 82,2

mmols); água oxigenada 30% (2.40 g; 69,9 mmols); carbonato de

potássio (6,0 g; 43,10 mmols) e diclorometano (80 ml). Após puri-

ficação em coluna cromatográfica, empregando-se n-hexano e aceto-

na (8:2) como eluente obtiveram-se 2,80 g (85%) do produto (202),

um sólido branco pastoso, caracterizado por IV e RMN-1H.

O 11 rvKBr

max. (filme): v = 1050 (S=O); 1670 (-C-SCH3 )

1 60MHz RMN- HTMS (CCI 4 ): 8 2,40(s,3H); 2,60(s,3H); 3,90(s,2H)

3.15. Reações de sulfenilação do metilsulfinil-tioacetato de

metila (202) em fase homogênea

3.15.1. Empregando NaH/DMSO/MeSSMe1a

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: metilsulfinil-tioacetato de

metila (202) (0,20 g; 1,23 mmols) em DMSO anidro (2,0 ml): hidre­

to de sódio 80% (0,07 g: 2,50 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml):

dimetildissulfeto (0,23 g; 2,50 mmols) em DMSO anidro (2,0 ml).

Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,18 g

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(74%) do produto monossulfenilado (203a), um sólido branco

instável, caracterizado por IV e RMN-1H e análise elementar.

o

IvKBr max.

11 (filme): v = 1050 (S=O); 1670(-C-SCH3 )

RMN_l~MHZ (CDCI 3 ): õ 2,34(s,3H); 2,43(s,3H); 2,72-2,76(ds,3H);

4,35(ds(1:1),lH)

Análise elementar: Calculado para C5H9

0 2S3 : C = 30,30%; H = 5,08%

Encontrado: C = 30,36%; H = 5,03%

3.15.2. Empregando NaH/DMSO/~ss~la

seguindo-se o procedimento geral (B), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: metilsulfinil-tioacetato de

metila (202) (0,20 g; 1,30 mmols) em DMSO anidro (2,0 ml); hidre-

to de sódio 80% (0,10 g; 3,30 mmols) em DMSO anidro (3,0 ml);

difenil dissulfeto (0,57 g; 2,63 mmols) em DMSO anidro (5,0 ml).

Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,20 g

(60%) do produto monossulfenilado (203b), um sólido branco

instável, caracterizado por IV, RMN-IH e análise elementar.

o

rvKBr max. (filme): v

11 = 1060 (S=O); 1670(-C-SCH3 )

1 60MHz . RMN- HTMS (CCl4 ): õ 2,30-2,40(ds,3H); 2,60(ds,3H), 4,80(ds

(1:1), IH); 7,0-7,60(m,5H)

109

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Análise elementar: Calculado para C10H1202S3: C=46,15%i H=4,61%

Encontrado: C=46,25%; H=4,49%

3.16. Preparação do ~-ceto sulfóxido cíclico (208)

3.16.1. Obtenção do diéster (205)106

A uma solução de etóxido de sódio em etano I absoluto, pre-

parada a partir de sódio metálico (5,44 g; 0,24 atm-gr.) e etanol

absoluto (130 ml), adicionou-se tioglicolato de etila (204)

(28,40 g; 0,24 mols) e agitou-se por 1 hora à temperatura ambien-

te. Após este tempo adicionou-se 7-clorobutirato de etila (35,60

g; 0,24 mols) e traços de iodeto de potássio. Agitou-se a mistura

por 2 hs à refluxo e após este tempo resfriou-se o sistema até a

temperatura ambiente. Filtrou-se o sólido formado e evaporou-se o

etanol residual. Diluiu-se com diclorometano (100 ml) e lavou-se

a fase orgânica com água destilada (2 x 50 ml). Após eliminação

do solvente destilou-se o óleo residual (140oC/4 mmHg), (Lit. 106 :

PE = 139-142oC/4 mmHg), e obtiveram-se 39,80 9 (72%) do produto

(205), um óleo incolor, caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz. • • . RMN- HTMS (CCI4 )· ~ 1,30(dt,6H), 1,60-2,80(m,6H), 3,10(s,2H),

4,10(dq,4H)

3.16.2. Obtenção dos ~-ceto ésteres cíclicos (206a,b)107

A uma suspensão de sódio metálico (3,90 gi 0,17 atm-gr.) em

tolueno absoluto (300 ml), adicionou-se lentamente etano I absolu-

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to (60 ml). Após a reação do sódio com etano I , destilou-se o

azeótropo tolueno-etanol até que a mistura atingisse 1050 C. Neste

ponto adicionou-se lentamente uma solução do diéster (205) (39,80

gi 170 mmols) dissolvido em tolueno absoluto (100 ml). Destilou­

se o azeótropo até que a mistura atingisse 106oC, e em seguida

resfriou-se o sistema até a temperatura ambiente, após o qual

adicionou-se HCI 12N (10,0 ml) à frio. Extraiu-se com diclorome-

tano (2 x 100 ml), lavou-se com solução saturada de cloreto de

sódio (100 ml) e secou-se com sulfato de sódio anidro. Após eva­

poração dos solventes, destilou-se o produto (118-21oC/4 mmHg)

(Lit. 107 : 117-20oC/4 mmHg) e obtiveram-se 24,0 g (75%) dos produ­

tos (206a,b), um óleo incolor, caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz. . • RMN- HTMS (CCI 4 )· ~ 1,40(dt,6H), 2,0-3,0(m,11H), 4,20(dq,4H)

3.16.3. Obtenção de 3-tiaciclohexanona (207)106

Aos produtos obtidos (206a,b) no procedimento anterior

( 20 , O g i 110 mmols) adicionou-se ácido sulfúrico 2N (70 ml).

Refluxou-se a mistura por 9 horas e ao final deste tempo extraiu-

se o produto com diclorometano (3 x 50 ml). Secou-se com sulfato

de magnésio e após evaporação do solvente, destilou-se o óleo

residual (78-90 C/ 4 mmHg) (Lit. 106 : 80oC/4 mmHg) e obtiveram-se

10,0 g (78%) do produto (207), um óleo incolor, caracterizado por

RMN-1H.

1 60MHz • RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,30(m,4H)i 2,70(m,2H), 3,10(s,2H)

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3.16.4. Obtenção do ~-ceto sulfóxido cíclico (208)65

Seguindo-se o procedimento 3.8.2, utilizando-se as seguin­

tes quantidades dos reagentes: 3-tiaciclohexanona (207) (2,0 g;

170 mmols) dissolvida em ácido acético glacial (4,0 ml); água

oxigenada 30% (2,05 g; 600 mmols); carbonato de potássio (5,23 g;

380 mmols); diclorometano (70, O ml). Após recristalização de

acetato de etila obtiveram-se 1,90 g (85%) do produto (208), um

sólido branco, (PF = 85-86oC), caracterizado por RMN-1H e análise

elementar.

RMN_1~Z (CC14 ): ~ 2,50(m,4H); 3,0(m,2H); 3,60(s,2H)

Análise elementar: Calculado para C5H80 2S: C = 45,45%; H = 6,35%

Encontrado: C = 45,30%; H = 6,01%

3.17. Reações de sulfenilação do ~-ceto sulfóxido cíclico (208)

em fase homogênea

3.17.1. Empregando NaH/DMSO/MeS02Me1a

seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: hidreto de sódio 80% (0,32

g; 110 mmols) em DMSO anidro (5,0 ml); ~-ceto sulfóxido cíclico

(208) (0,93 g; 70 mmols) em DMSO anidro (5,0 m1); metanotiossul­

fonato de metila (0,93 g; 74 mmols) em DMSO anidro (5,0 ml). Após

recristalização de acetato de etila obtiveram-se 0,30 g (25%) do

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produto monossulfenilado (209), um sólido branco, (PF = 87-890 C),

caracterizado por RMN-1H e análise elementar.

RMN_1~~MHZ (CDCI 3 ): õ 2,30(ds,3H); 2,70(m,4H): 3,25(m,2H):

4,20(s,lH); 4,90(s,lH) _

Análise elementar: Calculado para C6H1002S2: C =40,44%; H =5,62%

Encontrado: C =40,31%; H =5,56%

3.17.2. Empregando NaH/DMSO/MeSSMe1a

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: hidreto de sódio 80% (0,10

g; 3,40 mmols) dissolvido em DMSO anidro (3,0 ml): ~-ceto

sulfóxido cíclico (208) (0,30 g: 2,27 mmols) em DMSO anidro (3,0

ml): dimetildissulfeto (0,22 g: 2,27 mmols) em DMSO anidro (3,0

ml). Após recristalização de acetato de etila obtiveram-se 0,10 g

(25%) do produto monossulfenilado (209), (PF = 87-890 C, caracte­

rizado por IV e RMN-1H.

IvKBr (filme): v = 1065 (S=O) max.

1 200MHz ••. RMN- HTMS (CCI4 ): õ 2,30(ds,3H), 2,70(m,4H), 3,25(m,2H),

4,20(s,lH); 4,90(s,lH)

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3.1S. Preparação dos ~-ceto-sulfóxidos substituídos (210), (211)

e (212)

3.1S.1. Obtenção de w-(metilsulfinil)-p-cloroacetofenona (210)S3b

Seguindo-se o procedimento geral (A), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: hidreto de sódio SO% (3,25

gi 10S,4 mmols) em DMSO anidro (60 ml)i p-cloro benzoato de etila

(10,0 gi 54,2 mmols). Após recristalização de acetato de etila

obtiveram-se S,20 g (70%) do produto (210), (PF =12S-30oC),

(Lit. S3b : 11SoC), caracterizado por RMN1-H e análise elemetar.

1 260MHz RMN- HTMS (CDCI4 ): ô 2,76(s,3H); 4,2S-4,45(dd,2H);

7,45-7,49(m,2H); 7,S9-7,95(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C9H9S02CI: C =4S,S9%; H =4,19%

Encontrado: C =4S,Sl%; H =4,09%

3.1S.2. Obtenção de w-(metilsulfinil)-p-metilacetofenona (211)S3a

Seguindo-se o procedimento geral (A), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: hidreto de sódio SO% (4,40

g; 146,3 mmols) em DMSO anidro (60mI); p-metil benzoato de etila

(12,0 g; 73,2 mmols). Após recristalização de acetato de etila

obtiveram-se 11,0 g (S4%) do produto (211), um sólido branco, (PF

o ) ( . S3 o ) t' d 1 = 10S-109 C L1t. : 106-107 C , carac er1za o por RMN-H.

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1 60MHz . RMN- HTMS (CC14 ): ~ 2,39(s,3H), 2,76(s,3H); 4,50(dd,2H);

7,25-7,90(m,4H)

3.18.3. Obtenção de w-(metilsulfinil)-p-metóxi acetofenona (212)83a

Seguindo-se o procedimento geral (A), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: hidreto de sódio 80% (5,0 gi

166,7 mmols) em DMSO anidro (70 ml)i p-metóxi benzoato de etila

(15,0 gi 83,3 mmols). Após recristalização de acetato de etila,

obtiveram-se 15,0 g (85%) do produto (212) (PF = 99-100oC)

(Lit. 83a : 101-102oC), caracterizado por RMN-1H.

RMN_l~MHZ (CDC1 3 ): ~ 2,78(s,3H)i 3,85-3,87(ds,3H)i

4,27-4,55(dd,2H)i 6,89-6,98(m,2H)i

7,93-8,04(m,2H)

3.19. Reações de sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos (210), (211)

e (212) em fase homogênea, empregando NaH/DMSO/MeS02SMe

3.19.1. A partir do ~-ceto sulfóxido (210)la

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-p-cloro

acetofenona (210) (0,60 gi 2,77 mmols) em DMSO anidro (6,0 ml)i

hidreto de sódio 80% (0,16 gi 5,54 mmols) em DMSO anidro (3,0

m1)i metanotiossulfonato de metila (0,36 gi 2,77 mmols) em DMSO

(4,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se

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0,66 9 (90%) do produto monossulfenilado (213), um sólido branco

instável, caracterizado por RMN-1H e análise elementar.

1 200MHz . RMN- HTMS (CDCI 3 ). ~ 2,13-2,23(ds,3H)i 2,66-2,S9(ds,3H)i

5,42-5,43(ds(1:1),1H)i 7,43-7,4S(m,2H)i

7,9S-S,02(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C10H11CI02S2: C=45,71%i H=4,19%

Encontrado: C=45,S4%; H=4,22%

3.19.2. A partir do ~-ceto sulfóxido (211)1a

seguindo-se o procedimento geral (B), empregand~-se as

seguintes quantidades de reagentes: w-(metilsulfinil)-p-metil

acetofenona (211) (0,36 gi 2,02 mmols) em DMSO anidro (5,0 ml)i

hidreto de sódio SO% (0,12 gi 4,04 mmols) em DMSO anidro (3, O

ml); metanotiossulfonato de metila (0,26 g; 2,02 mmols) em DMSO

anidro (3,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obti-

veram-se 0,26 9 ( 5S%) do produto monossulfenilado ( 214 ), um

sólido branco, caracterizado por RMN-1H e análise elementar.

1 200MHz RMN- HTMS (CDCI 3 ): ó 2,14-2,23(ds,3H); 2,42(s,3H);

2,64-2,S6(ds,3H); 5,31-5,40(ds,(1:1)1H);

7,26-7,31(m,2H)i 7,91-7,97(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C11H1402S2: C= 54,54%; H= 5,7S%

Encontrado: C= 54,46%; H= 5,69%

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3.19.3. A partir do ~-ceto sulfóxido (212)la

Seguindo-se o procedimento geral (B), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-p- metóxi

acetofenona (212) (0,30 g; 1,42 mmols) em DMSO anidro (4,0 ml);

hidreto de sódio 80% (0,08 g; 2,83 mmols) em DMSO anidro (3, O

ml); metanotiossulfonato de metila (0,18 g; 1,42 mmols) em DMSO

anidro (3,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obti-

veram-se 0,16 g (45%) do produto monossulfenilado (215), um

sólido branco, caracterizado por RMN-1H e análise elementar.

RMN_1H~MHZ (CDC13 ): ~ 2,05-2,14(ds,3H}; 2,56-2,78(ds,3H);

3,77(s,3H}: 5,25-5,34(ds(1:1},lH}:

6,82-6,88(m,2H}; 7,90-7,96(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C11H1403S2: C= 51,16%: H= 5,43%

Encontrado: C= 51,31%; H= 5,79%

3.20. Reações de sulfenilação do ~-ceto sulf6xido (57), sulfinil

éster (195) e sulfinil tioéster (202) em fase heterogênea

(método de extração do íon-par)41

3.20.1. A partir do ~-ceto sulf6xido (57)

Seguindo-se o procedimento geral (C); empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-acetofe-

117

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nona (57) (0,25 gi 1,37 mmols) i tetrabutilamônio hidrogenossulfa-

to (0,47 gi 1,37 mmols)i metanotiossulfonato de metila (0,69 gi

5,50 mmols)i diclorometano (5,0 ml). Após purificação em coluna

cromatográfica obtiveram-se 0,15 9 (50%) do produto monossulfeni­

lado (193) (PF = 96-100oC) (Lit. 83b : PF = 99,5-101oC), caracteri­

zado por RMN-1H.

RMN_1H~MHZ (CCI 4 ): ~ 2,20(ds,3H)i 2,65 e 2,90(s,3H)i

5,25(ds(1:1),lH)i 7,30-8,30(m,5H)i

3.20.2. A partir do a-sulfinil éster (195)

Seguindo-se o procedimento geral (C), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: sulfinil éster (195) (0,34

gi 2,27 mmols) tetrabutilamônio hidrogenossulfato (0,77 g; 2,27

mmols) i metanotiossulfonato de metila (0,87 gi 6,80 mmols);

solução aquosa 8% de hidróxido de sódio (3,4 ml; 4,53 mmols);

diclorometano (5,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica

obti veram-se 0,10 9 (20%) do produto monossulfenilado (196) ,

caracterizado por RMN-1H.

RMN_1~MHZ (CCI4

): ~ 1,30(t,3H)i 2,30(s,3H); 2,60(ds,3H);

4,20(m,3H)

3.20.3. A partir do a-sulfinil tioéster (202)

Seguindo-se o procedimento geral (C), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-sulfinil tioéster (202)

118

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(0,25 g; 1,51 mmols); tetrabutilamônio hidrogenossulfato (0,50 gi

1,51 mmols); metanotiossulfonato de metila (0,38 g: 3,01 mmols);

solução aquosa 8% de hidróxido de sódio (1,50 ml i 3,01 mmols):

diclorometano (5, O ml). Ao final desta re"ação obteve-se uma mis-

tura complexa de produtos.

3.21. Reações de sulfenilação do ~-ceto sulfóxido (57), sulfinil

éster (195) e sulfinil tioéster (216) em fase heterogênea

(sistema sólido líquido), empregando TEBA41

3.21.1. Preparação do metiltio-tioacetato de etila

o 11 81

(CH -S-CH -C-SEt) 3 2

Seguindo-se o procedimento 3.14.2. empregando-se as seguin-

tes quantidades dos reagentes: ácido metiltio acético (200) (17.3

gi 163 mmols)i cloreto de tionila (25,2 gi 212 mmols): etil mer-

captana (12,2 gi 196 mmols). Após destilação à pressão reduzida

(67-690 C/4 mmHg, obtiveram-se 17,0 g (70%) do produto, um óleo

incolor, caracterizado por RMN-1H e IV.

rvRBr (filme): v = 1685 (C=O) max.

1 60MHz • RMN- HTMS (CC14 ): ~ 1,13(t,3H,J=7Hz)i 2,15(s,3H), 2,85(q,2H,

J=7Hz); 3,23(s,2H)

119

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3.21.2. Preparação do metilsulfinil-tioacetato de etila (216)81

Seguindo-se o procedimento 3. 14 • 3 ., empregando-se as se-

guintes quantidades dos reagentes: metil tio-tioacetato de etila

(~O g; 13,30 mmols); ácido acético glacial (3,20 g; 53,33 mmols);

água oxigenada 30% (1,58 gi 46,66 mmols); carbonato de potássio

(3,90 g; 27,99 mmols); diclorometano (70 ml). Obtiveram-se 2,0 g

(90%) do produto (21), um sólido pastoso, caracterizado por

RMN-1H e IV.

IvRBr (filme): v = 1670 (C=O); 1065 (S=O) max.

1 60MHz • RMN- HTMS (CCI 4 ): ~ 1,30(t,3H,J=7Hz), 2,67(s,3H)i 2,92(q,2H,

J=7Hz)i 3,83(s,2H)

3.21.3. Sulfenilação ~ partir do ~-ceto sulfóxido (57)

Seguindo-se o procedimento geral (D), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-acetofeno-

na (57) (0,24 g; 1,32 mmols) i TEBA (0,03 gi 0,132mmols); carbona-

to de potássio (0,36 gi 2,63 mmols) i metanotiossulfonato de meti-

la (0,17 gi 1,32 mmols) i benzenojdiclorometano (1: 1) (7, O ml).

Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,20 g

(67%) do produto monossulfenilado (193), caracterizado por

RMN-1H.

1 60MHz . . RMN- HTMS (CCI 4 ): ~ 2,20(ds,3H), 2,60 e 2,85(s,3H),

5,25(ds,1H)i 7,30-8,10(m,5H)

120

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3.21.4. Sulfenilação a partir do sulfinil éster (195)

seguindo-se o procedimento geral (D), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-sulfinil éster (195) (0,33

g; 2,22 mmols); TEBA (0,051 g; 0,22 mmols); carbonato de potássio

(0,61 g; 4,44 mmols); metanotiossulfonato de metila (0,28 g; 2,22

mmols); benzeno (5,0 ml) • Após purificação em coluna

cromatográfica obtiveram-se 0,11 g (25%) do produto monossulfeni­

lado (196), um óleo incolor, caracterizado por RMN-1H.

RMN_1~~~Z (CCI4)'. ~ 1 30(t 3H) 2 30( 3H) 2 60(d 3H)_~ g,,; , s, ;, s, ;

4,20(m,3H)

3.21.5. Sulfenilação a partir do metil sulfinil-tioacetato de

etila (216)

Seguindo-se o procedimento geral (D), utilizando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-sulfinil tioéster (~)

(0,30 g; 1,81 mmols); TEBA (0,04 g; 0,18 mmols); carbonato de

potássio ( O,50 g; 3,61 mmols); metanotiossulfonato de metila

(0,23 g; 1,81 mmols); benzeno (6,0 ml). Após purificação em colu­

na cromatográfica obtiveram-se 0,15 q (40%) do produto monossul­

fenilado (217), um óleo incolor, caracterizado por RMN_1H e

análise elementar.

RMN_1~MHZ (CDCI3

): a 1,17-1,26(dt,3H); 2,25(s,3H); 2,63-2,66

,(ds,3H); 2,84-3,24(dq,2H); 4,32-4,48

(ds(l:l),lH)

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Análise elementar: Calculado para C6H1202S3: C= 33,96%i H= 5,66%

Encontrado: C= 34,10%i H= 5,54%

3.22. Reações de sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos (210), (211)

~ (212) em fase heterogênea (sistema SÓlido-líquido), em­

pregando TEBA41

3.22.1. A partir do ~-ceto sulfóxido (210)

Seguindo-se o procedimento geral (D), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-p-cloro

acetofenona (210) (0,30 gi 1,38 mmols) i TEBA (0,03 gi 0,138

mmols) i carbonato de potássio (0,38 gi 2,76 mmols)i metanotios-

sulfonato de metila (0,18 gi 1,45 mmols)i benzenojdiclorometano

(1:1) (10,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obti-

veram-se 0,16 9 (45%) do produto monossulfenilado (213), um

sólido branco instável, caracterizado por RMN-1H.

1 200MHz RMN- HTMS (CDCI 3 ): a 2,13-2.23(ds,3H)i 2,66-2,89(ds,3H)i

5,42-5,43(ds(1:1),lH)i 7,43-7,48(m,2H)i

7,98-8,02(m,2H)

3.22.2. A partir do ~-ceto sulfóxido (211)

seguindo-se o procedimento geral (D), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-p-metil

acetofenona (211) (0,30 gi 1,69 mmols) i TEBA (0,04 gi 0,169

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mmols) i carbonato de potássio (0,46 g; 3,37 mmols); metanotios­

sulfonato de metila (0,22 gi 1,77 mmols)i benzenojdiclorometano

(1:1) (10,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obti­

veram-se 0,17 9 (45%) do produto monossulfenilado (.ál.!.), um

sólido branco instável, caracterizado por RMN-1H.

1 200MHz. . RMN- HTMS (COC1 3 )· ~ 2,14-2,23(ds,3H), 2,41-2,65(ds,3H)i

2,86(s,3H)i 5,31-5,40(ds,(1:1),lH);

7,26-7,31(m,2H)i 7,91-7,97(m,2H)

3.22.3. A partir do ~-ceto sulfóxido (212)

Seguindo-se o procedimento geral (O), usando-se as seguin-

tes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-p-metóxi-aceto-

fenona (212) (0,30 gi 1,42 mmols)i TEBA (0,03 gi 0,142 mmols)i

carbonato de potássio (0,39 gi 2,83 mmols)i metanotiossulfonato

de metila (0,18 gi 1,42 'mmols) i benzenojdiclorometano (1:1) (10,0

ml). Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,24

g ( 65%) do produto monossulfenilado ( 215 ), um sólido branco

instável, caracterizado por RMN-1H.

1 200MHz RMN- HTMS (COC1 3 ): ~ 2,05-2,14(ds,3H)i 2,56-2,78(ds,3H);

3,77(s,3H); 5,25-5,34(ds(1:1),lH);

6,82-6,88(m,2H); 7,90-7,96(m,2H)

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3.23. Obtenção do cloreto de benzil quininio (QUIBEC) (221)85

A um balão de 1 boca de 50 ml, colocou-se quinina (1,0 g;

3,08 mmols); benzeno (3, O ml) e etano 1 (1, O ml). Agitou-se a

mistura e adicionou-se cloreto de benzila (0,78 g; 6,16 mmols)

agitando-se por mais 26 horas à temperatura ambiente. Ao término

deste tempo evaporou-se o solvente e lavou-se o residuo com n-

hexano (15, O ml). Após secagem do sólido obtiveram-se 1,05 g

(76%) do produto (211).

P.F. = 180-1850 C (Lit. 85 : 183-1850 C)

[aJ;O - 229(C 1,48 em H20); Lit. 85 [aJ;2 - 230,5 (C 1,479 em H20)

3.24. Reações de sulfenilação dos ~-ceto sulfóxidos (57), (210),

(211) ~ (212) em fase heterogênea (sistema sólido-liquido),

empregando QUIBEC4l

3.24.1. A partir do ~-ceto sulfóxido ~

Seguindo-se o procedimento geral (D), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-acetofeno­

na (57) (0,25 g; 1,37 mmols) i cloreto de benzil quininio (0,06 g;

0,137 mmols); carbonato de potássio (0,38 g; 2,756 mmols); meta­

notiossulfonato de metila (0,18 gi 1,445 mmols); benzeno/dicloro-

metano (1:1) (6,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica

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obtiveram-se o ,17 g (55%) do

RMN-1H

produto monossulfenilado (193),

caracterizando por como uma mistura (4:1) de

diastereoisômeros.

1 200MHz . RMN- HTMS (CDCI 3 ): ~ 2,16-2,24(ds(4:1),3H), 2,66-2,88(ds(4:1),

3H)i 5,26-5,34(ds(4:1),lH)i 7,45-7,66

(m,2H)i 8,Ol-8,07(m,3H)

3.24.2. A partir do ~-ceto suIfóxido (210)

Seguindo-se o procedimento geral (D), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metiIsulfinil)-p-cloro-a­

fenona (210) (0,30 gi 1,38 mmols) i cloreto de benzil quinínio

(0,06 gi 0,138 mmols) i carbonato de potássio (0,38 gi 2,77

mmols)i metanotiossulfonato de metila (0,18 g; 1,45 mmols)i ben­

zenojdiclorometano (1: 1) (7, O m1). Após purificação em coluna

cromatográfica obtiveram-se 0,14 g (38%) do produto monossulfeni­

lado (213), caracterizado por RMN-1H como uma mistura (1:1) de

diastereoisômeros.

. 1 200MHz RMN- HTMS (CDCI3 ): ~ 2,13-2,23(ds,3H); 2,66-2,89(ds,3H)i

5,42-5,43(ds(1:1),lH); 7,43-7,48(m,2H);

7,98-8,02(m,2H)

3.24.3. A partir do ~-ceto sulfóxido (211)

seguindo-se o procedimento geral (D), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-p-metil-a-

125

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cetofenona (211) (0,30 g; 1,69 mmols); cloreto de benzil quinínio

(0,07 g; 0,169 mmols); carbonato de potássio (0,46 g; 3,37

mmols) i metanotiossulfonato de metila (0,22 g; 1,77 mmols); ben-

zenojdiclorometano (1: 1) (6, O ml). Após purificação em coluna

cromatográfica obtiveram-se 0,18 g (47%) do produto monossulfeni­

lado (214), caracteriza-do por RMN-1H como uma mistura (4:1) de

diastereoisômeros.

1 200MHz • RMN- HTMS (CDCI 3 ): ~ 2,21(s,3H), 2,42(s,3H); 2,86(s,3H)i

5,33(s,lH); 7,27-7,31(m,2H);

7,91-7,97(m,2H)

3.24.4. Para o ~-ceto sulfóxido (212)

seguindo-se o procedimento geral (D), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: w-(metilsulfinil)-p-metóxi-

acetofenona (212) (0,30 g; 1,42 mmols); cloreto de benzil

quinínio (0,06 g; 0,142 mmols); carbonato de potássio (0,39 g;

2,83 mmols); metanotiossulfonato de metila (0,18 g; 1,42 mmols);

benzenojdiclorometano (1:1) (8,0 ml). Após purificação em coluna

çromatográfica obtiveram-se 0,14 g (38%) do produto monossulfeni­

lado (215), caracterizado por RMN-1H como uma mistura (1:1) de

diastereoisômeros.

1 200MHz RMN- HTMS (CDC1 3 ): ~ 2,15-2,23(ds(4:1),3H); 2,41-2,64(ds(4:1),

3H); 2,86(s,3H); 5,28-5,37(ds(4:1),lH);

7,26-7,30(m,2H); 7,91-7,97(m,2H)

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3.25. Reações dos ~-ceto sulfóxidos sulfenilados p-metil (214) e

, '( ) ub t't 'd "d 1 'cIr' d'l 'd 83a p-metox1 215 s s 1 U1 os ~ aC1 o c or1 1CO 1 U1 o

3.25 .1. ~ partir do /3-ceto sulfóxido monossulfenilado p-metil

substituído (214)

A um balão de 1 boca de 25 m1, colocou-se o /3-ceto

sulfóxido monossulfenilado (214) (0,23 g; 1,03 mmols) e em segui-

da uma solução (1:1) de dimetil sulfóxido e água (3,5 ml). Agi-

tou-se esta mistura e adicionou-se solução 5N de ácido

clorídrico, mantendo-se a agitação por aproximadamente 3 horas à

temperatura ambiente. Ao término deste tempo diluiu-se a mistura

reacional com água destilada (10,0 m1) e extraiu-se com dicloro-

metano (3 X 30 ml). Lavou-se a fase orgânica com água (30 ml) e

solução saturada de cloreto de sódio (30, ° ml). Secou-se com

sulfato de magnésio e após evaporação do solvente obteve-se uma

mistura (~ 1:1) do a-ceto tioéster (227c) e ortotioéster (226c),

identificado por cromatografia gasosa.

3.25.2. ~ partir do /3-ceto sulfóxido monossulfenilado p-metóxi

substituído (215)

Seguindo-se o procedimento 3.23.1, utilizando-se as seguin-

tes quantidade dos reagentes: /3-ceto sulfóxido monossulfenilado

(215) (0,20 g; 0,78 mmols); solução (1:1) de dimetil sulfóxido e

água (2,0 ml), ácido clorídrico 5N (1,0 m1). Obteve-se uma mistu-

ra de aproximadamente iguais proporções do a-ceto tioéster (227d)

e ortotioéster (227d), identificados por cromatografia gasosa.

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3.26. Preparação dos a-ceto ortotioésteres (226a,b,c,d) e a-ceto­

tioésteres (227a,b,c,d) autênticos

3.26.1. Obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224a)S9

Seguindo-se o procedimento geral (G), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: ~-ceto sulfóxido (57) (0,70

g; 3,S4 mmols); cloreto de tionila (0,47 g; 3,96 mmols); dicloro-

metano (3,0 ml). Obtiveram-se 0,71 g (92%) do produto (224a),

caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz • RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,20(sl,3H); 6,30(sl,1H),

7,20-S,20(m,5H)

3.26.2. Obtenção do a-ceto mercaptal (225a)S9

Seguindo-se o procedimento geral (H), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-cloro-~-ceto sulfeto

(224a) (0,70 g; 3,49 mmols); metil mercaptana (0,67 g; 13,95

mmols); diclorometano ( 4 , O ml). Ao f inal obtiveram-se' O, 7 O g

(95%) do produto (225a), (PF.: 65-66 C; Lit. S9 : 67oC), caracteri­

zado por RMN-1H.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,10(s,6H); 5,20(s,1H); 7,30-7,50(m,3H);

7,S5-S,10(m,2H)

12S

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3.26.3. obtenção do a-ceto ortotioéster {226a)S9

Seguindo-se o procedimento geral (I), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto mercaptal (~a)

(0,55 g; 2,59 mmols); em THF anidro (4,0 ml); hidreto de sódio

SO% (0,16 g; 5,20 mmols) em THF anidro (3,0 ml); metanotiossulfo­

nato de metila (0,33 g; 2,59 mmols) em THF anidro (3,0 ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,62 9 (93%) do

produto (226a), caracterizado por RMN-lH.

RMN_l~MHZ (CCI4 ): ~ 2,OO(s,9H); 7,20-7,45(m,3H); S,20-S,40(m,2H)

3.26.4. Obtenção do a-ceto tioéster {227a)S9

Seguindo-se o procedimento geral (J), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto ortotioéster (226a)

(0,23 g; O,S9 mmols); bicarbonato de sódio (O,lS g; 2,14 mmols);

iodo (0,23 g; O,S9 mmols); éter etílico (5,0 ml); água destilada

(2,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se

0,15 9 (93%) do produto (227a), um sólido amarelado pastoso,

caracterizado por RMN-lH.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,40(s,3H); 7,lO-7,40(m,3H); 7,90-S,20

(m,2H)

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3.26.5. Obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224b)S9

Seguindo-se o procedimento geral (G), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: ~-ceto sulfóxido (210) (0,74

g; 3,41 mmols); cloreto de tionila (0,40 g; 3,52 mmols); dicloro-

metano (10,0 ml). Obtiveram-se 0,65 g (67%) do produto sólido

(PF: 73-750 C), caracterizado por RMN-1H.

RMN_1~MHZ (CCI4 ): ~ 2,00(s,3H)i 6,00(s,lH)i 7,35-7,60(m,2H);

7,90-S,15(m,2H)

3.26.6. Obtenção do a-ceto mercaptal (225b)

Seguindo-se o procedimento geral (H), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-cloro-~-ceto sulfeto

(224b) (0,36 gi 1,53 mmols); metil mercaptana (0,34 gi 7,66

mmols) i diclorometano (5,0 ml). Obtiveram-se 0,33 g (S7%) do

produto (225b), caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,10(s,6H); 5,20(s,lH); 7,20-7,50(m,2H);

7,75-S,05(m,2H)

3.26.7. obtenção do a-ceto ortotioéster (226b)

Seguindo-se o procedimento geral (I), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto mercaptal (225b)

(0,31 g; 1,26 mmols); em THF anidro (3, O ml); hidreto de sódio

130

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80% (0,08 gi 2,52 mmols) em THF anidro (3,0 ml)i metanotiossulfo­

nato de metila (0,16 gi 1,28 mmols) em THF anidro (2,0 ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,32 g (87%) do

produto (226b), caracterizado por RMN-1H e análise elementar.

1 60MHz RMN- HTMS (CCl4 ): ~ 2,OO(s,9H)i 7,10-7,50(m,2H)i 8,20-8,60(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C11H13ClOS3: C=45,ll%i H=4,47%

Encontrado: C=45,23%i H=4,42%

3.26.8. Obtenção do a-ceto tioéster (227b)89

Seguindo-se o procedimento geral (J), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto ortotioéster (226b)

(0,29 gi 0,99 mmols)i bicarbonato de sódio (0,20 gi 2,38 mmols)i

iodo (0,25 gi 0,99 mmols)i éter etílico (6,0 ml)i água destilada

(3,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se

0,20 g (94%) do produto

análise elementar.

(227b) , caracterizado por 1 RMN- H e

1 60MHz RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,40(s,3H)i 7,30-7,60(m,2H)i 8,OO-8,30(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C9H7CI02S: C=50,35%i H=3,28%

Encontrado: C=50,07%i H=3,22%

131

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3.26.9. obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224c)89

Seguindo-se o procedimento geral (G), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: ~-ceto sulfóxido (211) (0,70

gi 3,93 mmols) i cloreto de tionila (0,47 gi 3,97 mmols) i dicloro-

metano (10,0 ml). Obtiveram-se 0,74 g (76%) do produto (~c),

caracterizado por RMN-1H.

RMN_1~MHZ (CCI4 ): ~ 2,15(s,3H)i 2,40(s,3H)i 6,30(s,3H)i

7,10-7,40(m,2H)i 7,70-8,00(m,2H)

3.26.10. Obtenção do a-ceto mercaptal (225C)89

Seguindo-se o procedimento geral (H), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-cloro-~-ceto sulfeto

(224c) (0,74 gi 2,97 mmols) i metil mercaptana (0,71 gi 14,86

mmols), diclorometano (10,0 m1). Obtiveram-se 0,65 (97%) do pro­

duto (225c), caracterizado por RMN-1H.

RMN_1~MHZ (CCI4 ): ~ 2,15(s,6H); 5,20(s,1H)i 7,10-7,30(m,2H);

7,70-7,90(m,2H)

3.26.11. Obtenção do a-ceto ortotioéster (226C)89

Seguindo-se o procedimento geral (I), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto mercaptal (225c)

(0,45 g; I, 99 mmols); em THF anidro (7, O m1); hidreto de sódio

132

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80% (0,12 gi 3,98 mmols) em THF anidro (3,0 ml)i metanotiossulfo-

nato de metila (0,26 gi 2,03 mmols) em THF anidro (3,0 ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,45 g (83%) do

produto (226c), caracterizado por RMN-1H e análise elementar. /'

1 60MHz. . . • _ . RMN- HTMS (CCI4 )· ~ 2,10(s,9H), 2,45(m,3H), 7,10 7,30(m,2H),

8,25-8,45(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C12H160S3: C=52,94%: H=5,88%

Encontrado: C=52,97%: H=5,98%

3.26.12. Obtenção do a-ceto tioéster (227C)89

Seguindo-se o procedimento geral (I), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto ortotioéster (226c)

(0,33 g: 1,21 mmols): bicarbonato de sódio (0,24 g: 2,91 mmols):

iodo (0,31 g; 1,21 mmols): éter etílico (7,0 ml): água destilada

(3,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se

0,232 g (93%) do produto (227c), caracterizado por RMN-1H e

análise elementar.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,45(ds,6H): 7,10-7,40(m,2H): 7,90-8,20(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C10H1002S: C=61,83%: H=5,19%

Encontrado: C=62,21%: H=5,43%

133

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3.26.13. Obtenção do a-cloro-~-ceto sulfeto (224d)S9

Seguindo-se o procedimento geral (G), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: ~-ceto sulfóxido (212) (0,50

g; 2,36 mmols); cloreto de tionila (O,IS g; 2,43 mmols); dicloro-

metano (7, O ml). Obtiveram-se 0,35 g (64%) do produto (224d),

caracterizado por RMN-1H.

RMN_l~MHZ (CCI4 ): ~ 2,10(s,3H); 2,40(s,3H); 6,15(s,IH);

7,00-7,35(m,2H); 7,65-S,00(m,2H)

3.26.14. Obtenção do a-ceto mercaptal (225d)S9

Seguindo-se o procedimento geral (H), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-cloro-~-ceto sulfeto

(224d) (0,35 gi 1,52 mmols); meti I mercaptana (0,36 gi 7,59

mmols); diclorometano (7,0 ml). Obtiveram-se 0,31 g (S4%) do

produto (225d), caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,10(s,6H)i 3,SO(s,3H)i 5,20(s,IH);

6,70-6,95(m,2H); 7,SO-S.05(m,2H)

3.26.15. Obtenção do a-ceto ortotioéster (226d)S9

Seguindo-se o procedimento geral (I), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto mercaptal (225d)

(0,31 g i 1,28 mmols) i em THF anidro (3, O ml); hidreto de sódio

134

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80% (0,08 g; 2,56 mmols) em THF anidro (3,0 ml); metanotiossulfo­

nato de metila (0,16 g; 1,28 mmols) em THF anidro (3,0 ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 0,33 g (89%) do

produto (226d), caracterizado por RMN-1H e análise elementar.

1 60MHz. . • • RMN- HTMS (CCI 4 ). ~ 2,00(s,9H), 3,85(s,3H), 6,70-6,90(m,2H),

8,30-8,50(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C12H1602S2: C=49,97%; H=5,59%

Encontrado: C=50,21%; H=5,73%

3.26.16. Obtenção do a-ceto tioéster (227d)89

Seguindo-se o procedimento geral (I), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: a-ceto ortotioéster (226d)

(0,28 g; 0,97 mmols); bicarbonato de sódio (0,20 g; 2,33 mmols);

iodo (0,25 g; 0,97 mmols); éter etílico (7,0 ml); água destilada

(3,0 ml). Após purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se

0,21 g (82%) do produto

análise elementar.

(227d) , caracterizado por 1 RMN- H e

RMN_l~MHZ (CCl4 ): ~ 2,40(s,3H); 3,90(s,3H); 6,75-7,05(m,2H)i

7,95-8,25(m,2H)

Análise elementar: Calculado para CIOHI003S: C=57,13%i H=4,79%

Encontrado: C=57,11%i H=4,79%

135

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3.27. Decomposição térmica dos ~-ceto sulfóxidos sulfenilados

(193), (213), (214) e (215)

3.27.1. A partir do ~-ceto sulfóxido sulfenilado não substituído

(193)

Seguindo-se o procedimento geral (F), empregando-se 0,2 g

do ~-ceto sulfóxido sulfenilado (193). Os dois principais produ-

tos obtidos, o a-ceto tioéster (227a) (67%) e o a-ceto

ortotioéster (226a) (26%) foram identificados por cromatográfia

gasosa usando-se como padrões os compostos autênticos.

O

1 60MHz 11 RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,10(s,9H, -C(SCH3 )3; 2,50(s,3H,-C-SCH3 )

3.27.2. A partir do ~-ceto sulfóxido sulfenilado p-cloro substi-

tuído (213)

Seguindo-se o procedimento geral (F), empregando-se 0,20 g

do ~-ceto sulfóxido sulfenilado (213), obtiveram-se o

a-ceto tioéster (227b), (65%) e o a-ceto ortotioéster (226b)

(27%), identificados por cromatográfica gasosa, usando-se como

padrões os compostos autênticos.

O

1 200MHz " RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,13(s,9H, -C(SCH3 )3); 2,46(S,3H,-C-SCH3 )

136

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3.27.3. ~ partir do ~-ceto sulfóxido sulfenilado p-metil substi­

tuído (214)

Seguindo-se o procedimento geral (F), usando-se 0,20 g do

~-ceto sulfóxido sulfenilado (214), obtiveram-se o a-ceto

tioéster (227c) (64%) e o a-ceto ortotioéster (226c) (28%), iden-

tificados por cromatográfica gasosa, usando-se como padrões os

compostos autênticos.

o 1 60MHz 11 RMN- HTMS (CCI4 ): ~ 2,10(s,9H, -C(SCH3 )3)i 2,45(s,3H,-C-SCH3 )

3.27.4. A partir do ~-ceto sulf6xido sulfenilado p-metoxi substi-

tuído (215)

Seguindo-se o procedimento geral (F), empregando-se 0,20 g

do ~-ceto sulfóxido sulfenilado ( 215 ) , obtiveram-se o a-ceto

tioéster (227d) (62%) e o a-ceto ortotioéster (226d) (33%), iden-

tificados por cromatográfia gasosa, usando-se como padrões os

compostos autênticos.

o 1 60MHz 11

RMN- HTMS (CC14 ): ~ 2,00(s,9H, -C(SCH3 )3)i 2,40(s,3H,-C-SCH3 )

137

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3.28. Decomposição térmica dos ~-ceto sulfóxidos não sulfenilados

(57) ~ (210)

3.28.1. A partir do ~-ceto sulfóxido não substituído (57)

Seguindo-se o procedimento geral (E), empregando-se 0,20 g

do ~-ceto sulfóxido (57), obtiveram-se o ~-ceto tioéster (227a),

(52%) e o ~-ceto sulfeto (234a) (35%), identificados por cromato-

gráfia gasosa, usando-se como padrões os compostos autênticos.

o 1 200MHz 11

RMN- HTMS (CDCI 3 ): ~ 2,10(s,6H, -C-SCª3 + -CH2-S-Cª3)i

3,65(s,2H,-CH2-S-)

3.28.2. A partir do ~-ceto sulfóxido p-cloro substituído (210)

Seguindo-se o procedimento geral (F), empregando-se 0,20 g

do ~-ceto sulfóxido (210), obtiveram-se o ~-ceto tioéster (227b),

(45%) e o ~-ceto sulfeto (234b) (42%), identificados por cromato-

gráfia gasosa, usando-se como padrões os compostos autênticos.

o 1 60MHz 11

RMN- HTMS (CCI 4 ): ~ 2,10(s,6H, -C-SCª3 + -CH2-S-Cª3) i

3,65(s,2H), -CH2-S)

138

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3.29. Preparação do p-cloro-a-ceto-sulfeto (234b)100a,b

o 11 10

3.29.1. Obtenção de p-cloro-bromoacetofenona (p-C1-C6H4-C-CH2-Br)

Seguindo-se o procedimento geral (K), utilizando-se as

seguintes quantidades de reagentes: p-cloro acetofenona (S,O gi

32,34 mmols); bromo (S,17 g; 32,34 mmols). Após recristalização

de etanol obti veram-se S , O g ( 66%) do produto sólido (PF =

98-990 C) (Lit. 100a : PF 96,SoC).

3.29.2. Obtenção do p-cloro-a-ceto sulfeto (234b)100a

Seguindo-se o procedimento geral (L), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: p-cloro-bromoacetofenona

(4,73 g; 20,26 mmols); metil mercaptana (1,94 gi 40,Sl mmols);

hidróxido de potássio (1,14 g; 20,26 mmols) dissolvido em etanol

absoluto (6, O ml). Após purificação em coluna cromatográfica

obtiveram-se 4,20 g (98%) do produto (234b), um óleo amarelado,

caracterizado por RMN-1H e análise elementar.

1 60MHz RMN- HTMS (CC14 ): a 2,10(s,3H)i 3,60(s,2H); 7,20-7,SO(m,2H)i

7,70-8,OO(m,2H)

Análise elementar: Calculado para C9H9ClOS: C = S3,87%; H = 4.S2%

Encontrado: C = S4,22%; H = 4,39%

139

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3.30. Preparação do a-ceto-sulfeto (234a)100a

3.30.1. Obtenção de bromoacetofenona (~-CO-CH2-Br)100a

Seguindo-se o procedimento geral (K), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: acetofenona (6, O g; 22,72

mmols); bromo (1,82 g; 22,72 mmols). Após recristalização de

etanol obtiveram-se 5,0 g (74%) de bromoacetofenona (PF.:

48-490 C) (Lit. 100a : PF = 50oC).

3.30.2. Obtenção do ceto-sulfeto (234a)100a

seguindo-se o procedimento geral (L), empregando-se as

seguintes quantidades dos reagentes: bromoacetofenona ( 2 , O g;

6,69 mmols), metil mercaptana (0,63 g; 13,38 mmols); hidróxido de

potássio (0,40 g; 6,69 mmols); etanol absoluto (4, O ml). Após

purificação em coluna cromatográfica obtiveram-se 1,60 g (90%) do

produto (234a), caracterizado por RMN-1H.

1 60MHz RMN- HTMS (CCl4 ): ~ 2,00(s,3H); 2,50(s,2H); 7,20-7,45(m,3H);

7,70-7,95(m,2H)

140

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RESUMO

A finalidade deste trabalho é o estudo de reações de

carbânions de sulfóxidos funcionalizados com reagentes sulfeni­

lantes, pelo emprego de dois métodos: fase homogênea e

transferência de fases. A revisão bibliográfica apresentada de­

monstra que trata-se de reações novas e que, entretanto, outras

reações de carbânions de sulfóxidos funcionalizados, tais como

alquilações, acilações, condensações com compostos carbonílicos e

adições de Michael, j á tinham sido descri tas. Por outro lado,

poucas reações de sulfinil carbânions tinham sido efetuadas pelo

emprego do método de transferência de fases.

As reações de sulfenilação em fase homogênea de a-sulfinil

cetonas aromáticas (Ia-d), e cíclicas (II), a-sulfinil ésteres

(IIIa,b) e tioéster (IV) foram efetuadas pelo emprego de NaH/DMSO

e de dimetildissulfeto ou metanotiossulfonato de metila

(MeS02SMe). Com exceção do composto (IIIb) que não reagiu, em

todos os casos foram obtidos compostos monossulfenilados ainda

não descri tos na literatura. Os rendimentos variavam entre 25-

90%, na ordem: Ib > Ia > IVa > Ic > Id > IIIa > II.

As reações de sulfenilação em transferência de fases foram

efetuadas pelo emprego de dois procedimentos distintos: o de

extração do íon-par (A) e o sistema SÓlido-líquido (B).

Os compostos Ia, IIIa e IVb foram submetidos à sulfenilação

pelo procedimento A, em que usou-se NaOH/CH2C1 2/BU4NHS04 e

MeS02SMe. Enquanto Ia e IIIa renderam produtos monossulfenilados

em baixos rendimentos, IVb não reagiu.

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IV

R = CH3 (a); Et(b)

As reações de sulfenilação pelo procedimento B, usando-se

K2C03/~H/TEBA e MeS02SMe foram efetuadas com os compostos Ia-d,

IIIa e IVb e mostraram-se mais satisfatórias do que pelo procedi-

mento A, pois todos reagiram, rendendo produtos monossulfenila-

dos. ° rendimento do composto IIIa era apenas de 20% , mas os

rendimentos dos outros derivados variavam entre 40-67%.

Observou-se, através da análise de RMN-1H, em todos os

derivados sulfenilados, a presença de dois diastereoisômeros em

quantidades iguais. Entretanto, substituindo-se o TEBA por um sal

de quinínio quirálico, no caso de duas sulfinil cetonas (Ia e Ic)

os compostos sulfenilados correspondentes mostraram uma relação

diastereomérica de 4:1.

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o trabalho apresenta também os r~sul tados de decomposição

térmica de sulfinil cetonas monossulfeniladas, efetuado com a

f inalidade de investigar a aplicabilidade sintética destes com­

postos. A obtenção de a-cetotioésteres é interpretada como uma

reação de Pummerer não catalisada e se constitui em um método

alternativo de preparação destes compostos. A decomposição

térmica de sulfinil cetonas não sulfeniladas, efetuada para fins

de comparação, mostrou-se mais complexa e de difícil

interpretação.

152

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SUMMARY

The scope of this work consists of a study of reactions of

carbanions of functionalyzed sulfoxides wi th sulfenylating

reagents, employing two methods: in the homogeneous phase and by

the phase transfere The literature review, which is presented,

shows that although these reactions are new, some other reactions

of the carbanions of the functionalyzed sulfoxides, such as

alkylations, acylations, condensations wi th carbonyl compounds

and Michael addition, have been already reported. Furthermore, a

small number of reactions of sulfinyl carbanions by phase

transfer method has been described.

The sulfenylation reaction, in the homogeneous phas~ of the

a-sulfinyl aromatic (Ia-d) and cyclic (II) ketones, a-sulfinyl

esters (IIIa,b) and thioesters (IVa,b) were performed employing

NAH/DMSO and dimethyldissulfide or methyl methanethiosulfonate

(MeS02SMe). Except for the compound (IIb), which showed to be

unreactive, in alI other cases the monosulfenylated derivatives,

not reported previously in the li terature I were obtained. The

yields of these compounds of 25-90% follow the order: Ib > Ia >

IVa > Ic > Id > IIIa > II.

The sulfenylation reactions by the phase transfer method

were performed employing two different procedures: ion-pair

extraction (A) and sOlid-liquid system (8).

The procedure (A) was applied to the compounds Ia, IIIa and

IVb, using NaOH/CH2CI 2/BU4NHS04 and MeS02SMe. While Ia and IIIa

yielded the monosulfenylated deri vati ves in good yields, IVb

remained unchanged.

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° ° -@- II 11

Y O C-CH2 -S-CH3

I

Y = H(a); CI(b); CH3 (C); CH30(d)

o O 11 11

CH -S-CH(R)-C-OEt 3

111

R = H(a); C02Et(b)

°

o~ó 11

° ° " 11 CH -S-CH -C-SR 3 2

IV

R = CH3 (a); Et(b)

The sulfenylation reactions by procedure (B), using

K2C03/~H/TEBA and MeS02SMe, carried out with the compounds Ia-d,

IIIa and IVb, showed to be more satisfactory than by procedure

(A), as alI compounds afforded the monosulfenylated derivatives.

The yield of compound IIIa was only of 20%, but those for other

compounds were of 40-67%.

The 1H- NMR analysis of the sulfenylated derivatives showed

the presence of two diastereomers in equal quanti ties. It was

possible, by replacement of TEBA by a quiral quininium salt, for

the case of two sulfinyl ketones (Ia and Ic), to obtain the

corresponding sulfenylated deri vati ves of diastereomeric ratio

4:1.

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This work presents also, having in

application, the thermal decomposition

monosulfenylated sulfinyl ketones. The

mind the synthetic

reaction of the

obtention of the

a-ketothioesters is interpreted as a non catalyzed Pummerer

reaction and may be considered as an alternative method for

preparation of these compounds. The thermal decomposition of the

non-sulfenylated sulfinyl ketones performed for comparison,

showed to be more complex and hardly to be interpreted.

155

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156

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157

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ES PECTRO VI: RMN -1

H d o a- su l fi n i l ti o ester s ul fenila d o (2 1 7)

15 8

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ESPECTRO IX: RMN_1H do S-ceto su]f~xido sulfenilado (193)

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ESPECTRO XII: RMN-1H d o B- c et o sul f~x ido p-metil substituido ( 211)

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ESPECTRO XIII : RMN-1H do B- c et o s ulf~ x id o s ul f enilado ( 214)

162

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ESPECTRO XIV : RMN- 1H do 8-ceto su]f ~xido (212) p-met ~xi substitujdo (212)

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ESPECTRO XV: RMN-1

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ESPECTRO XVI: RMN- 1H da mistura diastereomérica (4:1) do B-ceto sulf~xido sulfenilado (193)

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ESPECTRO XVII: RMN_ 1H (ap~s duas recristalizaç~es) do B-ceto sulf~xido sulfenilado (19 3 )

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ESPECTRO XVIII : RMN-1H da mistura dias t ereom~rica (4:1) do B- c e to sulfioido su]fen i lado ( 214)

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