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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

LIXO TECNOLÓGICO: O QUE FAZER?

Adriana de Souza Maduenho*

Jair Scarminio**

Resumo: Este é um trabalho voltado para Educação Ambiental e a disciplina de Física, desenvolvido sobre os assuntos consumo e descarte de resíduos sólidos eletroeletrônicos, mostrando a importância de ações locais para a preservação ambiental, envolvendo alunos do 3º ano A matutino do Colégio Estadual José Domingues da Costa- EFM, em Congonhinhas, Paraná. Este projeto tem por objetivo ampliar práticas educacionais sobre o descarte e reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos em desuso, junto aos alunos e a comunidade local, alertando sobre os impactos que esses produtos causam ao meio ambiente e a saúde humana, desde a sua produção até o seu descarte. A partir da sensibilização adquirida ao longo da execução das atividades do projeto, os educandos foram orientados a refletir, discutir, abordar, e se informar sobre a temática, de forma que possam produzir resultados práticos relevantes no que se refere à preservação do meio ambiente, melhorando assim sua qualidade de vida e da população de maneira sustentável, tornando- se cidadãos ativos na sociedade a qual pertencem. O resultado desse estudo mostrou que a situação do lixo tecnológico no Brasil ainda é uma questão que requer melhorias e implementações na legislação ambiental referente à fabricação e o descarte dos objetos eletroeletrônicos. Conclui-se ainda há falta de interesse e de comprometimento da sociedade em participar ativamente das questões ambientais e também em mudar seu estilo de vida, evitando o consumismo desenfreado.

Palavras-chave: Educação Básica. Educação Ambiental. Lixo Tecnológico. Consumismo. Reciclagem.

1. INTRODUÇÃO

Cada vez mais a tecnologia está presente em nosso dia-a-dia, desfrutamos

dela através do avanço constante e progressivo das inovações tecnológicas.

Paralelamente, um alto consumo de produtos eletroeletrônicos que se tornam

obsoletos em curto período de tempo e são continuamente substituídos por outros

mais novos causam, com o seu descarte inapropriado, impactos ambientais e

sociais.

Falar sobre o lixo eletroeletrônico (e-lixo) é de extrema seriedade, já que ele

está e estará sempre presente em nosso cotidiano. Cada vez mais se faz

imprescindível pensar na sua reciclagem, pois, o descarte de produtos por parte da

população vem crescendo de forma devastadora, principalmente o de

* Professora da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. E-mail de contato:

[email protected] ** Orientador PDE da Universidade Estadual de Londrina - UEL. E-mail de contato: [email protected]

eletroeletrônicos, como decorrência do acesso a estes bens a faixas cada vez

maiores da população, do constante desenvolvimento tecnológico, criando produtos

cada vez mais modernos, que estimulam a troca contínua destes aparelhos.

Devido ao ininterrupto ciclo fabricação-consumo-descarte, não nos damos

conta que a humanidade e o meio ambiente estão sendo profundamente afetados.

Não podemos ignorar que a primeira etapa do ciclo da fabricação de um produto, se

dá com a extração de recursos naturais e para a qual há ainda, consumo de energia.

Dados indicam que exploração dos recursos naturais pode estar se dando de forma

exagerada e desordenada, podendo tornar-se inviável ou pelo menos dificultar a

sobrevivência das futuras gerações.

De acordo com o tema Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Humano e as

relações entre a Física e a Sociedade: Impactos Socioambientais da Ciência e

Tecnologia propôs-se neste projeto os seguintes objetivos:

Desenvolver práticas educacionais relacionadas ao assunto descarte e

reciclagem dos equipamentos eletroeletrônicos obsoletos junto aos alunos e

à comunidade local, informando e alertando sobre os impactos que esses

produtos descartados em locais inadequados causam ao meio ambiente,

ampliando assim o conhecimento da comunidade escolar e da população

local, sobre questões ambientais relacionadas ao descarte de materiais

eletroeletrônicos.

Apresentar e informar sobre procedimentos corretos a serem seguidos no

descarte dos equipamentos eletrônicos e, em especial, sobre existência de

técnicas para o reaproveitamento do lixo eletrônico, despertando em nossos

alunos o interesse por tais técnicas como uma maneira de diminuir as

consequências ambientais adversas ocasionadas pela gestão inadequada do

lixo tecnológico.

A Educação Ambiental é uma ação educativa permanente, voltada às

mudanças de atitudes e valores a partir da reflexão e ação de cada ser humano na

busca de uma ampla modificação das relações entre sociedade e natureza. As

práticas trabalhadas na educação ambiental devem vincular o educando à

comunidade e, a partir de atividades reflexivas, formar cidadãos conscientes, que

possam promover uma conduta dirigida a essa transformação, de modo que leve a

ações positivas no meio, visando a construção de uma sociedade mais justa e

responsável, que compreendam os problemas decorrentes de alterações ambientais

provocadas pelo desenvolvimento humano e reconheçam que atitudes locais podem

contribuir com a preservação ambiental do planeta. (MOREIRA, 2007, p.1)

O projeto educacional foi estruturado levando em conta a premissa que a

aprendizagem parte da análise sistêmica de problemas que levem o educando ao

aperfeiçoamento da sua capacidade de analisar estes problemas de maneira

científica e ética, promovendo repercussões nas ações sociais. Para tanto, propôs

uma reflexão sobre o lixo eletroeletrônico, fazendo com que se pensasse, em

princípio, que a evolução tecnológica só é benéfica, desde que não provoque

estragos ao meio ambiente e a saúde humana.

Para tanto o projeto “LIXO TECNOLOGICO: O QUE FAZER?”, almejou

através da ação direta no ambiente escolar sensibilizar a comunidade, pois além dos

alunos as ações da escola atingem também os seus familiares e habitantes do

município.

2 – Lixo tecnológico: origem, desafios e soluções.

O ser humano se distingue dos demais seres vivos por ter a capacidade de

raciocínio e também por criar cultura e ciência. Estamos vivendo numa sociedade

agrupada nos espaços urbanos, imersos em uma grande “cultura de consumo”

incentivado pelas propagandas, que visam fortalecer o modelo econômico vigente.

A sociedade hoje é induzida ao consumo. A cada dia novidades entram pelas nossas portas por propagandas de várias formas. Propagandas essas, muitas vezes evasivas, que chega até nós normalmente sem termos real consciência disso. São refrigeradores com design moderno e com água gelada na porta, celulares com câmeras e acesso à Internet muito mais. Por causa do avanço vertiginoso da tecnologia e da influência da mídia, os indivíduos acabam obrigados a consumir produtos que se tornam obsoletos antes do tempo, já que cada vez mais se tornam inúteis logo após sair das fábricas. Muitas vezes, os aparelhos ainda podem ser considerados funcionalmente perfeitos, no entanto, não são mais considerados tão bonitos ou mesmo modernos (TAVARES, 2005).

Com o apelo da mídia estimulando o consumismo de uma forma muito

intensa, presencia-se atualmente uma evolução contínua da tecnologia, tornando os

produtos obsoletos em curto espaço de tempo, saturando o meio ambiente com

materiais, muitos deles tóxicos, de difícil decomposição e/ou reciclagem. A produção

de lixo tecnológico tem aumentada desenfreadamente, tornando-se um problema

mundial, vive-se a era dos descartáveis e da rápida obsolescência dos produtos.

Apesar de o volume gerado estar numa crescente, ainda são poucas as iniciativas

para o descarte correto desse material.

Para manter funcionando todo esse sistema de produção-consumo, foi criada

uma cultura de consumo que tem como base dois principais preceitos: a

obsolescência planejada e a obsolescência percebida. Esta é formada pela

combinação do desenvolvimento tecnológico, do aumento e da diversificação da

produção, do estímulo ao consumo através dos meios de comunicação de massa,

de estratégias de tornar produtos obsoletos, da moda e da valorização dos

indivíduos através do que possuem e do que podem consumir. O fenômeno da

obsolescência planejada acontece quando um produto é criado para ter uma vida útil

reduzida. Isso pode acontecer devido a uma qualidade inferior do produto, a uma

indisponibilidade de peças de reposição ou ao fato de, diante de uma avaria, o

conserto tornarem-se economicamente menos vantajoso (FREITAS, 2009). A cada

instante produtos novos são lançados no mercado, o que ontem era novo, hoje já

não é mais, alterando a mentalidade do consumidor.

De acordo com Ferreira e Ferreira (2008),

O que se conhece por resíduos ou lixo eletrônico, ou ainda e-lixo, são aparelhos ou materiais obsoletos gerados pela atividade humana. Os principais eletroeletrônicos são: computadores, telefones celulares, geladeiras, CDs, DVDs, microchips, baterias e pilhas, além de todo o material e peças que os compõem.

A questão dos danos causados pelo lixo tecnológico é relativamente nova,

mas tende a ser um assunto em alta nos debates ambientais.

Na prática, a maior parte dos lixos eletroeletrônicos vai para lixões ou aterros

sanitários como resíduos urbanos comuns. Isso ocorre por falta de políticas e leis

que determinem o descarte e tratamento ideais para esses resíduos e a falta de

incentivo para a prática da reciclagem. Por isso, o lixo eletroeletrônico é duplamente

nocivo ao meio ambiente: tanto ao ser produzido quanto ao ser descartado.

Segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(Pnuma), divulgado em 2015, até 90% do lixo eletrônico mundial são jogados fora de

forma irregular ou comercializados ilegalmente. O que retiramos de casa ou do local

de trabalho e jogamos fora, inclusive o lixo tecnológico, não desaparece, somente

vai para outro lugar. Não consumir mais do que se precisa e maximizar a vida útil do

que comprar é evitar o desperdício. Consumismo é uma denominação geral aos

hábitos da atual sociedade de consumo.

De Masi (2000), afirma que, desde a Revolução Industrial, os homens passaram a produzir uma fonte de maior sustento, tendo o desenvolvimento das forças produtivas estabelecido, o que hoje se pode chamar de livre concorrência tecnológica ou até mesmo de “a era do consumismo”, onde o avanço tecnológico do micro chip, por exemplo, torna-o cada vez menor, mais rápido e mais barato, havendo a evolução expansiva dos setores eletrônicos, gerando assim uma explosão assustadora no mercado eletroeletrônico.

Mas a última geração está consumindo mais do que o necessário, na

perspectiva de acompanhar as tendências em todos os sentidos, o ser humano vem

acumulando muito lixo, principalmente eletrônico, que não para de aumentar a cada

dia. Pena (1999) acredita que o consumo exagerado repercutirá no futuro do

planeta, cujas consequências podem ser nefastas, pois a ação desmedida e a

ambição anulam o raciocínio sistêmico, onde não há culpados, os seres humanos

simplesmente constitui parte de um universo e mantém relações com seus

elementos, e a solução reside em seu relacionamento com o "inimigo". As novidades

tecnológicas estão trazendo escassez dos recursos naturais, pois toda matéria

provem da natureza, e como volta para ela de forma modificada, não substitui o que

foi retirado e não volta a ser o que era antes, com isso polui e acumula lixos tóxicos

que são prejudiciais à natureza e a saúde de todos os seres vivos.

As mudanças ocorridas ao longo dos anos, poluição excessiva da água, solo,

atmosférica, sonora, expansão da exploração mineral, da produção econômica, além

do crescimento populacional sem controle adequado de natalidade, originarão

alterações que o planeta talvez não comporte. Para tanto, devemos com urgência

mudar os nossos hábitos em relação ao consumo, ao reaproveitamento e ao

descarte inadequado de resíduos em geral. E evitar o desperdício é uma atitude

inteligente.

Segundo Dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

(Abinee), só no primeiro semestre de 2013 foram vendidos no país 10,4 milhões de

unidades de computadores desktop, notebook e tablet. Como, em geral, quem

compra um equipamento se desfaz de outro, o Brasil acabou se convertendo em um

dos campeões mundiais na geração de lixo eletrônico de informática. O Brasil pôs no

mercado em 2012, 2 milhões de toneladas de equipamentos eletrônicos e gerou 1,4

milhões de toneladas de lixo eletrônico, ou seja, 7 quilos de lixo por habitante do

país. A estimativa do Pnuma é de que no mundo sejam produzidas 41 milhões de

toneladas de lixo eletrônico por ano, as projeções é que este número atinja 50

milhões em 2017.

Estudos mostram que, para se confeccionar um computador novo e seu

monitor, são necessárias cerca de duas toneladas de insumos (combustível matéria-

prima e, principalmente, água). Por isso, o primeiro grande impacto do lixo

eletroeletrônico não é o seu descarte, mas sim a extração dos insumos necessários

à sua fabricação.

E como resolver todos estes desafios relacionados à produção de bens de

consumo, seus descartes e os impactos ambientais causados? Ainda não existe

uma mobilização nacional pra solucionar este problema, mas iniciativas isoladas, por

parte de ONGs, prefeituras de algumas cidades ou mesmo fabricantes de

eletrônicos. Relacionamos a seguir algumas propostas de soluções a este desafio.

Uma solução adequada para a gestão do lixo eletrônico é a reutilização total

ou parcial do produto descartado ou eventualmente sua reciclagem. Para que estas

soluções funcionem é necessário um eficiente processo de coleta do lixo descartado.

O Brasil ainda não tem um sistema de coleta e de reciclagem sistemática em

nenhum ponto da cadeia que envolve os EEE: indústria, comerciantes e

consumidores, como ocorrem em países do primeiro mundo.

Outra solução para minimizar o impacto ambiental do e-lixo é adotar

procedimento de logística reversa no design e fabricação dos produtos de consumo,

técnica também é conhecida como “logística verde” ou “logística ecológica”, de

acordo com Santos (2012, p. 153).

Brito e Dekker (2002 apud LEITE; LAVEZ; SOUZA, 2009) comentam que o

processo de logística rever pode gerar lucro direta e indiretamente, pois, além da

redução dos custos obtida pelo reaproveitamento de materiais recolhidos ou

reciclados, a empresa forma uma boa imagem corporativa, agregando a sua marca a

responsabilidade com o meio ambiente e com a sustentabilidade. Isso já funciona

como um diferencial de mercado para aqueles consumidores conscientes.

Muitas empresas, procurando diminuir os impactos ambientais de suas

atividades, passaram a recolher os próprios produtos usados e a reaproveitar a

matéria- prima na linha de produção. Em época de grandes transformações, as

empresas se adaptam às mudanças de comportamento procurando dar um retorno

mais responsável aos desafios da sustentabilidade, isso já é uma nova exigência do

mercado.

Uma gestão eficiente e adequada das questões ambientais decorrentes do

descarte do lixo eletrônico só será possível por meio de legislações em âmbitos

federais, estaduais e nacionais. Em vista disto, nas últimas décadas tem se realizado

um forte movimento em países do mundo para formular legislações que orientem

governos, fabricantes, distribuidores e gestores públicos e privados sobre

regulamentos e normas de coleta e destinação do lixo eletroeletrônico.

No Brasil, a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS) contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário

ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e

econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Prevê a

prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de

hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o

aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor

econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente

adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). O artigo 47

proíbe a destinação inadequada de resíduos em corpos hídricos (rios, mares etc.) e

a céu aberto (como lixões). Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores

de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e

titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa

dos resíduos e embalagens pós-consumo. Cria metas importantes que irão contribuir

para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis

nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além

de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos.

Além disto, legislações específicas como, por exemplo, a Lei nº 6.938/81

resolução de 257/99, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), trata dos

resíduos gerados por pilhas e baterias, especificando em seu artigo 6º, define que,

as pilhas e baterias do tipo portátil, botão e miniatura que sejam comercializadas,

fabricadas em território nacional ou importadas, deverão atender a teores máximos

de metais de interesse em sua fabricação, visando um menor teor de substâncias

químicas e, conseqüentemente menos componentes pesados em contato com o

solo em caso de descartes realizados de forma inadequada.

No entanto, a solução mais eficiente e definitiva a ser adotada para solucionar

os enormes desafios que a sociedade moderna enfrenta em relação aos impactos

ambientais causados pelo excesso de lixo tecnológico é a educação ambiental.

Considerada um processo educativo contínuo que deve atingir o indivíduo e a

coletividade, a Educação Ambiental conduz não apenas os governantes,

empresários, educadores, estudantes, cientistas, mas todos nós a revermos nossa

relação com a natureza para que seja possível alcançar a sustentabilidade

planetária. Atingir a sustentabilidade implica, primeiramente, na adoção de uma

postura ética em relação ao meio ambiente, pois a questão ambiental não é apenas

um problema de ordem técnica, mas principalmente, um problema de caráter ético.

Informações sobre questões ambientais vêm sendo continuamente trazidas

ao público e discutidas, tal assunto deve permear todas as disciplinas do currículo

básico, pois é uma necessidade social e uma determinação legal. O educando,

através da teoria e da prática, é preparado para atuar como agente transformador de

sua realidade, buscando uma melhor qualidade de vida com um consumo justo,

solidário e responsável. A lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, artigo 2º, afirma que:

“A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação

nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e

modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal” (BRASIL,

1999).

“A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.” Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária – Chosica/Peru (1976).

Portanto o processo de democratização traz questões sobre os direitos e

deveres dos cidadãos, que são frustrantes quando se trata da preservação do meio

ambiente e do desrespeito a atitudes comuns a todos. É necessário educar os

alunos para que ajam de modo responsável sabendo exigir e respeitar seus direito e

de toda a comunidade, procurando modificar-se como ser humano e também suas

relações com o meio ambiente. A vida em sociedade contempla a necessidade de

que a saúde e o bem estar coletivo só podem ser alcançados, dando prioridade à

conservação e preservação do meio ambiente, no qual ele é um bem indisponível,

de propriedade de toda coletividade, porem somente a partir da Constituição Federal

de 1988 que o Brasil colocou o meio ambiente como um direito constitucional. Isso

mostra a evolução da sociedade brasileira com a preocupação com o meio ambiente

sadio e equilibrado.

A educação ambiental na escola deve contribuir para a formação de cidadãos conscientes, que visem à construção de uma sociedade mais justa e responsável, que compreendam os problemas decorrentes de alterações ambientais provocadas pelo desenvolvimento humano e reconheçam que atitudes locais podem contribuir com a preservação ambiental do planeta.

(MOREIRA, 2007, p. 1)

Nos dias atuais o desenvolvimento sustentável é a principal solução contra a

crise ambiental que o planeta Terra esta enfrentando, evitando a contínua

degradação ambiental em função do crescimento econômico, preservando os

recursos naturais para que as futuras gerações possam também deles usufruir.

3 – A Física na pedagogia da Educação Básica

A Física é uma ciência que acompanha a evolução do ser humano em toda

sua história, sendo parte integrante tanto dos problemas trazidos pela aplicação

inadequada do conhecimento gerado desta ciência, quanto co-participe das

soluções destes problemas.

De acordo com a Diretriz Curricular da Educação Básica (DCE de Física p.61-

2008), é importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física parta do

conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas

ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções

espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia a dia, na interação com os diversos

objetos do seu espaço de convivência e as traz para a escola quando se inicia seu

processo de aprendizagem formal.

David Ausubel (1980) nos viabiliza bases para entender o quanto é

fundamental considerar os conhecimentos prévios dos alunos, construídos a partir

da vivência em diferentes contextos. A aprendizagem significativa apresenta-se

como uma proposta que parte da construção de conceitos que, na vida escolar e

também no cotidiano do aluno, vão sendo reestruturados a partir de níveis de

abstração cada vez mais complexos.

A aprendizagem significativa se caracteriza pela interação entre

conhecimentos prévios e conhecimentos novos, e que essa interação é não literal e

não arbitrária. Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significado para o

sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos significados ou maior

estabilidade cognitiva. (Moreira, 1999).

Nesse contexto, é fundamental que os conteúdos de Física sejam

relacionados aos progressos tecnológicos proporcionados pela ciência, mas que

permitam, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre os efeitos e atitudes do ser humano

em relação ao meio ambiente. Uma das maiores preocupações do mundo

contemporâneo está relacionado com o problema do descarte do Equipamento

Elétrico Eletrônico (EEE), e a educação escolar necessita tratar desta questão, para

orientar os educandos a agir de maneira racional sobre os impactos de suas atitudes

relativas com o ambiente em que vive.

4 – O Projeto “Lixo Tecnológico: o que fazer?”

4.1 - Metodologia e ações empregadas.

O presente projeto foi implementado no Colégio Estadual José Domingues

da Costa – Ensino Fundamental e Médio, no Município de Congonhinhas - PR. O

Desenvolvimento do projeto deu-se com 45 alunos matriculados no 3º ano A

matutino do Ensino Médio, no 1º/2º semestres de 2015 e estendido aos restantes

dos alunos do Colégio através de uma palestra.

As atividades do projeto educacional foram estruturadas levando

em conta a premissa que a aprendizagem parte da análise sistêmica de

problemas reais, que levem ao aperfeiçoamento da capacidade de analisá-

los de maneira científica e ética promovendo a repercussão nas ações

sociais. Para isto foram desenvolvidas ações onde os alunos adquirirem

informações e conhecimento sobre o assunto abordado.

O início das atividades foi a familiarização, por parte da professora,

sobre o conhecimento do senso comum, do cotidiano ou informal, já

construído pelos alunos, sobre os assuntos: resíduos sólidos, consumo de

eletroeletrônicos e o seu descarte, com algumas questões norteadoras

propostas pela professora aos alunos para reflexão:

a) Na compra de um celular novo, por exemplo, o que devemos fazer com o antigo?

b) O que você entende por lixo eletroeletrônico?

c) Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos podem ou não serem descartados

junto com o lixo comum?

d) Quais os problemas que os resíduos tecnológicos podem provocar à saúde?

e) Quais ações poderiam ser adotadas para diminuir o volume de resíduos de

aparelhos eletroeletrônicos descartados?

f) Será que não poderíamos assumir um consumo mais responsável e trocar nossos

aparelhos eletroeletrônicos apenas depois que eles parassem de funcionar e não

para comprar o último lançamento?

g) Análise do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) do Brasil e o Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) no que diz a respeito ao descarte dos e-lixo.

Sobre o lixo tecnológico, os alunos analisaram figuras e ilustrações na TV

Pendrive de situações onde há emprego do descarte em locais inadequados de

eletroeletrônicos. Em grupo de 5, os alunos fizeram a identificação de ações que

deveriam ser adotadas para a diminuição de volume dos resíduos dos aparelhos

eletroeletrônicos descartados, consumo responsável, pesquisando as leis que regem

no Brasil sobre o assunto tratado, anotando os dados em um caderno para comparar

suas respostas com os demais grupos e discutiu-se ha uma solução para o devido

problema.

Dispostos em grupos de 5 alunos, foi entregue diferentes textos relacionados

ao Lixo Eletroeletrônico e o consumismo, para uma discussão sobre o que mudou

em relação ao conceito preliminar que todos tinham a respeito do tema. Depois da

leitura do material, foi solicitado que os alunos escrevessem coletivamente um texto

jornalístico, para ser colocado no mural do Colégio.

Como a Física é também uma ciência experimental, o laboratório assume um

papel central no seu ensino. O computador encontrou já um lugar permanente no

laboratório escolar e o seu uso nesse local encontra-se cada vez mais generalizado.

Os alunos foram encaminhados para o laboratório de informática do colégio e

orientados a acessarem o simulador – Nova Escola/ Material didático sobre consumo

de celulares, disponível no site:

http://lixoeletronico.org/blog/nova-escola-lanca-material-didatico-sobre-consumo-de-celulares

O site produz uma animação voltada para o público jovem informando sobre o

material empregado em cada componente do celular, quem o fornece, efeitos da

produção com o uso de matéria prima retirada do meio ambiente, reciclagem correta,

falsa reciclagem e o descarte incorreto. Foi realizada uma discussão sobre as

informações/conceitos trazidas pela animação encontradas na atividade.

Na análise de algumas propagandas que incentivam o consumo nos meios de

comunicação como revistas, jornais, televisão, rádios, etc., dessa forma construíram

suas conclusões, torando-se mais independentes e menos vulnerável na hora de

comprar um produto.

Como outra atividade para sensibilização e aquisição de informações foi

solicitada aos alunos uma pesquisa sobre a logística reversa e quais indústrias de

eletroeletrônicos praticam essa modalidade. Com a pesquisa anotada no caderno foi

formalizada a atividade, explicando que todos os dias são produzidos toneladas de

lixo eletroeletrônico, mas que não há um consenso entre a indústria e o consumidor

para o recolhimento dos produtos descartados.

Como atividade prática fora da escola, os alunos, juntamente com a

professora, visitaram o aterro sanitário municipal para análise do problema do

descarte indevido desses materiais no município, levantando questões que levem os

alunos ao discernimento dos malefícios do descarte incorreto sobre a saúde humana

e ao meio ambiente.

Outra atividade desenvolvida fora da escola foi à coleta de lixo eletrônico. Em

um dia previamente estabelecido e anunciado através de carro de som e de flyers

anexados no comércio local, foi realizada uma coleta de aparelhos eletroeletrônicos

em desuso, no município, em uma parceria entre o Colégio Estadual José

Domingues da Costa, a Prefeitura Municipal da cidade e a ONG E-lixo do município

de Londrina. A coleta foi realizada sob orientação da professora e da equipe da

ONG, que orientavam e informavam sobre os procedimentos e cuidados a serem

tomados na coleta, para não colocar em risco a saúde dos alunos e potenciais

acidentes. Desta forma procurou-se beneficiar a população de Congonhinhas,

solucionando em parte o problema existente que é a ausência de um local específico

para a destinação do respectivo lixo.

Além das atividades de acompanhamento aos alunos nas leituras e diálogos,

foi também realizada uma palestra sobre o tema lixo eletroeletrônica, ministrada pelo

responsável da Ong E-lixo, sediada em Londrina. Após a palestra abriu-se a palavra

aos alunos, num debate para questionamentos, sanando as dúvidas que surgiram

com a apresentação.

No decorrer da implementação do projeto na escola, ocorreu, paralelamente,

a contribuição do grupo de trabalho em rede (GTR), onde participaram alguns

professores do estado do Paraná, relatando e compartilhando suas experiências

relacionadas ao lixo eletroeletrônico em suas respectivas escolas e cidades. Com

análise das respostas do GTR, houve um enriquecimento sobre a prática

pedagógica e os desafios educacionais relacionados ao assunto.

4.2 – Resultados alcançados

Na execução do projeto participaram 45 alunos matriculados no 3º ano A

matutino do Ensino Médio, no 1º/2º semestres de 2015, do Colégio Estadual José

Domingues da Costa, professores do GTR. Além disso, houve ainda a participação

de funcionários da Prefeitura do Município durante as atividades de coleta e

encaminhamento do lixo tecnológico, do coordenador da Ong E-lixo.

A estruturação e desenvolvimento do projeto foram baseados em um trabalho

de ensino apoiado em questões problematizadoras, em atividades colaborativas,

aulas dialogadas, fatores estes, motivadores no processo educativo e na troca de

conhecimento.

As questões abordadas durante a execução do projeto foram essenciais para

despertar nos alunos a curiosidade sobre o assunto “lixo eletroeletrônico”, sendo que

a maioria deles confessou nunca ter pensado no assunto como um problema para o

futuro da comunidade, mas apenas sob o ponto de vista econômico.

Nas análises realizadas pelos alunos das questões, imagens, figuras e

ilustrações disponibilizadas para os alunos no início do projeto houve discussões

sobre a influência exercida pela mídia no padrão de consumo.

Com certa indignação os alunos concordaram que deveria haver campanhas

de entidades alertando e informando sobre os malefícios que o descarte incorreto do

lixo tecnológico pode causar à saúde dos seres vivos e ao meio ambiente.

Os alunos sentiram-se motivados e bem receptivos em analisar os textos e

compara-los trazendo os fatos ou acontecimentos em seu dia a dia. Após a leitura,

cada membro do grupo se identificou com alguma situação ou fato ocorridos no

enredo. Houve um debate sobre cada texto.

Com as propagandas relacionadas ao consumismo os alunos perceberam

que somos automaticamente influenciados a comprar sem necessidade aumentando

assim o consumo e desperdícios de bens materiais, consequentemente mais lixo

para o descarte.

No laboratório de informática, depois de acessado o simulador da nova

escola/material didático sobre o consumo de celulares, os alunos puderem entender

como é produzida cada parte de um telefone celular, os materiais utilizados, a

matéria prima para os mesmos e processos de reciclagem. Após esta atividade os

alunos foram estimulados a identificar os elementos químicos da tabela periódica

que fazem parte dos materiais usados na fabricação dos telefones celulares. No

mesmo site, gráficos correspondentes ao uso do celular no Brasil e seu provável

descarte.

Através da orientação da professora de como construir mapas conceituais, os

alunos já com o conhecimento adquirido sobre os assuntos das pesquisas, para

ampliarem o ensino aprendizagem foram solicitados à confeccionarem mapas

conceituais sobre consumo, descarte consciente e a logística reversa. Através desse

mapa os alunos puderam demonstrar como funciona a relação entre o

indivíduo/sociedade e o consumismo.

Os alunos produziram ainda informes impressos, cartazes e painéis que foram

expostos no pátio da escola, com o objetivo de divulgar para toda comunidade

escolar os conhecimentos adquiridos nestes estudos relacionados ao consumo

consciente, à responsabilidade na aquisição e no descarte dos produtos

eletroeletrônicos.

Foi feita uma avaliação formal da aprendizagem onde foi solicitada aos alunos

a resolução de exercícios de vestibulares envolvendo questões relacionadas ao lixo

eletroeletrônico, reciclagem, consumismo e logística reversa, onde os alunos

puderam demonstrar o seu aprendizado sobre o assunto.

Na atividade extraclasse da coleta de aparelhos eletroeletrônicos em desuso

no município, foram recolhidos aproximadamente 3 toneladas de lixo, contendo

televisores, videocassetes, impressoras, geladeira, freezer, máquina de lavar

roupas, mimeógrafos, mouse, teclados, cpu de computadores, antena parabólica,

celulares, baterias de celular, aspirador de pó, dentre outros equipamentos. Os

objetos e equipamentos arrecadados ficaram armazenados em um caminhão da

prefeitura municipal na qual ficou encarregada da logística e entrega dos mesmos

até a Ong E-Lixo no município de Londrina.

5- CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a crescente produção e consumo de eletroeletrônicos e a humanidade

tem o grande desafio da gestão deste tipo de lixo já que seu descarte inadequado

pode acarretar danos à saúde humana e a riscos ambientais.

Como meios de solução a este desafio é necessário que haja um consumo

consciente dos eletroeletrônicos pelo ser humano, a criação de políticas e legislação

públicas relacionadas ao descarte, coleta e reciclagem desse tipo de lixo. Todavia, a

solução mais duradoura só será obtida após a aplicação de uma ampla e continuada

educação ambiental, objeto deste projeto.

Consideramos que o desenvolvimento do projeto “Lixo Tecnológico: o que

fazer?” foi de grande importância para os educandos, para a comunidade local e

para o município, pois ampliou o conhecimento sobre o impacto ambiental do lixo

eletroeletrônico.

Além disto, as atividades de coleta mostraram qual deve ser o procedimento a

ser seguido no descarte de equipamentos eletroeletrônicos em desuso, contrário ao

que foi observado, onde se observou boa parte do lixo eletrônico de Congonhinhas,

tem como destino final o descarte inadequado no aterro sanitário do município.

Foi notório o envolvimento da população congonhinhense, onde foram

coletados aproximadamente 3 000 (três mil) quilos de lixo eletroeletrônico, que foram

encaminhados para a Ong E-lixo, responsável pelo descarte adequado do material

arrecadado.

Ao envolver teoria e prática na execução do projeto, desencadearam-se

mecanismos que levaram a uma participação ativa e efetiva dos alunos, tanto no

sentido educacional como comunitário, sensibilizando-os para condutas

responsáveis e à compreensão que o problema e a solução do lixo eletroeletrônico

pertencem a todos.

Considerando os resultados do estudo propõe-se que a prefeitura Municipal

dê continuidade ao projeto, criando pontos permanentes de coleta do lixo

eletroeletrônico, para depois encaminhá-los ao destino correto.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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