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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · objetivo é oferecer-lhes a oportunidade de obter a prática de exercícios de produção textual que os motivem a serem críticos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

Professora PDE: Lorena Regina Schmitz Professora Orientadora: Karin Cozer de Campos

Trabalho desenvolvido como requisito parcial para o cumprimento do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE 2013.

VERÊ – PR

NOVEMBRO – 2013

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1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Estratégias para produção de textos dissertativos: contemplando assuntos de todas as disciplinas do Ensino Médio

Autor: Lorena Regina Schmitz

Disciplina/Área (ingresso no PDE)

Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Arnaldo Busato Ensino Fundamental, Médio e Normal.

Rua Pioneiro Antonio Fabiane s/n

Município da escola Verê

Núcleo Regional da Educação

Francisco Beltrão

Professor Orientador Karin Cozer de Campos

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE – Campus de Francisco Beltrão

Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas do Ensino Médio

Resumo

O que fazer para tornar nossos estudantes bons produtores de textos? O desafio é tornar a escrita de textos um hábito constante na prática escolar. A Unidade Didática que desenvolvi a partir de um projeto não é algo novo, mas sim um repensar na forma de trabalhar a produção textual nas disciplinas do Ensino Médio, isto porque escrever faz parte do cotidiano diário dos estudantes, porém, ser um escritor eficiente nem sempre é a capacidade de todos e este é o objetivo principal, através de atividades simples capacitar os estudantes a escreverem melhor por meio das mais diversas oportunidades nas disciplinas.

Palavras-chave Leitura, produção escrita, uso social.

Formato do Material Unidade Didática

Público Alvo 3ºs anos do Ensino Médio e Formação de Docentes

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2. APRESENTAÇÃO

A produção de textos dissertativos tem se tornado um problema muito sério

nas escolas e na vida de nossos estudantes ao serem cobrados em provas de

redação de vestibulares, no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), concursos,

entre outros, que os colocam a prova na escrita de textos, sendo esta muitas vezes

de valor relevante no total da avaliação. Devido ao número reduzido de aulas no

Ensino Médio, não há tempo suficiente para uma dedicação exclusiva para a

produção de textos, pois esta requer um tempo muito grande para a realização de

um bom trabalho.

Diante desta situação que também ocorre no Colégio onde sou docente, e

pela procura dos estudantes por aulas particulares ou cursinhos pré-vestibulares,

tomei a iniciativa em preparar um material simples e sintetizado, mas que possa

auxiliar os professores e os estudantes no aproveitamento do tempo e na melhora

da escrita de textos em todas as disciplinas do Ensino Médio.

Escolhi ser a mediadora desta problemática oportunizando aos nossos

estudantes a possibilidade de escrever bem e desenvolver as temáticas solicitadas

com eficácia. A necessidade de escrita é muito grande em todo ser humano. Ela

precisa ser desenvolvida de forma agradável e prazerosa, para então tornar o

estudante motivado a registrar o que vive e imagina.

Os estudantes da atualidade leem muito pouco, ou somente o que lhes é

conveniente, e este pode ser um dos motivos que os levam a falta de domínio do

assunto no momento de dissertar. Percebe-se também que muitos professores

sentem dificuldades em trabalhar as aulas de Língua Portuguesa, principalmente,

quando se refere à escrita, por isso da necessidade em oportunizar aos estudantes

algumas práticas, exemplos e técnicas de incentivo para a produção de textos

dissertativos.

Tomando como referência um dos apontamentos de Bazerman (apud

MEURER; ROTH, 2002, p. 79), “Vi que não poderia entender o que constituía um

texto apropriado em qualquer disciplina sem considerar a atividade social e

intelectual da qual o texto faz parte”, é que justifico a relevância desta produção

didático pedagógica, para poder contribuir com os estudantes que farão as provas

de vestibulares, concursos, entre outras práticas sociais da escrita de cada um.

Para tal tarefa, a proposta do material didático buscará a leitura de assuntos

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relevantes para a época, bem como, o posicionamento crítico de cada estudante

frente aos temas estudados.

Além de ter como objetivo poder contribuir e tornar a prática da leitura e da

escrita de textos um hábito constante, compreendo que obteremos melhores

resultados na aprendizagem dos estudantes em todas as disciplinas, principalmente

ao adentrarem no ensino superior, onde os estudantes deverão apresentar

condições mínimas da escrita, na qual apresentarão e defenderão um ponto de vista,

uma opinião ou um assunto do qual serão cobrados, com padrões da norma culta

evidentes nos trabalhos elaborados.

A proposta é melhorar a produção escrita dos estudantes, sobretudo, dos que

frequentam o 3º ano do Ensino Médio e Formação de Docentes do Colégio Estadual

Arnaldo Busato, onde será desenvolvida esta proposta de intervenção didática. O

objetivo é oferecer-lhes a oportunidade de obter a prática de exercícios de produção

textual que os motivem a serem críticos e reflexivos, dominando o discurso enquanto

prática social.

Os estudantes precisam sentir que os textos são algo vivo, os quais serão

produzidos conforme a necessidade social de cada indivíduo. Um texto escrito

expressará a cultura e o conhecimento que cada ser possui no qual está inserido.

Oferecer para os estudantes a diversidade de gêneros e o manuseio dos mesmos,

tornará a aula de produção escrita valiosa e produtiva.

Em todas as disciplinas do Ensino Médio a produção textual de algum gênero

será solicitada e a prática escrita então será algo útil, vivo, que fará parte da

aprendizagem dos estudantes. Ao fazer um resumo, um artigo de opinião, um

comentário, um cartaz, um diário, analisar a regra de um jogo, entre outros, a

produção textual estará fazendo parte da aula e do manuseio da escrita, bem como

seu melhoramento (reestruturação) e o aprimoramento.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Oportunizar ao estudante um aprendizado da produção dissertativa, através

da leitura de textos contextualizados e da prática da produção escrita, com

exercícios diversos que incentivem e promovam a produção de textos dissertativos e

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que valorizem o uso da língua em diferentes situações ou contextos sociais, para

que estes estudantes sejam cidadãos críticos e capazes de defender um ponto de

vista utilizando a comunicação oral e escrita para garantir o uso público da língua.

3.2 Objetivos específicos

- Abordar a leitura de textos diversos, contextualizados com o momento

histórico e que promovam a discussão e análise dos fatos decorrentes da evolução e

transformação da sociedade, para que os estudantes abordem uma visão mais

crítica do mundo.

- Promover debates dos textos considerados mais relevantes valorizando a

formação de opiniões, a formação de teses e suas devidas análises e soluções, para

que os estudantes estudem a função social da escrita, o discurso oral e o escrito,

enquanto interação social.

- Analisar e promover o questionamento dos assuntos relevantes do momento

para fundamentar adequadamente as teses a serem abordadas na produção escrita

dos estudantes.

- Apresentar aos estudantes a normatização básica de um texto dissertativo, o

uso dos conectivos, elementos coesivos, ortografia, acentuação e pontuação,

margem, título e estrutura básica dos elementos necessários para a produção de

textos dissertativos.

- Produzir e reestruturar textos dissertativos, oportunizando a correção

conjunta (reestruturação) para o conhecimento da padronização mínima e suas

devidas correções.

- Divulgar os textos produzidos pela turma e utilizar textos prontos para

efetivar a comparação entre os mesmos e poder verificar se a função da

comunicação escrita foi realizada com eficiência e se os padrões mínimos foram

utilizados.

- Verificar se o objetivo principal que é o do discurso enquanto prática social

foi apropriada pelos alunos nas produções dissertativas.

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4. POR QUE ESCREVER BEM

“Escrever é estar no extremo de si mesmo, e quem está assim se exercendo nessa nudez, a mais nua que há, tem pudor de que outros vejam o que deve haver de esgar, de tiques, de gestos falhos, de pouco espetacular na torta visão de uma alma no pleno estertor de criar’’.

(João Cabral de Melo Neto, 1982).

O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes

gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente

vividas. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de

subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos

socialmente. A possibilidade da criação, no exercício desta prática, permite ao

educando ampliar o próprio conceito de gênero discursivo.

É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a

autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando

escreve, ele diz de si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (2002, p. 289) afirma que

''todo enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva. É a posição do

falante nesse ou naquele campo do objeto de sentido''. A produção escrita

possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto, interagindo com as

práticas de linguagem da sociedade.

É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo

interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua

produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme

propõe Geraldi (apud PARANÁ, 2008) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para

dizer; como dizer; interlocutores para quem dizer.

As propostas de produção textual precisam ''corresponder àquilo que, na

verdade, se escreve fora da escola - e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma

função social determinada, conforme práticas vigentes na sociedade'' (ANTUNES

apud PARANÁ, 2008, p. 69). Na prática da escrita, há três etapas interdependentes

e intercomplementares sugeridas por Antunes e adaptadas às propostas destas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa (2008, p. 69, grifos

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meus), que podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:

Inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno

planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a

temática proposta; Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a

proposta apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor;

Depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao

produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus

argumentos, suas ideias e verificar se os objetivos foram alcançados.

Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas

(diagnosticadas) durante esse processo.

Por meio desse processo, que o aluno vivenciou na prática de planejar,

escrever, revisar, e reescrever seus textos, ele perceberá que a reformulação da

escrita não é motivo para constrangimento. O ato de revisar e reformular é antes de

mais nada um processo que permite ao locutor refletir sobre seus pontos de vista,

sua criatividade, seu imaginário.

O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando

a intenção e as circunstâncias da produção e não a mera ''higienização'' do texto do

aluno, para atender apenas aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual,

deve ser, portanto atividade fundamentada na adequação do texto às exigências

circunstanciais de sua produção, também, a avaliação.

Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial e

aprimora sua competência de escrita, apreende as exigências dessa manifestação

linguística e o seu sistema de organização próprio. Ao analisar seu texto conforme

as intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a necessária

autonomia para avaliá-lo.

Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos (DCE/PR, 2008, p.82).

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De acordo com Marchuschi (2005, p. 19) a escrita, mesmo criada pelo

engenho humano tardiamente em relação ao surgimento da oralidade, ela permeia

hoje quase todas as práticas sociais dos povos em que penetrou. A escrita é usada

em contextos sociais básicos da vida cotidiana, em paralelo direto com a oralidade.

Estes contextos são: o trabalho, a escola, o dia a dia, a família, a vida burocrática e

a atividade intelectual.

Conforme Marcos Bagno (2007, p. 35) a escrita, a literatura e a escola são

instituições eminentemente sociais, são invenções culturais, criações artificiais e

muito recentes na história da humanidade – as formas mais antigas de escrita têm

menos de 6.000 anos, ou seja, durante 99% da história da nossa espécie ninguém

escreveu nem leu nada, e até hoje uma grande parcela dos seres humanos

permanece assim, excluída da escrita e da leitura!

A redação de vestibular pode ser entendida como um texto produzido para

atender a propósitos específicos de, pelo menos, duas das partes envolvidas no

processo do concurso: vestibulando e banca. Os vestibulandos escrevem o texto

porque a redação é um pré-requisito para o ingresso ao Ensino Superior e os

avaliadores que compõe a banca o leem para classificar alunos que aspiram a uma

vaga na universidade.

A redação de vestibular é um gênero textual que tem a função de comprovar a

competência no uso da linguagem do candidato aspirante à universidade. Isto é,

“um tipo específico de texto, caracterizado e reconhecido pela função específica,

pela organização retórica mais ou menos típica e pelo contexto onde é utilizado”

(MEURER, 2002, p. 160).

No texto produzido no concurso vestibular, os candidatos devem comprovar

sua competência discursiva através da construção de um texto coerente e coeso,

adequado ao contexto da prova, não só em termos de correção gramatical, mas

também em termos de desenvolvimento do tema proposto, com vocabulário

adequado e com tese central sustentada por uma argumentação bem conectada de

modo a comprovar que está apto para ingressar no Ensino Superior.

O ensino de redação de vestibular como um gênero textual pode representar

uma possibilidade para que os alunos se preparem mais efetivamente para enfrentar

o processo seletivo que vai definir seu futuro profissional. Isso significa a

compreensão de um ensino de redação de vestibular como mais um entre os

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gêneros textuais que devem ser colocados à disposição do aluno na escola, para

que ele possa ter acesso à universidade.

Segundo Gustavo Bernardo (2000, p.16-17) no Brasil, tornaram-se comuns

publicações de “besteiras da juventude”, colhidas nas redações de vestibular. Unem-

se professores e jornalistas na crítica fácil à expressão, ou “desexpressão” (mistura

de desespero com expressão), de uma geração calada – que, mesmo quando

parece falar nessas redações, continua calada.

A desarticulação do pensamento adolescente vem sendo apresentado como

uma doença em si, encobrindo males mais profundos. Por exemplo, encobrindo a

questão do analfabetismo, a escola que fragmentou o conhecimento em disciplinas

estanques, fragmentando assim as frases e o raciocínio de seus alunos, professores

mal pagos e pior estimulados, mal sabendo eles mesmos redigir um plano de curso,

a família, que lê nada e escreve nada de nada, e depois reclama da juventude que

não lê. O Estado, que encosta a educação no canto dos verbos, censura as poucas

palavras que escapolem das universidades e dos artistas, e depois faz ironias sobre

a geração da gíria, enfim entre tantos agentes da “desexpressão”, há de se pensar

que algo precisa ser feito para mudar este cenário educacional.

A escrita na redação está perdendo seu caráter primário e fundamental, o da

autoafirmação e adquirindo o sentido inverso: o da autonegação. O estudante

precisa escrever, mas não sabe como começar, nem fazer o meio nem terminar. O

efeito dessa estrutura será sentido também pelo professor que corrige as redações

fora do horário de aula, no horário do descanso, de graça e lhe tira a vontade de ele

mesmo produzir um texto. São situações que necessitam de uma reestruturação e

reorganização para que não percam a qualidade. A valorização do profissional da

educação com maior carga horária de hora-atividade para a correção das redações

bem como para a preparação das aulas seria uma forma de mudar este cenário.

Pensar que escrever certamente não será uma questão de dom. Escrever não

será também uma questão de técnica. Não se escreve sem alguma técnica, é certo.

Mas, ninguém começa a escrever depois do “adquirir” a tal da técnica. Começa-se

escrever porque se deseja fazê-lo, e então, enquanto se vai escrevendo, se vai

organizando a própria técnica.

O ato de escrever é, antes de tudo, é legítimo ato de autoafirmação. E

“autoafirmação” não é coisa ruim, pejorativa, como dizem os que não gostam de ver

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os outros se afirmando. A afirmação de si mesmo é a primeira condição para

responder à primeira pergunta. Quem não se afirma é o oprimido, é o submisso, o

que se encontra caído ao chão à espera das ordens.

Escrever para o outro, ou para os outros, continua representando o ato de

afirmar-se, firmando no papel as próprias ideias. Enfatizo, no entanto que se

preocupar com o leitor representa preocupar-se com o seu entendimento preciso,

mas não equivale a escrever o que o outro quer ver escrito. Escritor e leitor não é o

mesmo sujeito, são sujeitos diferentes e a diferença de ser, além de respeitada ainda

defendida com unhas, dentes e verbos. Não sendo nenhuma redação produto pronto

e acabado, podemos perceber que algumas são mais claras e mais compreensíveis

do que outra.

Todos os indivíduos precisam ter clareza ao exporem suas ideias e para isso

a necessidade em escolher adequadamente os recursos e gêneros adequados para

que a comunicação ocorra com eficiência ou não. O aprendizado da escolha é de

fundamental importância para a eficiência do discurso enquanto pratica social.

O problema é: quem escolhe se compromete. Quem escolhe se define. E

certamente muitas e muitas pessoas preferem não se comprometer e não se definir.

Se tantos não se comprometem e não se definem, tantos e tantas não podem saber

escrever. Porque escrever com clareza implica automático compromisso com as

palavras transmitidas, pois os outros vão entendê-las. E vão reagir a elas, favorável

ou desfavoravelmente.

Quem começa a escrever primeiro põe no papel o que já leu, mais ou menos

como estava lá. Depois, vai combinando as ideias e as palavras de forma nova,

pessoal, passando a constituir o seu próprio texto num novo modelo para os outros.

Que, por sua vez, deverá ser imitado até poder ser transgredido e superado.

A redação, portanto é um dos modos de organizar e articular o pensamento,

de tocar e conhecer o mundo através das palavras. É uma ação de coragem do ser

humano, e para que isto ocorra é preciso insistir em pensar, em demonstrar o

pensado, em expressar certas conclusões, sem ter medo da censura. Talvez a única

oportunidade de muitas pessoas em expressar a própria opinião, o modo de pensar

e o conhecimento de mundo que a cerca. Então insisto na prática da redação como

forma de libertar o pensamento que está adormecido no interior de cada pessoa

aguardando uma oportunidade para alforriar-se e deixar marcas de marcas da

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prática social e da cidadania.

Acredito no trabalho de redação ajudando organizar o pensamento, o

sentimento e o mundo. Conforme Bertrand Russell (apud BERNARDO, 2000, p. 188)

“A conclusão final é que sabemos extremamente pouco, embora seja surpreendente

que conheçamos tanto, e ainda mais surpreendente que tão pouco conhecimento

nos consiga proporcionar tamanho poder”.

5. UNIDADE DIDÁTICA

Bloco 1: Sondagem e revisão do gênero dissertativo

5 aulas

Nas duas primeiras aulas solicitar aos participantes que escrevam uma

redação sobre um tema ou assunto que acham ser o mais comentado e discutido

pelas pessoas nos últimos tempos (este texto servirá como sondagem do nível de

conhecimento textual de cada estudante).

Nas duas aulas seguintes apresentar em forma de slides os apontamentos da

fundamentação teórica do projeto e fazer uma reflexão e um estudo sobre a

necessidade da escrita na convivência diária das pessoas

Na 5ª aula através de sugestão dos participantes listar 20 temas/assuntos das

disciplinas do Ensino Médio que poderiam ser utilizados para a produção de textos.

Após a conclusão da atividade, dividir os estudantes em duplas e cada uma irá

escolher um tema, estes temas estarão dentro de uma caixa e dobrados para que

cada equipe receba o desafio de pesquisar sobre o assunto que lhes foi solicitado,

pois é assim que acontece nas provas as quais são submetidos, onde ninguém sabe

qual o tema que será cobrado, e então farão a pesquisa no laboratório de

informática.

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Bloco 2: Produção e revisão

5 aulas

“Àqueles que gostam do amarelo, porque nunca lhes foi dada a possibilidade de conhecer a miríade de cores do arco-íris... na esperança de que, em dias não muito distantes, seus filhos, de posse do conhecimento, tenham o direito a fazer suas escolhas”.

(Acacia Zeneida Kuenzer, 2005).

Nas duas primeiras aulas solicitar as duplas da aula anterior que elaborem um

texto sobre o tema que receberam na última aula.

Nas três próximas aulas revisar através de atividades os elementos

essenciais para a estruturação de um texto, principalmente do gênero dissertativo

escolar (coesão e coerência, pontuação, ortografia, acentuação, estrutura do texto

dissertativo, classes de palavras e paragrafação). Estas atividades de revisão ficarão

a critério do professor e podem ser orais e escritas, individuais ou coletivas.

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1ª atividade:

Entregar para cada aluno uma “tira” onde estará escrita uma frase solta

retirada de um parágrafo, mas que faz parte de um texto (o texto será escolhido a

critério do professor ), este lê o título e o primeiro parágrafo e depois solicita que os

estudantes modifiquem, acrescentem ideias na tira sem alterar a ideia principal do

texto, para que entendam que num texto podem existir diversas possibilidades de

informações e que de acordo com o contexto ao qual foi remetido, poderá sofrer

inúmeras modificações interessantes e significativas.

Cada aluno irá ler o que produziu e na sequência o professor fará a leitura do

texto original, incluindo as frases produzidas pelos estudantes e assim mostrar-lhes

que cada texto quanto melhor elaborado mais informações poderá transmitir.

2ª e 3ª Atividades:

Apresentar em forma de slides uma breve revisão sobre as classes de

palavras principalmente os advérbios, conjunções, pronomes, preposições, orações

coordenadas e subordinadas e suas respectivas classificações, e mostrar que estes

acessórios podem ser recursos de grande importância no momento da escrita, bem

como o uso do dicionário.

Oferecer diferentes textos que contemplem destes acessórios e solicitar que

em duplas destaquem os mesmos. (Observação: textos escolhidos pelo professor,

que podem ser encontrados em livros didáticos).

Utilizar um texto dissertativo (a critério do professor) para análise com toda a

turma, cada um receberá este texto e destacará os elementos estudados e

oralmente serão apontadas possibilidades de substituição por outros termos que não

modificarão o sentido do texto, apenas o enriquecerão. Cada um fará as anotações

que achar necessárias.

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Bloco 3: Pesquisa e reestruturação 5 aulas

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes

práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com finalidade de

inseri-los nas diversas esferas da interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o

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sujeito ficará a margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no

âmbito de uma sociedade letrada. Dessa forma, será possível a inserção de todos

os que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais,

religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em

que estiverem inseridos.

Portanto, para discutir o tratamento com a linguagem na escola, neste projeto,

tem-se como referência que a verdadeira substância da língua é constituída por um

sistema abstrato de formas linguísticas, nem pela enunciação monológica isolada,

nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da

intervenção verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A

interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua

(BAKHTIN/VOLOCHINOV, 2002, p. 123).

Ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que se

considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem

como o contexto de produção e do enunciado, uma vez que os seus significados são

sociais e historicamente construídos. A palavra tem seu significado na relação com o

outro, em seu contexto de produção:

Toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige a alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. [...] A palavra é território comum do locutor e o interlocutor (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 2002, p. 113).

É no processo de interação social que a palavra significa, o ato de fala é de

natureza social (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 2002, p. 109). Isso implica dizer que os

homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles ''penetram na corrente da

comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que

sua consciência desperta e começa a operar'', postula Bakhtin/ Volochinov (2002, p.

108).

As palavras estão carregadas de conteúdo ideológico, elas ''são tecidas a

partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as relações

sociais em todos os domínios'' (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 2002, p. 41).

Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa

aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles

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possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir

com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma

arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes

opiniões. A esse respeito Bakhtin/Volochinov (2002, p. 66) defendem:

[...] cada palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de sua expressão, como produto de relação viva das forças sociais.

Nas duas primeiras aulas reunir as duplas das aulas anteriores e efetuar uma

troca de textos produzidos nas aulas passadas. As duplas farão a leitura do texto

que os colegas produziram e na sequência irão até o laboratório de informática onde

farão uma pesquisa sobre o assunto que os colegas escreveram e anotarão

apontamentos interessantes que acham ser pertinentes ao assunto.

Nas duas próximas aulas ocorrerá a reestruturação dos textos que as duplas

receberam e um novo texto será elaborado, sendo que a ideia principal deverá ser

preservada e o que foi pesquisado será incluído no corpo do texto, conforme a

criatividade da dupla e a necessidade de melhoramento do mesmo.

Na 5ª aula os textos serão devolvidos aos autores iniciais e cada dupla

observará e comparará os dois textos, percebendo então a riqueza da reconstrução.

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Bloco 4: Produzindo textos nas disciplinas do Ensino Médio 5 aulas

É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo

interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua

produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme

propõe Geraldi (apud PARANÁ, 2008) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para

dizer; como dizer; interlocutores para quem dizer.

Nas duas primeiras aulas o professor distribuirá um papel dobrado para cada

aluno ao entrarem na sala. As duplas serão formadas pela cor de um papel colorido

que receberão ao entrar na sala de aula. Neste papel colorido haverá um

pensamento e as equipes se identificarão pela cor e pelo pensamento, e farão uma

interpretação oral da mensagem do pensamento.

Após esta formação de duplas, cada aluno abrirá o papel dobrado que

recebeu e procurará seu companheiro por disciplina do Ensino Médio totalizando

doze. Então doze equipes formarão os grupos e apontarão um assunto relevante na

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disciplina que poderá ser tema para a produção de um texto.

As duplas deverão abordar um conteúdo que já foi estudado para a produção

textual.

Na sequência farão uma pesquisa no laboratório de informática e nos livros

didáticos utilizados ou até mesmo na biblioteca e anotarão tudo que for relevante e

complementar.

Nas aulas seguintes farão a produção textual utilizando o conhecimento que

já adquiriram e também complementando com a pesquisa, e elaborarão o texto para

apresentação oral e socialização com os demais colegas.

Na 5ª aula será feita a leitura dos resultados da produção e a exposição dos

textos escritos pelos alunos, os quais serão expostos no mural da sala.

Bloco 5: Resultados da produção escrita 5 aulas

Se a escola cumprir seu papel de tornar o estudante capaz de ter e defender

as próprias opiniões, com certeza teremos uma sociedade mais justa e igualitária,

pois cada um lutará por seus objetivos sem se deixar ludibriar por favores e

merecimentos para garantir seus direitos.

A prática da leitura de textos que promovam o conhecimento dos fatos

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contemporâneos, que regem a história do momento, oportunizará o envolvimento do

cidadão com o mundo, ou seja, quem é conhecedor dos fatos saberá qual opinião

emitir ao ser solicitado, terá embasamento para expor seus pontos de vista de forma

coesa e coerente. É na prática dos textos dissertativos que a cidadania ou parte dela

estará sendo garantida, pois poderemos, por exemplo, estudar propostas de leis,

documentos, regras, textos de opinião, propagandas, programas de TV, filmes, entre

outros que estarão tratando da vida das pessoas e da comunidade em que vivemos.

O ensino da Língua Portuguesa deve valorizar o uso da língua em diferentes

situações ou contextos sociais, com sua diversidade de funções e sua variedade de

estilos e modos de pensar. É importante que o trabalho em sala de aula se organize

para que as oportunidades de manifestações orais e escritas ocorram diariamente,

assim oportunizando aos estudantes que opinem e escutem a opinião do outro,

organizem suas teses, defendam-nas com exemplos e propostas e apontem

soluções para os problemas apresentados.

A prática da leitura de textos atualizados que incentivem a reflexão, as

discussões, fará com que os estudantes possuam uma boa bagagem de

conhecimento para exporem situações do seu dia-a-dia, ora criticando-as, ora

defendendo-as.

Com o surgimento de uma sociedade mais crítica e em constante

transformação, o domínio e o uso da língua escrita trazem consequências sociais,

políticas, culturais, econômicas muito importantes para a convivência em sociedade.

Como são diversos os usos sociais da escrita, é importante dominá-la para

não ser dominado, pois nem todos têm acesso a ela e a escola possui o papel de

mediadora, talvez a única oportunidade de acesso ao domínio da escrita, que será a

ação do sujeito para agir ativamente na sociedade através do conhecimento. Muitos

estudantes têm o domínio da alfabetização, mas não completamente, não

conseguem interpretar o que leem, são analfabetos em relação ao letramento

completo. O domínio oral e escrito precisa estar em sintonia para que ocorra uma

boa produção escrita.

Na 1ª aula haverá sequência da apresentação dos resultados da produção da

aula anterior.

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Na 2ª aula a turma escolherá um assunto que poderá ser tema para a próxima

produção textual. Após o tema definido todos terão como tarefa de casa preparar-se

para um debate/seminário no dia das aulas do Bloco 6.

A professora pode levar algumas sugestões para facilitar ou anotar a sugestão

dos alunos na lousa e fazer votação. O assunto mais votado será o tema para o

seminário da próxima semana e que resultará numa produção textual.

Na 3ª e 4ª aula os alunos serão organizados em trios e receberão textos

produzidos por alunos do 9º ano do Ensino Fundamental para que sejam analisados

e comparados. Após essa análise apontarão quais as dificuldades que os alunos

tiveram ao escrever, que elementos poderiam ter sido utilizados e como poderia ter

ficado o texto se fosse melhorado, aprimorado.

Na 5ª aula o professor distribuirá na sala textos dissertativos prontos (a

critério do professor), bem elaborados, encontrados no livro didático, em gramáticas

atualizadas, ou ainda em sites de pesquisa para que sejam lidos e comentados.

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Bloco 6: Debatendo e produzindo 5 aulas

Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio

de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para

que ele se envolva nas práticas de uso da língua - sejam de leitura, oralidade e

escrita.

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a

prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística,

literária, publicitária, digital, etc.). Sob o exposto, defende-se que as práticas

discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem

verbal com outras linguagens (multiletramentos).

Ao considerar o conceito de letramento, também é necessário ampliar o

conceito de texto, o qual envolve não apenas a formalização do discurso verbal ou

não-verbal, mas o evento que abrange o antes, isto é, as condições de produção e

elaboração; e o depois, ou seja, a leitura ou a resposta ativa. Todo texto é, as

condições de produção e articulação de discursos, vozes que se materializam, ato

humano, é linguagem em uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por isso

mesmo, não é compreendido apenas em seus limites formais (BAKHTIN, 2002).

Para haver relações dialógicas, é preciso que qualquer material linguístico (ou

de qualquer outra materialidade semiótica) tenha entrado na esfera do discurso,

tenha sido transformado num enunciado, tenha fixado a posição de um sujeito

social. Só assim é possível responder (em sentido amplo e não apenas empírico do

termo), isto é, fazer réplicas ao dito, confrontar posições, dar acolhida fervorosa à

palavra do outro, confirmá-la ou rejeitá-la, buscar-lhe um sentido profundo, ampliá-la.

Em suma, estabelecer com a palavra de outrem relações de determinada espécie,

isto é, relações que geram significados responsivamente a partir do encontro de

posições avaliativas (FARACO, 2005, p. 64).

Nas duas primeiras aulas a turma formará um círculo e então terá início o

seminário, onde cada estudante apresentará o que pesquisou e os demais farão as

anotações que considerarem relevantes. Nesta oportunidade poderá também ocorrer

um debate entre os estudantes, apoiando, defendendo ou criticando os tópicos mais

interessantes que estiverem sendo apresentados.

Após a conclusão das apresentações, cada aluno fará a produção de um

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texto dissertativo argumentativo sobre o tema estudado e debatido, bem como a sua

reestruturação.

Na 5ª aula os textos produzidos serão lidos por todos em forma de circuito

fechado e expostos no mural da sala de aula.

Bloco 7: Avaliação final

2 aulas

Ao entrar na sala de aula cada aluno retirará de uma caixa surpresa uma

folha na qual estará definido um tema, o qual o estudante desenvolverá nas duas

aulas seguintes. Após a produção textual que terá valor de avaliação, cada aluno

fará uma auto avaliação escrita dizendo como o projeto contribuiu ou não na sua

prática escrita.

Após o encerramento da implementação do projeto o professor fará uma

análise para comparar a sondagem inicial e o texto final de avaliação, para

observação dos resultados do desenvolvimento da aprendizagem de cada

estudante, suas dificuldades e seus avanços durante a aplicação do projeto. Esta

análise poderá ser entregue individualmente a cada estudante em momento

posterior.

Depois cada participante deverá escrever uma mensagem que será entregue

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a um colega aleatoriamente, através de uma brincadeira, por exemplo: “Você deve

entregar a sua mensagem para a pessoa que você considera mais amiga na turma”.

Próximo: “Você deve entregar sua mensagem para a pessoa que você considera mais inteligente”.

Próximo: “Você deve entregar sua mensagem para a pessoa que você considera mais simpática”. Bonita Educada Trabalhadeira Engraçada Séria Estudiosa Determinada Amiga Humilde Vaidosa Observadora Ética Valorosa Incrível Pacienciosa Extrovertida Querida Confiável Corajosa Feliz

Após a conclusão das atividades de encerramento da implementação do

projeto, haverá uma confraternização da turma.

6. RESULTADOS ESPERADOS

Ao concluir a implementação do projeto, espero ter estudantes motivados que

utilizem a escrita como práticas do discurso, de forma competente e contemplando

as possibilidades de produção textual nas disciplinas do Ensino Médio.

7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

A Unidade Didática será desenvolvida utilizando as tecnologias disponíveis

como o laboratório de informática para as pesquisas, o multimídia para a

apresentação dos slides, textos, sites, revistas, livros didáticos, entre outros

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materiais necessários para a fundamentação dos conteúdos propostos.

Os trabalhos serão feitos em equipes, duplas e em outros momentos

individuais, sempre oportunizando a participação de todos.

Os resultados serão expostos em cartazes e murais, estes devidamente

autorizados pelos seus autores.

Além disso, haverá seminários para debates e exposição de textos

produzidos, atividades de pesquisa, leitura, análise e discussão de textos, atividade

de escrita e reescrita.

8. REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aulas de português: encontro e interação. IN: PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Paraná, 2008.

BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso. Por uma pedagogia da variação linguística. 3ª ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi. São Paulo: Hucitec, 2002.

BERNARDO, Gustavo. Redação inquieta. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2000.

FARACO, Carlos Alberto. Área de linguagem: algumas contribuições para a sua organização. São Paulo: Cortez, 2005.

GERALDI, João Wanderlei. Concepções de linguagem e ensino de Português. IN: PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Paraná, 2008.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MARCHUSCHI; Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6ª Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MEURER, José Luiz; ROTH Désirée Motta. Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru, SP: EDUSC, 2002.

NETO, João Cabral de Melo. Poesia crítica. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Paraná, 2008.

SOARES, Magda.