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O Direito dos Alunos à Participação em Contexto Escolar Student’s Right to Participation in the School Context Filomena Sobral Lídia Grave-Resendes Universidade Aberta, Portugal Resumo A presente comunicação tem por objectivo apresentar uma parte da investigação por nós desenvolvida sobre os Direitos dos Alunos em Contexto Escolar. O estudo desenvolvido numa Escola Secundária no Concelho de Odivelas, teve como finalidade primordial conhecer as percepções dos alunos sobre os seus direitos, incluindo o direito à participação no contexto escolar, procurando descortinar se os mesmos eram ou não respeitados. Para a concretização dos objectivos propostos, desenvolveu-se um estudo de caso, recorrendo a uma abordagem metodológica predominantemente quantitativa, com recurso a técnicas variadas, designadamente a do inquérito por questionário. A análise dos resultados obtidos permitiu-nos concluir que os alunos participam mais activamente a nível micro e que, em contrapartida, a sua participação a nível meso, é mais passiva. As competências de participação dos alunos não estão a ser devidamente estimuladas, sobretudo pelos responsáveis dos órgãos de administração da escola.

Os Direitos dos Alunos em Contexto Escolar: Uma

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Palavras­chave: Direitos do aluno; Gestão institucional participada; Inclusão; Participação activa. Ainda existe um caminho a percorrer pela comunidade educativa, no sentido de Para a concretização dos objectivos propostos, desenvolveu­se um estudo de caso, Escola Secundária no Concelho de Odivelas, teve como finalidade primordial conhecer as recorrendo a uma abordagem metodológica predominantemente quantitativa, com recurso a

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O Direito dos Alunos à Participação em Contexto Escolar

Student’s Right to Participation in the School Context

Filomena Sobral

Lídia Grave-Resendes

Universidade Aberta, Portugal

Resumo

A presente comunicação tem por objectivo apresentar uma parte da investigação por nós

desenvolvida sobre os Direitos dos Alunos em Contexto Escolar. O estudo desenvolvido numa

Escola Secundária no Concelho de Odivelas, teve como finalidade primordial conhecer as

percepções dos alunos sobre os seus direitos, incluindo o direito à participação no contexto

escolar, procurando descortinar se os mesmos eram ou não respeitados.

Para a concretização dos objectivos propostos, desenvolveu-se um estudo de caso,

recorrendo a uma abordagem metodológica predominantemente quantitativa, com recurso a

técnicas variadas, designadamente a do inquérito por questionário.

A análise dos resultados obtidos permitiu-nos concluir que os alunos participam mais

activamente a nível micro e que, em contrapartida, a sua participação a nível meso, é mais

passiva.

As competências de participação dos alunos não estão a ser devidamente estimuladas,

sobretudo pelos responsáveis dos órgãos de administração da escola.

Ainda existe um caminho a percorrer pela comunidade educativa, no sentido de

considerarem os alunos como sujeitos de direitos, reconhecendo-lhes o direito de participarem

activamente, num clima democrático, favorecendo o seu desenvolvimento integral e a plena

igualdade de oportunidades a todos os alunos, contribuindo, assim, para a preservação das

sociedades democráticas.

Palavras-chave: Direitos do aluno; Gestão institucional participada; Inclusão; Participação activa.

Abstract

Our communication has as a main objective the presentation of the research we developed

on the Rights of Students in the School Context. The study was performed at the Escola

Secundária (Odivelas High School) in the town of Odivelas. Its main goal was to know the

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students` perceptions about their rights, including the right to participate in school and to try to

discover if those rights were being respected.

For the materialization of these objectives, we developed a case study, using mainly a

quantitative approach, namely inquiry by questionnaire.

The analysis of the results, allows us to conclude, that students participate more actively at a

micro level, but are quite passive at a mezzo level.

The competencies for student participation are not properly encouraged, especially by

school management.

The school community still has a long way to go, in considering the students as subjects

with rights, recognizing their right to participate actively in a democratic environment,

encouraging their full development and equality of opportunities to all students, thus

contributing to the preservation of democratic societies.

Key words: Students`s rights; School management; Participation; Inclusion; Active

participation.

Introdução

No mundo globalizado e complexo em que vivemos, a preservação das sociedades

democráticas requer a existência de cidadãos modernos, distintos do modelo

característico das sociedades autoritárias.

O desenvolvimento das competências de participação é um dos factores

fundamentais para a formação desses modernos cidadãos, assumindo a escola um papel

primordial no desenvolvimento das competências necessárias para a participação activa

dos jovens na sociedade, proporcionando-lhes oportunidades para poderem participar na

comunidade onde se encontram inseridos.

A Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989 constitui um marco histórico na

consideração das crianças como sujeitos de direitos. Para a mudança do seu estatuto é

de fundamental importância a consagração na Convenção, no artigo 12º, do princípio do

respeito pelas opiniões da criança, que implica não só o direito destas expressarem

livremente as suas opiniões em todos os assuntos que lhes digam respeito, bem como o

direito dessas opiniões serem tomadas em consideração nas decisões que são tomadas.

A família, a escola, os media, as organizações não governamentais e as instituições

políticas devem criar oportunidades para que as crianças e os jovens desenvolvam as

suas competências de participação.

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A escola assume um relevante papel na aquisição pelas crianças e pelos jovens das

competências necessárias para a realização dos seus direitos de participação, através da

adopção de métodos de ensino-aprendizagem interactivos, currículos adequados aos

interesses dos alunos, do desenvolvimento de atitudes e comportamentos democráticos,

para o que assume especial relevância, o estabelecimento de um ambiente democrático

dentro da escola, onde valores como a justiça social e a responsabilidade para com a

sociedade sejam constantemente estimulados. A organização das escolas e as suas

estruturas decisórias também devem ter em conta a opinião dos alunos, estimulando a

sua participação activa nessas estruturas desejavelmente democráticas.

O direito de todas as crianças e jovens serem ouvidos em todos os assuntos que lhes

digam respeito, deve abranger todas as acções e decisões que afectem a sua vida, seja no

seio da família, da escola, da comunidade local e a nível da política local e nacional.

Abrange não só as decisões que digam respeito às crianças e jovens considerados

individualmente, como também as decisões a nível da política governamental e

legislativa, que tenham impacto na sua vida.

Para além das vantagens a nível individual, a educação das crianças e jovens para a

participação vai permitir o reforço das sociedades democráticas, permitindo a formação

de cidadãos modernos, aptos a intervir activamente na sociedade, distintos do modelo

característico das sociedades autoritárias.

Considerando ser de primordial importância conhecer as percepções dos jovens

sobre os seus direitos e, de um modo específico, sobre o respeito pelo seu direito de

participação no contexto escolar, desenvolvemos um estudo numa escola secundária do

concelho de Odivelas, recorrendo a uma abordagem metodológica predominantemente

quantitativa, com recurso a diversas técnicas, nomeadamente a do inquérito por

questionário.

Os resultados obtidos, que a presente comunicação pretende dar a conhecer,

permitiu-nos concluir que ainda existe um caminho a percorrer pela comunidade

educativa no sentido de se desenvolverem as competências de participação dos alunos,

essenciais para o desenvolvimento das sociedades democráticas.

1. Respeito pelas Opiniões da Criança

O princípio geral constante da Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, do

respeito pelas opiniões da criança (direito de participação) é considerado de

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fundamental importância na implementação da Convenção e para a interpretação de

todos os outros artigos.

Este princípio implica que:

Toda a criança capaz de formar uma opinião, tem o direito de a expressar

livremente, em todos os assuntos que a afectem.

As opiniões das crianças devem ser tidas em consideração, atendendo à sua

idade e maturidade.

A aplicação do princípio do respeito pelas opiniões da criança, implica uma

mudança no estatuto da criança e da natureza da relação entre os adultos e as crianças,

conforme salienta Lansdown (2001,b):

Il demande que nous commencions à écouter ce que disent les enfants et à les prendre au sérieux. Il demande que nous reconnaissions la valeur de leur expérience, de leurs opinions et de leurs soucis spécifiques. Il demande également que nous interrogions sur la nature des responsabilités des adultes à l’égard des enfants. (p. 1)

Segundo aquela autora, para se interpretar correctamente o princípio contido na

Convenção sobre os Direitos das Crianças, há que atender não só às situações que o

legislador pretendeu abranger, como também às situações que o legislador não

pretendeu enquadrar no referido princípio. Assim, o princípio não confere às crianças o

direito de autonomia. Também, não confere às crianças o direito de controlarem todas

as decisões, sem terem em conta as implicações, quer para elas próprias, quer para as

outras pessoas. Também, não dá às crianças o direito de desprezarem os direitos dos

pais. De qualquer modo, tal direito atribui um estatuto às crianças, totalmente oposto ao

que tinham anteriormente, no qual, não eram ouvidas nos assuntos que lhes diziam

respeito (Lansdown, 2001b).

Por outro lado, a Convenção não estabelece um limite mínimo de idade para que as

crianças possam exercer o seu direito de participação. Assim, todas as crianças têm o

direito de exprimirem a sua opinião em todos os assuntos que lhes digam respeito (cfr.

Hodgkin e Newell, 1998, p. 149). Em relação às crianças muito novas e às crianças

deficientes, que podem ter dificuldade em exprimirem as suas opiniões através do

discurso oral, podem ser encorajadas a fazê-lo através do desenho, da poesia, dos jogos,

da escrita, dos computadores ou através de signos (cfr. Lansdown, 2001b, p. 2). Na

verdade, para Lansdown (2005, p. 20), o princípio tal como está consignado na

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Convenção, não limita a expressão das opiniões à linguagem verbal, podendo ser

utilizada qualquer forma de comunicação, mesmo a não verbal.

Para se respeitar as opiniões das crianças, é necessário assegurar que elas sejam

capazes de exprimirem as suas opiniões livremente. Deste modo, os Estados devem

assegurar, sem quaisquer limites e condicionalismos, essa liberdade às crianças. A este

propósito, Hodgkin e Newell (1998) salientam que “ this emphasizes that there is no

área of traditional parental or adult authority – the home or school for example – in

which children views have no place “ (p. 149). Qualquer limitação de idade imposta

pelos Estados ao direito das crianças serem ouvidas nos assuntos que lhes digam

respeito, não tem suporte legal na Convenção, mesmo que os Estados aleguem estar a

agir de acordo com o princípio do interesse superior da criança, para deixarem de

cumprir as obrigações a que estão obrigados pela Convenção.

Para permitir que as crianças expressem livremente as suas opiniões, a Convenção

impõe aos adultos a obrigação de habilitarem as crianças a exprimirem as suas opiniões

em todos os assuntos que lhes digam respeito e encorajá-las para que o façam. No

entanto, as crianças não devem ser obrigadas a exprimirem as suas opiniões se não o

desejarem (cfr. Lansdown, 2005, p. 20; Hodgkin e Newell, 1998, p. 149). Segundo

Hodgkin e Newell (1998) “ ‘Freely’ implies without either coercion or constraint” ( p.

149).

O mesmo entendimento de que as crianças não devem ser forçadas a exprimir as

suas opiniões e a tomar decisões contra a sua vontade, é partilhado por Lansdown

(2005) “Respecto al deseo de asumir responsabilidades por cuenta propia, cabe

destacar que no se debe obligar a los niños a tomar, contra su voluntad, decisiones

para las cuales no se sientan preparados o que, simplemente, no quieran tomar” (p.

20).

Para se poder habilitar as crianças a exprimirem as suas opiniões é necessário,

segundo Holden e Clough (2005, p. 14), ajudá-las a adquirir as competências

necessárias para participarem activamente e a proporcionar-lhes oportunidades para

participarem na comunidade como cidadãos activos.

Para Verheyde (2006), os pais e a comunidade têm um papel a desempenhar no

desenvolvimento, nas crianças, das competências necessárias à realização dos direitos

de participação. No entender do autor:

They should create the opportunities for children to participate; they should give appropriate direction,

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guidance or advice to the child so that it increasingly assumes responsibilities, becomes active, tolerant and democratic, without being manipulative. In this way an appropriate climate for participation at school can be created. (p. 59)

Segundo Holden e Clough (2005, p. 14), para adquirirem tais competências, é

fundamental as crianças interiorizarem um conjunto de valores, nos quais baseiem as

suas decisões e expressem as suas opiniões. Os autores aconselham que sejam

ensinados às crianças os valores subjacentes aos princípios constantes da Declaração

Universal dos Direitos do Homem, o que inclui a aprendizagem da justiça social e da

responsabilidade

Desenvolvendo a participação das crianças com base nos valores, preenche-se as

necessidades das crianças de se sentirem envolvidas, informadas e preparadas para

tomarem responsabilidades na sociedade.

A ONU, no Manual on Human Rights Reporting, 1997, sublinha o direito das

crianças a serem ouvidas em todos os assuntos que lhes digam respeito “ It should apply

in all questions, even those that might not be specifically covered by the Convention,

whenever those same questions have a particular interest for the child or may affect his

or her life.” (p. 428). Assim, aquele direito deve ser entendido de forma a abranger todas

as acções e decisões que afectem a vida das crianças, seja no seio da família, da escola,

da comunidade local e ao nível da política nacional. Engloba, deste modo, não só as

decisões que digam respeito às crianças consideradas individualmente, como também as

decisões a nível da política governamental e legislativa, que tenham impacto na vida de

todas as crianças. (cfr. Lansdown, 2005, p. 20). No Manual on Human Rights Reporting,

1997, a ONU salienta que

The intention is therefore to ensure that the views of the child are a relevant factor in all decisions affecting him or her and to stress that no implementation system may be carried out and be effective without the intervention of children in the decisions affecting their lives” (p. 428).

Por outro lado, o princípio implica que as opiniões das crianças devem ser levadas

seriamente em consideração, nas decisões que são tomadas e que lhes digam respeito.

Para Lansdown (2005) “...cela ne veut pas dire que l’on doive acquiescer à tout ce que

dit l’enfant, mais simplesment quón accorde à son opinion une juste considération” (p.

20)

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O peso que deve ser dado à opinião das crianças, num determinado assunto, deve ter

em conta, segundo Hodgkin e Newell (1998, p. 150), o duplo critério da idade e da

maturidade. Para aqueles autores “ age on its own is not the criterion; the Convention on

the Rights of the Child rejects specific age barriers to the significant participation of

children in decision-making” (p. 150).

Para Lansdown (2005, p. 40), a Convenção não estabelece uma idade a partir da qual

as crianças podem exercer os seus direitos. Aliás, a Convenção exige que se reconheçam

e se respeitem as faculdades individuais de cada criança em relação a cada um dos seus

direitos. Para a autora, o princípio constante do art. 5º da Convenção sobre os Direitos

da Criança constitui um desafio para aqueles que defendem que as crianças só adquirem

a competência necessária para exercerem os seus direitos, quando atingem os dezoito

anos de idade. Segundo Lansdown (2005):

Existe una consiguiente obligación, que incumbe a los padres y, en medida correspondiente, al Estado, de permitir que los niños asumam gradualmente la responsabilidad de las decisiones que desean tomar, por su competência, están en condiciones de hacerlo. (p. 40)

As capacidades, faculdades ou competências abarcam um conjunto de qualidades

(morais, sociais, cognitivas, físicas e emocionais), cujo desenvolvimento não se processa

de um modo igual e rígido. Na verdade, o processo de desenvolvimento das capacidades

não ocorre de um modo uniforme e de acordo com etapas rígidas, dependendo de

inúmeros factores como o contexto social, o tipo de decisões, a experiência da criança e

o apoio dado pelos adultos, que influenciam a capacidade das crianças de

compreenderem os assuntos que lhes dizem respeito.

Assim, o peso que deve ser dado à opinião das crianças deve ter em conta o seu nível

de compreensão relativamente aos assuntos que estejam em causa. Para Lansdown

(2005), isto não implica automaticamente que deva ser dado menos importância às

opiniões das crianças muito novas. Na verdade, a autora afirma que existem muitos

assuntos para os quais, as crianças muito pequenas têm capacidade para compreenderem

e darem opiniões muito sensatas. Para a autora:

...cuando se trata de determinar cuánto peso se há de conceder a las opiniones del niño, es necesario aplicar un umbral de competencias más elevado. En este sentido, el artículo 12 estabelece explícitamente que cuanto mayores son la edad y la capacidad del niño, tanto más atentamente deben ser consideradas sus opiniones. (p. 20).

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Lansdown (2005, p. 20) identifica quatro níveis de participação no processo de

decisão:

ser informado;

expressar uma opinião informada;

conseguir que a opinião seja tomada em consideração;

ser o principal responsável ou corresponsável na tomada de decisões.

Segundo a autora, o princípio do respeito pelas opiniões da criança constante da

Convenção sobre os Direitos da Criança, prevê que todas as crianças capazes de

expressarem as suas opiniões, têm direito de participar nos três primeiros níveis. Mais, a

autora refere que embora, explicitamente, a Convenção não tenha disposições que

contenham o direito à informação, entende que esse direito está implícito na obrigação

que recai sobre os adultos, de garantirem o direito às crianças de se expressarem

livremente. No entanto, o direito de participação na tomada de decisões em todos os

assuntos que lhes dizem respeito, previsto na Convenção, não abrange o quarto nível

referido por Lansdown, entendendo a autora que os adultos são sempre os responsáveis

pela tomada de decisões, que pressupõem sempre a informação e a influência das

opiniões das crianças (cfr. Lansdown, 2005, p. 20).

Na opinião de Lansdown (2005, p. 20), os adultos responsáveis pelas crianças,

devem orientá-las para que elas possam exercer os seus direitos, de acordo com a

evolução das suas faculdades. À medida que as crianças vão desenvolvendo as suas

competências e, consequentemente, a vontade de assumirem a responsabilidade pelas

decisões, os adultos devem transferir a responsabilidade para as crianças tomarem as

decisões.

Os diversos estudos que têm sido desenvolvidos neste âmbito, demonstram, contudo,

que as capacidades das crianças têm sido subestimadas. Para Eriksson (2001) “ They can

make choices, express opinions and understand relevant information an early age” (p.

221). Segundo a autora, a aprendizagem dos princípios e das práticas democráticas deve

iniciar-se antes das crianças entrarem para a escola, nomeadamente, nas creches e nos

jardins de infância. A partir dos três a quatro anos de idade, podem ensinar-se às

crianças os princípios da participação democrática. Pode ensinar-se as crianças a

assumirem responsabilidades dentro dos grupos formais ou informais a que pertencem.

Contudo, estas competências desaparecem, muitas vezes, quando as crianças atingem os

dez anos de idade. Segundo aquela autora, tal deve-se ao facto dos educadores de

infância terem aprendido a trabalharem mais no desenvolvimento das competência das

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crianças, enquanto os professores das escolas secundárias aprenderam mais sobre os

conhecimentos que têm de transmitir às crianças e sobre os métodos de ensino-

aprendizagem. Para Eriksson (2001, p. 221), a formação dos professores tem que ser

alterada, em termos de garantirem uma continuidade no desenvolvimento das

competências de participação das crianças.

De acordo com Fredriksson (2001, p. 68), as escolas devem assumir a obrigação de

se organizarem, de modo a darem oportunidades aos alunos para que possam exprimir as

suas opiniões. Contudo, é necessário treinar a capacidade dos alunos para poderem

exprimir as suas opiniões. Para aquele autor “ ...schools have an important task to teach

children how to express an opinion, both orally and in writing, and how to participate in

a discussion” (p. 68).

É, assim, importante, não só que as crianças aprendam a ler e a escrever, mas

também que aprendam a analisar a informação de uma forma crítica. As crianças não

devem ser forçadas a pensar e a acreditar somente de uma certa forma, devendo

promover-se o desenvolvimento do seu espiríto crítico. Para Fredriksson (2001) “

Important objectives for education therefore are to develop the skills necessary to

compile and work with information, to make judgements and to express opinions” (p.

68).

As opiniões, as crenças e as convicções dos alunos devem ser respeitadas. No

entanto, isto não significa que os professores devam aceitar sempre, as crenças e as

convicções das crianças. Os professores podem discutir e argumentar com os alunos,

mas de modo a respeitar o direito da criança a ter as suas próprias crenças e convicções.

Por outro lado, também deve ser dado o direito às crianças de formarem as suas

próprias associações de estudantes. Para Fredriksson (2001, p. 68), este direito não

depende da idade das crianças, embora considere que as diferenças de idade devem ser

tidas em consideração.

Segundo Flekkoy (2001), o direito de associação das crianças nas escolas é

importante, pois no seu entender “ They can learn the rules for democratic decision-

making or debate, as well as get information about the views and values of the group.

On the other hand some groupings will conflict with values of the society” (p. 175).

Os países com regimes autoritários, não estão interessados em implementar o direito

de participação e de associação das crianças, pois se estas forem encorajadas a

expressarem livremente as suas opiniões, podem futuramente alterar o clima político

(cfr. Fredriksson, 2001, p. 69).

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Uma vez analisados os aspectos fundamentais do princípio do respeito pelas

opiniões da criança, vamos de seguida, abordar a questão da importância da educação

das crianças para a participação.

2. A Importância da Educação para a Participação

A educação das crianças para a participação afigura-se fundamental por diversas

razões.

Holden e Clough (2005, p. 15), referindo-se a Hicks e Holden, sublinham que as

investigações que têm sido realizadas, demonstram que as crianças estão preocupadas

com a degradação do meio ambiente, com o crescimento da criminalidade, com a

violência e com a desigualdade social, tanto a nível local, como a nível global. Para

além disso, desejam ter um papel activo na melhoria das condições sociais e ambientais.

Para tal, Holden e Clough (2005) entendem que “facilitating values-based participation

answers the needs of children to feel involved, informed and prepared for taking

responsabilities. It is thus of benefit to the child” (p. 15).

Na opinião de Rudduck, citado por aqueles autores, não ter em consideração a

opinião das crianças é característico de uma atitude tradicional e ultrapassada de que as

crianças não teriam capacidade de reflectir sobre os assuntos que lhes dizem respeito.

Para além disso o mesmo autor considera que existe uma desadequação entre o

curriculum e o ambiente da escola e a maturidade que as crianças têm hoje em dia (cfr.

Holden e Clough, 2005, p. 15).

Nesse sentido, Griffith, referido por Holden e Clough (2005), alerta para o perigo

dos conteúdos curriculares não estarem adequados aos interesses dos alunos (cfr.

Holden e Clough, 2005, p. 15).

Outro argumento referido por Holden e Clough (2005), a favor da educação das

crianças para a participação, é o benefício que daí decorre para a sociedade. Na verdade,

essa educação vai permitir o reforço do poder das sociedades democráticas, uma vez

que vai permitir a formação de cidadãos que possam intervir activamente na sociedade.

Beck, referido por Holden e Clough (2005, pp-15-16), salienta a necessidade e a

importância de existirem cidadãos competentes, capazes de avaliarem criticamente os

progressos científicos e tecnológicos, considerando não só os riscos como os benefícios

envolvidos. Também Griffith relembra a importância da dimensão moral que está

incluída nessa competência, uma vez que, no seu ponto de vista, envolve a

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responsabilidade, que é manifestada numa preocupação moral pela justiça social (cfr.

Holden e Clough, 2005, p. 16). Assim, para Holden e Clough ( 2005) “ A curriculum

which develops the skills of critical reflection and assists values-based participation can

begin to meet the identified needs of both children and society” (p. 16).

Considerando a importância da educação das crianças para a participação, vamos de

seguida, analisar a escola como veículo de implementação dos direitos de participação.

3. A Escola e os Direitos de Participação

O Comité dos Direitos da Criança reconhece que, para implementar o princípio do

respeito das opiniões das crianças é necessário mudar atitudes e práticas, no seio da

família, da escola e da comunidade.

Nesse sentido, o Comité dos Direitos da Criança apontou diversas estratégias para

implementar o princípio do respeito dos direitos da criança, incluindo a educação,

programas de informação e formação contínua de todas as pessoas que lidam com as

crianças (cfr. Hodgkin e Newell, 1998, p. 153).

As escolas devem desenvolver um ambiente democrático, propício ao

desenvolvimento nos alunos, das competências necessárias para o exercício do direito

de participação.

Também para Hammarberg (1977) “ L’école est naturellement un lieu important

pour l’éxercice de ce droit” (p. 24).

Com base em investigações desenvolvidas e pela sua própria experiência adquirida

como director de escolas na Grã-Bretanha, Trafford (2006) identificou os seguintes

benefícios da participação dos alunos no contexto escolar:

Melhoria no comportamento;

Aumento da assiduidade;

Redução do bullying;

Melhoria da adesão às regras;

Reforço do respeito nas relações entre professores/alunos e entre alunos/alunos;

Fortalecimento do sentimento de pertença à escola entre alunos, docentes e

funcionários;

Aumento do sucesso educativo;

Para efectivar o direito de participação das crianças, é necessário educá-las nesse

sentido, o que envolve o desenvolvimento de competências sociais, comunicacionais e

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do espírito crítico, bem como proporcionar oportunidades para que as crianças possam

praticar e desenvolver essas competências.

Para este efeito, torna-se necessário que as escolas reconsiderem as suas práticas em

relação à participação dos alunos e que os professores se envolvam na reavaliação do

seu papel.

Referindo-se ao papel dos professores, Holden e Clough (2005) salientam que “

There are implications for teachers in terms of the values they hold, the freedom and

autonomy they give their pupils, and the choices they make within the curriculum” (p.

16).

Para Lansdown (1998), as escolas e os governos, ao ignorarem as opiniões dos

alunos, estão a violar o direito de participação previsto na Convenção sobre os Direitos

da Criança.

Refere ainda a autora que os alunos podem contribuir, com as suas opiniões, com a

sua experiência e com a sua criatividade, para a elaboração dos programas escolares. De

facto, os programas escolares, ao serem elaborados pelos governos, não deixam margem

para a introdução de novas ideias que os alunos expressam nas aulas, nem para

introduzir temas sobre os quais eles gostariam de obter respostas.

Atendendo ao descontentamento e desinteresse pela escola, manifestado pelos

alunos em todo o mundo, e ao aumento das taxas de abandono escolar, os governos

deviam procurar a colaboração dos alunos na elaboração dos programas escolares.

Salienta, ainda, aquela autora, que os alunos deviam participar nos debates sobre os

efeitos das políticas educativas dos governos e nas estratégias a adoptar para a obtenção

de uma maior eficácia na escolarização dos alunos. E salienta a existência, em certos

países europeus, de redes regionais de estudantes que têm um papel importante no

contributo que dão ao governo, sobre as questões educativas, ao transmitir-lhes o ponto

de vista dos alunos sobre diversas questões. Também nas escolas existem estruturas

democráticas onde os alunos podem discutir os seus pontos de vista.

A mesma autora realça o exemplo da Áustria, onde se tem dado grande importância

à contribuição das crianças, criando legislação que atribui aos alunos, o direito de

participarem activamente no funcionamento das escolas. Os alunos têm direito a

participar na organização das aulas, na selecção dos materiais didácticos, na redacção de

revistas escolares, nas visitas a instituições públicas e na escolha das personalidades

convidadas a efectuarem conferências na escola. Também, criaram a Assembleia de

Representantes de Alunos, onde participam os representantes de cada turma, para

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discutir as diversas questões que são de interesse para os alunos. Também os alunos

elegem os membros dos órgãos de gestão das escolas. Os alunos intervêm nas reuniões

em que se decide a aplicação de sanções disciplinares aos alunos, tais como a expulsão e

transferência de escola. No final do ano escolar, os representantes das escolas de cada

região elegem uma Representação Provincial de Alunos para o ano escolar seguinte.

Esta organização representa os interesses dos alunos de cada região, perante as

autoridades escolares, a inspecção e o parlamento. Dão, assim, um importante

contributo, dando pareceres sobre questões muito importantes em matéria de educação e

ensino, formulando recomendações sobre anteprojectos de lei, apresentando pedidos,

formulando queixas e contribuindo para a planificação e organização das actividades

educativas.

Por outro lado, também, refere aquela autora que “ La organización de las escuelas

y las estructuras que en ellas se ocupan de tomar decisiones por lo general son

jerárquicas, formales y poco democráticas” (p. 62).

Constata-se, assim, que a forma de organização das escolas leva, na maioria dos

casos, a que os alunos não sejam ouvidos, não se tendo em conta as suas opiniões nas

decisões que são tomadas. Ora, a Convenção sobre os Direitos da Criança obriga os

governos a adoptar legislação que preveja a adopção de estruturas democráticas dentro

das escolas, criando oportunidades para que os alunos possam manifestar as suas

opiniões e intervenham nas decisões que são tomadas. Acresce que “ es necesario que

existan estructuras democráticas tales como hors de debate, consejos escolares y

mecanismos de representación en los organismos administrativos, de manera que se

asegure la participación activa de los niños” (p. 62).

Lansdown realça também que, no entanto, deve assegurar-se que essas estruturas,

em que os alunos participam, tenham um poder real de intervenção, pois a maior parte

das vezes, são inúteis e não têm um poder efectivo, pois não exercem qualquer

influência nas decisões que são tomadas no seio da escola.

Os alunos, também, deviam participar na elaboração das normas de funcionamento e

disciplina da escola. Salienta Lansdown (1998) que é necessário estabelecer um

ambiente democrático dentro da escola, onde os alunos sintam que se respeita o valor da

justiça. Assim, para a autora, as regras devem aplicar-se de igual modo para todos,

sejam para adultos ou para as crianças e os comportamentos que sejam proibidos às

crianças, não devem ser permitidos aos adultos. Só assim, se pode criar um ambiente

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democrático dentro da escola. Por outro lado, na aplicação de sanções disciplinares,

deve ser dada sempre a possibilidade de o aluno ser ouvido.

No que respeita aos métodos de ensino-aprendizagem utilizados pelos professores, a

autora refere que, tradicionalmente, o ensino é um processo unidirecional e não

interactivo, sendo um condicionalismo, pois os alunos são dissuadidos de fazer

perguntas e de manifestarem a sua curiosidade.

Nesta perspectiva a autora propõe que:

…hace falta que se consulte a los niños, invitándolos a tomar parte en la exploración de métodos didácticos eficaces, sino que además debería hacerse un esfuerzo por crear en la clase una atmósfera en la cual se aliente a los niños a ser curiosos, a discutir, a desafiar, a ser creativos, a buscar y descubrir, a ser escuchados y respetados. (p. 65)

Torna-se, assim, necessário os governos e os agentes educativos empenharem-se no

desenvolvimento de um modelo educativo mais participativo, contribuindo para o

desenvolvimento de escolas mais eficazes, centradas nas crianças, respeitando o espírito

da Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989.

4. Conclusões gerais do estudo

Na investigação por nós desenvolvida numa escola secundária do concelho de

Odivelas, concluiu-se que os professores desta escola adoptam métodos de ensino-

aprendizagem interactivos, o que se verifica, principalmente, nas disciplinas da área das

Ciências Humanas.

Também no que se refere aos níveis de participação nos processos de decisão,

concluiu-se que o direito dos alunos à informação se circunscreve à informação que lhes

é transmitida relativamente a determinados aspectos como o plano do seu curso, o

programa e os objectivos de cada disciplina, os processos e critérios de avaliação, as

normas de utilização e de segurança dos materiais e equipamentos na escola e o

funcionamento de algumas instalações, como o Centro de Recursos e os laboratórios.

Contudo, não é assegurado aos alunos o direito de lhes ser prestada toda a

informação necessária, para poderem expressar as suas opiniões sobre os assuntos que

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são discutidos nas reuniões da Assembleia de Escola, do Conselho Pedagógico e da

Assembleia de Ano.

Relativamente ao direito dos alunos a expressarem uma opinião informada, o mesmo

não é concretizado, designadamente no que diz respeito à orientação educativa da

escola, expressa no Projecto Educativo. O mesmo acontece no que diz respeito ao

direito de voto que os representantes dos alunos têm nas eleições para o Conselho

Executivo, em que a maioria dos seus representantes revelou não votar, por considerar

não ser devidamente informado.

Contudo, o direito dos alunos a expressarem as suas opiniões é concretizado, através

das críticas que os mesmos costumam fazer ao funcionamento da escola, bem como

através das sugestões alternativas que costumam apresentar, embora neste caso, já não

de uma maneira tão expressiva. Também os alunos são ouvidos em todos os assuntos

que os afectam e lhes dizem respeito, pelo director de turma e pelos professores, o

mesmo já não se verificando com o Conselho Executivo.

Concluiu-se, também, que o direito dos alunos a conseguirem que as suas opiniões

sejam tomadas em consideração, não é respeitado pelos orgãos de administração e

gestão, relativamente às sugestões alternativas que costumam apresentar ao

funcionamento da escola, o mesmo ocorrendo com as opiniões dos alunos expressas nas

reuniões da Assembleia de Escola e da Assembleia de Ano.

Já quanto ao direito de serem corresponsáveis na tomada de decisões, isso só

acontece nas reuniões dos Conselhos de Turma, em que os representantes dos alunos

participam activamente, não ocorrendo o mesmo noutros órgãos de decisão importantes,

como nas reuniões da Assembleia de Escola, do Conselho Pedagógico e da Assembleia

de Ano.

Finalmente, concluiu-se que o direito de participação dos alunos é assegurado a

nível micro, na sala de aula e no Conselho de Turma, assim como nos assuntos que

dizem respeito ao aluno, a título individual e a nível de grupo-turma. Já quanto à

participação dos alunos a nível meso, a mesma é restrita ao direito à informação e à

expressão de opiniões relativa às regras de funcionamento da escola, mas já não a nível

de organização educativa, sendo que essas opiniões não são tidas em consideração pelos

orgãos de administração e gestão. Também a corresponsabilização pela tomada de

decisões só ocorre a nível de Conselho de Turma e não a nível dos orgãos de

administração e gestão da escola, não sendo facultadas as informações necessárias para

os alunos expressarem as suas opiniões de uma forma esclarecida.

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Em suma, as competências de participação dos alunos, essenciais para tornar os

jovens mais capazes e autónomos, não estão a ser devidamente estimuladas, sobretudo

pelos responsáveis dos orgãos de administração e gestão da escola, o que não contribui

para o desenvolvimento da sua personalidade.

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Notas sobre as Autoras

(1) Licenciada em Direito, pela Universidade Católica Portuguesa e Mestre em

Administração e Gestão Educacional, pela Universidade Aberta, com a dissertação sob

o tema “ Os Direitos do Aluno em Contexto Escolar. Um estudo numa escola

secundária no concelho de Odivelas”, defendida em 2007. Presentemente é doutoranda

em Ciências da Educação, na Especialidade de Gestão Educacional, com a tese sob o

tema “ Direitos do Aluno em Contexto Escolar. Um Estudo Comparado Entre o Ensino

Público e Privado no Concelho de Lisboa”, sob a orientação da Professora Doutora

Lídia da Conceição Grave-Resendes. ([email protected])

(2) Doutorada em 1989, pela Universidade de Boston em Educação. É Professora

Associada na Universidade Aberta e Coordenadora do Mestrado em Administração e

Gestão Educacional onde lecciona as disciplinas de Problemáticas Educativas

Contemporâneas, Gestão Escolar e Liderança e Inovação Pedagógica. Na mesma

universidade lecciona no Mestrado em Relações Interculturais a disciplina de Educação

para a Diversidade. ([email protected])

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