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PROJETO INCENTIVA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA MULHERES JORNAL - LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO - EDIÇÃO ESPORTIVA ANO 11 DEZEMBRO DE 2014 Acima dos 40 anos, elas realizam atividades semanalmente para garantir bom funcionamento do organismo página 4 OPINIÃO Briga entre Portuguesa e Fluminense evidencia impunidade desportiva página 2 ESPORTE NA TELINHA DA TV Servindo como espaço laboratorial para alunos do curso de Jornalismo, TV Viçosa leva programa Na Área da rádio para a televisão página 8 Jésus Dias Ellen Ramos CORRIDA ATRAI COMPETIDORES PROFISSIONAIS E AMADORES Um dos esportes mais praticado no campus inspirou criação do campeonato de fundo e meio fundo, competição das mais antigas da Universidade página 8 Equipe “Na Área” Adilson Osés Criado pela Divisão de Esporte e Lazer, o local é aproveitado pelos estudantes nos horários de folga página 5 Projeto da UFV atrai graduandos a fim de atividade complementar que além de fazer bem à saúde, diverte os participantes página 5 Luana Mota ÁREA NO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA É UTILIZADA PARA ATIVIDADES ESPORTIVAS POR UMA ROTINA DESCONTRAÍDA

OutrOlhar Esportivo - Dezembro 2014

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Jornal produzido pela turma 2014/2 de Jornalismo Esportivo, do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa (UFV)

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Page 1: OutrOlhar Esportivo - Dezembro 2014

PROJETO INCENTIVA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA MULHERES

JORNAL - LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO - EDIÇÃO ESPORTIVA ● ANO 11 ● DEZEMBRO DE 2014

Acima dos 40 anos, elas realizam atividades semanalmente para garantir bom funcionamento do organismo página 4

OPINIÃO Briga entre Portuguesa e Fluminense evidencia impunidade desportiva página 2

ESPORTE NA TELINHA DA TVServindo como espaço laboratorial para alunos do curso de Jornalismo, TV Viçosa leva programa Na Área da rádio para a televisão página 8

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Criado pela Divisão de Esporte e Lazer, o local é aproveitado pelos estudantes nos horários de folga página 5

Projeto da UFV atrai graduandos a fim de atividade complementar que além de fazer bem à saúde, diverte os participantes página 5

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ÁREA NO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA É UTILIZADA PARA ATIVIDADES ESPORTIVAS

POR UMA ROTINA DESCONTRAÍDA

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PAIXÃO QUE VAI ALÉM DAS QUATRO LINHASSão 90 minutos nos quais

acontecem um mix de senti-mentos, uma explosão de sen-sações que apenas quem ama o futebol pode explicar. Você canta, chora, grita, se aborre-ce, sua frio, vê cada coisa do Inacreditável Futebol Clube e mesmo assim, continua a amar o seu time. Briga com vi-zinho, com marido, e até com o treinador. Não perde um

programa esportivo, porque além de ver o jogo, rever lan-ces e reavaliar é algo crucial, que só os “loucos” pelo futebol entendem.

Sai do conforto do sofá, pega ônibus lotado, paga caro em ingresso, em camisa, tudo pra estar o mais perto possível do seu time do coração. Faz oração, promessa, macumba, qualquer tipo de simpatia e

Mam

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“mandinga”. Na hora do aper-to, meu amigo, vale tudo!

E se o assunto for final de campeonato? “Haaaaaja co-ração!”. Você sente a pulsação mais forte, os olhos arregalam e a boca seca. Quando o gol fi-nalmente sai, não existe nada que segure essa felicidade. Você pula, coloca pai, mãe e cachorro para festejar, por-que está em completa euforia.

OUTROLHAR ESPORTIVODEZEMBRO DE 2014

O jornal OutrOlhar Esportivo, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa, é produto laboratorial da disciplina COM 350, Jornalismo Esportivo e atualmente está sob a responsabilidade da turma de 2014.

EDITORProf. Joaquim Sucena Lannes

MONITORFelipe Pacheco

DIAGRAMADOR E REVISORMatheus Filipe

EDITOR FOTOGRÁFICOJésus Dias

APOIOCentro de Ciências Humanas, Letras e Artes/CCH

REITORAProf. Nilda de Fátima Ferreira

DIRETORA do CCHProf. Maria das Graças Floresta

CHEFE do DCMProf. Joaquim Sucena Lannes

COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMOProf. Mariana Ramalho Procópio Xavier

ENDEREÇOVila Gianetti, Casa 39Campus Universitário 36570-000Viçosa - MG. Tel.: 3899-2879www.com.ufv.br

Os textos assinados não refletem

necessariamente a opinião da Instituição ou do Curso, sendo da responsabilidade de seus autores e fontes. Cópias são autorizadas, desde que o conteúdo não seja modificado e quando citados o veículo e os autores.

TIRAGEM - 2.000 exemplares

A IMAGEM DO FUTEBOL BRASILEIRO

O Campeonato Brasileiro de 2013 teve seu fim no tri-bunal, com o rebaixamento da Portuguesa por escalação irre-gular do jogador Héverton. Na-quela época, o atleta disputara 12 minutos do último jogo da Lusa contra o Grêmio sem con-dições – o STJD tinha aumenta-do a suspensão do jogador pela expulsão contra o Bahia.

Apesar de o julgamento ter sido realizado o ano passado e ter decretado a continuação do Fluminense na Série A e a que-da da Lusa, o Ministério Públi-co de São Paulo continuou a investigação baseando-se em contradições ocorridas no jul-gamento e algumas informa-ções “em off”.

Quase um ano depois, já com o campeonato de 2014 em sua reta final, o promotor Roberto Senise, explica que, se-gundo as investigações apon-tam, “as pessoas” sabiam que Héverton não tinha condições de jogo e, de forma intencional, não informaram a comissão técnica. Dessa forma, a Por-tuguesa teria sido vítima da ação de alguns dirigentes. As provas, entretanto, ainda estão sendo recolhidas.

Essa confusão que se deu no maior campeonato do país

poderia ter sido resolvida se houvesse, por parte da CBF, uma constante atualização informatizada dos jogadores suspensos. Essa iniciativa, além de dar transparência aos atos realizados pelo STJD, evi-taria confusões tão significati-vas quanto a que estamos pre-senciando.

Clubes que seriam benefi-ciados diretamente com o re-baixamento da Lusa também estão sendo investigados. As principais suspeitas recaem sobre a dupla Fla-Flu e valores, segundo a investigação, podem variar de R$ 4 milhões a R$ 20 milhões.

Caso comprovado a partici-pação de algum dos clubes – ou de ambos – no rebaixamento da Portuguesa, o abalo moral do futebol brasileiro deverá ser maior do que na prática. Isso porque, o Código de Jus-tiça Desportiva Brasileira, em seus artigos 237 e 238, prevê a punição apenas das pessoas envolvidas no caso, não da ins-tituição.

De acordo com esses arti-gos e com o presidente do STJD, Caio Rocha, os dirigentes en-volvidos seriam punidos com a multa prevista na legislação e até uma possível exclusão, mas

os clubes não sofreriam dano algum.

Algo diferente aconteceria se fosse utilizado o Código da FIFA. O seu artigo 69 prevê re-baixamento, expulsão da com-petição, ou perda de pontos e devolução de prêmios caso seja comprovado a manipula-ção. E as pessoas envolvidas podem ser banidas do esporte. Porém a aplicação dessa legis-lação específica nunca foi utili-zada no país.

Os principais veículos de comunicação estão retratando esse fato de forma cuidadosa. Com o passar do tempo, mes-mo acontecimento grave como esse é demonstrado pela im-prensa de maneira retrospecti-va e ilustrativa, a fim de manter o leitor atualizado com as no-vas informações.

As provas ainda estão sen-do coletadas e, provavelmente, o caso ainda ganhará outros contornos. Mas o fato é que, se comprovado esse esquema e a condenação não for à sua altura, a sensação de impuni-dade também reinará no âm-bito desportivo. E a imagem do futebol brasileiro é quem mais perderá com isso.

Júlia Moreira

AO LEITORO ano de 2014 foi bas-

tante conturbado para o desporto nacional. No esporte maior do país, o futebol, perdemos uma copa do mundo realizada em casa e tomamos uma vergonhosa goleada (7x1) da Alemanha em pleno Mineirão, a pior da histó-ria da nossa seleção. Nos-so vôlei masculino não repetiu as boas atuações de outrora. O basquete, há muito não se firma com bons resultados. No au-tomobilismo, nem se fala. Há muito não temos um real campeão na modali-dade, embora Felipe Mas-sa tenha dado mostras de melhoria do desempenho no final da atual tempo-rada, o que acende uma remota luz na esperança dos brasileiros para a pró-xima temporada.

No MMA perdemos um monte de cinturões. Nossos atletas, antes vencedores, apanharam de lutadores de diversas nacionalidades. Assim, perdemos um pouco da hegemonia neste espor-te. Isto sem contar outras modalidades nas quais o sucesso e os bons resulta-dos raramente aparecem.

Tais resultados de-monstram que providên-cias sérias devem ser to-madas pelas autoridades, antes que o caos tome conta do campo esporti-vo no País e a esperança de novas conquistas fique cada vez mais remota.

Na Universidade Fede-ral de Viçosa, atividades como pesquisas, experi-

ências e projetos em prol do esporte nacional são contribuições de real va-lor para esta área pro-porcionadas no Curso de Educação Física. Equipes de diversas modalidades que representam a UFV têm colhido resultados positivos, interna e exter-namente. Nosso campus universitário acolhe dia-riamente um sem número de moradores da cidade, em práticas que vão da corrida a outros esportes.

Como não podia dei-xar de ser, o Curso de Jor-nalismo também entra neste setor com algumas contribuições. O Jornalis-mo Esportivo é uma disci-plina bastante procurada pelos estudantes. Nela, além de estudarem como atuam e atuaram os gran-des nomes desta modali-dade, eles aprendem re-gras, táticas e técnicas de cobertura especializada em esportes e produzem o OutrOlhar Esportivo, jornal-laboratório que os prepara para este campo especializado.

Os trabalhos produzi-dos neste segundo semes-tre de 2014 são apresen-tados nesta edição. Nela, abordamos assuntos di-versos dentro do campo esportivo, por meio de crônicas e reportagens que retratam o dia a dia e a proximidade da UFV com o esporte.

Esperamos que você goste e tenham um exce-lente leitura.

Joaquim LannesEditor

Essa loucura toda não tem sentido em senti-la sozinha.

E ainda me perguntam por que eu gosto tanto de ver aquele bando de homem su-ado correndo atrás de uma bola. Bem, o porquê talvez eu nunca consiga descrever em palavras. Ninguém jamais te-ria tal atrevimento. A respos-ta somente pode ser sentida. Sentida através de cada lágri-

ma, de cada sorriso, de cada momento tenso que se finda com a bola no fundo da rede do seu adversário. Provavel-mente, nem os mais estudio-sos do corpo humano ousa-riam tentar responder. Porque o futebol se sente, é um sen-timento que não se limita a qualquer dicionário.

Luana Mota

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ATLÉTICAS POSSIBILITAM INCLUSÃO DE ESTUDANTES EM ATIVIDADES FÍSICAS

GINÁSTICA ARTÍSTICA UNE AMOR À ARTE E SAÚDE

Por Larissa Martins

A ginástica artística é uma modalidade que, como todo exercício físico, traz consigo melhorias à saúde. Portanto, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), juntamente com a Associa-ção Atlética Acadêmica/LUVE (antiga Liga Univer-sitária Viçosense de Espor-te), executa este projeto, oferecendo treinamentos a crianças e adultos, dos 4 aos 27 anos.

Esta modalidade, que une o amor à arte, à saúde e ao bem estar, desperta no atleta uma sintonia entre o movimento a cada membro do corpo, superando bar-reiras do sedentarismo e possibilitando aumentar a capacidade muscular e co-ordenação motora.

Inicialmente, atendia so-mente alunos da UFV. Porém, com o passar dos anos, as portas também se abriram para demais interessados, fazendo com que o método

de ensino fosse renovado. Ygor Silvestre, estudante de química, praticou esta moda-lidade e diz:

- No caso da ginástica, em específico, são perceptíveis os benefícios que ela traz. Melho-ria da condição respiratória, fortalecimento de músculos e articulações, ampliação do controle psicomental, além de trazer à tona um sentimento de desafio que podia ser su-perado a cada treino, a cada seção interminável de repeti-ções - explicou.

OUTROLHAR ESPORTIVODEZEMBRO DE 2014

No início dos treinamentos, alunos se exercitam para aquecer os músculos e evitar possíveis problemas posteriores, além de melhorar desempenho na modalidade

Larissa M

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Por Sayonara Ribeiro

Muitos podem não sa-ber, mas é possível utilizar o esporte como forma de integração entre alunos de vários cursos da Uni-versidade Federal de Vi-çosa (UFV). A Associação Atlética Acadêmica Mo-netária é uma instituição formada por estudantes de Economia, Administra-ção, Ciências Contábeis e Agronegócio da UFV. Seu maior objetivo é promo-ver a integração entre os participantes, ao invés da competitividade geralmen-te observada na prática es-portiva.

Para Geraldo Paiva, es-tudante de Economia e pre-sidente da Associação, “a Monetária busca o esporte como forma de lazer, já que é notória a baixa demanda de atividades na universi-dade e na cidade”.

Com apenas um ano de atividades, a Atlética ainda não conquistou um título de expressão, mas rece-beu grande destaque no I InterAtléticas realizado na UFV. O evento, realizado entre outubro e novembro,

é uma competição que reú-ne todas as Atléticas ativas com intuito de resgatar os jogos universitários e foi uma parceria entre a Divi-são de Esportes e Lazer e a LUVE.

Segundo Vitor Maga-lhães Costa, estudante de Economia e atleta da Mo-netária, “o evento possui uma ideia maior de inte-

gração do que competição, além de ser uma ótima oportunidade de interação entre as demais Atléticas”.

Diante do fato de ter que conciliar a vida acadêmi-ca e a prática de esportes na Associação Acadêmica Monetária, os estudantes utilizam-se do tempo livre para praticar as atividades físicas.

Beatriz Amorim, atle-ta e estudante de Ciências Contábeis, destaca a im-portância da Atlética que “proporcionou horários flexíveis que não interfe-rem nos horários de aulas para que todos os estudan-tes pudessem participar da prática de atividades físicas que, para ela, foi de suma importância, já que

antes sofria com uma vida sedentária e sentia falta de atividades esportivas que encaixasse em seus horá-rios”.

Além de ser importante para a vida de qualquer ci-dadão, a prática esportiva chegou até a Universidade de forma não convencional, unindo esportes e estudos sem comprometê-los.

Aberto à população da cidade, projeto visa atender pessoas que pretendem ampliar a qualidade de vida

Equipe da Associação Atlética Acadêmica Monetária comemora vitória em jogo realizado no I InterAtléticas

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O treinador de ginástica artística da LUVE, Romil-son, que desde o início de 2013 ministra treinamen-tos no pavilhão de ginástica de 11h50 as 13h15, reco-nhece os benefícios advin-dos da prática do esporte. Ao mesmo tempo, ele enfa-tiza que, para ter um bom rendimento, o aluno preci-sa se dedicar bastante:

- Eu comecei na ginás-tica através de um projeto social aberto a toda co-munidade viçosense, mas

acredito que consegui principalmente por cau-sa do meu interesse desde cedo – declarou.

O projeto visa incentivar a prática do esporte, por-tanto, não é prioridade que a pessoa tenha de início um bom condicionamento físico. Para participar, o in-teressado deve apenas ter força de vontade, acreditar em sua capacidade e deixar o sedentarismo de lado le-vando uma vida mais sau-dável.

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LONGEVIDADE INSPIRA MULHERES A SE EXERCITAREM

Por Carla Teixeira

Após a trágica derrota da Seleção Brasileira no Mundial de 2014, ficou em evidência uma discussão a respeito das categorias de base nos clubes brasileiros. Muitos estudiosos apontam isso como o principal pro-blema da nossa atual sele-ção, uma vez que outros pa-íses têm investido pesado na formação de seus jovens atletas.

Viçosa já foi palco de uma competição que, juntamen-te com a Copa São Paulo de Futebol Júnior, é consi-derada um dos principais torneios da categoria de base brasileira: a Taça Belo Horizonte de Futebol Júnior. Criada em 1985, por Chafit Felipe, tinha como objetivo permitir o confronto entre times de diferentes estados, já que na época quase tudo era centralizado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Se-

gundo Chafit, “a competição foi criada também como um estágio para os jogadores, baseada na dificuldade dos atletas na transposição da base para o profissional.”

Com necessidade de me-lhorar a formação acadêmi-ca no futebol de base, Chafit criou simpósios em parce-ria com algumas universi-dades para discutir proble-mas emergentes sobre essa questão. A Universidade Federal de Viçosa (UFV) foi

uma delas, e, em 12 edições sediou a Taça BH.

A ideia de trazer a com-petição para o município surgiu logo no ano seguinte à iniciação do laboratório de estágios para os estu-dantes de Educação Física da UFV. A competição foi de grande importância para o curso, pois serviu como vi-trine para os alunos mos-trarem seus trabalhos, uma vez que os treinadores das equipes eram os próprios acadêmicos, como foi o caso de Ney Franco, que treinou o Esporte Clube Vitória (BA) no Campeonato Brasi-leiro de 2014.

O idealizador da compe-tição conta que, além disso, a cidade teve oportunidade de ver o início de carreira de jogadores como Kaká, que aqui esteve com o time do São Paulo.

Competições como essas são de grande importância para estimular o investimen-to dos clubes nas categorias de base – onde se encontra a raiz do problema do fute-bol brasileiro. É necessário um estudo profundo sobre o tema no Brasil, a exemplo de como foi feito anos atrás na criação da Taça BH, para que haja evolução no cenário em que o país se encontra.

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OUTROLHAR ESPORTIVODEZEMBRO DE 2014

Por Ellen Ramos

A prática regular de exer-cícios traz diversos benefí-cios físicos e mentais para o organismo, principalmente durante o envelhecimento, quando o corpo perde a for-ça muscular, a agilidade e a coordenação.

Com intuito de contri-buir para a prática de es-porte e promover a melho-ria da saúde das mulheres viçosenses, o Departamen-to de Educação Física da Universidade Federal de Vi-çosa (UFV) oferece há mais de 20 anos o projeto Saúde e Vida – Ginástica para mu-lheres da meia e terceira idade.

O programa é oferecido para mulheres da comuni-dade local que têm acima de 40 anos. As aulas para a terceira idade são de segun-da a sexta, de 7h as 8h ou as segundas, quartas e sex-tas-feiras, de 18h as 19h e as terças, quintas e sextas-feiras para a meia idade, de 18h as 19h, no Pavilhão de Ginástica (PVG).

Anualmente, 120 pes-soas são convocadas para participar do programa,

por ordem de inscrição, que ocorre em fevereiro na Se-cretaria do Departamento de Educação Física, confor-me publicação de edital.

O objetivo das aulas é promover a manutenção e a melhoria das capacidades físicas e o aumento da qua-lidade de vida das mulhe-res, aumentando sua inde-pendência para a realização de atividades diárias. Dessa forma, os exercícios pro-postos têm por finalidade

estimular o sistema cardio-vascular, o respiratório e os principais grupos muscula-res e articulações.

- Os exercícios de força não são para deixá-las for-tonas e sim para terem for-ça para subir uma escada, por exemplo – disse Geór-gia Werner, professora do Saúde e Vida.

Segundo Íris Mota, aluna do programa, “ele foi muito bom para sua vida, princi-palmente para a saúde, pois

além de conhecer pessoas novas, ela passou a fazer exercícios físicos regular-mente e as dores pelo cor-po melhoraram, o que não era possível com seções de fisioterapia”.

Com muito entusiasmo e disposição, a cada encon-tro uma atividade física é desenvolvida a fim de não causar desgaste muscular. De acordo com a coorde-nadora do projeto, Amanda Piaia Silvatti, “durante as

aulas, a turma é dividida em grupos e os exercícios são montados em forma de cir-cuito, cada um com no mí-nimo um monitor, visando à correção dos movimentos durante sua realização”.

Além das aulas, as alu-nas passam, periodicamen-te, por avaliação para esti-mar o estado funcional de suas capacidades cardior-respiratórias, flexibilidade, equilíbrio, força e coorde-nação.

Departamento de Educação Física oferece práticas esportivas para que elas melhorem a qualidade de vida

A dança, como atividade lúdica e prática esportiva, atrai grande número de mulheres para o projeto Saúde e Vida

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CATEGORIA DE BASE É FATOR IMPORTANTE PARA FUTURO DO FUTEBOL

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Torneio de categorias de base é realizado em diversas cidades do interior mineiro Atual campeão, América - MG coleciona dois títulos da Taça BH

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INICIATIVA PROPORCIONA ESPORTE EM ÁREA DE LAZER

Por Jésus Dias

Na correria do dia-a-dia, os estudantes ficam estres-sados e sem tempo para praticar atividades físicas. Pensando nisso, a Divisão de Esporte e Lazer da Uni-versidade Federal de Viçosa (UFV) criou uma área de es-portes na Praça do espaço do Itaú.

Próspero Paoli, chefe da Divisão, afirma que o local é usado por estudantes do COLUNI, Effie Rolfs, gradua-ção, pós-graduação e funcio-nários da instituição. Segun-do ele, “o espaço foi criado para que os jovens possam ter uma área de convivência através do esporte”.

Para a criação dessa área, a Divisão de Centro de Convi-vência e Lazer teve apoio da Pró-Reitoria de Administra-ção. Também auxiliaram na criação: Pró-Reitoria de As-suntos Comunitários (PCD) e a área de saúde, também da PCD.

Rita de Cássia, coordena-

dora do Espaço de Vivência, informa que o espaço foi criado em meados de 2014 e que funciona na hora do almoço, ou seja, das 11 horas às 14 horas, e no fim da tar-de, das 17 horas às 19 horas.

De acordo com Próspero, o espaço oferece as seguin-tes opções: vôlei, peteca e tênis de mesa. Além disso, há uma sala com TV por assina-tura, onde os frequentadores podem assistir a canais de esportes, por exemplo.

Bárbara Gabrielle, aluna do segundo ano do Ensino Médio do COLUNI, relata que joga tênis de mesa e que gos-tou bastante dessa criação.

Felipe Alves Scaldaferri, do décimo período de Educa-ção Física, afirma que o espa-ço é de fácil acesso, possibili-tando o seu uso a todos que queiram usufruir do local.

Próspero finaliza dizendo que o espaço é amplamen-te utilizado e entende que a criação do local foi signifi-cativa, porém precisa-se de mais áreas como essa.

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Local também oferece atrativos variados para trazer mais frequentadores

OUTROLHAR ESPORTIVODEZEMBRO DE 2014

Área de convivência reúne jovens que procuram se exercitar nos intervalos e no fim da tarde

BRINCADEIRA QUE FAZ BEM AO CORPO E À ALMA

Projeto Circo Universitário proporciona a adeptos atividades que ajudam no aprimoramento da coordenação motora e raciocínio lógico

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Por Luana Mota

O circo é uma arte milenar que encanta e alegra pessoas por onde passa. Além de uma forma de entretenimento, essa atividade tão bela vem agradando aos alunos da Uni-versidade Federal de Viçosa (UFV) que disponibiliza aos graduandos interessados o Projeto Circo Universitário, com assistência e ensino de técnicas circenses. Uma forma de se exercitar brincando.

Como forma de incentivo aos envolvidos, a Universida-de disponibiliza Bolsa Ativida-de para os monitores e Bolsa Alimentação para os alunos mais empenhados, além de ceder o espaço situado no PVG (Pavilhão de Ginástica), localizado ao lado da pista de atletismo do Departamento de Educação Física. Os co-ordenadores do projeto são alunos da própria Instituição que, mesmo não sendo profis-sionais no assunto, visam pas-

sar o pouco que sabem para os coordenados.

O projeto é uma ativi-dade complementar, o que corresponde a uma ação que enriquece o processo de ensino-aprendizagem dos graduandos. São atividades extracurriculares relevantes para a formação acadêmica e profissional:

- Traz todos os benefícios acarretados pela prática de esportes, além do aprimora-mento nas atividades de coor-

denação motora e raciocínio lógico - explica André Pagazzi, um dos coordenadores dos treinamentos, que acontecem as terças e sextas, no horário de 19h e aos sábados a partir das 9h.

Nos treinos, os alunos saem da rotina de estudos para passar o tempo livre cui-dando do bem-estar, um dos fatores principais que chamou a atenção da estudante de Educação Infantil da UFV, Ca-roline Otávio:

- O lado bom é que a gen-te tira o estresse do dia a dia de uma maneira divertida, que faz muito bem à saúde. A disposição que eu tenho pro Circo, jamais teria para uma academia – afirma.

Por vezes, os treinamen-tos contam com o auxílio de alguns especialistas que apri-moram os movimentos, embe-lezando esse projeto mágico. Aos interessados, basta entrar em contato com a coordena-ção e comparecer aos treinos.

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O CRESCIMENTO DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA UFVCom mais de meio século de história, LUVE é destaque no cenário nacional em diversas modalidades

Time da LUVE, à epoca com o hoje treinador Ney Franco

Por Júlia Moreira

A Associação Atlética da Universidade Federal de Vi-çosa (UFV), mais conhecida como LUVE, nasceu a partir de uma iniciativa de alunos que buscavam uma opção esportiva de lazer na Uni-versidade, em abril de 1962. O aluno que encabeçava essa iniciativa chamava-se Francisco e, posteriormen-te, seria o primeiro presi-dente da Associação. O atu-al presidente, Victor Lana Gonçalves, conta mais sobre essa história:

- Esses alunos se reuni-ram e formaram uma Liga Universitária Viçosense de Esportes, que começou ba-sicamente com o time de fu-tebol – contou.

Atualmente são ofereci-das 17 modalidades para os estudantes, que vão desde esportes conhecidos como

basquete, vôlei, futebol e handebol, até outros me-nos comentados como judô e Karatê. No momento, pólo aquático, ciclismo e xadrez são modalidades que estão inativas.

Segundo Victor Lana, a LUVE tem seus objetivos traçados de acordo com a

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OUTROLHAR ESPORTIVODEZEMBRO DE 2014

demanda da comunidade e complementa:

- Hoje em dia a LUVE ca-minha com duas vertentes muito claras. Uma vertente é a do rendimento. São as 17 equipes que nós temos representando a UFV ou até mesmo Minas Gerais, como foi o caso agora do

UNIVERSIDADE OFERECE ESPORTE GRATUITO À POPULAÇÃOPor André Carvalho

A democratização da prá-tica esportiva no Brasil é um assunto que está sempre em pauta, seja nos noticiários ou na boca do povo. Esse tema ganha cada vez mais força, principalmente com a che-gada dos Jogos Olímpicos ao Brasil em 2016. Seguindo essa lógica, o Programa Segundo Tempo Universitário (PSTU) trabalha com a inserção do esporte a todas as camadas da população, dentro das univer-sidades federais.

O PSTU foi implantado na UFV em 2012 e, desde então, mostra sua força. Hoje, o pro-grama conta com mais de 600 inscritos, número em constan-te crescimento. O projeto ofe-rece prática esportiva gratuita não só para os estudantes uni-versitários, mas também para a comunidade.

Uma vertente derivada

desta iniciativa é o Progra-ma Segundo Tempo Esportes Adaptados (PST-EA). O progra-ma oferece a prática esportiva a pessoas com deficiência físi-ca, e também dá oportunidade para que a população de baixa renda pratique esportes, des-tinando 30% das vagas para essas pessoas. O coordenador pedagógico do PSTU na UFV, Victor Lana, fala sobre a im-portância do programa:

- O Programa Segundo Tempo Universitário é muito importante na realidade da UFV, pois este se consolida a cada dia como uma oportuni-dade única de lazer esportivo gratuito para o acadêmico, além é claro de promover qualidade de vida e aquisição de hábitos saudáveis – explica.

Renata Machado, Coor-denadora do PSTU-EA, diz sobre a maior contribuição do programa para a Univer-sidade:

- O ponto que se mais destaca no programa e que contribui para a Universida-de é de fato sua caracterís-tica inclusiva já que as aulas são realizadas na UFV, o que possibilita que a comunida-de faça parte da realidade da Instituição, e que os alunos

convivam com a diversidade – informa.

O Segundo Tempo foi criado pelo Ministério do Esporte, se destinando a democratização e acesso à prática e cultura do Esporte promovendo o desen-volvimento integral de crian-ças, adolescentes e jovens bem

basquete, que foi para Ara-cajú disputar o Campeonato Brasileiro. Temos também a vertente do lazer, que fica restrita ao campus universi-tário. Então a gente atua na promoção de eventos como a Copa LUVE dos Campeões e a Copa LUVE de futsal – disse.

Existem resultados que marcaram época na história da Associação. Logo no seu início o futebol conseguiu ser a melhor equipe de Mi-nas Gerais. O time não per-deu nenhum jogo, fazendo inclusive um amistoso no Mineirão em 1966, como preliminar de Brasil x Fran-ça, preparatório para a Copa do Mundo daquele ano. Vic-tor explica mais sobre esses jogos:

- O jogo era LUVE contra Minas inteiro universitário e nós ganhamos o jogo por 3x1. Dizem até que o gol de-

les foi roubado de pênalti, senão iria ser 3x0 – explicou.

Fatos como o basquete e o vôlei terem feito uma ex-cursão pela Europa repre-sentando Minas Gerais, e a ginástica artística ficar duas semanas na Rússia treinan-do e participando de peque-nos torneios, foram marcan-tes na década de 1980.

Da década de 1990 até os dias de hoje, a LUVE tem estado constantemente nos Jogos Universitários Brasi-leiros. Além disso, conquis-tou resultados expressivos como no basquete, que foi bicampeão mineiro, no fut-sal, que tem se destacado na fase estadual dos jogos do interior e no handebol, sen-do vice-campeão mineiro em 2013.

- A gente vem crescendo e cada vez mais se tornado uma instituição de cunho nacional – finalizou.

PRÁTICA DESPORTIVA BENEFICIA ALUNOS DA REGIÃOPor Thomás Ottoni

O Bom de Nota, Bom de Bola, realizado pelo Departa-mento de Programas Sociais Esportivos de Viçosa desde 1997, propõe a prática es-portiva entre os jovens de 5 a 17 anos que estejam regu-larmente matriculados em escolas Municipais e Esta-duais de Viçosa e municípios adjacentes. O projeto atende, atualmente, cerca de 700

estudantes, e a estimativa é que já tenham feito parte dele outros 4 mil.

Ao participante do pro-jeto, são oferecidas diversas modalidades esportivas, se-diadas em sete núcleos de funcionamento incluindo es-paços e escolas públicas da região. Entre as modalidades oferecidas estão: Handebol, Voleibol, Natação, Karatê, Futebol, Levantamento de Peso, Judô e Jiu-jítsu.

Segundo a coordenado-ra do Bom de Nota, Bom de Bola, Raiane Teixeira Maga-lhães, a iniciativa é relevan-te para a comunidade, uma vez que serve como espaço de troca de valores físicos, morais, éticos e sociais, im-portantes para o desenvol-vimento de crianças, adoles-centes, jovens e familiares em zonas de vulnerabilidade social.

- Além disso, possibilita

espaços e ambientes para a prática do esporte, desco-berta de talentos individuais, melhoria na qualidade de vida e saúde incentivando a prática de modalidades que contribuam para a aprendi-zagem motora, física e para o desenvolvimento sócio-cog-nitivo dos alunos - completa a bacharel em Educação Fí-sica formada pela UFV, que cuida da coordenação do projeto desde 2012.

Além de ajudar os benefi-ciados pela iniciativa gover-namental, o projeto também auxilia alunos do curso de Educação Física, que podem colocar em treinamento vá-rias disciplinas do curso, ao atuar como monitores.

Aos interessados em par-ticipar, inscrições podem ser feitas durante o ano todo no Departamento de Esportes da Prefeitura Municipal de Viçosa.

Programa Segundo Tempo Universitário permite prática de diversas modalidades à comunidade

como fator de formação da cidadania e melhoria da qua-lidade de vida. Dentro da UFV ele vem cumprindo seu papel trabalhando tanto na inclusão como no melhoramento da qualidade de vida de estudan-tes e sociedade utilizando o ambiente universitário.

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COMPLEXIDADE DO FUTEBOL É ENSINADA EM SALA DE AULA

PERIÓDICO DIVULGA TRABALHOS ACADÊMICOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LOCALPor Matheus Filipe

Idealizada pelo professor João Carlos Bouzas, a Revista Brasileira de Futebol foi criada em 2008 para divulgar infor-mações científicas oriundas da comunidade acadêmica, especificamente do Curso de Especialização em Futebol.

Com duas edições anu-ais, uma em julho e outra em dezembro, a revista é intei-ramente digital e o acesso a edições anteriores é gratuito. Para isso, basta que o leitor se cadastre no site.

Na página você encontrará todos os trabalhos submeti-dos, que podem ser facilmente encontrados utilizando uma caixa de texto em que é possí-vel fazer uma busca direta de

artigos por autor, palavra-cha-ve ou título.

No site você também pode encontrar as normas para submissão de artigos, como deverá ser a estrutura do texto e as seções em que podem ser publicados (resumo de disser-tações e tese, relatos de casos, atualização, um ponto de vista seu, artigo original e revisão).

De acordo com Próspero Paoli, editor da área de Prepa-ração Tática da Revista, qual-quer pessoa poderá submeter seu manuscrito à publicação, desde que siga esses proce-dimentos: o artigo deverá se adequar às normas da revis-ta, senão ele nem será ava-liado. Caso esteja dentro das normas, o corpo de revisores formado por especialistas

de cada área fará a avaliação. Dessa forma, poderá ser apro-vado sem necessidade de ne-nhuma correção, ser aprova-do, mas desde que corrija ou ser reprovado. Além disso, o trabalho não pode ter sido pu-blicado nem estar sendo ana-lisado por outra revista.

Os artigos poderão ser de-senvolvidos tendo como base as seguintes áreas específicas relacionadas ao futebol: admi-nistração, fisiologia, fisiotera-pia, história, nutrição, prepa-ração física, preparação tática, preparação técnica, psicologia e sociologia.

Para informações mais detalhadas, acesse o site da revista (www.rbfutebol.com.br) e veja o passo a passo para publicar seu artigo.

OUTROLHAR ESPORTIVODEZEMBRO DE 2014

Pelo site da Revista, pode-se acessar todos os artigos publicados

Rep

rod

ução

Por Cássia Lellis

É notável o crescimento de mulheres envolvidas com o esporte, inclusive no fute-bol. Porém, em alguns setores a presença feminina ainda é mínima. Um exemplo disso é o Curso de Especialização em Futebol da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Em uma década de existência, aproximadamente 300 alu-nos passaram pelo curso e apenas cinco eram do sexo feminino. Entre elas está Re-nata Soares, formada em ar-quitetura e que busca aliar o conhecimento sobre futebol à construção de centros de treinamentos e complexos esportivos em geral.

A iniciativa de criar uma pós-graduação para abordar especificamente o futebol partiu dos professores Prós-pero Paoli e João Bouzas. Para os idealizadores, a maior mo-tivação foi a vontade de se oferecer um curso de especia-lização que pudesse atender

à demanda de qualificação de profissionais do futebol em todas as suas áreas.

Próspero afirma que ape-sar do sucesso e da grande procura pelo curso, conse-

guir trazer profissionais de destaque do futebol para que fiquem por dias na cidade é bem complicado:

- Conseguir profissionais qualificados com disponi-

bilidade de ficar um tempo maior na cidade é muito di-fícil. Até mesmo a logística da cidade não favorece mui-to a vinda dessas pessoas – destacou.

Ao longo desses dez anos, a Especialização em Futebol teve participação de alunos de diversos estados brasileiros e até do exterior. O curso abrange questões do futebol como aspectos físicos, técnicos, táticos, psi-cológicos e administrativos do esporte. Essa amplitude de assuntos atende a várias áreas de interesse dos seus alunos. Muitos deles já estão trabalhando com o esporte, atuando desde preparador físico do time do Macaé, do Rio de Janeiro, até psicóloga das categorias de base do Atlético Mineiro.

O interessado em fazer a Especialização precisa ser graduado, enviar seu currí-culo juntamente com uma carta de intenção que jus-tifique seu interesse pelo curso, para que esses sejam analisados e posteriormen-te o candidato seja selecio-nado. Mais informações po-dem ser encontradas no site www.ufv.br/des/futebol.

Curso de Especialização na UFV completa uma década de existência com êxito entre os profissionais do esporte

Ao longo da trajetória, das cinco mulheres que passaram pelo curso, quatro são da turma 2014

Reprodução

SEDENTARISMO NA ADOLESCÊNCIA PODE CAUSAR SÉRIOS PROBLEMAS À SAÚDEPor Guilherme Souza

“Praticar esportes é essen-cial para ter uma vida saudá-vel”. A frase é exaustivamente repetida entre professores de educação física, fisiologis-tas e outros profissionais da área. A recomendação serve para todos, mas há uns anos poderia se pensar que a fala se destinava quase exclusi-vamente a pessoas idosas ou com complicações de saúde que seriam amenizadas com a prática de esportes. Afinal, sair à rua e ver crianças chu-tando uma bola era comum.

Era. Os tempos mudaram.O número de jovens usan-

do smartphones, tablets, vi-deogames, computadores e outros aparatos tecnológicos como fonte única de entrete-nimento cresceu nos últimos anos. Como consequência houve queda no interesse em praticar atividades físicas e obviamente um aumento no número de sedentários.

Segundo a Dra. Ana Lúcia de Sá Pinto, pediatra e médi-ca do esporte, “a prática regu-lar de exercício físico traz inú-meros benefícios, mais ainda para crianças em desenvol-

vimento.” Para ela, há melho-ras na capacidade cognitiva, na coordenação motora, nos músculos, ossos e sistemas do corpo. A OMS (Organiza-ção Mundial de Saúde) reco-menda que crianças de 5 a 6 anos pratiquem atividade física por pelo menos 2h diá-rias. Após os 6 anos a prática deve ser de 1h diária. Deve-se começar cedo, para evitar problemas mais tarde, com-plementa a médica.

De acordo com especia-listas, a dor nas costas é um problema que atinge 80% das pessoas em algum pon-

to da vida, e neste exato mo-mento, pelo menos 50% das pessoas ao redor do mundo sentem dores nas costas, se-gundo dados da mesma OMS. Entre esses, o sedentarismo é apontado como causa da dor em 90% dos casos entre jo-vens e adultos. Algumas das consequências do sedentaris-mo são o estresse, a pressão alta, a obesidade, o cansaço e principalmente problemas cardíacos.

Os males passíveis da falta de exercícios físicos não são poucos, ainda assim o incen-tivo à prática não é grande. É

bem raro chegar a uma aula de educação física e não se deparar com vários alunos teclando freneticamente em seus celulares, mesmo com o discurso dos professores de que a prática esportiva é ex-tremamente relevante.

Entre os adultos, muitos culpam o trabalho como mo-tivo para renunciar às ati-vidades físicas. A correria é tanta, que não há mais tempo. Mas sempre há tempo para responder mensagens, visu-alizar notificações, ver filme, jogar videogames, dormir, co-mer, dormir, comer, dormir...

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ESPORTE LOCAL ESTÁ NA ÁREA COM A TV VIÇOSA

Mais antigo da UFV, campeonato de fundo e meio fundo é opção para aqueles que querem praticar exercício físico

Programa da TV fornece experiência na área do jornalismo esportivo para alunos da UFV

Por Caroline Mauri

“Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma parti-da. Não se faz literatura, polí-tica e futebol com bons senti-mentos.” Essa polêmica frase de Nelson Rodrigues não fun-ciona no jornalismo. Para os profissionais da área, a ética e o caráter são fundamentais para informar o leitor sobre o que ocorre dentro e fora de campo.

Por causa disso, os estu-dantes de Comunicação So-cial procuram desde cedo vivenciar a experiência do mercado e da produção jor-nalística. A TV Viçosa, admi-nistrada pela Fratevi - Fun-dação de Rádio e Televisão Educativa e Cultural de Viço-sa é um espaço fundamental para que isso seja possível.

Fundada em junho de 1992, a emissora já contava com dois programas esporti-vos em sua grade: primeiro o Esporte Regional, com 20 mi-nutos, era um complemento diário do Jornal Regional e se dedicava a apresentar as no-tícias do futebol local; em se-guida, surgiu o Esporte Edu-cação, que ia ao ar uma vez por semana, com meia hora em formato de debate, tra-tando de assuntos esportivos

de forma didática, como pres-tação de serviço e prevenção de saúde.

Ambos os programas eram apresentados pelo atual chefe da Divisão de Esporte e Lazer da Universidade, professor Próspero Paoli, que lembra com saudade da época:

- Era um tempo muito bom na TV Viçosa para o esporte. Em 1997 tínhamos uma equi-pe para o programa (Esporte Regional), que era o Nelson Eddy na produção, o Edson Rocha como repórter e eu na apresentação. Além do pes-soal, era uma época de ouro para os esportes em Viçosa, muitos campeonatos e even-tos, que contribuía para um bom programa – conta ele.

Com o tempo, o Esporte Regional passou a fazer par-te do Jornal Regional, depois que Próspero precisou se afastar por compromissos acadêmicos. Foi só nesse ano de 2014 que ele voltou à tela do jornalismo esportivo para apresentar o programa Na Área. Criado em 2010, de uma forma diferente pela Rá-dio Universitária, em parceria com o próprio Próspero, o Na Área que conhecemos hoje é fruto do estudante Felipe Pacheco, que reassumiu o programa de rádio em 2013,

com uma equipe apenas de estudantes orientados pelo jornalista Marcel Ângelo.

Apesar de não ter se es-pecializado em jornalismo esportivo nem nunca atuado como setorista de esportes, Marcel sempre produziu ma-térias nessa área em todos os veículos que trabalhou. De acordo com ele, além da paixão pelo tema, o incenti-vo a essa ideia, tanto na Rá-dio quanto na TV, tem como objetivo atrair a audiência e

estimular a participação dos estudantes.

E nesse aspecto, Felipe Pacheco, agora finalizando o Curso, afirma que o programa é um excelente espaço labo-ratorial, mas para quem tem responsabilidade:

- Eu, que nunca tinha pen-sado em trabalhar no rádio, hoje tenho essa vontade. (...) Tenho muito pra aprender ainda, mas certamente que o Na Área foi uma escola pra mim. Se eu pudesse reco-

mendar aos meus colegas de curso que pretendem se-guir no esporte, diria a eles que não deixem de vivenciar essa experiência. Mas que a abracem, porque você terá os compromissos de jornalista, não pode fazer de qualquer forma.

O Na Área vai ao ar na Uni-versitária FM 100,7 todas as segundas, quartas e sextas, às 18h30. E pela TV Viçosa, ca-nal 3, apenas na segunda, às 19h30.

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OUTROLHAR ESPORTIVODEZEMBRO DE 2014

CORRIDAS OPORTUNIZAM COMPETIÇÃO E LAZER

Por Mateus Cornélio

Por ser de fácil acesso e de baixo investimento por parte do atleta, a corrida se torna um exercício pratica-do por muitas pessoas. Basta andar pela avenida principal da Universidade Federal de Viçosa (UFV) para observar pessoas de idades distintas correndo.

Pensando nisso e no bem-estar da população, o professor do Departamento

de Educação Física, Adilson Osés, resolveu criar o campe-onato de fundo e meio fundo da UFV. Uma ideia que deu certo, uma vez que no ano de 2014 chegou a 33ª edição.

Com o passar do tempo, a população viçosense e da região tomaram gosto e co-meçaram a disputar a com-petição, que, por motivos di-versos, não foram realizados entre 1980 e 1983.

O campeonato possui de-zenove provas, distribuídas

ao longo do ano e são dispu-tadas aos sábados e domin-gos, sendo uma corrida rápi-da no sábado e uma longa no domingo e abrange ambos os sexos, nas categorias me-nores, juvenis e veteranos. Geralmente as provas são disputadas na pista de atle-tismo da UFV, mas há provas de rua e o cross over, feito em estrada de chão, como a corrida em montanha que utiliza morros localizados na universidade. O campeão

geral é definido pela soma de pontos durante o campe-onato.

As provas de meio fundo são as provas rápidas que possuem até três mil metros de distância e as de fundo são as que percorrem dis-tâncias maiores. No campeo-nato, a corrida mais curta é a de 100 metros e a mais longa é a de 20 km.

Rodrigo Gomes, atual campeão geral exalta a or-ganização do torneio e deu o

seguinte depoimento a nossa reportagem:

- Foi importante porque eu me desenvolvi mais, ga-nhei muita experiência e fiz muitos amigos – declara.

Arthur Marques de 24 anos, o famoso “Ligeirinho”, aluno do curso de Educação Física, participa desde os 15 anos e faz as mesmas consi-derações sobre a organiza-ção do campeonato que é o mais antigo em atividade da UFV.

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Praticada por muitas pessoas, corrida conta com atletas de diversas categorias, atraídos pela oportunidade de manter a forma e fazer novas amizades

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Osés