12

Outrolhar - Abril de 2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal Informativo do Ver. Arnaldo Godoy — Abril de 2012. O informativo é enviado trimestralmente a eleitores e apoiadores com o intuito de mantê-los informados das ações e atividades do parlamentar.

Citation preview

Page 1: Outrolhar - Abril de 2012
Page 2: Outrolhar - Abril de 2012

Navegar é preciso!O processo democrático não é estático. É feito um rio. Debates,

acertos e desacertos acontecem o tempo todo num correr de água que não para — “de longas beiras, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro”. As-sim navegamos também em BH.

Desde o ano passado, percebemos no aparente remanso político da cidade o desejo de alguns setores sociais, culturais (e até empresariais) por uma mudança de rota. Isso nos levou a participar da construção da proposta de uma candidatura própria do PT na cidade.

O partido possui um legado de participação popular, transparência e inversão de prioridades que atravessou décadas. Além disso, a presença do PSDB na Aliança, mesmo que informal, contaminou a gestão de BH e contribuiu para fortalecer nosso maior adversário ideológico. Aos tucanos, creditamos a burocratização da ocupação da cidade e o tensio-namento com os movimentos sociais e de cultura popular, por exemplo.

Não fizemos ouvidos moucos a uma correnteza que carrega para longe conquistas históricas da cidade. Por isso, debatemos a candidatu-ra própria em dezenas de reuniões que fizemos com lideranças do parti-do e gente que acompanha o PT há muito tempo, culminando com uma plenária ampliada do mandato, em que o que parecia utopia ganhou os tons da convicção.

Com remos em punho, navegamos contra a maré para defender, a partir de então, a candidatura própria em todos os encontros da Articu-lação e do partido. Perdemos, por fim, ao final do processo democrático que ocorreu no PT — a aliança será reeditada e, ao que tudo indica, a presença do PSDB será formalizada.

No entanto, por isso, não figuramos “mais estúrdios nem mais tristes do que os outros, conhecidos nossos”. E nem mais quietos! É

Page 3: Outrolhar - Abril de 2012

preciso aferir que houve uma vitória histórica — o PT trouxe à bordo uma discussão política que evitara desde então. E há um calendário em curso: a formação de uma boa chapa de vereadores para o pleito deste ano, o PED/2013 que pode renovar a direção do PT nas três esferas e, em 2014, sucessão para o governo de Minas e eleição de deputados federais e estaduais.

A renovação será constante. Remansos e fortes correntezas — o que o rio quer é que nossa canoa permaneça navegando. As margens perten-cem aos que se cansaram dos remos ou que capitularam à força do rio.

Page 4: Outrolhar - Abril de 2012

Um ano sem sacolas plásticasTodos os dias, BH deixa de jogar no lixo 450 mil sacolas plásticas.

A proibição do uso das sacolas plásticas em BH completou um ano (18/4), apurando uma redução no consumo diário de 450 mil sa-colinhas para apenas 13 mil — queda de 97%. Dados da Associação Mineira de Supermercados (Amis) apontam que a sacola retornável passou a ser o principal meio para carregar compras no comércio, seguida de longe pelas caixas de papelão utilizadas por apenas 5% dos consumidores.

Nesse período, a população de BH deixou de descartar no meio ambiente 160 milhões de sacolinhas plásticas que, atadas umas nas outras, formariam uma tira plástica de 36 mil quilômetros de exten-são, suficiente para dar uma volta e meia no planeta.

“Esses dados indicam a abrangência dessa lei que pretendeu mi-nimizar os danos que causamos ao meio ambiente. Hoje, quase toda a população de BH carrega suas compras em mochilas e sacolas de pano ou lona. Agora, sempre haverá uma pequena parcela de des-contentes. Foi assim com a obrigatoriedade do uso do cinto de segu-rança e com a proibição do fumo em locais fechados”, disse Arnaldo Godoy, autor da lei que começa a ser copiada em todo o país.

Em São Paulo, que adotou uma medida semelhante no dia 4 de abril, a redução já é de 76%. Segundo o Ministério do Meio Ambien-te, dez estados do país se preparam para eliminar, definitivamente, as sacolas plásticas convencionais.

Page 5: Outrolhar - Abril de 2012

AprovaçãoAo contrário do que afirmam alguns formadores de opinião co-

optados pela indústria do plástico, principal interessada no consumo desenfreado da sacola convencional, a população mais pobre abraçou a lei de Belo Horizonte. No ano passado, alunos das escolas Israel Pinheiro (no Alto Vera Cruz) e Alcinda Torres (Taquaril), orientados pelo Instituto Paulo Montenegro (Ibope), realizaram uma pesquisa na região, apresentada no fim de 2011, na Faculdade de Educação da UFMG. Os resultados foram surpreendentes:

• 67% da comunidade Alto Vera Cruz concorda com a proibição das sacolas plásticas no comércio;

• 74% acreditam que a proibição das sacolas plásticas vai contri-buir para preservação do meio ambiente;

• 72% da comunidade passou a usar as sacolas retornáveis para transportar suas compras.

Page 6: Outrolhar - Abril de 2012

Gente boa de 2012Dentro da proposta de homenagear pessoas ligadas à cultura ou com

o afetivo cotidiano da cidade, nosso mandato vai homenagear o cenó-grafo Raul Belém Machado (9/5), a Associação Imagem Comunitária (14/5) e a secretária municipal de Educação, Macaé Evaristo (4/6).

Paisagem da vidaO figurinista e arquiteto, Raul Machado foi responsável pelos ce-

nários das grandes óperas montadas pela Fundação Clóvis Salgado (Aída, O Guarani, Turandot, dentre outras) e de dezenas de peças de Pedro Paulo Cava e Jota D’Ângelo. É docente no Centro de Formação Artística (Cefar/FCS) e lecionou na UFOP, Fumec e Centro Universi-tário UMA. Sua versatilidade também se revela na arquitetura teatral: assinou inúmeros projetos de construção e reforma, como o Teatro da Praça, da Cidade, Klauss Vianna, Dom Silvério, Galpão Cine Horto, Izabela Hendrix e o Teatro da Maçonaria. No interior, projetou as refor-mas do Teatro da Casa de Cultura de Itabira e do Teatro Municipal de Ouro Preto (Casa da Ópera). Nada mais merecido.

Page 7: Outrolhar - Abril de 2012

Comunicação para todos

A Associação Imagem Comunitária (AIC) foi fundada por estudan-tes de Comunicação da UFMG (1993) e transformou-se em uma ONG cujo objetivo é promover a cidadania por meio da democratização da comunicação e da criação de canais de acesso público à mídia. Assim, trabalha na construção de uma comunicação mais horizontal e inclu-siva, desenvolvendo projetos de mobilização que buscam ampliar a participação, na esfera pública, de grupos excluídos, seja social ou sim-bolicamente. A ideia é de que coletivos juvenis, movimentos sociais, entidades comunitárias e grupos de periferia possam participar através dos meios de comunicação, do debate sobre seus direitos e sobre os rumos da cidade.

MacaéA secretária municipal de Educação, Macaé Evaristo, é graduada

em Serviço Social pela Pucminas (1990) e é mestra em educação pela FAE/UFMG. Professora e assistente social da prefeitura desde 1984, ela se dedicou ao magistério da educação básica e na formação de pro-fessores. Coordenou o Programa de Implantação de Escolas Indígenas/MG e é professora do Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas. Foi diretora da E.M. Professor Edson Pisani e na secretaria municipal de educação ocupou cargo de gerente de articulação da Po-lítica Educacional e de Secretaria Adjunta de Educação (no final do governo Pimentel).

Page 8: Outrolhar - Abril de 2012

Carnaval sem grilos...

Em 2012, Arnaldo Godoy e Fernando Rios, presidente da Belotur, juntaram esforços para que a PBH apoiasse os pequenos blocos da ci-dade, que foram tratados como manifestações culturais espontâneas e populares que contribuem para alegrar o carnaval da cidade.

O resultado foi uma alegria sem violência que há muito não se via em BH, promovida por 26 blocos de rua que esbanjaram criatividade, espontaneidade e irreverência. “Sambei em todos que as minhas per-nas permitiram: Bloco do Moreré (que reuniu milhares de pessoas em Santa Tereza), Brilha Mais, Mama na Vaca, Alcova Libertina, Bloco do Peixoto e até na apresentação da Velha Guarda da Portela, na Praça da Estação. A percepção é de que nossa cidade requer vida. Temos que ocupá-la”, afirmou o vereador.

... e sem censuraDentro desse espírito carnavalesco, Arnaldo também se manifes-

tou na Câmara e na imprensa contra intimidações ao músico Flávio Henrique pela coautoria da marchinha “Coxinha da Madrasta”, am-plamente propagada pela internet. “Tentar reprimir uma crítica jo-cosa e bem humorada ao episódio de coxinhas superfaturadas na Câmara, só pode ser entendido como censura, coisa impensável no Brasil contemporâneo”, considerou.

Page 9: Outrolhar - Abril de 2012

Contra o aumentoArnaldo foi um dos três vereadores que votaram contra o reajuste de

61,8%, quando a proposta foi ao plenário (15/12), no apagar das luzes do exercício legislativo de 2011. Apesar de constitucional, a iniciativa aprovada na Câmara elevaria os salários de R$ 9 mil para R$ 15 mil na legislatura 2013-2016. “O percentual de aumento estava bem acima da reposição da inflação. A mobilização popular contribuiu para que os parlamentares recuassem dessa proposta acintosa”, contou Godoy.

Page 10: Outrolhar - Abril de 2012

Legislativo às clarasArnaldo criticou duramente também o voto secreto, mecanismo ga-

rantido pelo Regimento Interno da Câmara Municipal. “É uma excres-cência inaceitável da época da ditadura. O vereador tem a obrigação de revelar seu voto. Não pode se esconder da população nem temer as represarias do Executivo”, reflete.

Por isso, Arnaldo é um dos articuladores da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto, lançada em abril no Sindicato dos Jornalistas Profissionais/MG. Para ele, a iniciativa está em consonância com a atuação do mandato, que, desde 2005, detalha gastos com gabinete e pessoal em seu site www.arnaldogodoy.com.br. A transparência na Câ-mara também foi tema de um projeto de autoria de Arnaldo e dos então vereadores Carlão Pereira e Neila Batista. Pelo texto, além de revelar voto em plenário, gastos com pessoal e gabinete, os vereadores teriam que divulgar sua frequência nas comissões temáticas e nas sessões ple-nárias. “Como se vê, há muito o PT defende na Câmara o fim do voto secreto e a transparência no Legislativo”, lembrou.

Page 11: Outrolhar - Abril de 2012

Novas MídiasFinalmente, Godoy se rendeu às novas mídias. Desde o ano pas-

sado, tem utilizado o twitter com frequência e se prepara para entrar no Facebook. “As novas mídias sociais trazem uma potencialidade in-crível para propagar ideias e para a mobilização. Não podemos nos fechar a novos canais que trazem ‘todas as capacidades e confirmações do mundo’”, garantiu.

Novas gentesO gabinete reforçou a equipe: para acompanhar o movimento estu-

dantil, juventude e ainda dar uma mãozinha na rede social, o estudante de Filosofia da UFMG, Lucas Rocha. Nosso Office-boy, Maurício de Jesus, completa 18 anos em maio — será substituído por Rafael Souza Santos, que estuda na EM Professor Lourenço de Oliveira.

Page 12: Outrolhar - Abril de 2012

ImpressoEspecial

9912251773/2010 - DR/MG

CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

[email protected]

CORREIOS

Boletim Informativo do Gabinetedo Vereador Arnaldo Godoy

Chefe de Gabinete: Ivani FerreiraAssessoria Política: Célio CruzAssessoria Parlamentar: Ângela Mourão, Aparecida Delavy, Juliana Gon-tijo, Kleberth Mendes, Lucas Rocha, Roberto Raimundo e Vilmar OliveiraAssessoria de Imprensa: Fernando Righi Marco - MG 05004Comunicação Visual: Rafael AndradeAdministração: Maurício de Jesus, Thaiz Santana e Vivaldo CardosoEndereço: Av. dos Andradas, 3.100 - Gab. 305b - Santa Efigênia - Belo Horizonte - 30260-070 - Fones: 3555-1164 e 3555-1165Impressão: TCS Gráfica — Tiragem 13 mil exemplares

www.arnaldogodoy.com.br •