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OVELHAf - cpvsp.org.br · RON NESTOR ARNALDO JUSKA FERNANDO GEANDRÉ RONALDO MARIZA ELIHU CANINI # -o. fõ /?7 ^"V ANTÔNIO C. RACSOW ZAMAGNA (< ft}^4 D kC I ' ^N ,y&Ayi*jzü& Palavra

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CARTÃO DE PONTO

Uma publicação da VERTENTE EDITORA LTDA Rua Monte Alegre 1434 fone: 62-3699 cep: 05014 São Paulo - SP Diretor Responsável: Wladyr Nader Editor: Geandré Arte: Marina Pontual e Patrícia Representantes: Luis Pimentel - Rua Hermenegildo de Barros 77/303, Rio de Janeiro Edgar Vasques - Rua Dr. Timóteo 927/3° andar - 301 - Porto Alegre Oswaldo Miranda - Rua República da Síria 222 - Curitiba Geraldo Antônio Longo - Av. José Antônio 682/1 0 A - Barcelona Composição-Fotolito e Impressão Editora Jornalística AFA Indústria Cultural S.A. Distribuição da Abril Industrial e Cultural S/A

MASSAGEM PARA EXECUTIVOS

O BANDO DESTE NÚMERO

ALDU SUDAIA LAERTE JOÃO ZERO LUSCAR SYLVIO ABREU LUIS PIMENTEL CIRO PELLICANO JÜLIO CÉSAR VENEZA LAURO MARCON SOUZA FREITAS SOLDA RACY SIZENANDO DIRCEU CHUMY CHUMEZ ZARTEU BIRA BETO MARINGONI TOLEDO LOURENÇO DIAFÉRIA TABARÉ RANCHO RON NESTOR ARNALDO JUSKA FERNANDO GEANDRÉ RONALDO MARIZA ELIHU CANINI

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Palavra de Ovelha

Assim sendo, de casa nova, embora os críticos achem que não é o melhor de Fellini, o Bando

do Desenho do Humor volta a se reunir (olha essa porta aberta!). A periodicidade é tão inegular que o editor sabe tanto quanto o jornaleiro; mas agora estamos a fim de acabar com a bagunça - de preferência, sem convocar a policia. Estamos a fim de eliminar toda a aporrinhação burocrática que nos aperreia. Voltamos mudando alguns detalhes. Por exemplo, o preço do exemplar. Imaginem que até o número 3 o Ovelha custava seis paus. Já no 4 foi para sete. E quatro meses depois, já estamos a dez. Tudo isso por causa do chuchu, evidentemente. Mas não há de ser nada, não. Preços mais altos ainda virão. Agora uma palavrinha aos colaboradores: estamos á disposição. E outra palavrinha aos assinantes: seus exemplares chegarão, a não ser que o correio continue arisco. E antes que a lauda termine: o Ovelha Especial tá nas bancas. Colabore na nossa «Campanha do Desencalhe». Senhoras e senhores, rapazes e raparigas... cheguem mais.

PRONTO, POR ESTE DECRETO QU6 ACABEI t>6

AÇ^AR, TODAS ftS OVELHAS

SERAb BANCAS».

Rhumores.... Gostaríamos de alertar os menos avisados da forma caloteira como vem agindo o jornal Aqui, São Paulo com seus colaboradores. A turma que diz lutar contra o ilicito anda usando recursos parecidos para satisfazer suas aspirações. Aqui, ó!

Este pais é mesmo engraçado. Imaginem que nem bem se forma um mercado de trabalho para os humoristas e já temos críticos especializados no assunto. Quando não falam de cartum, estão ditando regra sobre quadrinho. E muitas vezes confundem as duas linguagens. É o caso de um analista do Movimento, jornal aliás de nossa amizade, que numa matéria sobre quadrinhos nacionais diz ter o Ovelha Negra seguido o exemplo de Versus Quadrinhos (uma edição especial do

jornal). Acontece que o Ovelha é basicamente cartum. E mesmo que fosse quadrinho, jamais poderia ter seguido o exemplo de Versus. Por um motivo muito simples: o Ovelha saiu antes. Isso é só para revelar o grau de desinformação de alguns «críticos». _ Continuamos preferindo a ASSOCIAÇÃO DOS ARTISTAS GRÁFICOS DE IMPRENSA que teoriza menos e trabalha mais.

As sugestões de capa que alguns desenhistas da terrinha enviaram para a edição da Revista Graphis dedicada aos artistas brasileiros endossam as informações deficientes que os editores têm desse pais: sol, flores, bananas, papagaios e outros bichos. Isso sem falar nos outros trabalhos, com muita chupação da própria Graphis. GEANDRÉ

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JÚLIO C€SAR

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(Souza Freitas)

ATRAÇÕES & MRIEMbE5

1 ESCARAMUÇA VIOLENTA

(romance-reportagem)

O mineiro em atitude suspeita foi detido nas imediações da Academia Brasileira de Letras.

Levado para o competente distrito teve que se haver com o detetive de plantão. — Que tavas fazendo ali, rapaz? — Nada. Absolutamente nada. Via, tão somente, a chegada dos velhinhos para o chá. Sob o estrondo de uma risada o detetive fez uma constatação e uma piada. — Nem chã, nem chá-chà-chà, ah, ah, ah. Jã sei de tudo: és um contista! Um contista

mineiro! Na fisionomia do acusado estampou-se um sorriso complacente. — Não. Não sou um contista. Sou um pontista. Vale dizer, os outros escrevem contos e

eu acrescento os pontos. Seguiu-se uma balbúrdia tão grande que o recinto precisou ser evacuado.

II O SEQÜESTRO CÍTRICO

(realismo mágico)

Caminhando sobre o balcão da lanchonete, a fila de garbosas e reluzentes laranjas foi interrogada pelo curioso saleiro.

— Para onde ides, oh belas laranjas? — Nós vamos - disse uma delas - ao encontro do espremedor. — Quer dizer- racicionou o saleiro - caminhando tão felizes assim , vocês seguem para

serem espremidas? Oh não - replicou a primeira laranja da fila, com cara de chefe - nós celebramos um

acordo com o espremedor, mediante o qual, apresentando-nos de cara alegre perante ele, não seremos espremidas.

— Mas como - espantou-se o saleiro - se a função do espremedor é espremer, e não fazer acordos?

As laranjas nada responderam e continuaram, sorrindo, a sua marcha. Ao que o saleiro, filosoficamente, resmungou: «è mundão velho sem porteira.»

III ENTREPOSTO ADUANEIRO

(Ficção fantástica) *

O Sr. Ledegário, cofiando os vastos bigodes, saboreando um trago de um antigo e delicioso conhaque, aspirando com voluptuoso prazer a fumaça do legitimo havana que fumava, matando com certeiro tabefe uma importuna muriçoca, fitou a sua interlocutora com ar sagaz:

— Tal situação, minha cara, assemelha-se ao caso da pessoa que quebrou a perna para ter a oportunidade de usar a bengala que havia ganho.

Jerusa, a ferina Jerusa, recostada em sua confortável cadeira de barbeiro, atirando nacos de carne para o seu doberman empalhado, retrucou de imediato:

— Procuram manter o segredo deixando fechadas as cortinas que, no entanto, são transparentes.

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^

ULVZApAS5oU

(Dirceu)

• Mais deprimente do que a exploração do sexo só imploração do sexo.

• Voltando da viagem o marido abre o armário. É nessa horas que se conhecem os verdadeiros amigos.

• É dos carecas que elas gastam mais.

• Proibido trazer mulheres de conduta duvidosa a est hotel. Prestigie a turma da casa.

• Sujeito que diz que lugar de mulher é na cozinha, não s sabe com quem ele fica no quarto.

• Quarto bem decorado é o do casal em lua-de-mel.

• Eu não sou dessas que andam por ai, não. Eu paro.

• Fecharam aquele motel. Fiquei em maus lençóis.

A/AO TE/VI < - Hot^m PR/\ )

MIM (\qül NE<?JE ôW-BW o

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<lsiAw.dPJl

•SE VOCê TA' A r/M pe ^ev^R UMA VIPA ^TFRA/A/A/A^ PRE- CISA PÉ SANGUE. R>MHA-SÊ N/o MÊC i-W{5AR.

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EM poNTo OE B/^LA. sAse^oNecA^oca

B GOSTOSA B£Ur& QVeM IMTB/RIA/HA P«A' IV\/M.-

AlASCARAEUÍ' (SUE A/APA • B^Sé ESTA CH/iW/ANHWHA. R£t.AX£...G0Za.

NU*\A CAMA MB CAÜSAP-VOCÊLTÁ UÍVWÍX? COM UA{

- • õAÜA^HAO. PERCEBeÜ.7

MACHISTA,WAPá (SUERO t:^A^eR t)E VOCÊ UMA t>AlV\A. BASTA SER 80AZIMHA...

(SUSRo SUFOCA-LA COM MEÍ^S BEIJOS-

MEU AMOR...

VEM/MAS VgM SEM FANTAS/A-

CUM^ f

PEl/A PRA' QJJTftA HORA

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A (Ciro Pellicano)

imaior surra que eu levei na vida toi quando minha mãe pegou o Anselmo Duarte e a Tônia Carrero na cama.

O Anselmo tinha acabado de chegar da matinê e tinha ido direto para o quarto.

Nem bem ele esticou a colcha, jogando no chão meu estilingue e meu jogo de botões; nem bem ele tirou a camisa por causa do calor; nem bem fechou a janela e o vizinho em frente; nem bem fez tudo isso quando entra a Tônia Carrero.

0 Anselmo finge surpresa, você por aqui?

A Tônia, puxa, que coincidência, ela só tinha entrado para descansar um pouco daquele dia quente.

O Anselmo pede desculpas pela bagunça, diz que eu sou um desordeiro, deppis esconde com as mãos o peito nu e põe a culpa na temperatura.

A Tônia sorri, diz que também não agüenta aquele vestido (o mesmo que usou no anúncio do sabonete Lever) e sem mais nem menos tira eie fora.

O Anselmo acha aquilo muito natural, coisa de artista. Afinal, que que tem a Tônia Carrero ficar de calça e sutiã na

frente dele? Acontece que a Tônia não fica nisso. Primeiro pede pro Anselmo cocar suas

costas, assim, um pouco mais pra baixo, que mão gostosa.

Depois começa a conversar baixinho e tico-tico cà, tico-tico lã, o Anselmo perde a cabeça e acaba beijando a Tônia na boca.

Ela então fecha aquele baita par de olhos e fala que não.

Com a mão desocupada, Anselmo procura o fecho do sutiã. Tônia o ajuda, falando que não.

E insiste que não, que não, tanto que agora ela já está nua.

Os dois se abraçam, e no auge Anselmo chega a ouvir Zequinha de Abreu, cada vez mais rápido... cada vez mais rápido...

Nisso entra minha mãe feito louca e com o primeiro tapa da surra atira longe a fotografia da Tônia Carrero.

Depois, aos berros de isso é pecado, persegue este pobre Anselmo Duarte pelado pela casa.

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VaGêSaua (zarteu)

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< SINTO MUITO, O RfiCEMTE

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6SCRITA/EK5AIO TA" NAS BANiCAS TEXTOS DE FERREIRA GULLAR./XRAMôST/NH0kÁO CTO MAR.IA CAR.PEAUX/NELSCNlAjeRN^CK SODRÉ, CAKLOS MEI-SOAJ COUT/NHo.p^ONéLlO MACHAOO. VÉR.TE"NTe gClTOr<A LTDA RUA MONTE ALEGR^JU SM- SÃO PAOLO

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LUSCAR & MARIZA Nota Matrimonial

Luscar e Mariza casaram-se há uns dois números atrás no Rio, mas só agora tivemos a oportunidade de comunicar o enlace e homenagear o casal da melhor maneira possível: unindo-os nesta página. Mas deixemos de coca-cola- dreaming e vamos ao que interessa.

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DECALOGO DOBOMBIRITEIRO

(Marcon)

, È FÁCIL DISTINGUIR O BIRITEIRO DO ABSTÊMIO: ATEIA-SE FOGO AOS DOIS; O QUE QUEIMAR PRIMEIRO É O BIRITEIRO

• O ÚNICO MAL DO ABSTÊMIO É ESTE MESMO.

• o ÁLCOOL DEGRADA O SER HUMANO, MAS SÕ EM DOSES «ON THE ROCKS« EXAGERADAMENTE MODESTAS.

. SE o ÁLCOOL PREJUDICAR A SUA LOCOMOçãO, PARE IMEDIATAMENTE DE TRABALHAR.

, PARE DE BEBER APENAS EM CASOS EXTREMOS E TRANSITóRIOS: QUANDO, AO INVéS DE BILIS, VOCê VOMITAR SANGUE.

• DIGA-ME COM QUEM BEBES E DIR-TE-EI QUEM êS.

• NUNCA DEIXE PARA AMANHã O QUE VOCê PODE BEBER HOJE.

, DIZEM QUE A BEBIDA MATA AOS POUCOS, MAS, AFINAL, QUEM ESTA COM PRESSA DE MORRER?

• ABSTêMIA SIM, MAS COM MUITA MODERAçãO.

, SE VOCê AINDA CONFIA EM QUEM NãO BEBE DEPOIS NãO DIGA QUE NãO LHE AVISEI.

poR TÚLIO CBSfiiR

Curvadinho em formato de cabo de guarda-chuva, enrugadinho-maracujá, no rosto, tapa-olho no olho esquerdo, arrastando duas pernas S com dificuldade e lábios sumidos na boca. Eis o chinês vendedor de alhos, que em meu tempo de criança aprendi a ver passar, carregando uma pesada caixa em direção à feira.

Encontradiço nas feiras de quarta-feira e domingo, o manbembe oriental surgia, não se sabe de onde, de algum beco do Parque Peruche, sempre levando sua carguinha de alho, seu ganha pão. O nome? Ninguém sabia. Família, quem sabe? Fazia pena ver aquele estrangeiro tão idoso, curvando diante do peso da idade, figura tao triste e sofredora, lutando quixotescamente contra a fome com seu varejozinho minúsculo.

Não havia no lugar uma só alma que não se apiedasse do pobre velhinho. Era tido mesmo como exemplo pelos pais, que não cansavam de cltà-lo aos filhos, como a própria imagem da boa vontade e perseverança, da honradez e retidão. Querido, era o velho, de todos, que temiam pudesse vir a adoecer sem dispor de uma so alma que pudesse cuidà-lo. Sempre só com seu minguado mercar, não era de crer tivesse parentes.

Certo dia voltando da feira, foi notado pelo Negrinhao e pelo Cabeção, que montavam guarda num poste da esquina. Esses dois eram figuras pouco freqüentadas do pedaço. O primeiro, um crioulão de metro e noventa, magriço, esticado, capoeira e bamba no rabo-de-arraia, vânas passagens pelo Distrito. O segundo, um oranco atarracado, grosso no meio, sem pescoço, troncudão, bom na cabeçada e na mão chanfrada em meio ao vazio, da vitima. Marginal de porte.

O velho chinês veio pela sombra e apareceu demorar uma eternidade para chegar ate onde estavam os dois famigerados. Mais capenga do que nunca, caixa de alho vazia e bolso cheio. O volume da grana despertou a atenção da dupla que plantou-se no caminho do mascate. Cabeção levou a mão ao bolso do velho, que passara entre os dois sem dar pelota. Esta foi a última coisa de ruim que Cabeção fez. O china cresceu diante dos dois gatunos, deu um salto retesando os braços, fez uns salamaleques estranhos e despachou a mão em feitio de raquete de tênis no meio da careta focmhada do grosso, que tombou para só acordar no hospital. Nunca mais o Cabeção atinou direito, ficou aluado.

O Negrinhao, por seu lado, viu e não creu, ficou teso olhando para o ninho de serpentes orientais e dragões que o chinês soltava pelos olhos, só veio à realidade quando percebeu que chegava sua vez de dançar.

— Vem outro, vem dizia o velho. — Eu heim! Aqui ó gaivota! - exclamou o pilantra, correndo em seguida e está correndo até hoje.

3AO PAULO

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> VENHft coM ) ( IMDIRET/U! )

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QUE NARIZ É ESTE ? (uma refbrmQ no sua cara)

Tá na hora de mudar. Trocar essa cara desvalorizada por outra mais moderninha Coragem, homem! Não deixe que a tradição e o comodismo-essa minoria consevadora - estabeleçam uma ditadura no seu estado

emocional. Tente reagir. Experimente chegar em frente ao espelho e cuspir xingar, socar essa imagem denegrida no exterior por rugas, espinhas e

cravos conjunturais. Depois corra e arranje outra cara hl^0

amff!Aria,andr0, aqui -estão a|gumas sugestões: caras que você poderá assumir hoje mesmo, numa operação 8% garantida.(A mesma garantia que lhe dá o^PS'

fc com a vantagem de não utilizar os serviços dos derrapantes cirurgiões daquela funerária instituição!).

Vamos lá, escolha a cara que mais lhe agradar e entre na faca. Não dói

mais do que esta sua dor constante

e antiga.

CARA MAIORIA SIMPLES: Como o nome indica, é uma cara multo popular. Parêntesis: popular é tudo aquilo que faz o povo pular, como é o caso

dos ratos, ônibus, corintias e flamengos.) Tá na cara que a «maioria simples»

não tem nada que ver com seu estereótipo, a «minoria complicada», que entope

bares, cinemas de arte e portas de livrarias. A «maioria simples» é sucessora da «maioria de dois terços», modelo misticamente obsoleto.

Claro que ninguém vai rezar mais do que já reza só porque tem dois terços.

CARA INDIRETA: Não me olhe de esguelha: não é nada disso. Essa cara até que é boa, só vai lhe poupar trabalho. Verdade que compromete sua

personalidade, mas que mal pode haver em endossar mais um pouquinho o que outros fazem

quando bem entendem? Confie no próximo e fique na sua. Melhor uma «cara indireta» que um

direto na cara.

CARA VINCULADA: Cara dupla, ou tripla, ou... você é que sabe dos seus vínculos. Se lhe

convém tirar da reta, mostre o focinho do outro. Numa «cara vinculada» pode ter, por exemplo, os olhos do Don Helder, o nariz do Jucá Chaves e a boca do Ibraim, que funcionariam da seguinte

forma: você sai por ai, com os olhões bem abertos; se as coisas ficarem pretas, respire

fundo; se federem, torça o nariz, só então, abraa boca, desandando a falar besteiras sob

calorosos aplausos.

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CARA DE IMPRENSA: Pode escrever o que eu digo sinceramente: não sai uma linha. Com

essa cara, não sai mesmo. Ela fixa indelevelmente todas as linhas do seu rosto,

principalmente a linha dura. É uma cara muito pintada - e mal pintada! Mas você em

compensação escolhe a cor: marrom ou preta. Se escolher a preta, ganha de quebra. uTna cor-

surpresa pilot!

CARA TAMPÃO/OU PRORROGADA: Nada feito. Sabemos que o pouco que lhe sobra, amigo, você aconomiza pro teatro, pro uisque e pras

viagens, certo? Vai se agüentando com essa cara mesmo, adie a mudança para dias melhores. Não adianta chorar: a nega tá lá dentro, no batente do

fogo, com a cara defumada e prorrogada também.

CARA JUDICIÁRIA: Cara feia. Não vale a pena adotá-la. Tão complicada, que é quase

impossível descrevè-la. Os próprios cirurgiões não sabem como executá-la (ou, quem sabe, não podem?). De qualquer modo, è uma cara

sem muita importância, que entrou aqui meio por acaso, talvez por um ato falho (o ato falha?) ou

até mesmo pra tirar partido da jogada.

CARA CASUjSTICA: Essa (com certeza!) entrou por acaso. Á revelia do meu controle (cada vez mais) remoto. Paradoxalmente, no entanto, é a cara com que tenho, mui orgulhosamente,

andado. Que jornalista tem sempre que estar na moda. Sutilmente alinhado, pois dormiu de boca aberta, já sabe não acorda mais... A propósito: -

Sai um Recesso, casuisticamente ao ponto

( Antônio Cláudio Zamagna) 2á

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MISTURA FINA

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^BOJ^ (Sylvio Abreu)

E ra uma vez uma meninazinha loura que tinha quinze anos e o cabelo todo cacheado em que trazia sempre preso um lacinho vermelhinho. Ah, com rendinhas brancas nas bordas. Ela morava sozinha em um castelo mal- assombrado, no alto de uma montanha difícil de escalar; seus parentes todos haviam morrido e ela não tinha ninguém pra cuidar dela. Ninguém que lhe ensinasse boas maneiras - a não meter a mão no nariz, por exemplo, que é muito feio. Vejamos só: estava na idade da razão e no entanto não sabia distinguir um príncipe de um chofer de caminhão - quando, acaso, um dos dois a chamava pra uma contradança numa festa dessas nos castelos medievais. - Aliás, era tão ingênua que não sabia distinguir entre um caqui e um tomate a não ser comendo um, depois outro... mas aí sua memória a confundia, ela nunca se lembrava qual

dos dois tinha comido primeiro. Um dia, essa pobre e desprotegida menina loura dos cabelos cacheados pediu a Papai Noel as mais belas roupas, os sapatos mais altos e caros que pudesse ter sem provocar o escândalo das bruxas invejosas da vizinhança. E, quando chegou o Natal, ela abriu os presentes e se vestiu e se calçou è, ao olhar no espelho, viu que estava muito bonita. De uma beleza assim - vamos evitar a malícia - de se tirar o chapéu. Confiante em todas essas armadilhas que os espelhos e os homens armam para as mulheres, ela deixou ao lado do telefone um recado pra camareira, dizendo que demorava a voltar, não precisava botar a janta e tal, desceu as escada do castelo mal-assombrado e foi pra cidade, de táxi, cuidar da vida, que hoje em dia, com essa carestia, ninguém mais vive no mundo da lua.

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MINHA.VIAGEM INESQUECÍVEL (JAAB)

#**■*''

^^^k, já pode virar os holofotes pra banda de lá que eu confesso. Já não agüento mais esta ago- nia, digo não digo, enquanto meia dúzia de inqualificados soltam informações bombásticas, che- gando vertiginosamente ás manchetes. Agora chegou a minha vez, resolvi colocar a boca no trom- bone e gritar alto e bom som, dentro das relativas possibilidades dos meus pulmões:

- Já viajei num disco voador! Eu não disse? Ninguém acreditou na primeira, agora vou ter que escrever o resto do artigo a res-

peito. Mas eu escrevo e assino por baixo, pois não agüento mais este disco dentro de mim. Que- rodizer, mais vale um disco confessado que dois voando.

O problema é que qualquer zé ninguém tem o direito de afirmar que disco voador existe, e ainda registra a idéia no departamento de invenções mais próximo. Agora vá um sujeito sério - mesmo

[ que seja humorista - dizer que andou num objeto não identificado e afirmam logo que a gente '. confunde disco voador com tobogíl No minimo vou ser taxado de louco, senü ou macrocéfalo. Quando não, vão me cobrar uma taxa por afirmação indébita. Seja tudo por amor à ciência e à

'. verdade. Ou tudo pela ciência, verdade & amor (acho que vou marcar um triplo). Resisto. Vou afirmar até ao fim (vira esse holofote pra lá, eu já confessei!-) que já viajei no bicho

e nem paguei entrada. Foi assim, aquela aparição durou um segundo, talvez dois, o tempo de cem beijos de donzela do interior(gostaram da comparação?).O disco voador surgiu lá, vindo ao que parece do Trópico de Capricórnio e deu aquela paradinha, copyright by Pele. Eu ali, sozinho na encruzilhada (era sexta-feira, meu caro leitor incrédulo), pasmado pelo desenrolar dos aconteci- mentos.

Então a coisa me «sugou». Fui imantado por uma luz azul ou vermelha, eu sei lá, o senhor não está vendo que eu sou daltônico? Aliás, daltônico às sextas-feiras. A subida foi um pouco difícil,

• problema de pressão atmosférica; e eu resfriado, a mercê daqueles monstros. Ao entrar no disco verifiquei com surpresa que o ambiente me era familiar, decorado com

extremo bom gosto. Pensei até que estava chegando em casa e que minha mulher resolvera mudar a decoração. O fato é que a gente lê tanta ficção cientifica, que a realidade vira fantasia ou vice-versa, com muita facilidade.

- Alô, Alô, ZZ-PZ, queira aferira freqüência de nossa emissora, a ZXX - 3. E essa agora, estes americanos fazem tudo para chamar a atenção. Comecei a desconfiar que

os «marcianos» não passavam de bucólicos astronautas em estação de férias na Lua. Ou em Marte, que sei eu? Mas os homenzinhos falavam em português e eu não acredito que americano seja tão requintado a ponto de passar trote em humorista. E logo em português. Ai desconfiei que fossem russos. Que nada. Não tinha ninguém tomando coca-cola...

Mas quem seria aquele grupo de astronautas, vestidos de roxo e laranja (ah sim, o daltonismo)? Mal fiz a pergunta surgiu o líder, percebi logo pelo seu ar de liderança. È fatal, seja em Bangla Desh ou em Marte. Vendo o meu ar de esoanto - afinal os homenzinhos trajavam roupa de folia e o carnaval jazera, meu irmão, - o líder obtemperou:

- Vai e diz a todos os teus patrícios que os discos voadores existem. Quem o afirma é o Embaixador do planeta Périplo. Sarava.

Mal tive tempo de saravar o homenzinho que automaticamente se calou. Aí acordei, mas era já tarde. Este artigo já estava escrito.

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ULTIMO ATO C (Luis Pimentel)

hegou sem fazer barulho às tantas da madrugada. Tirou os sapatos prendendo a resnirarân e encostou a porta. Acendeu a luz sem quebrar o silêncio. Sentou no L fcom delicada Aparteí

ra de cigarros vazia jogada no chão lhe irritou. Levantou e se pôs a pisar neuro^awefãacln^ com técnica impecável; exatamente dez pisadas. Caminhou até serquar^^

desesperado. Foi ao quarto da filha e repetiu a mesma careta (perdão! Expressão Tvoltou às pressas para a sala, deu uma volta no corpo de exatamente 90 graus passou a m^ na testl su-

ada e exclamou com rouca empostação: -Oh, my Godi M<^UU a mao na testa su- :fnn,SrH'nC? 0 0lhar até P c.of,;e'descobriu que este tinha a porta violada. Correu aoauartodos fundos em desespero: - Jacira! Jacira! Oh, my God! (mas desta vez, noutro tom)

d^S peerrdideolemPre9ada ^^ Se f0ra' apertOU aS mãOS e fez aquela cara manJ^a Constatou no guarda-roupa de portas abertas, que lhe restava apenas a roupa do corpo Correu até

a garagem e de lá ouviu-se o grito: - Santo Deusi Meu carroí Voltou pra sala tirando o paletó amarrotado e sentou ao lado do telefone

Apanhou o catálogo e começou a procurar o número da policia. Discou os primeiros números eparou^Cara de pensador urbano. Olhar de quem tá sabendo do que se trata. A batida

violenta do telefone no gancho: - Não, não farei isso! A respiração começando a chegar prós eixos. A tranqüilidade

aos poucos voltando aos olhos. Estirou as pernas sobre a mesmha do telefone e desamarrou a gravata. Serviu-se uma

dose de puro escocês e deixou rolar um sorriso satis- feito. Estirou o corpo no sofá e cochilou.

Dai â pouco roncava a reação adiada. Música de fundo aumentando. Black- out no palco. Luz na platéia.

Os expectadores se olham indecisos. A música aumenta cada vez mais.

Aplausos timidos e solidários. O ator levanta-se com a gravata na mão,

faz uma reverência fria e dirige-se pro camarim.

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ük "C^^^^TÍT^T/*^ A (LourençoDiaféria)

E ESTKÜMOSA DESCOBERTA. DE MAMANGABA NO FUNDO DO ABISMO.

Entre as mais recentes novidades literárias que, embora com atraso de dez anos, acabam de ser colocadas ao alcance do reduzido número de leitores que se interessam por civilizações perdidas, poucas se podem comparar, em descarnamento do processo expressivo e na rigorosa minúcia da narrativa, ao instigante livro de Jack Vance (pseudônimo de Terence Gordon), «The Country of Fiat Heads», o qual, na tradução portuguesa de Aldrovando Forja, recebeu o enigmático titulo de «Sob o Patamar da Glória».

Devo prevenirão leitor que não é meu objetivo, neste jornal pouco sério e que mal paga a seus colaboradores - eu mesmo tenho a haver 218 cruzeiros no caixa já vai para quatro meses e não há ameaça capaz de desalojá-los da carteira do diretor-financeiro - não é meu objetivo, repito, estender-me em considerações sobre o caráter estilístico estratif içado e heterogêneo da obra de Vance; não vou deter-me em analisar o texto literário como uns sistema imanente, nem vou prender-me a qualquer estudo do ponto de vista fônico, métrico, entonacional, sintático, simbólico ou léxico, métrico, de «Spb o Patamar da Glória». O livro, aliás, é bastante singelo e objetivo, a começar pela orelha;esta é de bom acabamento e traz oportunas informações biográficas sobre o Autor.

Até os 26 anos, Jack Vance havia escrito apenas cartas e bilhetes a sua namorada Evelyn, moça de peregrina beleza, mas filha de um mecânico que bebia muito e vivia de tanque cheio. A vida irregular do pai da jovem Evelyn levou Terence Gordon a romper o romance, casando-se um mês depois com-Margareth Thompson, encantadora viúva cinqüenta e dois anos mais velha que ele, herdeira de notável lote de ações ao portador de uma empresa de mineração, duas boas

fazendinhas de sorgo e uma cadeia de f liperamas na Costa Leste. O providencial casamento com Terence Gordon devolveu a Margareth a antiga tranqüilidade de seus morigerados hábitos caseiros, pois o novo marido encarregou-se de gerir e administrar todos os bens, liquidando-os em menos de dezoito meses. Terence passou então a dedicar-se a biscates e á aquisição de peças de segunda mão, que revendia. Mais tarde, já divorciado de Margareth, reduzida à penúria, empregou-se como camareiro em paquetes de luxo e assim percorreu os mares, detendo-se por fim em Hon Kong, onde desembarcou para tentar, sem êxito, o tráfico de pérolas negras. Sobreveio-lhe pertinaz prisão-de-ventre que quase o leva á morte, não fosse a pronta intervenção cirúrgica praticada por uma equipe de contrabandistas, que lhe abriu a barriga a facadas e dela extraiu, sem anestesia, oito colares de três voltas, um par de brincos, cinco broches e meia dúziade anéis e prendedores de gravata. Após convalescer do desagradável episódio, Terence Gordon incorporou-se como intérprete a um grupo de caçadores de peça, que se meteu na floresta tropical sob os auspícios de uma empresa de turismo. A carvana extraviou-se e nunca mais foi encontrada.

Vinte anos mais tarde Terence Gordon reapareceu com uma história fantástica, um manus- crito, e uma flecha envenada no peito, presente de uma tribo de índios pacificados.

Até ai, nada de especial na biografia de Gordon. A versão de suas aventuras e de sua solidão na selva foi recebida com indiferença e mesmo celta irritação, pois o tema já estava bastante gasto no cinema e na televisão. Terence Gordon decidiu então adotar o pseudônimo de Jack Vance e apresentar-se como arqueólogo, oferecendo os originais de sua obra como ficção

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cientifica ou ciência fictícia. O êxito foi imediato: «The Country of Fiat Heads» vendeu em um mês dez milhões de exemplares. Como explicar o fenômeno? Em primeiro lugar o manuscrito foi escoimado de pormenores irrelevantes das vicissitudes do grupo de caçadores e do próprio Gordon tais como fome, desabrigo, doenças e feras. Os editores se fixaram, a seguir, apenas numa faceta de narrativa: a descoberta dos restos de misteriosa nação onde vicejava uma planta rubiàcea que produzia grãos, os quais, depois de torrados e moidos, eram fervidos em infusão e servidos em pequenos xícaras nas repartições públicas. Esse território, exótico sob vanos aspectos encerrava mistérios de conduta e comportamento que se perderam para sempre na noite dos tempos. O trabalho Vance limitou-se a fazer um rol, às vezes completamente caótico, de objetos e documentos localizados no fundo de um abismo. Por eles se conclui que houve ali, em alguma é poça remota, um país chamado Mamangaba, povoado por criaturas que usavam instrumentos de percussão como bumbos e tamborins e reuniam em festas rituais ricos e miseráveis estes andrajosos e magros, aqueles cobertos de plumas e purpurinas. Boa parte de seus habitantes tinha cabeça chata (donde o título original do livro). E por uma razão qualquer, talvez uma catástrofe, país e povo havia-se precipitado no enorme boqueirão.

Anesar da deficiente tradução de Aldrovando Forja, que insiste em utilisar termos absoletos romo oe^Ss raolrigas tam para designar meias, piranha e tems, le-se com gosto e eScTnffinTo KTrições de usosPe costumes daquela gente^ Assim e ^ s fica ^endo que Mamangaba travara guerra guerra de noventa minutos contra o Paraguay, então uma potência em cana, e a guerra terminara empatada por 1 ai.

Uma vez ao ano o governo de Mamangaba comemorava o fim do verão mandando entregar a doSlio-Ssaue tinham domicilio - um formulário que devia ser preenchido com o máximo cSdo e decisão Esse formulário chamava-se declaração do imposto de renda. Tal imposto era um trtbuto cobrado indi^^^^^^^ de todos os cidadãos, no gozo ou nao de seus direitos oo^ros aue de uma fôrma ou de outra houvessem recebido pagamento por qualquer tipo de frabamo honrado medan^ Isentavam-se do imposto os rendimentos auferidos pela prâtfcrdo KnocinTo e os subornos em geral, bem como eventuais trampos e mamatas, esporádicas ou permanentes.

Para efeito de pagamento do imposto de renda os mamangabenses dividiam-se em duas raptas- as oessJas iüridicas e as pessoas físicas. As pessoas jurídicas mantinham equipes de advoaadoserábufaspa a estudarem a melhor maneira de transformar a renda em despesa, e a^sfm oaaar menS fmpolto Já as pessoas físicas davam tratos à bola para diminuir as Ssp^saf com mulher Pf?lho0s, es^ comida e outros supérfluos, a fim de sobrar algum dinheiro para pagar o imposto de renda.

O feijão era escasso. Todas às quartas e sábados rodava-se a sorte, para ver quem merecia enriquecer. A riqueza era

mal dividida: geralmente em bilhetes inteiros, raramente em frações. Havia os que mandavam e os que obedeciam. A moeda chamava-se porreta: eram pequenos talões, posteriormente revogados. Os banqueiros quase nunca sorriam em público, mas viviam com bastante conforto. O povo

vivia sorrindo e nao levava nada a sério. As mulheres tinham dois seios, com exceção dos travestis. Tróia era o nome de um cavalo que deu o maior azar no Jóquei Clube. Jóquei era o lugar onde o débeis mentais faziam higiene mental.

Grandes decisões políticas eram tomadas em festas que reuniam empresários e pessoas gradas Servia-se um líquido ocre que embebedava tanto como o poder e comiam-se ovas de esturjão com torradas. Com exceção dos garçons, o povo não tinha acesso a taisacesso a tais reuniões.

Às vezes realizavam-se eleições públicas.

Outras tinha tudo para ser um grande país, uma grande civilização, até chamava-se àquilo de continente mas, segundo revela Jack Vance na parte final de seu livro, a situação descambou com a chegada das pacas e dos caçadores atrás das pacas. Um dia o imperador de Mamangaba fez um discurso e abriu o jogo: A situação está ruim paca.

Então os aborígenes que habitavam a região partiram para suas reservas deixaram o território livre para quem chegasse primeiro. E chegou um português. E o português abriu o primeiro bar; e ninguém mais segurou a esculhambação. Countrv of Fiat Heads» (Sob o Patamar da glória) não esclarece suficientemente o leitor soore to das as dúvidas que vai lançando ao longo de suas 210 páginas. E um livro enigma e deixa ra n s - parecer o clima de alucinação em que seu Autor o escreveu, Jack Vance fez mais um ^'atório umaesDécie de roteiro para um futuro romance, ou, quem sabe, um ensaio. Nao tem grandes pretensões literárias. O livro tem porém o mérito de alertar para o perigo que correm os países que vivem eternamente à beira do abismo.

Chega um dia, ó! .1

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O PROBLEMA DOS MENORES ABANDONADOS £• APEIVAS UMA OUESTAO bE^EMPO:

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SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA

As pessoas de ordem e bem situadas devem fazer com certa freqüência giros políticos bem à direita ou bepn

no centro. Esses giros são fáceis de se fazer mas necessitam certa prática para que passem

despercebidos. OVELHA NEGRA, amante da ordem e da paz, leva a

seus leitores o último grito giratório para tais práticas políticas.

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TEMPOS ATRAS,QUANDO EXISTIA AMPLA EXPECTATIVA QUANTO A ABERTURA.