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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 02/01/2014 11:19:06 N.°: 00005
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 02/01/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Urgente
DISTR=DINV/DOC/DPF/DCF/DAF II/CGF
DESCR=XINV-XPRO
RTM=ANGBREM,SAFBREM
RTM/CLIC=
REF/ADIT=CIT 93136 2013
CATEG=MG
//
Promoção comercial e
investimentos. Missão
empresarial a Angola e
Moçambique. Informações
adicionais. Data da missão.
//
Nr. 00005
Retransmissão automática para Brasemb Luanda e Brasemb
Pretória
RESUMO=
Cumpro instruções. Transmito informações adicionais
sobre áreas de potencial interesse no setor de
indústria de transformação em Moçambique. De acordo
com sondagem realizada, a primeira semana de
fevereiro seria mais propícia para a realização da
missão que a última semana de janeiro.
A indústria de transformação é considerada setor estratégico
para o desenvolvimento econômico de Moçambique, ao lado dos
setores agrícola e de minas e energia.
Distribuído em: 02/01/2014 11:19:21 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 02/01/2014 11:19:06 N.°: 00005
CARAT=Ostensivo
2. Nos últimos anos, os megaprojetos nos setores de energia,
minerais (especialmente carvão) e gás têm constituído um
potencial de crescimento para a indústria de transformação ou
de processamento e exportação.
3. Em outubro de 2013, o Comitê de Conselheiros instituído
pelo Governo elaborou um Relatório de Revisão da Agenda 2025,
com o objetivo de orientar os planos de cooperação e
iniciativas de desenvolvimento em Moçambique até aquele ano.
No campo da indústria de transformação, as seguintes áreas
foram consideras prioritárias:
i)Produção de sucos, frutas e vegetais embalados,
concentrados alimentares, transformação de cereais,
aproveitamento integral da soja, entre outras;
ii)Matadouros e redes de frio;
iii)Produtos químicos para a agricultura (fertilizantes e
misturas de pesticidas);
iv)Indústria têxtil e de confecções;
v)Indústria associada a` construção civil;
vi)Prestação de serviços de preparação da terra e
importação de peças sobressalentes para máquinas
agrícolas e meios de transporte pesado (caminhões);
vii)Indústria do vidro e de embalagens de cartão e
plástico;
viii)Transportes de passageiros e de bens específicos;
ix)Serviços de assistência técnica aos equipamentos.
4. O Banco Mundial, por sua vez, sugeriu em Relatório
Econômico de Moçambique a criação de "clusters" capazes de
gerar emprego, suprir a demanda interna e exportar
excedentes. O Banco considera exemplo de "cluster" com bom
potencial de desenvolvimento o da indústria têxtil, que
atrairia também serviços especializados com embalagem,
acabamento e lavanderia, bordados e serigrafia, camionagem e
armazenagem. A exportação do vestuário para a África do Sul
seria uma possibilidade atrativa.
5. A título de exemplo de projetos na área da indústria
transformadora em Moçambique, reproduzo, a seguir, relação de
projetos registrados fornecida pelo Centro de Promoção de
Investimentos (CPI), incluindo o nome, a localização e o
valor do investimento previsto:
i)Fábrica de Cimento, Moatize, USD 17.637.000
ii)Planta de Processamento de Carvão de Coque, Tete, USD
141.754.000
iii)Fábrica de Alumínio, Tete, USD 1.854.000.000
iv)Fábrica de Biodiesel, Nacala, USD 149.000.000
Distribuído em: 02/01/2014 11:19:21 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -3-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 02/01/2014 11:19:06 N.°: 00005
CARAT=Ostensivo
v)Fábrica de Aço, Dondo, USD 29.000.000
vi)Fábrica de Ligas de Ferro, Dondo, USD 52.000.000
vii)Fábrica de Carvão de Lenha, Honde, USD 39.200.000
viii)Fábrica de Cimento, Namacurra, USD 1.000.000
ix)Fábrica de Alumínio, Beira, USD 800.000
6. No âmbito da indústria de processamento de alimentos, o
CPI considera como de maior potencial o de produtos como i)
milho; ii) amendoim, iii) gergelim; iv) aipim; v) feijão; vi)
legumes; vii) castanha de caju; viii) algodão; ix) tabaco; x)
madeira; xi) frutas tropicais, como banana e manga.
7. No que tange à sugestão de data para a realização da
missão empresarial, o Diretor Adjunto do CPI considera
difícil obter confirmações de participantes ainda na primeira
quinzena de janeiro, devido ao período de férias e recessos
de início de ano. Nesse sentido, seria recomendável procurar
realizar a missão no início de fevereiro.
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LOM
Distribuído em: 02/01/2014 11:19:21 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -1-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 14/01/2014 14:01:35 N.°: 00064
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 14/01/2014 (SRS)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DTS/CGCPLP/DAF II/ABC
DESCR=CPLP-BRAS-MOÇA
RTM=CPLBRMS
RTM/CLIC=
REF/ADIT=TEL 63
CATEG=MG
//
Brasil-Moçambique. III Reunião
dos Ministros da Saúde da
CPLP. Maputo, 12 de fevereiro
de 2014.
//
Nr. 00064
Retransmissão automática para DELBRASCPLP
Informo e peço providências. Em reunião com o Ministro da
Saúde de Moçambique, Alexandre Manguele, em 10 de janeiro
corrente, que relato em telegrama à parte, foi confirmada a
realização, nesta capital, em 12 de fevereiro próximo, da III
Reunião de Ministros da Saúde da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), antecedida de reuniões
preparatórias nos dias 10 e 11 do mesmo mês.
2. Sublinho que a Reunião poderá constituir oportunidade para
discussão, à margem do evento, sobre os rumos da Fábrica de
Antirretrovirais e Outros Medicamentos. É possível, ademais,
que o tema do combate ao HIV/AIDS tenha destaque na agenda.
3. Nesse sentido, muito agradeceria informar-me oportunamente
sobre o nível de participação brasileira na Reunião.
Distribuído em: 14/01/2014 14:01:50 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 14/01/2014 14:01:35 N.°: 00064
CARAT=Ostensivo
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
EPCF
Distribuído em: 14/01/2014 14:01:50 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -1-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 21/01/2014 11:07:47 N.°: 00097
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 21/01/2014 (SRS)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DINV/DOC/DPF/DCF/DAF II
DESCR=XINV-MOÇA
RTM=ANGBREM
RTM/CLIC=
REF/ADIT=CIT 93325
CATEG=MG
//
Brasil-Moçambique-Angola.
Promoção comercial e
investimentos. Missão
empresarial. Indústria de
transformação. 3 a 7/2/14.
//
Nr. 00097
Retransmissão automática para Brasemb Luanda
Cumpro instruções. No que se refere à agenda da missão de
prospecção comercial e de investimentos em Maputo, permito-me
sugerir o seguinte:
i) Reunião de coordenação na Residência oficial, em 6/2, às
15h;
ii) Inclusão da Odebrecht entre as empresas com as quais a
delegação brasileira deverá reunir-se em 6/2, às 16h, na
Residência oficial;
iii) Coquetel em 6/2 (e não em 7/2), às 18h, aproveitando a
presença dos representantes das empresas brasileiras na
Residência oficial.
2. A título de subsídio adicional para a missão, informo que
Distribuído em: 21/01/2014 11:12:56 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 21/01/2014 11:07:47 N.°: 00097
CARAT=Ostensivo
foram divulgados ontem dados sobre o Plano Econômico e Social
do Governo moçambicano para 2014, indicando previsão de
crescimento de 5,6% na produção industrial para este ano.
Entre os setores da indústria com maior expectativa de
crescimento estão: fabricação de cimento (11,9%); fabricação
de produtos metálicos, máquinas e equipamentos (10,9%);
indústrias alimentares e de bebidas (9,8%); indústria do
tabaco (8,9%); fabricação de mobiliário e outras indústrias
transformadoras (7,9%); indústria metalúrgica de base (3,3%);
fabricação de produtos químicos (1,1%); fabricação de artigos
de borracha e material plástico (0,9%); fabricação de
máquinas e aparelhos elétricos (0,6%); edição, impressão e
reprodução (0,4%); fabricação de papel, cartão e seus artigos
(0,2%); fabricação de têxteis (0,1%); indústria de vestuário
(0,1%); e fabricação de calçados (0,1%).
3. A produção de alimentos e bebidas deverá ser influenciada
pelo aumento da produção de óleos, transformação de cereais e
produção de produtos de pastelaria e de alimentos para
animais. Há também vários investimentos previstos para a
introdução de novas fábricas de processamento de arroz,
algodão, milho e produção de óleo de soja, cerveja e
refrigerantes.
4. No âmbito dos produtos metálicos, conta-se com o aumento
da produção de materiais de construção (estruturas metálicas
e diversos).
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LOM
Distribuído em: 21/01/2014 11:12:56 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 24/01/2014 13:29:25 N.°: 00130
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 24/01/2014 (SRS)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DTS/CGCPLP/DAF II/ABC
DESCR=CPLP-BRAS-MOÇA
RTM=CPLBRMS
RTM/CLIC=
REF/ADIT=TEL 64
CATEG=MG
//
Brasil-Moçambique. III Reunião
dos Ministros da Saúde da
CPLP. Maputo, 12 de fevereiro
de 2014.
//
Nr. 00130
Retransmissão automática para DELBRASCPLP
Informo e rogo providências. No âmbito da III Reunião dos
Ministros da Saúde da CPLP, diplomata do Posto foi contactado
pela Chefe do Departamento de Cooperação Internacional do
Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU), Geraldina Langa. A
funcionária, além de encaminhar carta convite, projeto de
agenda e boletim informativo objeto dos tels 53, 45 e 37 de
DELBRASCPLP, cuja retransmissão muito agradeço, rogou que
fosse informada, com a brevidade possível, a composição da
delegação brasileira à Reunião.
2. A Senhora Langa informou, ainda, que o Governo local
custeará a hospedagem no Hotel Radisson Blu de dois quartos
para o Ministro da Saúde e assessor no período do evento.
3. Muito agradeceria habilitar-me a responder ao Ministério
da Saúde moçambicano.
Distribuído em: 24/01/2014 13:29:39 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 24/01/2014 13:29:25 N.°: 00130
CARAT=Ostensivo
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
SLAM
Distribuído em: 24/01/2014 13:29:39 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -1-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 31/01/2014 14:14:55 N.°: 00178
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 31/01/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Urgente
DISTR=DTS/CGCPLP/DAF II/ABC
DESCR=CPLP-BRAS-MOÇA
RTM=CPLBRMS
RTM/CLIC=
REF/ADIT=TEL 130, TEL 64
CATEG=MG
//
Brasil-Moçambique. III Reunião
dos Ministros da Saúde da
CPLP. Maputo, 12 de fevereiro
de 2014.
//
Nr. 00178
Retransmissão automática para DELBRASCPLP
Informo. Em contato com a Chefe do Departamento de Cooperação
Internacional do Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU),
Geraldina Langa, colaborador meu foi informado de que está
confirmada a participação, em nível ministerial, de Angola,
Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste à III
Reunião dos Ministros da Saúde da CPLP (Maputo, 12 de
fevereiro de 2014).
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
Distribuído em: 31/01/2014 14:15:01 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 31/01/2014 14:14:55 N.°: 00178
CARAT=Ostensivo
EPCF
Distribuído em: 31/01/2014 14:15:01 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -1-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/02/2014 14:44:26 N.°: 00281
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 28/02/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DINV/DOC/DPF/DCF/DAF II
DESCR=XINV-MOÇA
RTM=ANGBREM
RTM/CLIC=
REF/ADIT=DET 59
CATEG=MG
//
Brasil-Moçambique-Angola.
Promoção comercial e
investimentos. Missão
empresarial. 6 a 11/2/2014.
Relato.
//
Nr. 00281
Retransmissão automática para Brasemb Luanda
RESUMO=
Informo. Relato missão de prospecção comercial e de
investimentos com foco em indústria de transformação
coordenada pelo Senhor Diretor do DPR, entre 6 e 7 de
fevereiro de 2014, em Maputo.
Realizou-se, entre 6 e 7 de fevereiro de 2014, missão
empresarial a Maputo chefiada pelo Senhor Diretor do DPR com
vistas a prospectar oportunidades de parcerias e
investimentos sobretudo no setor de indústria de
transformação em Moçambique. A delegação teve a seguinte
composição:
Distribuído em: 28/02/2014 14:44:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/02/2014 14:44:26 N.°: 00281
CARAT=Ostensivo
1) Ministro Rodrigo de Azeredo Santos, Diretor do
Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do
Ministério das Relações Exteriores (DPR/MRE)
2) Henrique de Azevedo Ávila, Diretor do Departamento de
Suporte a Operações na África, do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
3) Paulo Roberto de Oliveira Araújo, Chefe do Escritório do
BNDES na África
4) Casemiro Bruno Taleikis, Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ)
5) Stephane Samudio Fonseca Santos, ABIMAQ
6) Fabio de Oliveira Pavan, Construtora CONTRACTA
7) Francisco Lourenço Rapuano, Construtora CONTRACTA
8) Adriano Cassanello do Amaral, ITEC Engenharia
9) José Ricardo Barella, Progen
10) Celso Botelho, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(SENAR)
2. Acompanhei, juntamente com o Chefe do SECOM, encontros
mantidos pelos participantes da missão com representantes do
Governo e do setor privado moçambicanos, além de com
representantes de empresas brasileiras já estabelecidas em
Moçambique, conforme a agenda cumprida abaixo:
DIA 6/2 - quinta-feira:
12h00 - Almoço livre
13h00 - Reunião de coordenação na Residência oficial
14h00 - Reunião com o Ministro da Indústria e Comércio de
Moçambique, Armando Inroga
15h30 - Reunião no Centro de Promoção de Investimentos (CPI)
Participantes: CPI, Gabinete das Zonas Econômicas de
Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), Instituto para a Promoção
de Exportações (IPEX), Instituto para a Promoção das Pequenas
e Médias Empresas (IPEME), Centro de Promoção da Agricultura
(CEPAGRI), Ministério da Energia
16h45 - Reunião com a equipe de coordenação do Programa de
Cooperação Brasil-Japão-Moçambique para o Desenvolvimento
Agrícola da Savana Tropical em Moçambique (ProSAVANA), na
Residência oficial
18h00 - Coquetel na Residência oficial
DIA 7/2 - sexta-feira:
Distribuído em: 28/02/2014 14:44:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -3-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/02/2014 14:44:26 N.°: 00281
CARAT=Ostensivo
9h00 - Encontro com representantes de empresas brasileiras
presentes em Moçambique e CCIABM, na Residência oficial
Participantes: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Cimentos de
Moçambique, Fidens, OAS, Queiroz Galvão, Câmara de Comércio,
Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique (CCIABM)
11h00 - Reunião com o Banco Nacional de Investimento (BNI),
na Residência oficial
12h30 - Almoço livre
14h00 - Reunião com a Confederação das Associações Econômicas
de Moçambique (CTA), na Residência oficial
Participantes: Membros da CTA, Vice-Presidente da Associação
Industrial de Moçambique (AIMO), Presidente e Vice-Presidente
da Câmara de Comércio Moçambique-Brasil (CCMOBRA)
16h00 - Reunião com o Diretor da Odebrecht em Moçambique,
Miguel Peres, no escritório da Odebrecht em Maputo
17h30 - Reunião com o Diretor da Vale em Moçambique, Ricardo
Saad, no escritório da Vale em Maputo
3. No início da programação do dia 6, o Ministro da Indústria
e Comércio expressou satisfação com a iniciativa da missão,
que vem ao encontro do interesse moçambicano de atrair
investimentos privados estrangeiros e fomentar parcerias que
contribuam para o desenvolvimento econômico e a criação de
empregos no país.
4. O Ministro apresentou aos integrantes da missão os grandes
eixos de oportunidades para o crescimento da indústria de
transformação em Moçambique, nomeadamente, o da cadeia de
agronegócios e o de apoio à indústria extrativa, ambos com
perspectiva de forte expansão nos próximos anos. O Ministro
Inroga recordou que o Brasil já contribui para o
desenvolvimento desses setores, seja em projetos de
cooperação em agricultura (com destaque para o ProSAVANA)
seja por meio da relevante atuação da Vale na exploração de
carvão na Mina de Moatize. Ressaltou, igualmente, que a
agricultura deverá manter-se como a base da economia
moçambicana e que sua modernização começa a gerar a
necessidade sempre maior de máquinas e equipamentos
agrícolas, fertilizantes, pesticidas e silos, permitindo o
surgimento de oportunidades na indústria de alimentos e
bebidas e de agroprocessamento em geral.
5. Para além dos setores referidos, o Ministro da Indústria e
Comércio chamou também atenção para áreas em que novas
Distribuído em: 28/02/2014 14:44:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -4-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/02/2014 14:44:26 N.°: 00281
CARAT=Ostensivo
oportunidades estão surgindo, como na indústria naval
(construção de barcos e sua manutenção), na construção de
infraestruturas, barragens e aeroportos, na geração e na
transmissão de energia elétrica e nas indústrias
metalmecânica, de cimento, petroquímica e de combustíveis.
6. No que tange a vantagens adicionais de investir em
Moçambique, o Ministro Inroga fez menção ao marco legal de
proteção ao investimento, considerado como de ótima qualidade
pelo setor privado, ao bom ambiente de negócios e à
existência de zonas econômicas especiais com regimes fiscais
diferenciados. Referiu-se também ao fato de que empresas
instaladas em Moçambique podem ter como mercado não só este
país, mas 260 milhões de consumidores residentes na região da
SADC. Admitiu, por outro lado, que os custos para instalação
de empresas em Moçambique ainda são relativamente altos,
principalmente devido à falta de infraestrutura adequada.
Outras deficiências que estão sendo superadas com a ajuda de
investimentos privados estrangeiros são a carência de mão-de-
obra qualificada e limitações de acesso ao crédito.
7. Em seguida, a delegação brasileira encontrou-se com
representantes do Governo moçambicano no Centro de Promoção
de Investimentos, ocasião em que pôde informar-se de
pormenores relativos a planos estratégicos e projetos de
investimento, com ênfase na indústria de transformação e em
setores como construção de infraestruturas para zonas francas
industriais e zonas de turismo e projetos na área de energia.
8. O Diretor da GAZEDA informou que está em fase de conclusão
um Plano Diretor, com a cooperação do Governo japonês, para a
identificação de mais de 230 projetos considerados
prioritários para o Corredor de Nacala, especialmente
concentrados na Zona Econômica Especial de Nacala, o que
muito interessou à missão. Além de ter franqueado aos
participantes exemplos de projetos, o Diretor informou que
tenciona organizar um "road show" no Brasil para apresentar
as oportunidades de investimentos no Corredor de Nacala. A
Diretora de Estudos e Planificação do Ministério da Energia
transmitiu à missão lista de projetos no setor de energia, em
particular, de construção de usinas termoelétricas no país. O
representante do CEPAGRI, por sua vez, fez apresentação sobre
oportunidades na cadeia de valor da agricultura, incluindo
processamento, armazenamento e frios, mencionando o potencial
de culturas como arroz, milho, soja e frutas.
9. Na reunião com a equipe de coordenação do ProSAVANA, a
missão teve a oportunidade de conhecer o potencial
transformador da agricultura no Corredor de Nacala, que tende
Distribuído em: 28/02/2014 14:44:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -5-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/02/2014 14:44:26 N.°: 00281
CARAT=Ostensivo
a gerar muitas oportunidades em futuro próximo.
10. No dia 7, a delegação manteve encontros com
representantes de empresas brasileiras estabelecidas em
Moçambique, o que permitiu o intercâmbio de informações sobre
o ambiente de negócios e sobre oportunidades e desafios para
a internacionalização de empresas brasileiras no país. Apesar
da concorrência com empresas asiáticas e europeias,
constatou-se haver ainda muito espaço para negócios e
investimentos, já que há muito o que ser feito em Moçambique
em setores estruturantes da economia. O financiamento de
projetos do BNDES foi apontado como um instrumento
fundamental para impulsionar a internacionalização, que
encontra também vantagens naturais como identidade
linguística, semelhanças culturais e facilidade das empresas
brasileiras em formar mão-de-obra moçambicana. Reuniões
separadas com a Odebrecht e a Vale permitiram prospectar
oportunidades adjacentes aos investimentos daquelas empresas
em Moçambique, tais como a termoelétrica de Nacala, projetada
pela Odebrecht.
11. A reunião com associados da CTA e da AIMO possibilitou a
troca de impressões sobre as prioridades para a indústria de
transformação moçambicana sob a ótica do setor privado. Ficou
patente o interesse em parcerias com empresas brasileiras em
variadas áreas e no apoio à formação de mão-de-obra local.
12. Encontro com o Presidente do BNI e assessores foi muito
valiosa no que se refere ao esclarecimento de questões
relativas à dinâmica da economia moçambicana e sobre
potenciais rumos da indústria de transformação em Moçambique.
Os representantes do BNI reuniram-se também separadamente com
os representantes do BNDES, com vistas a tratar de cooperação
bilateral entre as duas instituições.
13. As reuniões nos dois dias de missão em Maputo foram muito
produtivas e permitiram que a delegação brasileira
identificasse oportunidades em diversos setores e projetos,
inclusive em zonas econômicas especiais, particularmente em
áreas de promissor desenvolvimento, como o Corredor de
Nacala. Sentiu-se a necessidade de dar continuidade à
prospecção de oportunidades de internacionalização de
empresas brasileiras em Moçambique, eventualmente mediante o
estabelecimento de Grupo de Trabalho bilateral sobre o tema.
14. Congratulo-me com Vossa Excelência pela iniciativa
pioneira da missão, que eleva o patamar da promoção de
investimentos brasileiros em Moçambique em momento muito
propício para a internacionalização de empresas brasileiras
Distribuído em: 28/02/2014 14:44:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -6-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/02/2014 14:44:26 N.°: 00281
CARAT=Ostensivo
no país. A viabilidade de internacionalização mais
sistemática de empresas brasileiras pode revelar-se
alternativa efetiva à crescente concorrência a exportações
brasileiras para o continente africano, especialmente em
setores como o de máquinas e equipamentos.
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LOM
Distribuído em: 28/02/2014 14:44:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -1-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 07/03/2014 14:14:34 N.°: 00324
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 07/03/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DINV/DIC/DOC/DAF II/ABC
DESCR=XINV-MOÇA
RTM=ANGBREM
RTM/CLIC=
REF/ADIT=TEL 281, TEL 828 2013
CATEG=MG
//
Promoção comercial e
investimentos. Missão de
inteligência da Apex. Maputo,
17-21/3/2014. Encontro na
Residência oficial.
//
Nr. 00324
Retransmissão automática para Brasemb Luanda
RESUMO=
Informo. Missão da Apex em Moçambique destaca
oportunidades de investimentos de empresas
brasileiras na cadeia de agronegócios.
O analista de inteligência comercial da Apex, João Ulisses
Pimenta, e o Chefe do escritório da Apex em Luanda, Alexandre
Trabbold, estiveram na Embaixada na manhã de 17/2 com o
objetivo de esclarecer ao Chefe do SECOM o propósito da
missão a que davam início e que se estenderia até o dia 22 de
fevereiro, em Moçambique.
Distribuído em: 07/03/2014 14:14:05 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 07/03/2014 14:14:34 N.°: 00324
CARAT=Ostensivo
2. A visita a Moçambique ocorria, segundo afirmaram, em razão
de não terem podido integrar a missão empresarial a Maputo
chefiada pelo Senhor Diretor do DPR em 6 e 7 de fevereiro. Os
representantes da Apex informaram terem participado da etapa
da missão do DPR em Luanda, em 10 e 11 de fevereiro.
3. Os Senhores Pimenta e Trabbold esclareceram igualmente que
a missão da Apex em Moçambique estava inserida no contexto de
ação de inteligência comercial no país, inicialmente mais
focada em máquinas e equipamentos (tel 828/2013). Segundo
indicaram, procurariam concentrar-se mais na prospecção de
oportunidades para empresas brasileiras nos setores de
agropecuária e de agroindústria e na cadeia produtiva de
agronegócios em geral.
4. Em Maputo, os representantes da Apex reuniram-se com
representantes do Centro de Promoção de Investimentos (CPI),
do Gabinete das Zonas Econômicas de Desenvolvimento Acelerado
(GAZEDA), da FGV Projetos (que se encontravam em Maputo para
reuniões relativas ao Fundo Nacala) e da Confederação das
Associações Econômicas de Moçambique (CTA). Em seguida,
viajaram à Província de Tete para visitar a mina de carvão de
Moatize, da Vale, e à Província de Nampula, para visitar as
obras do porto e do aeroporto de Nacala, além da Zona
Econômica Especial de Nacala. A Embaixada não foi solicitada
a prestar apoio para o agendamento dos encontros.
5. Em 22/2, recebi, acompanhada do Conselheiro Leandro Moll,
os Senhores Ulisses Pimenta e Alexandre Trabbold na
Residência.
6. Os representantes da Apex mostraram-se convencidos do
potencial de oportunidades para empresas brasileiras no
Corredor de Nacala, especialmente no setor da agropecuária e
no cluster de agronegócios. Observaram que Moçambique não
deseja somente comprar máquinas e equipamentos na cadeia de
agronegócios, como está aberto para estruturar seu parque
produtivo nesse setor em que o Brasil é líder. Expressaram a
opinião de que o momento atual é ideal para a
internacionalização de empresas brasileiras do ramo e que,
com o transcurso do tempo, o investimento de empresas
estrangeiras em Moçambique pode tornar-se mais onerosa, como
ocorreu em Angola. Ressaltaram, ademais, que a
internacionalização de empresas brasileiras em Moçambique
seria a única forma de compensar a crescente perda de
competitividade das exportações brasileiras não só em
máquinas e equipamentos como também em alimentos e bebidas,
em face da concorrência asiática e europeia.
Distribuído em: 07/03/2014 14:14:05 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 07/03/2014 14:14:34 N.°: 00324
CARAT=Ostensivo
7. Os representantes da Apex fizeram referência à forma com a
qual terceiros países vêm atuando não só em Moçambique como
na África subsaariana em geral, oferecendo "pacotes" de
investimentos incluindo financiamento. Afirmaram também que o
empresariado brasileiro necessitaria rever sua cultura
refratária a investimentos no exterior, o que demandaria um
longo trabalho de apresentação das oportunidades de
investimentos na África, incluindo missões e visitas,
aproveitando feiras comerciais e rodadas de negócios.
8. No que se refere ao prognóstico para o futuro e a
eventuais ações para a promoção da internacionalização de
empresas brasileiras em Moçambique, ressaltei a imperativa
necessidade de coordenação com o MRE e sugeri que marcassem
reunião com o Senhor Diretor do DPR quando do retorno do
Senhor Ulisses Pimenta ao Brasil.
9. Os representantes da Apex informaram que submeteriam
relatório da missão para a Diretoria da Agência e expressaram
satisfação com a perspectiva de promoção de investimentos
brasileiros na África "sob o guarda-chuva do MRE".
10. Perguntados sobre outros setores em que viam
oportunidades para empresas brasileiras além do cluster de
agronegócios, aludiram à indústria naval offshore, educação
(cursos técnicos e convênios com universidades), serviços,
franquias, óleo e gás e energia. Os representantes da Apex
mencionaram também o interesse em realizar, oportunamente,
missão à Província de Cabo Delgado com vistas a conhecer
melhor as oportunidades de investimentos em torno da
indústria extrativa de hidrocarbonetos.
11. O Senhor Trabbold referiu que segue sob análise da Apex a
proposta de criação de escritório em Maputo.
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LOM
Distribuído em: 07/03/2014 14:14:05 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 21/03/2014 10:44:47 N.°: 00372
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 21/03/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Urgente
DISTR=DINV/ABC/DAF II/DPB
DESCR=XINV-BRAS-MOÇA
RTM/CLIC=
CATEG=MG
//
Promoção comercial e
investimentos. Conferência de
Investidores de Algodão e
Têxteis. Maputo, 22 e 23 de
maio de 2014. Convite.
//
Nr. 00372
RESUMO=
Informo e consulto. Os organizadores da Conferência
de Investidores do Algodão e Têxteis, a realizar-se
em 22 e 23 de maio de 2014, em Maputo, solicitaram a
divulgação do evento entre potenciais investidores
brasileiros e solicitaram indicação de orador que
pudesse fazer apresentação na Sessão III da
Conferência.
O Instituto do Algodão de Moçambique (IAM) e da Direção
Nacional da Indústria (DNI) solicitaram apoio para a
divulgação, no Brasil, da Conferência de Investidores do
Algodão e Têxteis, a realizar-se nos dias 22 e 23 de maio de
2014, em Maputo.
Distribuído em: 21/03/2014 10:44:19 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 21/03/2014 10:44:47 N.°: 00372
CARAT=Ostensivo
2.Os organizadores sugerem que o evento seja divulgado
junto a potenciais investidores brasileiros, incluindo
produtores, industriais de têxteis, óleos, sabões, provedores
de insumos como sementes, agroquímicos, maquinaria agrícola,
agentes de equipamento industrial e acessórios, gestores de
fundos de investimentos e de pensões, entre outros.
3.O programa da Conferência e o formulário de registro
serão encaminhados para os endereços eletrônicos da DINV e da
ABC. Informações adicionais sobre o evento podem ser
dirigidas ao Diretor do IAM, Senhor Norberto Mahalambe, pelo
endereço [email protected].
4.Ao transmitir à Embaixada o convite para a Conferência, o
Diretor do IAM solicitou ao Brasil a indicação de orador para
apresentação em painel na Sessão III da Conferência (em
22/5), com o tema "Por que investir em Moçambique e na cadeia
de algodão e têxteis", sugerindo que se apresentasse o tema
"razões para investir no algodão do ponto de vista da
cooperação sul-sul", eventualmente por representante da ABC,
em decorrência do projeto de cooperação Brasil-Moçambique-
Maláui em algodão.
5. Em face do exposto, muito agradeceria verificar a
possibilidade de divulgar o evento entre potenciais
investidores brasileiros e habilitar-me a reagir ao convite
sobre apresentação brasileira na Sessão III da Conferência.
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LOM
Distribuído em: 21/03/2014 10:44:19 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/05/2014 13:23:51 N.°: 00665
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 28/05/2014 (SRS)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=ABC/DAF II/DJC
DESCR=ETEC-BRAS-MOÇA
RTM=JAPBREM
RTM/CLIC=
CATEG=MG
//
CT Brasil-Japão-Moçambique.
ProSAVANA. Seminário para
divulgação de resultados de
pesquisa agrícola. 22 e
23/4/14. Relatório da UNAC.
//
Nr. 00665
Retransmissão automática para Brasemb Tóquio
RESUMO=
Informo. Realizou-se, em 22 e 23 de abril, em
Nampula, o Seminário de Divulgação de Resultados de
Investigação Agrária no Corredor de Nacala. A UNAC,
convidada para o evento, divulgou relatório com
severas críticas ao ProSAVANA.
O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), em
coordenação com a equipe de coordenação trilateral do
ProSAVANA em Maputo, com a Embrapa e com o consórcio de
pesquisa japonês NTCI/JIRCAS, realizou, em 22 e 23 de abril
último, o Seminário de Divulgação de Resultados de
Investigação Agrária no Corredor de Nacala.
2. O evento reuniu pesquisadores, instituições de ensino
Distribuído em: 28/05/2014 13:24:01 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 28/05/2014 13:23:51 N.°: 00665
CARAT=Ostensivo
superior, técnicos extensionistas, setor privado, ONGs e
produtores agrários e permitiu a partilha de resultados e
experiências de pesquisa com vistas a melhorar a
produtividade agrária e a segurança alimentar na região do
Corredor de Nacala.
3. A União Nacional dos Camponeses (UNAC), uma das
organizações da sociedade civil moçambicana convidadas,
participou do encontro e produziu relatório sobre o evento. O
documento, acessado por entidades da sociedade civil
japonesa, foi compartilhado pela representante do lado
japonês na coordenação trilateral do Programa em Maputo.
4. A UNAC afirma, no documento, que os representantes das
instituições públicas presentes ao Seminário teriam tratado a
cultura da soja como um "objeto de veneração", alegadamente
por interesse das instituições envolvidas no ProSAVANA, e que
o objetivo do evento foi "forçar o povo moçambicano a aceitar
a primeira fase de investigação (PI) do programa" por meio de
"táticas maquiavélicas". Ainda segundo o relatório da UNAC, o
ProSAVANA pretenderia "aniquilar por completo o sistema de
produção dos camponeses" que se encontram no Corredor de
Nacala e que a atitude de seguir com o ProSAVANA-PI sem
apresentar o Plano Diretor para um debate seria condenável. A
UNAC reiterou também a afirmação de que o ProSAVANA irá
"usurpar grandes porções de terra".
5. O relatório foi assinado pelo Senhor Agostinho Bento,
oficial de advocacia e políticas da UNAC.
6. Segundo informações recebidas pela coordenadora da ABC
para projetos em agricultura em Moçambique, a equipe técnica
do ProSAVANA-PI, sediada em Nampula, estaria preparando um
documento para refutar as críticas da UNAC, cuja publicação
na página do Programa na internet será considerada.
7. O relatório da UNAC foi transmitido para o endereço
eletrônico da ABC.
Paulo Joppert, Encarregado de Negócios, a.i.
TBRA
Distribuído em: 28/05/2014 13:24:01 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 06/06/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DAF II/DPF/DINV/DAF I/DAF III/CGFOME/ABC
DESCR=FMI-AFRI
RTM=USABREM
RTM/CLIC=GRPAFRICA
REF/ADIT=TEL 644
CATEG=MG
//
Conferência África em
Ascensão. Maputo, 29 e
30/5/2014. Relato.
//
Nr. 00699
Rogo retransmissão via CLIC para as Embaixadas na África.
Retransmissão automática para Brasemb Washington
RESUMO=
Informo. A Conferência África em Ascensão (Maputo,
29-30/5/14) promoveu o debate sobre políticas
públicas para a superação dos desafios da África
subsaariana com vistas ao crescimento sustentável. O
ex-Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, Patrus Ananias, apresentou a experiência
brasileira em políticas sociais e de transferência de
renda.
Realizou-se, em 29 e 30 de maio de 2014, em Maputo, a
Conferência África em Ascensão: Construindo o Futuro,
organizada pelo Governo de Moçambique e Fundo Monetário
Internacional, com o objetivo de promover o debate sobre
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
políticas de crescimento sustentável e de redução da pobreza
na África subsaariana. A Conferência reuniu mais de 300
participantes, entre representantes de Governos, incluindo
Ministros das Finanças e Governadores de Bancos Centrais
africanos, de organismos internacionais, do setor privado e
da sociedade civil.
2. Discursaram na cerimônia de abertura, à qual compareceram
o Ministro-Conselheiro Paulo Joppert, na qualidade de
Encarregado de Negócios, e o Chefe do Setor Econômico,
Conselheiro Leandro Moll, o Presidente de Moçambique, Armando
Guebuza, a Diretora-Geral do FMI, Christine Lagarde, o
Ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, e a
Governadora da Cidade de Maputo, Lucília Hama. O ex-
Secretário-Geral da ONU e Presidente do Africa Progress Panel
(APP), Kofi Annan, e o ex-Presidente dos Estados Unidos, Bill
Clinton, enviaram mensagens em vídeo.
3. Em seu pronunciamento, a Diretora-Geral do FMI louvou o
bom desempenho econômico africano, destacou que as
perspectivas gerais para o continente são otimistas e citou
Moçambique como símbolo desse contexto, com um crescimento
médio de 7,4% ao ano nas últimas duas décadas. Diante desse
quadro, a Senhora Lagarde propôs uma reflexão sobre três
aspectos: i) "onde estamos" (o balanço das realizações da
África); ii) "os desafios a curto e a longo prazo"; iii) "as
prioridades em matéria de políticas públicas com vistas a
concretizar as promessas sobre o futuro da África".
4. Quanto à avaliação do estágio atual, a Diretora-Geral
notou que mais de dois terços dos países da região contam com
mais de dez anos de crescimento ininterrupto, o que resultou
em melhorias na educação e no declínio significativo da
mortalidade infantil. Ressaltou que o continente tem atraído
um volume crescente de investimentos, com uma expectativa de
ingresso recorde para 2014 de US$ 80 bilhões. Lagarde
recordou, por outro lado, que a pobreza permanece em níveis
"inadmissivelmente elevados", atingido cerca de 45% das
famílias, e que a má distribuição das riquezas ameaçam um
crescimento mais duradouro.
5. No que se refere aos desafios, Christine Lagarde dividiu-
os entre "preocupações de curto prazo" e "preocupações de
longo prazo". As preocupações de curto prazo seriam a) o
crescimento mais lento em economias avançadas e emergentes,
que estão entre os principais parceiros comerciais da África;
b) preços mais baixos de commodities; e c) dificuldades
oriundas das condições financeiras externas. Os desafios a
longo prazo seriam a) demográficos (aumento da força de
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
trabalho com pressão sobre emprego em atividades produtivas);
b) tecnológicos; e c) ambientais.
6. Por fim, a Diretora-Geral apresentou três prioridades em
matéria de políticas para que os desafios se tornem
oportunidades, a saber: a) desenvolvimento de infraestruturas
(malhas energéticas, viárias e tecnológicas); b)
desenvolvimento de instituições (governança, transparência e
marco jurídico sólidos); e c) desenvolvimento de indivíduos
(serviço de educação e saúde, com especial atenção para as
mulheres).
7. O Presidente Guebuza incluiu entre os desafios dos países
africanos a melhoria das políticas com vistas à
diversificação das exportações, ao desenvolvimento de
infraestruturas e à exploração de recursos minerais. Afirmou
que Moçambique tem implementado políticas com efeitos
positivos sobre a estabilidade monetária, a produtividade
agrícola, o aumento do volume de investimentos diretos
estrangeiros e a melhoria das infraestruturas. O Chefe de
Estado moçambicano classificou a adesão de Moçambique ao FMI
como "positiva associação" que "tem contribuído para o
crescimento e a redução da pobreza". A seguir, fez menção a
exemplos de esforços moçambicanos para a melhoria de índices
de educação, saúde e acesso à energia, a planos estratégicos
para a redução da pobreza e para o desenvolvimento do setor
financeiro e à busca de aprimoramento do marco normativo
referente à tributação das atividades mineira e petrolífera e
ao desenvolvimento de comunidades das áreas em que se
localizam os megaprojetos. Aludiu, igualmente, ao empenho
pela inclusão econômica de moçambicanos, mediante a
obrigatoriedade de 5% a 20% de capital em consórcios
constituídos no país.
8. Dirigindo-se à Diretora-Geral do FMI, Guebuza manifestou a
expectativa de "aumento da voz da África no Fundo" que
permita que o continente ofereça um "contributo mais efetivo
à instituição".
9. Seguiu-se à sessão de abertura, ainda na manhã do dia 29,
a primeira sessão plenária da Conferência, com o tema
"Oportunidades e Desafios na África Subsaariana". O painel
foi composto pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento
de Moçambique, Aiuba Cuereneia, pela Governadora do Banco
Central de Botsuana, Linha Mohohlo, pelo Economista-Chefe e
Vice-Presidente do BAD, Ncube Mthuli, pelo Vice-Presidente do
Fundo de Desenvolvimento China África, Wang Yong, e pelo
Vice-Presidente para a África no Banco Mundial, Mahktar Diop.
Na sessão foram debatidos, em particular, dois desafios para
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
a África, nomeadamente, a) acelerar a diversificação e a
transformação estrutural e b) estimular a criação de empregos
e o crescimento inclusivo.
10. O representante do BAD afirmou que, quando se fala em
mineração, tende-se a pensar somente na atividade de
exploração dos recursos minerais e na aplicação dos recursos
fiscais que advêm dessa atividade em outros setores
produtivos mais intensivos em mão-de-obra. Ponderou, no
entanto, que os países africanos não podem subestimar o
potencial de oportunidades em todo o "cluster" de mineração
para a dinamização do setor privado local. No que se refere a
investimentos privados estrangeiros, o representante do Banco
Mundial indicou a necessidade de se reduzir a "percepção do
risco" na África subsaariana. Para dinamizar as economias, os
países deveriam pensar em incentivar certas indústrias.
Exemplificou com o incentivo à indústria de veículos por meio
de isenções fiscais, que resultaria, indiretamente, no
interesse em investimentos em infraestruturas viárias.
Advogou, igualmente, o foco dos países no aumento da
transparência tributária e na redução de custos
administrativos de suas estruturas fiscais. A busca de
políticas públicas que incentivem a integração de jovens e
mulheres em atividades como o comércio foi mencionada pelos
representantes de Moçambique e de Botsuana.
11. Durante os debates, foi sugerido que o FMI incluísse
entre suas preocupações primordiais estratégias de apoio ao
desenvolvimento e capacitação do setor privado de capital
local para o aproveitamento das oportunidades que se abrem na
cadeia de setores como agricultura e mineração. Proposta
avançada pelo Ministro das Finanças de Angola foi no sentido
de o Fundo e o Banco Mundial sugerirem medidas integradas
para a África, partindo de uma perspectiva regional, em
domínios como infraestruturas, agricultura, indústria e
comércio, aproveitando sua complementaridade. Exemplificou
com o argumento de que "todos os países da costa ocidental da
África querem ter um porto de águas profundas", mas que essa
solução individualizada seria economicamente contraprodutiva
e desnecessária. O Ministro angolano mencionou também a
necessidade de agregar valor aos produtos africanos, por meio
do desenvolvimento da indústria manufatureira local.
12. Na parte da tarde, os participantes dividiram-se em
quatro sessões paralelas, com os temas: i) potencialização
dos recursos naturais da África em benefício das gerações
presentes e futuras; ii) o financiamento das infraestruturas
na África subsaariana; iii) criação de mercados mais
profundos, mais alargados e sustentáveis; e iv) a superação
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
da fragilidade.
13. O painel sobre a potencialização dos recursos naturais
foi integrado pela Ministra dos Recursos Minerais de
Moçambique, Esperança Bias, pela Ministra das Finanças de
Uganda, Maria Kiwanuka, além de representantes da iniciativa
privada (Anadarko) e da sociedade civil (Afica Progress Panel
e Iniciativa para a Transparência das Indústrias Extrativas).
Ambas as Ministras fizeram referência aos ajustes por que têm
passado suas legislações, tanto no âmbito da regulação quanto
fiscal, aplicáveis à exploração de recursos minerais, com a
preocupação de aumentar a transparência e de garantir a
arrecadação tributária devida, embora garantido a
estabilidade dos contratos. A Vale não foi citada
nominalmente. A Ministra de Uganda destacou que esforços no
sentido de garantir mais transparência podem se concentrar em
exemplos simples, como na manutenção de uma única conta
pública destinada à arrecadação de todos os dividendos
decorrentes da exploração de recursos naturais no país. Para
os painelistas, o crescente compromisso do G8 e do G20 no
sentido de buscar coibir a prática de corrupção de suas
empresas no exterior estaria tendo impacto positivo na
África. A Ministra Bias ponderou, por outro lado, que os
países africanos deveriam ser consultados para contribuir
mais ativamente nas decisões e iniciativas daqueles foros com
impacto na exploração de recursos naturais.
14. A segunda sessão plenária da Conferência teve por tema "o
estímulo à inclusão e à criação de empregos". O painel foi
composto pelo ex-Ministro do Desenvolvimento Social e da Luta
contra a Fome, Patrus Ananias, pela Diretora para a África da
ONE Campaign, Sipho Moyo, pela Diretora do Departamento da
África do FMI, Antoinette Sayeh, pelo Diretor Executivo do
Consórcio Africano de Investigação Econômica, Lemma Senbet, e
pelo Diretor do fundo de investimentos PAI Partners.
Discutiram-se, na oportunidade, a potencialidade de criação
de empregos na África e de programas de transferência de
renda.
15. O ex-Ministro brasileiro relatou a experiência dos
programas executados pelo Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, esclarecendo que mais de 3% do PIB
foi destinado a projetos sociais e de transferência de renda
no Brasil, com destaque para o Bolsa Família. A apresentação
do Ministro Ananias foi muito aplaudida, mas gerou debate. O
Vice-Ministro das Finanças de Moçambique disse que o Brasil
pôde executar as políticas descritas por ser hoje país de
renda média e alta e que, portanto, o exemplo do Brasil não
poderia ser transposto para a realidade africana. Afirmou
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
também que a igualdade plena dos indivíduos não seria
possível nem desejável. A representante do FMI no painel
observou também que políticas de transferência de renda não
podem desencorajar o trabalho nem desviar o foco na criação
de empregos.
16. O Ministro Ananias disse considerar um erro o Brasil não
ter iniciado antes a execução de políticas de transferência
de renda, mesmo em tempos em que o PIB brasileiro era mais
baixo. Afirmou que o sistema capitalista pressupõe a ausência
de pleno emprego e que, portanto, o Estado deve intervir para
que todos os indivíduos tenham igualdade de direitos e
oportunidades e acesso ao mínimo de alimentação. Acrescentou
que a Bolsa Família teve um impacto positivo nas economias
locais, dinamizando o consumo, o comércio e o cooperativismo,
e que políticas sociais são concebidas em um contexto
integrado de desenvolvimento agrícola, industrial, econômico
e social.
17. No que se refere à criação de empregos, o Diretor do
fundo de investimentos PAI Partners, Lionel Zinsou, observou
que os países africanos não devem se concentrar demais em
atrair investimentos em infraestruturas e em agronegócios,
mais intensivos em capital e com menos potencial para a
geração de empregos. Investimentos em indústria de
transformação de pequeno ou médio porte são menos intensivos
em capital, agregam valor aos produtos africanos (ex:
transformação de alimentos) e geram mais empregos. O Senhor
Zinsou expressou a opinião de que a agricultura é importante,
mas que não é suficiente para absorver todo o emprego
necessário na África subsaariana. Um aumento da produtividade
de grande número de pequenos agricultores africanos geraria
uma produção excedente que não poderia ser absorvida,
tornando a agricultura pouco atrativa economicamente e a
necessidade de absorção da mão-de-obra por outros setores nas
cidades. A aposta na indústria de transformação, segundo
Zinsou, poderia ser feita mesmo sem que o Estado tivesse
grandes investimentos em infraestruturas como energia, por
exemplo. Se a atividade manufatureira for atrativa e houver
bom ambiente de negócios e segurança jurídica, o setor
privado tende a organizar-se para investir em geração de
energia elétrica local para atender suas necessidades.
18. Outras intervenções fixaram-se na convicção predominante
de que a agricultura deve ser a base da economia dos países
da África subsaariana, embora com divergências entre a
primazia ou não da agricultura familiar sobre o agronegócio
de grande escala. A Diretora do Departamento da África do FMI
defendeu que os rendimentos gerados por outros setores (ex:
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
mineração) sejam investidos em diversos modelos de
agricultura e na transformação de alimentos. Admitiu que o
setor privado é o mais habilitado a manter, em longo prazo,
níveis mais elevados de emprego, razão pela qual seria
essencial que os Governos consolidassem um bom ambiente de
negócios para as empresas.
19. A terceira sessão plenária da Conferência teve lugar na
manhã do dia 29, com o tema "transformação estrutural e
desenvolvimento do setor privado na África subsaariana".
Participaram do painel a Governadora do Banco Central da
Nigéria, Sarah Alade, o Economista-Chefe do FMI, Olivier
Blanchard, o Vice-Presidente e Tesoureiro da Corporação
Financeira Internacional Jingdong Hua, o Diretor Executivo da
empresa ugandense Good African Coffee, Andrew Rugasira, e o
Diretor Executivo do Standard Chartered Bank, Peter Sands. A
sessão promoveu o debate sobre a função do setor privado na
transformação estrutural dos países africanos e sobre os
principais constrangimentos para a promoção do setor privado
e de investimentos internos e externos.
20. Constrangimentos como falta de infraestrutura logística,
energia, acesso a crédito, capacitação de recursos humanos e
acesso a mercados foram enumerados pelos palestrantes, assim
como a necessidade de promoção de parcerias público-privadas
(PPPs) como forma de alavancar a superação de obstáculos
estruturais.
21. O executivo da Good African Coffee, no entanto, criticou
a "fixação pelas PPPs" na África, argumentando que terem
impacto remoto na vida cotidiana da população. Afirmou que
iniciativas simples de capacitação técnica e integração a
mercados locais de empreendimentos privados de pequeno e
médio porte podem revolucionar vilarejos e ter efeitos
transformadores na economia. Exemplificou com a sua empresa,
formada pela união de pequenos produtores de café da Uganda
depois de lhes fornecer acesso a técnicas de maior
produtividade e de processamento do café. O papel do setor
público seria o ouvir as dificuldades do setor privado e
eliminar gargalos e obstáculos, onde houver, para o êxito do
empreendimento. Para o Senhor Rugasira, o setor público
africano, na maioria das vezes, não tem ideia das
dificuldades práticas para a abertura de empresas e tem
prestigiado apenas PPPs em grandes projetos de
infraestruturas, sem benefícios imediatos palpáveis para a
população e "porta aberta para a corrupção em larga escala".
O representante do FMI, por outro lado, defendeu as PPPs como
instrumentos fundamentais para transformações estruturais
capazes de beneficiar o maior número de pessoas.
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CARAT=Ostensivo
22. No que tange à corrupção, tanto o Diretor da Good African
Coffee quanto a Governadora do Banco Central da Nigéria
sublinharam a responsabilidade compartilhada do setor privado
pelos altos índices de corrupção na África, a qual fomenta
por dela beneficiar-se imensamente.
23. Seguiu-se a última atividade da Conferência, a saber, uma
mesa redonda de conclusão com vistas a traçar próximos passos
e ação conjunta. Participaram da mesa redonda o Ministro das
Finanças de Moçambique, a Diretora-Geral do FMI, o Primeiro
Ministro da Costa do Marfim, Daniel Duncan, a Diretora
Executiva da Oxfam International, Winnie Byanyima, e o
Diretor Executivo da Safiricom e Diretor para a África da
Vodacom, Bob Collymore.
24. Christine Lagarde afirmou que o FMI mudou no sentido de
não mais propor fórmulas ou receitas rígidas de políticas
para o desenvolvimento dos países. Dadas as premissas básicas
para o desenvolvimento (p.ex. aprimoramento da segurança
jurídica, do marco normativo fiscal, do investimento em
infraestruturas e em formação), o Fundo considera haver
flexibilidade para que cada país implemente, ajustando-se à
sua realidade, as políticas concretas para aqueles fins. O
objetivo da Conferência terá sido precisamente o de permitir
o debate sobre boas práticas e a troca de experiências sobre
políticas públicas.
25. A representante da Oxfam International louvou o fato de o
FMI estar convergindo com a sociedade civil na agenda da
eliminação de desigualdades e da corrupção e no bom uso dos
rendimentos decorrentes da exploração de recursos minerais
como requisitos essenciais para um crescimento sustentável. O
Senhor Collymore, representando o setor privado, criticou a
corrupção nos setores público e privado e reiterou a
necessidade de os Governos fomentarem o acesso ao crédito e à
capacitação profissional e técnica no âmbito de
empreendimentos privados.
26. Ao final da Conferência, os Ministros das Finanças e
Governadores da África subsaariana emitiram uma Declaração
conjunta intitulada "África em Ascensão: Uma Visão Partilhada
para o crescimento Sustentado e a Prosperidade", cujo teor
reproduzo a seguir.
ABRE ASPAS
Reunidos em Maputo nos dias 29 e 30 de Maio de 2014, os
Ministros das Finanças e Governadores da África Subsariana e
o FMI fizeram um balanço das impressionantes realizações do
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CARAT=Ostensivo
subcontinente nas duas últimas décadas, da sua maior
resistência a choques e dos desafios em termos de política
económica com vista a um crescimento e desenvolvimento
sustentados. Um número crescente de países na África
Subsariana registou um desempenho económico vigoroso, graças
a políticas macroeconómicas hábeis, instituições mais fortes,
o aumento da ajuda e um maior investimento em capital humano
e físico. Mas, em muitos países, os benefícios deste
crescimento ainda não são bem partilhados, com enormes
lacunas na área das infra-estruturas e uma criação de emprego
bem abaixo das expectativas. O impulso de transformação
estrutural e diversificação, combinado com uma população
jovem e dinâmica, oferece uma oportunidade para acelerar os
progressos na redução da pobreza, no crescimento inclusivo e
na criação de emprego.
Os Ministros e Governadores Africanos e a Directora-Geral do
FMI concordaram em continuar a estreitar a parceria entre o
FMI e os seus países membros africanos e a acompanhar a
evolução das necessidades do subcontinente. O diálogo de
política e a capacitação irão reflectir a ambiciosa agenda
que tem por objectivos: manter a estabilidade macroeconómica
com acções de política formuladas para fomentar a
transformação estrutural e sustentar um crescimento forte e
inclusivo; superar a fragilidade, garantir o financiamento
adequado para o desenvolvimento de África e criar capacidades
institucionais, inclusive no tocante aos recursos humanos.
Este compromisso será sensível às necessidades variadas dos
países membros africanos, desde países a braços com problemas
de fragilidade e conflitos até países de rendimento médio e
economias de mercados emergentes.
Os Ministros e Governadores Africanos e a Directora-Geral do
FMI partilham o imperativo de solucionar o grande défice de
infra-estruturas em África. Financiar o desenvolvimento das
infra-estruturas africanas exigirá abordagens inovadoras, com
o envolvimento dos sectores público e privado. As reformas em
curso nas políticas do FMI sobre limites da dívida devem
buscar dar aos países mais flexibilidade na formulação dos
programas para utilizar uma ampla gama de opções de
financiamento sem pôr em causa a sustentabilidade da dívida
duramente conquistada, e que foi tão útil ao continente para
fazer face às turbulências financeiras mundiais nos últimos
anos.
FOMENTAR O CRESCIMENTO INCLUSIVO E A TRANSFORMAÇÃO ESTRUTURAL
Para assegurar que o futuro crescimento económico seja
inclusivo, as políticas têm de visar a criação de emprego e
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CARAT=Ostensivo
a diversificação. Os avanços nos indicadores económicos e
sociais têm sido amiúde acompanhados pelo alargamento da
desigualdade de rendimentos e não têm gerado oportunidades de
emprego suficientes para os jovens e a população em
crescimento. Lançar as bases para a transformação estrutural
significativa da região requer acções de política em duas
frentes principais. A primeira é a criação de um ambiente
propício a um sector privado dinâmico para gerar emprego e
crescimento sustentado, incluindo o desenvolvimento de
mercados financeiros mais alargados e oportunidades de
investimento rentáveis. A segunda é um investimento público
continuado em infra-estruturas que fomentem o crescimento,
nomeadamente em transportes e energia, sem prejuízo da
sustentabilidade da dívida. Ambas requerem a criação de
capacidade e instituições, o investimento no desenvolvimento
de capital humano e o reforço da eficiência do sector
público.
Os Ministros e Governadores acolheram com agrado o trabalho
recente do FMI relativo a acções de política e aos pré-
requisitos para a diversificação económica e a transformação
estrutural nos países de baixos rendimentos. Encorajaram a
instituição a manter esta agenda e a incorporar as principais
visões que dela emanam no aconselhamento em matéria de
políticas e no contexto das actividades de supervisão, apoio
programático e capacitação. Acordaram, em particular, que:
? As políticas têm de ser concebidas de forma a garantir que
um aumento do crescimento possa também impulsionar a
transformação estrutural. Se quiserem preservar nos próximos
anos o historial recente de crescimento elevado, os países
terão de melhorar a produtividade em áreas como a
agricultura, que domina actualmente a actividade económica e
o emprego, bem como desenvolver actividades de produtividade
mais elevada, tais com a indústria e os serviços. Este será,
de longe, o modo mais eficaz de aumentar as oportunidades de
emprego para a geração mais jovem que ingressará no mercado
de trabalho nos próximos anos. Vínculos mais estreitos entre
os agricultores e os mercados, fluxos de receitas mais
fiáveis e melhores oportunidades de emprego são também
fundamentais para a redução da pobreza. Um melhor alinhamento
das políticas macroeconómicas com o objectivo duplo de criar
emprego e disponibilizar serviços sociais e económicos é
fundamental para a estabilidade política e para o sucesso
global dos programas de desenvolvimento dos países.
? É necessária uma infra-estrutura moderna para atrair
investimento rentável e diversificar a actividade económica.
O continente ainda enfrenta uma lacuna significativa em
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
termos de infra-estruturas, nomeadamente nos transportes e na
energia. Abordar esta lacuna requer soluções de financiamento
inovadoras, incluindo a nível regional, e o sector privado
terá de desempenhar um papel fundamental. Os sectores
públicos têm também uma função importante, designadamente
assegurando uma gestão de alta qualidade do investimento
público, um tratamento transparente dos riscos e a atenção
constante à sustentabilidade orçamental e da dívida.
? Sectores financeiros mais vastos e profundos são essenciais
para sustentar o crescimento e torná-lo mais inclusivo. As
pequenas e médias empresas formam o tecido do sector privado
de África, mas muitas vezes carecem de oportunidades
adequadas de financiamento em mercados financeiros
superficiais. Vários países africanos aplicaram com sucesso
avanços nas tecnologias de informação e comunicação para
promover serviços bancários móveis inovadores, baratos e
fiáveis. Mas, em muitos outros, o custo do capital permanece
elevado e os sectores financeiros são inacessíveis a um
grande segmento da população. Os Ministros e Governadores
realçaram a importância de continuar a promover a
intermediação financeira e de melhorar o acesso aos serviços
financeiros para apoiar o desenvolvimento do sector privado.
? A África Subsariana necessitará de redobrar esforços para
aproveitar as oportunidades oferecidas pelos seus recursos
naturais abundantes e assegurar que os frutos são partilhados
de forma equitativa. Em muitos países, os recursos naturais
podem gerar fluxos de receitas importantes para suprir as
urgentes necessidades sociais e infra-estruturais. Mas a
formulação de políticas macroeconómicas que mantenham a
competitividade e assegurem a gestão da volatilidade, em
paralelo ao desenvolvimento de instituições sólidas,
representa um desafio. Os Ministros e Governadores reiteraram
o seu empenho na adopção de quadros orçamentais transparentes
para uma gestão prudente dos recursos. Manifestaram apreço
pelo apoio continuado do FMI aos quadros orçamentais para as
indústrias extractivas, e esperam que a defesa desta causa
pelo FMI ajude a abordar a erosão das bases de tributação e a
transferência de lucros.
Os Ministros e Governadores e a Directora-Geral acordaram que
a superação destes desafios requererá uma cooperação estreita
entre o FMI e os seus países membros e uma aproximação
sistemática com o vasto leque de intervenientes activos na
região, nomeadamente instituições multilaterais, parceiros de
desenvolvimento e organismos regionais. Reconhecendo o
contributo das interacções sistemáticas do FMI com as uniões
monetárias UEMOA e CEMAC, convidaram a instituição a
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
continuar a apoiar os esforços de integração regional em
África.
SUPERAR A FRAGILIDADE
Os conflitos e a violência ainda representam grandes
barreiras ao desenvolvimento em alguns países e regiões, com
custos humanos e económicos significativos. Os Ministros e
Governadores e a Directora-Geral salientaram a importância
primordial da paz e da segurança para sustentar o
desenvolvimento económico e humano. Destacaram as histórias
de sucesso ao longo da última década, as quais demonstraram
que, num ambiente de estabilidade política, a aplicação de
políticas económicas sólidas e a construção de instituições
mais fortes pode conduzir a uma estabilidade económica
duradoura e a um progresso decisivo no desenvolvimento
humano. A experiência sugere que:
? Considerações de política económica são de extrema
importância em situações de fragilidade. Os Ministros e
Governadores Africanos saudaram o empenho do FMI para com os
Estados frágeis e o seu valioso contributo para a
reconstrução de instituições resistentes e da capacidade
administrativa. Sublinharam a importância de abordar os
desafios de economia política, incluindo através da
identificação de resultados rápidos e da protecção dos mais
vulneráveis em situações frágeis.
? Os Ministros e Governadores e a Directora-Geral concordaram
que as políticas económicas têm de ser adaptadas às
circunstâncias específicas de cada país e requer em
flexibilidade. Num ambiente de capacidade institucional fraca
ou em recuperação após conflitos, a implementação da política
económica demora inevitavelmente mais tempo, o que se tem de
reflectir no aconselhamento, políticas e práticas do FMI.
? Os Ministros e Governadores manifestaram o seu apreço pela
nova Linha de Crédito Rápido do FMI, a qual foi útil aos
países recém-saídos de situações de conflito. Instaram o FMI
a salvaguardar a principal característica da linha de
crédito, nomeadamente a de prestar apoio financeiro rápido e
incondicional em tempos de necessidade.
FINANCIAR O DESENVOLVIMENTO DE ÁFRICA
A África Subsariana irá continuar a enfrentar extensas
necessidades de financiamento para manter um crescimento
sustentável e inclusivo, ao mesmo tempo que salvaguarda a
sustentabilidade da dívida duramente conquistada. A magnitude
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
dos desafios da região em matéria de desenvolvimento, a
extensão das suas lacunas em termos de infra-estruturas e o
impacto da sua demografia para as necessidades de
investimento social exigem fontes de financiamento fiáveis.
? Os Ministros e Governadores Africanos reconheceram que a
estabilidade macroeconómica foi vantajosa para a região e
permitiu aos países com políticas sólidas explorarem novas
fontes de financiamento. Reafirmaram o seu compromisso em
reforçar a mobilização de recursos internos e acolheram
favoravelmente o apoio do FMI à capacitação no domínio da
política fiscal e da gestão das finanças públicas, o qual
lhes permitiu criar um espaço orçamental para o crescimento
inclusivo. Salientaram que o acesso a recursos concessionais
do FMI continua a ser fundamental para muitos países da
África Subsariana que enfrentam problemas prolongados da
balança de pagamentos. Acolheram com agrado os esforços em
colocar a disponibilidade de recursos concessionais no
âmbito do PRGT numa base auto-sustentada permanente e
instaram o FMI a assegurar que o acesso a esses recursos pode
aumentar em linha com as necessidades dos países.
À medida que os países em rápido crescimento se tornam cada
vez mais integrados na economia mundial, a sua exposição à
volatilidade e aos choques globais também aumenta. Por
conseguinte, os Ministros e Governadores Africanos urgiram
com o FMI que continue a refinar os seus instrumentos de
crédito para África, instando-o a disponibilizar uma parcela
maior dos seus recursos gerais para a concessão de
financiamento à África Subsariana, quando justificado.
Realçaram que as economias de fronteira devem ter acesso a
instrumentos preventivos, tais como a Linha de Precaução e
Liquidez, em pé de igualdade com outros países membros do
FMI.
Os Ministros e Governadores Africanos instaram o FMI a
avançar prontamente com a reforma da sua política de limites
de dívida. Sublinharam que os desafios de desenvolvimento
enfrentados por muitos países na África Subsariana,
nomeadamente a grande lacuna em termos de infra-estruturas,
exigiam uma política mais flexível. A Directora-Geral e os
Ministros e Governadores acordaram que será importante que a
política preveja limites de endividamento adaptados às
circunstâncias de cada país. A política deve buscar acomodar
o financiamento para investimentos críticos, mantendo em
simultâneo os ganhos duramente conquistados de
sustentabilidade da dívida. Acordaram igualmente que a
criação de capacidade nas unidades de gestão da dívida
pública é uma prioridade para assegurar o bom uso do
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
financiamento da dívida e o seu alinhamento à estabilidade
orçamental e macroeconómica no longo prazo. Expressaram
esperança que se possa chegar a um acordo sobre a reforma
antes das Reuniões Anuais de 2014.
Os Ministros e Governadores Africanos salientaram que a
região conseguiu enfrentar as consequências da crise
financeira mundial, mas não está imune a elas. Acolheram
positivamente o trabalho analítico do FMI sobre as
repercussões e instaram-no a continuar a monitorizar o
impacto dos desenvolvimentos mundiais na África Subsariana e
a defender a região em fóruns mundiais que discutem questões
de tributação transfronteiras e de financiamento. Tendo em
conta o papel central do FMI na promoção da estabilidade
financeira mundial e a crescente integração dos países de
fronteira da África Subsariana nos mercados financeiros
internacionais, exortaram a um reforço da arquitectura
financeira mundial, incluindo uma melhor supervisão do risco
sistémico; uma maior coordenação internacional das respostas
macroprudenciais ao risco sistémico; acordos transfronteiras
de regulamentação financeira e financiamento adicional em
apoio à liquidez e ao ajustamento externo, em particular nos
países africanos de baixo rendimento.
CRIAR INSTITUIÇÕES E CAPITAL HUMANO
Instituições fortes e o desenvolvimento contínuo de capital
humano são fundamentais para um desenvolvimento económico e
social bem-sucedido. Os Ministros e Governadores Africanos
reconheceram o valor da sua cooperação estreita com o FMI na
área da formação e da assistência técnica. Acolheram com
agrado a expansão dos Centros Regionais de Assistência
Técnica e aguardam com expectativa o lançamento oficial do
Instituto de Formação para África. Instaram o FMI a
intensificar os seus esforços para extrair lições das
experiências bem sucedidas dentro e fora da África, as quais
poderiam servir como marcos valiosos para os países membros
africanos. Os Ministros e Governadores Africanos e o FMI
concordaram em dar seguimento à sua estreita cooperação no
que respeita ao investimento em capital humano e à criação de
capacidade, incluindo através da disponibilização de
assistência técnica adequada a nível nacional, da facilitação
da aprendizagem entre pares e da criação de uma comunidade de
práticas em linha.
FECHA ASPAS
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 06/06/2014 14:42:08 N.°: 00699
CARAT=Ostensivo
LOM
Distribuído em: 06/06/2014 14:42:17 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 29/08/2014 18:27:25 N.°: 01090
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 29/08/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DAF II
DESCR=POIN-MOÇA
RTM/CLIC=
REF/ADIT=TEL 1066
CATEG=MG
//
Moçambique. Presidente Armando
Guebuza. Apresentação à
Assembleia da República sobre
o estado da nação.
//
Nr. 01090
RESUMO=
Informo. Às vésperas do início oficial da campanha
eleitoral, o Presidente de Moçambique apresenta à
Assembleia da República balanço de seus dez anos de
mandato, com ênfase nos esforços para a união
nacional e o combate à pobreza.
O Presidente Armando Guebuza fez um balanço de seus dez anos
à frente do Governo de Moçambique à Assembleia da República,
na última sexta-feira, 22. O mandatário decidiu antecipar, em
quatro meses, seu Informe Anual sobre a Situação Geral da
Nação, possivelmente para que possa ter repercussão sobre a
campanha eleitoral, que se inicia no próximo dia 31, e sobre
Distribuído em: 29/08/2014 18:27:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
Página -2-
De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 29/08/2014 18:27:25 N.°: 01090
CARAT=Ostensivo
as eleições de 15 de outubro.
2.O corpo diplomático foi convidado a assistir à
apresentação.
3.Guebuza fez do combate à pobreza o eixo sobre o qual
estruturou sua fala. Tomou por base os dois planos
quinquenais de seu período de Governo, de 2005 a 2014, e
deles salientou dez desafios (ou "dez mandamentos", conforme
manchete bem-humorada do jornal "Domingo", de linha oficial).
4.Foram os seguintes os dez desafios:
(1) elevação da autoestima dos moçambicanos
(2) consolidação da unidade nacional, da paz e da
reconciliação nacional
(3) formação do capital humano
(4) luta contra a fome e a doença
(5) promoção do bem-estar da juventude
(6) combate aos obstáculos ao desenvolvimento
(7) construção e reabilitação de infraestruturas sociais e
econômicas
(8) viabilização do distrito como pólo de desenvolvimento
(9) reforço dos determinantes do estado de direito
democrático
(10) reforço da cooperação internacional.
5.A valorização do "ser moçambicano" foi fortalecida por
meio de iniciativas várias, realçou Guebuza, desde o aumento
da prestação de serviços de educação e saúde, passando pela
reversão da hidrelétrica de Cahora Bassa a Moçambique e pela
diminuição da dependência externa para o orçamento do Estado
(teria passado de 48,1% em 2005 para 27,9% em 2013), bem como
pela realização das "presidências abertas e inclusivas", em
que o Presidente pôde manter interação mais próxima com
número maior de moçambicanos, em todas as províncias.
6.A respeito da consolidação da paz e da unidade nacional,
Guebuza enalteceu os frutos do diálogo político entre o
Governo e a Renamo, com destaque para a revisão da Lei
Eleitoral, para a aprovação da Lei da Anistia e para os
recentes acordos sobre as questões militares. Ao abordar esse
quesito, anunciou solenemente que delegava a assinatura do
acordo ao Chefe da delegação governamental (tel 1066).
7.Quanto à formação do capital humano, deu destaque à
reforma do ensino técnico-profissional e aos incentivos à
capacitação de quadros.
Distribuído em: 29/08/2014 18:27:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 29/08/2014 18:27:25 N.°: 01090
CARAT=Ostensivo
8.No tema da luta contra a fome e a doença, o Presidente
estendeu-se sobre os esforços para o aumento da produção
agrícola, a melhoria da segurança alimentar e nutricional, o
combate à AIDS, à malária e a promoção da saúde da mulher e
da criança.
9.Ao abordar o desafio do combate aos obstáculos ao
desenvolvimento, o Presidente realçou a luta contra a
corrupção, o reforço dos mecanismos de controle interno, a
consolidação do cargo de Provedor de Justiça, a aprovação da
Lei de Probidade Ética, a criação da Comissão Central de
Ética Pública. Ressaltou que quarenta funcionários públicos
haviam sido condenados por atos de corrupção, peculato e
desvio de fundos ou bens estatais.
10. No que se refere às infraestruturas sociais e
econômicas, o Presidente Guebuza elencou projetos e medidas
tomadas para atrair investimentos e melhorar os índices
educacionais e sanitários. Ao listar obras públicas de
impacto social, Guebuza afirmou "estarem dadas as condições"
para a construção da barragem de Moamba Major (Andrade
Gutierrez e Fidens). Os mega-projetos foram abordados pelo
ângulo de promoção de oportunidades para pequenas e médias
empresas e para a produção local de bens e serviços. Apenas
tangencialmente mencionou as reservas de carvão e de gás.
Destaque-se ainda a referência à linha férrea "que
atravessará o Maláui e chegará a Nacala-a-Velha" (Vale) e ao
novo aeroporto de Nacala (Odebrecht), entre as grandes obras
de seu Governo citadas pelo Presidente. Ao referir-se a
projetos para a geração de eletricidade, deixou de nomear
Mphanda Nkuwa.
11.No item relativo aos distritos, foram ressaltadas as
vantagens da descentralização como forma de os serviços
públicos estarem mais próximos da população.
12. No que respeita o fortalecimento do estado de direito,
Guebuza discorreu sobre medidas para aperfeiçoar e consolidar
as instituições e práticas democráticas.
13.Quanto ao décimo desafio, relativo às relações
internacionais de Moçambique, o Presidente aludiu aos
esforços para elevar "o prestígio de Moçambique no concerto
das nações". Deixou de citar nominalmente qualquer país.
Preferiu listar as organizações regionais e internacionais
prioritárias para Moçambique, na seguinte ordem: SADC, UA,
PALOP, CPLP, Commonwealth, Francofonia, OCI e ONU.
14.O Presidente concluiu sua apresentação com nota de
Distribuído em: 29/08/2014 18:27:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 29/08/2014 18:27:25 N.°: 01090
CARAT=Ostensivo
incentivo ao setor privado, internacional e nacional, para
investir no país: "hoje já não somos o país de que se fala.
Somos o país com que se fala e se forjam parcerias!".
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LMS
Distribuído em: 29/08/2014 18:27:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 11:05:28 N.°: 01130
CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 11/09/2014 (SRS)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DOC/DAF II
DESCR=XFEI-BRAS-MOÇA
RTM/CLIC=
REF/ADIT=DET 499
CATEG=MG
//
Promoção comercial.
FACIM 2014. Relato.
//
Nr. 01130
RESUMO=
Informo. Relata os resultados da participação
brasileira na FACIM 2014.
Teve lugar, entre 25 e 31 de agosto de 2014, na localidade de
Marracuene, a 40 km de Maputo, a 50ª Edição da Feira
Internacional de Maputo (FACIM), com o lema "50 Anos Expondo
o Potencial Econômico de Moçambique". A feira contou com
3.145 expositores, entre moçambicanos e estrangeiros, e
recebeu 84.605 visitantes, segundo dados da organização.
2. Os principais setores presentes na FACIM 2014 foram os de
construção civil, consultoria e engenharia, telecomunicações,
hidrocarbonetos, prestação de serviços, equipamento
hoteleiro, energia, habitação, artesanato, veículos
motorizados, agroindústria, agricultura, alimentos, bebidas,
cosméticos, indústria têxtil, confecções, pecuária, recreação
infantil, comunicações, turismo e pesca. Estiveram
representados os seguintes países: África do Sul, Alemanha,
Brasil, China, Dinamarca, Egito, Estados Unidos da América,
Finlândia, França, Índia, Islândia, Itália, Maláui, Mônaco,
Noruega, Polônia, Portugal, Qatar, Quênia, Suécia, Tailândia,
Distribuído em: 12/09/2014 11:05:34 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 11:05:28 N.°: 01130
CARAT=Ostensivo
Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
3. A presença brasileira na mostra foi organizada pela Câmara
de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique
(CCIABM) e contou com os seguintes expositores:
i) Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que
participou com seis estandes, ao abrigo do projeto "Brazilian
Cattle", em parceria com a Apex-Brasil. Estiveram
representadas empresas nacionais nos segmentos de embriões,
sêmen, animais para reprodução, animais para abate, sementes
para pastagens, nutrição animal, produtos veterinários e
equipamentos para pecuária;
ii) Cilix Software: empresa brasileira que atende a demandas
de divulgação de informações, pesquisas e navegação pela
internet, comércio eletrônico, midias sociais e utilização de
serviços eletrônicos como o envio de arquivos de obrigações
fiscais, servidores de e-mail, hospedagem de sites e comércio
eletrônico, VoIP, entre outros;
iii) Top Down & Integral: empresas brasileiras de
consultoria na área de informática para os principais setores
do mercado corporativo, como na área de saúde, por exemplo;
iv) Cinegroup: empresa de produção de vídeos.
4. O Governo e a imprensa moçambicanos deram grande destaque
ao cinquentenário da FACIM. O Presidente Armando Guebuza
passou quase todo o dia 25 na Feira, ocasião em que visitou,
acompanhado do Ministro da Indústria e Comércio e de outras
autoridades, os estandes brasileiros. Recepcionei o
Presidente Guebuza no estande da Embaixada. O Presidente
mostrou-se particularmente interessado na ABCZ, sendo ele
próprio criador de gado bovino, e disse saber da qualidade do
trabalho das empresas associadas. Ressaltei ao Presidente de
Moçambique que a participação do Brasil na FACIM reflete o
empenho do Brasil no fortalecimento da promoção comercial e
de investimentos entre os dois países.
5. No dia 25 a FACIM foi também visitada pelos participantes
do Encontro Empresarial para a Cooperação Econômica e
Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa
(tels 629 e 1035), em agenda de atividades conjuntas e de que
participou o Chefe do Escritório da Apex-Brasil em Luanda,
Alexandre Trabbold. Relatarei o referido Encontro Econômico
em telegrama à parte.
6. O SECOM atendeu às solicitações e às consultas dos
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CARAT=Ostensivo
expositores e dos visitantes dos estandes brasileiros durante
todo o período da FACIM e se fez representar em diversos
seminários e debates promovidos na Feira sobre pontenciais
econômicos e oportunidades de investimento em Moçambique,
entre os quais, destaco os seguintes: i) Potencialidades na
Província de Tete; ii) Oportunidades de Investimentos na
Província do Niassa; iii) Promoção das Potencialidades
Econômicas e Oportunidades de Investimento em Moçambique -
Gabinete das Zonas Econômicas de Desenvolvimento Acelerado
(GAZEDA); iv) Oportunidades de investimentos na Província de
Inhambane; v) Potencialidades e Oportunidades de Investimento
na Província de Maputo; vi) Os Desafios da Indústria e dos
Serviços em face da Descoberta dos Recursos Minerais e
Hidrocarbonetos. Relato dos referidos seminários seguirá por
expediente à parte.
7. Avalio positivamente a participação do Brasil na FACIM
2014, especialmente do ponto de vista institucional. Ainda
que com poucos estandes, em vista das restrições
orçamentárias para apoio aos expositores (desptels 179 e 313,
que muito agradeço), a presença brasileira no jubileu de ouro
da FACIM foi fundamental para demonstrar empenho concreto da
política brasileira de promoção comercial e de investimentos
com Moçambique e PALOPs em geral. Teria sido, de outro modo,
a primeira vez desde 1978 que o Brasil não participaria com
área própria na FACIM, precisamente no ano de seu
cinquentenário.
8. As empresas que participaram do evento confirmaram-me, em
coquetel no último dia 29, na Residência oficial, que sua
participação na única feira multissetorial de Moçambique
constituiu importante ocasião para afirmar, perante parceiros
moçambicanos, seu firme interesse na prospecção e na
realização de negócios no país. Do ponto de vista
estritamente comercial, afirmaram a conveniência de agendar
previamente mais rodadas de negócios e visitas em seus
respectivos segmentos. A ABCZ ressentiu-se particularmente da
ausência, neste ano, da exposição de animais na Feira, em
decorrência de surto de febre aftosa no país, o que terá
afastado produtores locais. Ainda assim a Associação
considerou muito positiva a participação na FACIM e deixou
material informativo a ser remetido pelo SECOM a entidades e
produtores moçambicanos de gado e leite.
9. Em que pese a importante participação brasileira na FACIM
2014 pelas razões acima expostas, pondero que os poucos
estandes ocupados, em número de 11, não correspondem à
presença do Brasil em Moçambique nem ao potencial de
incremento de negócios entre ambos os países. Países como
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CARAT=Ostensivo
Itália, Portugal, Alemanha, Índia e África do Sul, que têm
tanta ou menor presença econômica em Moçambique, tiveram
representação muito mais expressiva na Feira, alguns
reservando pavilhões inteiros. Tendo em vista os altos custos
para os expositores (hospedagem e deslocamentos durante uma
semana entre Maputo e Marracuene), os países citados
financiam, no todo ou em parte, a decoração dos estandes e
outros custos dos expositores, além do aluguel do espaço.
Recordo que somente a decoração dos estandes modulares,
necessária para sua padronização, ainda que básica (apenas
vinil e testeira), tem custo aproximado de US$ 1.200,00 por
estande, que, no caso brasileiro, foi arcado pelos
expositores.
10. Em face do que precede, permito-me sugerir fosse avaliada
a possibilidade de oferecer, no futuro, outras formas de
incentivo à participação de expositores brasileiros na FACIM,
eventualmente em coordenação com a Apex-Brasil (circtel
94096). A FACIM também pode constituir ocasião propícia para
a realização de missões empresariais, visitas e rodadas de
negócios setoriais, com agendadas previamente para as
empresas expositoras.
11. Poder-se-ia considerar o especial encorajamento à
participação de empresários da agroindústria, dos setores de
maquinaria agrícola, de materiais e equipamentos de
construção, de maquinaria para agroprocessamento, alimentos e
bebidas e vestuário. A participação de entidades como ABIMAQ,
ABIMO, ABCZ, entre outras, poderia contribuir para otimizar
as oportunidades oferecidas pela FACIM.
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LOM
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CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 12/09/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DINV/DOC/DAF II
DESCR=XINV-BRAS-MOÇA
RTM/CLIC=
REF/ADIT=TEL 1130
CATEG=MG
//
Promoção comercial e de
investimentos. FACIM 2014.
Seminários. Oportunidades para
empresas brasileiras.
//
Nr. 01137
RESUMO=
Informo. Transmito conclusões de seminários e debates
promovidos por ocasião da Feira Internacional de
Maputo, entre 25 e 31 de agosto de 2014 (FACIM 2014),
com informações sobre potenciais oportunidades para
empresas brasileiras em Moçambique.
Transmito, a seguir, conclusões de seminários e debates
promovidos por ocasião da Feira Internacional de Maputo,
entre 25 e 31 de agosto de 2014 (FACIM 2014), com informações
sobre potenciais oportunidades para empresas brasileiras em
Moçambique:
I) POTENCIALIDADES NA PROVÍNCIA DE TETE
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CARAT=Ostensivo
2. A província de Tete tem grandes reservas de recursos
minerais, com jazidas de minerais metalíferos, não
metalíferos, rochas ornamentais, mármores, pedras de adorno
entre outras. Grande parte destas jazidas ainda está intacta.
Além do carvão mineral, encontram-se pedras preciosas, de
ornamentação e semipreciosas, ouro, anortositos, grafites,
água mineral, dumortierites, gabro, ágatas, labradorite,
turmalina, quartzo rosa, urânio, ferro, cobre, granito negro,
calcário, vanádio, fluorite e outros, de modo que a
exploração mineira pode ser tomada como a chave para
impulsionar o desenvolvimento da Província de Tete.
3. A Província abriga a Hidrelétrica de Cahora Bassa, uma
dais maiores da África, havendo outros projetos de exploração
hidrelétrica, entre elas, Cahora Bassa 2 e Mphanda Nkuwa.
Tete é uma província que também apresenta grande potencial
pecuário bovino e caprino.
II) OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NA PROVÍNCIA DO NIASSA
4. Niassa é a Província mais extensa do país, localizada na
região noroeste de Moçambique. Os grandes programas na
Província do Niassa incluem grandes plantações florestais,
projetos de produção agrícola, e projeto de exploração do
carvão mineral de Maniamba. Esses projetos abrem
oportunidades para atividades industriais e de serviços
complementares ou subsidiárias às atividades principais.
5. A facilitação do investimento na Província do Niassa é
promovida pela estratégia para a melhoria do ambiente de
negócios e a instituição de regiões da Província como zona de
rápido desenvolvimento, beneficiando investidores com
vantagens fiscais.
III) PROMOÇÃO DAS POTENCIALIDADES ECONÔMICAS E OPORTUNIDADES
DE INVESTIMENTO EM MOÇAMBIQUE - GABINETE DAS ZONAS ECONÔMICAS
DE DESENVOLVIMENTO ACELERADO (GAZEDA)
6. O seminário do GAZEDA teve como objetivo divulgar as
potencialidades econômicas e as oportunidades de investimento
com vistas a atrair mais investimentos para as Zonas
Econômicas Especiais e Zonas Francas Industriais (ZEE's). O
evento teve foco no Vale do Zambeze, muito conhecido pelos
ricos recursos naturais e propensão à agricultura, à geração
de energia e extração mineral, com destaque para o carvão
metalúrgico.
7. As oportunidades de investimento no Vale do Zambeze são:
i) mineração de carvão e calcário; ii) agroprocessamento e
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CARAT=Ostensivo
mecanização agrícola; iii) agricultura; iv) pesca; v)
infraestruturas; vi) turismo; e vii) serviços.
IV) OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NA PROVÍNCIA DE INHAMBANE
8. A Província de Inhambane localiza-se no sul de Moçambique
e possui 700 km de costa com praias de grande potencial
turístico. Existem oportunidades para instalação de pequenas
e médias unidades industriais para o processamento e
exportação de mariscos, citrinos, amêndoa da castanha de
caju, manga, abacaxi, coco e mandioca. São principais
produtos pesqueiros o camarão, a lagosta, cefalópodes e o
caranguejo, entre outros.
INHAMBAN
9. Os Distritos com maior potencial são Jangamo, Morrumbene,
Massinga, Govuro, Vilankulo e Mabote. No campo dos rcursos
naturais, encontram-se: i) gás natural (Distritos de
Inhassoro e Govuro); ii) calcário (Distritos de Massinga,
Vilankulo, Inhassoro e Govuro); iii) guano de morcego
(Distritos de Vilankulo e Inhassoro); iv) gesso (Distrito de
Govuro); v) argila (Distritos de Jangamo, Vilankulo e Govuro;
e vi) diatomitos (Distritos de Panda e Govuro).
10. Perspectivas a curto prazo aventadas no seminário para
Província incluem: i) reabilitação dos regadios de Chimunda e
Paunde, em Govuro e Mabote no total de 2000ha; ii) instalação
de linhas de energia para Funhalouro (139km de média tensão e
5km baixa tensão); iii) instalação de linhas de energia para
Mabote linhas de energia (199,5km de média tensão e 8km baixa
tensão).
11. A carteira de projetos divulgada para a Província é a
seguinte:
NOME DO PROJETO: PRODUÇÃO DE ENERGIA
DESCRIÇÃO : Produção de energia elétrica com base em Gás
LOCALIZAÇÃO: Distrito de Inhassoro
INFRAESTRUTURAS: Sistema de produção de gás, vias de acesso,
espaço para parque industrial de 10 hectares na zona de
Inhassoro (localidade de Temane)
MERCADO : interno e externo
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Público e Privado
PROPONENTE: Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: O País apresenta um déficit em energia
elétrica particularmente nas zonas Rurais e possui potencial
energético tendo em conta a produção de Gás neste Distrito.
NOME DO PROJETO: FÁBRICA DE FERTILIZANTES
DESCRIÇÃO: Produção de fertilizantes a partir de guano de
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 14:39:12 N.°: 01137
CARAT=Ostensivo
morcego.
LOCALIZAÇÃO: Distrito de Inhassoro
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidades de rodovias que permitem
acesso para recolhimento de guano, assim como para escoamento
do fertilizantes tanto para aplicação na agricultura dentro
do país quanto para o mercado externo.
MERCADO : interno e externo
NATUREZA DE INVESTIMENTO: Público /Privado
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES : Existência abundante de morcegos
produtores de guano nos Distritos de Mabote, Funhalouro,
Inhassoro e Vilankulo.
NOME DO PROJETO: FÁBRICA DE CIMENTO
DESCRIÇÃO: Produção de cimento com base em calcário
LOCALIZAÇÃO: Distrito de Massinga
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de energia elétrica.
Existência de espaço de 10 hectares para zona industrial e
comercial. Possui um corredor rodoviário para o mercado
interno e portos.
MERCADO : interno e externo
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Privado
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: A Província e o país estão em acelerado
estágio de construção de infraestruturas públicas e privadas,
e tem maior demanda em cimento, além do potencial mercado da
região da SADC.
NOME DO PROJETO: FÁBRICA DE PROCESSAMENTO DA CASTANHA DE CAJU
DESCRIÇÃO : Processamento da castanha de caju
LOCALIZAÇÃO: Distrito de Massinga
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de cerca de 38.200 hectares
de cajual e de 10 hectares para zona industrial e comercial.
MERCADO : interno e externo
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Privado
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES : A Província tem um programa de produção
de cerca de 265.000 mudas para o repovoamento e fomento do
cajual do setor privado e familiar.
NOME DO PROJETO: FÁBRICA DE MOBÍLIA DE MADEIRA
DESCRIÇÃO : Produção de mobiliário de espécies como; umbilla,
chanfuta, missassa, sândalo, jambire e simbire
LOCALIZAÇÃO: Município da Maxixe
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de potencial madeireiro.
Existência de energia elétrica, corredor rodoviário e espaço
físico de 10 hectares para zona industrial e comercial.
MERCADO : interno e externo
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Privado
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 14:39:12 N.°: 01137
CARAT=Ostensivo
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES : A Província e o país têm maior demanda
de mobiliário tanto de uso doméstico assim como público; os
distritos de Funhalouro, Vilankulos e Mabote possuem
potencial de espécies madereiras. A quota anual de exploração
é estimada em 33.000 metros cúbicos.
NOME DO PROJETO: CONSTRUÇÃO DA PONTE INHAMBANE/MAXIXE
DESCRIÇÃO: Construção da ponte que ligue a Cidade de
Inhambane com a da Maxixe
LOCALIZAÇÃO: Baía de Inhambane
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de espaço físico de cerca de
3.700 metros de comprimento e 15 metros de largura
MERCADO : Local
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Público/Privado
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: Muitos funcionários, estudantes e público
em geral, necessitam da travessia, e a ponte propiciará uma
rápida mobilidade para os dois extremos urbanos, além da
existência de grande fluxo nas trocas comerciais entre os
dois Municípios.
NOME DO PROJETO: FÁBRICA DE PROCESSAMENTO DE MANDIOCA
DESCRIÇÃO: Processamento de mandioca para as indústrias
cervejeira e panificadora.
LOCALIZAÇÃO: Distrito de Inharrime
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de cerca de 120.094 hectares
de terra arável para a cultura de mandioca em quase todos os
distritos da Província, com maior destaque para os Distritos
de Inharrime, Jangamo e Massinga. Disponibilidade de mercado
para aplicação na produção de cerveja e 100 hectares para
zona industrial e comercial.
MERCADO : interno e externo
INVESTIMENTO ESTIMADO : US$ 185.196
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Privado
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES : O país implementa projetos de produção
de cerveja usando mandioca como componente de matéria prima;
do mesmo modo, a farinha de mandioca pode ser usada para
reduzir os custos com importação de farinha de trigo para a
produção de pão.
NOME DO PROJETO: DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE ARROZ
DESCRIÇÃO : Investimento na produção comercial, distribuição
de sementes, fertilizantes, infraestrutura de irrigação,
equipamentos e máquinas agrícolas, de colheita e pós-
colheita. Indústria de processamento e crédito.
LOCALIZAÇÃO: Distritos de Guvuro, Massinga, Morrumbene,
Homoíne, Panda, Jangamo, Inharrime e Zavala.
Distribuído em: 12/09/2014 14:39:30 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 14:39:12 N.°: 01137
CARAT=Ostensivo
INFRAESTRUTURAS: Infraestruturas hidráulicas, sistemas de
irrigação, energia elétrica e corredor rodoviário ligando aos
portos.
MERCADO: Interno e Externo (região da SADC, com cerca de 250
milhões de habitantes)
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Público e Privado
PROPONENTE : Centro de Promoção de Agricultura. Rua da Gávea
nº33/P.O.Box 1772, tel: +258 21300626
OUTRAS INFORMAÇÕES : A Província de Inhambane apresenta áreas
propícias para a cultura de arroz.
NOME DO PROJETO: DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA/PISCICULTURA
DESCRIÇÃO Criação de peixe e mexilhão em cativeiro.
LOCALIZAÇÃO: Distritos: Govuro, Inhassoro, Vilanculo,
Massinga, Homoine, Panda, Baía de Inhambane, Jangamo,
Inharrime, Zavala.
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de terra apropriada nos 10
distritos mencionados para a aquacultura/piscicultura.
Existência de rede viária para o mercado interno e para os
portos.
MERCADO: interno e externo
NATUREZA DE INVESTIMENTO: Público e Privado
PROPONENTE: Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: A Província oferece boas condições
hídricas e de solos para a produção piscícola, atividade
pouco explorada.
NOME DO PROJETO: INSTALAÇÃO DE SUPERMERCADO
DESCRIÇÃO: Instalação de 2 Supermercados
LOCALIZAÇÃO: :Distritos de Inhassoro, Vilankulo e Inharrime
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de espaço físico de cerca de
3,5 e 100 hectares, respectivamente, para estes e outros
projetos.
MERCADO: Demanda de consumidores locais e outros utentes do
corredor rodoviário
NATUREZA DO INVESTIMENTO: Privado
PROPONENTE: Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: Nos dois Distritos não existe comércio de
grande dimensão e a maior parte de produtos são adquiridos em
centros urbanos mais distantes.
NOME DO PROJETO: INSTALAÇÃO DE UM HIPERMERCADO
DESCRIÇÃO: Instalação de um Hipermercado (Shopping Center)
LOCALIZAÇÃO: Município de Inhambane
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de espaço físico de cerca de
100 hectares para zona industrial e comercial.
MERCADO: Local
NATUREZA DE INVESTIMENTO: Privado
PROPONENTE: Governo da Província de Inhambane
Distribuído em: 12/09/2014 14:39:30 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 14:39:12 N.°: 01137
CARAT=Ostensivo
OUTRAS INFORMAÇÕES: Existência de maior demanda local e de
turistas
NOME DO PROJETO: INSTALAÇÃO DE INDÚSTRIA IMOBILIÁRIA
DESCRIÇÃO: Construção de condomínios residenciais
LOCALIZAÇÃO: Município de Inhambane
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de espaço físico de cerca de
100 hectares MERCADO : Local
NATUREZA DE INVESTIMENTO : Público/Privado
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: Existência de cerca de 2.590 funcionários
com necessidade de habitação, sendo que as casas podem ser de
tipo 2, dispondo de espaço evolutivo.
NOME DO PROJETO: CONSTRUÇÃO DE MERCADOS MUNICIPAIS
DESCRIÇÃO: Construção de Mercado Municipal, Stand/pavilhão de
venda de artigos e de artesanato.
LOCALIZAÇÃO: Municípios de Inhambane, Maxixe, Massinga e
Vilankulo
INFRAESTRUTURAS: Disponibilidade de espaço físico de cerca de
100; 10; 10; 3,5 hectares respectivamente para zonas
industrial e comercial. Existência de energia elétrica, água
e rodovias.
MERCADO: Local
NATUREZA DE INVESTIMENTO: Público/Privado
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: Inexistência de mercados apropriados nos
4 Municípios, que correspondam com a qualidade crescente dos
produtos agrícolas, mariscos e outros artigos.
NOME DO PROJETO: CONSTRUÇÃO DE TERMINAL DE TRANSPORTES
DESCRIÇÃO : Terminais de Transportes
LOCALIZAÇÃO: Municípios de Massinga, Maxixe, Inhambane e
Distrito de Inharrime
INFRAESTRUTURAS: Existência da Estrada Nacional N1 como
principal corredor rodoviário e ramificaçðes para as
localidades do interior e espaço físico de cerca de 5
hectares para implatação de infraestruturas por cada um dos
municípios e distrito acima mencionados.
MERCADO: interno
NATUREZA DE INVESTIMENTO: Público/Privado
PROPONENTE: Governo da Província de Inhambane
OUTRAS INFORMAÇÕES: Existência de maior fluxo de transportes
coletivos de passageiros sem terminais e infraestruturas para
os utentes, registrando-se muita procura de transporte
rodoviário, devido sobretudo ao turismo.
NOME DO PROJETO: CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS DOS BAIRROS
DESCRIÇÃO: Construção da estrada Salela-Mahila e ampliação e
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 14:39:12 N.°: 01137
CARAT=Ostensivo
asfaltamento da estrada de Inhambane-Jangamo, de 5 km e 30
km, respectivamente.
LOCALIZAÇÃO: Munícipio de Inhambane
INFRAESTRUTURAS: Existência de estrada asfaltada numa
extensão de cerca de 30 km ligando Inhambane/Jangamo e não
asfaltada, de cerca de 5 km, de Salela a Mahila.
MERCADO: Local
NATUREZA DE INVESTIMENTO: Público
PROPONENTE : Governo da Província de Inhambane
V) POTENCIALIDADES E OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NA
PROVÍNCIA DE MAPUTO
12. A Província de Maputo, mais meridional de Moçambique, faz
fronteira com a República da África do Sul e com o Reino da
Suazilândia e tem uma área total de 26.358 Km2.
13. Entre as potencialidades econômicas da Província estão:
terra arável; recursos hídricos; recursos minerais;
barragens; corredores de desenvolvimento; parque industrial;
fazendas de bravio; portos; linha férrea; recursos
pesqueiros; e recursos humanos. As maiores oportunidades de
investimentos estão nos setores da agropecuária,
agroindústria, aquicultura, turismo e recursos minerais,
conforme descrição a seguir:
AGROPECUÁRIA
A província apresenta terra disponível para a produção
agrícola (1.162.888 ha), disponibilidade de mercado,
vantagens comparativas na produção de hortícolas, batata reno
e frutas, e conta já com mais de 225 mil cabeças de gado
bovino.
AGROPROCESSAMENTO
A província conta com 21 unidades de processamento de
produtos agropecuários, com destaque para fruta, carnes e
produtos florestais.
TURISMO
A Província caracteriza-se pela existência de extensa costa
com praias nos Distritos de Manhiça, Marracuene e Matutuine,
lagoas (Manhiça e Matutuine), áreas de conservação
transfronteiriça dos Libombos, através da Reserva Especial de
Maputo, patrimônio sociocultural e gastronomia.
FLORESTAS E FAUNA BRAVIA
Existem na Província 12 fazendas de bravio, com 223 km.
RECURSOS MINERAIS
Distribuído em: 12/09/2014 14:39:30 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 12/09/2014 14:39:12 N.°: 01137
CARAT=Ostensivo
Destacam-se fontes de água mineral (nascentes), a existência
de pedra ornamental e de construção, areia de construção
(argila, saibro, areia fina e grossa), calcário, diatomite e
bentonite.
14. De acordo com a apresentação, duas grandes perspectivas
continuarão a nortear toda a estratégia de desenvolvimento da
província de Maputo, nomeadamente: a) continuar a
providenciar um ambiente propício e adequado para o
florescimento dos atuais investimentos e atração de novos; e
b) continuar a mobilizar investimentos com destaque para,
infraestruturas básicas (energia, estradas e pontes e
comunicações) de suporte ao desenvolvimento da economia da
Província, no agroprocessamento, no turismo, e investimentos
no desenvolvimento do capital humano.
15. A carteira de projetos divulgada para a Província é a
seguinte:
Programas (1) - Pilar de Capital Humano:
?Criação de centros de desenvolvimento de competências
profissionais com vista a responder os desafios da
industrialização da Província - Educação;
?Promoção da criação de incubadoras e de parques
científicos e tecnológicos - Educação;
?Redução do impacto das grandes endemias como a malária, a
tuberculose, o HIV e AIDS, das doenças crônicas e
degenerativas e das doenças negligenciadas - Saúde;
?Realização de ações de informação e orientação
profissional para apoiar o aumento da empregabilidade -
Trabalho.
Programas (2) - Pilar de Crescimento Econômico:
?Construção de 91 infraestruturas de regadio (represas,
valas de drenagem, diques e motobombas) - Agricultura;
?Construção de 7 centros comerciais e estabelecimento de
28 pequenas unidades de agroprocessamento - Indústria e
Comércio;
?Promoção e implantação de estabelecimentos de alojamento
turístico nos Distritos - Turismo;
?Desenvolvimento de serviços de apoio pesqueiro - Pesca;
?Expansão do sistema de cadastro mineiro - Recursos
Mineiros e Energia.
Programas (3) - Pilar de Infraestrutura:
?Construção de uma ponte em Magude - Obras Públicas;
?Construção da estrada Ressano
Garcia/Moamba/Magude/Xinavane/N1; e da ligação EN4/EN1
Grande Maputo, construção (700) e reabilitação (250) de
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fontes de abastecimento de água nas zonas rurais;
Construção de Aeródromos, mini-hídricas, petroline -
Obras Públicas;
?Promoção e construção de casas sociais - Obras Públicas;
?Eletrificação das zonas com potencial agropecuário;
conclusão da central térmica a gás natural de Ressano
Garcia na Moamba - Recursos Minerais e Energia.
Programas (4) - Pilar de Governação
?Melhoria ou ampliação das condições fiscais de trabalho e
de atendimento dos Municípios - Município;
?Melhoramento ou modernização de infraestruturas e
equipamento do sistema de administração do Estado -
Secretaria Provincial;
?Estabelecimento de tribunais de trabalho em todos
distritos - Direção Provincial de Justiça.
Programas (5) - Pilar de Assuntos Transversais
?Promover a implantação do zoneamento ecológico-econômico,
desenvolver sistemas de gestão de resíduos sólidos e
reciclagem e aterros sanitários - Ambiente;
?Criação de incubadoras e de parques de ciência e
tecnologia - Ciência e Tecnologia.
VI) OS DESAFIOS DA INDÚSTRIA E SERVIÇOS EM FACE DA DESCOBERTA
DOS RECURSOS MINERAIS E HIDROCARBONETOS
16. A Confederação das Associações Econômicas de Moçambique
(CTA) promoveu uma reflexão conjunta sobre a situação dos
setores da indústria e de serviços em Moçambique e o
desenvolvimento de estratégias capazes de acelerar o
crescimento destes setores, no contexto da exploração de
recursos minerais e hidrocarbonetos.
17. Pretendeu-se, com a iniciativa, refletir sobre como as
pequenas e médias empresas (PMEs) que operam no país poderão
tirar benefício da exploração dos abundantes recursos
naturais, bem como sobre as políticas do Governo que permitem
às PME fornecer serviços e produtos de qualidade às
multinacionais.
18. Intervindo no seminário, que envolveu agentes económicos,
investidores, estudantes e público em geral, o Ministro da
Indústria e Comércio, Armando Inroga, afirmou que o setor da
indústria tem assegurado, nos últimos nove anos, o
crescimento da economia moçambicana em pouco mais de 23,4%.
19. A empresa ENH Logistic fez apresentação sobre as
oportunidades de negócio e emprego no setor de
hidrocarbonetos, enquanto a CTA incidiu a sua abordagem sobre
o estágio atual da indústria, constrangimentos do setor,
expectativas e desafios.
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20. Transmitirei, em expediente à parte, informações
adicionais reunidas pelo SECOM com respeito a potenciais
oportunidades de investimentos de empresas brasileiras em
Moçambique.
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
LOM
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CARAT=Ostensivo
De Brasemb Maputo para Exteriores em 30/10/2014 (IRF)
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Urgente
DISTR=ABC/CGCPLP/DAF II
DESCR=ETEM-MOÇA-CPLP
RTM=CPLBRMS
RTM/CLIC=
REF/ADIT=TEL 1350
CATEG=MG
//
CPLP. Projeto Fortalecimento
da Capacidade Política e
Institucional. Direito das
Pessoas com Deficiência.
Missão. Programa tentativo.
//
Nr. 01385
Retransmissão automática para DELBRASCPLP
RESUMO=
Informo. Transmite programa tentativo da missão
precursora do projeto "Fortalecimento da capacidade
política e institucional de agentes governamentais e
não governamentais para a promoção e defesa dos
direitos das pessoas com deficiência".
No âmbito da missão precursora do Projeto "Fortalecimento da
capacidade política e institucional de agentes governamentais
e não governamentais dos países da CPLP para a promoção e
defesa dos direitos das pessoas com deficiência", a realizar-
se em Maputo, no período de 3 a 7 de novembro próximo,
Distribuído em: 30/10/2014 18:47:24 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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De: BRASEMB MAPUTO Recebido em: 30/10/2014 16:22:30 N.°: 01385
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transmito, abaixo, o programa tentativo da missão, proposto
pelo Ministério da Mulher e Ação Social (MMAS):
ABRE ASPAS
DIA 03/11 - SEGUNDA-FEIRA
9hs: Encontro com a Diretora para as Organizações
Internacionais e Conferências (Ponto Focal de Cooperação da
CPLP) do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação,
Doutora Albertina MacDonald;
11hs: Encontro com a Ministra da Mulher e Ação Social;
14hs: Encontro com o Fórum das Associações Moçambicanas dos
Deficientes (FAMOD);
16hs: Reunião na Embaixada do Brasil;
DIA 04/11 - TERÇA-FEIRA
9hs: Visita ao Infantário da Matola;
11hs: Visita ao Serviço de Informação, Orientação e
Acompanhamento Social (SIOAS);
12hs: Visita ao Centro de Acolhimento Dom Orion;
DIA 05/11 - QUARTA-FEIRA
8hs30: Encontro com o Ministro da Saúde ou representante;
9hs45: Encontro com o Ministro da Educação ou representante;
11hs: Visita à Escola Especial n° 2;
14hs: Encontro com a Ministra do Trabalho ou representante;
DIA 06/11 - QUINTA-FEIRA
8hs30: Encontro com o Ministro dos Combatentes ou
representante;
9hs45: Encontro com o Ministro de Planificação e
Desenvolvimento ou representante;
14hs: Encontro com o Ministro das Obras Públicas e Habitação
Distribuído em: 30/10/2014 18:47:24 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40
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ou representante;
DIA 07/11 - SEXTA-FEIRA
9hs: Encontro com a Ministra da Justiça ou representante;
10hs30 Reunião de balanço final no Ministério da Mulher e
Ação Social;
14hs30: Reunião na Embaixada do Brasil.
FECHA ASPAS
Ligia Maria Scherer, Embaixadora
SLAM
Distribuído em: 30/10/2014 18:47:24 Impresso em: 30/06/2016 - 20:40