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Prof. Dr. Sérgio Nunes Pereira
Prof. Marcelo Marques Duarte
Prof. Dr. Luiz Osório cruz Portela
1960
Prevenção de Doenças Cardiovasculares através da mudança do estilo de vida
Por quê prevenção?
O que são Fatores de Risco?
Como inicia a doença?
Quando começar a prevenção?
Doenças CardiovascularesDoenças Cardiovasculares
O tamanho do O tamanho do problema no Brasilproblema no Brasil
PED PES Índia China Am Latina PED PES Índia China Am Latina
PED: Países de economia desenvolvidaPES: Países de economia socialista
1990199020202020
Estimativa de mortalidade por DAC , por Estimativa de mortalidade por DAC , por região região
Yusuf S et al. Circulation 2001; 104: 2746-2753
Mort
es
(milh
ões)
Mort
es
(milh
ões)
Doença CardiovascularDoença Cardiovascular
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Leeder S et al – A race against time: The challenge of cardiovascular disease in developing economies. Earth Institute at Columbia University .
0
50
100
150
200
250
300
BrasilChinaÍndiaÁfricado Sul
RússiaPortugalEUA
%
PaísPaís PrevalênciaPrevalência ConhecimentoConhecimento TratamentoTratamento ControleControle
Argentina 28.1 54 42 14.3
BrasilBrasil 26.826.8 5050 3030 1010
Chile 22.8 43 26.1 8.2
Equador 28.7 41 23 6.7
México 26.5 28 38 22
Paraguai 30.5 33.5 18.3 7.8
Peru 22 40 20 10
Uruguai 33 68 42 11
Venezuela 32.4 47 37 8.7
Consenso Latinoamericano sobre Hipertensión Arterial- 2009.
2000 - 20042000 - 20042000 - 20042000 - 2004
2.000.000
1.800.000
1.600.000
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
Hospitalizações por DCVHospitalizações por DCV
ICIC AVCAVC HAHADACDAC OutrasOutras
V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Rev Bras Hipertens vol.13(4): 256-312, 2006
Mortalidade Cardiovascular no BrasilMortalidade Cardiovascular no Brasil
Evolução nos Evolução nos úúltimos 25 anos (1979 ltimos 25 anos (1979 –– 2004) 2004)
Sposito, A. DATASUS-SIM
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
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Febre Reumática Aguda e CrônicaFebreFebre ReumReumááticatica AgudaAguda e Cre Crôônicanica
-24%--24%24%
Doença de ChagasDoenDoenççaa de de ChagasChagas
-42%--42%42%
Doença CerebrovascularDoenDoenççaa CerebrovascularCerebrovascular+8,6%+8,6%+8,6%
Infarto Agudo do MiocárdioInfartoInfarto AgudoAgudo do do MiocMiocáárdiordio+34%+34%+34%
Sposito, A. DATASUS-SIM
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Febre Reumática Aguda e CrônicaFebreFebre ReumReumááticatica AgudaAguda e Cre Crôônicanica
-24%--24%24%
Doença de ChagasDoenDoenççaa de de ChagasChagas
-42%--42%42%
Doença CerebrovascularDoenDoenççaa CerebrovascularCerebrovascular+8,6%+8,6%+8,6%
Infarto Agudo do MiocárdioInfartoInfarto AgudoAgudo do do MiocMiocáárdiordio+34%+34%+34%
WWW.DATASUS.GOV.BR
Período:2004-2007FONTE:SIM/DATASUS/MS
D. cerebrovascular
D. isquêmica coração
IAM
Outras d. cardíacas
Doença hipertensiva
A doença cardiovascular é a principal responsável pela mortalidade de adultos, chegando a atingir mais de 40% nos Estados Unidos da América e mais de 30% no Brasil.
A sua origem pode começar na infância, em função de fatores genéticos e ambientais, como mudança de estilo de vida.
Estas mudanças de estilo de vida incluem o processo de urbanização, aumento do estresse, sedentarismo e mudança de hábitos alimentares que contribuem para o aparecimento dos fatores de risco cardiovascular.
São chamados fatores de risco algumas condições ou doenças que contribuem para o desenvolvimento da arteriosclerose e a doença cardiovascular. Eles são classificados em não modificáveis e modificáveis:
Não modificáveis: Hereditariedade: Doença cardiovascular em familares
próximos; Gênero: predomina nos homens; Idade: é mais frequente em idosos
Fatores de risco modificáveis: Obesidade; Sedentarismo; Tabagismo Hipertensão arterial Diabete Mellitus Dislipidemia Estresse
Obs: A obesidade e o sedentarismo são desencadeadores da Síndrome Metabólica que por sua vez pode causar doenças como hipertensão e diabete e a doença cardiovascular
Hoje sabe-se que a doença inicia com a nossa herança genética, é fortemente influenciada pelo nosso estilo de vida e vai evoluindo através dos anos até a manifestação dos sintomas, piora do quadro e morte.
Sabemos também que a herança genética não é o principal fator de risco. Muitas pessoas sem antecedentes de doença familiar, por seu estilo de vida são acometidos por enfartes e acidentes cerebrais isquêmicos.
A prevenção deve iniciar já na infância, pois estas mudanças de estilo de vida, como sedentarismo e maus hábitos alimentares, estão desde tenra idade causando alterações metabólicas traduzidas por sobrepeso e obesidade, níveis pressóricos elevados para a idade e alterações nos lipídeos sanguíneos. Estes fatores são desencadeadores de doenças como diabete mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
Mudanças socioculturais no Brasil determinantes do aumento de risco cardiovascular na infância e adolescência.
Urbanização: Sedentarismo Hábitos alimentares
Maior consumo de gorduras, ácidos graxos e açúcares Redução do consumo de fibras
Tabagismo Estresse Ingresso da mulher no mercado de trabalho (11,12) Refeições fora de casa(13).
“A medida em que foram sendo compreendidos os mecanismos de origem e desenvolvimento da doença aterosclerótica, consolidou-se o conceito de que este tratamento deve começar na infância”
Diretrizes Brasileiras sobre Prevenção de Doenças Cardiovasculares na Infância e Adolescência. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2008
Descrição Itens e resultados Observação e Referência
1600 escolares em (7 a 14 anos) Campinas (1998-99)
Colesterol total – 160Triglicerídeos – 79Colesterol LDL – 96Colesterol HDL - 49
Hipercolesterolemia (>170) – 35%
Moura e col. – Rev. Saúde Pública 2000,34(5)499-505
Florianópolis, 2001 – 1053 escolares (7-18 anos)
Colesterol total – 162Triglicerídeos – 93Colesterol LDL – 92Colesterol HDL - 53
Hipercolesterolemia: 10%Hipertrigliciridema: 22%Colesterol LDL >: 6%Colesterol HDL <: 5%Giuliano e col., Arq. Bras.
Cardiol. 2005,85(2):85-91
Evidências sobre dislipidemia na infância e adolescência
Região Obesidade crianças
Sobrepeso adolescentes
Obesidade adolescentes
Sudeste 11,9 % 10,4 % 4,2 %
Nordeste 8,2 % 8,2 % 1,7 %
Brasil 10,1 % 8,5 % 3,0 %
Sobrepeso e obesidade na infância e adolescência
Correlação entre obesidade na infância e adolescência e obesidade na vida adulta
Fatores ambientais estão mais implicados na perpetuação da obesidade durante o crescimento e desenvolvimento do que fatores genéticos. Esta correlação se intensifica a partir da segunda década da vida, aumentando o risco de distúrbios no metabolismo dos lipídios e hipertensão arterial mais tarde.
A atividade física na prevenção da aterosclerose da infância: A atividade física não está limitada a adultos O exercício fortalece a articulações, músculos e ossos Ajuda no controle de peso Previne ou retarda o aparecimento de HAS Reduz a depressão e ansiedade Promoção da atividade física: Praticar a atividade física de forma prazerosa, lazer,
exercício físico ou esporte, no mínimo 30 min, 3-4 vezes por semana
Papel do médico na promoção da atividade física na infância – investigar: A atividade física em ambiente escolar ou fora dele Atitude da família diante de atividade física e
sedentária Acesso a local próprio para atividade física
Recomendações ao profissional de saúde: Atividade física como rotina Enfatizar para a família os benefícios da atividade
física
Papel da família na promoção da atividade física na infância
Papel crítico na formação da criança para atividade física
Exemplo dos pais
Papel da família na promoção da atividade física na infância Recomendações à família
Encorajar as crianças e adolescentes para a atividade física regular
Planejar e participar de atividades familiares que envolvam atividade física
Ser modelo de estilo de vida ativo Estabelecer limites no tempo para atividades que não exigem
dispêndio energético (TV, computador) Reivindicar programas de atividade física na escola Participar da escolhas de locais para atividades físicas
Recomendações à comunidade:
Reivindicar das autoridades competentes a criação, manutenção e avaliação de uma política de promoção à saúde que inclua a atividade física;
Reivindicar das escolas o cumprimento de decisões governamentais que incorporem a atividade física no processo educacional;
Participar dos programas de atividades físicas oferecidos à comunidade, incorporando um estilo de vida ativo que possa funcionar com um modelo para crianças e adolescentes;
Figura 2. Escore de Framingham Revisado para Homens
O que é sedentarismo?O que é sedentarismo?
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), sedentarismo é caracterizado pela prática de atividades físicas leves inferior a 150 minutos por semana.
Recomenda-se: Três a cinco vezes por semana; Sessões de vinte a sessenta minutos de duração; Com intensidade de aproximadamente 55/65% a 90%
da FCmáx;
O que é atividade Física?O que é atividade Física?
É todo movimento corporal voluntário humano, que resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos.
Capacidades FísicasCapacidades Físicas
Resistência Cardiorrespiratória; Força; Flexibilidade; Coordenação.
Por quê ser ativo fisicamente?Por quê ser ativo fisicamente?• A atividade ajuda a:
- Reduzir riscos de morte por doenças cardiovasculares;
- Diminuir a probabilidade de reincidência de ataques cardíacos;
- Reduzir colesterol total e triglicerídeos, com elevação do HDL;
- Controlar e reduzir a pressão arterial;
- Minimizar o risco de diabetes tipo 2 (não dependente de insulina);
- Reduzir os níveis de estresse, promovendo o bem-estar psicológico;
- Reforçar articulações, músculos e ossos saudáveis;
- Minimizar o risco de quedas em idosos; - Auxiliar no controle da massa corporal.
Qual Atividade Física escolher?Qual Atividade Física escolher?
Comece praticando atividades físicas leves e que sigam os seguintes quesitos:
Preferência Pessoal: escolher uma atividade confortável e agradável, que não desestimule o praticante.
Desenvolva a Aptidão de modo Integral: ou seja, realizar atividades que contemplem as capacidades físicas;
Planejar e escolher atividades que possam ser mantidas ao longo da vida. Isso significa a inclusão do movimento no estilo de vida.
Quem pode nos ajudar?Quem pode nos ajudar?
As orientações devem ser passadas por um profissional da área, o qual será responsável pela adequação da atividade aos objetivos do aluno.
Lembre-se: A atividade deve ser realizada com consciência, o praticante deve entender o objetivo e os benefícios que o exercício possui.
Como dosar o exercício?
O organismo se adapta ao esforço conforme a intensidade e o volume do exercício;
A adaptação ocorre, até chegar a um platô, no qual não haverá mais adaptações, se o exercício não for alterado;
Exemplo: Caminhada. Intensidade – pode ser aumentada a velocidade da
caminhada; Volume – pode ser aumentada a frequência do
exercício e/ou duração da caminhada.
Como dosar a intensidade?Como dosar a intensidade?Pela FC: Pela FC:
FCprev: 220 – idade = FCmáx. FC alvo: 50%; 60%; 70%; 75%.
Exemplo: Homem de 60 anos de idade; FCmáx = 220 – 60 = 160 bpm FC alvo: 80 bpm; 96 bpm; 112 bpm; 120 bpm.
Tabela – 01 – Resposta de Adaptação ao Exercício Máximo,VO2 ml (kg.min)-1 e VEO2.
* (p< 0,05)
Pré-teste Pós-Teste
VO2máx VEO2 VO2máx VEO2
Média 35,4 38.3 40,3* 33,3*
DP 3.1 4.5 4.65 1.9
Mínimo 31,7 33,0 35,1 30,0
Máximo 39,0 45,0 46,5 36,0
Exemplo de melhora da saúde Exemplo de melhora da saúde através da pratica de atividade física:através da pratica de atividade física:
Tabela 03 – Média do tempo total de corrida (min) na esteira
Pré - Teste Pós-Teste
Tempo Tempo
Média 22,1 23,5
DP 3,84 4,60
Melhora no tempo de corridaMelhora no tempo de corrida
Velocidade FC1 FC2
5,4 141,40 135,00
5,4 123,00 121,40
5,4 127,00 121,40
5,4 108,00 101,00
5,4 115,60 108,20
5,4 104,00 97,60
5,4 108,60 109,00
5,4 145,20 129,40
5,4 151,80 118,60
Média 124,96 115,73
DP 16,6 11,9
Melhora na Frequência CardíacaMelhora na Frequência Cardíaca
Pré teste Pré teste Pós teste Pós teste
Tempo Teste Distância Tempo Teste Distância
20:00 2,10 24:38 2,64
19:00 1,95 19:00 1,90
20:00 2,10 22:50 2,64
09:30 0,93 17:24 2,16
23:00 2,64 23:00 2,64
20:00 2,10 25:00 3,00
19:00 1,95 17:00 1,65
12:00 1,35 12:00 1,35
25:00 2,25 25:00 2,25
24:00 3,54 27:00 4,23
28:00 4,15 20:00 2,70
Melhora no Capacidade FísicaMelhora no Capacidade Física
Quadro 04 - Classificação do Desempenho dos Sujeitos com maior Freqüência no Treinamento.
Fonte: ACSM (1996)
Indivíduo PRÉ PÓS 1 Regular Boa 2 Boa Excelente 3 Boa Boa 4 Boa Excelente 5 Boa Excelente 6 Boa Excelente 7 Boa Excelente
Melhora no desempenho físico Melhora no desempenho físico (qualitativo)(qualitativo)
RESULTADOSRESULTADOSLactato Sanguíneo
M
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 5 10 15 20 25 30 31
Tempo (min)
Lacta
to (
mm
ol/L
) Pre
Pos
RESULTADOSRESULTADOSFrequência Cardíaca
M
60708090
100110120130140150160170180190
0 5 10 15 20 25 30 32
Tempo (min)
Pre
Pos
Obrigado pela Atenção.Obrigado pela Atenção.
Mantenha-se Ativo!Mantenha-se Ativo!