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PAULO HENRIQUE JR. PÂNICO Pacto de Vida

PAULO HENRIQUE JR. - perse.com.br filede Sherlock Holmes e entrar naquela mansão, ... estudantes, reunidos em grupos ... – Irei espalhar vocês por três pontos . 13

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PAULO HENRIQUE JR.

PÂNICO

Pacto de Vida

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Volume 1

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A minha família

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha irmã Milena, por ter me suportado e

por ser a primeiro a saber e não ter contado a ninguém o que

acontecia no decorrer da história. A minha amiga Priscila, que

me ajudou em alguns personagens e a minha família.

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PARTE UM

ENTRADA

“Inteligência é a capacidade de

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Se adaptar à mudança.”

Stephen Hawking

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CAPÍTULO UM

Carrie caminhava por aquele caminho esburacado

e escuro da Rua B pela quinta vez na semana. As árvores

ali presentes eram altas e estranhamente curvadas para

baixo, dando uma sensação de que a pessoa que por ali

passava estivesse dentro de uma cúpula.

Do lado esquerdo da rua havia uma grande

mansão. Nela vivia Mags, uma mulher de meia idade,

morou ali apenas com seu pai, prefeito da cidade. Sua mãe

havia sido morta por um bandido, pelo menos era o que

diziam os policiais. Porém Mags passou a viver sozinha

quando seu pai morreu aos 54 anos, isso quando ela tinha

28 anos, a deixando sozinha no mundo. Mas ela ainda

tinha Anastácia, a empregada de longa data.

Mags nunca saia de casa, as portas e janelas

sempre estavam fechadas, até o dia em que um senhor de

meia idade, primo de Mags, arrombou a porta,

desconfiado de que Mags estava morta, pois ela não

telefonava para ele a algumas semanas. E quando entrou

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achou o corpo, caído em frente à escada. Mags morreu aos

54 anos, quase a mesma idade que seu pai.

A empregada Anastácia foi levada pelos policiais

por principal suspeita, mas logo foi liberada. Pessoas

idiotas, como a própria Carrie dirá, diziam e ainda dizem

que aquele lugar é assombrado.

Carrie não acreditava nessas coisas de assombrada,

pelo contrário, achava, no mínimo, que ela havia morrido

de morte natural, ou, pouco provável, alguém a jogou da

escada. Carrie não acreditava, mas tinha um pouco de

medo. A garota passou sua infância toda brincando

naquele pátio, sempre a cem metros de distância do lugar,

pois, assim como seus pais e amigos, eles temiam morrer

ali.

Carrie chegou ao ponto em que a rua deixava de

ser de terra e começava a ser pavimentada. Passou por

lojas, restaurantes, shoppings e coisas do tipo. Enquanto

passava em frente a uma igreja, que era toda espelhada por

fora, ela viu seu reflexo. Carrie era loira e seus cabelos

eram longos. Seus olhos eram azuis. Ela era perfeita para

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garotos que andavam com patricinhas, mas Carrie não era

patricinha e quase nunca saia com algum menino.

Enquanto ela pensava em como seria legal dar uma

de Sherlock Holmes e entrar naquela mansão, Carrie

chegou a uma enorme construção. As paredes eram todas

cimentadas e pintadas de bege. Grudado a grama,

desenhada em forma de uma rosa dos ventos, havia um

placa, com os dizeres: Escola East.

Ela atravessou o pátio, passando por vários

estudantes, reunidos em grupos diferentes; as patricinhas;

os babdboys; os nerds; os renegados e os novatos. Ela era

um pouco de cada grupo, com exceção dos novatos e

patricinhas... Argh!

Entrou dentro do prédio e se dirigiu para uma

grande escada, ao chegar ao corredor do segundo andar ela

entrou na sala 33.

O professor Watson estava curvado sobre sua

mesa, que ficava no centro da sala, em frente à lousa.

Carrie se dirigiu até a última mesa, largou sua bolsa sobre

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a mesma e se sentou desleixadamente sobre a cadeira de

plástico.

— Ótimo! – disse o professor, sentando-se em sua

mesa. – Agora com a chegada da Srta. Thorne podemos

começar a aulas.

— Finalmente – disse Brian, sentado a duas classes

em frente à Carrie.

— Sr. Stone – disse o professor. – Srta. Thorne

esta atrasada apenas alguns minutos, nada que possa

atrapalhar nossa aula, que esta mais que especial hoje...

O senhor Watson era um dos professores mais

influentes da escola East, apesar de ser certinho

arrumadinho e organizado. Sempre era chamado para dar

conselhos aos alunos, como se fosse um psicólogo. Ele era

alto, magricelo, pele escura e usava óculos quadrados, que

o deixavam com um charme especial. E sempre andava

com uma bolsa tiracolo no ombro.

—... Como em todo final de ano – Sr. Watson

dizia. –, iremos fazer uma pesquisa de campo.

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Ouviu-se um resmungo de todos os alunos da sala.

— Ah não – disse Lívia. – Bem que você poderia

nos livrar esse ano.

— Não, senhora, Srta. Duprement – disse o

professor.

Lívia era uma garota muito bem conhecida na

escola. Sempre tirava notas boas, apesar de ás vezes não

fazer quase nada – diziam que ela subornava os

professores, mas nada foi confirmado. Ela tinha longos

cabelos escuros e sempre usava roupas de grife. Seus pais

morreram em um acidente de carro, que aconteciam

diariamente na cidade, e atualmente morava com seus tios,

Jack e Sabrina. Ela era namorada de Taylor Holloway,

namoravam há dois anos. Taylor era alto, musculoso e

cobiçado por todas as garotas da escola e invejado por

alguns garotos. Ele morava apenas com sua mãe, seu pai

morreu há alguns anos, logo após Taylor fazer uma

promessa a ele.

— Esse ano a pesquisa não será em campo – disse

o professor. – Irei espalhar vocês por três pontos

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diferentes em Londres. Irão fazer uma pesquisa completa,

com tudo o que eu peço aqui – ele apontou para a lousa,

onde havia uma lista com tudo que deveria ter no trabalho.

Os alunos começaram a anotar a lista em seus

cadernos.

— Os três pontos são: o Big Ben, o Museu de

História Natural de Londres e a Mansão da Rua B – o

último lugar citado causou receio e excitação nos alunos. –

Sabia que iriam ficar assim.

O professor Watson conhecia bem seus alunos. A

mansão da rua B sempre foi o assunto que mais se discutia

nas rodas de amigos durante as aulas e intervalos. Então,

nada melhor do que mandar doze deles para a mansão.

O Sr. Watson caminhou até sua mesa, onde havia

duas caixas pretas, com uma abertura em cima.

— Aqui estão os nomes dos trinta alunos – disse

ele, indicando a caixa à esquerda. – E aqui o ponto

turístico. Posso começar a sortear?

Todos concordaram.

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— Emily – disse o professor.

Ele sorteou dez alunos, que ficaram com o Museu.

Logo depois sorteou mais dez, que ficaram com o Big

Ben, e, por fim, sorteou o restante.

— Kristen Collins – ele começou o terceiro grupo.

– Jensen Hower, Lívia Duprement, Annielisy Black,

Victor Satre, Craig McCourty, Carrie Thorne, Brian Stone,

Evanecer Victoria, Alice Terofine, Pietro Fountelle

La’Mask e Susan Fox.

Todos os 12 alunos se levantaram e ficou em frente

ao professor, menos Susan Fox, uma nerd baixinha e

gordinha, que usava óculos redondos.

— Susan? – disse o professor.

— Professor, eu não quero ir para a mansão – ela

disse, tremendo. – Por favor, deixe-me trocar de lugar com

o Taylor, ele prometeu ao seu pai que entraria lá.

— Concorda? – perguntou o professor.

— Sim – disse Taylor, eufórico.