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PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
MIRIAN SUAREZ FONSECA
POSSIBILIDADES DE EFETIVAÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA
JACAREZINHO/ 2009
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MIRIAN SUAREZ FONSECA
POSSIBILIDADES DE EFETIVAÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA
Artigo Científico apresentado ao PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, na área PDE, Gestão Escolar, NRE: Jacarezinho/Paraná; IES vinculada: UEPG. Orientadora: Professora Ms. Simone de Fátima Flach
JACAREZINHO 2009
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SUMÁRIO
RESUMO .......................................................................................................... 04 ABSTRACT ......................................................................................................... 04 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 05
1. REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DEMOCRÁTICA .................................... 06 2. ELEMENTOS DEMOCRATICOS E PARTICIPAÇÃO ................................... 10 3. GESTÃO ESCOLAR E PARTICIPAÇÃO ....................................................... 12
4. AVALIAÇÃO ................................................................................................... 13 5. INSTÂNCIAS COLEGIADAS E A PARTICIPAÇÃO ....................................... 14 6. PARCERIAS E PROJETOS: COLABORAÇÃO PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA .................................................................................................. 18 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 22 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 23 ANEXOS AÇÃO Nº 01 ......................................................................................................... 24 AÇÃO Nº 02 ......................................................................................................... 25 AÇÃO Nº 03 ......................................................................................................... 26 AÇÃO Nº 04 .......................................................................................................... 27 AÇÃO Nº 05 .......................................................................................................... 28 AÇÃO Nº 06 ..........................................................................................................29 AÇÃO Nº 07 ......................................................................................................... 30 AÇÃO Nº 08 ......................................................................................................... 31 AÇÃO Nº 09 ......................................................................................................... 32 AÇÃO Nº 10 ......................................................................................................... 33 AÇÃO Nº 11 ......................................................................................................... 34
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RESUMO A meta principal deste artigo é demonstrar dentro da comunidade escolar a efetivação de uma parceria colaborativa, compartilhada e democrática. Como gestão escolar faz parte de um contexto maior, há necessidade de conhecer os fatos internos e externos que a cercam e interferem, de forma positiva ou negativa no seu desempenho. Com isso a escola terá mais condições de visualizar suas reais responsabilidades, para contribuir e elevar os níveis de desempenho dos alunos. Nessa perspectiva, o presente artigo procura analisar as diversas formas de participação dos pais ou responsáveis, de forma a contribuir com o fortalecimento da discussão sobre seus direitos e deveres neste processo. Assim, aponta-se que deve ser incentivada a construção de um projeto político pedagógico que assegure o envolvimento dos órgãos de decisão colegiada, principalmente a comunidade escolar, grêmio estudantil e APMF. Muitos estudiosos da educação, como Saviani, Libâneo, Paro, Freire, apontam a promoção da participação da comunidade escolar como necessária para a efetivação da educação democrática no âmbito educacional. A gestão democrática pode de modo claro e objetivo interferir na prática escolar, como reuniões periódicas entre pais e mestres, formação do conselho escolar de modo a contribuir nas tomadas de decisões na escola e manter relações de parcerias com os outros segmentos sociais. É dentro deste contexto que foi executado o projeto de intervenção pedagógica na Escola Estadual Pedro Gonçalves Lopes E. F. onde ficou comprovado que uma Gestão Democrática faz a diferença na escola. Palavras-chave: Comunidade, Participação, Democrática ABSTRACT The main aim of this article is to seek within the school community a co-operative partnership, shared and democratic. As the school management is part of a bigger context, there is the necessity of knowing the facts, which surrounds and interferes in a positive or negative manner in its fulfillment. Thus the school has got more conditions of visualizing its real responsibilities to contribute and elevate the levels of performance of its pupils. Within this perspective, the present article seeks to analyze the several forms of participation of the parents or responsible, thus to contribute to the strengthening of the discussion about its rights and do within this project. Therefore the creation of a politic/pedagogic project should be encouraged, to ensure the involvement of the school’s administration organs, particularly a scholar community, academic groups and APMF. Many education researchers, as Saviani, Libaneo, Paro, Freire, suggest the promotion of the participation of the school community as a necessity for the effectiveness of the democratic education in the educational circuit. The democratic management can in an objective and clear way intervene in the scholar practice, such as regular meeting among parents and teachers, forming a scholar forum thus to contribute in the school taken and decisions and to maintain relations and partnership with the other social segments. It is within this context that we execute the project of pedagogic intervention in the Escola Estadual Pedro Goncalves Lopes E.F. where has been approved that a Democratic Administration makes a difference to the School. Key words: Community, Participation, and Democracy.
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INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a organização social de países desenvolvidos e em
desenvolvimento passa por profundas modificações causadas por deslocamento das
populações rurais para os grandes centros, fatores econômicos e sociais provenientes
do processo geral de globalização. Essas casualidades integradas com variáveis
socioeconômicas e culturais / educacionais provocam problemas tais como: a violência
social contagiosa, o clientelismo, a corrupção política, e os baixos níveis de qualidade
de vida, entre outros.
Essa relação de problemas se reflete nas mudanças que acontecem nas
relações familiares. A ausência dos pais e mães trabalhadores em casa, e
desestruturação familiar causada por inúmeros fatores como: separações e abandonos,
drogas, miséria, violência doméstica somam-se em muitos casos, a falta de pais ou
responsáveis com conhecimento ou capacidade para educar as crianças e
adolescentes nos aspectos necessários, que influenciam o sucesso ou o fracasso dos
alunos na escola. Dentre estes fatores: separação, abandono, drogas, miséria e
violência doméstica, um pode ser considerado como central a participação ou não da
família na escola.
Contudo, não basta os pais estarem dispostos a participar dos processos de
decisão no contexto escolar. A escola e seus profissionais precisam colaborar através
de medidas que colaborem nessa participação necessária. O que mais nos chama
atenção neste processo de intervenção é a resistência de alguns profissionais da área
escolar com a presença dos pais nas tomadas de decisões na escola, os quais
entendem suas presenças como interferência ou entrave educativo e não como
colaboração para o processo de desenvolvimento da escola. Inúmeros fatores podem
ser apontados como necessários para a mudança de posicionamento desses
profissionais: conscientização, políticas de formação docente voltadas para uma
perspectiva democrática, valorização do trabalho de classe, dentre outras.
Nessa perspectiva, o presente artigo procura analisar as diversas formas de
participação dos pais ou responsáveis no processo escolar, de forma a contribuir com o
fortalecimento da discussão sobre seus direitos e deveres.
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1. REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DEMOCRÁTICA
Na escola, a experiência demonstra que existe uma dificuldade, por parte da
comunidade escolar, em construir caminhos para o processo de Gestão e democracia.
Assim define o seguinte problema: como envolver a comunidade escolar no processo
de gestão democrática com as famílias dos educandos?
Pode-se assim traduzir a busca pela promoção de uma parceria permanente
entre família e escola como um esforço, com interesses mútuos envolvidos num
caminho de colaboração de mão dupla. Parafraseando SAVIANI, o processo de
desenvolvimento humano, diferente de seus primórdios onde a cultura, a educação era
passada no próprio meio do aprendiz, e seus mestres eram os anciões da comunidade,
hoje o processo educativo abarca um acúmulo de informações, a velocidade com que
acontecem os fatos, os avanços foi dando uma nova forma à educação, escolar uma
necessidade, para a transmissão do saber histórico produzido. (SAVIANI, 2003, p.76).
Por sua característica de relação humana, a educação só pode dar-se mediante o
processo pedagógico, necessariamente dialógico, não dominador, que garanta a
condição de sujeito tanto do educador quanto ao educando. De acordo com PARO:
Sendo o homem um sujeito social, que constrói sua história com os outros, e assim realizar-se necessita da educação, desta foram esta deve ser direito de todos os indivíduos enquanto viabilizadora de sua condição de seres humanos. Isso tudo acarreta características especiais e importâncias sem limites à escola pública enquanto instância da divisão social do trabalho, incumbida da universalização do saber. (PARO, 2004, p. 108)
Diante do processo democrático da sociedade, a escola-instituição para que
cumpra sua função necessita também ser democrática. A universalização da escola
expressada através do acesso a todos, por si só, não garante uma educação igualitária
e de qualidade. A educação para a democracia, através de práticas democráticas
contribuem para esse processo.
Portanto, um modelo de gestão democrática participativa tem na autonomia um
dos seus mais importantes princípios, implicando a livre escolha de objetivos e
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processos de trabalho, construção conjunta do ambiente de trabalho. Nesse modelo de
gestão, é indispensável trabalho em equipe.
De acordo com LIBÂNEO,
equipe é um grupo de pessoas que trabalham juntos, de forma colaborativa e solidária, visando a formação e a aprendizagem dos alunos. Do ponto de vista organizacional, é uma modalidade de gestão que, por meio da distribuição de responsabilidades, da cooperação, do diálogo, do compartilhamento de atitudes de modos de agir, favorece a convivência, possibilita encara as mudanças necessárias, rompe com as praticas individualista e leva a produzir melhores resultados de aprendizagem dos alunos. (LIBÂNEO, 2004, p. 102)
É nesse contexto de discussão que se insere a necessidade de rever o papel do
atual diretor da escola pública estadual séries finais do Ensino Fundamental e Ensino
Médio.
SAVIANI (2003), PARO (2004), LIBÂNEO (2004), OLIVEIRA (2002), FERREIRA
(2000), LUCK (1988), educadores brasileiros que dedicam estudos e pesquisas sobre a
gestão democrática na escola, defendem que a educação inserida em uma sociedade
globalizada e centrada no conhecimento é um dos fatores importantes para o
desenvolvimento social, bem como condição primordial para melhoria da qualidade de
vida das pessoas, já que a sociedade capitalista, de classes é excludente
principalmente para os indivíduos que dela necessita para promover a transformação.
Em meio às modificações legais ocorridas no âmbito teórico está a escola, que
recebe novas incumbências a cada mudança. A escola e seus gestores, através das
novas demandas que surgem, têm percebido cada vez mais a necessidade de
repensar sua prática, de forma a garantir formação competente aos alunos, para que
sejam realmente capazes de enfrentar, com critério e coerência, os problemas
complexos da sociedade; esta percepção tem levado os gestores a um confronto quase
diário, diante da necessidade de novos conhecimentos, habilidades e atitudes
primordiais para realizar seu trabalho.
Assim, existe a necessidade do envolvimento coletivo em todos os
direcionamentos da escola e equipe pedagógica, professores, alunos, pais,
comunidade escolar, pois são os responsáveis pela construção do ambiente cultural da
escola, de acordo com sua forma de agir e pensar; é a partir desta visão que será
criada a identidade da escola na comunidade, seu real papel, de acordo com as
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necessidades da comunidade. Esta prática do gestor tem como sustentação a
compreensão de que os problemas relacionados com a educação são problemas da
coletividade, da sociedade e não apenas do governo. Então, as soluções para os
problemas devem ser buscadas do grupo, sempre levando em conta “a reflexão
coletiva sobre a realidade e a necessidade de negociação e o convencimento local
para sua efetivação, o que só pode ser praticada, mediante o espaço de autonomia”.
(LUCK, 1998, p. 21).
Para que exista realmente uma prática de autonomia escolar, alguns
mecanismos são primordiais como a gestão democrática, eleição de diretores e ação
em torno de um projeto político pedagógico. Porém, a mera existência desses
mecanismos não é garantia de menor ou maior autonomia da escola. Para tal, é
necessário o reconhecimento e esforço de todos, para que os sujeitos envolvidos
assumam suas responsabilidades em uma proposta desenvolvida em conjunto e com
uma direção estabelecida, coerente e clara ao se levarem em conta as inúmeras
mudanças ocorridas na sociedade. Segundo FERREIRA (2000, p. 26), “está surgindo
um novo cidadão do mundo, que exige, primordialmente, formação sólida continuada e
de qualidade”, além disso a garantia de acesso e permanência a todo cidadão em uma
escola com educação de qualidade é um direito do cidadão após a Constituição
Federal de 1988 e a LDB 9.394/96.
No Brasil, o processo de democratização da sociedade tem se revelado lento e
difícil de ser conquistado, isso se deve ao processo de formação da sociedade
brasileira, pois em seus vários momentos históricos, pode-se identificar poucas
oportunidades de participação.
Deslocando esta idéia de participação para a educação, pode-se considerar que
foi a ação das forças da sociedade civil que provocou os pequenos avanços
conquistados, em vários momentos, pois a democratização tem sido uma bandeira dos
movimentos sociais no Brasil, de longa data. Pode-se identificar, na história da
educação brasileira, o importante movimento dos educadores ocorrido na década de
30, que culminou com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, o qual, dentre
inúmeras reivindicações, enaltecia a importância da democratização da educação no
país.
Pode-se afirmar que o processo de conquista da democratização da educação
brasileira passou por vários estágios. Num primeiro momento a idéia de
democratização foi compreendida como direito universal ao acesso e, mais tarde, como
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direito a um ensino de qualidade e à participação democrática na gestão das unidades
escolares e dos sistemas de ensino.
A Constituição Federal promulgada no ano de 1988 estabeleceu como um dos
princípios do ensino público brasileiro, em todos os níveis, a gestão democrática. Ao
fazê-lo, a Constituição institucionalizou, no âmbito federal, práticas correntes em vários
sistemas de ensino estaduais e municipais. E, neste sentido, a LDB aprovada em 1996,
afirmando o princípio da gestão democrática, instituído com a constituição brasileira,
dispõe que:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I- Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola;
II- Participação das comunidades escolar e local em Conselhos
Escolares ou equivalentes.
Conforme VEIGA
Desse modo, a LDB, ao encaminhar para os sistemas de ensino as normas para a gestão democrática, indica dois instrumentos fundamentais, a elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, contando com a participação dos profissionais da educação e a participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes. (VEIGA, 2000, p s/p)
A esse respeito, a lei estabelece o princípio da gestão democrática, ou seja, a
necessidade de que a gestão das escolas se efetive por meio de processos coletivos
envolvendo a participação da comunidade local e escolar. Assim, para que a gestão
democrática aconteça, entende-se ser necessária à garantia de mecanismos e
condições para que espaços de participação, tomada de decisões e descentralização
do poder ocorram.
Trazendo esta discussão para o campo específico da escola, cabe esclarecer
que somente a previsão legal não garante a realidade e a equidade dos direitos.
A Democracia também se torna fictícia, passando a existir como promessa e não
como realidade. E, de acordo com Paulo Freire: ”a democracia como qualquer sonho,
não se faz com palavras desencarnadas, mas com reflexão e prática”. (FREIRE, 2003,
p. 91)
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2. ELEMENTOS DEMOCRATICOS E PARTICIPAÇÃO
Os dispositivos constitucionais e a determinação legal, previstos tanto na
Constituição Federal brasileira quanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDBEN preveem a gestão democrática como princípio do ensino.
Nesse sentido, muitos estudiosos como SAVIANI (2003), PARO (2004),
LIBÂNEO (2004), OLIVEIRA (2002), FERREIRA (2000), da educação apontam á
promoção da participação da comunidade escolar como necessária para a efetivação
da gestão democrática no âmbito educacional.
Por comunidade escolar se entende todos aqueles que direta ou indiretamente
contribuem para o funcionamento dos estabelecimentos escolares (alunos, pais,
professores, funcionários e comunidade em geral). Nessa perspectiva, a família dos
educandos assume lugar central na discussão, pois junto com a escola compartilha
interesses comuns na busca por uma educação de qualidade. Alguns elementos
colaboram para o processo no contexto escolar. Um desses elementos é o Projeto
Político-Pedagógico, enquanto construção de um projeto coletivo de escola. .
Nesse sentido, se torna importante as reflexões realizadas por VEIGA ( 2000):
Projeto politico-pedagógico: no sentido etimológico, o tempo projeto vem do latim
projectu, particípio passado do verbo projicere que significa lançar para adiante. Plano,
intento, desígnio. Empresa, empreendimento. Redação provisória de lei.
- Ao construir os projetos de escolas, planeja-se o que se tem intenção de fazer
ou realizar. Lança-se para diante, com base no que se tem, buscando o possível. É
antever um futuro diferente do presente.
- Nessa perspectiva, o projeto político-pedagógico vai além de um simples
agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que
é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais
como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em
todos os momentos por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.
- O projeto político-pedagógico, ao se constituir um processo democrático de
decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho
pedagógico que supere os conflitos buscando eliminar as relações competitivas
corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e
racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola. diminuindo
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os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza
os poderes de decisão.
- Desse modo, o projeto político pedagógico tem a ver com a organização do
trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um todo e
como organização da sala de aula incluindo sua relação com o contexto social
imediato; procurando preservar a visão de totalidade. Nessa caminhada será
importante ressaltar que o projeto político-pedagógico busca a organização do trabalho
pedagógico da escola na sua globalidade.
- A principal possibilidade de construção do projeto político-pedagógico passa
peta relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria
identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público lugar de debate do
diálogo, fundação na reflexão coletiva. Portanto, é preciso entender que o projeto
político pedagógico da escola aponta algumas indicações necessárias para a
organização do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na dinâmica
interna da sala de aula ressaltado anteriormente.
- A escola, para se desvencilhar da divisão do trabalho de sua fragmentação e
do controle hierárquico precisa criar condições para gerar outra forma de organização
do trabalho pedagógico.
- A reorganização da escola deverá ser buscada de dentro para fora. O fulcro
para a realização dessa tarefa será o empenho coletivo na construção de um projeto
político-pedagógico e isso implica fazer rupturas com o existente para avançar.
- É preciso entender o projeto político-pedagógico da escola como uma reflexão
de seu cotidiano. Para tanto, ela precisa de um tempo razoável de reflexão e ação,
para se ter um mínimo necessário à consolidação de sua proposta.
- A construção do projeto político-pedagógico requer continuidade das ações
descentralização, democratização do processo de tomada de decisões e instalação de
um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório. Segundo LlBÂNEO:
A tendência nas práticas de avaliação, numa perspectiva de educação emancipatória é assegurar cada vez mais nas instituições o caráter educativo da educação: meio de revisão das ações do professor - práticas de ensino, interação com os alunos - de modo que tome decisões com maior conhecimento de causa. A avaliação emancipatória tem três características: - avaliação compreensiva e global do processo de ensino • aprendizagem; - avaliação democrática em que os resultados da avaliação são discutidos e negociados entre os participantes do trabalho escolar; - auto-avaliação, mediante um
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processo reflexivo rigoroso de planejamento-observação-análise-reflexão-planejamemto. Em que o professor é também um investigador. (LIBÂNEO, 2004, p.258-259).
- O projeto político pedagógico da escola pode ser inicialmente entendido como
um processo de mudança e de antecipação do futuro que estabelece princípios,
diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as
atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Sua dimensão pressupõe uma
construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares. Ao
desenvolvê-Io, as pessoas ressignificam suas experiências, refletem suas práticas,
resgatam, reafirmam e atualizam valores, explicitam seus sonhos e utopias,
demonstram seus saberes, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos,
reafirmam suas identidades, estabelecem novas relações de convívio e indicam o
horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ação.
O Projeto Político Pedagógico é elemento imprescindível para a participação de
todas as instâncias colegiadas, comunidade escolar e pais de alunos, pois ele
representa a coletividade, os desejos e anseios dos integrantes da escola.
3. GESTÃO ESCOLAR E PARTICIPAÇÃO
A gestão da escola se traduz cotidianamente como ato político, pois implica
sempre uma tomada de posição dos pais, professores, funcionários e estudantes.
Logo, a sua construção não pode ser individual, pelo contrário, deve ser coletiva,
envolvendo os diversos segmentos da escola na discussão e tomada de decisões.
Quando estas são tomadas pelos principais interessados na qualidade da escola, a
chance de que deem certo é bem maior. Portanto, todos os atos pedagógicos ou
administrativos deverão ser determinados em conjunto por todos os envolvidos com a
escola. Caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua
identidade como espaço-tempo pedagógico implica o compromisso com o
compartilhamento do poder por meio de mecanismos, de participação de toda a
comunidade escolar.
Ouve-se constantemente que a escola é uma extensão da família e que esta
delega à escola tarefas que ela mesma não tem condições de realizar. Mas na hora de
trabalhar em harmonia com a família de introduzir a presença dos pais na escola, tudo
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se torna mais difícil.
Parte-se do principio de que a família gostaria de participar muito mais das
atividades da escola e só não o faz porque não tem tempo, não sabe como fazer ou
tem medo de interferir e não ser compreendida.
Com esse princípio, o diretor pode estudar a situação das famílias de sua escola
e verificar como elas gastam o seu tempo, como elas percebem uma aproximação
mais rica com sua escola. Ao começar com pequenas ações participativas e aos
poucos, respeitando os limites de cada um, ir alargando as possibilidades com certeza
em breve a direção da escola terá um número significativo de colaboradores.
A participação da família e comunidade na escola pode ocorrer por meio de
correspondências, visitas, sugestões para o diálogo educativo, atividades recreativas
comemorações participativas em dias festivos, exposição dos trabalhos dos alunos
realização do conselho de classe com a participação dos alunos e palestras
educativas.
A flexibilidade o senso critico e a criatividade pode ser muito relevante para
elevar a autoestima dos alunos de modo a propiciar maior disponibilidade para o
estudo e, assim, conseguir sucesso na qualidade de ensino.
Enfim é preciso trabalhar com respeito, cordialidade e atenção à relação com os
pais e mães de nossos alunos. Assim, investe-se na conquista dos pais e.
consequentemente na permanência dos alunos na escola.
4. AVALIAÇÃO
Acompanhar as atividades e avaliá-Ias leva à reflexão, com base em dados
concretos sobre como a escola se organiza para colocar em ação seu projeto político
pedagógico. A avaliação do projeto político pedagógico, numa visão crítica, parte da
necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender
criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas
mudanças e se esforça para propor ações alternativas.
A avaliação tem um compromisso mais amplo do que a mera eficiência e
eficácia das propostas conservadoras. Portanto, acompanhar e avaliar o projeto político
pedagógico é avaliar os resultados da própria organização do trabalho pedagógico.
Considerando a avaliação dessa forma, é possível salientar dois pontos
importantes: primeiro, a avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece subsídios
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ao projeto político pedagógico; segundo, ela imprime uma direção às ações dos
educadores e educandos. (PARO, 2007, s/p)
5. INSTÂNCIAS COLEGIADAS E A PARTICIPAÇÃO
Para a realização deste trabalho PDE mostrou-se necessário a aplicação de
instrumentos para verificação das formas de participação que, normalmente, ocorrem
no contexto escolar. Para isso realizamos atividades com todos os segmentos da
escola, a partir da interlocução com pedagogos, professores, alunos, pais, funcionário
e comunidade social.
A avaliação geral do desempenho dos docentes, pedagogos e funcionários se
deu através de reuniões periódicas onde os participantes falaram sobre os resultados
que estão sendo obtidos, as condições de trabalho e as dificuldades encontradas.
Foram aplicados questionários e entrevistas individuais e em grupos,
perguntando aos alunos, por exemplo, se a escola está mais organizada, se houve
melhoria na merenda, se há mais e melhores livros de leitura, se o reforço escolar está
ajudando na aprendizagem das matérias, se eles estão gostando das atividades de
artes e esportes, o que estão achando das orientações ou atendimento de saúde.
As mães e pais foram ouvidos nas reuniões e em entrevistas individuais e
ao Grêmio Estudantil foi proposto colocar sua opinião sobre os problemas da escola
bem como sugerir soluções.
Para entender o processo participativo necessitamos refletir sobre as funções a
serem desempenhadas por todos os envolvidos no contexto escolar. Vejamos algumas
delas:
À equipe pedagógica cabe analisar os dados de frequência às aulas, à evasão e
ao aproveitamento escolar, pois o objetivo principal é a aprendizagem dos alunos.
O diretor e o Conselho Escolar têm a incumbência de avaliar se as metas
propostas estão sendo atingidas e a APMF acompanhar a utilização dos recursos
financeiros aplicados para o desenvolvimento das ações, verificando se estão sendo
utilizados corretamente.
O projeto político pedagógico que deve ser elaborado e avaliado por todos que
fazem parte da escola, ocupa um papel central na construção de processos de
participação e, portanto, na implementação de uma gestão democrática que é um
processo político através do qual, as pessoas na escola discutem, deliberam e
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planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam
o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este processo,
sustentado no diálogo, tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da
comunidade escolar, o respeito às normas coletivamente construídas para os
processos de tomadas de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos
sujeitos da escola. O importante é compreender que esse não se efetiva por decreto,
portarias ou resolução, mas é resultante, sobretudo, da concepção de gestão e de
participação.
Dentro de uma escola, surgem quase naturalmente, diferentes grupos que se
articulam informalmente em torno das mais variadas razões e motivos. A organização
dos grêmios estudantis é um deles e favorece o relacionamento e a convivência entre
os nossos jovens. Por serem institucionalizados, podem representar melhor a rica
experiência que é a busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes.
O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que
devem reconhecer a sua importância definir o seu perfil e cumprir importante papel na
formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude,
organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios esportivos e
outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis representam para muitos
jovens os primeiros passos na vida social, cultural e política.
A representação discente tem se mostrado como importante oportunidade de
participação nas diversas ações da escola. Para tanto, as escolas têm utilizado
diferentes formas de efetivar esta forma de participação. Uma delas, que tem se
mostrado muito eficaz, é aquela que no início do ano letivo, efetiva um processo de
eleição dos representantes de turma, através do voto secreto. Além de oportunizar a
participação na vida da escola, esta forma de escolha faz os alunos vivenciarem o
processo de democracia, onde vão avaliar os colegas e eleger aquele que melhor
representa os seus interesses. Estes alunos representam á turma não apenas nas
reivindicações, mas representam o coletivo de alunos em atividades importantes, como
o conselho de classe, agindo como mediadores entre a turma e a equipe pedagógica e
administrativa.
A gestão democrática implica a efetivação de novos processos de organização e
gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e
participativos de decisão.
Ao Conselho de Classe, como um órgão colegiado cabe:
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• Estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposta pelo plano
curricular;
• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados;
• Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da
turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
• Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros
indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos
alunos;
Permitir a participação dos representantes de turma tem um importante papel no
redimensionamento da gestão democrática, pois professores e alunos têm
oportunidade de se situar, e a partir daí, comprometer-se com a transformação da
realidade.
Compartilhar decisões significa envolver pais, professores, funcionários e outras
pessoas da comunidade na administração escolar. Os conselhos escolares, como
mecanismos de participação da comunidade na escola, já estão presentes em muitas
escolas. O Conselho Escolar caracteriza-se como órgão colegiado, representativo da
Comunidade Escolar (escolhidos através de processo eletivo), que tem funções de
natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e realização do
trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar. Porém, é preciso lembrar
que as funções do Conselho Escolar devem ser efetivadas em conformidade com as
políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA
e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social.
O Conselho decide sobre questões administrativas, financeiras e pedagógicas
da escola, analisa o desempenho, os problemas e as potencialidades da escola, além
de propor soluções.
Na escola onde ocorreu a intervenção, as reuniões ordinárias do Conselho
Escolar acontecem bimestralmente e as extraordinárias são convocadas com 24 horas
de antecedência, ambas com pauta claramente definida. Essas reuniões são lavradas
em ata.
Consideramos que o Conselho Escolar tem papel decisivo na democratização
da educação e da escola. Ele é um importante espaço neste processo, medida em que
reúne diretores, professores, funcionários, estudantes, pais e outros representantes da
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comunidade para discutir, definir e acompanhar e desenvolvimento do projeto político
pedagógico da escola que deve ser visto, debatido e analisado dentro do contexto
nacional e internacional em que vivemos.
A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) constitui-se,
também em espaço de exercício de gestão democrática. É um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não
tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros e constituído por prazo indeterminado.
As APMF's foram criadas para promover a integração escola-comunidade por
meio da organização das atividades sociais, além disso, oferecer suporte material ao
trabalho pedagógico. Como uma associação a serviço da escola, ela é responsável
pelo recebimento e aplicação das verbas repassadas às escolas pelos órgãos públicos
e pelo recebimento de doações.
Cabe a ela discutir, colaborar e decidir sobre as ações para assistência ao
educando, o aprimoramento do ensino e para a integração família-escola-comunidade,
além de gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em
reunião, conjunta com o Conselho Escolar e registrados em livro ata.
A partir das reflexões realizadas consideramos que a relação de parceria deve
ter como ponto de partida a própria realidade escolar, visto que os pais pouco sabem
sobre a organização escolar, as características de aprendizagem e as possibilidades
de sua colaboração. Essas questões podem ser apontadas como indicativos da
dificuldade em participar da vida escolar dos filhos. Portanto, o papel da escola na
construção dessa parceria é fundamental, devendo considerar a necessidade da
família, levando-as a vivenciar situações que possibilitem se sentirem participantes
ativos e não meros expectadores, conforme ressalta PARO:
[...] é possível imaginar um tipo de relação entre pais e escola que não esteja fundada na exploração dos primeiros pela segunda. É possível imaginar um tipo de relação que não consista simplesmente de uma "ajuda" gratuita dos pais à escola. Pode-se pensar em uma integração dos pais com a escola, em que ambos se apropriem de uma concepção elaborada de educação que, por um lado, é um bem cultural para ambos, por outro, pode favorecer a educação escolar e, ipso facto, reverter-se em beneficio dos pais, na forma da melhoria da educação de seus filhos. (PARO, 2007, p. 25).
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A educação para a cidadania requer o envolvimento da comunidade escolar
nas questões sociais. Para tanto, as escolas, de uma maneira geral, poderão contar
com a colaboração de diversos segmentos da sociedade. O Projeto de Intervenção
realizado demonstra o quão importante pode ser as parcerias efetivadas no âmbito
escolar, pois através delas foi possível visualizar concretamente o avanço qualitativo da
escola e, conseqüentemente, da gestão democrática.
6. PARCERIAS E PROJETOS: COLABORAÇÃO PARA UMA GESTÃO
DEMOCRÁTICA
É importante ressaltar que no processo de gestão democrática da escola
pública, a família desempenha importante papel. Defendemos que a interação Família -
Escola se faz necessária para que ambas conheçam suas realidades e construam
coletivamente uma relação de diálogo mútuo, procurando meios para que se concretize
essa parceria, apesar das dificuldades e diversidades que as envolvem. É evidente que
a gestão democrática por si só não garante o pleno funcionamento da escola, todavia é
uma alternativa possível para minimizar as dificuldades históricas das escolas na
rede pública, e os pais, enquanto integrantes da comunidade escolar, não podem ser
excluídos desse processo. Contudo, é preciso admitir que a participação dos pais no
processo escolar e educativo apresenta limites, mas estes não são insuperáveis, pois
existem possibilidades, onde os gestores das escolas precisam acreditar e implementar
ações que coloquem em prática esta parceria tão importante quanto necessária.
Nesse sentido, a intervenção Pedagógica realizada procurou, através de
parcerias significativas, contribuir para o fortalecimento da gestão democrática na
escola.
6.1. AÇÃO 1 – SEMANA PEDAGÓGICA
OBJETIVO: Despertar na comunidade escolar o interesse pelo projeto de
intervenção na escola.
AÇÕES DESENVOLVIDAS: Exposição do Projeto de Intervenção na escola do
professor PDE com a participação da comunidade escolar. Leitura do texto e
reflexão: aula como efeito terapêutico, publicado na gazeta do povo em
03/03/2008 – autor – Jamil Brahim Iskandar.
ENVOLVIDOS: Gestor, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários e
Representantes de Turma.
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FORMA DE REGISTRO: Fotos em anexo
6.2. AÇÃO 2 - 1ª SEMANA DE AULA
OBJETIVO: Possibilitar a participação do Grêmio Estudantil na execução de
projetos.
AÇÕES DESENVOLVIDAS: Boas vindas aos estudantes; Grêmio Estudantil
relatando as atividades que desenvolverão durante o ano de 2009;
Apresentação de danças ( participação dos alunos do E.F. e E.M.); Merenda
especial para toda comunidade escolar
ENVOLVIDOS :Comunidade Escolar e Local
FORMA DE REGISTRO: Fotos em anexo.
6.3. AÇÃO 3 - : REUNIÃO DE PAIS
OBJETIVO: Esclarecer a unificação das escolas E.F. e E.M.
AÇÕES DESENVOLVIDAS: Envolvimento de toda comunidade escolar na
tomada de decisões da escola.
ENVOLVIDOS: Comunidade Escolar
FORMAS DE REGISTRO: Fotos em anexo.
6.4. AÇÃO 4: MÉDICO NA ESCOLA ( Parceria Centro de Saúde)
OBJETIVO: Buscar dentro da comunidade local parcerias que tratem de ações
preventivas de saúde.
AÇÕES DESENVOLVIDAS: Avaliação física de todos estudantes e permissão
aos alunos aptos para freqüentar a piscina nas aulas de educação física e finais
de semana na escola (foram convidados os pais para acompanharem seus
filhos na hora do exame), os não aptos foram medicados e serão chamados
para uma segunda avaliação para poderem frequentar a piscina da escola.
ENVOLVIDOS: Centro de Saúde e Comunidade Escolar
FORMA DE REGISTRO: Fotos em anexo.
6.5. AÇÃO 5 - ESCOLA ABERTA FINAIS DE SEMANA
OBJETIVO: Levar os pais e responsáveis a compreender a função social da
escola
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AÇÕES DESENVOLVIDAS: Comunidade escolar na escola participando junto
com seus filhos das atividades físicas tais como: Tênis de mesa, natação,
recreação e jogos.
ENVOLVIDOS: Comunidade Escolar e Local
FORMA DE REGISTRO: Fotos em anexo
6.6. AÇÃO 6 - CONAE ( Conferência Nacional de Educação)
OBJETIVO: Construir coletivamente propostas com base nos Eixos Temáticos
do Documento Referência a CONAE Desenvolvimento.
AÇOES DESENVOLVIDAS: Elaboração de propostas significativas na área
pedagógica e administrativa com a participação da comunidade escolar.
ENVOLVIDOS: Comunidade Escolar
FORMAS DE REGISTRO: Fotos em anexo
6.7. AÇÃO 7: 1ª SEMANA DA ARTE
OBJETIVO: Possibilitar uma aproximação maior entre comunidade escolar e
comunidade local.
AÇÕES DESENVOLVIDAS: Exposição de trabalhos artesanais e danças de rua,
contemplando a lei nº 11.645/08.
ENVOLVIDOS: Parcerias: PDE, Projeto Viva a Escola, Grêmio Estudantil,
Professores de Educação Física e Artes.
FORMAS DE REGISTRO: Fotos e depoimentos registrados em DVD
6.8. AÇÃO 8: CONSELHO DE CLASSE
OBJETIVO: Reconhecer que Gestão Democrática faz grande diferença na
Escola Pública
AÇÕES DESENVOLVIDAS: Estudo de texto – elaborado no grupo de estudos
pelas pedagogas: Mirian Suarez Fonseca, Adelaide Rodrigues, Sonia Negrini
Parmezan; Filme: “Pro Dia Nascer Feliz”; Investigações sobre o interesse de
compartilhar suas práticas pedagógicas que obtiveram ótimos resultados na
hora da avaliação e recuperação de estudo, pensando no ensino-aprendizagem;
reflexão sobre os dados do IDEB;
ENVOLVIDOS: Comunidade Escolar
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FORMAS DE REGISTRO: Fotos em anexo
6.9. AÇÃO 9: ENCENAÇÃO E PALESTRA SOBRE VIOLÊNCIA NA ESCOLA
OBJETIVO: Desenvolver no educando a atenção à sua totalidade e
compreensão dos malefícios que a droga pode causar.
AÇÕES DESENVOLVIDAS: PALESTRA: Parceria: PROERD (Programa
Estadual de Resistência às Drogas e Violência); ENCENAÇÃO: Coreografia
feita pelos alunos das 5ª séries – Música: Titãs – É preciso saber viver.
ENVOLVIDOS: Parceria: PROERD, Comunidade Escolar
FORMA DE REGISTRO: Fotos em anexo
6.10. AÇÃO 10: FESTA JUNINA NA ESCOLA
OBJETIVO: Possibilitar a comunicação e interação de diferentes manifestações
corporais e culturais.
AÇÕES DESENVOLVIDAS: Envolvimento da Feira da Lua nas atividades
desenvolvidas pelos alunos.
ENVOLVIDOS: Grêmio Estudantil, Comunidade Escolar e Local.
FORMA DE REGISTRO: Fotos em anexo
6.11. Ação 11: 2ª REUNIÃO DE PAIS
OBJETIVO: Parecer final da eleição
AÇÕES DESENVOLVIDAS: - Convocação de pais ou responsáveis visando:
comunicar aos mesmos o resultado final da eleição para a escolha do nome da
escola com a participação da comunidade escolar, Exibição de um vídeo:
Palestra sobre Rebeldia e Onipotência juvenil (Içami Tiba) – Data Show .
ENVOLVIDOS: Comunidade Escolar
FORMA DE REGISTRO: Fotos em anexo
Em relação ao Projeto de Intervenção realizado é importante expor as
considerações da equipe pedagógica da escola, que assim se pronunciou após as
ações:
“O Projeto desenvolvido pela professora foi de grande valia para a escola.
Suas iniciativas trouxeram momentos de reflexão e transformação na
22
comunidade escolar. É importante ressaltar que o professor PDE realizou
com muita competência todas as atividades, demonstrando
responsabilidade e comprometimento com seu projeto. A nossa escola foi
enriquecida cultural e socialmente, com apresentações de danças e
exposições artísticas. Trazer a família para o ambiente escolar foi de
grande avanço, imprescindível para o sucesso escolar de nossos alunos. “
Tal pronunciamento vem ao encontro da necessidade de implementar
ações que possam contribuir para a efetivação da gestão democrática,e, em
contrapartida, possibilitar o avanço da melhoria da qualidade do ensino oferecido e da
aprendizagem alcançada pelos alunos que freqüentam a escola pública. O exercício e
o desenvolvimento da cidadania passam, necessariamente, por ações coletivas, como
as aqui demonstradas.
CONCLUSÃO
A partir dos estudos e da intervenção realizada, concluímos a relação Família –
Escola, inserida em um processo de gestão democrática, desempenha importante
papel para o avanço qualitativo da escola. A temática desenvolvida esteve intimamente
ligada aos anseios da comunidade, pois houve envolvimento de todos nas atividades
propostas. As ações contribuíram para a reflexão dos integrantes da escola e
possibilitaram o fortalecimento das relações intra e extraescolares. Com a proposta de
desenvolvimento de ações participativas percebemos que na escola não pode existir
individualismo e sim trabalho cooperativo.
O trabalho realizado iniciou um processo de transformação coletiva, visto que
evidenciou o engajamento de toda comunidade escolar em busca de um único objetivo:
uma educação de qualidade.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação: lei 9.394/96. Rio de Janeiro Esplanada, 1998. FERREIRA, N. S. C, AGUIAR, M. A. S. (Org.). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000 FREIRE, Paulo & Horton, Myles. O caminho se faz caminhando: conversas sobre educação e mudança social. Petrópolis: Vozes, 2003. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática/José Carlos Libâneo. 5. ed. revista e ampliada-Goiânia: Editora Alternativa, 2004. LUCK, H. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro: DP&A; Consed; Unicef, 1988 OLIVEIRA, Cleiton de. Gestão da educação: União, Estado, Distrito Federal, Município e escola – In: Política e gestão da educação: dois olhares. Rio de Janeiro: DP& A, 2002, p.69. PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. 3. ed. SÃO PAULO: Ática, 2004. PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais/ Vitor Henrique Paro. – 3. rei mp. – São Paulo: xamã, 2007. FERREIRA, N. S. C, AGUIAR, M. A. S. (Org.). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000 SAVIANI, DERMEVAL, Pedagogia Histórico – Crítica: primeiras aproximações. 8. ed. ver. E ampl. São Paulo: Autores Associados, 2003. VEIGA, Ilma P.A. (org) “O Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma construção possível. 11ª ed. Campinas, Papirus,2000.
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ANEXOS
- AÇÃO Nº 01
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AÇÃO Nº 02
26
AÇÃO Nº 03
27
AÇÃO Nº 04
28
AÇÃO Nº 05
29
AÇÃO Nº 06
30
AÇÃO Nº 07
31
AÇÃO Nº 08
32
AÇÃO Nº 09
33
AÇÃO Nº 10
34
AÇÃO Nº 11