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MIEM – Mecânica dos Sólidos Pedro M. Ponces R. de Castro Camanho 1 Pedro Ponces Camanho Gabinete: L405 E-mail: [email protected]

Pedro M. Ponces R. de Castro Camanho Gabinete: L405 E-mail ... · • 3⁰ ano: Mecânica das Estruturas I e II. • 4⁰ ano: Órgãos de Máquinas; Vibrações e Ruído; Iniciação

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Pedro M. Ponces R. de Castro Camanho

1Pedro Ponces Camanho

Gabinete: L405

E-mail: [email protected]

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

2Pedro Ponces Camanho

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Sumário:

• Introdução.

• Apresentação e objectivos da Unidade Curricular.

• Método de avaliação e bibiografia recomendada.

• Programa da Unidade Curricular.

3Pedro Ponces Camanho

• Programa da Unidade Curricular.

Aula #1

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Docentes:

• Prof. Pedro Ponces Camanho.

• Prof. Lúcia Dinis.

• Prof. António Torres Marques.

• Prof. Francisco Pires.

4Pedro Ponces Camanho

• Prof. Carlos Reis Gomes.

Aula #1

Horário de atendimento:

• Terça-Feira, 11:00-12:00

• Sexta-Feira, 11:00-12:00

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Objectivos da unidade curricular:

• Compreensão dos conceitos fundamentais da Mecânica dos Sólidos.

• Saber aplicar a Mecânica dos Sólidos no estudo das peças lineares sujeitas asolicitações simples de tracção/compressão, torção, flexão e suas combinações.

Escolaridade: 4 horas semanais (6 ECTS, 162 horas de trabalho)

46 horas de aulas.

111 horas de estudo individual.

5Pedro Ponces Camanho Aula #1

(6 ECTS, 162 horas de trabalho) 111 horas de estudo individual.

5 horas para os exames.

Relevância da Mecânica dos Sólidos para outras unidades curriculares:

• 3⁰ ano: Mecânica das Estruturas I e II.

• 4⁰ ano: Órgãos de Máquinas; Vibrações e Ruído; Iniciação ao Projecto.

• 5⁰ ano: todas as unidades curriculares da opção de Projecto e Construção Mecânica.

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Relevância da Mecânica dos Sólidos para outras unidades curriculares:

• Tese de Mestrado – Daimler Benz AG.

6Pedro Ponces Camanho Aula #1

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Relevância da Mecânica dos Sólidos para outras unidades curriculares:

• Tese de Mestrado – Airbus Industries.

7Pedro Ponces Camanho Aula #1

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Relevância da Mecânica dos Sólidos para outras unidades curriculares

8Pedro Ponces Camanho Aula #1

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Relevância da Mecânica dos Sólidos para outras unidades curriculares

Fabrication,Load

Detail of lug area

ε11

ε22

Load

12

9Pedro Ponces Camanho Aula #1

14 shell layers

ε22

γ12

Load

Load

TensionCompression

LoadLoad

Failure mode: cleavage

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Programa da unidade curricular:

1. Análise das tensões – aulas 2-5.

2. Análise das deformações – aulas 6-8.

3. Relações tensão-deformação – aula 9.

4. Critérios de cedência – aula 10.

5. Resolução de exercícios/dúvidas – aula 11.

10Pedro Ponces Camanho

5. Resolução de exercícios/dúvidas – aula 11.

6. Diagramas de esforços – aula 12.

7. Torção de peças lineares – aulas 13-15.

8. Tensões de flexão em vigas – aulas 16-19.

9. Deflexão de vigas isostáticas – aula 20.

10. Resolução de exercícios/dúvidas – aulas 21-22.

Aula #1

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Modo de Avaliação: avaliação distribuída sem exame final. 50% do primeiro teste + 50% do segundo teste. Em cada teste há uma nota mínima de 7 valores. No exame de recurso os alunos poderão repetir o primeiro teste ou o segundo (a nota a atribuir será a melhor em cada dessas provas) ou então realizar uma prova final com toda a matéria. A nota máxima de 20 valores será atribuída apenas com realização de uma prova oral. Não é permitida a consulta de qualquer texto de apoio à UC durante o exame – serão distribuídos formulários.

Bibliografia principal

• J.F. Silva Gomes, Mecânica dos Sólidos e Resistência dos Materiais, Ed. INEGI, Porto, 2004.

11Pedro Ponces Camanho

• S.P. Timoshenko, J.N. Goodier, Theory of Elasticity, McGraw-Hill, New York, 1970.

• J.P. Den Hartog, Advanced Strength of Materials, McGraw-Hill, New York, 1952.

• C.M. Branco, Mecânica dos Materiais, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1985.

• V. Féodosiev, Resistência dos Materiais, Lopes da Silva Ed., Porto, 1977.

• C. Massonet, Resistance des Materiaux, Dunod, Paris, 1968.

Aula #1

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Fases de um projecto

12Pedro Ponces Camanho Aula #1

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Relação tensão-deformação

13Pedro Ponces Camanho Aula #1

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Relação tensão-deformação

14Pedro Ponces Camanho Aula #1

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Equilíbrio estático de um sistema de forças

15Pedro Ponces Camanho Aula #1

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16Pedro Ponces Camanho

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Sumário:

• Introdução à análise das tensões.

• Componentes Cartesianas da tensão.

• Tensão para uma orientação arbitrária.

• Resolução dos problemas 1.2.1, 1.2.2, 1.2.3 e 1.2.5.

17Pedro Ponces Camanho

• Resolução dos problemas 1.2.1, 1.2.2, 1.2.3 e 1.2.5.

Aula #2

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Análise das tensões

• Sólidos homogéneos, isotrópicos e elásticos.• Análise macro-mecânica (material homogenizado).• Comportamento linear-elástico.

Conceito de tensão

Considerações iniciais

Forças de superfície: P1 ... Pn.

Forças de volume: gravidade, electromagnéticas, inércia.

18Pedro Ponces Camanho Aula #2

Tensão resultante no ponto P associada ao plano de corte definido por n:

Tensão média em ∆A:

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Análise das tensões

Tensão normal e tensão de corte

Função do ponto P e da orientação da normal n.

Tensão normal.

Tensão tangencial ou de corte.

19Pedro Ponces Camanho Aula #2

Tensão tangencial ou de corte.

( ) ( )nPTnPT −−= ,,

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Análise das tensões

Componentes Cartesianas da tensão

20Pedro Ponces Camanho Aula #2

Matriz das tensões em P:

P

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Componentes Cartesianas da tensão

Face zFace z

Face yFace y

P

zz

σzz

σxx σyyτyx

τxz

τxy

τyz

τzx

τzy

21Pedro Ponces Camanho Aula #2

• Sentido da normal: do interior para o exterior do elemento.• Faces positivas e faces negativas: sentido da respectiva normal.• Tensão normal: (+) no sentido da normal – tracção; (-) no sentido oposto à normal –compressão.• Tensões de corte τij: i – direcção da normal que define o plano no qual a tensão actua; j – direcção da tensão de corte. A tensão de corte é positiva se o seu sentido coincide como sentido positivo do eixo coordenado em questão.

Face xFace x

xx

yy

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Notas

• Unidades: F/L2; N/m2 (Pa).

• O estado de tensão de um corpo é representado por um campo tensorial [ ]. ),,( zyxσ

Exemplo: campo de tensões na fuselagem de um helicóptero:

22Pedro Ponces Camanho Aula #2

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Tensão para uma orientação arbitrária

• Em cada ponto P, a intensidade e a direcção do vector tensão resultante T dependem da orientação n do plano de corte.

• É possível mostrar que, a partir das nove componentes da tensão, se pode determinar o vector tensão resultante nesse mesmo ponto para qualquer plano perpendicular ao versor nde cossenos directores {l,m,n}T.

23Pedro Ponces Camanho Aula #2

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Tensão para uma orientação arbitrária

01 =+−−− xozxoyxoxxoxo hFAnAmAlATA ττσ

Considere-se o tetraedro elementar PABC, em equilíbrio sob a acção das forças de volume correspondentes à sua massa e das forças de tensão que actuam em cada uma das respectivas faces.

xT

r

C

z

Equação de equilíbrio segundo Ox:

Força por unidade de volume{ }Tnmln ,,=r

24Pedro Ponces Camanho Aula #2

03

=+−−− xozxoyxoxxoxo hFAnAmAlATA ττσ

P

=

z

y

x

T

TTr

P

A

B

x

y

Volume

0

0

0

=−−−

=−−−

=−−−

zzoyzoxzozo

zyoyyoxyoyo

zxoyxoxxoxo

nAmAlATA

nAmAlATA

nAmAlATA

στττστττσFazendo h→0:

Equação de equilíbrio segundo Oy:

Equação de equilíbrio segundo Oz:

Área da face ABC

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Tensão para uma orientação arbitrária

lT ττσ

zzyzxzz

zyyyxyy

zxyxxxx

nmlT

nmlT

nmlT

στττστττσ

++=

++=

++=

Equação de Cauchy:

25Pedro Ponces Camanho Aula #2

{ } [ ]{ }

=

==n

m

l

T

T

T

nT

zzyzxz

zyyyxy

zxyxxx

z

y

x

στττστττσ

σ

Augustin-Louis Cauchy (1789-1857)

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Tensão para uma orientação arbitrária

P

{ }Tnmln ,,=r

=

z

y

x

T

T

T

Tr

σσσσσσσσ

ττττττττ

znTr⋅=σ zyx nTmTlT ++=σ

nlmnlmnml xzyzxyzzyyxx τττσσσσ 222222 +++++=

{ } [ ]{ }nT σ=∧

222 τσ +=T

Componentes σ e τ:

26Pedro Ponces Camanho Aula #2

Ao

ττττττττ

{ }Tcccc nmln ,,=r

x

y

Orientação da tensão de corte:

=+=+

=+

zc

yc

xc

Tnn

Tmm

Tll

τστστσ

−=

−=

−=

τσ

τσ

τσ

nTn

mTm

lTl

zc

yc

xc

τσ +=T

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Exercícios

1.2.1 Num determinado ponto P de um corpo material, a tensão resultante T para um plano decorte perpendicular ao eixo dos zz é T = {1,0,0}T. Determine as componentes Cartesianas σzz,τzx e τzy.

1.2.2 Para o caso considerado no problema anterior, determine a componente normal (σ) e acomponente de corte (τ) da tensão no ponto mesmo ponto P e para o plano de corte indicado.

27Pedro Ponces Camanho Aula #2

1.2.3 No ponto P≡(1, 1, 1) de um corpo material, para um plano de corte (α) definido pelaequação x+y-z-1=0, a tensão resultante correspondente é T = {3,2,−1} T. Determine, no ponto Pe para o plano de corte considerado, as componentes normal e tangencial da tensão.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Exercícios

1.2.5 O estado de tensão num ponto de um corpo material é definido pelas seguintes componentes Cartesianas:

28Pedro Ponces Camanho Aula #2

a) Determine a componente normal e a componente de corte do vector tensão resultantepara um plano cuja normal está inclinada de α = 68° e β= 35° em relação aos eixos x e y,respectivamente.

b) Determine os cossenos directores da tensão de corte no plano considerado.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

29Pedro Ponces Camanho

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Sumário:

• Equações de equilíbrio.

• Lei de transformação das tensões.

• Tensões principais.

• Resoluções dos problemas 1.2.7, 1.2.8 e 1.2.9 (alíneas a) e b)).

30Pedro Ponces Camanho

• Resoluções dos problemas 1.2.7, 1.2.8 e 1.2.9 (alíneas a) e b)).

Aula #3

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

O estado de tensão tem de ser compatível com as condições gerais de equilíbrio (estático ou dinâmico) do corpo em questão.

Variação da tensão ao longo do corpo

Equilíbrio segundo a direcção 0-xdx

P

x dxxxx

xx ∂∂+ σσxxσ

Equações de equilíbrio

31Pedro Ponces Camanho Aula #3

Equilíbrio segundo a direcção 0-x

0=+

−∂

∂++

∂∂

++

−∂

∂+ dxdydzFdxdydzz

dxdzdyy

dydzdxx xzx

zxzxyx

yxyxxx

xxxx ττττ

ττσσσ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

0

0

∂∂∂

=+∂

∂+

∂∂

+∂

=+∂

∂+∂

∂+

∂∂

yzyyyxy

xzxyxxx

Fzyx

Fzyx

σττ

τστ

ττσ

Equações de equilíbrio estático. Têm de sersatisfeitas para todos os estados de tensão admissíveis.

Aplicando as equações de equilíbrio segundo as direcções 0-y e 0-z:

Equações de equilíbrio

32Pedro Ponces Camanho Aula #3

0=+∂

∂+∂

∂+

∂∂

zzzyzxz F

zyx

σττ

No caso dinâmico:

[ ]dt

vdF ρσ =+ div

[ ] ⇔=+ 0 div Fσ 0=+⋅∇ Fσ 0=+∂∂

⇔ ij

ij Fx

σ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Equilíbrio de momentos segundo 0-y:

Simetria da matriz de tensões

33Pedro Ponces Camanho Aula #3

022222222

=

∂∂−−

∂∂+−

∂∂−+

∂∂+ dx

dzdydx

x

dxdzdy

dx

x

dzdydx

dz

z

dzdydx

dz

zxz

xzxz

xzzx

zxzx

zx

ττττττττ xzzx ττ =

zyyz

yxxy

ττττ

=

=

Procedendo de forma idêntica para 0-x e 0-z: A matriz de tensões é simétrica e tem 6 componentes independentes:

[ ]

=

zzyzxz

zyyyxy

zxyxxx

στττστττσ

σ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Para quaisquer dois elementos de superfície que se considerem num mesmo ponto, a projecção da tensão em um deles sobre a normal ao outro é igual à projecção da tensão neste sobre a normal ao primeiro:

Lei da reciprocidade das tensões

( ) ( ) nnPTnnPT ⋅=⋅ ',',rr

Lei da transformação das tensões

34Pedro Ponces Camanho Aula #3

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Lei da transformação das tensões

{ }Txxx nmli ''' ,,'= Cossenos directores de x’ em (x,y,z)

{ }Tyyy nmlj ''' ,,'= Cossenos directores de y’ em (x,y,z)

{ }Tzzz nmlk ''' ,,'= Cossenos directores de z’ em (x,y,z)

35

Aula #3

Matriz de transformação de (x,y,z) em (x’,y’,z’):

{ }Txxx nmli ''' ,,'=

Pedro Ponces Camanho

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

( ) '.','' iiPTxx

rrr=σ

Análise das tensões

Lei da transformação das tensões

( ) [ ]{ } ( ) rrrττσσ +++==

knjmili xxx

rrrr

'''' ++=

'ir

36Pedro Ponces Camanho Aula #3

( ) [ ]{ } ( )( )( ) knml

jnml

inmliiPT

zzxyxxxzx

zyxyyxxyx

zxxyxxxxx

r

r

rrr

σττ

τστ

ττσσ

'''

'''

''''',

++

+++

+++==

zxxxyzxxxyxxzzxyyxxxxxx lnnmmlnml τττσσσσ ''''''2'

2'

2''' 222 +++++=

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Lei da transformação das tensões

( )( )( )( )( ) '.',

'.',

'.',

'.',

'.',

''

''

''

''

''

ikPT

kjPT

jiPT

kkPT

jjPT

xz

zy

yx

zz

yy

rrr

rrr

rrr

rrr

rrr

=

=

=

=

=

τ

τ

τσ

σ

'ir

37Pedro Ponces Camanho Aula #3

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Lei da transformação das tensões

T

xxxxzxyxxxxxzxyxxx nmlnml '''''''''''' ττσττσ

[ ] [ ][ ][ ]Tll σσ ='

38Pedro Ponces Camanho Aula #3

[ ]zzz

yyy

xxx

zzzyzx

yzyyyx

xzxyxx

zzz

yyy

xxx

zzyzxz

zyyyxy

zxyxxx

nml

nml

nml

nml

nml

nml

=

=

'''

'''

'''

'''

'''

'''

''''''

''''''

''''''

..'

στττστττσ

στττστττσ

σ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Invariantes das tensões

Funções escalares das componentes Cartesianas da tensão que são independentes do sistema de eixos coordenados considerado.

''''''1 zzyyxxzzyyxxI σσσσσσ ++=++=

222

2222 zxyzxyxxzzzzyyyyxxI

τττσσσσσσ

τττσσσσσσ

−−−++

=−−−++=

1º invariante:

2º invariante:

39Pedro Ponces Camanho Aula #3

2''

2''

2'''''''''''''' xzzyyxxxzzzzyyyyxx τττσσσσσσ −−−++

''''''2

''''2

''''2

''''''''''

2223

2

2

zyzxyxyxzzzxyyzyxxzzyyxx

yzxzxyxyzzxzyyyzxxzzyyxxI

ττττστστσσσσ

ττττστστσσσσ

+−−−=

=+−−−=

Qualquer função que inclua qualquer um dos invariantes das tensões é também invariante. Por exemplo:

( ) ( ) ( ) ( ) 221

222222 626 IIzxyzxyxxzzzzyyyyxx −=+++−+−+− τττσσσσσσ

3º invariante:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Condição de tensão principal:

Tensões principais

nTrr

σ=

40Pedro Ponces Camanho Aula #3

{ } [ ]{ }nT σ=Aplicando a equação de Cauchy,

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Este é um sistema de três equações lineares e homogéneas nas variáveis l,m,n (cossenos directores da direcção principal n). Para

Tensões principais

41Pedro Ponces Camanho Aula #3

variáveis l,m,n (cossenos directores da direcção principal n). Para que o sistema admita solução para além do vector nulo, o determinante deve ser nulo, isto é:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Desenvolvendo o determinante:

Tensões principais

42Pedro Ponces Camanho Aula #3

Trata-se de uma equação do terceiro grau em σ, cujas raízes σ1, σ2 e σ3 são as três tensões principais no ponto considerado. Por convenção: σ1 > σ2 > σ3.

Substituindo cada uma dessas tensões principais nas equações (slide #38) e resolvendo o sistema em relação a (l,m,n) obtêm-se os vectores que definem as direcções principais correspondentes n1, n2, n3 respectivamente.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Tensões principais

Directamente da lei de reciprocidade das tensões resulta que:

43Pedro Ponces Camanho Aula #3

Relativamente ao triedro principal (n1, n2, n3) pode escrever-se para a tensão resultante T para um plano de corte definido pela sua normal n={l,m,n}T:

{ } [ ]{ }

=

==n

m

l

T

T

T

nT

3

2

1

3

2

1

00

00

00

σσ

σσ

===

33

22

11

σσσ

nT

mT

lT

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Tensões principais

As componentes da tensão normal e de corte são dadas por:

⇒⋅== nTrrσσ

⇒−= 222 στ T

44Pedro Ponces Camanho Aula #3

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Tensões principais

Lei da transformação das tensões (relativa ao triedro principal):

45Pedro Ponces Camanho Aula #3

Invariantes das tensões:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Exercícios

1.2.7 Num determinado referencial global Oxyz, as componentes cartesianas da tensão num ponto P são as seguintes:

Determine as componentes da tensão num referencial Ox’y’z’, onde as orientações dos

46Pedro Ponces Camanho Aula #3

Determine as componentes da tensão num referencial Ox’y’z’, onde as orientações dos eixos x’, y’, z’ são definidas pelos seguintes ângulos:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Exercícios

1.2.8 O estado de tensão num ponto P é definido pelas seguintes componentes Cartesianas:

a) Poderá afirmar-se, à partida, que o plano yz é um plano principal de tensão? Justifique.

47Pedro Ponces Camanho Aula #3

a) Poderá afirmar-se, à partida, que o plano yz é um plano principal de tensão? Justifique.

b) Determine as tensões principais no ponto considerado, bem como as respectivas direcções.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Análise das tensões

Exercícios

1.2.9 O campo das tensões num corpo de material elástico é definido, na ausência de forças de volume, pelas seguintes componentes cartesianas em cada ponto:

onde a, b, c são parâmetros reais.

48Pedro Ponces Camanho Aula #3

a) Determine a, b, c de modo que o campo das tensões acima definido seja compatível com as equações da teoria da elasticidade;

b) Determine as tensões principais no origem das coordenadas, bem como as respectivas direcções.

onde a, b, c são parâmetros reais.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

49Pedro Ponces Camanho

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Sumário:

• Valores máximos e mínimos das tensões normais e de corte.

• Tensões octaédricas.

• Estado plano de tensão.

• Resolução das alíneas c) e d) do problema 1.2.9.

50Pedro Ponces Camanho

• Resolução das alíneas c) e d) do problema 1.2.9.

Aula #4

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Valores limites das tensões

A tensão normal para um plano de corte qualquer, definido por n={l,m,n}T, em que l, m e n são os cossenos directores de n relativamente ao triedro principal, é calculada como:

23

22

21),,( nmlnml σσσσ ++=

O problema em análise corresponde à determinação dos valores estacionários da função σ ,considerando que:

Tensão normal

51Pedro Ponces Camanho Aula #4

01:),,( 222 =−++= nmlnmlg

Método dos multiplicadores de Lagrange:

( ) ( ) ( ) 0,, ,,,, =∧∇=∇ nmlgnmlgnml λσ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Valores limites das tensões

Da equação anterior resulta:( )

( )( )

=−++=−=−

=−

01

0

0

0

2223

2

1

nml

n

m

l

λσλσλσ

Tensão normal

52Pedro Ponces Camanho Aula #4

Soluções admissíveis do sistema de equações:

Tensão normal máxima.

Tensão normal mínima.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Valores limites das tensões

A tensão de corte para um plano de corte qualquer, definido por n={l,m,n}T, em que l, m e n são os cossenos directores de n relativamente ao triedro principal, é calculada como:

( )( )23

22

21

223

222

221

2

223

222

221

22 ,,

σσσσσσ

σσσστ

nmlnml

nmlnml

++−++=

=−++=

Tensão de corte

O problema em análise corresponde à determinação dos valores estacionários da função ,2τ

53Pedro Ponces Camanho Aula #4

O problema em análise corresponde à determinação dos valores estacionários da função ,considerando que:

01:),,( 222 =−++= nmlnmlg

Método dos multiplicadores de Lagrange:

( ) ( ) ( ) 0,, ,,,,2 =∧∇=∇ nmlgnmlgnml λτ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Valores limites das tensões

Da equação anterior resulta:

( )( )( )

=−++=−−=−−

=−−

01

0 2

0 2

0 2

2223

23

222

121

nml

n

m

l

λσσσλσσσλσσσ

Tensão de corte

54Pedro Ponces Camanho Aula #4

Soluções admissíveis do sistema de equações:

Mínimo de 2τMínimo de 2τMínimo de 2τ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Valores limites das tensões

Soluções admissíveis do sistema de equações:

Tensão de corte

A tensão normal é dada por:

55Pedro Ponces Camanho Aula #4

A tensão normal é dada por:

=0

( )232

22

122

322

222

122 σσσσσστ nmlnml ++−++=

Substituindo em:

Resulta:

Valor estacionário da tensão de corte:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Valores limites das tensões

Tensão de corte

l m n σσσσ ττττ

0 0 + 1 σσσσ3 0

0 + 1 0 σσσσ2 0 Mínimos

de ττττ + 1 0 0 σσσσ1 0

0 2

1± 2

1± ( )

232 σσ +

( )

232 σσ −

2

1± 0 2

1± ( )

231 σσ +

( )

231 σσ −

Máximos

de ττττ

56Pedro Ponces Camanho Aula #4

2± 0

2

2 de ττττ

2

1± 2

1± 0 ( )

221 σσ +

( )

221 σσ −

Dado que σ1 > σ2 > σ3 o valor máximo de τ é para:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Tensões principais secundárias

( ) ( )

( ) ( )θτθ

σσσσσ 22cos

22'' xyyyxxyyxx

xx sen+−

++

=

P

x

z

y

x ’

y ’

z ’

57Pedro Ponces Camanho Aula #4

( ) ( )

( )θτθ

σστ

θτθσσσσ

σ

2cos22

22cos22

22

''

''

xyyyxx

yx

xyyyxxyyxx

yy

sen

sen

+−

−=

−−

−+

=

As tensões de corte serão nulas quando for satisfeita a seguinte equação : ( )yyxx

xytgσσ

τθ

−=

22

Dado que ( )πθθ += 22 tgtg existem duas direcções mutuamente perpendiculares

0=xyτpara as quais

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Tensões principais secundárias

0 0 '''' =∂

∂∧=

∂∂

==pp

yyxx

θθθθ θσ

θσ

Logo, as duas direcções definidas por correspondem às componentes normais máxima e mínima no plano 0xy:

58Pedro Ponces Camanho Aula #4

22

2

22

1

22

22

xyyyxxyyxx'

xyyyxxyyxx'

τσσσσ

σ

τσσσσ

σ

+

−−

+=

+

−+

+=

Tensões principais secundárias no plano 0xy.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Tensão hidrostática e tensão desvio

Estado de tensão isotrópico ou estado de tensão hidrostático:

[ ] { } [ ]{ } { } { }nnp

pn

pm

pl

nT

p

p

p

∀=∴−=

−−−

==

−−

−= 0 ;

00

00

00

τσσ

59Pedro Ponces Camanho Aula #4

Para um estado de tensão arbitrário: [ ]

=

zzyzxz

zyyyxy

zxyxxx

στττστττσ

σ

Tensão média ou tensão hidrostática:

[ ] ( ) ( ) 1321 3

1

3

1

3

1tr

3

1Izzyyxxm =++=++== σσσσσσσσ

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Tensão hidrostática e tensão desvio

Tensões de desvio:

A matriz das tensões pode ser escrita como:

[ ] [ ] [ ]dm σσσ +=Estado de tensão hidrostático. Estado de tensão de desvio.

60Pedro Ponces Camanho Aula #4

[ ] [ ] [ ]dm σσσ +=

−−

mzzzyzx

yzmyyyx

xzxymxx

σστττσστττσσ

[ ]

−−

−+

=

=

mzzzyzx

yzmyyyx

xzxymxx

m

m

m

zzzyzx

yzyyyx

xzxyxx

σστττσστττσσ

σσ

σ

στττστττσ

σ00

00

00

m

m

m

σσ

σ

00

00

00

Estado de tensão hidrostático. Estado de tensão de desvio.

(variação de volumesem distorção)

[ ] 0tr'1 == dI σ

(Distorção sem variação de volume)

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Tensão de corte octaédrica

Uma face octaédrica é caracterizada por um versor que tem o mesmo ângulo relativamentea cada um dos eixos pricipais de tensão.

σ1

σ3

σ2

( )nmln ,,=rz1

8 planos octaédricos:

61Pedro Ponces Camanho Aula #4

P

x1

σ1y1

1222 =++ nml

3

1;

3

1;

3

1 ±=±=±= nml

Cossenos directores de n relativamente ao sistema de eixos principal de tensão:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Tensão de corte octaédrica

Tensão normal nos planos octaédricos

Tensão de corte nos planos octaédricos (tensão de corte octaédrica)

62Pedro Ponces Camanho Aula #4

(slide #41)

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Estado plano de tensão

• Forças de volume e forças de superfície, todas paralelas ao plano Oxy.• As únicas componentes Cartesianas da tensão que são eventualmente não nulas são σxx, σyy, τxy , isto é, σzz = τxz = τyz =0.

Exemplo: placa solicitada por forças no próprio plano:

63Pedro Ponces Camanho Aula #4

Neste caso:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Estado plano de tensão

Em qualquer ponto, a direcção coordenada Oz é uma direcção principal de tensão, à qual corresponde sempre uma tensão principal nula.

Qualquer plano de corte perpendicular ao plano da placa fica identificado pelo ângulo θ que a respectiva normal faz com a direcção do eixo Ox

64Pedro Ponces Camanho Aula #4

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Estado plano de tensão

A tensão de corte τ anula-se para um ângulo θp tal que:

Atendendo a que tg(2θp)= tg(2θp+π), existem duas direcções mutuamente perpendiculares que satisfazem a condição anterior. Essas são as duas direcções principais de tensão no plano (x,y), as quais correspondem às tensões principais σ1 e σ2 no ponto considerado.

Substituindo o valor do ângulo θp para a componente normal σ, obtém-se:

65Pedro Ponces Camanho Aula #4

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Análise das tensões

Exercícios

1.2.9 O campo das tensões num corpo de material elástico é definido, na ausência de forças de volume, pelas seguintes componentes cartesianas em cada ponto:

onde a, b, c são parâmetros reais.

66Pedro Ponces Camanho Aula #4

c) Nesse mesmo ponto (origem das coordenadas), determine o valor da tensão de corte máxima, e o plano e a direcção segundo os quais actua.

d) Identifique os planos octaédricos na origem e calcule as respectivas tensões octaédricas (normal e de corte).

onde a, b, c são parâmetros reais.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

67Pedro Ponces Camanho

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Sumário:

• Construção de Mohr.

• Equações de equilíbrio em coordenadas cilindricas.

• Problema 1.2.10

68Pedro Ponces Camanho Aula #5

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Construção de Mohr

( )32

22

122

322

222

122

32

22

12

σσσσσστ

σσσσ

nmlnml

nml

++−++=

++=

σ1222 =++ nml

222 1 nlm −−= 32

22

12 σσσσ nml ++= ( )

( )23

2212

2

σσσσσσ

−−−−= l

n

69Pedro Ponces Camanho Aula #5

( )23 σσ −

( )( )2

321312

222

32

22

−+−−=+

+− σσσσσστσσσ l

( )( )2

321312

2

2

−+−− σσσσσσl

Equação de uma circunferência

Centro,2

32 σσ +Raio,

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Construção de Mohr

70Pedro Ponces Camanho Aula #5

1. Marcar sobre o eixo das abcissas os pontos P1, P2 e P3, de tal modo que:

2. Tomando os segmentos P1P2, P2P3 e P3P1 como diâmetros, desenhar os três círculos de Mohr com centros nos pontos médios C3, C2 e C1, respectivamente.

3. Pelos pontos P1, P2 e P3 traçar as rectas P1T1, P2T2 e P3T3, respectivamente, perpendiculares ao eixo das abcissas.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Construção de Mohr

71Pedro Ponces Camanho Aula #5

3. Marcar o ângulo α=arcos(l) a partir da vertical P1T1 e desenhar a recta P1Q3Q2, que intersecta os círculos de Mohr (2) e (3) nos pontos Q2 e Q3.

4. Com centro no ponto C1, desenhar o arco de circunferência Q2QQ3 , com raio C1Q2.

5. A partir da vertical P3T3, marcar o ângulo γ=arcos(n) e desenhar a recta P3S1S2 que intersecta os círculos de Mohr (1) e (2) nos pontos S1 e S2, respectivamente.

6. Com centro no ponto C3, desenhar o arco de circunferência S1QS2 , com um raio igual a C3S1.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Construção de Mohr

72Pedro Ponces Camanho Aula #5

7. A intersecção dos dois arcos de circunferência define o ponto Q representativo da tensão para o plano considerado.

As coordenadas do ponto Q no plano (σ,τ) são tais que a abcissa é igual à componente normal da tensão e a ordenada igual à componente tangencial, para o plano de corte definido por l=cos(α) , m=cos(ß) , n=cos(γ):

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Construção de Mohr

Estados de tensão possíveis

231 σστ −=máx

ττττττττmáxmáx

ττττττττmáx máx (no plano Oxy)(no plano Oxy)

21 σσ ≠Neste caso: 03 =σe

73Pedro Ponces Camanho Aula #5

σσσσσσσσ

ττττττττ

σxx

σyy

σ1σ2

ττττττττmáx máx (no plano Oxy)(no plano Oxy)

ττττττττmáxmáx 11

22

33

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

θτθσσ

τ

θτθσσσσ

σ

2cos22

22cos22

''

''

xyxxyy

yx

xyyyxxyyxx

xx

sen

sen

+−

=

+−

++

=

θτθσσ

τ

θτθσσσσ

σ

2cos2

22cos22

''

''

xyyyxx

yx

xyyyxxyyxx

xx

sen

sen

+−

−=

+−

=+

−ou:

74Pedro Ponces Camanho Aula #5

θτθτ 2cos22'' xyyx sen += θτθτ 2cos2

2'' xyyx sen +−=

Quadrando e somando as duas expressões anteriores obtém-se, após simplificação:

2

2

2''

2

'' 22 xyyyxx

yxyyxx

xx τσσ

τσσ

σ +

−=+

+−

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Construção de Mohr

Estado plano de tensão

Equivalente à equação de uma circunferência no plano (σ,τ)σ,τ)σ,τ)σ,τ)σ,τ)σ,τ)σ,τ)σ,τ) , isto é;

( ) 22''

2'' ba yxxx =+− τσ

20 yyxxCa

σσ +== Absissa do centro

75Pedro Ponces Camanho Aula #5

2

2

2 xyyyxxRb τ

σσ+

−== Raio da circunferência

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

76Pedro Ponces Camanho Aula #5

20 yyxxCa

σσ +==

2

2

2 xyyyxxRb τ

σσ+

−==

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

A tensão normal σ e a tensão de corte τ para um plano oblíquo qualquer definido pelo ângulo θ, relativamente à direcção principal n1 são dadas pelas expressões seguintes:

Estas duas componentes podem ser

77Pedro Ponces Camanho Aula #5

Estas duas componentes podem serinterpretadas como sendo as coordenadasdo ponto D sobre o círculo de Mohrdesenhado num diagrama (σ,τ), conformeilustrado na figura.

O centro do círculo de Mohr é o ponto Csobre o eixo das abcissas, à distância(σ1+σ2)/2 da origem do diagrama, sendo orespectivo raio igual à semi-diferença dastensões principais, isto é, igual a (σ1-σ2)/2.

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

78Pedro Ponces Camanho Aula #5

As tensões normais positivas indicam tracção e as tensões de corte são consideradaspositivas quando definem um binário que tende a fazer rodar o elemento sobre queactuam no sentido do movimento dos ponteiros do relógio. É o caso das tensões decorte que actuam nas faces bc e ad do elemento abcd representado na figura.

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

79Pedro Ponces Camanho Aula #5

As tensões normais positivas indicam tracção e as tensões de corte são consideradaspositivas quando definem um binário que tende a fazer rodar o elemento sobre queactuam no sentido do movimento dos ponteiros do relógio. É o caso das tensões decorte que actuam nas faces bc e ad do elemento abcd representado na figura.

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

80Pedro Ponces Camanho Aula #5

À medida que o ângulo θ varia desde o valor θ=0 até θ =π/2 o ponto D desloca-se de P1para P2, de tal forma que a parte superior do círculo de Mohr representa as tensõespara todos os valores de θ compreendidos entre aqueles dois limites. A metade inferiordo círculo de Mohr representa as tensões para valores do ângulo θ compreendidosentre θ =- π /2 e θ =0.

Prolongando o raio CD até ao ponto D’, isto é, se se considerar o ângulo π +2θ em vezde 2θ, obtêm-se as tensões que actuam no plano BC perpendicular a AB. Isso mostraque as tensões de corte em dois planos mutuamente perpendiculares sãonuméricamente iguais.

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

A construção representada na figura pode também ser utilizada para determinar as

81Pedro Ponces Camanho Aula #5

A construção representada na figura pode também ser utilizada para determinar asdirecções principais de tensão no ponto considerado, a partir das tensões σxx, σyy eτxy. Com efeito, se forem conhecidas as componentes da tensão relativamente aosistema de eixos Oxy, ficam perfeitamente identificados os pontos D e D’, quedefinem um diâmetro do círculo de Mohr.

Traçando depois a respectiva circunferência com centro no ponto C, obtêm-se ospontos P1 e P2 sobre o eixo das abcissas, cujas distâncias à origem definem asamplitudes das duas tensões principais. O ângulo 2θ, que define a orientação doseixos principais de tensão, é dado pela inclinação do diâmetro DD’ em relação aoeixo das abcissas.

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

82Pedro Ponces Camanho Aula #5

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

83Pedro Ponces Camanho Aula #5

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

Tracção uniaxial

[ ]

=

00

0xxσσ σ

τ

P

x

yσxx

84Pedro Ponces Camanho Aula #5

[ ]

=

0

0

yx

xy

ττ

σ

Corte puro

x

σ

τ

P

x

yτxy

τyx

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Construção de Mohr

Estado plano de tensão

Estado hidrostático (isotrópico) de tensão

τ

85Pedro Ponces Camanho Aula #5

[ ]

−−

σσ

0

0 σ

P

x

y

σ

σ

σ

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

Coordenadas cilíndricas r, θ e z

86Pedro Ponces Camanho Aula #5

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

Coordenadas cilíndricas r, θ e z

Em cada ponto P considera-se o triedro ( )zr uuurrr

,, θ

rur

θurzu

r

r

z

P

z

0

87Pedro Ponces Camanho Aula #5

As componentes da tensão são:

zzzrrzrrzzrr ,,,,, θθθθθθ τ=ττ=ττ=τσσσ

x y

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

[ ]

=zrrrr

τστττσ

σθ

88Pedro Ponces Camanho Aula #5

[ ]

=

zzzrz

zr

στττστσ

θ

θθθθ

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

89Pedro Ponces Camanho Aula #5

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

( ) dzrddzddrrdrr rrrr

rr θσθσσ −+

∂∂+

Eliminando os termos com termos infinitésimais superiores a 3ª ordem obtém-se

rrσContribuição de

dzdrdrrrrrrr θσσ

∂∂+

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

90Pedro Ponces Camanho Aula #5

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

θθσContribuição de

θσθθθ

σσ θθθθθθ rdrdzd

r

ddrdzsend

−≈

∂∂+−

22

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

91Pedro Ponces Camanho Aula #5

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

θτ rContribuição de

dzrdrdr

ddrdzd rr θ

θτθθ

θτ θθ

∂∂≈

∂∂ 1

2cos

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

92Pedro Ponces Camanho Aula #5

Equilíbrio segundo a direcção 0-r

zrτContribuição de

( ) θτθτdrdzd

zrdrrddz

zzrzr

∂∂≈

∂∂

Contribuição das forças por unidade de volume:

θrdrdzdFr

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

01 =+−+

∂∂+

∂∂+

∂∂

rrrzrrrr F

rzrrθθθ σστ

θτσ

01

021

=++∂

∂+∂

∂+∂

=++∂

∂+∂

∂+∂

zrzzzzrz

rzr

Frzrr

Frzrr

τσθ

ττ

ττθ

στ

θ

θθθθθθEquações de equilíbrio :

93Pedro Ponces Camanho Aula #5

zzzrrzrrjiij ji θθθθ ττττττττ ===∀= ;;,

Da lei de reciprocidade das tensões:

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Estado de tensão em coordenadas cilíndricas

No caso de existir simetria axial relativamente ao eixo 0z, não haverá variação do estado de tensão com a coordenada θ. Neste caso, as equações de equlíbrio são dadas por:

0

0

=τ∂

=+σ−σ+∂τ∂+

∂σ∂

θ

θθ

z

rrrrzrr F

rzr

94Pedro Ponces Camanho Aula #5

0

0

=+τ+∂σ∂+

∂τ∂

=∂

θ

zrzzzrz

z

Frzr

z

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Exercícios

1.2.10 O campo das tensões num corpo sólido elástico, homogéneo e isotrópico é definidopelas seguintes componentes:

As restantes componentes do campo das tensões são nulas.

a) Mostre que tal campo de tensões está necessariamente associado a um campo de forçasde volume uniforme e parelelo ao eixo dos yy.

95Pedro Ponces Camanho Aula #5

de volume uniforme e parelelo ao eixo dos yy.

b) Determine as tensões principais nos pontos e, e as respectivas direcções.

c) Desenhe os círculos de Mohr correspondentes ao estado de tensão no ponto.

d) À volta do ponto B, desenhe um paralelepípedo elementar de faces paralelas aos planosCartesianos e, sobre cada uma dessas faces, represente as tensões correspondentes.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

96Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Análise das deformações.

• Deslocamento e deformação linear.

• Distorção ou deformação de corte.

• Componentes Cartesianas da deformação.

97Pedro Ponces Camanho

• Componentes Cartesianas da deformação.

• Deformação segundo direcções arbitrárias.

• Leis de transformação das deformações.

• Problemas 2.2.1 e 2.2.2.

Aula #6

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Oy

z

V’

V

P

P’

Estado de deformação

Introdução. Conceito de vector deslocamento e de campo de deslocamentos

( )( )wvuuPP

zyxOP

zyxOP

,,'

',',''

),,(

==

=

=

r

zzwyyvxxu −=−=−= ';';'x

98Pedro Ponces Camanho Aula #6

Vector deslocamento de um ponto:

Campo de Deslocamentos:

Assume-se que as funções (u, v, w) têm valores muito pequenos, que variam de uma forma contínua com as coordenadas x, y, z e que as suas derivadas são também quantidades muito pequenas.

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Estado de deformação

Introdução.

Forma deformadaForma não deformada

99Pedro Ponces Camanho Aula #6

Forma deformadaForma não deformada

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Estado de deformação

Introdução.

Forma deformadaForma não deformada

ur

0ur

100Pedro Ponces Camanho Aula #6

0' uurrrrrrrr −=−=∆

Em notação indicial:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Estado de deformação

Introdução.

Gradiente do campo de deslocamentos

101Pedro Ponces Camanho Aula #6

∂∂−

∂∂−

∂∂−

∂∂−

∂∂−

∂∂

∂∂−

∂∂−

∂∂−

∂∂

∂∂−

∂∂

+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂

=

02

1

2

1

2

10

2

1

2

1

2

10

2

1

2

1

2

1

2

1

2

1

2

1

,

y

w

z

v

x

w

z

u

y

w

z

v

x

v

y

u

x

w

z

u

x

v

y

u

z

w

z

v

y

w

z

u

x

w

y

w

z

v

y

v

y

u

x

v

x

w

z

u

x

v

y

u

x

u

u ji

Matriz das deformações Matriz das rotações

[ ]ε [ ]ω[ ]ur∇ = +

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Estado de deformação

Introdução.

Tensor das deformações: Tensor das rotações:

( )ijjiij uu ,,2

1 +=εijijjiu ωε +=,

dxdxuu ωε ++= 0

102Pedro Ponces Camanho Aula #6

Deformação Rotação de corpo rígido

jijjijii dxdxuu ωε ++= 0

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Estado de deformação

Notas

• Unidades: adimensional.

• O estado de deformação de um corpo é representado por um campo tensorial [ ]. ),,( zyxε

Exemplo - campo de deformações num estabilizador vertical de um avião:

103Pedro Ponces Camanho Aula #6

ε11Load

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

x

Oy

z

PP’

V’Q’V

Q

Estado de deformação

Extensão ou deformação linear

'''; dsQPdsPQ ==

x

104Pedro Ponces Camanho Aula #6

Deformação linear média ou extensão média do segmento PQ:

Deformação linear, ou extensão, em P segundo a direcção PQ definida por n={l,m, n}T:

No casos particulares das direcções coordenadas, têm-se as três componentes cartesianas lineares da deformação em P:

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Estado de deformação

Distorção ou deformação de corte

A deformação de corte ou distorção de um elemento rectangular ABCD traduz o escorregamento relativo de planos paralelos uns sobre os outros:

y

105Pedro Ponces Camanho Aula #6

Na situação em questão, em que as duas direcções são paralelas a x e y, tem-se:

x

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Estado de deformação

Distorção ou deformação de corte

yz

106Pedro Ponces Camanho Aula #6

x

No caso dum elemento tridimensional, a deformação de corte ou deformação angular é traduzida por três componentes, correspondentes às distorções dos três diedros concorrentes no vértice A. Obtêm-se assim as três deformações de corte no ponto considerado:

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Estado de deformação

Componentes Cartesianas da deformação

AB

ABBAxx

−= ''ε

Extensão segundo 0-x:

107Pedro Ponces Camanho Aula #6

AB

( ) ( )[ ] ( ) ( )222

2 ,,,,''

∂∂+

−∂∂++=

∂∂+−++= dx

x

vyxudx

x

uyxudxdx

x

vyxuydxxudxBA

( ) dxx

uyxu

∂∂+= ,

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Estado de deformação

Componentes Cartesianas da deformação

108Pedro Ponces Camanho Aula #6

dxx

udx

x

v

x

u

x

uBA

∂∂+≈

∂∂+

∂∂+

∂∂+= 121''

22

x

u

dx

dxdxx

u

AB

ABBAxx ∂

∂=−

∂∂+

=−=1

''ε

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Estado de deformação

Componentes Cartesianas da deformação

βαγ +=xy

Distorção no plano x-y:

109Pedro Ponces Camanho Aula #6

x

v

dxx

udx

dxx

v

∂∂≈

∂∂+

∂∂

=≈ αα tany

u

dyy

vdy

dyy

u

∂∂≈

∂∂+

∂∂

=≈ ββ tanx

v

y

uxy ∂

∂+∂∂=γ

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Estado de deformação

Componentes Cartesianas da deformação

Considerando as três direcções cartesianas Oxyz, obtêm-se as seis componentes dadeformação no ponto considerado (três componentes lineares e três componentes decorte):

110Pedro Ponces Camanho Aula #6

Deformações de corte de engenharia (engineering shear strains)

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Estado de deformação

Componentes Cartesianas da deformação

Deformações de corte tensoriais ou componentes Cartesianas da matriz de deformações:

( )

∂∂+

∂∂=

∂∂+

∂∂=

∂∂+

∂∂=

∂∂=

∂∂=

∂∂=

+=

z

u

x

w

y

w

z

v

x

v

y

uz

w

y

v

x

u

uu

zxyzxy

zzyyxx

ijjiij

2

1,

2

1,

2

1

,,

2

1,,

εεε

εεεε

111Pedro Ponces Camanho Aula #6

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Estado de deformação

Deformação linear segundo uma direcção arbitrária

Considere-se um segmento PQ, segundo uma direcção arbitrária n={l,m, n}T.

Tomando os comprimentos do segmento PQ, antes e depois da deformação, pode escrever-se:

112Pedro Ponces Camanho Aula #6

com:

( )( )( )zyxwzz

zyxvyy

zyxuxx

,,'

,,'

,,'

+=+=+=

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Estado de deformação

Deformação linear segundo uma direcção arbitrária

Desprezando termos de 2ª ordem nas derivadas dos deslocamentos resulta:

Da definição de deformação linear:

Os cossenos directores são dados por:

113Pedro Ponces Camanho Aula #6

Os cossenos directores são dados por:

Desprezando os termos de 2ª ordem em ε resulta:

( ) [ ]{ }( ) { }nnnP ⋅=⇔ εε r,

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Estado de deformação

Deformação de corte segundo duas direcções ortogonais

Considerem-se agora dois segmentos de comprimentosinfinitesimais, PQ1 e PQ2, segundo duas direcçõesortogonais entre si n1 e n2. As componentes Cartesianasdaqueles dois segmentos, após a deformação, podemser calculadas a partir das seguintes equações:

114Pedro Ponces Camanho Aula #6

ser calculadas a partir das seguintes equações:

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Estado de deformação

Deformação de corte segundo duas direcções ortogonais

O ângulo θ’ pode calcular-se recorrendo à seguinte equação:

{ }

{ }T

T

dzdydxQP

dzdydxQP

'2

'2

'2

'2

'1

'1

'1

'1

,,'

,,'

=

=

115Pedro Ponces Camanho Aula #6

equação:

( ) ( ) 'cos11'cos'''' 2211'2

'1

'2

'1 θεεθ ++==⋅ dsdsQPQPQPQP

( )( )2121

'2

'1

11

'''cos

εεθ

++⋅=

dsds

QPQP

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Estado de deformação

Deformação de corte segundo duas direcções ortogonais

Desprezando os termos de segunda ordem nasderivadas dos deslocamentos, de acordo com aaproximação linear das deformações infinitesimais,obtém-se:

116Pedro Ponces Camanho Aula #6

Considerando: 2,1'2

'2

sin'cos nnγθπθπθ =−≈

−=

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Estado de deformação

Deformação de corte segundo duas direcções ortogonais

Em conclusão, pode-se dizer que estado de deformação num ponto fica completamentedefinido em termos das componentes cartesianas da deformação, na medida em que, umavez conhecidas essas componentes, é possível calcular as extensões lineares e as distorçõespara quaisquer outras direcções:

117Pedro Ponces Camanho Aula #6

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Estado de deformação

Lei de transformação das deformações

As componentes cartesianas da deformação referidas ao sistema de eixos 0x’y’z’, podemser calculadas em função do estado de deformação no sistema 0xyz, recorrendo às leisde transformação das deformações, que decorrem directamente das expressõesanteriormente:

Considere-se a seguinte matriz de transformação do sistema de eixos 0xyz no distema de eixos 0x’y’z’:

118Pedro Ponces Camanho Aula #6

[ ] [ ][ ][ ]Tll εε ='ou:

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Estado de deformação

Lei de transformação das deformações

Comparando estas equações com as equações homólogas referentes às leis de transformação das tensões, verifica-se que existe uma semelhança notável entre os dois tipos de equações.

Com efeito, se se definir uma correspondência do tipo:

119Pedro Ponces Camanho Aula #6

As equações de transformação em ambos os casos são idênticas duas a duas. E este tipode semelhança é importante, na medida em que daí decorre imediatamente que algunsdos resultados que foram obtidos anteriormente para as tensões podem ser agoratransportados directamente para a análise das deformações. É o caso, por exemplo, dasdeformações principais e das direcções principais de deformação

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Exercícios

2.2.1 O campo dos deslocamentos num meio material é definido pelas seguintes componentes:

a) Determine o campo das deformações que lhe está associado.

120Pedro Ponces Camanho Aula #6

b) Determine a deformação linear ε, no ponto P de coordenadas (0, 1, 1), segundo a direcção nigualmente inclinada relativamente aos três eixos coordenados, isto é:

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Exercícios

2.2.2 Transforme as componentes cartesianas de deformação relativamente a um sistema de eixos global Oxyz:

para um sistema de eixos cartesianos particular Ox’y’z’, cuja orientação em relação ao sistema global é definida pelos seguintes ângulos:

121Pedro Ponces Camanho Aula #6

global é definida pelos seguintes ângulos:

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122Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Deformações principais.

• Invariantes das deformações.

•Deformações principais secundárias.

• Deformação média e deformação desvio.

123Pedro Ponces Camanho

• Deformação média e deformação desvio.

• Deformações sobre um plano.

• Valores máximos da deformação de corte

• Deformações octaédricas.

• Problema 2.2.5.

Aula #7

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Deformações principais

Em cada ponto existem pelo menos três direcções mutuamente ortogonais definidas pelosversores (n1,n2,n3), para as quais são nulas as deformações de corte, sendo estacionários(máximos ou mínimos) os valores das respectivas deformações lineares. Essas direcções são asdirecções principais de deformação, definidas por um sistema de três equações do tipo:

124Pedro Ponces Camanho Aula #7

Onde as deformações principais ε1 ≥ ε2 ≥ ε3 são as raízes da equação característica do terceiro grau:

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Deformações principais

Relativamente ao triedro ortonormal das três direcções principais de deformação (n1, n2, n3)as equações que exprimem a extensão linear segundo uma direcção arbitrária n={l,m,n}T e adeformação de corte segundo duas direcções ortogonais n={l,m,n}T e n’={l’,m’,n’}T sãodadas pelas seguintes expressões:

=0 =0 =0

125Pedro Ponces Camanho Aula #7

=0 =0 =0

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Invariantes das deformações

Invocando a analogia existente entre o tensor das deformações e o tensor das tensões,podemos referir a existência dos seguintes três invariantes das deformações:

O primeiro invariante , J1, também chamado Invariante Principal ou Invariante Linear, tem um significado físico importante:

126Pedro Ponces Camanho Aula #7

um significado físico importante:

O volume do paralelipípedo, antes e depois da deformação, é dado pelas seguintes expressões:

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Invariantes das deformações

A variação de volume por unidade de volume (coeficientede deformação volumétrica) é dado pela seguinteexpressão:

ou seja, desprezando quantidades infinitamente pequenas de

127Pedro Ponces Camanho Aula #7

ou seja, desprezando quantidades infinitamente pequenas de ordens superiores à primeira:

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Deformações principais secundárias

A noção de deformação principal secundária num plano define-se de forma idêntica ao que foi feito para as tensões. Considerando uma rotação θ do triedro Oxyz em torno do eixo dos zz, obtêm-se as seguintes equações de transformação para as deformações:

128Pedro Ponces Camanho Aula #7

A deformação de corte γx’y’ anula-se para um ângulo θp dado por:

As soluções desta equação definem duas direcções mutuamente perpendiculares, que são as direcções principais secundárias de deformação, n1’ e n2’ no plano xy. As deformações principais secundárias vêm então:

Valores máximo (ε1’) e mínimo (ε2’) das extensões no plano xy.

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Deformação média e deformação de desvio

Define-se deformação média num dado ponto como a quantidade εm, calculada através darelação:

As deformações desvio, , são dadas por:

129Pedro Ponces Camanho Aula #7

Qualquer que seja o estado de deformação num ponto material P pode sempre escrever-se:

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Deformação média e deformação de desvio

Onde [εm] representa um estado de deformação isotrópico com deformação εm e distorsãonula, e [εd] é a matriz das deformações de desvio, ou matriz das distorções, representandoum estado de distorção pura, sem variação de volume (J1=0).

Deformações sobre um plano

130Pedro Ponces Camanho Aula #7

Deformação ou extensão linear sobre um plano π é a deformação linear επ segundo a direcção da respectiva normal n={l,m,n}T, isto é:

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Deformações sobre um plano

Considere-se agora uma direcção qualquerd'={l',m',n‘}T sobre o plano π. Define-sedeformação angular, deformação de corteou distorção sobre o plano π segundo adirecção d’ à deformação angular γ

π' entre a

normal n e a direcção d‘, isto é:

131Pedro Ponces Camanho Aula #7

A deformação γπ' traduz o escorregamento relativo dos planos paralelos a π, uns sobre os outros, segundo a direcção d’:

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Deformações sobre um plano

Para uma segunda direcção d"= {l",m",n“}T também sobre o plano π e perpendicular a d‘:

132Pedro Ponces Camanho Aula #7

O escorregamento relativo e" de π' sobre π, na direcção d" é:

O escorregamento relativo total (e) entre os dois planos π e π ' é dado por:

A este valor corresponde a deformação de corte ou distorção resultante γπ sobre o plano π dada por:

Esta deformação de corte é responsável pela transformação do rectângulo ABCD noparalelogramo A’B’C’D’.

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Deformações sobre um plano

Combinando as expressões anteriores:

Substituindo as expressões para e e atendendo às condições de ortogonalidade

133Pedro Ponces Camanho Aula #7

Substituindo as expressões para e e atendendo às condições de ortogonalidadeentre as direcções n, d' e d", obtém-se a seguinte expressão final para a deformação decorte ou distorção resultante sobre o plano π:

{ } [ ]{ }nD ε=⇔

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Deformações sobre um plano

A direcção segundo a qual actua a deformação de corte γπ, isto é, a direcção segundo a qualse processa o escorregamento dos planos paralelos a π uns sobre os outros, é determinada

134Pedro Ponces Camanho Aula #7

se processa o escorregamento dos planos paralelos a π uns sobre os outros, é determinadapor expressões semelhantes às das tensões:

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Valores máximos das deformações de corte

Os resultados que foram encontrados para as tensões, relativamente aos valores máximos emínimos de τ, podem agora ser generalizados para as deformações, tendo em conta acorrespondência atrás referida entre as tensões e as deformações:

135Pedro Ponces Camanho Aula #7

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Deformações octaédricas

Sobre os planos octaédricos a deformação linearoctaédrica é:

A deformação de corte sobre cada um dos planos octaédricos é a chamada deformação de corte ou distorção octaédrica, sendo dada pela expressão seguinte:

136Pedro Ponces Camanho Aula #7

ou, em termos das componentes cartesianas da deformação relativamente aum sistema de eixos arbitrário Oxyz:

( ) ( ) ( )231

232

2213

2 εεεεεεγ −+−+−=oct

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Exercícios

2.2.5 O estado de deformação num ponto P dum corpo material é definido pelas seguintes componentes cartesianas

a) Determine as deformações principais e as respectivas direcções principais no ponto

137Pedro Ponces Camanho Aula #7

a) Determine as deformações principais e as respectivas direcções principais no pontoconsiderado.

b) Determine as componentes normal e de corte da deformação sobre um plano π cujanormal está igualmente inclinada sobre os três eixos coordenados.

c) Identifique os planos octaédricos no ponto considerado e, sobre eles, determine asrespectivas deformações normal e de corte.

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138Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Equações de compatibilidade.

• Estado plano de deformação.

• Círculo de Mohr para o estado plano de deformação.

• Análise de rosetas.

139Pedro Ponces Camanho

• Análise de rosetas.

• Relação entre o campo de deslocamentos e o campo de deformações em coordenadas cilíndricas.

• Problema 2.2.8.

Aula #8

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Equações de compatibilidade

A partir do campo dos deslocamentos u(x,y,z), é sempre possível obter o campo dasdeformações que lhe está associado, de uma forma unívoca, por derivação directa dasrespectivas componentes:

140Pedro Ponces Camanho Aula #8

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Equações de compatibilidade

Defina-se arbitráriamente seis funções uniformes e contínuas εxx, εyy, εzz, γxy, γyz e γxz das variáveis x, y, z. Se se considerar agora o corpo material dividido em elementos e se forem suprimidas as conexões internas que os unem uns aos outros, é possivel fazer corresponder àquele sistema arbitrário de seis funções uma deformação efectiva de qualquer um dos elementos de volume considerados. No entanto, o mais provável é que essas deformações não sejam mutuamente compatíveis, de tal modo que as superfícies exteriores de elementos contíguos deformados se não adaptem umas às outras, para reconstituir, sem vazios nem sobreposições, o todo contínuo que é o corpo deformado.

141Pedro Ponces Camanho Aula #8

(Sadd, Elasticity, Elsevier, 2009)

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Equações de compatibilidade

As seis componentes da deformação não podem ser fixadas arbitrariamente, devendosatisfazer determinadas condições que garantam a existência das três funçõescontínuas u(x,y,z), v(x,y,z) e w(x,y,z), capazes de definirem uma deformação coerentede todo o corpo. Essas condições são traduzidas por seis equações, denominadasEquações de Compatibilidade das deformações.

x

v

y

uxy ∂

∂+∂∂=γ Derivando em ordem a x e a y obtém-se:

yx

v

yx

u

yxxy

∂∂∂+

∂∂∂=

∂∂∂

2

3

2

32γ

142Pedro Ponces Camanho Aula #8

xy ∂∂ yxyxyx ∂∂∂∂∂∂

∴∂∂=

∂∂= ;

y

v

x

uyyxx εε

yx

v

xyx

u

yyyxx

∂∂∂=

∂∂

∂∂∂=

∂∂

2

3

2

2

2

3

2

2

;εε

2

2

2

22

xyyxyyxxxy

∂∂

+∂

∂=∂∂

∂ εεγ

Substituindo:

Equação de compatibilidade das deformações.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Equações de compatibilidade

143Pedro Ponces Camanho Aula #8

Estas equações têm de ser satisfeitas para qualquer campo de deformações admissível.

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Estado plano de deformação

O estado plano de deformação corresponde a uma situação em que não há escorregamento oucorte entre planos perpendiculares a uma dada direcção. É o caso, por exemplo, de um corpocilíndrico de grande espessura, solicitado por forças que actuam perpendicularmente ao eixo edistribuidas uniformemente ao longo de toda a espessura.

Tomando o eixo dos zz orientado segundo essa direcçãoparticular, o estado plano de deformação será, portanto,caracterizado por serem nulas as componentes εzz, γyz e γxz,isto é:

144Pedro Ponces Camanho Aula #8

[ ]

=

000

02

1

02

1

yyxy

xyxx

εγ

γε

ε

isto é:

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Estado plano de deformação

Num estado plano de deformação, a extensão linear ε segundo uma direcção paralela aoplano Oxy e inclinada de um ângulo θ relativamente ao eixo dos xx,n ={cosθ , senθ ,0}T, é dada por:

A deformação de corte, sobre o plano perpendicular a essa direcção, é dada por:

145Pedro Ponces Camanho Aula #8

A deformação de corte anula-se para um ângulo θp, definido pela equação:

Existem duas direcções mutuamenteperpendiculares que satisfazem esta condição.São as direcções principais de deformação n1 en2, as quais correspondem às extensõesprincipais ε1 e ε2, dadas pelas expressões:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Círculo de Mohr para o estado de deformação

Existe uma construção de Mohr para as deformações (επ, γπ), em tudo semelhante àconstrução homóloga para as tensões, com a única diferença de que as tensões normais (σ)são substituídas por (επ) e as tensões de corte (τ) por metade das deformações de corte(γπ/2):

146Pedro Ponces Camanho Aula #8

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Círculo de Mohr para o estado plano de deformação

147Pedro Ponces Camanho Aula #8

Quando a deformação angular γ é positiva, (γxy > 0), o ponto D representativo da direcção Oxé marcado a uma distância ½γxy para baixo do eixo horizontal, e o ponto D’ representativo dadirecção Oy , a uma distância ½γxy para cima; e vice-versa, quando a deformação angular γxy

é negativa. A convenção para o sinal da deformação de corte coincide com a que foiadoptada na construção do círculo de Mohr para as tensões.

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Análise de rosetas

Experimentalmente, é mais fácil medir directamente as extensões lineares do que asdistorções. Por isso, é frequente pôr-se o problema de determinar as extensões principaisnum ponto, a partir da medição das extensões lineares εa, εb, εc, segundo três direcçõesdistintas sobre o plano de deformação.

148Pedro Ponces Camanho Aula #8

Suponha-se que aquelas três direcções fazem ângulos θa, θb e θc , respectivamente, com a direcção do eixo dos xx. Pode escrever-se:

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Análise de rosetas

Corresponde à situação em que as três direcções estão espaçadas de 45˚. Nas aplicaçõespráticas esta situação é materializado através das rosetas rectangulares de trêsextensómetros, que têm um aspecto conforme representado nas seguintes figuras.

Roseta rectangular de três elementos

Y

149Pedro Ponces Camanho Aula #8

45º45º X

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Análise de rosetas

Roseta rectangular de três elementos

150Pedro Ponces Camanho Aula #8

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Análise de rosetas

Roseta delta de três elementos

Corresponde à situação em que as três direcções estão espaçadas de 120˚. Nas aplicaçõespráticas esta situação é materializado através das rosetas rectangulares de trêsextensómetros, que têm um aspecto conforme representado na seguinte figura.

151Pedro Ponces Camanho Aula #8

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Análise de rosetas

Roseta delta de três elementos

152Pedro Ponces Camanho Aula #8

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Coordenadas cilindrícas

Coordenadas cilíndricas r, θ e z

Em cada ponto P considera-se o triedro ( )zr uuurrr

,, θ

rur

θurzu

r

z

P

z

0

153Pedro Ponces Camanho Aula #8

x y

+−+

=

−=

w

vu

vu

w

v

u

u

u

u

z

r

θθθθ

θθθθ

θ cossin

sincos

100

0cossin

0sincos

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Coordenadas cilindrícas

Coordenadas cilíndricas r, θ e z

θθ sincos

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂+

∂∂

∂∂=

∂∂

r

z

z

v

r

y

y

v

r

x

x

v

r

z

z

u

r

y

y

u

r

x

x

u

r

ur

=0 =0

θθθθθθ vvuuu =

∂+∂+

∂+∂=∂

154Pedro Ponces Camanho Aula #8

θθγθεθε

θθθθ

θθθθθθ

cossinsincos

cossinsincos

sinsincoscossincos

22

22

xyyyxx

r

x

v

y

u

y

v

x

u

y

v

x

v

y

u

x

u

r

u

++=

=

∂∂+

∂∂+

∂∂+

∂∂=

=

∂∂+

∂∂+

∂∂+

∂∂=

∂∂

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Coordenadas cilindrícas

Por outro lado:

[ ] [ ][ ] [ ] θθγθεθεεεε θ cossinsincos 2200 xyyyxxrr

Txyxzr TT ++=∴=

Resultando:

r

urrr ∂

∂=ε

Para as restantes extensões e distorções:

155Pedro Ponces Camanho Aula #8

Para as restantes extensões e distorções:

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Exercícios

2.2.8 Num ponto P da superfície livre dum corpo material, mediram-se as deformações lineares segundo três direcções a, b, c espaçadas de 45˚:

a) Determine as deformações principais no ponto considerado e as respectivas orientações.

b) Determine o valor da deformação de corte máxima e a orientação do plano segundo o qual ela se processa.

156Pedro Ponces Camanho Aula #8

ela se processa.

c) Resolva as alíneas anteriores recorrendo exclusivamente à construção dos círculos de Mohr.

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157Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Relações tensão-deformação.

• Energia elástica de deformação.

• Formulação geral de problemas de elasticidade.

• Princípio de Saint-Venant.

158Pedro Ponces Camanho

• Princípio de Saint-Venant.

• Problemas 3.2.1, 3.2.3 e 3.2.4.

Aula #9

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Relações tensão-deformação

Introdução. Noção de corpo elástico

Quando sobre um corpo elástico são aplicadas forças de intensidades gradualmentecrescentes, verifica-se experimentalmente que, até se atingir um determinado valor limite, ocorpo comporta-se como perfeitamente elástico, na medida em que recuperará totalmenteas deformações produzidas, re-assumindo a forma e dimensões originais:

159Pedro Ponces Camanho Aula #9

Configuração (III) = Configuração (I)

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Relações tensão-deformação

Introdução. Noção de corpo elástico

A primeira formulação de uma ligação entre a deformação e as forças aplicadas ao corpo foiproposta por Robert Hooke, estabelecendo uma relação de proporcionalidade directa entreaquelas duas grandezas para uma barra linear à tracção:

160Pedro Ponces Camanho Aula #9

Robert Hooke (1635-1703)

σ = F / A é a tensão, E é a constante de proporcionalidade e ε a deformação longitudinal da barra

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Relações tensão-deformação

Lei de Hooke generalizada

Uma generalização natural da lei de Hooke, consiste em considerar que, em todos ospontos, cada uma das seis componentes da tensão se pode exprimir como uma combinaçãolinear das seis componentes da deformação, e inversamente. É a chamada lei de Hookegeneralizada:

161Pedro Ponces Camanho Aula #9

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Relações tensão-deformação

Lei de Hooke generalizada

Inversamente:

162Pedro Ponces Camanho Aula #9

Em qualquer das formas que se represente a lei de Hooke generalizada, estãoenvolvidos 36 parâmetros elásticos.

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Relações tensão-deformação

Lei de Hooke generalizada para materiais isotrópicos

Considere-se, num ponto P dum corpo elástico isotrópico, as equações da lei de Hooke generalizada referidas ao triedro das direcções principais em P, {n1, n2, n3}T:

163Pedro Ponces Camanho Aula #9

A condição de isotropia implica que o efeito de uma deformação ε1 sobre a tensão σ1 deve ser omesmo que o efeito de ε2 sobre σ2 e o efeito de ε3 sobre σ3. Isto quer dizer que E11= E22= E33. Domesmo modo, pela condição de isotropia, os efeitos das deformações ε2 e ε3 sobre a tensão σ1

devem ser iguais. Portanto, E12= E13. Pela mesma razão, deverá ser E21= E23 e E31= E32. Alémdisso, os efeitos de ε2 e ε3 sobre σ1 devem ser iguais aos efeitos de ε1 e ε3 sobre σ2 e de ε1 e ε2

sobre σ3. Então, deverá ser:

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Relações tensão-deformação

Lei de Hooke generalizada para materiais isotrópicos

Resulta então:

164Pedro Ponces Camanho Aula #9

Parâmetros de Lamé

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Relações tensão-deformação

Lei de Hooke generalizada para materiais isotrópicos

Relativamente a um sistema de eixos Cartesiano arbitrário 0xyz:

23

22

21 nmlxx σσσσ ++=

165Pedro Ponces Camanho Aula #9

''' 321 nnmmllxy σσστ ++=

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Relações tensão-deformação

Lei de Hooke generalizada para materiais isotrópicos

Inversamente:

166Pedro Ponces Camanho Aula #9

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Relações tensão-deformação

Módulo de rigidez

Considere-se o caso bi-dimensional de corte puro representado na Figura. A relação entre atensão de corte τ e a correspondente deformação de corte γ é, por definição, o módulo deelasticidade ao corte, ou módulo de rigidez do material, habitualmente representado pelaletra maiúscula G:

Por outro lado, o estado de corte pura representado na figura é caracterizado pelas seguintes componentes:

167Pedro Ponces Camanho Aula #9

figura é caracterizado pelas seguintes componentes:

τττ == yxxy

Aplicando a Lei de Hooke:

Donde, μ = G, isto é, o parâmetro de Lamé μ é numericamente igual ao módulo de rigidez G do material.

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Relações tensão-deformação

Módulo de compressibilidade

Outra constante elástica frequentemente utilizada nas aplicações em engenharia é o chamadomódulo de Bulk, ou módulo de compressibilidade, K, que se define pela relação entre apressão p e o coeficiente de dilatação volumétrica θ, num estado de tensão hidrostático:

O estado de tensão hidrostático é traduzido

168Pedro Ponces Camanho Aula #9

O estado de tensão hidrostático é traduzido pelos seguintes componentes:

Substituindo nas três primeiras equações da lei de Hooke e adicionando membro a membro:

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Relações tensão-deformação

Módulo de Young e coeficiente de Poisson

No ensaio de tracção convencional, habitualmente utilizado para adeterminação das propriedades mecânicas dos materiais, submete-se uma barra do material a estudar à acção de duas forças iguais eopostas, aplicadas segundo o eixo do provete.

169Pedro Ponces Camanho Aula #9

Siméon Dinis Poisson (1781-1840)

Thomas Young (1773-1829) O Módulo de Young (E) e o Coeficiente de Poisson (ν) são duasconstantes elásticas do material, definidas por:

onde εl e εt são as extensões lineares nas direcções longitudinale transversal, respectivamente.

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Relações tensão-deformação

Módulo de Young e coeficiente de Poisson

Tomando o eixo dos xx segundo a direcção axial da peça, os estados de tensão e de deformação correspondentes à situação representada na figura são:

170Pedro Ponces Camanho Aula #9

Por outro lado, decorre directamente da lei de Hooke:

Módulo de Young

Coeficiente de Poisson

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Relações tensão-deformação

Módulo de Young e coeficiente de Poisson

O Módulo de Young e o Coeficiente de Poisson são as constantes elásticas maisfrequentemente utilizadas. Em termos destas duas costantes, as equações da Lei deHooke para um material isotrópico escrevem-se:

171Pedro Ponces Camanho Aula #9

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Relações tensão-deformação

Módulo de Young e coeficiente de Poisson

Inversamente:

172Pedro Ponces Camanho Aula #9

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Relações tensão-deformação

Relações entre as constantes elásticas

173Pedro Ponces Camanho Aula #9

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Energia elástica de deformação

Quando um corpo elástico se deforma sob a acção de forças externas, estas realizam trabalhoque fica armazenado no interior do corpo sob a forma de energia elástica de deformação, quepoderá ser totalmente recuperada quando removidas as forças que provocam a deformação.

174Pedro Ponces Camanho Aula #9

Tracção uniaxial

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Energia elástica de deformação

Densidade de energia elástica:

Quando actuam as três tensões normais:

Corte puro

175Pedro Ponces Camanho Aula #9

Densidade de energia elástica:

Quando actuam as três tensões de corte:

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Energia elástica de deformação

Caso geral:

Aplicando a lei de Hooke:

( )yzyzxzxzxyxyzzzzyyyyxxxxU γτγτγτεσεσεσ +++++=2

10

176Pedro Ponces Camanho Aula #9

Em termos das deformações:

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Energia elástica de deformação

Energia elástica total:

Componentes da energia de deformação

Qualquer estado de tensão pode decompor-se num estado de tensão hidrostático e num estado de tensão de desvio ou distorsional (sem variação de volume):

177Pedro Ponces Camanho Aula #9

As duas componentes da energia de deformação U0V e U0D são dadas por:

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Formulação geral de problemas de elasticidade

Funções a definir (15):

� Campo de tensões (seis componentes)� Campo de deformações (seis componentes)� Campo de deslocamentos (seis componentes)

Equações de ligação (15)

� Seis equações de compatibilidade ou seis equações de ligação entre os campos de

178Pedro Ponces Camanho Aula #9

� Seis equações de compatibilidade ou seis equações de ligação entre os campos dedeformação e de deslocamentos:

ou

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Formulação geral de problemas de elasticidade

� Seis equações resultantes da lei de Hooke:

179Pedro Ponces Camanho Aula #9

� Três equações de equilíbrio:

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Princípio de Saint-Venant

Se o sistema de forças que actua sobre uma pequena área da superfície dum corpo elásticofor substituído por um outro sistema de forças estaticamente equivalente actuando sobre amesma área da superfície do corpo, essa redistribuição da carga poderá produzir alteraçõessubstanciais das tensões e deformações na vizinhança imediata da zona de aplicação dacarga, mas as tensões e as deformações permanecerão essencialmente inalteradas nasregiões do corpo mais afastadas, a partir de uma distância considerável em relação àsdimensões da área de carregamento.

180Pedro Ponces Camanho Aula #9

Adhémar Barré de Saint-Venant (1797-1886)

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Exercicíos

3.2.1 O estado de deformação num ponto P de um corpo material em aço (λ=120GPa,μ=80GPa) é dado pelas seguintes componentes cartesianas:

Determine o correspondente estado de tensão no ponto P.

181Pedro Ponces Camanho Aula #9

3.2.3 Determine a variação de volume de um cubo de aço (λ=120GPa , μ=80GPa) de 1metro de lado, quando mergulhado no fundo do oceano, a 10.000 metros deprofundidade.

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Exercicíos

3.2.4 Uma placa em aço (E=210GPa, ν=0,3), de dimensões 200mmx200mmx10mm está sujeitaa um estado bi-axial de tensão uniforme, conforme ilustrado na figura.

182Pedro Ponces Camanho Aula #9

a) Utilizando as equações relativas ao estado plano de tensão, determine a tensão de cortemáxima e a direcção segundo a qual actua.

b) Determine o alongamento que sofre a diagonal AC.

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183Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Critérios de rotura: Rankine e Mohr-Coulomb.

• Critérios de cedência plástica: Tresca e Von Mises.

• Problemas 3.2.9 e 3.2.17.

184Pedro Ponces Camanho Aula #10

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Critérios de cedência

Materialfrágil

Materialdúctil

185Pedro Ponces Camanho Aula #10

A questão que se coloca consiste em determinar as condições que levam à rotura de ummaterial frágil e ao início de plastificação de um material dúctil para um estado multiaxial detensão e de deformação.

É então necessário definir uma função escalar do tensor das tensões (ou das deformações)que delimita o regime elástico do comportamento mecânico dos materiais:

[ ]( ) 0≤Θ σ

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Critérios de rotura

Critério de Rankine (ou da tensão principal máxima)

rotσσ ≤max

186Pedro Ponces Camanho Aula #10

Considerando um estadoplano de tensão:

As condições de rotura de um material frágil são determinadas pela presença de defeitos,o que resulta num pronunciado efeito de escala: verifica-se que volumes superioresresultam em tensões de rotura inferiores. Desta forma, os critérios de rotura de materiaisfrágeis são frequentemente utilizados em combinação com análises não-determinísticas.

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Critérios de rotura

Critério de Mohr-Coulomb

O critério de Mohr-Coulomb é utilizado para prever a rotura de materiais frágeis e adeformação plástica de materiais com tensões de cedência plástica diferentes em tracçãoe compressão.

Considera-se que a rotura ocorrequando um estado de tensão é

187Pedro Ponces Camanho Aula #10

representado por um círculo de Mohrtangente à recta de rotura de Mohr. Deuma forma equivalente, a rotura ocorrequando a tensão de corte e a tensãonormal que actuam num planosatisfazem a seguinte condição:

φστ tan−= c c: coesão; φ: ângulo de fricção interna.

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Critérios de rotura

Critério de Mohr-Coulomb

( ) ( ) φφσσσσ cos2sin3131 c=++−

O critério de Mohr-Coulomb pode ser escrito em termos das tensões principais daseguinte forma:

A coesão, c, e o ângulo de fricção interna, φ, podem ser calculados a partir de dois círculosde Mohr, um correspondente a um estado de tracção uniaxial e outro a um estado de

188Pedro Ponces Camanho Aula #10

de Mohr, um correspondente a um estado de tracção uniaxial e outro a um estado decompressão uniaxial.

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Critérios de cedência plástica

Critério de Tresca

( ) cedced τσσττ =−⇒= 31max 2

1

O critério de Tresca assume que a deformação plástica ocorre quando a tensão de cortemáxima atinge um valor limite:

Considerando um ensaio de tracção uniaxial:

11

189Pedro Ponces Camanho Aula #10

cedcedced τστστ =⇒==2

1

2

11max

Desta forma, o critério de Tresca pode ser definido como:

cedσσσ =− 31

De notar que o critério de Tresca é um caso particular docritério de Mohr-Coulomb, dado que os dois critérioscoincidem quando φ=0.

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Critério de Von Mises

O critério de Von Mises assume que a deformação plástica ocorre quando a tensão decorte octaédrica atinge um valor limite. Este critério pode ser traduzido, de uma formatotalmente equivalente, na consideração que a deformação plástica ocorre quando osegundo invariante das tensões de desvio atinge um valor limite.

( ) ( ) ( ) max223

231

2213

1octoct τσσσσσστ =−+−+−=

Critérios de cedência plástica

190Pedro Ponces Camanho Aula #10

3Considerando um ensaio de tracção uniaxial:

( ) max1

21 3

2

3

22

3

1octcedoct τσσστ ====

Donde:

( ) ( ) ( ) cedσσσσσσσ =−+−+− 223

231

221

2

1

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Exercícios

3.2.9 Uma placa rectangular em aço, (E=200 GPa, ν=0.3), com as dimensões de 2m x 1m eespessura de 10 mm, está solicitada ao longo das faces de menor dimensão por duasdistribuições lineares de pressão, iguais e opostas, conforme ilustrado na figura:

191Pedro Ponces Camanho Aula #10

a) Demonstre que tal campo de tensões só é compatível se for nulo o campo das forças devolume.b) Desenhe um elemento de volume no centro da placa, com os lados inclinados a 45˚ emrelação aos eixo coordenados e, sobre eles, represente as correspondentes tensões normaise de corte.

c) Determine a distribuição dos deslocamentos ao longo do lado AB, (recta de equação y = 0).d) Calcule a energia elástica de deformação acumulado na placa.

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Exercícios

3.2.17 Num determinado componente mecânico, o estado de tensão mais desfavorável ocorrenum ponto da superfície livre da peça, e corresponde à situação representada na figura. Omaterial utilizado é o aço, com uma tensão limite de cedência σced=250MPa.

192Pedro Ponces Camanho Aula #10

Determine o coeficiente de segurança relativamente à plastificação do material, utilizando:

a) O critério de Tresca.b) O critério de Von Mises.c) Considerando que o componente é fabricado num material frágil com uma tensão de roturaà tracção de 100MPa e uma tensão de rotura à compressão de 300MPa, verifique se há roturado material aplicando o critério de Mohr-Coulomb.

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193Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Diagramas de esforços.

• Resolução de exercícios.

194Pedro Ponces Camanho Aula #11

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Diagramas de esforços

Antes de se proceder ao traçado do diagrama de esforços é necessário calcular as reacçõesnos apoios utlizando as equações de equilíbrio estático:

195Pedro Ponces Camanho Aula #11

Considere-se a viga simplesmente apoiada representada na figura seguinte:

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Diagramas de esforços

Os diagramas de esforços são simplesmente representações gráficas das forças e momentosque têm de estar aplicados numa secção de uma viga de forma a equilibrar as forças emomentos exteriores:

196Pedro Ponces Camanho Aula #11

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Diagramas de esforços

Convenção de esforços positivos:

197Pedro Ponces Camanho Aula #11

Diagrama de esforços transversos =VV=

Diagrama de momentos flectores =MMF=

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Diagramas de esforços

Cargas distribuídas

( ) ( )x

xFxq

x ∆∆=

→∆ 0lim

198Pedro Ponces Camanho Aula #11

xx ∆→∆ 0

( ) 00

=++−=Σ ∫L

BAy RRdxxqF

( ) 00

=+−=Σ ∫L

BA LRxdxxqM

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Diagramas de esforços

Utilizando a resultante da carga distribuída, R:

0=++−=Σ BAy RRRF

0=+−=Σ LRxRM BA

199Pedro Ponces Camanho Aula #11

Comparando com as equações anteriores:( ) ( )

( )∫

∫∫ == L

LL

dxxq

xdxxq

R

xdxxqx

0

00

Donde se conclui que a força resultante de uma carga distribuída é igual à área dorespectivo diagrama de carga e que a força resultante de uma carga distribuída passa pelocentro de gravidade do diagrama de carga.

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Diagramas de esforços

Considerando um elemento de viga:

Aplicando as equações de equilíbrio:

200Pedro Ponces Camanho Aula #11

Aplicando as equações de equilíbrio:

( )

=+−

∂∂++

∂∂+=Σ

=−+∂∂+=Σ

022

0

dxVM

dxdx

x

VVdx

x

MMM

Vdxxqdxx

VVF

O

y

Desprezando termos infinitésimaisde segunda ordem:

( )

( )

−=

−=

xVdx

dM

xqdx

dV

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Diagramas de esforços

Exemplo:

( ) ( ) 1CWxxVWxqdx

dV +=⇒=−=

( ) ( ) 21

2

1 2CxC

xWxMCWxxV

dx

dM +−−=⇒−−=−=

201Pedro Ponces Camanho Aula #11

Condições fronteira:

( ) ( ) 211 2CxCWxMCWxxV

dx+−−=⇒−−=−=

=

−=⇒

=⇒==⇒=

020

00

2

1

C

WLC

MLx

Mx

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Diagramas de esforços

Resulta então:

( )

−=2

LxWxV

Diagrama de esforços transversos =VV=

202Pedro Ponces Camanho Aula #11

2

( ) ( )xLWx

xM −=2

Diagrama de momentos flectores =MMF=

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Exercícios

Represente os diagramas de esforços transversos e de momentos flectores para as vigasseguintes

(do exercício 6.2.2)

203Pedro Ponces Camanho Aula #11

(do exercício 6.2.4)

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Exercícios

(do exercício 5.2.6)

204Pedro Ponces Camanho Aula #11

http://www.nexote.net/nexote/ShearandMoment/

Construção interactiva de diagramas de esforços:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

205Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Introdução à torção de peças lineares.

• Veio cilíndrico de secção circular.

• Veio circular oco.

• Problemas 4.2.1, 4.2.2 e 4.2.3

206Pedro Ponces Camanho

• Problemas 4.2.1, 4.2.2 e 4.2.3

Aula #12

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Introdução

Absorção ou transmissão de esforços de torção:

• Veios ou árvores de transmissão• Barras de torção; molas; estruturas tubulares (veículos de transporte e aeronaves).

Veio cilíndrico de secção circular

Secções rectas do cilindro permanecem circulares e planas, após adeformação, rodando em torno do respectivo centro.

207Pedro Ponces Camanho Aula #12

Um raio qualquer traçado sobre uma secção recta permanecerectilíneo durante a deformação do veio.

O ângulo entre dois quaisquer raios no plano duma secção rectapermanece constante durante a deformação do veio.

Portanto, e em consequência das condições da simetria geométrica eda solicitação, cada secção recta do veio roda em torno do respectivocentro como um disco absolutamente rígido. O ângulo de rotação θ éproporcional à distância z.

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Veio cilíndrico de secção circular

Ângulo de rotação por unidade de comprimento

As condições anteriores implicam que as componenteslongitudinais e radiais do campo de deslocamentos sejamnulas: 0== rz uu

208Pedro Ponces Camanho Aula #12

Para valores muito pequenos do ângulo derotação, o deslocamento segundo θ édado por:

zru θθ =

O campo de deslocamentos é então:

{ } { }Tzru 0,,0 θ=

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Veio cilíndrico de secção circular

O campo de deformações é obtido por derivação do campo de deslocamentos em coordenadas cilíndricas (ver aula #18):

209Pedro Ponces Camanho Aula #12

O único termo não nulo das equações anteriores é:

θγ θ rz =

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Veio cilíndrico de secção circular

Aplicando a lei de Hooke:

( )rzθτ

A relação entre o momento torsor aplicado ao veio é a distribuição de tensões de corte numa

210Pedro Ponces Camanho Aula #12

A relação entre o momento torsor aplicado ao veio é a distribuição de tensões de corte numa secção é obtida a partir de uma equação de equilíbrio:

t

R

ztA z MdrrdrMdAr =⇒= ∫∫∫ θττ θπ

θ 0

2

0

Resulta então: ZAt IGdArGM θθ == ∫2

Momento polar de inércia da secção recta do veio.

2

4

0

22

0

RrdrdrI

R

Z

πθπ

== ∫∫

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Veio cilíndrico de secção circular

Das equações anteriores resulta:

A tensão de corte máxima ocorre na periferia do veio, para r = R:

Rigidez torsional do veio:

211Pedro Ponces Camanho Aula #12

Módulo de torção:

Rotura dúctil Rotura frágil

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Veio circular oco

Os argumentos e os resultados que foram obtidos para o veio maciço mantêm-se válidos, com excepção da expressão para o momento de inércia polar da secção, Iz, que neste caso toma a seguinte forma:

2

1

R

Rm=

No caso particular dum tubo de parede fina, de espessura e:

212Pedro Ponces Camanho Aula #12

: raio médio da secção.

Resulta então:

, com:

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Exercícios

4.2.1 Um veio em liga de alumínio (G=27GPa) está encastrado nas extremidades A e C emduas paredes fixas, sendo solicitada por um momento Mt=20kNm, aplicado numa secçãointermédia B, conforme indicado na figura.

213Pedro Ponces Camanho Aula #12

Calcule o diâmetro que o veio deverá ter, sabendo que a tensão de corte máximaadmissível para o material é τadm=60 MPa e que o ângulo de torção por unidade decomprimento não deve exceder 1⁰/m.

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Exercícios

4.2.2 Um motor desenvolve uma potência de 200 kW às 250 rpm sobre a secção A de um veiode secção circular, conforme ilustrado na figura. As rodas dentadas em B e C absorvem 90 kWe 110 kW, respectivamente. Calcule o diâmetro que o veio deverá ter, supondo que a tensãoadmissível do material ao corte é de 50MPa e que o ângulo de torção entre o motor e a rodadentada C está limitado a um valor de 1.5⁰. Considere que o módulo de rigidez do material doveio é G=80GPa.

214Pedro Ponces Camanho Aula #12

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Exercícios

4.2.3 Um veio de secção circular composta é construído a partir de uma barra de aço(G=80 GPa) com 75 mm de diâmetro, revestida por um tubo de latão (G=40GPa)perfeitamente acoplado.

a) Determine o diâmetro exterior do tubo, de tal modo que, quando for aplicado ummomento torsor ao veio composto, esse momento seja igualmente repartido pelos doismateriais.

b) Para um momento torsor aplicado de 16 kNm, calcule a tensão de corte máxima em cada

215Pedro Ponces Camanho Aula #12

b) Para um momento torsor aplicado de 16 kNm, calcule a tensão de corte máxima em cadaum dos materiais e o ângulo de torção do veio num comprimento de 4 metros.

c) Para o valor do momento torsor considerado em b), calcule a energia elástica dedeformação por metro de comprimento do veio.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

216Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Torção de veios prismáticos de secção arbitrária.

• Teoria de Saint-Venant.

• Aplicação a veios de secção elíptica.

• Problema 4.2.6.

217Pedro Ponces Camanho

• Problema 4.2.6.

Aula #13

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

Na ausência de simetria circular, deixa de ser válida a condição de que as secções rectas se mantêm planas havendo, neste caso, um deslocamento axial dos pontos de cada secção.

218Pedro Ponces Camanho Aula #13

Hipóteses de Saint-Venant:

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

219Pedro Ponces Camanho Aula #13

;sin

cos

=

Pz

a

a

GP αα ( )

( )( )( )

( )

−+−+

=−=∴

++

=yxw

aa

aa

GPGPu

z

a

a

GP

P ,

sinsin

coscos

sin

cos*

*

* αφααφα

φαφα

r

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

( ) ( ) αφαφααφα cossinsincoscoscoscos aaaau −−=−+=

Quando :0→φ θφαφ yzyau −=−=−≈ sin

( ) αφαφα sinsincoscossin aav −+=

Quando :0→φ θφαφ xzxav ==≈ cos

220Pedro Ponces Camanho Aula #13

Quando :0→φ θφαφ xzxav ==≈ cos

( )( )

−=

yxw

zx

zy

zyxu

,

,, θθ

r

O campo de deslocamentos é então dado por:

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

Das relações entre o campo de deformações e o campo de deslocamentos resulta:

221Pedro Ponces Camanho Aula #13

Aplicando a lei de Hooke:

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

Aplicando as equações de equilíbrio na ausência de forças de volume e forças de inércia:

222Pedro Ponces Camanho Aula #13

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

Aplicando as equações de compatibilidade:

223Pedro Ponces Camanho Aula #13

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

Calculando as derivadas parciais, resulta:

224Pedro Ponces Camanho Aula #13

Calculando as derivadas parciais, resulta:

Aplicando a lei de Hooke(w é uma função contínua)

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

O problema da torção fica então reduzido à resolução dum sistema de duas equações de derivadas parciais nas funções e :

Equação de equilíbrio.

Equação de compatibilidade.

225Pedro Ponces Camanho Aula #13

Equação de compatibilidade.

Condição fronteria:

{ } [ ]{ } { }0== nT σ em C ⇒ em C

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

Definindo a seguinte função de tensão de Saint-Venant , função contínua, de tal formaque as componentes Cartesianas do tensor das tensões são dados por:

226Pedro Ponces Camanho Aula #13

Verifica-se que a equação de equilíbrio é automaticamente satisfeita. Substituindo as tensões anteriores na equação de compatibilidade resulta:

A condição fronteira vem: em C

Equações que governam o problema de torção

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

Tendo em conta que e que :

Esta equação traduz que o valor da função Φ se mantém constante ao longo da linha de

em C

227Pedro Ponces Camanho Aula #13

Esta equação traduz que o valor da função Φ se mantém constante ao longo da linha decontorno da secção recta do veio. Por outro lado, uma vez que no cálculo das tensões detorção apenas intervêm as derivadas da função Φ, o valor constante dessa função naperiferia do veio pode ser tomado igual a zero. Donde a condição fronteira em termos de Φ:

em C

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Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

O momento torsor é calculado a partir de uma equação de equilíbrio:

( ) dydxyxdM xzyzt ττ −=

228Pedro Ponces Camanho Aula #13

( ) ( ) ( ) ∫∫∫ ∫ Φ+

Φ

∂∂+Φ

∂∂−=

∂Φ∂+

∂Φ∂−=−=

AAA A

xzyzt dxdydydxyy

xx

dydxy

yx

xdydxyxM 2ττ

∫ ∫Φ+Φ−Φ−=C A

t dxdydxydyxM 2)(

Aplicando o Teorema de Green :

∫Φ=A

t dxdyyxM ),(2em C:Dado que

+=

∂∂−

∂∂

∫∫ ∫R C

QdyPdxdxdyy

P

x

Q

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Veio prismático de secção arbitrária

Teoria de Saint-Venant

O problema resume-se então à definição de uma função de tensão Φ (x,y) de tal forma que Φ(x,y)=0 em C e que satisfaça a equação de compatibilidade. Nestas condições as tensões e o momento torsor são dados por:

229Pedro Ponces Camanho Aula #13

∫Φ=A

t dxdyyxM ),(2

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Aplicação a veios de secção elíptica

Considere-se uma secção elíptica com os semi-eixosmaior e menor iguais a a e b, respectivamente. Ocontorno elíptico da secção é definido pela seguinteequação:

Qualquer função de tensão do tipo , onde m é uma constante

230Pedro Ponces Camanho Aula #13

Qualquer função de tensão do tipo , onde m é uma constante

satisfaz a condição fronteira em C.

Substituindo na equação de compatibilidade,

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Aplicação a veios de secção elíptica

A função de tensão é então:

Momento torsor:

∫Φ=A

t dxdyyxM ),(2

231Pedro Ponces Camanho Aula #13

A

Tensões:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Exercícios

4.2.6 A solução do problema relativo à torção dum veio de secção triangular equilátera (verfigura) pode obter-se a partir da seguinte função de tensão de Saint-Venant:

232Pedro Ponces Camanho Aula #13

a) Determine a constante K, em termos de G e θ, e mostre que o momento torsor é dado pela expressão:

b) Calcule o campo de tensões na secção do veio.

c) Calcule o ângulo de torção por unidade de comprimento.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

233Pedro Ponces Camanho

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Sumário:

• Analogia de membrana – teoria de Prandtl.

• Aplicação a veios de secção circular.

• Aplicação a veios de secção rectangular fina.

• Aplicação a veios de secção tubular de parede fina e secção multicelular.

234Pedro Ponces Camanho

• Aplicação a veios de secção tubular de parede fina e secção multicelular.

• Problemas 4.2.9, 4.2.11 e 4.2.12

Aula #14

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Analogia de membrana.

Considere-se uma membrana elástica fina, sem peso, plana e inicialmente sujeita a uma tracçãouniforme, T, no plano (x,y). Fixando a membrana ao longo dum contorno (C),aplique-se uma pressão, p, também uniforme, na direcção perpendicular à superfície damembrana. Esta deforma-se, assumindo a forma duma superfície curva, que pode ser descritapor uma função apropriada, z=f(x,y).

Teoria de Prandtl

235Pedro Ponces Camanho Aula #14

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Analogia de membrana.

Teoria de Prandtl

236Pedro Ponces Camanho Aula #14

Equação de equilíbrio segundo 0-z:

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Analogia de membrana.

Teoria de Prandtl

Equação de equilíbrio da membrana: Função de tensão de Saint-Venant:

237Pedro Ponces Camanho Aula #14

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Analogia de membrana.

Secção circular

022 =

−−dr

dzrTrp ππ

Equação de equilíbrio da membrana:

238Pedro Ponces Camanho Aula #14

Aplicando a analogia de membrana:

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Analogia de membrana.

Secção circularIntegrando a equação anterior:

A constante de integração é calculada considerando quea coordenada z é nula ao longo da periferia damembrana (r=R), resultando:

239Pedro Ponces Camanho Aula #14

Aplicando a analogia de membrana:

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Analogia de membrana.

Secção rectangular Equação de equilíbrio da membrana:

Integrando a equação anterior:

240Pedro Ponces Camanho Aula #14

Resulta então:

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Analogia de membrana.

Secção rectangularAplicando a analogia de membrana:

xG )2( θτ −=

tGt

G θθτ =

−−=2

)2(max

241Pedro Ponces Camanho Aula #14

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Analogia de membrana.

Secção tubular de parede fina

A tensão de corte é inversamente proporcional à espessura local da parede.

∫∫ =⇒= pAdSh

TpAdST αsin

Equação de equilíbrio da membrana:

242Pedro Ponces Camanho Aula #14

Para uma espessura constante:

∫∫ =⇒=CC

pAdSt

hTpAdST αsin

Aplicando a analogia de membrana:

(L: perímetro)

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Analogia de membrana.

Secção multicelular

Equação de equilíbrio da célula (i):

243Pedro Ponces Camanho Aula #14

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Exercícios

4.2.9 Pretende-se construir um elemento tubular de secção rectangular (200x100mm2) emaço (G=80GPa), para transmitir um momento torsor Mt=20kNxm.

244Pedro Ponces Camanho Aula #14

Determine a espessura t que deverá ter o tubo, para que a tensão de corte não ultrapasse ovalor admissível de τadm=50Mpa e a rotação do veio seja inferior a 1⁰ por metro.

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Exercícios

4.2.11 Um veio de secção rectangular composta é construído a partir de uma barra de aço(Ga=80GPa) com as dimensões 100mmx20mm de lado, revestida por um tubo de latão(Gl=40GPa), de secção rectangular com uma espessura de parede de 5mm. A montagem éfeita de tal modo a permitir um eventual deslizamento axial entre os dois elementos.

a) Adoptando a aproximação mais simples fazer os cálculos sobre a linha de contornoexterior do tubo de latão, em vez da linha média, calcule o valor máximo do momentotorsor que pode ser transmitido pelo veio. Considere (τadm)aço=50MPa e (τadm)latão=20MPa.

245Pedro Ponces Camanho Aula #14

b) Para o valor do momento calculado na alínea a), determine o ângulo de torção por metrode comprimento.

c) Reconsidere agora as duas alíneas anteriores, fazendo os cálculos sobre a linha média dasecção do tubo de latão.

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Exercícios

4.2.12 Considere um veio prismático de secção tubular multicelular, conforme indicadana figura. O módulo de rigidez do material é G=80GPa e a tensão admissível é τadm=50MPa.

246Pedro Ponces Camanho Aula #14

Determine o momento torsor máximo que o veio é capaz de transmitir e o respectivo ângulo de torção por metro de comprimento.

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247Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Flexão de vigas. Introdução. Tipos de solicitação de uma viga.

• Flexão pura de uma viga. Hipótese de Bernoulli.

• Problemas 5.2.1, 5.2.3 e 5.2.4.

248Pedro Ponces Camanho Aula #15

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Introdução. Tipos de solicitação.

Os eixos 0y e 0z são eixos principais de inércia da secção.

Flexão pura de uma viga

249Pedro Ponces Camanho Aula #15

Flexão pura de uma viga

Solicitação única de momento flector constante. Entre as duas secções A e B o esforçotransverso é nulo. O momento flector é constante e igual a Fa.

Adopta-se a convenção de que o momento flector é positivosempre que provoca na viga uma concavidade voltada para cima.

Sendo constante o valor do momento de flexão, a deformação é amesma em qualquer secção. Entre as secções A e B, o eixo da vigatoma a forma de um arco de circunferência, com centro num pontoO do plano de solicitação.

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Flexão pura de uma viga

250Pedro Ponces Camanho Aula #15

As fibras longitudinais, inicialmente rectilíneas, acompanham a curvatura do eixo, assumindoa forma de arcos de circunferência paralelos entre si.

O momento flector tem resultante nula, pelo que as fibras não podem ficar todas à tracção outodas à compressão – superfície neutra da viga e eixo neutro (n-n) da secção recta.

O eixo neutro divide a secção em duas partes: uma em tração (σ > 0) e outra em compressão(σ < 0). Sobre o eixo neutro a tensão normal é nula (σ = 0).

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A superfície (s-s) de uma secção recta qualquer transforma-se, após a deformação, nassuperfícies (s’) e (s”) de cada uma das partes (E) e (D), respectivamente. Porque os dois troçosE e D são idênticos e sujeitos ao mesmo tipo de solicitação, as superfícies (s’) e (s”) devem ser

251Pedro Ponces Camanho Aula #15

Hipótese de Bernoulli

E e D são idênticos e sujeitos ao mesmo tipo de solicitação, as superfícies (s’) e (s”) devem sersimétricas relativamente ao plano de corte (s-s). E porque devem também ser sobreponíveis,as secções rectas têm de se manter planas. Por razões de simetria, esses planos devem passartodos pelo centro de curvatura do eixo da viga deformada.

Durante o processo de deformação, as secções rectas da viga permanecem planas eperpendiculares às fibras deformadas. Cada secção recta roda relativamente às secçõesvizinhas, em torno do eixo neutro (n-n), de tal modo que o seu plano passa pelo centro decurvatura O do eixo da viga.

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Deformação de uma fibra longitudinal (c-d)

c d

a b

θ

252Pedro Ponces Camanho Aula #15

dx

ab

abcdxx

−=ε

( )θyRcd −=

θRab= R

y

R

yRxx −=−−= 1ε

R

yEE xxxx −== εσ

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Deformação de uma fibra longitudinal (c-d)

c d

a b

θ

253Pedro Ponces Camanho Aula #15

dx

∫∑ ∫ =⇒=⇒=AA xxx ydA

R

EdAF 000 σ

Definição da posição do eixo neutro:

Momento estático da secção

Resulta então que o eixo neutro passa pelo centro de gravidade da secção recta da viga.

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Deformação de uma fibra longitudinal (c-d)

c d

a b

θ

254Pedro Ponces Camanho Aula #15

dx

∫∫ −==∴=AA xxzxxz dAy

R

EydydzMdydzydM 2σσ

Momento de inércia da secção, Iz

Zxx I

My−=σ

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Deformação de uma fibra longitudinal (c-d)

c d

a b

θ

255Pedro Ponces Camanho Aula #15

dx

∫∫ ===AA xxy yzdA

R

EzdydzM 0σ

Produto de inércia da secção, Pyz

Resulta então que os eixos z e y devem ser eixos principais centrais de inércia da secção.

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5.2.1 Considere uma viga em aço (E=200 GPa, υ=0,3) de secção circular (diâmetro d),conforme representado na figura, sujeita a um esforço de flexão pura no troço central DE.

Exercícios

256Pedro Ponces Camanho Aula #15

Tomando a = 350 mm, l = 1500 mm, d =250 mm e P =12 ton, determine:

a) O valor máximo da tensão de flexão na viga.b) A deflexão do eixo da viga na secção média C.

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5.2.3 Pretende-se dimensionar uma viga de ferro fundido, para trabalhar à flexão, com umasecção em T, conforme ilustrado na seguinte figura.

Exercícios

Admitindo que, para o material em causa, a tensão admissívelà tracção (σt=30MPa) é metade da tensão admissível àcompressão (σc=60MPa), determine:

a) A espessura t da “alma” da viga, por forma a que sejamatingidos os dois valores limites em ambas as faces da viga.

257Pedro Ponces Camanho Aula #15

atingidos os dois valores limites em ambas as faces da viga.

b) O momento flector correspondente.

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5.2.4 Considere a viga de secção uniforme representada na figura e carregada da formaindicada. Identifique as secções críticas em termos das tensões de corte, associadas aoesforço transverso, e das tensões de flexão.

Exercícios

258Pedro Ponces Camanho Aula #15

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259Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Vigas compostas de dois ou mais materiais diferentes.

• Flexão desviada.

• Problemas 5.2.5 e 5.2.6.

260Pedro Ponces Camanho Aula #16

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Vigas compostas de dois ou mais materiais diferentes

Considere-se uma viga composta por doismateriais (1) e (2), com módulos de Young E1 e E2.

Para um plano de solicitação vertical, a posição do eixo neutro, n-n’, obtém-se a partir da condição:

261Pedro Ponces Camanho Aula #16

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Vigas compostas de dois ou mais materiais diferentes

Definindo d12 como sendo a distância verticalentre G1 e G2:

Resulta:

262Pedro Ponces Camanho Aula #16

Considerando agora a condição de equilíbrio entre o momento flector aplicado, M, e as tensões, σ, obtém-se:

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Vigas compostas de dois ou mais materiais diferentes

Por outro lado:

e

Resulta então:

263Pedro Ponces Camanho Aula #16

I1 I2

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Vigas compostas de dois ou mais materiais diferentes

M

IEIER 2211 +=

Resultando:

264Pedro Ponces Camanho Aula #16

onde y é a distância ao eixo neutro da viga composta, definido pelas cotas e1 e e2 calculadasacima.

As expressões anteriores para a posição do eixo neutro e para o cálculo das tensões podemser generalizadas a uma viga composta de n materiais diferentes, assumindo as formasseguintes:

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Flexão desviada

Quando o plano de solicitação s-s contém o eixo da viga, masnão inclui nenhum dos eixos principais de inércia da secçãorecta, diz-se que estamos em presença duma flexão desviada.

Nestas circunstâncias, decompõe-se a solicitação segundo osdois eixos principais centrais de inércia:

Aplicando o princípio da sobreposição de esforços:

αsinMM y =αcosMM z =

265Pedro Ponces Camanho Aula #16

Aplicando o princípio da sobreposição de esforços:

A posição do eixo neutro, n-n, obtém-se a partir da condição σ = 0, isto é:

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Flexão desviada

As tensões máximas de flexão ocorrem nos pontos A e B, que são os pontos mais afastados do eixo neutro n-n.

Os ângulos de flexão entre duas secções afastadas dumcomprimento l, provocadas pelos momentos Mz e My são φy eφz , dados respectivamente por:

266Pedro Ponces Camanho Aula #16

onde R é o raio de curvatura da fibra neutra da viga em flexão desviada.

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5.2.5 Uma viga em madeira (Em=10GPa), de secção rectangular com largura 120mm e altura180mm, é reforçada por uma barra de aço (Ea=200GPa) de secção também rectangular de30mm de largura e 15mm de espessura. Determine os valores das tensões máximas em cadaum dos elementos, quando ao conjunto é aplicado um momento flector M = 8kNm.

Exercícios

267Pedro Ponces Camanho Aula #16

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5.2.6 Pretende-se construir uma viga de secção rectangular (2axa), conforme indicado nafigura, em aço (E=200GPa, υ=0,3). A viga está apoiada e é solicitada conforme o esquematambém indicado na figura. Considere o valor de 140MPa para a tensão de flexão admissíveldo material.

Exercícios

268Pedro Ponces Camanho Aula #16

a) Determine as reacções nos apoios.b) Determine os diagramas dos momentos flectores e dos esforços transversos.c) Determine o valor mínimo da dimensão a da secção recta da viga, de tal modo que a tensãode flexão não ultrapasse o valor limite de 140 MPa.d) Supondo agora que o plano de carga é inclinado segundo a direcção da diagonal assinaladaa tracejado na figura, determine a posição do eixo neutro da secção e o valor máximo datensão de flexão.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

269Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Flexão combinada com esforço normal.

• Flexão combinada com torção.

• Problemas 5.2.7 e 5.2.8

270Pedro Ponces Camanho Aula #17

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Flexão combinada com esforço normal

271Pedro Ponces Camanho Aula #17

Aplicando o princípio da sobreposição de esforços é possível calcular a tensão normal paraum ponto material definido pelas coordenadas (x,y) como:

A é a área da secção recta da viga e N é a força axial excêntrica (excentricidades a e b).

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Flexão combinada com torção

Secção recta circular

272Pedro Ponces Camanho Aula #17

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Flexão combinada com torção

Secção recta circular

O eixo neutro tem a direcção do momento flector resultante (Mf) e os pontos críticos são He K, onde a tensão de flexão atinge os valores máximos à tracção e à compressão:

273Pedro Ponces Camanho Aula #17

Do ponto de vista da torção, a tensão máxima também ocorre à periferia (r=R), pelo que nospontos H e K há a combinação de tensões máximas de fexão e de torção, conforme oesquema da figura anterior.

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Flexão combinada com torção

Secção recta circular

Aplicando a construção do círculo de Mohr à situação em cada um daqueles pontoscríticos, obtém-se, em ambos os casos:

274Pedro Ponces Camanho Aula #17

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Flexão combinada com torção

Secção recta rectangular

No caso duma secção rectangular, os pontos críticos à flexão são ospontos C, mais afastados relativamente ao eixo neutro n-n.

No que diz respeito à torção, os pontos críticos da mesma secção sãoos pontos A, sendo nulas as tensões de corte em C.

275Pedro Ponces Camanho Aula #17

Há ainda a considerar os pontos B da secção recta, onde existemsimultaneamente tensões de flexão (σ) e tensões de corte (τ).

Nos pontos A tem-se:

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MIEM – Mecânica dos Sólidos

Flexão combinada com torção

Secção recta rectangular

Nos pontos B:

hb

M xB 2

βτ =

Nos pontos C:

2

6

bh

M zB −=σ

66 MM

276Pedro Ponces Camanho Aula #17

0=Cτ

É então necessário determinar em qual dos pontos A, B ou C ocorre a combinação detensões mais desfavorável, segundo um critério de resistência apropriado.

22

66

bh

M

hb

Mzy

C −=σ

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5.2.7 Considere uma coluna de secção em T, construída a partir de chapa de aço deespessura de 50mm (E=200GPa, υ=0,3), conforme representado na figura. A coluna estáencastrada na base inferior, sendo carregada na outra extremidade por uma força de 10tonaplicada em A, conforme é também indicado na figura. Determine a tensão normal máxima.

Exercícios

277Pedro Ponces Camanho Aula #17

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5.2.8 Considere uma viga de secção rectangular (500x100mm2), sujeita a uma solicitaçãocombinada de flexão na vertical e de torção ao longo do eixo da viga, como representado nafigura.

Exercícios

278Pedro Ponces Camanho Aula #17

Determine a tensão de corte máxima (τmax) numa secção genérica (C) da viga e o ponto ondeocorre.

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279Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Flexão combinada com esforço de corte.

• Esforço rasante.

• Viga de secção recta rectangular.

• Viga de secção recta circular.

280Pedro Ponces Camanho

• Viga de secção recta circular.

• Viga de secção tubular aberta. Perfis em U e em I.

• Centro de torção.

• Exercícios 5.2.9 e 5.2.12.

Aula #18

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No caso duma viga sujeita à flexão pura, o esforço de corte é nulo. No caso geral tal nãoacontece, designadamente quando o momento de flexão varia ao longo do eixo da viga,havendo uma sobreposição de efeitos de flexão e efeitos de corte.

Admitindo a hipótese de Bernoulli que, neste caso é uma aproximação, as tensõesnormais associadas ao momento flector continuam a ser calculadas pela expressão:

Flexão combinada com esforço de corte

Z

zxx I

yM−=σEsforço rasante

281Pedro Ponces Camanho Aula #18

Esforço rasante

Para obter a distribuição das tensões de cortesobre a secção recta, considere-se o equilíbriodos momentos num elemento de viga decomprimento dx:

A variação do momento flector ao longo do eixo da viga implica necessáriamente a existência de esforço de corte.

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Esforço rasante

Imagine-se agora o elemento dividido em duas partes (1) e (2), por um plano Σ paralelo àsuperfície neutra, à distância y do eixo neutro n-n

282Pedro Ponces Camanho Aula #18

Representando isoladamente a parte (1), esta fica em equilíbrio sob a acção das forças queactuam nas duas faces verticais S e S’ e na face inferior Σ.

Na secção S, a força normal N correspondente à tensão de flexão σ é dada por:

dAyI

MdAN

AZ

A xx ∫∫ −==11

σ

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Esforço rasante

283Pedro Ponces Camanho Aula #18

Na secção S’, a força normal N’ correspondente à tensão de flexão σ+dσ é dada por:

( ) dAyI

dMMdAddNN

AZ

A xxxx ∫∫+−=+=+

11

σσ

Na superfície Σ há a considerar as tensões τyx (=τyx), designadas por tensões rasantes.Admitindo que estas se distribuem uniformemente ao longo da espessura b da viga,resulta:

bdxV yxτ=

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Esforço rasante

284Pedro Ponces Camanho Aula #18

Aplicando a equação de equilíbrio de forças segundo 0-x:

011

=−−+∫∫ bdxdAy

I

MdAy

I

dMMyxA

ZA

Z

τ

( ) ( )( )

( )( )ybI

yVS

ybI

yS

dx

dMy

bI

dAy

dx

dM

ZZyx

Z

Ayx =−=⇒−=

∫ττ 1

Esforço transverso

Fórmula de Jouravski

Momento estático daárea A1 relativamente aoeixo neutro da secção

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Esforço rasante

Define-se o esforço rasante R, que corresponde a uma força por unidade de comprimento, a partir da seguinte equação:

Dividindo longitudinalmente a viga em duas partes, estas tenderiam a deformar-se de acordocom o esquema, produzindo um deslizamento relativo entre ambas as partes. Para anularesse deslizamento relativo, há que aplicar as forças tangenciais indicadas, as quais traduzema tensão ou esforço rasante.

285Pedro Ponces Camanho Aula #18

a tensão ou esforço rasante.

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Esforço rasante

No caso duma secção arbitrária, simétrica relativamente ao eixo 0-y,a tensão de corte τ num ponto A qualquer sobre a horizontal C-C é,em geral, oblíqua relativamente ao eixo de simetria yy. Acomponente vertical τxy é dada por:

Admitindo que a tensão τ no ponto A está também dirigida

286Pedro Ponces Camanho Aula #18

Admitindo que a tensão τ no ponto A está também dirigidapara o ponto B, definido a partir das tangentes em C, acomponente τxz é dada por:

A tensão de corte máxima ocorre nos pontos C da periferia:

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Viga de secção recta rectangular

( ) ( )( )ybI

yVSy

zyx =τ

Para uma secção rectangular, momento estático S num plano à distância y do eixo neutro é:

287Pedro Ponces Camanho Aula #18

Para uma secção rectangular, momento estático S num plano à distância y do eixo neutro é:

Resulta então:

A tensão de corte máxima ocorre ao nível do eixo neutro e é 50% superior àquela que seriaobtida dividindo o esforço transverso (V) pela área da secção transversal da viga, isto é, sefosse admitida uma repartição uniforme das tensões de corte ao longo da secção.

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Viga de secção recta circular

Para uma secção circular de raio R, a aplicação da fórmula de Jouravski num plano à distância y do eixo neutro conduz a:

Da figura anterior resulta:

288Pedro Ponces Camanho Aula #18

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Viga de secção recta circular

Considerando que:

e

289Pedro Ponces Camanho Aula #18

A tensão tangencial resultante τ nos pontos A do contorno é:

A tensão de corte máxima ocorre também ao nível do eixo neutro e é 33% superior àquelaque seria obtida dividindo o esforço transverso (V) pela área da secção transversal da viga,isto é, se fosse admitida uma repartição uniforme das tensões de corte ao longo da secção.

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Vigas de secção tubular aberta

A fórmula de Jouravski pode também seraplicada a vigas de secção tubular aberta,como é o caso dos perfis laminados utilizadosem construção mecânica e construção civil:

com:

290Pedro Ponces Camanho Aula #18

Admitindo que as tensões τ que estão associadas ao esforço rasante na secção BBB’B’ se distribuem uniformemente através da espessura e:

Em virtude do princípio da reciprocidade das tensões tangenciais,pode dizer-se que as tensões rasantes que actuam na face BBB’B’ sãoacompanhadas de tensões de corte iguais, τ, que actuam no planoda secção recta, segundo a direcção da tangente à linha média daparede.

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Vigas de secção tubular aberta

Caso de um perfil em U

Nas abas superior e inferior, as tensões de corte sãohorizontais (τxz), dadas pela fórmula de Jouravski. Assim,no ponto genérico B da aba superior, à distância u dobordo livre A, tem-se:

e

291Pedro Ponces Camanho Aula #18

Na aba inferior a distribuição das tensões τxz é análoga, havendo apenas uma inversão dosentido.

No ponto genérico C da alma, à distância y do eixo neutro, tem-se:

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Vigas de secção tubular aberta

Caso de um perfil em U

A tensão máxima na aba ocorre ao nível do eixo neutro (y=0):

A força resultante (horizontal) em cada uma das abas é:

ZZ aI

Vbeh

I

Vh

28

2

max +=τ

292Pedro Ponces Camanho Aula #18

A força resultante (vertical) na alma é:

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Vigas de secção tubular aberta

Caso de um perfil em I

A solução para o perfil em I obtém-se directamente docaso anterior, considerando o perfil I composto atravésda junção de dois perfis U.

A tensão máxima ocorre na aba, ao nível do eixo neutro (y=0) podendo ser calculada através da expressão:

293Pedro Ponces Camanho Aula #18

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Centro de torção

Quando a solicitação de flexão é acompanhada dumesforço de corte, a posição do plano de solicitação não éindiferente, uma vez que o seu deslocamento faz variar adistância das forças exteriores ao eixo da viga,introduzindo deste modo um determinado momentotorsor.

Se a secção recta da viga é simétrica relativamente a umdos eixos principais centrais de inércia, e se o plano desolicitação contém esse eixo (a), por razões de simetria,

294Pedro Ponces Camanho Aula #18

solicitação contém esse eixo (a), por razões de simetria,cada secção roda em torno do eixo neutro, perpendicularaquele eixo de simetria, e a viga deforma-se sem torção.

Já no caso em que o eixo principal central de inércia ssnão é eixo de simetria (b), verifica-se um fenómenosecundário de torção da peça. Este fenómeno pode serclaramente posto em evidência através duma análisemais aprofundada do comportamento à flexão duma vigade secção em U.

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Centro de torção

Considere-se uma viga de secção em U solicitada em flexão comesforço transverso. As resultantes das tensões de corte nas abas ena alma são, respectivamente, F, -F e V, em que a forças queactuam nas abas formam um binário de torsão cujo momento édado por:

O sistema constituido pelas três forças F, -F e V é equivalente à resultantevertical V, deslocada para a esquerda de uma distância d, de tal modoque:

295Pedro Ponces Camanho Aula #18

que:

e

A intercepção da linha de acção dessa força resultante V com o eixo neutro define o ponto O que é o centro de corte ou centro de torção da secção.

Sempre que o plano de solicitação não passa pelo centro de torção, às tensões associadas aoesforço de corte, haverá que sobrepor as tensões de torção produzidas por um momentotorsor igual ao produto do esforço transverso pela distância do plano de solicitação ao centrode torção.

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Centro de torção

296Pedro Ponces Camanho Aula #18

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5.2.9 Duas tábuas de madeira estão ligadas por pregos, formando uma viga de secção em T,conforme ilustrado na figura. A viga está encastrada numa das extremidades, apresentandoum comprimento em consola l, com uma força vertical de 3kN aplicada na extremidade livre.Desprezando o peso próprio da viga, calcule:

Exercícios

a) O valor máximo do comprimento em consola (l), para uma tensão admissível à flexãode σadm=10MPa.

b) O espaçamento máximo entre pregos, supondo que cada um deles aguenta uma força

297Pedro Ponces Camanho Aula #18

b) O espaçamento máximo entre pregos, supondo que cada um deles aguenta uma forçade corte de Fc=600N.

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5.2.12 Considere uma viga de secção em forma de U, com uma espessura uniforme de 4mm,e com as dimensões globais indicadas na figura a seguir.

Exercícios

298Pedro Ponces Camanho Aula #18

Determine:

a) A posição do centro de corte da secção.

b) A distribuição das tensões de corte provocadas por um esforço transverso vertical de15kN aplicado no centro de corte.

c) A tensão de corte máxima provocada por um esforço transverso vertical de 15kNaplicado no centróide da secção.

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299Pedro Ponces Camanho

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Sumário:

• Deformação devida à flexão.

• Método da integração da elástica.

• Método da viga conjugada.

• Exercícios 6.2.1 e 6.2.4.

300Pedro Ponces Camanho

• Exercícios 6.2.1 e 6.2.4.

Aula #19

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Chama-se linha elástica à deformada do eixo da viga, definida por uma equação do tipo y = f(x).

Integração da equação da elástica

Deformação devida à flexão.

301Pedro Ponces Camanho Aula #19

No caso da flexão plana, a relação entre a curvatura 1/R, o momento flector M, o módulo deYoung do material E e o momento de inércia Iz da secção recta em relação ao eixo neutro édada pela equação seguinte:

Rotação

Deslocamento vertical

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Integração da equação da elástica

Por outro lado, recorrendo às equações da geometria analítica, a curvatura é dada por:

Considerando pequenas rotações:

2

32

2

2

1

1

+

=

dx

dy

dx

yd

R

Deformação devida à flexão.

302Pedro Ponces Camanho Aula #19

Considerando pequenas rotações:

Equação da elástica

A equação da elástica corresponde a uma equação diferencial de segunda ordem quepermite obter a deformação da viga a partir do diagrama de esforços M(x) e das condiçõesfronteira do problema.

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Método da viga conjugada

Deformação devida à flexão.

dx

dMV −=

Como foi demonstrado na aula #11:

dx

dVq −=

2

2

dx

Mdq =

Associada a uma viga real, considere-se agora umaviga fictícia (viga conjugada) com o mesmocomprimento e carregada com uma distribuição de

303Pedro Ponces Camanho Aula #19

comprimento e carregada com uma distribuição decargas semelhante à dos momentos flectores sobre aviga real:

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Método da viga conjugada

O momento flector Mc sobre a viga conjugada podeobter-se por integração da seguinte equação:

Recordando a equação da elástica:

Viga conjugada.

Viga real.

dM

304Pedro Ponces Camanho Aula #19

Donde se pode concluir que:• A flecha y de uma secção arbitrária da viga real é igual ao momento flector Mc para amesma secção da viga conjugada.• A a rotação θ=dy/dx de uma secção arbitrária da viga real é igual ao esforço cortante -Vc

para a mesma secção da viga conjugada.

Por outro lado:

CC V

dx

dM −=

θ=dx

dy

Viga conjugada.

Viga real.

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Método da viga conjugada

A correspondência entre as constantes de integração da equação da elástica e da equaçãoequivalente dos momentos da viga conjugada consegue-se impondo as seguintes condiçõesnos apoios (e secções intermédias) da viga conjugada:

• Se no ponto considerado a flecha y da viga real é nula, então o momento flector da vigaconjugada deve ser nulo.

• Se o ângulo de rotação θ da viga real é nulo, então o esforço transverso Vc da viga conjugadadeve ser nulo.

305Pedro Ponces Camanho Aula #19

deve ser nulo.

• Se y≠0 e θ≠0 na viga real, então também Mc≠0 e Vc≠0 na viga conjugada.

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Método da viga conjugada

306Pedro Ponces Camanho Aula #19

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Método da viga conjugada

307Pedro Ponces Camanho Aula #19

=

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Método da viga conjugada

Resumo do método:

1. Representar o diagrama de momentos flectores da viga real.

2. Considerar o eixo das abcissas do diagrama de momentos como o eixo da viga conjugada eo diagrama de momentos M(x)/EIz como o diagrama da carga conjugada qc.

3. Representar os apoios da viga conjugada utilizando a tabela anterior.

308Pedro Ponces Camanho Aula #19

4. Calcular as reacções na viga conjugada .

5. Representar os diagramas de esforços da viga conjugada, Mc(x) e Vc(x).

6. A flecha y e a rotação θ para uma secção qualquer da viga real são dados por:

CMy =

CV−=θ

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6.2.1 Considere uma viga (E, I) de comprimento l, encastrada numa extremidade e sujeita auma carga vertical P na extremidade livre, conforme ilustrado na figura ao lado. Calcule aflecha δB e a rotação θB na extremidade livre da viga:

a) Usando o método de integração da elástica.

b) Usando o método da viga conjugada.

Exercícios

309Pedro Ponces Camanho Aula #19

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6.2.4. Considere uma viga (E, I) com 7,5m de comprimento, simplesmente apoiada em dois pontos e solicitada da forma indicada na figura a seguir:

Exercícios

310Pedro Ponces Camanho Aula #19

a) Calcule as reacções nos apoios.

b) Determine os diagramas dos momentos flectores e dos esforços transversos ao longo doeixo da viga.

c) Determine, usando o método de integração da elástica, os valores da flecha naextremidade A e da rotação no apoio D.

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311Pedro Ponces Camanho

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4.2.13 Considere uma peça tubular de parede fina e espessura uniforme (t), com uma secçãoconforme está ilustrado na figura, construída em chapa de aço (G=80GPa). Tomando comoirrelevante as diferenças entre as áreas dos contornos interiores e exteriores de cada célula:

Exercícios

312Pedro Ponces Camanho Aula #20

a) Deduza as expressões para as tensões de corte em cada um dos elementos da secção, emfunção do momento torsor aplicado e da espessura da chapa.

b) Calcule o valor mínimo que a espessura da chapa deve ter, para que a peça possatransmitir um momento torsor Mt=40 KNm, considerando τadm=50MPa.

c) Para a situação considerada na alínea b), calcule o ângulo de torção por metro decomprimento.

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6.2.6 Pretende-se construir uma viga de secção em U, conforme representado na figura, coma altura igual à largura, a partir de chapa de aço (E=200 GPa, ν=0.3), e espessura uniforme de40mm. A viga está apoiada e é solicitada de acordo com o esquema representado na figura.Considere o valor de 200MPa para a tensão de flexão admissível do material. Determine:

Exercícios

313Pedro Ponces Camanho Aula #20

a) A dimensão mínima a da secção.b) O centro de torção da secção.c) O esforço rasante máximo que ocorre entre cada um dos elementos horizontais e oelemento vertical da secção.d) A flecha nas extremidade A e D, e as rotações nos apoios B e C.

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314Pedro Ponces Camanho

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5.2.11 Considere uma viga de secção em L, com as dimensões e carregamento indicados nafigura.

Exercícios

315Pedro Ponces Camanho Aula #21

a) Determine a posição do centro de torção da secção.

b) Identifique as posições onde ocorrem as tensões máximas (normal e de corte) ecalcule os respectivos valores numéricos.

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316Pedro Ponces Camanho

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3.2.12 Considere um corpo em aço (E=200GPa, ν=0.3) sujeito a campo plano de tensõesdefinido pelas seguintes componentes (em MPa):

Exercícios

317Pedro Ponces Camanho Aula #22

a) Calcule as tensões principais na origem das coordenadas e as respectivas direcções.

b) Calcule a variação de volume duma esfera com 1m de raio centrada na origem dascoordenadas.

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4.2.10 Pretende-se transmitir um momento torsor Mt=40kNm através duma barra tubular emaço (G=80GPa), de comprimento l=2m, constituída por dois tubos de secções quadradasconcêntricas de lados iguais a 200mm e 100mm, respectivamente, ambos em chapa de igualespessura (t) e ligados nos topos, conforme indicado na figura. A ligação na extremidade Bdeve ser tal que permita uma eventual diferença entre os deslocamentos axiais dos doiselementos.

Exercícios

318Pedro Ponces Camanho Aula #22

a) Determine a espessura (t) da chapa, de modo que em nenhum dos elementos sejaultrapassada a tensão admissível do material τadm=50MPa.

b) Para o valor da espessura da chapa calculado na alínea anterior, determine o ângulo detorção entre as duas secções extremas do tubo.

c) Reconsidere a alínea a), supondo agora que o elemento interior é em aço maciço.