O PEQUENO PRÍNCIPE - ROTEIRO

(baseado do livro de A. De Saint Exupery)

LISTA DE PERSONAGENS:

PEQUENO PRÍNCIPE:………………………………………………

AVIADOR:……………………………………

ROSA:………………………………………

REI:……………………………………

VAIDOSO:………………………………………

BÊBADO:……………………………………

HOMEM DE NEGÓCIOS:…………………………………

ACENDEDOR:…………………………………………

GEÓGRAFO:…………………………………………

COBRA:………………………………………………

ROSA 1:………………………………………

ROSA 2:………………………………………

RAPOSA:………………………………………………

ADAPTADO POR: Felipe Travassos

CENA 1

O Aviador:

(olhando para o público em descrença)

Aviador - Eu não posso acreditar que os meus olhos! Pessoas... aqui? Acho que é por

causa do calor. Deve ser uma miragem. Estou neste deserto desde que meu avião quebrou,

quente e isolado, agarrado a uma esperança de que eu não vou ficar sem água potável

enquanto eu não conseguir reparar o motor e deixar este lugar hostil. Desde que caí não vi

nada, só areia. Como é que eu vejo pessoas? Não há dúvida, é uma miragem.

(continua a consertar o motor, de repente, ele vê se aproximar dele O Pequeno Príncipe)

Aviador - E o que é isto? Olhem que menino engraçado! Parece um príncipe! Será outra

miragem? Olhem para ele! Ele está vindo cada vez mais perto ...

(O Pequeno Príncipe aborda o Aviador e começa uma conversa)

Pequeno Príncipe - Por favor, você pode desenhar uma ovelha?

Aviador – O quê!?

Pequeno Príncipe- Desenha um ovelha!

Aviador – Mas eu não sei desenhar!

Pequeno Príncipe - Não importa . Desenha um ovelha!

(O Aviador desenha uma ovelha)

Pequeno Príncipe - Essa está muito doente.

(O Aviador desenha outra ovelha, em outro pedaço de papel)

Pequeno Príncipe - Essa não serve. É muito velha. Eu quero uma que ainda tenha muito

tempo de vida.

(O Aviador, depois de fazer algumas reflexões, desenha uma caixa)

Aviador - Esta é a caixa. A ovelha está dentro.

Pequeno Príncipe (satisfeito) –Isso, Isso! Você acha que a ovelha come muito capim?

Aviador – Por que?

Pequeno Príncipe – É que é muito pequeno onde eu moro.

Aviador – Não se preocupe, ela é bem pequena, não come muito.

Pequeno Príncipe - Não tão pequena. Olha! Ela está dormindo...

Aviador – Então…o que você faz aqui?

Pequeno Príncipe – Pergunto o mesmo? Você vive nesse deserto? E... O que é isso?

(apontanto para o avião)

Aviador – Uma avião. Uma máquina que voa.

Pequeno Príncipe - Oh, que legal! Então você veio do céu! Qual é o seu planeta?

Aviador – Você veio de outro planeta?

Pequeno Príncipe – É verdade, mas é tão pequeno que andando em frente não se vai muito

longe.

CENA 2

O Pequeno Príncipe e o Aviador estão sentados na areia olhando para o céu.

Pequeno Príncipe – Eu adoro o pôr do Sol. Vamos ver um?

Aviador – Mas nós precisamos esperar.

Pequeno Príncipe - Esperar? Esperar o que?

Aviador – O pôr do sol, ora!

Pequeno Príncipe – Eu sempre esqueço que não estou em casa! No meu planeta, quando

você quiser ver um pôr-do-sol, tudo que você precisa fazer é passar sua cadeira a poucos

passos. Um dia eu vi o pôr do sol quarenta e quatro vezes! Adoro ver o pôr do sol quando

estou triste.

Aviador - Você estava muito triste? No dia dos quarenta e quatro pôres do sol?

(O Pequeno Príncipe, olhando para o desenho de uma ovelha, não dá qualquer resposta)

SCENE 3

(O Pequeno Príncipe, olhando para o desenho enquando o Aviador tenta concertar o

motor):

Pequeno Príncipe – As ovelhas comem flores, também?

Aviador – Uma ovelha.como tudo o que encontra.

Pequeno Príncipe – Mesmo as flores com espinhos?

Aviador – Acho que sim.

Pequeno Príncipe – Pra que serve os espinhos?

(O Aviador é ocupado concertando o motor)

(O Pequeno Príncipe repete a pergunta)

Pequeno Príncipe - Pra que serve os espinhos?

Aviador – Pra nada, pura maldade das flores.

Pequeno Príncipe - Oh! I Não acredito! As flores são frágeis, ingênuos. Elas se defendem

como podem. Elas acham que os seus espinhos são terríveis armas.

Aviador - O rapazinho ... Sinto muito, mas estou ocupado com assuntos sérios. Tenho de

corrigir o meu motor.

Pequeno Príncipe (indignado) – Assuntos sérios... Você fala como gente grande! Você

confunde tudo! Você não entende que estou preocupado com a minha flor!

(começa a chorar)

Aviador (pegando o principe em seus braços) - A flor que você ama não está em perigo. Eu

vou desenhar uma focinheira para a ovelha e uma grade para colocar em torno de sua flor.

(O Pequeo Príncipe para de chorar)

(O Aviador, para a platéia)

CENA 4

(O Aviador e o Pequeno Príncipe estão olhando o pôr do sol)

Aviador - Você vai me contar a sua história, pequeno?

Pequeno Príncipe – Se você quer ouvir…

Pequeno Príncipe - Venho de um planeta distante, onde vivo com vulcões, alguns baobás e

minha flor. É muito linda a minha flor, muito ao contrário das plantas que eu vi antes no meu

planeta. Primeiro pensei que era uma nova espécie de baobá. Até o dia em que ela acordou

e disse:

CENA 4.1

(No planeta do Pequeno Príncipe, a Rosa, bocejando)

Rosa – Acabo de acordar. Desculpa. Estou toda despenteada.

Pequeno Príncipe - Oh! Como você é linda!

Rosa – Não é? E nasci ao mesmo tempo que o sol.

Pequeno Príncipe – Tem alguma coisa que eu possa fazer por você?

Rosa - Bem que você poderia me trazer um pouco de água. Acho que é hora do almoço.

(O pequeno principe sai de cena, volta com um regador e rega a rosa)

Rosa - Oh, obrigada. E mais uma coisa… Estou com frio. Pode me colocar uma redoma?

Pequeno Príncipe – Uma redoma?

Rosa – É muito frio aqui durante a noite. Meu único problema é o frio (tosse). fora isso,

estou com medo de nada, nem mesmo tigres. Meus espinhos me protegem.

CENA 5

(O Pequeno Príncipe rega a rosa, coloca redoma de vidro, olha para ela com admiração e

carinho, então diz):

Pequeno Príncipe -Estou deixando o planeta. E talvez eu nunca vou voltar aqui. É

bem possível. Estou aqui para dizer adeus.

(A Rosa não responde)

Pequeno Príncipe - Adeus!

Rosa – Fui tolo. Peço o seu perdão. Tente ser feliz,...

(o pequeno principe mostra surpresa)

Rosa - (depois de um tempo) Claro que eu te amo. É minha culpa que você não sabe de

nada. Mas não importa agora. Você decidiu ir embora... vai.

Pequeno Príncipe - Mas quem vai cuidar de você? Colocar a redoma, regar e você falar

com você?

Rosa -Não se preocupe comigo. É preciso suportar algumas larvas para conhecer

borboletas. Agora vá. Eu não quero que você me veja chorar ...

CENA 5.1

(Volta ao Deserto)

Pequeno Príncipe - Eu não devia ter deixado a minha Rosa. Ela só tem poucos espinhos

para se proteger do perigo. Mas eu era muito jovem para saber como a amo.

CENA 6

O PLANETA DO REI

Pequeno Príncipe (para a platéia) - Então eu saí e primeiro visitei o Planeta do Rei.

Rei - Aqui está um súdito!

Aviador - Como você pode me chamar de súdito se você nunca me viu?

Rei - Chegue mais perto pra eu te ver melhor.

(O Pequeno príncipe se aproxima e boceja)

Rei - é falta de etiqueta bocejar na presença de um rei. Eu proíbo você de bocejar.

Pequeno Príncipe – Eu não posso evitar.

Rei – Ah…Então eu ordeno que você boceje.

Pequeno Príncipe – Mas já passou a vontade de bocejar!

Rei – Então te ordeno a bocejar na hora que quizeres

Pequeno Príncipe – Posso sentar?

Rei – Eu te ordeno a sentar.

Pequeno Príncipe – Posso te fazer uma pergunta

Rei – Eu te ordeno a me fazer uma pergunta.

Pequeno Príncipe – O que você governa?

Rei - Tudo. Todos os planetas e estrelas.

Pequeno Príncipe – E as estrelas te obedecem?

Rei – Mas é lógico!

Pequeno Príncipe - Então, poderia ordenar um por do sol? Gostaria de ver uma agora!

Rei -Se eu mandar um general voar de uma flor para outra como uma borboleta ou virar um

pássaro, e esse general não pudesse realizar a ordem de que ele recebeu, que de nós seria

do malvado? O coronel, ou eu?

Pequeno Príncipe - Você.

Rei - Exatamente. É preciso exigir do outro o que ele possa fazer.

Pequeno Príncipe – E o por do sol?

Rei - Eu posso ordenar, mas temos de esperar até que as condições são favoráveis.

Pequeno Príncipe - Quando vai ser?

Rei – De tardezinha. E você vai ver como sou bem obedecido.

Pequeno Príncipe - Sinto muito, mas eu não posso esperar. Tenho que continuar minha

viagem.

Rei - Oh, não vá! Vou lhe fazer ministro!

Pequeno Príncipe – Obrigado mas tenho que ir. Se Vossa Majestade deseja ser obedecido,

você deve dar-me uma ordem razoável. Então você deve ordenar que eu vá. Parece-me

que as condições são favoráveis.

Rei – Ordeno que saia, então.

Pequeno Príncipe (sussurando com a platéia) - Os adultos são muito estranhos.

CENA 7

O PLANETA DO VAIDOSO

(O Pequeno Príncipe chega a um planeta habitado por um homem com um

espelho)

Vaidoso – Uou! Estou prestes a receber a visita de um admirador!

Pequeno Príncipe – Bom dia.

Vaidoso – Você me admira?

Pequeno Príncipe – O que quer dizer ‘admira’?

Vaidoso - "Admirar" significa que você, me acha mais bonito, rico, inteligente e bem vestido

homem neste planeta.

Pequeno Príncipe – Mas só tem você aqui nesse planeta.

Vaidoso - Faça a gentilesa e me admire assim mesmo.

Pequeno Príncipe (sussura para a platéia) – Os adultos, sáo realmente muito estranhos.

CENa 8

O PLANETA DO BÊBADO

(O Pequeno Príncipe encontra um homem bebendo uma cerveja)

Pequeno Príncipe - O que está fazendo?

Bêbado – Eu estou bebendo.

Pequeno Príncipe – E porque está bebendo?

Bêbado – Para esquecer.

Pequeno Príncipe – Esquecer o que?

Bêbado – Esquecer a vergonha.

Pequeno Príncipe - Vergonha de quê?

Bêbado – A vergonha de ser um bêbado!

Pequeno Príncipe - (sussura para a platéia) - Os adultos são certamente muito, muito

estranho.

CENA 9

PLANETA DO HOMEM DE NEGÓCIOS

(O Homem de negócios contando)

Homem de Negócios – 3 mais 2, 5. com 7, 11. com mais 3 faz 15...

Pequeno Príncipe (interrompendo) – Olá, o que você está fazendo?

Homem de Negócios (impaciente) - Durante os cinquenta e quatro anos que tenho este

planeta habitado, fui perturbado apenas três vezes. Primeiro a vinte e dois anos atrás,

quando uns gansos passaram, Deus sabe de onde, e cometi quatro erros na minha adição.

Depois, onze anos atrás, me deu um ataque de reumatismo. Eu não tenho tempo para

exercício. E agora isso!

Pequeno Príncipe – O que você está contando?

Homem de Negócios - Os pequenos objetos que você vê no céu. Doze e três tornar

quinze ...

Pequeno Príncipe – E o que você faz com as estrelas

Homem de Negócios - O que faço com elas? Sou dono deles!

Pequeno Príncipe - Como é?

Homem de Negócios - Bem, eles pertencem a mim, porque eu fui a primeira pessoa a

pensar sobre isso. Quando você descobre uma ilha que pertence a ninguém, ela é sua.

Quando você tiver uma idéia que ninguém teve, você registra ele: ela é sua. Então, eu

possuo as estrelas, porque ninguém antes de mim nunca pensou em tê-las.

Pequeno Príncipe - Sim, é verdade. E o que você faz com elas?

Homem de Negócios -Eu administrar elas. Eu as conto e reconto. É difícil. Mas eu sou um

homem que é naturalmente interessados em coisas sérias.

Pequeno Príncipe - Eu tenho uma flor. Eu rego ela todos os dias.

(O Homem de Negócios volta à contagem):

Pequeno Príncipe (sussura para a platéia) – Os adultos são muito estranhos mesmo.

SCENE 10

THE LAMPLIGHTER’Cobra PLANET

(O Pequeno Príncipe cumprimenta o Acendedor de Lampeão enquanto ele acaba

de apagar a lâmpada)

Pequeno Príncipe - Bom dia. Por que você apagou a sua lâmpada?

Acendedor - Estas são as ordens. Bom dia.

Pequeno Príncipe – Que ordens?

Acendedor - As ordens são que eu apaguei a minha lâmpada. Boa noite. (ele acende a luz)

Pequeno Príncipe - Mas por que você acendeu agora?

Acendedor - Estas são as ordens.

Pequeno Príncipe – Eu não entendo.

Acendedor – Não há nada para entender. Ordens são ordens. Bom dia. (ele apaga

a lâmpada novamente)

Acendedor – Essa profissão é uma terrível. Nos velhos tempos era razoável. Eu apagava a

lâmpada de manhã, e à noite acendo novamente. Eu tinha o resto do dia para relaxar e ao

resto da noite para dormir.

Pequeno Príncipe – E quando as ordens mudaram?

Acendedor (triste) - As ordens não mudaram! Essa é a tragédia! De ano para ano, o planeta

se tornou mais rápida e as ordens não mudaram!

Pequeno Príncipe – E então?

Acendedor - O planeta agora faz uma volta completa em cada minuto e a cada minuto que

tenho acender e apagar a lâmpada!

Pequeno Príncipe – Isso é muito engraçado! Um dia dura apenas um aqui minuto!

Acendedor – Não é nada engraçado! Já faz um mes que estamos conversando!

Pequeno Príncipe – Um mês!

Acendedor – Sim. 30 minutos, 30 dias. Boa Noite (acende)

Pequeno Príncipe - Seu planeta é tão pequena que, com três passos você daria uma volta

completa nele. Para estar sempre na luz do sol, você precisa apenas de caminhar

lentamente. Quando você quizer descansar, ande e um dia irá durar o tempo que quizer.

Acendedor - Isso é bom pra mim. A única coisa que eu quero na vida é dormir.

Pequeno Príncipe - Então, você está sem sorte.

Acendedor – Estou sem sorte, Bom dia.

Pequeno Príncipe (para o público) - Eu gosto deste homem. Acho que é porque ele é o

único que pensa em outra coisa além de si próprio.

SCENE 11

O PLANETA DO GEÓGRAFO

(O Pequeno Príncipe encontra o Geógrafo sobre um livro grosso)

Geógrafo - Oh, veja! Um explorador! De onde vem?

Pequeno Príncipe – Que livro grande é esse? O que focê está fazendo?

Geógrafo – Eu sou geógrafo.

Pequeno Príncipe – E o que faz um geógrafo?

Geógrafo - Um geógrafo é um estudioso que conhece a localização de todos os

mares, rios, cidades, montanhas e desertos.

Pequeno Príncipe (com entusiasmo) – Isso é muito interessante! Finalmente, um homem

que tem uma ocupação de verdade! O seu planeta é muito bonito. Tem oceanos?

Geógrafo – Eu não sei te dizer.

Pequeno Príncipe - Montanhas?

Geógrafo – Também não sei.

Pequeno Príncipe - E vilas, rios e desertos?

Geógrafo – Não sei.

Pequeno Príncipe – Mas você é um geógrafo!

Geógrafo - Exatamente. Mas eu não sou um explorador. Não é o geógrafo que vai contar as

cidades, os rios, as montanhas, os mares, os oceanos, e os desertos. O geógrafo é muito

importante para isso. Ele não deixa sua mesa. Ele tem seus exploradores para trazer

informações sobre o mundo.

Pequeno Príncipe - Quem pode ser um explorador?

Geógrafo - Um homem de bom caráter moral. Alguém confiável. Um explorador

que disseram mentiras traria catástrofe sobre os livros do geógrafo. E não pode

beber

Pequeno Príncipe – Por que?

Geógrafo - Porque bêbados vêem duplo. Então o geógrafo anotaria duas montanhas em um

lugar onde havia apenas uma.

Pequeno Príncipe – No meu planeta eu tenho uma flor.

Geógrafo - Nós não anotamos flores, porque eles são efêmeras.

Pequeno Príncipe – O que é “efêmeras”?

Geógrafo - Geógrafos escrevem livros sérios e nunca se tornam antiquados. É muito raro

que uma montanha mude a sua posição, por exemplo. Temos de escrever coisas eternas.

Pequeno Príncipe – Mas o que é “efêmeras”?

Geógrafo -Significa, "que está em perigo de desaparecimento rápido."

Pequeno Príncipe - (para a platéia) Minha flor é efêmera ...! E eu a deixei no meu planeta,

sozinha!

(para o Geógrafo) - Que lugar que você me aconselha a visitar agora?

Geógrafo – O planeta Terra. Tem uma boa reputação.

CENA 12

ENCONTRA A COBRA

(O principe encontra a cobra no deserto)

Cobra - Boa noite. O que o trouxe aqui?

Pequeno Príncipe – Onde estão os homens? É um pouco solitário no deserto.

Cobra – Também é solitário entre os homens.

Pequeno Príncipe – Você é um bichinho engraçado. fina como um dedo.

Cobra - Mas eu sou mais poderoso do que o dedo de um rei! (sibilando)

Pequeno Príncipe - (sorrindo, mostrando-se sem medo) Você não é muito poderoso. Você

não tem sequer patas. Você não pode sequer viajar.

Cobra - Eu posso levar você mais longe do que qualquer navio poderia levá-lo. Eu mando

quem eu toco de volta para o lugar de onde vieram. Eu posso ajudá-lo, algum dia, se você

sentir saudades do seu planeta.

Pequeno Príncipe. Mas porque é que sempre falam em enigmas?

Cobra - Eu resolvo todos os enigmas. (sibila)

CENA 13

AS ROSAS

(O Pequeno Príncipe está em um jardim cheio de rosas)

Rosa 1 – Bom Dia

Pequeno Príncipe – Bom dia. vocês parecem com a com a minha flor. Quantas são?

Rosa 2 – 4 mil...

Rosa 1 – ou 5 mil talvez

Pequeno Príncipe (desapontado) – Minha flor me disse que ela era o único do seu género

em todo o universo. E tem várias de vocês aqui, todas iguais, em um único jardim!

Então, tudo os que tenho é uma rosa comum. E isso não faz de mim um grande príncipe ...

(começar a chorar e sai)

(O Pequeno Príncipe mantém em caminhadas e encontra uma rapoza em seu caminho)

CENA 14

O ENCONTRO COM A RAPOSA

(A raposa está escondida debaixo de uma árvore)

Raposa – Sou uma raposa.

Pequeno Príncipe – Venha brincar comigo

Raposa -Eu não posso brincar com você. Não me cativaram ainda.

Pequeno Príncipe - O que significa, "cativar"?

Raposa - O que está procurando?

Pequeno Príncipe – Procuro amigos. O que significa, "cativar"?

Raposa – É uma coisa muito esquecida. Significa “criar laços”.

Pequeno Príncipe - “Criar laços”?

Raposa - Só isso. Para você eu sou nada mais do que uma raposa como um cem mil outras

raposas. Mas se você cativar, então precisamos um do outro. Para mim, você será único em

todo o mundo. Para você eu vou ser única em todo o mundo ...

Pequeno Príncipe – Eu estou começando a entender. Há uma flor ... Acho que ela me

cativou...

Raposa – Por favor, me cative!

Pequeno Príncipe - Eu quero, muito, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos

a descobrir e muitas coisas para conhecer.

Raposa – Só conhecemos as coisas que cativamos. Homens compram coisas prontas nas

lojas. Mas não há loja onde você pode comprar amizade, e por isso os homens não têm

mais amigos. Se você quiser um amigo, me cative.

Pequeno Príncipe - Que devo fazer para cativar você?

Raposa - Você deve ser muito paciente. Primeiro você vai sentar a uma pequena distância

de mim, assim, na grama. Vou olhar para você e você vai dizer nada. As palavras são a

fonte de mal-entendidos. Você vai se sentar um pouco mais perto de mim, cada dia.

Pequeno Príncipe - Acho que já estamos amigos. Mas agora é hora de me ir.

Raposa – Você não pode ficar um pouco mais? Se você for, eu vou chorar!

Pequeno Príncipe – A culpa é sua. Eu nunca quis te fazer mal. Você pediu que eu te

cativasse!

Raposa - Sim, isso é verdade. Antes que você vá Eu quero te contar um segredo:

Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos.

Pequeno Príncipe – O essencial é invisível para os olhos.

Raposa – Foi o tempo que você perdeu com a sua rosa, que a fez tão importante

Pequeno Príncipe – Foi o tempo eu perdi com a minha rosa…

Raposa – Você é inteiramente responsável por tudo aquilo que cativas. Você é responsável

pela rosa.

Pequeno Príncipe – Eu sou responsável pela rosa. (O Príncipe continua a sua jornada.)

CENA 15

(O Pequeno Príncipe conversa com o Aviador):

Pequeno Príncipe – Aquelas rosas não são como a minha rosa. Eu não as cativei, e elas

não me cativaram. Elas são como a minha raposa na primeira vez que eu a vi, que era só

uma raposa como qualquer outra raposa. Mas eu a fiz minha amiga e ela se tornou única no

mundo. Aquelas rosas são lindas, mas são vazias.

Pequeno Príncipe – Quanto à minha rosa ... foi a ela que reguei, que coloquei em uma

redoma, matei as lagartas ,exceto as duas ou três que salvei para que se tornem

borboletas, ouvi suas queixas, ou se gabava, ou mesmo, por vezes, quando ela não falava

nada. Ela é a minha rosa.

CENA 16

(O Pequeno Príncipe conversa com o Aviador):

Aviador – É, são lindas as tuas lembranças, mas ainda não concertei o meu avião. e já

acabou a água.

Pequeno Príncipe – Se tem sede, procuremos um poço. Eu estou com sede também.

CENA 17

(anoitece O Pequeno Príncipe e o Aviador andam):

Pequeno Príncipe – As estrelas são belas, por causa de uma flor que não se vê.

Aviador – O deserto é belo, e o que o torna belo é que ele esconde um poço em algum

lugar.

CENA 18

(O príncipe adormeceu e o Aviador está carregando ele nos braços, chegam ao poço, e o

narrador dá um pouco de água tirada do poço para o príncipe)

Pequeno Príncipe (acordando) – Você tem que cumprir a sua promessa.

Aviador – Que promessa?

Pequeno Príncipe – A focinheira da ovelha. Eu sou responsável pela flor. Eu preciso voltar

pra casa. (agitado) Vá cuidar do teu avião, nos encontramos aqui amanhã de tarde.

CENA 19

(O príncipe sentado em uma mureta conversa com a cobra.)

Pequeno Príncipe – O teu veneno é do bom?

Cobra – Certamente que sim. (sibila)

Pequeno Príncipe – Tem certeza que não vou sofrer tanto?

Cobra – Tem a minha palavra!

Pequeno Príncipe - Agora vá, eu quero descer.

(a cobra foi e chega andando o Aviador eles se abraçam)

Pequeno Príncipe – É doce olhar o céu de noite, sabendo que em uma dessas estrelas vive

uma flor que amamos. Todas as estrelas parecem floridas. Tu olharás de noite as estrelas e

elas todas serão tuas amigas, e eu te darem um presente. (ri-se)

Aviador – Meu principezinho, como eu gosto de ouvir esse riso.

Pequeno Príncipe – e esse é meu presente. Tu olharás as estrelas e será como se todas

rissem pra você. Teus amigos vão ficar espantados de te ouvir rindo olhando o céu e você

vai falar: “As estrelas sempre me fazem rir”. Essa noite não venhas. Eu não quero que você

me veja sofrer.

CENA 20

(anoitece a serpente morde o príncipe e o aviador aparece)

Pequeno Príncipe -Você veio? Não deveria, você vai sofrer. Vai parecer que eu morri, mas

não será verdade, a viagem é longa, eu não posso carregar o corpo, é muito pesado. Será

como uma casca abandonada, uma casca de árvore não é triste. Pronto, acabou-se

(o príncipe caiu de lado)

CENA 21

(Aviador, sozinho sem fundo)

Aviador – E já se passaram 6 anos. Se viajare, para a África, e passarem pelo deserto, não

tenham pressa. Sentem e adimirem as estrelas e um menino chegará até vocês. Se ele ri e

tiver cabelos de ouro, se não responde a pergunta alguma, saberão quem é. Não me

deixem tão triste. Escrevam, avisem que ele voltou.

FIM