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Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas Dezembro/2018 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas Jaciara Rodrigues da Silva [email protected] MBA Contabilidade e Direito Tributário Instituto de Pós-Graduação - IPOG Boa Vista, RR, 04/06/2018 Resumo O artigo teve por propósito verificar a percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas. Assim, por meio de entrevista orientada por questionário buscou-se conhecer os possíveis benefícios e dificuldades que virão com a implantação do eSocial, bem como se estes profissionais estão capacitados para as mudanças exigidas. Foram utilizados métodos estatísticos para o cálculo do tamanho da amostra, que foi de 19 empresas contábeis localizadas em Boa Vista-RR, no entanto, estas 19 empresas entrevistadas foram escolhidas de forma não probabilística e intencional. Os objetivos propostos foram alcançados. Foi verificado que, na visão dos entrevistados, os maiores beneficiados com a implantação do eSocial serão o Governo e os trabalhadores. Quanto aos benefícios esperados está a simplificação no cumprimento das obrigações acessórias, redução de fraudes e redução de custos com papel. Já dentre as dificuldades, a principal, foi à conexão com a internet, um fator que refletirá totalmente na validação dos eventos e, irá dificultar os trabalhos e o cumprimento dos prazos. Assim, chegou-se a conclusão que, até o momento, os profissionais dispõem do que é possível de informações, mas que estão procurando se adequar a esta nova forma de cumprimento das obrigações. Palavras-chave: eSocial. Escrituração Digital. Obrigações acessórias. 1. Introdução O progresso da tecnologia permite, atualmente, o armazenamento de informações em meio eletrônico, possibilitando economicidade de espaço físico e papel, além de permitir maior controle e verificabilidade dessas informações mantidas em meio digital. Neste sentido, para modernizar a relação do Fisco com as empresas, objetivando um maior controle das obrigações acessórias destas, bem como minimizar fraudes e sonegações, foi que o Governo Federal instituiu através do Decreto nº 6.022/07, de 22 de janeiro de 2007, o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).

Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH …€¦ · relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas Dezembro/2018 ISSN 2179-5568

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Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em

relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas

Dezembro/2018

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018

Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das

organizações contábeis em relação à implantação do eSocial e seus

impactos nas rotinas trabalhistas

Jaciara Rodrigues da Silva – [email protected]

MBA Contabilidade e Direito Tributário

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Boa Vista, RR, 04/06/2018

Resumo

O artigo teve por propósito verificar a percepção do profissional responsável pelo departamento

de RH das organizações contábeis em relação à implantação do eSocial e seus impactos nas

rotinas trabalhistas. Assim, por meio de entrevista orientada por questionário buscou-se

conhecer os possíveis benefícios e dificuldades que virão com a implantação do eSocial, bem

como se estes profissionais estão capacitados para as mudanças exigidas. Foram utilizados

métodos estatísticos para o cálculo do tamanho da amostra, que foi de 19 empresas contábeis

localizadas em Boa Vista-RR, no entanto, estas 19 empresas entrevistadas foram escolhidas de

forma não probabilística e intencional. Os objetivos propostos foram alcançados. Foi verificado

que, na visão dos entrevistados, os maiores beneficiados com a implantação do eSocial serão o

Governo e os trabalhadores. Quanto aos benefícios esperados está a simplificação no

cumprimento das obrigações acessórias, redução de fraudes e redução de custos com papel. Já

dentre as dificuldades, a principal, foi à conexão com a internet, um fator que refletirá

totalmente na validação dos eventos e, irá dificultar os trabalhos e o cumprimento dos prazos.

Assim, chegou-se a conclusão que, até o momento, os profissionais dispõem do que é possível

de informações, mas que estão procurando se adequar a esta nova forma de cumprimento das

obrigações.

Palavras-chave: eSocial. Escrituração Digital. Obrigações acessórias.

1. Introdução

O progresso da tecnologia permite, atualmente, o armazenamento de informações em meio

eletrônico, possibilitando economicidade de espaço físico e papel, além de permitir maior

controle e verificabilidade dessas informações mantidas em meio digital.

Neste sentido, para modernizar a relação do Fisco com as empresas, objetivando um maior

controle das obrigações acessórias destas, bem como minimizar fraudes e sonegações, foi que

o Governo Federal instituiu através do Decreto nº 6.022/07, de 22 de janeiro de 2007, o SPED

(Sistema Público de Escrituração Digital).

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Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em

relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas

Dezembro/2018

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Além de todos os subprojetos que o SPED possui no cenário atualmente, surgiu um novo

subprojeto denominado eSocial, que será o objeto de estudo deste trabalho, no qual foi instituído

por meio do Decreto nº 8.373/2014.

As informações relativas aos empregados, que atualmente são enviadas por vários sistemas a

diferentes órgãos, tais como: Ministério do Trabalho, Ministério da Previdência Social, Caixa

Econômica Federal e Receita Federal, serão enviados unicamente por meio do eSocial.

Neste contexto, surge o seguinte problema: Qual a percepção do profissional responsável

pelo departamento de RH das organizações contábeis em relação à implantação do eSocial

e seus impactos nas rotinas trabalhistas?

A partir deste questionamento, a pesquisa tem como objetivo geral verificar a percepção do

profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis a respeito das

mudanças nas rotinas trabalhistas provenientes da implantação do eSocial. Dessa forma, os

objetivos específicos são:

• Identificar se estão capacitados para atenderem às exigências desse novo subprojeto do

SPED;

• Verificar os possíveis benefícios e dificuldades que irão surgir com a implantação do

eSocial.

Dessa forma, devido ao fato de ser um sistema que visa uma nova forma de cumprimento das

obrigações acessórias, onde já é obrigatório para algumas empresas, e, posteriormente as

demais, causando mudanças na cultura do setor de recursos humanos das empresas, o eSocial

é um assunto que está em evidência, por isso a significância de ser o objeto de estudo desta

pesquisa.

2. Referencial teórico

2.1. A era da tecnologia da informação na contabilidade

Em meio a tanta evolução, a escrituração contábil passou por constantes inovações, e assim

gerando impacto no campo de atuação dos profissionais contábeis, pois essa escrituração deixou

de ser manual passando a se utilizar da máquina de escrever e, atualmente se utilizando do

computador, que, aliado à internet e sistemas informatizados, bem como aos softwares, auxilia

os profissionais contábeis na realização de seus trabalhos e, ainda proporciona maior eficácia,

rapidez e segurança no processo de geração e envio de informações. (SASSO et al., 2011).

Desta forma, com as mudanças advindas da Tecnologia da Informação, torna-se cada vez mais

prático o trabalho de quem precisa cumprir as obrigações acessórias do governo, sendo essas

informações geradas como arquivos digitais, nos quais possibilitam mais agilidade na entrega

por meio eletrônico, bem como sua disponibilidade para seus principais usuários.

Sendo assim, a tecnologia na era digital se torna indispensável, pois permite o acesso imediato

por meio eletrônico a diversas informações, principalmente no meio contábil empresarial.

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Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em

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Portanto, é diante desse novo cenário que surgiu o projeto do governo, denominado Sistema

Público de Escrituração Digital (SPED).

2.2. Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)

O Sistema Público de Escrituração Digital é um projeto que faz parte do Programa de

Aceleração do Crescimento do Governo Federal – PAC (2007-2010), que foi instituído pelo

Decreto de nº 6.022/2007. E, conforme entendimento do Decreto em seu art. 5º, a competência

para administrar o SPED, será exercida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

O art. 2º do referido Decreto dispõe sobre o conceito do projeto SPED sendo:

Instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e

autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos

empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo

único, computadorizado, de informações. (BRASIL, 2007)

Quanto aos diversos benefícios decorrentes da implantação, de acordo com

Santos (2014, p.31), resumem-se na “redução de custos para o contribuinte, a dispensa de

emissão e armazenamento de documentação em papel, uniformização das informações

prestadas e redução do tempo de envolvimento”.

Entre as pesquisas realizadas sobre o SPED, destaca-se o estudo de Frezza et al. (2011), que

teve por objetivo avaliar o impacto do SPED na contabilidade, demonstrando quais os desafios

e perspectivas do profissional contábil em relação ao sistema mencionado. O estudo apontou

que com a implantação do sistema houve aumento do trabalho na área contábil, da

informatização, bem como dos custos. Apontou ainda, que os referidos profissionais esperavam

que o SPED proporcionasse mais agilidade e clareza nos dados contábeis, o que ocorreu, de

fato, pois, segundo a pesquisa, o maior impacto do SPED para os contadores, foi à fidedignidade

e qualidade dos dados.

Deste modo, são perceptíveis as mudanças que ocorreram desde a implantação do SPED, tendo

em vista os benefícios que resultam no âmbito nacional em todas as esferas tributárias do

governo e órgãos fiscalizadores, alcançando também os profissionais contábeis.

2.3. Sistema de escrituração digital das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas

(eSocial)

Este subprojeto veio acoplar ao SPED a parte trabalhista, previdenciária e fiscal sobre a folha

de pagamento e será obrigatório para todos os empregadores e órgãos da administração pública.

A gestão do eSocial é exercida de forma compartilhada por meio do Comitê Gestor, o qual é

formado por representantes dos seguintes órgãos: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),

Ministério da Previdência Social (MPS), Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB),

Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e Conselho Curador do FGTS, representado

pela Caixa Econômica Federal.

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No que cabe à parte trabalhista, devem ser lançadas no eSocial, informações sobre as relações

de trabalho de forma geral, ou seja, não serão só os dados pertinentes aos empregados, mas

também aos contribuintes individuais, avulsos e estagiários. (ECONET, 2014).

As informações que fazem parte das obrigações acessórias, fiscais trabalhistas e

previdenciárias, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Relação

Anual de Informações Sociais (RAIS), Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à

Previdência (GFIP), dentre outras, serão transmitidas pelo eSocial. Ao invés do contribuinte

comunicar a diferentes órgãos várias vezes a mesma informação, todas elas serão enviadas por

um único sistema, de forma centralizada.

O eSocial simplificará também para as empresas que não têm funcionários, pois hoje, essas

empresas, têm a obrigatoriedade de enviar as informações negativas de RAIS, CAGED e

SEFIP. O eSocial substituirá essas obrigações, sendo enviado uma única vez e alterado somente

quando houver admissão de funcionários.

Todas as informações devem ser enviadas de forma tempestiva, ou seja, no momento em que

ocorrem os eventos, com o objetivo de alimentar a base de dados da plataforma de Registro de

Eventos Trabalhistas, que representará o histórico do trabalhador, assim, os órgãos competentes

serão informados imediatamente quando o trabalhador estiver de férias, licença ou aviso prévio,

ao sofrer acidente de trabalho ou mesmo quando for demitido, dentre outras ocorrências.

Minimizando, desta forma, a possibilidade de manipulação das datas das comunicações dos

eventos citados. (ABRANTES, 2014).

Os responsáveis pelos departamentos de recursos humanos terão que se adaptar aos novos

procedimentos e prazos decorrentes da implantação do eSocial. Caso contrário, poderá haver

tanto omissão como erros referentes às informações, o que consequentemente implicará em

penalidades e multas.

2.4. Finalidade do eSocial

O eSocial foi criado com o objetivo de abranger, em um único sistema, toda a escrituração da

folha de pagamento, todos os seus eventos como admissão, demissão, folha de pagamento

mensal, décimo terceiro salário, afastamentos, licenças, CAT (Comunicação de Acidente de

Trabalho), férias, entre outros; incluindo o registro de empregados e simplificando sua emissão

e dando uniformidade às obrigações acessórias trabalhistas e tributárias dos empregadores que

serão enviadas por uma plataforma digital. Por meio deste novo modelo, os órgãos

fiscalizadores da administração pública federal terão pleno controle das informações, das

obrigações, débitos trabalhistas, previdenciários e fiscais. (ECONET, 2014).

Conforme o Manual de Orientação do eSocial as informações a serem enviadas serão

classificadas em: Eventos Iniciais, Eventos não Periódicos, Eventos Periódicos. Essas

informações devem ser enviadas de forma sequencial, isto é, uma depende da outra. Uma

informação de um evento periódico de folha de pagamento só pode ocorrer após um evento não

periódico de admissão de empregado, confirmando que o funcionário está ativo na empresa, o

que impede que as informações sejam lançadas de forma aleatória.

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Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em

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Todo esse projeto elaborado pelo governo pretende garantir os direitos dos trabalhadores,

simplificar o cumprimento das obrigações pelos empregadores e qualificar as informações

prestadas ao Estado.

2.5. Prazo para a implantação do eSocial

O Governo Federal, após a criação do subprojeto eSocial, havia estipulado prazos que foram

adiados por diversas vezes, todavia, conforme a circular da Caixa Econômica Federal nº

761/2017 em consonância com a Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 3, de 29 de

novembro de 2017, foi divulgado novos prazos e etapas para obrigatoriedade na transmissão

dos eventos.

A fase de implantação ficou dividida em três etapas, primeiramente, a partir de 1º de janeiro de

2018, para empresas com faturamento apurado em 2016, superior a R$ 78 milhões e, a próxima

etapa sendo em 1º de julho de 2018, prazo para as demais empresas privadas, como também os

órgãos públicos, conforme exemplificado a seguir.

Figura 1: Cronograma e prazos eSocial

Fonte: www.portal.esocial.gov.br/institucional/ambiente-de-producao-empresas. (2018)

O Comitê Gestor do eSocial estabeleceu esse cronograma que, até o momento vem sendo

observada o cumprimento do mesmo e respeitando as fases e etapas da implantação do sistema.

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Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em

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3. Metodologia

O presente estudo é definido como uma pesquisa de campo, que, de acordo com Ruiz (1996,

p.50) apud Oliveira (2003, p.65):

(...) é uma forma de coleta que permite a obtenção de dados sobre um fenômeno de

interesse, de maneira como este ocorre na realidade estudada. Consiste, por tanto, na

coleta de dados e no registro de variáveis, presumivelmente relevantes, diretamente

da realidade, para ulteriores análises.

Quanto aos objetivos, a pesquisa é caracterizada como exploratória, que, para Gil (2010, p.27)

“(...) Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco

explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis”, como

é o caso do tema estudado neste trabalho.

Nesta pesquisa utilizou-se como procedimento complementar, a pesquisa bibliográfica, a qual

abrange todos os tipos de materiais e publicações existentes, como livros, artigos, teses, entre

outros. (MARCONI e LAKATOS, 2010).

Visando a obtenção de dados na pesquisa de campo, realizou-se uma entrevista orientada por

questionário que, de acordo com Silva (2008, p. 60) “(...) é um conjunto ordenado e consistente

de perguntas a respeito de variáveis e situações que se deseja medir ou descrever”.

Foram utilizados procedimentos estatísticos para o cálculo da amostra, tendo como base

variável ordinal e população finita, esta composta pelo quantitativo de empresas contábeis

registradas no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Roraima, que no período em

análise totalizava 127 empresas.

Assim, a fórmula estatística para o cálculo da amostra, foi a seguinte:

𝑛 =𝑍² × 𝑝 × 𝑞 × 𝑁

𝑑² (𝑁 − 1) + 𝑍² × 𝑝 × 𝑞

Em que, conforme Fonseca e Martins (2012, p.179), N é o tamanho da população, Z é abscissa

normal padrão, p, estimativa da proporção, d, erro amostral e q é a equação: 1 – p. Dessa forma,

para o cálculo da amostra utilizou-se o nível de confiança de 95%, a qual resultou em uma

amostra composta por 19 empresas.

Para o levantamento de dados desta pesquisa, optou-se por utilizar amostragem não

probabilística, uma vez que a amostra foi selecionada de forma não aleatória (OLIVEIRA,

2003). Dentre os dois tipos existentes de amostragem não probabilística, a utilizada na pesquisa

foi a intencional, que, de acordo com Silva (2008, p. 75) “... é aquela que escolhe

cuidadosamente os casos a serem incluídos na amostra, e produz amostras satisfatórias em

relação as suas necessidades”.

Assim, foram utilizados métodos estatísticos para o cálculo do tamanho da amostra, que foi de

19 empresas, no entanto, estas 19 empresas entrevistadas foram escolhidas de forma não

probabilística e intencional.

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Quanto à abordagem, a pesquisa adotou métodos quantitativos – devido à análise de dados por

meio de métodos estatísticos e matemáticos – e qualitativos – devido à necessidade de

classificar e contextualizar as informações obtidas pelo método quantitativo. (LEITE, 2008)

4. Análise dos dados

Neste capítulo serão analisadas as respostas dos 19 responsáveis pelo departamento de recursos

humanos de organizações contábeis situadas em Boa Vista-RR, que responderam a um

questionário com 17 questões, referentes ao perfil profissional e ao eSocial.

Quanto às características dos profissionais, verificou-se que 47% eram do sexo masculino e

53%, feminino. No que diz respeito à idade dos profissionais, o maior percentual foi na faixa

de 31 a 40 anos, com 37%, e, em seguida, a faixa de 26 a 30 anos, com 32% dos entrevistados,

totalizando então, com percentual significativo de 69%, as duas faixas.

ALTERNATIVAS

FREQUÊNCIA

ABSOLUTA

FREQUÊNCIA

RELATIVA

18 a 25 anos 3 16%

26 a 30 anos 6 32%

31 a 40 anos 7 37%

Acima de 40 anos 3 16%

Total 19 100%

Tabela 1 – Idade dos respondentes

Fonte: Dados da pesquisa

Os cargos ocupados pelos profissionais entrevistados eram: titular ou sócio da empresa, auxiliar

contábil e/ou gerente de recursos humanos. Em relação ao tempo de atuação, foi feita pergunta

aberta, cujas respostas foram tabuladas e analisadas em anos. Assim, a média resultante, foi de,

aproximadamente, 9,5 anos de tempo de atuação na área de recursos humanos. Com as

respostas, evidenciou-se também que mais da metade, 53%, dos entrevistados atua há 10 anos

ou mais nesta área.

MÉDIA MENOS DE 1

ANO

ENTRE 2 E

5 ANOS

ENTRE 6 E

9 ANOS

10 ANOS OU

MAIS

TOTAL EM

PERCENTUAL

9,53 5% 26% 16% 53% 100%

Tabela 2 – Tempo de atuação na área de recursos humanos

Fonte: Dados da pesquisa

A última pergunta referente ao perfil dos profissionais foi sobre sua formação acadêmica. Os

profissionais com nível médio representaram 5%, assim como os de nível técnico. Os

profissionais com formação em nível superior representaram 58% e, com nível superior

incompleto, 32% dos entrevistados.

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ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA

ABSOLUTA

FREQUÊNCIA

RELATIVA

Nível Médio

1 5%

Nível Técnico.

1 5%

Nível Superior.

11 58%

Nível Superior Incompleto. 6 32%

Total 19 100%

Tabela 3 – Formação acadêmica

Fonte: Dados da pesquisa

Dentre os que responderam possuir nível técnico, superior ou superior incompleto, perguntou-

se qual a área de formação. O único entrevistado com nível técnico afirmou ser técnico em

contabilidade. Dos que possuem formação superior, todos são formados em Contabilidade e

dos que tem nível superior incompleto, a metade também é na área contábil.

FORMAÇÃO QUANTIDADE EM QUE ÁREA? TOTAL EM

PERCENTUAL

Nível Técnico 1 Técnico em Contabilidade 100%

Nível Superior 11 Contabilidade 100%

Nível Superior

Incompleto 6

Contabilidade 50%

Gestão de Recursos Humanos 33%

Tecnologia da Informação 17%

Tabela 4 – Área de formação acadêmica

Fonte: Dados da pesquisa

Assim, identificaram-se, com os questionamentos apresentados, que os responsáveis pelos

departamentos de recursos humanos são profissionais experientes, conforme verificado com

relação à idade e o tempo de atuação na área. Uma vez que a minoria (5%) trabalha a menos de

um ano, e que, a média de tempo trabalhando no departamento de pessoal foi de,

aproximadamente, 9,5 anos.

Ratificando o exposto, a formação acadêmica também contribuiu para identificar que os

entrevistados, além de experientes na área, são profissionais aptos ao desempenho da função,

devido a 58% ter formação superior e, destes, todos serem graduados em contabilidade. Soma-

se a isto, o fato de 32% dos entrevistados estarem cursando alguma graduação, dos quais,

metade estudam contabilidade e 33%, gestão de recursos humanos.

Totalizam, então, 83% os que têm nível superior incompleto em contabilidade, ou gestão de

recursos humanos. Um percentual significativo, que evidencia novamente que os profissionais

tem aptidão para exercer a função.

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relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas

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Posteriormente foi perguntado aos entrevistados por qual meio tomaram conhecimento sobre o

eSocial. A maioria, 37% deles, afirmou ter tido conhecimento por meio de eventos ou palestras,

e 26%, por meio de entidades da classe contábil. Assim, as duas alternativas estão relacionadas,

uma vez que as entidades de classe contábil também promovem eventos ou palestras. Dessa

forma, a soma dos dois percentuais totalizou mais da metade dos entrevistados, 63%.

ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA

RELATIVA

a) Não sei do que se trata 0 0%

b) Internet 4 21%

c) Entidades da Classe Contábil 5 26%

d) Eventos ou palestras 7 37%

e) Interação informal com outros

profissionais 3

16%

f) Outros 0 0%

Total 19 100%

Tabela 5 – Meio de conhecimento sobre o eSocial

Fonte: Dados da pesquisa

Sobre os cursos de capacitação, a média obtida foi de, aproximadamente 36,5 horas para cada

profissional entrevistado, desde o surgimento do eSocial até o momento. Ficou evidenciada sua

preocupação em preparar-se para a iminente implantação desse sistema, visto que 68% disseram

que está sendo promovida capacitação na sua empresa, e, 32% responderam que não.

ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA RELATIVA

Sim 13 68%

Não 6 32%

Total 19 100%

Tabela 6 – Promoção de Capacitação para utilização do eSocial

Fonte: Dados da pesquisa

Sendo assim, os entrevistados têm interesse em capacitar-se para utilização do eSocial, no

entanto, o acesso à capacitação para uso do sistema em Boa Vista-RR, na opinião deles ainda

não é satisfatório, uma vez que, apesar de 53% considerar a acessibilidade boa, 37% considerou

ruim e 5%, péssima. Nenhum dos entrevistados considerou ótimo, e apenas 5%, excelente.

Verifica-se, então, que 42% consideram péssima ou ruim a acessibilidade, tendo ainda um

percentual que se aproxima dos 53% que considera como boa, o que contribui para afirmar a

não satisfação dos profissionais com o acesso à capacitação em Boa Vista-RR, aliado ainda ao

percentual mínimo obtido as que consideraram ótima ou excelente, somente 5%.

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ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA RELATIVA

a) Péssima 1 5%

b) Ruim 7 37%

c) Boa 10 53%

d) Ótima 0 0%

e) Excelente 1 5%

Total 19 100%

Tabela 7 – Acessibilidade à capacitação para utilização do sistema eSocial em Boa Vista-RR

Fonte: Dados da pesquisa

Buscou-se conhecer também, se o departamento de recursos humanos estava apto para a

utilização do sistema eSocial. Perguntou-se aos entrevistados, que nota atribuiriam, entre 1 e 5,

sendo 1, pouco e 5, totalmente apto para utilização do sistema. Coube à nota 4, a maior parte

das respostas, com 47%, e, em seguida, a nota 5, com 21% das respostas. Assim, a maioria dos

entrevistados se considera totalmente apto ou próximo desta total aptidão para utilização do

sistema.

O menor percentual registrado foi 5%, para a nota 2, e de 11%, para nota 1, restando 16% que

responderam nota 3.

NOTAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA

RELATIVA

1 2 11%

2 1 5%

3 3 16%

4 9 47%

5 4 21%

Total 19 100%

Tabela 8 – Aptidão para utilização do sistema eSocial

Fonte: Dados da pesquisa

Da mesma forma que a questão anterior, pediu-se aos profissionais, que atribuíssem nota de 1

a 5, mas desta vez, para a sua preparação para utilização do sistema, caso o eSocial fosse

implantado no dia que foram entrevistados. Assim, analisando as duas questões conjuntamente,

os resultados obtidos mostraram-se totalmente divergentes.

NOTAS ATRIBUÍDAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA RELATIVA

1 1 5%

2 4 21%

3 7 37%

4 6 32%

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Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações contábeis em

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5 1 5%

Total 19 100%

Tabela 9 – Preparação para utilização do eSocial, caso fosse implantado no momento da entrevista

Fonte: Dados da pesquisa

Fazendo um comparativo, as notas 2 e 3, tiveram aumento nos percentuais, quando foram

questionados sobre a preparação caso o eSocial fosse implantado no dia que foram

entrevistados. Já as notas mais altas, 4 e 5, que somavam maior percentual anteriormente

(Tabela 8), diminuíram.

Assim, verifica-se que, aqueles que afirmaram consideram-se totalmente preparados ou quase

totalmente para utilizar o sistema, demonstraram insegurança neste quesito, caso esta

implantação fosse imediata, o que explica a redução nas notas 4 e 5, e aumento nas notas 2 e 3.

PREPARAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA eSOCIAL

NOTAS ATRIBUÍDAS FUTURO

(TABELA 8)

PRESENTE

(TABELA 9)

1 11% 5%

2 5% 21%

3 16% 37%

4 47% 32%

5 21% 5%

Total 100% 100%

Tabela 10 – Comparação

Fonte: Dados da pesquisa

A insegurança observada pode ter relação direta com as mudanças nas rotinas do profissional e

dos clientes, para os quais prestam serviços, uma vez que não depende somente do profissional.

Isto foi verificado ao serem questionados se estavam preparados para tais mudanças nas rotinas

de trabalho, pois 74% afirmaram que sim, mas destes, 50% disse que teria dificuldades com os

clientes ou com o software de folha de pagamento.

ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA RELATIVA

Sim 14 74%

Não 3 16%

Incoerentes 2 11%

Total 19 100%

Tabela 11 – Preparação para mudanças nas rotinas trabalhistas

Fonte: Dados da pesquisa

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Visando verificar os possíveis benefícios e dificuldades advindos com a implantação do

eSocial, questionou-se aos entrevistados quais das partes envolvidas serão mais beneficiadas

quando este sistema for, de fato, implementado. Com possibilidade de escolherem mais de uma

resposta, as que apresentaram maiores percentuais foram: Órgãos do Governo Federal, 42%, e,

Trabalhador, 28%.

No entanto, notou-se que os responsáveis pela elaboração das informações que alimentarão o

eSocial, não sentem que serão beneficiados com sua implantação, assim como, na sua

percepção, o empregador também não será beneficiado.

ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA

ABSOLUTA

FREQUÊNCIA

RELATIVA

Empregador 5 14%

Órgãos do Governo Federal 15 41%

Responsáveis pela elaboração das informações trabalhistas 7 19%

Trabalhador 10 27%

Total 37 100%

Tabela 12 – Partes beneficiadas com a implantação do eSocial

Fonte: Dados da pesquisa

Em relação às rotinas diárias no departamento de recursos humanos, quando questionados sobre

os benefícios esperados com a implantação do eSocial, 22% dos entrevistados acreditam que a

simplificação no cumprimento das obrigações acessórias é um dos benefícios esperados devido

ao envio de informações por um único sistema. Em contrapartida, apesar de a maioria das

respostas, 22%, terem afirmado ser a simplificação um benefício, apenas 3% referem-se à

desburocratização.

Analisando conjuntamente as duas alternativas, simplificação e desburocratização, observa-se

que, para os entrevistados, apesar de o eSocial simplificar o processo pelo fato de não utilizar

os vários sistemas hoje existentes, num primeiro momento não haverá a desburocratização

devido à fase necessária a adaptação, tanto pelos profissionais, quanto para os clientes e órgãos

governamentais.

Já 20% acreditam que outro benefício será a redução de fraudes, em virtude de todos os eventos

serem registrados e validados online, o que, consequentemente aumentará a arrecadação

tributária e previdenciária, benefício que representou 14% das respostas. A informatização do

processo contribuirá ainda para a redução de custos com papel, sendo esta redução um benefício

esperado, obtendo 15% das respostas.

ALTERNATIVA FREQUÊNCIA

ABSOLUTA

FREQUÊNCIA

RELATIVA

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Desburocratização 2 3%

Redução de custos com papel 9 15%

Redução de acordos informais entre empregado e empregador 7 12%

Garantia de direitos trabalhistas e previdenciários para o

trabalhador 8 14%

Simplificação no cumprimento das obrigações acessórias 13 22%

Redução de fraudes 12 20%

Maior arrecadação tributária e previdenciária 8 14%

Total 59 100%

Tabela 13 – Benefícios esperados

Fonte: Dados da pesquisa

Também em relação às rotinas trabalhistas no departamento de recursos humanos, foi

questionado, posteriormente, quanto às dificuldades esperadas com a implantação do eSocial.

Entre as alternativas, a conexão com a internet foi a que obteve maior percentual das respostas,

29%, em face da falta de estrutura da internet em Boa Vista-RR, tornando-se um gargalo

justamente porque o eSocial dependerá totalmente da internet para validação dos eventos.

O problema de conexão com a internet será um agravante para o cumprimento dos prazos,

especialmente, dos eventos não periódicos, como admissão, demissão, acidente de trabalho,

entre outros, uma vez que deverão ser transmitidos imediatamente, ou até anteriormente à

ocorrência dos fatos, caso, por exemplo, da admissão. A dificuldade em relação ao envio dos

eventos mencionados representou 27% das respostas.

Os custos com capacitação também foi considerado como uma dificuldade devida haver cursos

caros no mercado, exigindo, assim, alto investimento, representando 20% das respostas.

O menor percentual registrado nas dificuldades esperadas foi de 7%, referente à redução de

acordos informais entre empregado e empregador. Esta redução também foi apontada como

benefício na questão anterior, na qual representaram 12% das respostas, indicando que para os

entrevistados a redução de acordos informais, não representa, significativamente, dificuldade,

comparada às demais respostas.

A mudança na cultura organizacional foi uma dificuldade que obteve 18% das respostas,

refletindo um dos principais entraves de adaptação que surgirá no início da implantação.

ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA

ABSOLUTA

FREQUÊNCIA

RELATIVA

( ) Gastos com capacitação profissional 9 20%

( ) Conexão com a internet 13 29%

( ) Mudança na cultura organizacional 8 18%

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( ) Redução de acordos informais entre empregado e

empregador 3 7%

( ) Prazo imediato para envio de eventos não

periódicos, como admissão, demissão e acidente de

trabalho

12 27%

Total 45 100%

Tabela 14 – Dificuldades esperadas

Fonte: Dados da pesquisa

Os eventos enviados pelo eSocial serão validados online, podendo ser de duas formas:

I. Gerado diretamente de sistema próprio contratado pelo empregador, ou;

II. Gerado diretamente no portal do eSocial pela internet http://esocial.gov.br/

Foi questionado aos entrevistados, caso a legislação permitisse, qual das duas formas eles

optariam para utilizar na sua empresa. 68% deles preferiram o sistema próprio contratado pelo

empregador, e 32%, diretamente pelo portal do eSocial.

Dos que optaram por sistema próprio contratado, todos disseram ser devido à facilidade, uma

vez que é possível preparar as informações e posteriormente validá-las em momento oportuno.

Já os que escolheram fazer a validação diretamente pelo portal eSocial, 67% afirmaram devido

à facilidade, 17%, ao custo e 17% devido ao sistema próprio não estar adaptado ao eSocial.

MOTIVO

OPÇÃO ESCOLHIDA Facilidade Custo Devido o sistema da empresa não

estar adaptado ao eSocial

TOTAL EM

PERCENTUAL

Sistema Próprio 100% 0% 0% 100%

Portal eSocial 67% 17% 17% 100%

Tabela 15 – Motivo da escolha do modo de validação

Fonte: Dados da pesquisa

Por fim, questionou-se sobre a adaptação do software de folha de pagamento, e, 84% disse que

o sistema encontra-se apto, e, somente 16% disseram que não, o que confirma a questão

anterior, visto que a maior parte optou por utilizar o sistema próprio, ao invés do portal do

eSocial.

ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA ABSOLUTA FREQUÊNCIA

RELATIVA

Sim 16 84%

Não 3 16%

Total 19 100%

Tabela 16 – Sistema de folha de pagamento adaptado ao eSocial

Fonte: Dados da pesquisa

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5. Conclusão

O artigo teve por propósito verificar a percepção do profissional responsável pelo departamento

de RH das organizações contábeis, em relação à implantação do eSocial e seus impactos nas

rotinas trabalhistas. Assim, por meio de entrevista orientada por questionário buscou-se

conhecer os possíveis benefícios e dificuldades que virão com a implantação do eSocial, bem

como se estes profissionais estão capacitados para tais mudanças advindas com esta nova

metodologia de trabalho.

Com a pesquisa verificou-se, que os profissionais de RH são experientes devido ao tempo de

atuação na área e a formação acadêmica que possuem. Quanto à capacitação para adaptação da

nova forma de cumprimento das obrigações trabalhistas verificou-se que, nas organizações

contábeis, está sendo promovida e, que os profissionais têm interesse em aperfeiçoar o

conhecimento que já têm sobre o sistema eSocial.

Constatou-se que, teoricamente, os profissionais têm conhecimento básico, estão informados

sobre o eSocial, todavia, caso fosse implantado de imediato para os demais empregadores, estes

demonstraram uma certa insegurança na sua operacionalização. Isto porque, na prática poderão

ocorrer as mais diversas situações, e, que somente no momento da ambientação ao sistema os

profissionais vão poder está desenvolvendo a operacionalização do mesmo.

Também deve ser considerado o receio da maioria dos profissionais em relação às mudanças,

visto que, mesmo a maioria afirmando ter o sistema de recursos humanos apto, participando de

capacitações e afirmando estarem preparados, estes ainda têm muitas dúvidas no presente

momento, e que certamente aumentarão com a implantação compulsória do sistema as demais

empresas ou contribuintes inseridas no cronograma.

Por fim, a pesquisa mostra que os profissionais estão informados, mas não verdadeiramente

capacitados para implantação do eSocial, pois o governo a anos vinha adiando a fase de

implantação de fato do sistema, porém no final de novembro de 2017 ele disponibilizou um

cronograma com a etapas e datas de implantação.

Assim, chegou-se a conclusão que, até o momento, os profissionais dispõem do que é possível

de informações, mas que estão procurando se adequar a esta nova forma de cumprimento das

obrigações.

Dessa forma, próximos estudos, que venham a ser feitos no momento de ambientação do

eSocial pelas empresas poderiam melhor esclarecer se os profissionais contábeis estão ou não

capacitados para utilizarem o sistema, uma vez que surgirão situações específicas com a prática,

com as rotinas trabalhistas no departamento de recursos humanos, e, que agora ainda não estão

totalmente esclarecidas.

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relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas

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ANEXO A – Questionário da pesquisa

Percepção do profissional responsável pelo departamento de RH das organizações

contábeis em relação à implantação do eSocial e seus impactos nas rotinas trabalhistas

1. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

2. Idade:

a) 18 a 25 anos

b) 26 a 30 anos

c) 31 a 40 anos

d) Acima de 40 anos

3. Qual o cargo que ocupa na empresa? ________________________________

4. Qual tempo de atuação na área de Recursos Humanos? __________________

5. Qual sua formação?

a) Nível Médio

b) Nível Técnico. Em que área? _____________________

c) Nível Superior. Em que área? _____________________

d) Nível Superior Incompleto. Em que área? ________________

6. Por qual meio você tomou conhecimento sobre o eSocial?

a) Não sei do que se trata

b) Internet

c) Entidades da Classe Contábil

d) Eventos ou palestras

e) Interação informal com outros profissionais

f) Outros _______________________

7. Está sendo promovida capacitação na sua empresa para utilização do sistema eSocial?

( ) Sim ( ) Não

8. Nos últimos três anos qual a carga horária média dos cursos referentes ao eSocial que o

responsável pelos recursos humanos da empresa participou?

9. Como você considera a acessibilidade à capacitação para utilização do sistema do

eSocial em Boa Vista-RR?

a) Péssima

b) Ruim

c) Boa

d) Ótima

e) Excelente

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10. De 1 a 5, quanto você considera apto o departamento de recursos humanos da sua

empresa, para utilização do eScocial?

Sendo 1, pouco apto e 5, totalmente apto.

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5

11. O departamento de recursos humanos está apto para a mudança nas rotinas trabalhistas,

devido à implantação do eSocial? Justifique.

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

12. Se o eSocial entrasse em vigor hoje, qual a nota, de 1 a 5 você atribui a sua preparação

para utilizá-lo? Sendo 1 pouco preparado e 5 totalmente preparado.

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5

13. Qual das partes envolvidas serão mais beneficiadas quando o eSocial for de fato

implementado? (Pode marcar mais de uma opção)

a) Empregador

b) Órgãos do Governo Federal

c) Responsáveis pela elaboração das informações trabalhistas

d) Trabalhador

14. No seu ponto de vista, em relação às suas rotinas diárias no departamento de recursos

humanos, quais os benefícios esperados com a implantação do eSocial? (Pode marcar

mais de uma opção).

( ) Desburocratização ( ) Simplificação no cumprimento das

obrigações acessórias

( ) Redução de custos com papel ( ) Redução de fraudes

( ) Redução de acordos informais entre

empregado e empregador

( ) Maior arrecadação tributária e

previdenciária

( ) Garantia de direitos trabalhistas e

previdenciários para o trabalhador

15. No seu ponto de vista, em relação às suas rotinas diárias no departamento de recursos

humanos, quais as dificuldades esperadas com a implantação do eSocial? (Pode marcar

mais de uma opção)

( ) Gastos com capacitação profissional ( ) Redução de acordos informais entre

empregado e empregador

( ) Conexão com a internet

( ) Mudança na cultura organizacional

( ) Prazo imediato para envio de eventos

não periódicos, como admissão, demissão e

acidente de trabalho

16. Os eventos do eSocial serão validados online, podendo ser de uma das duas formas:

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I. Gerado diretamente de sistema próprio contratado pelo empregador, ou

II. Gerado diretamente no portal do eSocial na internet http://esocial.gov.br/

Dentre as duas possíveis formas de envio, caso a legislação permitisse escolher, qual

você optaria para utilizar na sua empresa?

( ) I ( ) II

Por quê motivo

a) Facilidade

b) Custo

c) Devido o sistema da empresa não estar adaptado ao eSocial

17. O software – sistema de folha de pagamento – da sua empresa já encontra-Se apto para

as mudanças propostas pelo eSocial?

( ) Sim ( ) Não