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1 Performance de DDS como reflexo nos resultados de Segurança Julho/2015 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 9ª Edição nº 010 Vol.01/2015 julho/2015 Performance de DDS como reflexo nos resultados de Segurança Marcelly Pereira de Araújo [email protected] Gestão da Qualidade e Engenharia de Produção Instituto de Pós-Graduação - IPOG Goiânia, GO, 17 de agosto de 2014 Resumo A segurança vem tomando cada vez mais espaço nas prioridades das empresas. Manter um índice nulo de acidentes e implementar uma cultura de comportamento seguro nos funcionários são umas das maiores preocupações das empregadoras atuais. O DDS é muito utilizado entre as companhias, por ser ferramenta simples que promove alto impacto nos resultados de Segurança. Este artigo cita um estudo de caso ocorrido numa empresa do ramo sucroalcooleiro, que diante do alto índice de acidentes, em vista a grande ocorrência de acidentes de trabalho por fatores humano, decidiu melhorar a performance dos DDS realizados, padronizando-os e avaliando-o, além de implementar um controle sobre os diálogos realizados. Neste grupo, o DDS passou a ser utilizado como um veículo para promover a conscientização diária do trabalhador, visando reduzir o comportamento de risco dos mesmos. No trabalho realizado, a análise de performance de DDS nos mostrou uma correlação direta entre o número de DDS realizados e a redução de acidentes. À partir do momento que essa ferramenta foi padronizada e os diálogos realizados passaram a ser mensurados e avaliados quanto ao conteúdo, a empresa pôde focar pontualmente nos desvios, buscando alternativas complementares para garantir a melhoria contínua dos resultados encontrados. O foco na liderança primária para desenvolver essa nova fase do DDS e a absorção por parte dos colaboradores traz o desafio diário da melhoria contínua do programa, consequentemente a redução dos acidentes de trabalho. Palavras-chave: DDS. Acidente do trabalho. Comportamento de risco. Sucroalcooleiro. 1. Introdução Promover campanhas de segurança e garantir a sua sustentabilidade no setor agrícola e industrial não é tarefa fácil para os empreendedores sucroalcooleiros. A diferença operacional entre os setores, distância das frentes de trabalho, dificuldade de locomoção e disseminação das informações são barreiras que agravam a manutenção de segurança no setor. Recomendações simples como o uso correto de EPIs podem demandar dias para serem transmitidas corretamente aos operadores da operação agrícola, e mesmo a realização de uma rota simples de inspeção pela área de Segurança do Trabalho não consegue abranger completamente as duas macro áreas de trabalho (indústria e agrícola). Eliminar comportamento de risco não colabora apenas para garantir a segurança operacional nas áreas agrícola e industrial, como coloca o empreendimento conforme com a OHSAS 18001, que foi desenvolvida para ajudar as organizações a cumprirem suas obrigações de

Performance de DDS como reflexo nos resultados de Segurança · No trabalho realizado, a análise de performance de DDS nos mostrou uma correlação direta entre o número de DDS

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Performance de DDS como reflexo nos resultados de Segurança Julho/2015

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 9ª Edição nº 010 Vol.01/2015 julho/2015

Performance de DDS como reflexo nos resultados de Segurança

Marcelly Pereira de Araújo – [email protected]

Gestão da Qualidade e Engenharia de Produção

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Goiânia, GO, 17 de agosto de 2014

Resumo

A segurança vem tomando cada vez mais espaço nas prioridades das empresas. Manter um

índice nulo de acidentes e implementar uma cultura de comportamento seguro nos

funcionários são umas das maiores preocupações das empregadoras atuais. O DDS é muito

utilizado entre as companhias, por ser ferramenta simples que promove alto impacto nos

resultados de Segurança. Este artigo cita um estudo de caso ocorrido numa empresa do ramo

sucroalcooleiro, que diante do alto índice de acidentes, em vista a grande ocorrência de

acidentes de trabalho por fatores humano, decidiu melhorar a performance dos DDS

realizados, padronizando-os e avaliando-o, além de implementar um controle sobre os

diálogos realizados. Neste grupo, o DDS passou a ser utilizado como um veículo para

promover a conscientização diária do trabalhador, visando reduzir o comportamento de risco

dos mesmos. No trabalho realizado, a análise de performance de DDS nos mostrou uma

correlação direta entre o número de DDS realizados e a redução de acidentes. À partir do

momento que essa ferramenta foi padronizada e os diálogos realizados passaram a ser

mensurados e avaliados quanto ao conteúdo, a empresa pôde focar pontualmente nos

desvios, buscando alternativas complementares para garantir a melhoria contínua dos

resultados encontrados. O foco na liderança primária para desenvolver essa nova fase do

DDS e a absorção por parte dos colaboradores traz o desafio diário da melhoria contínua do

programa, consequentemente a redução dos acidentes de trabalho.

Palavras-chave: DDS. Acidente do trabalho. Comportamento de risco. Sucroalcooleiro.

1. Introdução

Promover campanhas de segurança e garantir a sua sustentabilidade no setor agrícola e

industrial não é tarefa fácil para os empreendedores sucroalcooleiros. A diferença operacional

entre os setores, distância das frentes de trabalho, dificuldade de locomoção e disseminação

das informações são barreiras que agravam a manutenção de segurança no setor.

Recomendações simples como o uso correto de EPIs podem demandar dias para serem

transmitidas corretamente aos operadores da operação agrícola, e mesmo a realização de uma

rota simples de inspeção pela área de Segurança do Trabalho não consegue abranger

completamente as duas macro áreas de trabalho (indústria e agrícola).

Eliminar comportamento de risco não colabora apenas para garantir a segurança operacional

nas áreas agrícola e industrial, como coloca o empreendimento conforme com a OHSAS

18001, que foi desenvolvida para ajudar as organizações a cumprirem suas obrigações de

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segurança e saúde ocupacional de modo eficiente. Trata-se de um pacote de especificações de

auditorias desenvolvidas compatível com as ISOs 9001 e 14001, que ajudam a empresa a se

planejar na identificação de perigos, avaliação e controle de riscos.

As empresas tem buscado investir em ferramentas simples e eficazes para influenciar pessoas,

tais como o uso de DDS. Implantar cultura de segurança nos trabalhadores requer uma longa

jornada, que compete à liderança definir estratégias, tendo disciplina para cumpri-las.

O estudo que se apresenta neste trabalho é direcionado para a análise de performance de DDS,

avaliando como o mesmo reflete nos resultados de Segurança. O empenho na pesquisa surgiu

visando avaliar qual o seu impacto nos resultados de segurança de uma empresa

sucroalcooleira instalada em Minas Gerais.

Além da redução no índice de acidentes, um ganho lateral é a melhoria de comunicação entre

a liderança primária e equipe operacional (operadores de máquinas e equipamentos industriais

e/ou agrícolas), ambos focados em prolongar o número de dias sem acidentes no setor

sucroalcooleiro. Esse esforço bilateral paulatinamente se transforma em cultura, garantindo a

perpetuidade do comportamento seguro na empresa.

O objetivo geral do estudo é analisar a performance de DDS como reflexo nos resultados de

Segurança numa empresa do ramo sucroalcooleiro que decidiu utilizar esta ferramenta para

reduzir o número de acidentes através de diálogos assertivos realizados pela própria liderança

operacional.

2. Revisão Bibliográfica

2.1. Acidente de Trabalho

Obter um índice de zero acidente é meta comum para qualquer empregador quando se fala em

segurança do trabalho. Acredita-se pelo senso comum que acidentes de trabalho são aqueles

eventos que provocam lesões, ferimentos ou morte do segurado. Mas o mesmo pode ocorrer

quando não houver estas causas.

"Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da

empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.

11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a

morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o

trabalho" (art. 19 da Lei nº 8.213/91).

Acidentes de trabalho registrados são aqueles cujas comunicações são protocolizadas e

caracterizadas pelo INSS. Abrangendo a conceituação descrita acima, além do acidente de

trabalho típico, por expressa determinação legal, as doenças profissionais e/ou ocupacionais

equiparam-se a acidentes de trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:

Doença Profissional: aquelas que são adquiridas em determinados ramos de atividade e que

são resultantes das condições especiais em que o trabalho é realizado;

O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído

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diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o

trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de

trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao

trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de

trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua

atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou

proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro

de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de

locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o

meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras

necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no

exercício do trabalho.

O acidente é um fato que nenhuma empresa gostaria de vivenciar devido ao impacto

social/emocional que este evento pode provocar na vítima bem como as várias preocupações

legais que podem repercutir para o empreendimento. A empresa deve comunicar o acidente

do trabalho ocorrido com seu empregado havendo ou não afastamento do trabalho, até o

primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. E, em caso de morte, deve informar de imediato à

autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo de

salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas residências, aplicada e cobrada na

forma do artigo 286 do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovada pelo Decreto nº

3.048 de 6 de maio de 1999.

Os acidentes do trabalho devem ser comunicados por meio da CAT (Comunicação de

Acidente de Trabalho), sendo apresentado de três maneiras:

Inicial: correspondente ao registro do acidente de trabalho típico ou de trajeto e doença

profissional ou de trabalho.

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Reabertura: correspondente ao reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de

lesão de acidentes ou doença profissional ou do trabalho, já comunicada anteriormente ao

INSS.

Comunicação de óbito: correspondente a falecimento decorrente de acidente ou doença

profissional, ocorrido após e emissão do CAT inicial.

Esses acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. Nos acidentes menos

graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior a quinze dias, o

empregador deixa de contar com a mão de obra temporariamente afastada em decorrência do

acidente e tem que arcar com os custos econômicos da relação de empregado. O acidente

repercutirá ao empregador também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP da

empresa, nos termos do art. 10 da Lei nº 10.666/2003.

Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional

do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença

acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria

por invalidez e pensão por morte. Estima-se que a Previdência Social gastou, só em 2010,

cerca de 17 bilhões de reais com esses benefícios.

Além do aspecto financeiro sofrido pela companhia e Estado, através do pagamento de

multas, indenizações, aumento do SAT (Seguro do Acidente de Trabalho), custos processuais

e indenizações, outras formas de prejuízo podem ser levantadas com os envolvidos:

Impactos psicológicos: paralelo à dificuldade de reintegração da própria

vítima e o receio de desligamento da mesma, os outros funcionários podem se

sentir em um ambiente inseguro provocando baixa produtividade.

Impactos na imagem da empresa: através da exposição na mídia como uma

empresa de condições inseguras de trabalho.

As consequências destes eventos vão além dos impactos listados, abrangendo envolvidos

indiretos, como a família que vivencia todo o sofrimento do acidentado.

Todo o trabalhador no exercício de sua profissão está sujeito a um acidente do trabalho, sendo

que algumas funções ficam expostas mais que as outras. Os principais agentes de risco

operacional relacionados à segurança do trabalho são: físico, químicos, mecânicos,

biológicos, ergonômicos e mais recentemente surgiu uma nova classificação, denominada por

riscos psicossociais, em razão da crescente exposição do trabalhador a situações de stress.

Como pôde ser visto as perdas relacionadas ao acidente de trabalho vão além da esfera

financeira, e por isso os agentes de risco operacional devem ser mitigados

incondicionalmente. As empresas perdem muito com os acidentes de trabalho, e por isso

devem reduzir de forma expressiva os riscos e a ocorrência de acidentes, adotando medidas

que tornem as atividades mais seguras e investindo na conscientização dos seus funcionários.

Neste sentido, atuar pela prevenção é a melhor recomendação, podendo ser feita através de

ações simples e sem custo, como o DDS.

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2.2. O comportamento de risco como causa de Acidentes de Trabalho

Todo e qualquer acidente de trabalho possui um conjunto de causas raízes potenciais,

podendo ocorrer pela soma de comportamentos de risco e/ou condições inseguras. De acordo

com Zocchio (2002:05), a maioria dos acidentes de trabalho acontece por influência do

homem: Tudo se origina do homem e do meio: do homem por meio de características que lhe

são inerente, fatores hereditários, sociais e de educação, que são prejudiciais

quando falhos; o meio, com os riscos que lhe são peculiares, ou que nele são

criados, e que requerem ações e medidas corretas por parte do homem para que

sejam controlados, neutralizados e não transformem em fontes de acidentes. Assim

começa a seqüência de fatores, com o homem e o meio como os dois únicos fatores

inseparáveis de toda a série de acontecimentos que dá origem ao acidente e a todas

as suas indesejáveis consequências. (ZOCCHIO, 2002:05).

2.2.1. Comportamento de Risco

O comportamento de risco é definido como causas de acidentes de trabalho que residem

exclusivamente no fator humano, que decorrem da execução de tarefas de forma contrária às

normas de segurança.

O comportamento de risco depende da não observância das normas de segurança do trabalho,

ou seja, do homem agir de forma correta, observando seus atos e corrigindo quando

necessário. Como os comportamentos inseguros dependem do homem, os mesmos são

tratados segundo Zocchio (2002), como:

Atos conscientes, onde as pessoas sabem que estão se expondo ao perigo;

Atos inconscientes, aqueles que as pessoas desconhecem o perigo a que se expõem;

Atos circunstanciais, quando as pessoas, independente de conhecerem ou não o

perigo, cometem a ação insegura.

Podemos citar 3 grandes grupos de causas do comportamento de risco, conforme De

Cicco (1982:07), explica:

Inadequação entre homem e função:

Alguns trabalhadores apresentam comportamento de risco por não apresentarem aptidões

necessárias para o exercício da função. Um operário com movimentos excessivamente

lentos poderá se comportar de forma insegura, aparentemente por distração ou falta de

cuidado, mas, pode ser que a máquina que ele opere exija movimentos rápidos.

Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los:

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É comum um operário se comportar de maneira insegura simplesmente por não saber

outra forma de realizar a operação ou mesmo por desconhecer os riscos a que se está

expondo. Trata-se, pois, de uma exposição inconsciente ao risco.

Desalinhamento entre empregados e liderança:

O comportamento de risco se relaciona com certas condições específicas de trabalho, que

influenciam o desempenho do indivíduo. Incluem-se, nesta categoria, problemas de

relacionamento com chefia e/ou colegas, política salarial e promocional imprópria, clima

de insegurança com relação à manutenção do emprego, etc. Tais problemas interferem

com o desempenho do trabalhador, desviando sua atenção da tarefa, expondo-o, portanto,

a acidentes.

Para evitar o comportamento de risco recomenda-se monitorar o número de acidentes,

registros de quase acidentes por colaborador, relatórios de visitas técnicas mencionando as

não conformidades por funcionário, levantando os motivos principais que levaram o

colaborador a praticá-lo e eliminando-o através de treinamentos, palestras, DDS, dinâmicas na

SIPAT, focando principalmente na conscientização do empregado.

Conforme visualizado acima, muitos acidentes são atribuídos a falhas humanas, representadas

por desatenção, descuido, brincadeira e incapacidade. Porém estudiosos de comportamento

humano afirmam que para ocorrer a negligencia de um colaborador, houve anteriormente uma

série de decisões organizacionais que criaram condições para o acidente ocorrer, estas são

conhecidas por condições inseguras (BOUNASSAR, 2007).

2.2.2 Condições Inseguras

De acordo com Zocchio (2002), condições inseguras nos locais de trabalho são falhas,

defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivo de segurança, desorganização que

comprometem a segurança do trabalhador.

Por muitas vezes as condições inseguras estão ligadas diretamente com o comportamento de

risco, pois os funcionários verificam tais fatores e mesmo assim realizam a tarefa, podendo

ocasionar o acidente. O funcionário deve avisar sua liderança sobre qualquer precariedade nas

condições de trabalho e se recusar a executar o serviço para a sua própria proteção. É possível

ter várias condições inseguras, abaixo algumas de mais ocorrência:

Falta de proteção em máquinas e equipamentos;

Proteções inadequadas ou defeituosas;

Deficiência em equipamentos e ferramentas;

Falta de cultura 5S;

Escassez de espaço;

Passagens perigosas e/ou obstruídas;

Defeito nas edificações;

Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas;

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Iluminação inadequada;

Ventilação inadequada;

Falta de equipamento de proteção individual (EPI);

Falta ou falha de manutenção.

O papel da supervisão e área de segurança do trabalho nas empresas é justamente identificar e

eliminar estas condições inseguras. Encarregados e supervisores que devem analisar essas

condições antes de ocorrer o acidente e tomar as devidas ações para corrigir, conforme relata

Filho (1974:479,480): O supervisor, em contato diário com seus subordinados, está em excelente posição

para atuar junto a eles, a fim de que adquiram “mentalidade de segurança”, evitando,

assim, a prática de atos inseguros; de outro lado, é responsável também pela

remoção das condições inseguras existentes em sua área de trabalho (FILHO,

1974:479,480).

2.3. Importância do DDS – Diálogo Diário de Segurança

O Diálogo Diário de Segurança é um programa de segurança muito utilizado por várias

empresas de diversos segmentos, para a prevenção de acidentes e conscientização dos

empregados (FILHO, 1999:01).

De acordo com Zocchio (2002), o DDS é um instrumento de eficácia incontestável das

atividades prevencionistas para a segurança e saúde do funcionário. Trata-se de uma

ferramenta de fácil aplicação em qualquer área e tipo de trabalho, por se tratar de conversas

diárias entre os funcionários, além de possuir baixo custo de aplicação.

Este programa consiste em uma reunião recomendada antes do início das atividades diárias na

empresa, para discussão e instruções básicas de assuntos ligados à segurança no trabalho que

devem ser utilizadas e praticadas por todos os participantes, proporcionando a implantação de

cultura de segurança nas diversas áreas. São reuniões rápidas de aproximadamente 5 a 15

minutos, realizadas diariamente no local de trabalho pelos supervisores, encarregados, líderes

de cada área, para discutir assuntos relativos aos riscos de incidentes e prevenção dos

mesmos, bem como discutir acidentes caso tenham ocorridos. Sabe-se que a maioria dos

acidentes estão relacionados à fatores humanos, ou seja, aos comportamentos de risco. Desta

forma, este programa tem potencial para influenciar na redução de acidentes no segmento

sucroalcooleiro, pois foca na conscientização dos trabalhadores.

Zocchio (2002:121) cita que:

“O chefe que tem por hábito dialogar com os subordinados sobre segurança do

trabalho, corrigindo falhas e ensinando a maneira segura de executar as tarefas, além

de prevenir acidentes, promove, ao mesmo tempo, o equilíbrio da produtividade nas

atividades sob sua responsabilidade.” (ZOCCHIO, 2002:121).

Os assuntos abordados no DDS são direcionados pelo departamento de segurança do trabalho,

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definindo as estratégias semanais para cada área de trabalho, conforme as necessidades

levantadas através da análise de reportes de incidentes e/ou ocorrência de acidentes. O

registro é realizado via lista de presença com o tema abordado e o executante.

A utilização do DDS como recurso para conscientizar os trabalhadores sobre percepção de

risco e comportamento seguro é fundamental. Muitos colaboradores estão viciados em

enxergar os problemas crônicos de segurança como parte natural do processo e ainda não tem

a consciência de que a segurança do trabalho é importante, e que os próprios funcionários são

os mais prejudicados quando sofrem algum acidente do trabalho. Este comportamento

dificulta os trabalhos de prevenção nas empresas, devido a resistência dos mesmos quanto ao

uso de equipamento de proteção individual e ao cumprimento de normas.

O DDS contribui de forma significativa para a conscientização dos funcionários, pois através

dele, a liderança demonstra que além de estarem preocupados com a produção, eles também

dão importância para a segurança do trabalho. Outro fator importante é a interação

proporcionada pela equipe, aumentando a probabilidade de comprometimento de todos com a

área de Segurança. Desta forma o principal objetivo do DDS é a conscientização do

funcionário quanto à segurança para que haja uma prevenção e redução dos acidentes ao

funcionário.

2.3.1. Gerenciamento do Diálogo Diário de Segurança

Algumas ações devem ser tomadas e observadas para se obter um resultado positivo com o

programa do DDS:

a) Buscar temas pertinentes às dificuldades de cada área nos quesitos de segurança.

Reforçar as ocorrências de acidentes em todos os setores;

b) Criar condições para que os empregados possam trocar informações, expor idéias,

sugestões, dúvidas relacionadas à segurança. Tendo sempre em foco o objetivo do

DDS.

c) Planejar sobre o tema a ser discutido, atentando ao local que sera realizado,

incentivando a participação dos envolvidos, convidando-os para conduzirem o DDS;

d) Deixar claro aos empregados o que é DDS, qual o seu objetivo e funcionamento, e a

importância da participação de todos;

e) Expor o assunto de forma clara e objetiva, com linguagem adequada, considerando o

nível de absorção por parte dos participantes;

f) Envolver outras áreas para falar sobre temas técnicos, convidando profissionais da

saúde, engenharia, psicologia e técnicos;

g) Concluir a ideia central do DDS, dando oportunidade para exposição de idéias, com o

cuidado para que nao vire promessas, pois se a mesma não for cumprida o DDS

poderá perder a credibilidade;

h) Realizar o registro do DDS, utilizando uma lista que deverá constar a data, duração,

local, assunto abordado, nomes e assinatura dos participantes.

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O fluxograma de realização do DDS nas empresas segue a sistemática abaixo (Figura 1):

Figura 1: Fluxograma de realização do DDS.

Fonte: Imagem coletada pelo autor

3. Materiais e Métodos

O trabalho foi realizado no período de 01 de janeiro de 2014 a 31 de julho de 2014, numa

empresa do ramo sucroalcooleiro de Minas Gerais. Os principais produtos produzidos são

etanol, o açúcar e a energia elétrica, gerada a partir da queima do bagaço da cana.

Conforme Rodrigues (2007), este trabalho pode ser definido como uma pesquisa de campo,

na medida em que procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no

real, à coleta de dados referentes a esses fatos e fenômenos e, finalmente, à análise e

interpretação desses dados, que somado às fontes de consulta, pode ser definida como uma

pesquisa bibliográfica. Segundo Gil (1991), apud Silva (2001), pode ainda ser caracterizado

com uma pesquisa descritiva, pois busca a resolução de problemas, melhorando as práticas

por meio da observação, da análise e de descrições objetivas. Esse tipo de pesquisa envolve o

uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, por exemplo, questionários para

identificação do conhecimento e observação sistemática, apoiando as conclusões numa

perspectiva qualitativa, sendo o ambiente natural à fonte direta para coleta de dados e o

pesquisador o instrumento-chave. Por fim, a pesquisa trata-se como um estudo de caso,

envolvendo uma análise de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento

(GIL, 1991).

O presente estudo foi realizado em 6 (seis) etapas. A primeira etapa refere-se ao

planejamento da pesquisa e a realização de revisão bibliográfica de trabalhos ligados à

temática da segurança do trabalho no ramo sucroalcooleiro. Implica enfatizar que a escolha

pelo ramo deve-se ao fato desta estar instalada no Estado de Minas Gerais, local em que a

O departamento de segurança do trabalho passa

os temas para a liderança.

Os líderes se preparam no

tema e reúne a equipe antes de

iniciar o trabalho.

O líder realiza o diálogo com a

equipe durante 5 a 10 minutos sobre o tema.

O líder coleta as assinaturas dos participantes na lista de presença

e libera para suas respectivas

atividades.

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pesquisadora reside, o que facilitou a realização do estudo iniciado no mês de janeiro de 2014

para conhecimento do negócio e levantamento dos dados do ramo sucroalcooleiro-alvo.

No decorrer do referido mês, foi dado início à segunda etapa do estudo caracterizada pelo

levantamento dos registros de DDS realizados por mês no ano de 2013, com confecção dos

gráficos e planilhas necessárias para o acompanhamento da performance.

No mês de fevereiro 2014 foi iniciada a terceira etapa da pesquisa, com a quantificação de

DDS por líder x acidentes ocorridos no mês. O instrumento usado para a coleta de dados foi

um formulário para registro de DDS nas frentes de trabalho de todos os envolvidos no

diálogo. Os líderes com baixa performance em DDS eram convocados mensalmente para

reunião com a Diretoria e Gerentes para discussão da importância da ferramenta.

Gradativamente, o trabalho foi se desenvolvendo até o seu término.

Ao ser recolhido o formulário, em seguida, foi feita a tabulação dos dados coletados por meio

de planilhas eletrônicas, o que possibilitou o tratamento estatístico dos dados numéricos para

a geração de informações representadas graficamente (quarta etapa).

Para a avaliação das condições do DDS realizado no ramo sucroalcooleiro-alvo, realizou-se

uma verificação in loco nas frentes de trabalho, quanto à forma que os Líderes executavam os

diálogos de segurança com a sua equipe, permitindo uma avaliação qualitativa. (terceira

etapa).

Posteriormente, foi feita uma análise dos dados levantados e uma discussão com base nos

resultados obtidos, os resultados eram apresentados na reunião semanal do time de gerentes e

diretoria para análise, tomadas de decisões e estratégias (quinta etapa). Já os dados obtidos

pela avaliação qualitativa (visita in loco), permitiu a elaboração de cadernos de DDS para

cada líder das frentes de trabalho (sexta etapa).

O objetivo da pesquisa foi alcançado por meio da definição de variáveis-chave, que

permitiram descrever aspectos de baixa performance de DDS por parte dos líderes que tinham

colaboradores envolvidos em acidentes de trabalho, visando melhoria qualitativa e

quantitativa na busca da redução dos acidentes.

4. Resultado e Discussão

4.1. Impacto do DDS na Performance de Segurança

A principal caracteristica do DDS é a simplicidade da ferramenta e o custo zero, tendo altas

expectativas quanto ao retorno na redução de acidentes, na busca prioritária que é a

conscientização de trabalhadores no quesito segurança do trabalho.

À exemplo de sucesso do uso dessa ferramenta, no estado de Minas Gerais empresas do

segmento sucroalcooleiro investiu em DDS e teve grandes resultados na redução de acidentes.

Organizado para promover, em conjunto com outras ações, o desenvolvimento da cultura

organizacional de segurança, o DDS, reune em toda entrada de turno os funcionários da área

industrial diariamente para uma conversa sobre temas de segurança. Já na área agrícola são

reunidos por frentes de trabalho com os seus respectivos líderes para conversar sobre

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segurança por até 15 minutos sobre temas previamente estabelecidos.

O DDS esta em funcionamento desde a fundação da empresa, porém em 2014 começou a ser

monitorado, realizando acompanhamento de performance por líder, na busca de melhoria

qualitativa e quantitativa. Exatamente no mês de Janeiro em diante iniciou-se o

monitoramento dos DDS realizados por líder de cada área, sendo os resultados apresentados

mensalmente na reunião semanal do time de gerentes e diretoria para análise, tomadas de

decisões e estratégias. O líder que apresentasse o número de DDS realizado mensalmente

inferior a vinte, era convocado pelo Diretor da unidade para uma reunião de alinhamento no

qual era exibido a importância do programa de DDS e a sua responsabilidade perante a

multiplicação da ferramenta.

No fechamento estatístico mensal, todos os líderes que tiveram colaboradores envolvidos em

acidentes, tinham o seu relatorio de performance de DDS analisados. Coincidentemente todos

apresentavam baixa performance, o que denotava a falta de comprometimento com segurança

do trabalho.

A medida que monitoramento foi evoluindo, os resultados de segurança começaram a ter

evidências perceptíveis e o índice de acidentes vem caindo sensivelmente desde o início da

safra 2014. O número de DDS realizados por mês aumentaram significativamente, conforme

demonstrado na figura 2, o que vem impactando nos resultados de redução de acidentes

obtidos. No mês de Julho 2014, por exemplo, nao foi registrado nenhum acidente na empresa,

reflexo do empenho que vem sendo dedicado ao programa de DDS. Na tabela 1 é possível

ver claramente a correlação do volume de DDS realizado por mês e a redução dos acidentes.

Figura 2: Performance de DDS período Janeiro 2013 à Julho 2014

Fonte: Dados produzidos pelo autor (2014)

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Ano 2014

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

DDS 304 407 650 563 1312 2105 2093

Acidentes 1 5 4 2 2 2 0

Tabela 1: Performance de DDS período Janeiro 2014 à Julho 2014 x Acidentes

Fonte: Dados produzidos pelo autor (2014)

A empresa em estudo já se tornou referência na área e tem alcançado resultados positivos no

dia a dia. Em 2014 a unidade industrial chegou a completar 326 dias sem acidentes, sendo o

seu recorde 559 dias, resultado este positivo perante as empresas do setor sucroalcooleiro, e

assim nos ajuda a comprovarmos a importância do DDS para o segmento. Na busca de

melhores resultados, implantou-se o caderno de DDS nas áreas, com temas definidos

conforme as particularidades do setor, essa implementação surgiu após quatro meses de

acompanhamento de performance do DDS por líder, o principal objetivo dessa prática é

atingirmos resultados com mais qualidade.

Com base no Diálogo Diário de Segurança, a empresa para despertar a consciência sobre a

necessidade de prevenção de acidentes do trabalho, desde o início de 2014, implantou reunião

mensal com a liderança que tiveram colaboradores envolvidos em acidentes e os respectivos

acidentados, realizada na safra, que tem o objetivo de criar um forum de discussão das

possíveis falhas, apresentação de idéias, dúvidas, dificuldades relacionadas à segurança,

apresentação dos dados estatístiscos e o seu entendimento. Esses encontros tem

proporcionado uma aproximação da liderança com a segurança, tornando um elo forte com a

gerência na busca de apoio na operação segura.

5. Conclusão

Os resultados de segurança de uma empresa são conquistados com bastante disciplina, porém

a jornada é longa. Algumas ferramentas podem ser usadas para se visualizar os passos a serem

dados, sendo a usada neste estudo a performance do DDS.

Conclui-se que o DDS é uma ferramenta simples, de fácil aplicação. Logicamente, trata-se de

um instrumento valioso para a conscientização dos trabalhadores na prevenção de acidentes, e

que todas as empresas não só do segmento sucroalcooleiro, mas também dos outros setores

deveriam adotá-lo, mensurando, pois ele é de baixo custo e eficaz, de grande importância para

o desenvolvimento de uma cultura de prevenção de acidentes do trabalho e para a valorização

da vida, promovendo a interação entre os funcionários e reduzindo os custos que as empresas

e o governo têm com os acidentes.

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Este trabalho mostra que o caminho que a empresa tem percorrido não é mais tão obscuro,

assim os passos podem ser dados com mais ênfase nas ferramentas de segurança já adotadas,

sempre levando em conta o seu gerenciamento.

Referências

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