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14 Sanidade Suínos & Cia Ano VII - nº 43/2012 Ecologia de doenças infecciosas aplicada no diagnóstico, controle e erradicação de doenças em suínos Médico-veterinário 1 Doutorando da Universidade de Minnesota 2 MBA em Gestão Empresarial 3 Mestre em Patologia Animal - UFMG 4 Fabio Vannucci 1, 2, 4 [email protected] Daniel Linhares 1, 2, 3 [email protected] Os programas controle devem ter objetivos claros e específicos, como, por exemplo, a produção de leitões desmamados, testando negativos para Mycoplasma hyopneumoniae em PCR de swab nasal Introdução No sistema de produção de suínos, lucratividade e sanidade andam juntas no sentido de maximizar a produtividade do sistema. Suínos modernos devem crescer em um ambiente confortável e com míni- ma exposição a agentes patogênicos. Des- ta forma, é possível explorar ao máximo a capacidade de produção e alcançar o sucesso econômico desejado. O papel do sanitarista é entender profundamente os desafios sanitários do sistema de produ- ção e decidir quais ferramentas podem ser usadas de forma economicamente viável Parte III: Controle e eliminação de agentes infecciosos em sistema de produção de suínos para a otimização do nível de saúde dos animais, ou seja, quais doenças serão con- troladas e quais serão eliminadas de cada população. Para atingir este objetivo, é necessário um diagnóstico preciso dos pa- tógenos circulantes no sistema, bem como o entendimento da origem da infecção e suas formas de transmissão. O presente artigo constitui a ter- ceira parte de uma série de publicações em que foram explorados tópicos envol- vendo a origem, evolução e mecanismos de transmissão de patógenos (Parte 1 – Edição 41 de Suínos & Cia) e uma vi- são global de diagnóstico na produção de suínos (Parte 2 – Edição 42 de Suínos & Cia). Esses temas previamente discutidos nos permitem chegar à parte final desta sé- rie, abordando especificamente o controle e a eliminação de agentes infecciosos em granjas de suínos (Parte 3). Controle ou eliminação? Um programa de eliminação de patógenos requer conhecimento preci- so sobre os pilares descritos na tabela 1. Agentes infecciosos de importância eco- nômica na suinocultura mundial que não se adequam serão listados abaixo. Por- tanto, não estamos prontos, no momento, para planejar um programa de eliminação destes agentes. Estratégias para controle Quando a eliminação de agentes infecciosos não é possível, sistemas de produção adotam estratégias para con- trolar o nível de infecção, minimizan- do a manifestação de sinais clínicos e diminuindo a excreção de determinado patógeno e, consequentemente, sua dis- seminação. Tais programas de controle devem ter objetivos claros e específicos, como, por exemplo, a produção de lei- tões desmamados, testando negativos para Mycoplasma hyopneumoniae em PCR de swab nasal, minimizando níveis populacionais do patógeno e, consequen- temente, reduzindo níveis de transmissão horizontal na fase de crescimento. Algumas estratégias documenta- das para controle de patógenos são descri-

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Estratégias para controle Introdução Médico-veterinário 1 Doutorando da Universidade de Minnesota 2 MBA em Gestão Empresarial 3 Mestre em Patologia Animal - UFMG 4 suínos (Parte 2 – Edição 42 de Suínos & Cia). Esses temas previamente discutidos nos permitem chegar à parte final desta sé- rie, abordando especificamente o controle e a eliminação de agentes infecciosos em granjas de suínos (Parte 3). Fabio Vannucci 1, 2, 4 [email protected] 14

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Sanidade

Suínos & Cia Ano VII - nº 43/2012

Ecologia de doenças infecciosas aplicada no diagnóstico, controle e erradicação de doenças em suínos

Médico-veterinário 1

Doutorando da Universidade de Minnesota 2

MBA em Gestão Empresarial 3

Mestre em Patologia Animal - UFMG 4

Fabio Vannucci 1, 2, 4

[email protected] Linhares 1, 2, 3

[email protected]

Os programas controle devem ter objetivos claros e específicos, como, por exemplo, a produção de leitões desmamados, testando negativos para Mycoplasma hyopneumoniae em PCR de swab nasal

Introdução

No sistema de produção de suínos, lucratividade e sanidade andam juntas no sentido de maximizar a produtividade do sistema. Suínos modernos devem crescer em um ambiente confortável e com míni-ma exposição a agentes patogênicos. Des-ta forma, é possível explorar ao máximo a capacidade de produção e alcançar o sucesso econômico desejado. O papel do sanitarista é entender profundamente os desafios sanitários do sistema de produ-ção e decidir quais ferramentas podem ser usadas de forma economicamente viável

Parte III:Controle e eliminação de agentes infecciosos em

sistema de produção de suínospara a otimização do nível de saúde dos animais, ou seja, quais doenças serão con-troladas e quais serão eliminadas de cada população. Para atingir este objetivo, é necessário um diagnóstico preciso dos pa-tógenos circulantes no sistema, bem como o entendimento da origem da infecção e suas formas de transmissão.

O presente artigo constitui a ter-ceira parte de uma série de publicações em que foram explorados tópicos envol-vendo a origem, evolução e mecanismos de transmissão de patógenos (Parte 1 – Edição 41 de Suínos & Cia) e uma vi-são global de diagnóstico na produção de

suínos (Parte 2 – Edição 42 de Suínos & Cia). Esses temas previamente discutidos nos permitem chegar à parte final desta sé-rie, abordando especificamente o controle e a eliminação de agentes infecciosos em granjas de suínos (Parte 3).

Controle ou eliminação?

Um programa de eliminação de patógenos requer conhecimento preci-so sobre os pilares descritos na tabela 1. Agentes infecciosos de importância eco-nômica na suinocultura mundial que não se adequam serão listados abaixo. Por-tanto, não estamos prontos, no momento, para planejar um programa de eliminação destes agentes.

Estratégias para controle

Quando a eliminação de agentes infecciosos não é possível, sistemas de produção adotam estratégias para con-trolar o nível de infecção, minimizan-do a manifestação de sinais clínicos e diminuindo a excreção de determinado patógeno e, consequentemente, sua dis-seminação. Tais programas de controle devem ter objetivos claros e específicos, como, por exemplo, a produção de lei-tões desmamados, testando negativos para Mycoplasma hyopneumoniae em PCR de swab nasal, minimizando níveis populacionais do patógeno e, consequen-temente, reduzindo níveis de transmissão horizontal na fase de crescimento.

Algumas estratégias documenta-das para controle de patógenos são descri-

SAC 0800 70 70 512 - www.msd-saude-animal.com.brA orientação do Médico Veterinário é fundamental para o correto uso dos medicamentos.

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