42
CAFÉ DA MANHÃ COM LÍDERES DE JOVENS - IEADSJP 20 de Julho de 2013 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA IGREJAS Prof. Ms. Natalino das Neves www.natalinodasneves.blogspot.com.br

Planejamento estratégico para igrejas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Palestra proferida para líderes de jovens da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de São José dos Pinhais - IEADSJP.

Citation preview

Page 1: Planejamento estratégico para igrejas

CAFÉ DA MANHÃ COM LÍDERES DE JOVENS - IEADSJP

20 de Julho de 2013

 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PARA IGREJAS

Prof. Ms. Natalino das Neveswww.natalinodasneves.blogspot.com.br

Page 2: Planejamento estratégico para igrejas

INTRODUÇÃO• Muitos líderes tem motivação para liderar e boas ideias,

todavia, na hora de colocar em prática, surgem os questionamentos:

• O que fazer? • Por onde começar? • Onde chegaremos?

• Segundo Barna (1992, p.11), “o pastor comum é preparado somente em matérias relacionadas com a religião. [...] A necessidade de aplicação das ferramentas de Marketing pelas igrejas se explica pela concorrência gerada pelo anseio cada vez maior do homem”.

• Por isso, é importante ter pessoas que auxiliem no planejamento, alguém para colocar no papel os propósitos, os objetivos, as metas e as estratégias.

Page 3: Planejamento estratégico para igrejas

A IGREJA

E O

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Page 4: Planejamento estratégico para igrejas

A IGREJA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

• Calendário anual de programas e eventos não é planejamento estratégico.

• Por onde começar o planejamento?

• Pessoas com visão nem sempre são bons em planejamento e gestão.

• A primeira pessoa que você deve comunicar a intenção de elaborar o planejamento para a igreja é Deus.

• O exemplo de planejamento deve vir da direção da igreja.

Page 5: Planejamento estratégico para igrejas

• Muitas igrejas tem direcionado todo seu potencial para a realização de programas e atividades, porém sem planejamento.

• Igrejas movidas por programações geralmente têm líderes com ativismo desenfreado e “louco”, sem foco nos propósitos principais da igreja.

• Pessoas desorganizadas tem uma tendência a culpar outras pessoas pelos erros e fracassos.

A IGREJA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Page 6: Planejamento estratégico para igrejas

• Igrejas sem planejamento tem uma tendência a ter:

• Crise na liderança; • Escolas bíblicas fracas em conteúdo; • Relacionamento superficial entre seus membros;• Crentes com problemas espirituais e emocionais não tratados;• Entre outros.

• Shawchuck et alii (1992, p.68) afirmam que igrejas amigáveis e acolhedoras são voltadas às pessoas e não a programas.

A IGREJA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Page 7: Planejamento estratégico para igrejas

• Shawchuck et alii (1992, p.211) apresentam 03 princípios para o sucesso de planejamento estratégico nas igrejas:1. Simplicidade – quanto mais simples mais fácil para os membros

participarem (- resistência).2. Naturalidade – o planejamento deve levar em conta a cultura,

experiências anteriores e as habilidades das pessoas – especificidade da igreja.

3. Participação – as pessoas tendem a apoiar aquilo que ajudaram a criar. Portanto, quanto maior participação, melhor.

• Entretanto, não basta planejar é preciso ação e acompanhamento dos resultados.

A IGREJA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Page 8: Planejamento estratégico para igrejas

“Nos dias atuais,

a igreja está numa grande

disputa pelo tempo das pessoas.”

George Barna

Page 9: Planejamento estratégico para igrejas

MISSÃO, VISÃO E VALORES

Page 10: Planejamento estratégico para igrejas

MISSÃO

• Razão de existir da igreja.

• Moriguchi (1993, p.17) afirma que as organizações surgem para atingir algum propósito, ou seja, para aquilo que foram criadas.

• Deve refletir a essência do ministério a ser desenvolvido na igreja e pode ser descrita em uma ou duas frases.

• Orienta a atuação de todos departamentos da igreja em busca de um objetivo comum.

Page 11: Planejamento estratégico para igrejas

MISSÃO

• Base bíblica a ser considerada na definição da missão:

• O grande mandamento (Mt 22:37);

• A grande comissão (Mt 28:19-20);

• Pregar e ensinar o evangelho, fazer discípulos (Mt 28:19-20, Mc 16:15);

• Servir ao próximo (Mt 20:28, Jo 13:15, 17:18);

• Glorificar a Deus (Mt 5:16, Rm 15:5-6, I Co 6:19-20, 10:31).

Page 12: Planejamento estratégico para igrejas

EXEMPLOS DE DEFINIÇÕES DE MISSÃO DE IGREJAS

“Ir ao mundo para levar Cristo às pessoas e trazer as pessoas à igreja para ensiná-las a ser discípulos.”

“Adorar ao Senhor, fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele mandou, por meio da palavra, sinais e

ações, levando-os a viver uma vida de comunhão uns com os outros e à prática dos valores do reino de Deus em suas vidas, a fim de impactar as

pessoas e a sociedade com o poder do evangelho.”

“Adorar a Deus, ir ao mundo e fazer discípulos de Jesus, e desenvolver uma igreja baseada na adoração, discipulado, ensino, comunhão e

serviço.”

“Ir ao mundo, fazer discípulos e ser uma igreja viva na adoração e na comunhão, atuando na sociedade por meio de pessoas restauradas e

comprometidas com Deus.”

Fonte: www.igrejaintegrada.com.br

Page 13: Planejamento estratégico para igrejas

VISÃO E VALORES

• Os valores devem refletir as crenças da organização, aquilo que ela valoriza.

• Definem como os membros da organização deve se proceder.

• O grupo de valores é o alicerce para a visão da organização.

• Ver exemplo de valores bíblicos (BARNA, 1997, p. 104).

• A visão deve vir de Deus. Ela impulsiona o ministério e torna a igreja mais eficiente por causa de sua focalização (BARNA, 1997, p. 146-148).

Page 14: Planejamento estratégico para igrejas

“Visão é um modo de encarar a vida a longo prazo.

Não é algo que você alcança no próximo trimestre,

no próximo ano ou, provavelmente, dentro da

próxima década.”

BARNA, George (1997, p. 171).

Page 15: Planejamento estratégico para igrejas

VISÃO E VALORES

• Segundo Barna (1997, p.149), uma igreja com visão está preparada para enfrentar as transformações em seu contexto.

• Visão sem ação não passa de uma intenção.

• Enquanto, a ação sem alinhamento com uma visão é puramente ativismo.

• Entretanto, Visão com ação pode transformar a realidade e alavancar o futuro.

• Todas as ações da igreja devem estar alinhadas à sua missão, sua visão e seus valores.

Page 16: Planejamento estratégico para igrejas

ANÁLISE DE CENÁRIOS E ESTABELECIMENTO DE

DIRETRIZES

Page 17: Planejamento estratégico para igrejas

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

• São os elementos essenciais que conduzem a organização a cumprir sua missão.

• Deve ser priorizado e ter um gerenciamento contínuo.

Page 18: Planejamento estratégico para igrejas

MATRIZ SWOT (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades)

FORÇAS (INTERNO):

• São características da IGREJA, tangíveis ou não, que podem ser potencializadas para otimizar seu desempenho.

• O que a igreja faz Bem? • O que as outras denominações e organizações vêem na igreja

como fortaleza? • Quais são os diferenciais da igreja?

Page 19: Planejamento estratégico para igrejas

MATRIZ SWOT (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades)

FRAQUEZAS (INTERNO):

• São características da IGREJA, tangíveis ou não, que devem ser minimizadas para evitar influência negativa sobre seu desempenho.

• O que a organização pode melhorar? • O que as outras organizações vêem como fraquezas? • Onde os recursos da organização são inferiores as demais? • Quais os riscos e rupturas internos?

Page 20: Planejamento estratégico para igrejas

MATRIZ SWOT (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades)

OPORTUNIDADES (EXTERNO):

• São situações externas, atuais ou futuras que, se adequadamente aproveitadas pela empresa, podem influenciá-la positivamente (Macro/Micro Ambiente).

• Quais são as oportunidades na área de atuação da igreja? • Com quais tendências poderia a igreja se beneficiar? • Como transformar as forças da igreja em oportunidades?

Page 21: Planejamento estratégico para igrejas

MATRIZ SWOT (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades)

AMEAÇAS (EXTERNO):

• São situações externas, atuais ou futuras que, se não eliminadas, minimizadas ou evitadas pela igreja, podem afeta-la negativamente (Macro/Micro Ambiente).

• Quais tendências podem ser danosas à igreja? • O que a concorrência estão fazendo que nos ameaçam? • Quais as fraquezas que expõem a igreja? • Quais os riscos de ruptura externa?

Page 22: Planejamento estratégico para igrejas

ANÁLISE DE CENÁRIOS

• Qual o impacto de cada ponto forte para neutralizar/minimizar ameaças ou potencializar uma oportunidades?

• Qual o impacto de cada ponto fraco para agravar/potencializar ameaça ou dificultar o aproveitamento de oportunidade?

Page 23: Planejamento estratégico para igrejas

GERANCIAMENTO PELAS DIRETRIZES

Page 24: Planejamento estratégico para igrejas

GERENCIAMENTO PELAS DIRETRIZES - MODELO

DIRETRIZES DA DIRETORIA DA IGREJA

METAS / ITENS DE CONTROLE MEDIDAS

Iniciar com verbo no infinitivo (...ar, ...ir, ...er)

Metas (objetivo/valor/prazo)

Itens de controle (relevante, mensurável, fácil entendimento, gerenciável)

Geram planos de ação

Page 25: Planejamento estratégico para igrejas

PLANO DE AÇÃO - MODELO

O que fazer?

Como fazer?

Quando fazer?

Quem vai fazer?

Onde vai ser feito?

Quanto custa?

Porquê fazer?

Page 26: Planejamento estratégico para igrejas

ONDE

PARA ONDE DISTÂNCIAS

TEMPOS

COMBUSTÍVEL

QUEM NÃO MEDE ESTÁ À DERIVA !

Page 27: Planejamento estratégico para igrejas

Metas para MELHORAR

Metas para MANTERS

TIPOS DE META

Page 28: Planejamento estratégico para igrejas

ÍND

ICE D

E C

OLE

STER

OL

ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGO SET OUT

280

300320

Page 29: Planejamento estratégico para igrejas

MÉDIA ATUAL

META

" BENCH MARK "

" PROBLEMA "

" PROBLEMA "

ITEM

DE

CONTROLE

A

B

C

Page 30: Planejamento estratégico para igrejas

PLAN - DEFINA PRECISAMENTE O QUE VOCÊ QUER

DO - TOME A INICIATIVA ( PLANO - AÇÃO = NADA )

CHECK - VERIFIQUE OS RESULTADOS QUE ESTÁ OBTENDO

ACT - FAÇA CORREÇÕES SE NECESSÁRIO ( ACERTE )

PDC

A

PDCA – MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Page 31: Planejamento estratégico para igrejas

• Termo de abertura;

• Projetos/programas;

• Acompanhamento.

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Page 32: Planejamento estratégico para igrejas

EXEMPLO

DE

OBJETIVOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

DO

MINISTÉRIO DE JOVENS

(Fonte: www.igrejaintegrada.com.br – adaptado)

Page 33: Planejamento estratégico para igrejas

EXEMPLO DE OBJETIVOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO MINISTÉRIO DE JOVENS

• O QUE BUSCAR:

• Uma estratégia que leve os líderes jovens ao comprometimento e à maior dependência de Deus - um ministério sadio com ideias criativas e inovadoras, com programas e ação alinhados com a missão, visão e os valores da igreja.

• Desenvolver um ministério que conduza todos os jovens à plena maturidade espiritual.

Page 34: Planejamento estratégico para igrejas

• O QUE EVITAR:

• Manter os jovens ocupados com muitas atividades com pouco conteúdo bíblico ou sem objetivo planejado;

• Simples entretenimento e diversão, mesmo que isso aumente a frequência nas programações;

• A simples aparência de ministério saudável.

EXEMPLO DE OBJETIVOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO MINISTÉRIO DE JOVENS

Page 35: Planejamento estratégico para igrejas

• AVALIAR OS RESULTADOS E O SUCESSO DO MINISTÉRIO:

• Mensurar o grau de satisfação dos jovens:• Pelo envolvimento dos jovens no ministério de jovens;• Pela participação dos jovens nas programações.

• Mensurar conteúdo do discipulado ministrado pela liderança de jovens:

• Pelo aumento de jovens evangelizadores e discipuladores;• Pela produção de frutos (conversões);• Pelo crescimento do próprio ministério de jovens.

• Mensurar a maturidade espiritual dos jovens:• Pela participação dos jovens em outros ministérios da igreja;• Pela participação dos jovens em grupos específicos;• Pelo aumento do comprometimento dos jovens com a missão,

visão e valores da igreja..

EXEMPLO DE OBJETIVOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO MINISTÉRIO DE JOVENS

Page 36: Planejamento estratégico para igrejas

EXEMPLO DE CRITÉRIOS

PARA REALIZAÇÃO

DE EVENTOS

Page 37: Planejamento estratégico para igrejas

EXEMPLO DE CRITÉRIOS PARA REALIZAÇÃO DE EVENTOS

• Precedidos por reuniões para planejamento e organização com tempo necessário para as ações.

• Acompanhamentos das saídas das reuniões e planos de ações.

• Envolvimento de todas pessoas diretamente envolvidas.

• Definição de responsabilidades e autoridades para tomadas de decisão.

• Plano de divulgação.

Page 38: Planejamento estratégico para igrejas

EXEMPLO DE CRITÉRIOS PARA REALIZAÇÃO DE EVENTOS

• Dicas de como elaborar o plano de trabalho:

• Explique os papéis que os membros da equipe vão desempenhar.

• Esclareça as responsabilidades dos membros da equipe.

• Explique como o trabalho da equipe se relaciona às metas estabelecidas.

• Programe os prazos nos quais o trabalho deve ser concluído.

• Defina os resultados esperados da equipe e seja claro.

• Descreva os recursos que vão estar disponíveis para a equipe.

• Esclareça quais tipos de decisões a equipe terá autoridade para tomar.

• Defina indicadores de sucesso que a equipe vai utilizar para avaliar seu progresso.

• Identifique as principais etapas nas quais a equipe terá de focar durante o trajeto a caminho da meta.

• Descreva os principais riscos associados à iniciativa da equipe e formas de lidar com esses riscos.

Page 39: Planejamento estratégico para igrejas

EXEMPLO DE CRITÉRIOS PARA REALIZAÇÃO DE EVENTOS

• O evento:

• Contribuirá para o atingimento da missão e visão da igreja?

• Está coerente e alinhado com os valores da igreja?

• Contribuirá para o atingimento de algum objetivo do planejamento estratégico?

• Atenderá as necessidades das pessoas?

• Vai glorificar a Deus?

Observação: o que a “concorrência” mais quer é jovens correndo de um lado para outro, realizando eventos que não

contribuem para a missão da igreja.

Page 40: Planejamento estratégico para igrejas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 41: Planejamento estratégico para igrejas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Nesta lição aprendemos que:

1. Muita igrejas confundem o cronograma de eventos com o planejamento estratégico.

2. O planejamento estratégico também é fundamental para as igrejas.

3. A elaboração de um PE, com seu devido acompanhamento, contribui para o cumprimento da missão da igreja.

4. O planejamento das atividades da liderança de jovens auxiliará nos resultados da igreja.

Page 42: Planejamento estratégico para igrejas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARNA, George. “Step-by-Step Guide to Church marketing”: Ground for the Breaking harvest. Regal Books, 1992.

BARNA, George. Transformando a visão em ação. Campinas – SP: Editora Cristã Unida, 1997.

CAMPANHÃ, Josué. Planejamento Estratégico: como assegurar qualidade no crescimento de sua igreja. Editora Vida, 2000.

FALCONI, Vicente. Gerenciamento pelas Diretrizes. Campos – SP: INDG, 2005.

Planejamento estratégico e Revitalização de Igrejas. Disponível em: <www.igrejaintegrada.com.br>. Acesso em: 19 jul. 2013.

MORIGUCHI, Stella Naomi. Marketing para igrejas. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação da EASP/FGV, Área de concentração: Marketing, 1993.

SHAWCHUCK, Norman; KOTLER, Philip; WRENN, Bruce & RATH, Gustave. Marketing for congregations: choosing to serve people more effectively. Nashville, Abington Press, 1992.