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Planejando a família com Deus Pr. Nataniel Sabino Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense

Planejando a família com Deus - batistafluminense.org.brbatistafluminense.org.br/revista/palavraevida_2_ano_2016.pdf · Religiosa na Igreja 10 APRESENTAÇÃO Pr. Natanael Sabino

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Planejando a família com Deus

Pr. Nataniel Sabino

Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense

LIÇÕES

SUMÁRIO

LIÇÕES12 O INTERESSE DE DEUS NA

CONSTRUÇÃO DO LAR

16 A FAMÍLIA NAS MÃOS DE DEUS

20 QUE IMPORTÂNCIA VOCÊ TEM

DADO À SUA FAMÍLIA

24 ENCURTANDO A DISTÂNCIA ENTRE

SUA FAMÍLIA E DEUS

28PAIS E FILHOS ENCURTANDO A

DISTÂNCIA

32A VIDA FINANCEIRA DA FAMÍLIA

36PLANEJAMENTO EM FAMÍLIA - BASE

PARA UM CONVÍVIO HARMONIOSO

40 DIAS DE DESCANSO EM FAMÍLIA

44 OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA

SOCIEDADE ATUAL – (PARTE 1)

48 OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA

SOCIEDADE ATUAL – (PARTE 2)

52 FAMÍLIA A SERVIÇO DE DEUS

56 FAMÍLIA COM RESULTADOS

MARAVILHOSOS

60 FAMÍLIA FICHA LIMPA

3 PRIMEIRAS PALAVRASCumprindo o Ministério que o Senhor nos legou

7 PALAVRA DO REDATORResgatando a Educação Religiosa na Igreja

10 APRESENTAÇÃOPr. Natanael Sabino

6CURSO DE LIDERANÇAComo Formar, Manter e Alinhar equipes na Igreja

5 VIRA CRIANÇAAjudando a criança a crescer com Cristo

2 CONABERJ 3.8CLOSEN - Escolhido por Deus

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PRIMEIRAS PALAVRAS

CUMPRINDO O MINISTÉRIO QUE O SENHOR NOS LEGOU

Prezado leitor da Revista Palavra e Vida,Agradeço a Deus por sua existência,

dedicação e ministério, por sua precio-sa colaboração e, em suplicante ora-ção, rogo que o Senhor Todo Poderoso abençoe muito sua vida.

A cada dia, o chamado do Senhor precisa ser vivido e compreendido de acordo com a vocação que o próprio Senhor nos deu, conforme os dons que o Espírito nos concede.

Estando na liderança executiva da Convenção Batista Fluminense, diante de tantos desafios e lutas, temos vivido dias de profunda reflexão sobre o signifi-cado do nosso ministério. Servir às Igre-jas tem se revelado uma tarefa demasia-damente complexa, pois as demandas além de específicas, são diversificadas, tornando-se impossível cumprir a mis-são sem o direcionamento e o milagre divino, que resulta da poderosa presen-ça do Senhor guiando nossas vidas.

Tanto em nossas igrejas como em quaisquer outras atividades para as quais o Senhor nos chama, precisa-mos ter consciência do significado bí-blico do ministério. Sei que temos uma convicção comum sobre o significado e sentido do nosso ministério, que é uma missão e não um emprego. Não é para adquirir poder, influência ou proveito financeiro. É um serviço a Deus em fa-

vor de seu povo. Como disse o Apósto-lo Paulo: “Nós não somos como muitas pessoas que entregam a mensagem de Deus como se estivessem fazendo um negócio qualquer. Pelo contrário, foi Deus quem nos enviou, e por isso anunciamos a sua mensagem com sin-ceridade na presença dEle, como men-sageiros de Cristo” (2Co 2.17).

Quando somos chamados e voca-cionados por Deus para o ministério, assumimos um desafio e um trabalho muito maior; tão intenso, que suplanta toda nossa capacidade física, emocio-nal, intelectual e de influência. É uma missão que vai além das nossas for-ças. Lidamos com diferentes pessoas, temperamentos, formações, histórias, origens e, acima de tudo, temos que cuidar e liderar de forma que essas

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pessoas cresçam espiritualmente e permaneçam unidas. Jesus nos avisou que não seria fácil: “as aves do céu têm ninhos...” (Mt 8.20).

Ministério não é uma questão de su-cesso performático, não é uma profis-são, mas é um trabalho muito intenso e sacrificial que requer amor e sinceri-dade. É um trabalho constante, árduo e muitas vezes solitário, que requer muito esforço, dedicação, responsabilidade e renúncia. Para que possamos cuidar, pregar, ensinar, treinar, discipular, visitar, administrar, liderar, aconselhar e estar presente em atividades e circunstâncias diversas, é necessário preparo em ora-ção, consagração, meditação e estudo da Palavra de Deus. Além de saúde físi-ca, mental, emocional, atualização con-tínua, aperfeiçoamento de metodologias e práticas, o vigor espiritual não pode ser esquecido, bem como o constante mergulho no infinito universo do conhe-cimento bíblico, que é imprescindível.

O êxito do ministério não vem das técnicas aprendidas, mas da sincerida-de de vida, de motivação, de busca do Senhor numa espiritualidade ardente. Não é somente o que eu e você apren-demos, mas o que incorporamos às nossas vidas e o que enche o nosso co-ração que fará a verdadeira diferença.

Deus espera que nossas vidas se-jam um sermão mais poderoso do que aquele que os nossos lábios podem proferir. Ele julgará nossas vidas e não o nosso desempenho. Ele olha o que trazemos no coração, a essên-cia. Segundo Paulo, não é uma ques-tão de posse ou investidura, mas é o poder do Senhor revelado pela unção.

Ele disse: “A minha linguagem e a mi-nha pregação não consistiram em pa-lavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1co 2.4-5).

Queridos irmãos, como reconhe-cemos que a autoridade do ministé-rio vem do Senhor, o poder deve ser buscado nEle para ser oferecido aos outros, através dEle; qualquer coisa di-ferente disso será demonstração do or-gulho humano que, segundo a Palavra de Deus, antecede à queda.

O Senhor colocará diante de nós pessoas que precisam ser evangeliza-das, discipuladas, ajudadas e motiva-das a buscar a graça e o poder dEle. Cumprir esse ministério é o nosso grande desafio!

Amados colegas pastores, diretores de EBDs, professores e irmãos estudio-sos da Palavra, estou muito grato a Deus por vocês e pela excelente obra que es-colheram e para a qual estão se prepa-rando através deste e de outros estudos.

Face aos grandes desafios de Deus, e pensando no futuro que o Senhor nos dará, desejo muita prosperidade para você, sua família e ministério. Peço que orem por nós para que o Senhor da obra dirija nossas mentes e corações para que possamos servir melhor às Igrejas e aos nossos líderes.

Muitas felicidades para você e tam-bém para os que lhes são amados!

Pr. Amilton VargasDiretor Executivo da Convenção

Batista Fluminense.

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“O ministério docente da igreja, sob a égide do Espírito Santo, compreende o relacionamento de Mestre e discípulo, entre Jesus Cristo e o crente. 1 – A pa-lavra de Deus é o conteúdo essencial e fundamental nesse processo e no pro-grama de aprendizagem cristã. 2 – O programa de educação religiosa nas igrejas é necessário para a instrução e desenvolvimento de seus membros, a fim de “crescerem em tudo naque-le que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas cabe cuidar do doutrinamento adequa-do dos crentes, visando à sua forma-ção e desenvolvimento espiritual, moral e eclesiástico, bem como motivação e capacitação sua para o serviço cristão e o desempenho de suas tarefas no cumprimento da missão da igreja no mundo”.1

A Declaração doutrinária da Conven-ção Batista Brasileira enfatiza a neces-sidade de um Programa de Educação Religiosa que promova o ensino da Pa-lavra de Deus como base de nossa fé, o essencial amadurecimento do crente e o crescimento de toda a Igreja. Mas se esta é uma ênfase doutrinária, por que nos afastamos tanto, deixando o Ensino Religioso em segundo plano?

PALAVRA DO REDATOR

RESGATANDO A EDUCAÇÃO RELIGIOSA NA IGREJA

Olhamos muito para os modelos de crescimento de Igrejas, que são im-portantes, mas esquecemos de que todo esse crescimento precisa da base sólida do conhecimento bíblico, comprometimento com o discipulado e treinamento de vocacionados e líde-res. E somente com um planejamento de Educação Religiosa a Igreja poderá alcançar um crescimento que produza realmente discípulos.

Como então resgatar a Educação Religiosa na Igreja?

Em Primeiro lugar, resgatando o Educador Religioso. Quero lembrar

1 - Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira - Página 10 - XIV- Educação Religiosa

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aqui nestas linhas quem é, e quais são as atribuições do Educador Religioso. “Pessoa vocacionada por Deus e con-firmada pela Igreja para atuar especial-mente no ministério na área de Educa-ção Religiosa, preferencialmente com formação em Educação Religiosa e/ou Teologia com habilitação em Educação Religiosa. Atribuições Gerais: 1 – Ser responsável diante da Igreja e do Pas-tor pela área de Educação Religiosa, orientando no planejamento, realiza-ção e avaliação de um programa com-preensivo de Educação. 2 – Contribuir, atuando, para alcançar os objetivos da Igreja. 3 – Servir como coordenador da Estrutura Educacional da Igreja para que haja coesão no planejamento e execução, buscando unidade para evi-tar conflitos e duplicação de esforços. 4 – Criar entre os membros da Igreja uma consciência da importância dos diferentes ministérios, levando-os a um envolvimento pessoal e responsá-vel. 5 – Planejar e realizar projetos de capacitação dos membros da Igreja. 6 – Trabalhar, com o pastor, e outros lí-deres da Igreja no sentido de descobrir potencial de liderança. 7 – Participar do planejamento geral da Igreja”.2

Há muitos Educadores que estão nos bancos de nossas igrejas aguardando

uma oportunidade para desenvolver aquilo que aprenderam nos seminá-rios. Podem trabalhar de tempo inte-gral ou parcial. Podem contribuir para o desenvolvimento de um planejamento mais amplo, adequando os modelos de crescimento ao que a Educação Reli-giosa oferece às Igrejas.

Também é de suma importância para este projeto de resgate a revitalização da Escola Bíblica (que se reúne domin-go, mas pode ser na segunda, terça, quarta, etc...), com um planejamento adequado, dentro da realidade de sua Igreja, buscando uma literatura que atinja as necessidades dos alunos e promova um interesse do professor em se aperfeiçoar.

Vamos unir forças para resgatar a importância da Educação Religiosa nas Igrejas! Para isso, contamos com os pastores, educadores, professores, alunos e membros de nossas Igre-jas. Se você tem alguma sugestão para melhorar a Educação Religio-sa em nossas Igrejas, escreva-nos: [email protected]. Até o próximo trimestre!

Pr. Marcos Zumpichiatte MirandaRedator da Revista Palavra & Vida

Diretor do Departamento de Educação

Religiosa da CBF

2 - Projeto de Perfil e atribuições dos Educadores Religiosos produzido pela AERBB e revisado pelos educadores religiosos fluminenses reunidos por ocasião da Assembleia da CBF em São Gonçalo, dia 25/07/99.

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APRESENTAÇÃOQuerido aluno, vivemos dias extre-

mamente desafiadores para a família. Muitos são os ataques, tanto externos quanto internos, que as famílias têm sofrido neste tempo. O divórcio tem se tornado tão comum quanto o casa-mento; filhos e pais não se entendem na maioria das questões da vida; a in-ternet e redes sociais têm isolado os membros da família até dentro de casa; fornicação, adultério, liberação das drogas, difusão do homossexualismo, corrupção... são alguns dos temas que atingem as famílias de forma negativa, muitas vezes deixando-as vulneráveis e inseguras.

Foi diante da percepção deste mo-mento desafiador que estas lições fo-ram preparadas. Foram escritas com

muito carinho, plena consulta e de-pendência do Espírito Santo de Deus e Sua Palavra, pois o objetivo delas é ajudar você a ser mais feliz e abenço-ado em família, e só Deus pode nos ensinar isso.

Tenho por certo de que Deus, o cria-dor da família, se agrada daqueles que se propõem a estudar sobre este tema e os ajuda a compreendê-lo.

Nosso desejo é que o bondoso Deus ilumine cada aluno e professor de EBD, bem como os pequenos grupos familia-res diante dos temas aqui propostos, dando-lhes compreensão plena de sua vontade e capacite a cada um para cada vez mais “Viver Feliz em Família”.

Com carinho,Pr Nataniel Sabino.

Nataniel SabinoPastor e Psicanalista clínico, tera-

peuta de casais há mais de 15 anos, diretor do Ministério Família Total, au-tor com 15 livros publicados e 04 revis-tas para pequenos grupos, premiado no concurso “Letras Brasileiras 2007”, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Apresentou por dois anos o quadro “Vida em Família” na TV Brasil em rede nacional, é conferen-cista na área de família e palestrante para casais. Casado com Mônica Sa-bino desde 1986, pai de Nataniel Jr. e Filipe Sabino.

QUEM ESCREVEU

Contatos:[email protected]

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LIÇÃO 1DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

O INTERESSE DE DEUS NA CONSTRUÇÃO DO LAR

Atos 16.31

Todo filho de Deus tem o desejo de que a vontade do Senhor sempre prevaleça em sua vida. Isso porque quando Deus quer que algo aconte-ça, Ele faz acontecer e Ele sempre faz o melhor. Ter uma família bem ali-cerçada e saudável é desejo de todas as pessoas e é também vontade de Deus. Portanto, todos podem ter uma bela e feliz família, pois Deus está in-teressado nisso!

Uma das maravilhosas caracte-rísticas de Deus é o fato de Ele nos convidar para sermos vitoriosos e sa-tisfeitos. Deus sabe que sozinhos não conseguimos a satisfação plena em nossas vidas, por isso Jesus fez uma afirmação dizendo: “...porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5b).

A família é o nosso maior bem, e o Senhor nos convida para sermos felizes em família. Ele nos convida à

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salvarmos nossa família e também a edificá-la com segurança.

Nenhuma conquista na vida, que te-nha como preço o fracasso da família, terá valido a pena.

Deus sabe da importância da família em nossas vidas. Ele também sabe que todo o nosso esforço, por mais bem in-tencionado e experiente que sejamos, sem a sua poderosa ajuda, não adian-tará nada. Por isso Ele nos convida à edificação, salvação e consagração de nossa família. Nele, podemos alcançar uma família segura e feliz, pois Ele está interessado nisso.

Para tanto, é preciso saber que:- Deus está interessado na edifi-

cação do seu lar. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1a).

Esse texto revela um contraste entre a insuficiência humana, que muitas ve-zes luta para ter uma família saudável e não consegue, e a suficiência divina, que pode edificar uma família forte para os que confiam nEle. É uma revelação da sombra protetora de Deus face à fraqueza do homem. Uma afirmação clara de que um lar só pode, de fato, ser edificado pelo Senhor.

Quando a Palavra de Deus faz esta declaração, ela revela a intenção de Deus em ajudar as pessoas a construí-rem uma boa família.

- Se Deus quer, então é possível!Muitas pessoas confessam o desejo

de ter a chance de começar sua famí-lia novamente. Em seu entendimento,

elas errariam menos e suas famílias seriam melhores. Engano! Por mais chance que alguém tenha e por mais experiente e habilidoso que seja, sem Deus, não conseguirá edificar uma fa-mília sólida e feliz. Então, nem sempre que o homem quer, ele consegue.

Porém, com Deus é diferente: se Ele quer que algo aconteça, pode fazer acontecer. Deus tem poder para fazer qualquer coisa. O apóstolo Paulo dei-xou claro a sua conclusão, diante de todas as experiências que teve com o Senhor, ele afirmou: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fl 4.13). A expressão “todas as coisas” nos aponta uma possibilidade infinita de realizações, isto, com certeza, inclui as conquistas em família.

Assim, entendemos que não existe família que não possa ser bem edifi-cada ou reconstruída ao ponto de ficar muito boa. Basta confiar esta constru-ção ou reconstrução ao Senhor.

- Deus age em nosso favor até que Sua promessa seja cumprida

“Eis que estou contigo, e te guarda-rei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; pois não te deixarei até que haja cumprido aquilo de que te tenho falado” (Gn 28.15).

Deus não age como o homem. O tempo de Deus é diferente do nosso; o método de Deus é diferente do nosso; os alvos de Deus são mais elevados do que os nossos.

Quando alguém entrega sua família ao Senhor e se coloca como instru-mento para Ele usar, poderá não ver o resultado no tempo que gostaria e tam-

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bém poderá não entender os métodos que Deus vai usar, mas duas coisas são garantidas:

1ª O lar será edificado; e,2ª O resultado será muito melhor do

que suas expectativas.Um lar entregue a Deus para ser edi-

ficado, será edificado. Deus garante!

O que fazer?Para construir uma boa casa é preci-

so ter bom material de construção, um bom engenheiro e um bom construtor. Para fazer um bom lar, também. Nes-te caso, o engenheiro e construtor é o próprio Deus e o material é o coração do homem.

- Seu coração é um bom material? É como um barro moldável que pode tomar a forma que o oleiro quiser? “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Se-nhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr 18.6).

Jesus falou que Moisés autorizou o divórcio por causa da dureza do cora-ção do homem (Mc 10.4-5). Barro duro não se transforma; coração duro não experimenta o que Deus pode fazer. Há muitas famílias sofrendo porque seus membros ainda não “amoleceram” o coração e confiaram plenamente no Senhor.

Reflita:- Com que frequência você recorre a

Deus nos assuntos relacionados à sua família, não apenas os mais desafiado-res, mas os pequenos detalhes?

- As decisões que envolvem sua fa-mília são sempre tomadas a partir de orações feitas à Deus?

- Você ora constantemente pelo seu casamento, pelos seus filhos e pelos seus pais?

- Você procurar cumprir seu papel na família de acordo com as orientações da Bíblia?

- Você pratica o amor incondicional para com os membros de sua família, mesmo quando não estão merecendo?

- Os demais membros de sua família conseguem captar o seu amor por eles nas suas ações cotidianas?

Para pensar e agir:• Deus se mostra interessado em edi-

ficar as famílias. Só Ele pode fazer com que uma família experimente um relacionamento satisfatório, pra-zeroso, seguro, que promove as pes-soas, que respeita a individualidade de cada um, que defende os interes-ses de todos, que se une nas lutas, que compreende os limites e erros do outro, que incentiva, que elogia, que corrige com amor. É essa estru-tura familiar que Deus quer edificar! Porém, Ele só faz a partir da entrega do “material” de qualidade em suas mãos, que é o coração do homem.

• Para que uma família alcance o ideal que Deus preparou para ela é neces-sário que seus membros desempe-nhem com zelo seus papéis. Ao ho-mem, Deus deu a missão de ser pro-vedor, protetor e líder de sua casa, além de amar sua esposa incondicio-nalmente, assim como Cristo amou a

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Igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25-28).

• À mulher, o Senhor deu a missão de andar lado a lado com seu marido, como soldados que na guerra andam ombro a ombro, não deixando bre-chas para que o inimigo penetre em seu meio. Além disso, Deus ordena à mulher que respeite a liderança de seu marido. (Ef 5.22-24).

• Este amor incondicional do homem por sua mulher e este respeito da mulher para com o marido, permi-tirão que os filhos cresçam em um ambiente seguro e resistente aos ataques do inimigo.

• Aos filhos, Deus ordenou que hon-rassem seus pais, e ainda prometeu aos que obedecessem a este man-damento que lhes seriam aumentado seus dias sobre a terra: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primei-ro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.1-3).

• Ao praticar tais ensinamentos, os membros da família estarão trilhan-do o caminho preparado por Deus. Isso só é possível a quem confia no Senhor e, quem nEle confia, é fácil entregar a condução de sua família. Creia na maravilhosa promessa da Palavra que diz: “Entrega o teu ca-minho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará” (Sl 37.5).

Não se esqueça: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam” (Sl 127.1).

Você sabia?• Que sua família é o maior bem que

você possui na face da terra?• Que é no seio da família que o indi-

víduo encontra segurança para seu desenvolvimento como pessoa?

• Que independente das leis que se crie sobre casamento, Deus conti-nuará honrando sua Palavra que é imutável? Ela diz que o casamento é entre pessoas do sexo oposto, ou seja, macho e fêmea.

• Que o cristão não deve ficar com medo do que vão ensinar às crianças na escola sobre sexualidade? Pois é no seio da família que os filhos têm a maior influência para seu comporta-mento adulto.

• Que o diabo tem na família o seu maior alvo? Pois se conseguir de-sorganizar a família, ele consegue tornar o seu humano mais vulnerá-vel. Porém, Deus tem poder e planos para proteger e fazer prosperar a fa-mília.Deus, por amar tanto a família que

criou, estabeleceu regras claras e sim-ples para que, ao segui-las, todas as famílias sejam fortes e felizes.

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Salmos 127.1-5

Terça-feira: Gênesis 33.5

Quarta-feira: Gênesis 28.15

Quinta-feira: Josué 24.3,4

Sexta-feira: Efésios 5.22-24

Sábado: Efésios 5.25-28

Domingo: Efésios 6.1-3

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LIÇÃO 2DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

A FAMÍLIA NAS MÃOS DE DEUS

Salmos 37.5

Quando alguém tem uma enco-menda importante para entregar em algum lugar distante, geralmente, usa o serviço de entrega conhecido como SEDEX. Esse meio de entrega de encomendas ganhou muita credibili-dade porque tem se mostrado eficaz. Ao entregar a encomenda nas mãos dessa empresa, o remetente fica tran-quilo, tendo a certeza de que sua en-comenda será entregue. Ela será pro-tegida em cada parte do caminho até chegar ao destinatário. Entregar algo a alguém é dar poder a este alguém sobre o que se entregou. A Bíblia diz que devemos entregar nosso cami-nho ao Senhor, isto é, dar a Deus total

poder para administrar nosso cami-nho, nossos anseios, nossos medos, nossas expectativas, etc.

Isso é totalmente aplicável também à família. Se entregarmos nossa fa-mília nas mãos de Deus, devemos ter a confiança de que Ele a conduzi-rá com total segurança, em todos os detalhes do caminho, mesmo que não tenhamos conhecimento prévio des-ses detalhes pelos quais a família vai passar. Não ficamos perguntando aos Correios os detalhes da proteção de nossas encomendas, apenas confia-mos no serviço. Aos Correios, damos poder sobre os caminhos de nossas encomendas. A Deus, devemos dar

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poder sobre os caminhos de nossa fa-mília. Isso é o que significa entregar os caminhos ao Senhor.

Será que você entregou os caminhos de sua família ao Senhor? Será que você deu a Deus todo o poder de admi-nistrar, principalmente através de sua Palavra, os caminhos de sua família?

Para tanto, é preciso saber que:- A família é uma ideia de Deus!A família foi idealizada e criada por

Deus. Ele a criou antes de criar a Igreja, antes de criar qualquer outra instituição que existe. A família é chamada de cé-lula-mãe de toda a sociedade.

Deus viu que não era bom que o ho-mem estivesse em solidão: “Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele” (Gn 2.18). A Bíblia revela a intenção de Deus não apenas no casamento, mas na família, quando Ele, ao criar a mu-lher, determinou: “Crescei e multiplicai--vos e enchei a terra (Gn 1.28).

A ideia de família fica clara quando Deus orienta a formação de novos la-res: “Portanto, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne” (Gn 2.24).

A sua família é muito importante para Deus, pois é ideia dele!

- Deus ama a família!É impressionante o carinho e o cui-

dado de Deus para com as famílias na Bíblia. Toda a movimentação, milagres, batalhas ente povos e revelações de Deus tinham como objetivo proteger, preservar e cuidar de famílias. Deus ama as famílias!

Vamos destacar apenas um dos mui-

tos exemplos que a Bíblia nos dá: a fa-

mília de Lázaro. Jesus, sempre que ia a

Betânia, se hospedava na casa de Láza-

ro, Marta e Maria (Lc 10.38-39). Nessa

visita, Jesus estava sentado na casa da

família, ensinando sobre o seu Reino.

Em outra ocasião, Jesus estava à

mesa, jantando com a família (Jo 12.1-3).

O terceiro episódio trata da vol-

ta de Jesus na casa da família para

ressuscitar Lázaro que havia morrido

(Jo 11.43,44).

Perceba que em cada visita Jesus

teve motivos diferentes: ensino, comu-

nhão e socorro.

Poderíamos destacar tantas outras

famílias, tanto no Antigo quanto no

Novo Testamento, mas esta já nos dá

a dimensão do amor e valor que Deus

dá a família.

Deus ama sua família!

- Deus tem planos para a família!Sua família não é produto do acaso,

ela não está largada à própria sorte, Deus tem planos para ela.

Deus disse a Abraão: “Vou te dar fi-lhos” (Gn 15.4), embora Sara não pu-desse engravidar e Abraão fosse velho. Mas quando Deus determina algo para uma família, nada pode impedir sua re-alização. Disse Deus ainda a Abraão: “Você será pai de uma grande nação” (Gn 46.3) e “Em ti todas as famílias se-rão abençoadas” (Gn 12:3). Perceba que sua família já constava no plano de Deus, desde Abraão.

Para Zacarias e Izabel, o plano era que tivessem um filho que anunciasse

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a vinda do Messias; para José e Maria, um filho que redimisse a humanidade; para uma avó chamada Lóide e uma mãe chamada Eunice, o plano era en-sinar a fé a um futuro pastor, Timóteo. E assim, cada família da terra está sob um plano divino. A sua não é exceção.

Não pense na sua família como uma aventura na terra, pois uma aventura não tem roteiro, não tem previsões, não tem planos. Sua família é uma obra di-vina, portanto criada para um objetivo da parte de Deus. Há uma riqueza que se reúne sob o teto da sua casa, cha-mada família. Deus tem planos para ela, creia nisso!

- Deus tem domínio total sobre to-dos os caminhos por onde a família vai passar!

Quando Davi escreveu o salmo

139.16, ele fez uma declaração fan-

tástica. Deus tem um caminho traçado

para todos nós. Percebam que Davi

não apenas se refere à sua formação

no ventre de sua mãe, como também

diz que todos os seus dias já estavam

traçados por Deus para ele. Assim, não

é de admirar quando lemos que Davi,

já ungido rei, perseguido por Saul para

ser morto, não quis matar seu inimigo,

mesmo tendo oportunidade para isso.

Certamente o jovem rei sabia que o

seu momento, preparado por Deus, iria

chegar. E chegou.

Ter a consciência de que Deus tem

domínio pleno sobre os caminhos por

onde nossa família vai passar, nos en-

coraja muito a confiar nossa família em

suas mãos.

Lembre-se: Deus tem domínio sobre os caminhos do teu casamento, então coloque seu casamento alinhado à sua vontade; Deus tem domínio sobre os caminhos de teus filhos, então subme-ta-os ao Senhor e confie nEle.

O que fazer?O homem tem inteligência, racio-

cínio, ambições, estratégias e outros atributos humanos que estão sempre tentando-o a assumir o comando de tudo à sua volta.

A família, por sua vez, por ser o bem mais precioso que temos, fica, muitas vezes, a mercê desta “capacidade” hu-mana de resolver todas as coisas. Tra-çamos planos para o nosso casamento a partir do que entendemos ser melhor e corremos o risco de não consultar a Deus nesta área. Fazemos planos para nossos filhos de acordo com nossas experiências de vida e nos arriscamos a deixá-los fora dos planos do Criador. A Bíblia diz que não devemos confiar em nossa própria capacidade: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Se-nhor!” (Jr 17.5).

É preciso consagrar a família a Deus. Consagrar é separar para Ele, dedicá--la para sua glória. Não andar ansioso quanto ao futuro dela, sabendo que trata-se de uma criação de Deus, que Ele tem planos para todas as famílias e que as ama muito.

Devemos ainda submeter a Deus to-das as decisões que envolvem nossas famílias. Orar diariamente interceden-

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do por ela, pedir a Deus que fale ao co-ração dos filhos, do cônjuge, dos pais e de outros parentes que compõem a família.

Não deixar o nome de Deus cair no esquecimento dentro do lar, mas em tudo reconhecer o domínio e amor de Deus. Os pais devem contar e recon-tar as histórias de suas vidas, a seus filhos, destacando as intervenções divi-nas (Dt 6.6-7).

Devem ainda orar com seus filhos quando estes estiverem passando por momentos desafiadores. Os filhos ten-dem a confiar nos pais para resolverem seus problemas e os pais precisam, nessas horas, orar com seus filhos, mostrando a eles que é Deus o objeto de nossa confiança.

Lembrar ainda que nenhum casa-mento está garantido pelo tempo, as-sim, marido e mulher devem submeter sempre seu casamento à direção do Senhor, em oração.

Consagre sua casa ao Senhor, pen-se com prioridade no seu lar, na sua família e inclua Deus em seus planos. Deixe sua família nas mãos de Deus e ela será bem sucedida para a glória do Senhor!

Para pensar e agir:Quando Jesus Cristo veio à Terra,

sua missão foi reconciliar o homem desgarrado ao seu Criador. Em todos os momentos, Ele deu ensinamentos que revelam o amor do Pai por todas as pessoas, mas foi numa frase, regis-trada por João, que o Senhor resumiu a importância de termos nossas vidas sob

o controle e direção de Deus: “porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).

Qual o valor que você tem dado a esta afirmação de Jesus em relação à sua família? Se a família é o nosso maior bem e a Bíblia afirma que nada podemos sem Deus, então é sábio quem coloca a sua família nas mãos de Deus e confia nEle.

Infelizmente, existem muitos casos de famílias que estão sofrendo com desrespeito, agressões, indiferença, traições, hostilidades, etc. Só há uma saída para que as pessoas que estão passando por essas situações em fa-mília experimentem uma restauração completa e definitiva: colocar sua famí-lia nas mãos de Deus. Mas essa entre-ga deve ser feita por todas as pessoas, mesmo aquelas que vivem em harmo-nia, pois a Bíblia diz que “O ladrão não vem senão para roubar, matar e des-truir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10). Isso significa que, mesmo as famílias que vivem maravilhosamente bem são alvo do inimigo, que as ronda buscan-do oportunidade de destruí-las. Então, independente de como esteja a sua fa-mília, é seguro e inteligente colocá-la nas mãos de Deus

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Gênesis 2.24

Terça-feira: Josué 24.15

Quarta-feira: Salmos 127.3-5

Quinta-feira: Eclesiastes 9.9

Sexta-feira: Marcos 10.6-9

Sábado: Efésios 6.1-2

Domingo: Efésios 4.32

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LIÇÃO 3DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

QUE IMPORTÂNCIA VOCÊ TEM DADO À SUA FAMÍLIA?

Josué 24.15

Josué foi um grande líder. Ele foi o escolhido para ser o sucessor de ninguém menos do que o homem que Deus usou para liderar a saída do povo do Egito, Moisés.

Um grande líder, diante da neces-sidade e da oportunidade de iniciar uma nação, tem todo o seu tempo ocupado com as questões que en-volvem sua missão. Praticamente

não sobra tempo para mais nada. No entanto, encontramos este ocupadís-simo líder numa demonstração de grande priorização de sua família. Ele reúne o povo, faz o alerta sobre falsos deuses, e revela, publicamente, qual é o seu maior negócio: sua família. Ele disse, mais ou menos, o seguin-te: Gostaria muito de poder gastar mais tempo com vocês resolvendo as

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questões sobre Deus, mas não tenho este tempo. Fiquem à vontade para fa-zer o que vocês acharem melhor, por-que eu vou cuidar da minha casa; eu e minha família vamos servir ao Senhor.

Imagina que visão de prioridade da família. Veja a importância que o gran-de líder Josué deu à sua casa.

Esse é um grande exemplo, um mo-delo para todos nós registrado nas pá-ginas das Sagradas Escrituras. Diante disso, a pergunta que se impõe nestes dias difíceis para a família é: Que im-portância você tem dado à sua família?

Quando a Bíblia relata a fala de Jo-sué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” ela está demonstrando o inte-resse de Deus nas famílias.

Para tanto, é preciso saber que:- “Nenhum sucesso na vida com-

pensa o fracasso no lar”Essa frase nos alerta de que, por

mais que conquistemos o que deseja-mos na vida, se não tivermos sucesso na vida em família, então tudo terá sido em vão. E não há sucesso em família se não houver investimento nela.

O sucesso de qualquer investimen-to, seja em qualquer área, vai depen-der da importância que damos àquela área. O que priorizamos é o que vai receber maior investimento de nossa parte: mais do nosso dinheiro, mais do nosso tempo, mais de nossa energia, mais de nossa atenção. Que sucesso terá sua família se depender da impor-tância que você tem dado a ela?

Josué demonstrou que o seu melhor estava destinado à sua família. E ele orientou aos demais que pensassem em suas famílias também: “Escolhei hoje a quem sirvais” (Js 24.15b).

- A família é a base de tudo“Sejam os nossos filhos, na sua mo-

cidade, como plantas bem desenvolvi-das, e as nossas filhas como pedras angulares lavradas, como as de um palácio. Estejam repletos os nossos celeiros, fornecendo toda sorte de pro-visões; as nossas ovelhas produzam a milhares e a dezenas de milhares em nossos campos; os nossos bois levem ricas cargas; e não haja assaltos, nem sortidas, nem clamores em nossas ruas! Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo cujo Deus é o Senhor” (Sl 144.12-15).

A família é a plataforma a partir da qual todos os seus integrantes evo-luem e a sociedade se estabelece.

Não devemos pensar na família apenas no momento presente e para as questões particulares da mesma. A família é muito mais, é um celeiro que cede cidadãos para o bom funciona-mento da sociedade. Quando priori-zamos nossa família estamos dando a cada um de seus integrantes a oportu-nidade de criar as possibilidades para que se desenvolvam em todo o seu potencial. Uma família que não é prio-rizada tende a formar pessoas doentes emocionalmente falando e com sérias dificuldades de entender o convívio éti-co social.

Quando um meliante é entrevistado, quer seja por documentários, quer seja por evangelistas nas prisões, a maioria

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revela ser oriunda de uma base familiar deficiente e desestruturada.

Assim, priorizar a família é dever de todo homem e mulher. Isso é bom para a família, para a sociedade e para o Reino de Deus.

- É na família que se aprende so-bre família

Ao olhar para os filhos, o desejo de seus pais é que cresçam, formem famí-lias e sejam felizes com elas. Os filhos, por sua vez, esperam que seus pais tenham uma velhice saudável e harmo-niosa no casamento. Porém, para que tudo isso se realize é necessário que se invista na família no momento pre-sente. Não se pode desejar um futuro de realizações sem um presente de in-vestimentos. Não se colhe onde não se semeia: “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).

Os filhos tendem a observar o mo-delo de família em que estão inseridos para formarem suas opiniões sobre a constituição de uma nova família. Não há escola para ensinar a ser pai, mãe, avô e avó. Essas coisas se aprende pelo exemplo que se tem em casa. Ho-mens e mulheres que semeiam com zelo na felicidade de sua família estão oferecendo uma grande contribuição para que seus filhos aprendam a viver em família no futuro também.

É com o casamento dos pais que os filhos aprendem sobre casamento; é na vida em família que os filhos aprendem a formar suas próprias famílias.

O que fazer?Um pai que deseja ver seus filhos

bem casados e felizes deve se dedicar na tarefa de ser pai, mas muito mais no seu papel de marido. Ser um pai dedi-cado é relativamente fácil, mas ser um marido carinhoso, respeitador, compa-nheiro, presente e incentivador de sua esposa é mais difícil. Todavia, é isso que os filhos observam em seus pais: seu comportamento como marido.

Uma mãe, igualmente, se deseja ver seus filhos felizes no casamento preci-sam se esforçar como esposa e procu-rar ser a melhor mulher possível para seu marido. Logicamente que tudo deve ser de forma espontânea, nin-guém vai ser bom marido ou boa espo-sa somente para os filhos observarem, isso seria um teatro. Mas marido e mu-lher devem buscar investir no relacio-namento conjugal, para o seu próprio bem e pelo futuro dos filhos.

Deve haver uma “batalha” pelo bem da família. Todos devem se em-penhar em proteger a família e seus interesses.

Neemias, incumbido de reconstruir os muros de Jerusalém, apesar de toda a ocupação que tinha, não se descui-dou das famílias, mas orientou o povo a que batalhassem por elas: “Olhei, le-vantei-me, e disse aos nobres, aos ma-gistrados e ao resto do povo: Não os temais! Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas” (Ne 4.14).

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Conclusão:Que importância você tem dado à

sua família? Precisamos responder essa questão.

Vimos na Palavra de Deus que gran-des homens do passado, embora en-volvidos em enormes desafios, não se esqueceram de cuidar com muita aten-ção de suas famílias.

A importância que se dá a família não é demonstrada em palavras, mas em atitudes, em modo de vida. “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza” (1Tm 4.12). Essa palavra se aplica também à vida em família. O exemplo é a maneira certa de mostrar como se deve proceder. Os filhos tendem a imi-tar seus pais. As ações valem muito mais do que os discursos. Há pais com belos discursos, mas totalmente vazios de ações, isso frustra os filhos e gera desânimo no seio familiar.

De quem dependemos para que tenhamos uma família feliz e segu-ra? Certamente também não são dos órgãos mencionados acima, mas de Deus. Ou não cremos na Palavra quando diz: “Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edi-ficam” (Sl 127.1)?

Família é projeto de Deus e também nossa base para a vida. Precisamos in-vestir com prioridade nela.

Para pensar e agir: ePorque alguém se casa? Certamente para constituir uma família, logo, esta deve ter prioridade em seus interesses.

Porque alguém trabalha? Para ter con-dições de sustentar a si mesmo e à sua família. Porque construímos casa? Certamente para abrigar a família. Se continuarmos com essas perguntas, perceberemos que o estudo, trabalho, casa, carro, dinheiro, etc., não são um fim em si mesmos, mas tudo deve ser para o bem estar da família.

É uma contradição quando percebe-mos pessoas se esforçando no traba-lho, construindo casa, pensando em melhorar as condições de vida sem, no entanto, dar atenção prioritária à sua família. A família não é feliz apenas com coisas, mas ela é mais feliz com pessoas. Não é “o quê” que faz uma fa-mília feliz, mas “quem”.

É um engano achar que se pode negligenciar a família por um tempo e algum dia tentar desenvolver uma vida familiar mais focada. Os dias são dife-rentes, uma oportunidade nunca volta, os filhos crescem e saem de casa, a idade chega e com ela as limitações que impedem muitas atividades de la-zer. O dia para priorizar a família é hoje.

O que você pode fazer hoje para que sua família seja mais unida, tenha mais momentos de comunhão e viva mais feliz?

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Gênesis 7.1

Terça-feira: Efésios 6.4

Quarta-feira: Provérbios 22.6

Quinta-feira: Êxodo 20.12

Sexta-feira: 2Timóteo 3.14-17

Sábado: 2Pedro 3.18

Domingo: Salmos 127:1

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LIÇÃO 4DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

ENCURTANDO A DISTÂNCIA ENTRE SUA FAMÍLIA E DEUS

Tiago 4.8a

A Bíblia deixa claro para nós que Deus é um ser pessoal. Ele ama, se alegra, fica triste, fala, ouve, tem emoções, etc. Como uma pessoa, Deus tem o desejo de se relacionar com os homens, estar perto deles.

No entanto, apesar de ser um ser pessoal e perfeitamente bom, Deus não faz o que o homem não deseja. Por mais polêmico que isso possa parecer, a questão está na liberda-de de escolha que Ele mesmo nos deu e na capacidade que temos de pensar e ter consciência. Assim, Deus nos convida a uma comunhão com Ele, mas aguarda a inclinação de nosso coração para isso.

Pensando dessa maneira, que é a maneira bíblica, devemos sempre

analisar se estamos caminhando ao lado do Senhor, se estamos dando a Ele o espaço em nossas vidas de forma espontânea e alegre, ou não.

E quanto à família? Será que Deus está no meio de nossas fa-mílias? Será que estamos perto ou longe dEle? A que distância sua fa-mília está de Deus?

A Bíblia diz que se depender de Deus, ele estará sempre perto: “Perto está o Senhor” (Fl 4.5). Mas, muitas vezes, o homem tem se afastado dEle. Será o caso da nos-sa família?

Bom, seja como for, esta lição tem como objetivo provocar um pensa-mento sobre encurtar a distância entre sua família e Deus.

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Para tanto, é preciso saber que:- Deus está sempre por perto“Ainda que eu andasse pelo vale

da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4).

Davi faz uma interessante reflexão sobre a proximidade de Deus como a de um pastor cuidando do rebanho. É impressionante o fato do Deus todo poderoso se interessar em estar perto de nós.

O apóstolo Paulo também faz essa observação quando escreve aos Fili-penses, ele diz: “Seja a vossa mode-ração conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor” (Fp 4.5).

O próprio Jesus fez esta promessa aos discípulos, encorajando-os a cum-prirem a missão: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consu-mação dos séculos” (Mt 28.20b).

Quando eu era criança, tinha medo

de dormir no meu quarto sozinho, mas

quando meu pai sentava numa cadeira

próximo da minha cama, aguardando

eu dormir, eu fechava os olhos e me

sentia extremamente seguro, só por

saber que ele estava perto.

Saiba que Deus está sempre perto!

- A família precisa estar perto de Deus

A vida de uma pessoa é cheia de sur-presas, a de uma família é mais ainda, pois esta reúne várias pessoas com distintas atividades e direções.

Há várias razões para que uma famí-lia esteja perto do Senhor, porém va-mos pensar em apenas duas:

Já sabemos que a vida é feita de escolhas o tempo todo. Temos que fazer inúmeras escolhas em um dia, mais ainda em uma semana e se pen-sarmos em meses, anos e décadas, perceberemos que, para a vida seguir um rumo seguro precisamos acertar nas escolhas, então, se consultarmos o Senhor no momento de escolher, te-mos a garantia de que acertaremos no que optamos. Mas, como consultar o Senhor se não estivermos perto dEle? Logo, precisamos estar perto de Deus para que acertemos nas escolhas da vida: “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da língua” (Pv 16.1).

Outra razão pela qual precisamos estar perto de Deus é porque nunca sabemos o que nos reserva cada dia. Nossa expectativa é a de que tudo dê certo, tudo saia conforme o planejado, mas a realidade mostra que situações difíceis se apresentam de surpresa para nós, pegando-nos despreparados e vulneráveis. Nessas horas, quem está perto de Deus fica tranquilo, pois é só pedir sua ajuda, é só falar com Ele. Como falamos com um amigo de quem ficamos perto. “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?” (Sl 121.1).

Em se tratando de família, essas necessidades de decisão e as surpre-sas que surgem aumentam muito e se diversificam, pois, como já menciona-mos, a família é composta de várias

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pessoas e cada uma tem uma realida-de. Assim, é fundamental que a família esteja perto de Deus. Uma família per-to de Deus sabe onde buscar socorro: “ O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Sl 121.2).

Uma família perto de Deus saberá fa-lar com Ele quando precisar, terá faci-lidade em acessá-lo diante das neces-sidades, além de perceber a direção dEle para os seus dias. “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9).

- A família precisa buscar a proxi-midade de Deus

Como já mencionamos, Deus não quer ser acessado de vez em quando, mas Ele quer um relacionamento contí-nuo. A Bíblia nos mostra a maneira de atrairmos Deus para perto de nossa fa-mília: “Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós” (Tg 4.8a).

Não devemos ter encontros casuais com Deus, mas devemos levar nossa família a encontros intencionais com Ele. Encontros casuais é quando ora-mos para resolver um problema, quan-do temos um grande motivo de gratidão e quando vamos à igreja para cultuar. Tais encontros são importantes, mas não deveria ser o padrão. Bom é man-ter a família conectada com Deus, não apenas em momentos de dificuldades, de grande gratidão ou nos encontros religiosos, mas sim incluí-lo no cotidia-no da família, torná-lo íntimo, presente na história de nossos dias.

O Senhor está perto! Incluí-lo no co-tidiano da família deve ser nosso ob-jetivo, para encurtar a distância entre nossa família e Deus.

O que fazer?A primeira coisa a fazer é ter um plano.Que tal você fazer um propósito no

seu coração? Se esforçar mais, se em-penhar mais para que sua família este-ja mais junto de Deus?

Além da rotina religiosa que sua fa-mília tem, há duas outras coisas que é importante fazer para estar mais perto de Deus:

1 – Inclua Deus em todos os as-suntos de sua família:

Em todos os lugares, em todos os momentos, não perca a oportunidade de, ao perceber um agir de Deus, des-tacá-lo para sua família. Por exemplo: A família está reunida para uma refeição, além da oração de gratidão, pode-se, ao longo deste momento, comentar so-bre a bênção do cuidado de Deus, de sua provisão, etc. A família está num momento de lazer, que tal comentar sobre essa bênção proporcionada por Deus? Alguém da família cometeu um pequeno gesto pecaminoso, não deixe de comentar sobre esse pequeno erro, por mais inexpressivo que possa pa-recer. Isso leva a família para perto de Deus e o atrai para seu meio também.

Fazer obras de caridade também deve ser uma prática costumeira. Erra-mos muito quando não levamos nossa família a dividir o pão, o agasalho e o dinheiro com quem tem menos do que nós. Deus está onde existe uma fé prá-tica e não apenas teórica: “Assim tam-bém a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17).

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2 – Não se esqueça de incluir sua fa-mília nas suas conversas com Deus:

Aproveite todas as oportunidades para falar de sua família para Deus. Para agradecer, interceder, pedir bên-ção, proteção, perdão, direção, etc. Alguém disse certa vez: “Se você não consegue falar de Deus para seus fi-lhos, fale de seus filhos para Deus”. Que maravilha de palavra! Saber que podemos buscar no próprio Deus a ajuda de que precisamos para que Ele esteja no meio de nossa família.

Não se esqueça de que Deus quer estar perto da família, mas é preciso que alguém da família tenha o firme propósito de buscá-lo de todo o cora-ção para isso.

Se sua família estiver longe de Deus e você está triste porque não vigiou e sua família se distanciou do Senhor, não desanime, pois há uma promessa para você, se fizerdes o que é certo: “Buscar-me-eis, e me achareis, quan-do me buscardes de todo o vosso cora-ção” (Jr 29.13).

Reflita:Você tem planos pessoais? Creio

que sim. E para sua família?Que tal ter como objetivo traçar um

plano para encurtar a distância entre sua família e Deus? Cada família tem sua característica própria: umas gos-tam de passear, outras de brincar, ou-tras de comprar, outras de comer, ou-tras de sorrir, outras de juntar amigos, etc. Cada família tem sua marca carac-terística. Porém, há algo que é comum a todas as famílias: o enfrentar tem-pestades na vida. Muitas vezes, lutas desafiadoras vêm e pegam a família

de surpresa. Isso é comum, não temos como evitar a intempéries da vida, mas a questão que importa é: a que distân-cia a sua família está de Deus?

Quanto mais perto de Deus, menos a tempestade vai causar danos; quanto mais perto de Deus, melhor a família vai estar preparada para enfrentar as lutas.

Tenha a sua família a característica que tiver, o jeitão que tiver, mas lembre--se de não permitir que ela fique longe de Deus. Como as crianças num par-que de diversão, podem correr, pular, sorrir, brincar à vontade, mas não ficam longe de seus pais, pois não sabem quando vão precisar deles.

Para pensar e agir:Não se esqueça: Deus criou a famí-

lia, Ele tem interesse em abençoá-la e só Ele saber como cuidar tão bem da nossa família.

As tempestades se caracterizam por sua força e, muitas vezes, por chega-rem de surpresa. Todas as famílias as enfrentam, mas as que estiverem mais perto de Deus enfrentarão melhor os momentos difíceis.

Encurte a distância entre sua família e Deus. Tenha isso como meta para sua família e você estará dando a ela a melhor coisa que se pode oferecer.

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Salmos 140.12-13

Terça-feira: Salmos 34.18-19

Quarta-feira: Gênesis 3.8

Quinta-feira: Salmos 46.1

Sexta-feira: Mateus 6.33-34

Sábado: Salmos 40.1-3

Domingo: Salmos 139.23-24

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LIÇÃO 5DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

PAIS E FILHOS ENCURTANDO A DISTÂNCIA

Efésios 6.1-4

O relacionamento entre pais e filhos está sendo alvo de muitas opiniões, especulações e até leis. Tais especu-lações e leis, em vez de ajudar, es-tão trazendo confusão para muitas famílias. Acontece que existe uma lei maior e perfeita, que é a Lei de Deus, e quem procura submeter sua família a esta lei não sofre com as opiniões, especulações e nem com as leis dos homens.

Há um fato lamentável presente hoje em muitas famílias: pais e filhos que se tornam distantes, indiferentes, estranhos e, em alguns casos, até ini-migos. Não se pode educar filhos de

longe; também não se pode aprender com os pais se não estiver perto de-les. A Palavra de Deus, autoridade absoluta no assunto, nos mostra o caminho do bom convívio entre pais e filhos: andar juntos, ficar próximo.

Pais sofrem porque seus filhos não atendem às suas expectativas; filhos sofrem porque não suportam a pres-são dos seus pais. E, assim, tem se instalado um ambiente perigoso nes-sa relação tão importante.

Famílias onde pais e filhos não são amigos próximos sofrem muito. Os pais precisam dos filhos e os filhos precisam dos pais. Além disso, o vín-

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culo entre eles é muito forte, cheio de paixão, e onde há muita paixão tam-bém há frustração e dor. Pais e filhos não deveriam deixar passar a oportu-nidade de se aproximarem e aprende-rem a conviver dentro de uma relação de carinho, apoio, cumplicidade e amor.

Para tanto, é preciso saber que:- Os filhos são bênçãos na vida

dos pais.A Palavra de Deus diz que os filhos

são herança. Sabemos que herança é um bem deixado a um herdeiro. Deus dá os filhos como um grande presen-te aos pais. Mesmo diante de todas as infelicidades experimentadas por mui-tos pais e filhos, a realidade é que aos olhos de Deus e nos planos de Deus os filhos são bons presentes dEle para os pais.

Em todas as fases da vida de um casal, a presença dos filhos trazem alegria, aprendizagem e segurança. Quando os pais envelhecem, são os filhos, educados com carinho, que lhes prestam a assistência de que precisam. Os filhos dão os netos e, assim, a his-tória de um homem e de uma mulher se perpetua.

Todo pai e toda mãe devem, ao olhar para seus filhos, vê-los como bênçãos de Deus e, vendo-os desta maneira, terem um coração cheio de gratidão a Deus por eles.

- Os pais são bênçãos na vida dos filhos.

De igual modo, os filhos também precisam perceber que seus pais são

bênçãos de Deus em suas vidas. O

que seria dos filhos se não fosse o sa-

crifício, por amor, que seus pais fazem

por eles? Não se trata de um investi-

mento interesseiro, mas uma doação

pelo amor.

Ao nascer, uma criança só sobre-

vive por causa da devoção e entrega

de seus pais em cuidar dela. A partir

do nascimento, em cada fase de sua

vida, os filhos receberão, da parte de

seus pais, o tratamento que lhes dará

condições de serem bons cidadãos, te-

mentes a Deus, bons construtores de

família, etc.

Os filhos devem, ao olharem para

seus pais, fazê-lo com os corações

cheios de gratidão a Deus por suas

vidas.

- O relacionamento entre pais e fi-lhos precisa ser construído.

Apesar de todas as coisas boas que

existem no vínculo entre pais e filhos,

precisamos admitir que tal relaciona-

mento não é fácil. Como já dissemos,

é um relacionamento cheio de emoção,

logo, é extremamente propício a decep-

ções e mágoas. Quanto mais se espera

de um relacionamento, mais vulnerável

ele se torna para as frustrações e triste-

zas. É preciso saber construir um bom

relacionamento entre pais e filhos.

Desde os primórdios da humanida-

de, até a era da Igreja Primitiva, os re-

gistros bíblicos não escondem as ten-

sões vivenciadas por pais e filhos, mas

também revela as alegrias em muitos

outros casos.

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O que importa, neste estudo, é que cada pai, mãe e filho devem ter a cons-ciência de que precisam se esforçar para construir um bom relacionamen-to entre si. O fato de receber filhos da parte de Deus não significa que o rela-cionamento com eles será maravilhoso apenas pelo vínculo da paternidade/maternidade. Não há relacionamentos bons espontaneamente, todos os bons relacionamentos precisam ser constru-ídos, e isso se aplica, principalmente, a pais e filhos.

O que fazer?A primeira coisa a fazer é refletir so-

bre a importância que você dá a este assunto. Ninguém consegue se esfor-çar até onde for preciso para alcançar algo com o qual não se importa tanto. Depois, deve-se avaliar em que con-dição está o seu relacionamento com seus filhos/pais.

Lembre-se que a única coisa que tem força para vencer qualquer situação é o amor. De nada adianta ter fé e espe-rança se não tiver amor, pois o amor é maior do que qualquer coisa (1Co 13.13). Vale lembrar que o amor não é um mero sentimento ou desejo, o amor é uma prática, uma ação; o amor se mos-tra nas atitudes e não no discurso. De nada adianta dizer que ama, se não for capaz de, nos pequenos detalhes do dia a dia, demonstrar esse amor. De nada adianta dizer que ama, se o trato carinhoso estiver condicionado ao merecimento do outro. De nada adianta dizer que ama, se houver mais críticas do que elogios ao outro.

Para os pais:Em cada fase dos filhos os pais de-

vem se relacionar com eles com um tipo de linguagem:

- Quando bem pequenos, o toque ca-rinhoso é a linguagem;

- Na primeira infância, brincar juntos e contar histórias;

- Na pré-adolescência e adolescên-cia, os pais devem abraçar (nunca em público), estar ao alcance, mas respei-tar os momentos de reclusão dos filhos. Não expor e entender que, na maioria das vezes, quem grita com os pais e sai batendo a porta são os hormônios – claro que isso não deve ser incenti-vado, mas tratado com a sensibilidade que o caso requer;

- Quando jovens, os pais devem conversar abertamente, usando a fala direta e clara, sem rodeios. Não fazer chantagens emocionais – tipo ficar com cara de triste porque o filho não vai fi-car para o almoço, etc. (Outras orienta-ções podem ser vistas no livro “Nós e Nossos Filhos” – Autor Pr Nataniel Sa-bino – Publicado pela UFMBB à venda no site: www.soucasadoefeliz.com.br).

Enfim, os pais devem educar os fi-lhos na Palavra do Senhor tomando o cuidado para não lhes provocar a ira (Ef 6.4).

Para os filhos:- Entender que os pais querem sem-

pre o melhor para os filhos, embora nem sempre saibam demonstrar isso;

- Saber que os pais também erram e não fazer exigências de que acertem sempre;

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- Honrar sempre os pais e respeitá--los, em todos os lugares, inclusive em público (Ef 6.1-2).

- Ser gratos a Deus pela vida de seus pais, pois foi Ele quem os escolheu para vocês;

- Ser carinhosos com seus pais, eles adoram isso;

- Demonstrar preocupação com a saúde e o bem estar de seus pais, eles sentirão segurança;

- Não fazer exigências financeiras além do limite de seus pais, eles so-frem com isso.

Em todos os momentos, sejam amo-rosos e carinhosos. Isso vale tanto para os pais quanto para os filhos.

Reflita:A Palavra de Deus diz que os pais

devem educar os filhos no temor do Senhor e sem lhes provocar a ira, em contrapartida, os filhos devem obede-cer e honrar os seus pais.

Não basta aos pais dar comida, es-cola, saúde e casa para morar, é preci-so dar o mais precioso (e também mais negligenciado) que é a presença de qualidade, o amor, o afeto, o carinho e a participação na vida dos filhos.

Também não basta aos filhos dar obediência e respeito, é preciso dar carinho, ajuda espontânea, presença e participação na vida dos pais.

Os filhos aprendem com seus pais pelo exemplo, e isso funciona melhor se for de perto e não de longe. Há coi-sas que os filhos podem aprender de longe com seus pais, mas há outras,

que são fundamentais na vida, que só se aprende bem de perto, como ca-ráter, crença e equilíbrio emocional. Abraço, beijo e carinho não funcionam por email, telefone ou WhatsApp. Es-sas coisas que são de suma importân-cia na vida de pais e filhos, só funcio-nam ao vivo, de perto.

Para pensar e agir:A que distância você está de seus

filhos, ou de seus pais? A resposta a essa pergunta vai apontar para o diag-nóstico exato de um dos problemas que têm afetado e enfraquecido as famílias: pais e filhos distantes e sem cumplici-dade. É importante ressaltar que não se trata de uma distância física, mas emocional e afetiva. Muitos pais e fi-lhos estão sob o mesmo teto, comem à mesma mesa, mas seus mundos são isolados, não se encontram emocional-mente, nem afetivamente.

Pais, divirtam-se com seus filhos; fi-lhos, divirtam-se com seus pais. Encur-tem a distância. Quem se diverte junto se ama mais, fortalece mais o vínculo, aprende mais um com o outro e isto é fundamental para a saúde emocional e física, bem como a harmonia da família.

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Êxodo 20.12

Terça-feira: Efésios 6.4

Quarta-feira: Colossenses 3.21

Quinta-feira: Provérbios 29.15,17

Sexta-feira: Provérbios 23.22-23

Sábado: Lucas 15.11-32

Domingo: Colossenses 3.20

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LIÇÃO 6DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

A VIDA FINANCEIRA DA FAMÍLIA

Mateus 6.24

Recessão, inflação e juros são temas obrigatórios em todos os telejornais, de todos os canais de TV, todos os dias. Produtos, serviços, governo, e tantas outras áreas que nos afetam, tratam o tempo todo de dinheiro. Além disso, existem as muitas ofertas de jogos e estratégias oferecendo riqueza fácil.

Todas as famílias vivem o seu dia a dia lidando com questões financeiras. Dinheiro é algo que serve para ajudar as pessoas; toda a organização de

nossa vida passa, obrigatoriamente, pela questão financeira. Porém, este é um assunto que tem atrapalhado muita gente.

A vida financeira pode ser um fator de grande alegria, de prazer, de se-gurança, de realização. Mas, também pode ser a grande tragédia de uma fa-mília. Uma vida financeira bem equili-brada proporciona, aos membros da família, a oportunidade de desfruta-rem uma vida prazerosa e satisfatória.

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Porém, esse equilíbrio não diz respeito à quantidade de dinheiro que uma fa-mília possui, mas à maneira como esta família se relaciona com a quantidade de dinheiro que possui. Relacionar-se de forma correta com o dinheiro traz uma condição de vida favorável ao bem estar da família, ao passo que dívidas, apertos financeiros e ambições de ri-quezas podem causar, inclusive, o fim da família.

Toda família precisa ter uma vida fi-nanceira equilibrada!

Para tanto, é preciso saber que:- O dinheiro é um assunto espi-

ritualNenhum crente deve ter receio de fa-

lar sobre dinheiro, ao contrário, todo o crente precisa entender o poder do di-nheiro, quando usado de forma bíblica.

Jesus não excluiu o dinheiro de seus ensinamentos, antes, ele ensinou aos seus discípulos como se relacionar com ele. Na parábola dos talentos, por exemplo, ele ensinou a mordomia dos dons através de investimentos finan-ceiros (Mt 25.26-27).

Em outra passagem, o Senhor fala sobre o pagamento de impostos: “Res-ponderam: De César. Então lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21).

Através do profeta Malaquias, Deus fala da consagração de parte do dinhei-ro que cada crente deve fazer para o sustento de sua obra na terra (Ml 3.10).

Nenhuma família deve separar a questão financeira da espiritual, pois

a espiritualidade passa pelo relaciona-mento com o dinheiro.

- O dinheiro não é um fim em si mesmo

Desde muito cedo as crianças são bombardeadas com a ideia de que se tiver muito dinheiro, viverá melhor. Mui-tos pais também passam esse conceito para seus filhos quando, por exemplo, falam que precisam estudar para ga-nhar muito dinheiro.

Dinheiro é uma coisa neutra, a ma-neira como o utilizamos é que vai defi-nir se ele abençoará ou a amaldiçoará nossas vidas.

O objetivo do dinheiro é permitir que as pessoas tenham suas necessidades básicas atendidas, a fim de poder des-frutar a vida. Ter muito dinheiro não é sinônimo de segurança nem de felici-dade, muito menos de satisfação. Ao contrário, pessoas que não ostentam riquezas vivem mais livres, e assim conseguem atentar para as verdadei-ras riquezas à sua volta, tais como: amizades sinceras, liberdade para caminhar livremente por onde quiser, despreocupação com investimentos de riscos, ajuda aos mais pobres, etc.

É preciso que a família cultive o pensamento de que o dinheiro não é o objetivo principal do trabalho, mas a satisfação que ele pode proporcionar. E esta se encontra principalmente nas coisas mais simples: “por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, este-jamos com isso satisfeitos” (1Tm 6.8).

- O dinheiro pode se tornar o se-nhor de uma pessoa

Quantas brigas e separações conju-

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gais acontecem por causa de dinheiro? São muitas. O dinheiro é uma das prin-cipais causas de divórcio. Isso porque se permite que ele ocupe um espaço indevido, o de senhor da vida.

Quando Jesus faz o alerta de que não se pode servir a dois senhores, usando o dinheiro como um dos senho-res, ele está mostrando o perigo que há no mau entendimento sobre o dinheiro. O Senhor chega a colocar o dinheiro, como adversário do próprio Deus: “Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24). Que lamentável saber que existem pessoas e famílias em que o dinheiro ocupa o lugar que deveria ser ocupado por Deus!

O desejo de possuir cada vez mais dinheiro leva à ruína: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em arma-dilhas e em muitos desejos descontro-lados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destrui-ção, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofri-mentos” (1Tm 6.9-10).

Desde cedo os pais devem ensinar aos filhos, através do exemplo, o de-vido papel do dinheiro na vida de uma pessoa.

- A vida financeira requer plane-jamento

Há uma frase de Henry Ford, consi-derado pai da administração, que diz: “Quem falha em planejar, planeja falhar”.

Certamente uma das áreas mais difí-ceis de planejar é a financeira. Por isso existem tantos especialistas para orien-

tar nessa questão, desde os especialis-tas para grandes investidores até os que ensinam sobre finanças domésticas.

O maior problema das famílias en-dividadas não tem a ver com o baixo salário que ganham, mas sim com a falta de zelo em planejar suas finanças dentro da realidade e obedecer o pla-nejamento que faz.

Jesus também falou sobre isso em seus ensinos (Lc 14.28-30).

Quem não quer ter o trabalho de fazer as contas e honrá-las, não pode desejar que sua família tenha uma vida financeira sem angústias.

O que fazer?Ore pedindo ajuda a DeusA Bíblia diz que não devemos andar

ansiosos por coisa alguma, mas levar tudo a Deus em oração para que te-nhamos paz (Fl 4.6-7). Desta maneira, o pedido por uma vida financeira ajus-tada e equilibrada deve ser feito a Deus também. É claro que Deus não vai res-ponder de forma mágica, resolvendo nossas contas, mas vai nos dar direção para que isso ocorra.

Nada deve ser começado em nossas vidas sem que primeiro seja levado ao conhecimento de Deus em oração. O texto diz que tudo deve ser levado a Ele em oração.

Coloque o dinheiro no seu devido lugarExistem coisas mais importantes do

que o dinheiro que são colocadas em segundo plano, por exemplo: nossa vida em família vem antes do dinheiro, nossas amizades vêm antes do dinhei-ro, nossa devoção a Deus vem antes

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do dinheiro, nosso trabalho vem antes do dinheiro, etc. O problema financeiro começa quando alçamos o dinheiro à uma posição que não é a dele. O di-nheiro não pode receber mais impor-tância do que realmente tem, não pode receber mais atenção do que merece, não pode usurpar o lugar de coisas mais importantes do que ele.

Quem não põe o dinheiro em seu de-vido lugar, atrai para si, e sua família, todos os demais males (1Tm 6.10).

Faça as contasPor mais simples que possa parecer,

é necessário fazer um orçamento. Um bom orçamento pode fazer mais por uma família do que 40 anos de FGTS. Não precisa ser expert em finanças para fazer um bom orçamento domés-tico. Trata-se de basicamente anotar as receitas (quanto se ganha) e as despesas (quanto se gasta) e arran-jar as contas de maneira que o que se gasta não seja maior do que o que se ganha. Isso é tão óbvio e tão simples que a maioria das famílias despreza esse recurso.

Se a família estiver endividada, deve começar o orçamento listando todas as dívidas, não deixando nada de fora, nem os pequenos valores, pois são eles que, somados, terminam por en-dividar as pessoas. É importante levar um grande susto ao olhar para essa lis-ta. Depois, iniciar o processo de “liber-tação” das dívidas, pague as menores primeiro, antes que cresçam e se tor-nem grandes, depois pague as que en-volvem o nome de terceiros (fiadores),

e negocie com os credores as dívidas maiores até que caibam no orçamento.

É importante ressaltar duas coisas: não prive sua família das necessidades básicas para pagar dívidas e nem faça outras dívidas até que se equilibre tudo.

Honre a Deus com seu dinheiroTodos precisam se colocar na fun-

ção de mordomos do Senhor. Ele sabe onde, quando e como devemos inves-tir nosso dinheiro. Não ganhe dinheiro sem abençoar outras pessoas mais pobres. Faça doações sistemáticas para quem precisa mais do que você (Mt 25.34-40).

Contribua com a obra do Evangelho. Dê o dízimo de tudo e seja generoso nas ofertas!

Para pensar e agir:Toda família precisa aprender a usar

o dinheiro para se alimentar bem, se vestir bem, ter uma casa digna para mo-rar, servir a causa do Evangelho, ajudar os mais pobres, ter atividades de lazer, estudar e cuidar da saúde, e fazer uma previdência para os dias mais difíceis que possam vir. Pois é para isso que serve o dinheiro, ele é servo e não se-nhor. Deus é o único Senhor!

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Provérbios 3.9-10

Terça-feira: Provérbios 6.6-8

Quarta-feira: 2Tessalonicenses 3.10-12

Quinta-feira: Provérbios 22.7

Sexta-feira: Lucas 14.28-30

Sábado: Filipenses 4.6-7

Domingo: Mateus 6.31-33

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LIÇÃO 7DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

PLANEJAMENTO EM FAMÍLIA - BASE PARA UM CONVÍVIO HARMONIOSO

Neemias 4.14c

Uma das maiores batalhas das famílias nos dias atuais é o tempo. Como ele se tornou precioso!

O maior prazer de uma pessoa deve ser a convivência em família. Pois a família é o núcleo a partir do qual cada um se abastece, quer seja de encorajamento, apoio, alimento fí-sico, orações sinceras, carinho, etc.

Acontece que a vida moderna tem interferido de maneira prejudicial no convívio familiar. Os membros da família vivem numa grande corre-

ria, cada um com suas metas, suas obrigações e suas agendas superlo-tadas de compromissos, quer sejam profissionais, acadêmicos, religiosos, sociais, de lazer e tantos outros.

Com esse corre-corre frenético a vida em família fica tremendamente prejudicada. Cônjuges se relacionam superficialmente; pais e filhos quase não se encontram. Isso sem falar em férias, lazer, refeições e outras coi-sas mais que a família deveria parti-cipar unida.

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O comportamento da sociedade mu-dou, trazendo uma série de novidades e necessidades com as quais as famí-lias não estavam habituadas. Isso pro-vocou uma mudança no comportamen-to dentro dos lares, as pessoas ficaram mais distantes de assuntos comuns do cotidiano familiar. Neste cenário a mensagem de Neemias deve ecoar em nossos corações como um brado dos céus: “lutai pelas coisas que amais; pe-los vossos irmãos, vossos filhos, vos-sas filhas, vossa mulher e vossa casa” (Ne 4.14c).

Tornou-se imperativo que as famílias se adequem, a fim de não perderem a riqueza do bom e profundo convívio entre seus membros. Ter um relaciona-mento prazeroso e harmonioso em fa-mília requer um bom planejamento em algumas áreas imprescindíveis.

Para tanto, é preciso saber que:- Cuidar bem da família é um refe-

rencial da fé.Nossa primeira preocupação é, e

deve ser, saber se estamos agradando ao Senhor, e o cuidado com a família nos dá esta resposta: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principal-mente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (1Tim 5.8). De nada adianta muito trabalho, muito es-tudo, muita devoção religiosa se não houver um bom cuidado com a família. Há muitos com o falso entendimento de que estão praticando a fé, quando a falta de zelo com suas famílias revela exatamente o contrário.

- O bom cuidado com a família in-clui todas as suas necessidades.

Às vezes ouvimos pessoas dizendo que tratam bem de suas famílias por não deixar faltar nada a elas. Aconte-ce que sempre se referem ao alimento, roupa, casa, remédio e educação. Tais coisas são importantes e é uma obriga-ção dos pais, nada mais que o cumprir de um dever. Ninguém deve se vanglo-riar ao atender as necessidades bási-cas de suas famílias. Afinal, é isso que se espera. Mas existem outras neces-sidades da família que precisam ser, de igual modo, incluídas no planejamento.

Há muitas mensagens bíblicas que estão implícitas nos textos, portanto são verdadeiras e devem ser aprecia-das pelos filhos de Deus, por exemplo: “A tua mulher será como a videira frutí-fera, no interior da tua casa; os teus fi-lhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa” (Sl 128.3). Observe o que o texto revela da mulher e dos filhos do homem que teme a Deus.

A mulher é comparada a uma videira frutífera. O que sabemos sobre a videira é que trata-se de uma planta frágil, com galhos finos e flexíveis, cujo caule só se sustenta de pé se ela for amparada. Os cultivadores de uva fazem um varal de madeira, conhecido como parreira, e é este varal que apoia a planta para que se mantenha em pé. Que linda compa-ração! Uma mulher, como diz a Bíblia, precisa ser vista como mais frágil, não no sentido de fraqueza, mas de sensibili-dade, e por isso deve receber total apoio de seu marido para que, a exemplo do que diz o texto bíblico, seja frutífera.

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Logo, é necessário que o marido in-clua na sua lista de deveres domésti-cos o apoio à sua mulher. E a mulher, o entendimento de que necessita, a partir desse apoio, dar frutos. Ser fru-tífera é atender as necessidades da família como esposa, mãe e dona do lar (mesmo que a mulher tenha um em-prego fora de casa, ela continua sendo a dona do lar, responsável por ele).

E os filhos? O texto diz que “são como plantas de oliveira ao redor da mesa”. Podemos aqui fazer dois desta-ques: plantas de oliveiras são viçosas e fortes, isso aponta para filhos emocio-nalmente saudáveis. Ao redor da mesa dá a ideia de comunhão familiar, filhos envolvidos no contexto da família, participantes, próximos. Que imagem agradável esta!

Ah! O marido e pai também é con-templado neste quadro, pois ele é o homem bem aventurado. Isto é, um ho-mem feliz e realizado, alguém que tem uma esposa frutífera e filhos crescendo de forma saudável. A Bíblia diz: “Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor” (Sl 128.4). Po-rém, infelizmente esta não é a realida-de de grande parte dos lares cristãos.

O que fazer?A primeira coisa a fazer é concordar

com a necessidade de se fazer um pla-nejamento mais amplo para a família. Nada que é feito de forma forçada é útil. Assim, a família precisa entender e aceitar esse conceito de planejamento para seu convívio.

Considerar a necessidade e o ponto de vista de cada membro da família.

Logicamente que uma criança que ain-da não tem a noção de planejamento não poderá opinar, mas a partir de cer-ta idade os filhos podem, e devem, ser ouvidos por seus pais, além de ouvi-los também.

Marido e mulher devem traçar planos para toda a família, bem como para o casal. A presença dos filhos na vida do casal não deve impedir que marido e mulher tenham uma vida a dois mais reservada em alguns momentos. Isso não tem a ver apenas com a intimidade do casal na cama, mas com passeios, jantares com amigos, e outras formas de lazer a dois, sem a presença dos fi-lhos. É uma questão de equilíbrio: nem os filhos devem ser alijados de todos os passeios dos pais, nem os pais de-vem ser impedidos de curtirem seus momentos a sós.

Entender que a questão financeira não pode ser usada como desculpa para que a família não tenha seus mo-mentos de lazer. A saúde financeira é questão de planejamento e não de quantidade de dinheiro. Se todos esti-verem de acordo diante de um plane-jamento será muito mais fácil reservar os recursos necessários para colocá-lo em prática.

Há pessoas que acham, pelo com-portamento que têm, que santidade é participar de todos os eventos da igre-ja, mesmo que isso sacrifique o tempo da família. É importante destacar que gozar a vida em família é uma das me-lhores maneiras de glorificar o Criador da família. Quando a Bíblia aponta o perfil dos candidatos ao pastorado ela

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menciona o bom cuidado com a família como critério básico para o sacerdócio. “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mu-lher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospi-taleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, mas modera-do, inimigo de contendas, não ganan-cioso; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)” (1Tm 3.1-5).

O zelo com os trabalhos religiosos é im-portantíssimo e deve ser cultivado e ensi-nado aos filhos, mas que este não custe a comunhão e todo o lazer da família.

Reflita:A percepção do valor da família, as

mudanças de comportamento da so-ciedade que influenciam na qualidade de vida de um lar e ainda a escassez de tempo da vida moderna, devem nos levar à ações imediatas de investimen-to num planejamento familiar.

Nas próximas lições vamos tratar mais precisamente de algumas áreas que devem merecer nossa atenção no aspecto do planejamento em família.

Para pensar e agir:Porque trabalhamos tanto? Para dar

uma qualidade de vida melhor à família.Qual nosso maior alvo de orações?

Provavelmente as questões que envol-vam nossa família.

Aonde encontramos refúgio e des-canso nos piores dias de nossas vi-das? No seio da família.

Qual o lugar onde nos sentimos mais seguros? Em nossa casa, junto à família.

Bom, essas perguntas poderiam se estender muito. O importante é per-cebermos o quanto a família é deter-minante em nossas vidas. Isso revela que é nela que deve acontecer o nosso maior investimento.

A família que possui um planejamen-to para seu melhor aproveitamento da vida é, sem dúvidas, uma família mais feliz, mais forte, mais unida e mais sau-dável. Mas o tempo passa e, se o pla-nejamento não acontecer hoje e se as oportunidades não forem aproveitadas hoje, pode ser que se percam bons mo-mentos e não se recupere mais.

Quantos dariam tudo o que conquis-taram na vida para ter a oportunidade de recomeçarem suas famílias nova-mente? Além de isso não ser possível, não há esta necessidade.

Que tal começar a pensar na família de forma mais focada e prioritária?

Lembre-se sempre desta frase: “Ne-nhum sucesso na vida compensa o fra-casso no lar”.

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Salmos 39.4-5

Terça-feira: Efésios 5.16

Quarta-feira: Lucas 14.28-31

Quinta-feira: Gênesis 2.23,24

Sexta-feira: Deuteronômio 6:5-9

Sábado: Provérbios 16:3

Domingo: 1Samuel 1.10,11

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LIÇÃO 8DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

DIAS DE DESCANSO EM FAMÍLIA

Êxodo 31.15a

Descansar é um mandamento. To-das as pessoas que separam um dia por semana, para nele descansar, não deve sentir culpa por fazê-lo, po-rém se não fizer isso, aí sim, haverá um pecado.

O dia de descanso, porém, não deve ser usado de qualquer maneira, ele foi ordenado para que o homem pudesse se “recuperar” dos trabalhos dos outros seis dias. Para os cristãos, este dia tor-nou-se também o dia de culto a Deus. A Bíblia menciona a Igreja Primitiva se reunindo sempre no primeiro dia da se-mana, que é o domingo (At 20.7).

Acontece que o dia de descanso tem, para muitos, se tornado um dia de muito trabalho na igreja. A ideia de se reunir para “cultuar ao Se-nhor” foi modificada para “trabalhar para o Senhor”. Há uma diferença: no culto nós não trabalhamos, ape-nas adoramos, louvamos, apenas cultuamos. Mas quando este dia é utilizado para sair às ruas para fa-zer evangelismo, para participar de reuniões extremamente cansativas, para fazer visitas a hospitais e pre-sídios, então o dia de descanso vi-rou dia de trabalho.

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Muitos gostam desse tipo de traba-lho no domingo, mas a pergunta que se deve fazer é: E a família, como fica? Numa família em que as pesso-as trabalham inclusive aos sábados, como fica a folga em família? Como os membros da família aproveitam o único dia que têm para ficarem juntos? Tudo bem se todos podem ter outro dia ex-clusivamente para o lazer em família, neste caso, o domingo pode ser preen-chido com trabalhos religiosos.

O que falta, em muitos crentes, é o entendimento de que um passeio no domingo com a família não é menos espiritual do que uma reunião de pla-nejamento na igreja, ao contrário, a mordomia bíblica é mais bem exercida quando se dá essa atenção à família. Há crentes visitando presos e descui-dando da atenção com seus filhos, há outros utilizando todos os domingos para ir aos hospitais, enquanto sua família “adoece” emocionalmente por sua ausência. É preciso separar um dia por semana para se dedicar ao des-canso em família.

Para tanto, é preciso saber que:- Descansar uma vez por semana é

uma orientação de Deus.Há muita discussão sobre a guarda

ou não do sábado. No tempo da lei, o sábado foi separado, não por ser sá-bado, mas para ser o dia do descanso. Isso já estava revelado na própria cria-ção, antes da lei, quando diz que Deus trabalhou seis dias e descansou no sé-timo (Gn 2.2-3).

Moisés recebeu as leis onde incluía um dia para o descanso. A partir da ressurreição de Jesus, no primeiro dia da semana, este passou a ser o dia em que a Igreja se reunia. Hoje, o nosso calendário, separa o domingo como o dia em que não há expediente nem tra-balho nas empresas (com exceção dos serviços imprescindíveis), portanto um dia ideal para o descanso.

- O dia de descanso é uma exce-lente oportunidade para a família es-tar junta

Com a correria do dia a dia é muito difícil a família ter um tempo de qualida-de para passar junta. Todos nós sabe-mos da importância que há no convívio em família, por isso, o dia de descanso deve priorizar a vida em família, inclusi-ve para falar das coisas de Deus, com tempo, para os filhos (Dt 11.19).

Amanhecer em família, sem a preo-cupação com agenda, horário, trânsi-to, etc. – eis um momento de grande importância! São nesses dias que a família tem a oportunidade de conviver, quer seja dentro de casa com brinca-deiras, lanches e refeições juntos, quer seja em passeios, ou, para quem tem folga apenas aos domingos, irem à igreja juntos para cultuar a Deus e, de lá, aproveitarem o restante do dia em um passeio ou voltando juntos para o aconchego do lar.

- Estar em família é uma excelen-te oportunidade de aprofundar os vínculos.

São nos momentos de ociosidade que as pessoas ficam mais tranquilas para um relacionamento mais focado.

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Na folga não há estresse, temos mais paciência para ouvir, sentir e obser-var o outro. Marido e mulher precisam aprofundar o conhecimento mútuo, precisam aprender a comunicar pen-samentos e sentimentos, e isso só é possível em momentos de tranquilida-de. Casamentos em que os cônjuges preenchem os momentos de folga com trabalhos são sacrificados e tendem a ficar vulneráveis.

São nos dias de folga também que os pais têm a oportunidade de se co-municarem com os filhos de uma ma-neira mais tranquila, podendo ouvir com calma e falar também com calma. Esses são momentos riquíssimos de ensino e aprendizagem que não de-vem ser preenchidos por outros afaze-res. Os filhos precisam ouvir o pai e a mãe para que se desenvolvam de for-ma segura e saudável (Pv 1.8). Essa recomendação bíblica encontra melhor oportunidade para acontecer, princi-palmente, nos momentos de folga e profundo relacionamento.

É certo que tanto o casamento quan-to a educação dos filhos não devem acontecer somente nos dias de folga. Todos os dias a família precisa inte-ragir, mas num dia de folga o vínculo pode se aprofundar mais pela qualida-de do tempo que se passa junto.

O que fazer?A primeira coisa a fazer é ter a cons-

ciência do quão importante é ter um dia de descanso por semana com a família. A segunda coisa, é agir nessa direção. De nada adianta ter conhecimento da

importância do descanso em família, sem pôr isso em prática. A boa intenção sem ação não ajuda em nada.

Também é necessário saber que, para quem não tem esse costume, ha-verá a necessidade de empreender um esforço para adquiri-lo. De qualquer ma-neira, não podemos ficar só na inten-ção. A Bíblia exorta a que não sejamos apenas bem intencionados (Tg 1.25).

Para quem não tem o hábito de pas-sar um dia “sem fazer nada” com a famí-lia precisa entender que iniciar essa prá-tica não será fácil. Isso não acontecerá por si só, nem ocorrerá da noite para o dia. Toda prática, para se tornar hábito, precisa de repetição. Esta é uma prática que só ocorrerá se for intencional.

Se a família tem o sábado e domingo de folga, talvez o sábado seja a melhor oportunidade, pois nele não constará horário para o culto. Geralmente o do-mingo é muito corrido para os crentes e as pessoas não conseguem relaxar em família. Para quem trabalha inclusi-ve no sábado haverá a necessidade de não encher a agenda com compromis-sos com a igreja, a fim de ter o domingo também para a família.

A melhor maneira de incluir folga em família na agenda é quando isso acontece por iniciativa dos pais, pois os filhos sempre querem esse tipo de coisa. Tirar folga com a família é tam-bém um ensinamento que os pais dão aos filhos (Pv 22.6). As mulheres, via de regra, são mais receptíveis a essa proposta, então caberá aos maridos a incumbência de se colocar disponível para a folga com sua família.

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Deve-se entender que o tempo jun-to à família deve ser para a família. De nada adianta o marido não trabalhar nesse dia, se ele passa o dia inteiro deitado no sofá assistindo televisão. Mesmo que seus filhos estejam por perto, isso não pode ser considerado folga em família.

Muitos pais reclamam que seus fi-lhos não saem do celular nem na hora das refeições, mas o que muitos pais não percebem é que eles também não dispensam seus programas preferidos na televisão. O mesmo esforço cobra-do aos filhos para deixarem o celular e se ligarem na conversa da família, vale para os pais em relação à TV, aos ami-gos, ao carro, à cozinha, ao “bico” para ganhar um extra, etc.

Vivemos um tempo de filhos viciados em internet, pais viciados em trabalho e mães viciadas em limpeza da casa. Este é um tempo desafiador, em que “ladrões” disfarçados têm roubado o tempo dos membros da família. Qual-quer ladrão precisa ser identificado e derrotado, pois o ladrão vem de muitas maneiras (Jo 10.10).

Para pensar e agir:Não se deve esperar que simples-

mente apareça dias de folga para a família. Esta é uma área que deve en-trar no planejamento familiar. O dia de folga em família deve ser planejado, praticado e defendido das inúmeras ati-vidades que irão surgir para concorrer com ele. Deve ser uma ação de cada membro da família proteger o dia de descanso juntos.

Para que essa prática se torne real, com interesse de todos os membros da família é necessário que o dia de des-canso da família seja muito agradável. Alguns cuidados então devem ser to-mados quanto a isso:

Não use o dia de descanso para fazer cobranças de deveres que não foram cumpridos ao longo da semana;

Não o utilize para fazer reclamações, seja lá do que for, reclamação é algo muito chato e ninguém vai ter interesse em se juntar com pessoas que ficam reclamando;

Não utilize o dia de descanso para ficar deitado na cama ou no sofá o tem-po todo, descanso não significa neces-sariamente ficar em repouso, o descan-so é das atividades de trabalho.

Faça do dia de descanso em família um dia agradável a todos, um dia que deixe o “gostinho de quero mais”. As-sim, não será difícil reunir a família no-vamente na próxima folga.

O dia de descanso também não é só para ficar em casa, mas deve ser utili-zado também para sair e se divertir em outros lugares.

Separar um dia para o descanso em família, além de ser agradável e sau-dável para todos, é uma obediência ao mandamento de Deus.

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Eclesiastes 3.1

Terça-feira: Eclesiastes 3.17

Quarta-feira: Provérbios 12.11

Quinta-feira: Provérbios 9:10-11

Sexta-feira: 2Pedro 3:8

Sábado: Isaías 40:31

Domingo: Gálatas 6:9

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LIÇÃO 9DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE ATUAL – (PARTE 1)

Romanos 12.2

O mundo atual está descaracteri-

zando a família e fazendo uma remo-

delagem na mesma. Há significativas

mudanças no comportamento das

pessoas e isso afeta diretamente o

funcionamento do lar.

As famílias estão iguais à massa de

modelar, aceitando qualquer forma e,

com isso, instala-se a insegurança,

ansiedade e uma depressão coletiva,

pois as pessoas precisam de uma fa-

mília firme e saudável para viver em

segurança e equilíbrio.

Este é um tempo desafiador para

a família, principalmente quando as

crises, tais como: isolamento entre

os membros da família, falta de diá-

logo no lar, pouco ou nenhum vínculo

afetivo, casamentos medíocres, pais

ausentes e filhos distantes emocio-

nalmente atingem as famílias crentes.

45

As famílias cristãs, como sal da ter-ra, precisam se posicionar firmes con-tra toda forma de perversão do modelo de família instituída por Deus. Certa-mente Ele espera tal posicionamento (Mt 5.13).

Precisamos, como família, assumir com firmeza nosso posicionamento fa-miliar. Isso para a nossa própria segu-rança como família, bem como para in-dicar às outras pessoas a forma bíblica, portanto segura, de ser família.

Para tanto, é preciso saber que:- O homem foi feito para casar com

mulher e mulher com homemHá pouco tempo não imaginávamos

a necessidade de se dizer esta obvie-dade, mas hoje o assunto chegou aos tribunais do país.

O debate político em torno do as-sunto da união homoafetiva se trava sobre dois principais pilares. De um lado, a vontade de uma minoria que não demonstra nenhuma responsa-bilidade com os interesses da família – pois a ideia é disseminar, a partir das crianças, a proposta de extinção dos gêneros masculino e feminino. Do outro lado, a classe política que, com raras exceções, se importa ape-nas em angariar votos e sustentar-se no poder. Nesse contexto egoísta e irresponsável, a família, como a Bíblia a apresenta, figura como um modelo ultrapassado. Nunca é demais lembrar a definição dos gêneros na criação: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e

mulher os criou” (Gn 1.27). Assim que criou homem e mulher, Deus ordenou: “Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra” (Gn 1:28a).

- A prática do sexo deve ser entre cônjuges

Outra forma de atacar a família no

que diz respeito aos ensinamentos de

Deus é quanto à prática do sexo. O

que há algum tempo era velado e ver-

gonhoso, agora é totalmente liberado

e não há mais constrangimento em se

falar de sexo entre pessoas solteiras.

Aliás, o assunto é tratado com tanta

normalidade que houve uma inversão

de valores, ou seja, quem não pratica

sexo fora do casamento é visto como

alguém anormal.

Também está se tornando muito co-

mum o chamado “casamento moder-

no”, em que as pessoas praticam sexo

fora do casamento com o consentimen-

to do cônjuge (1Co 7.2).

A imoralidade sexual, tão condena-

da na Bíblia, também é um ataque à

família.

- O casamento deve ser insolúvelOutra área que vem sofrendo com a

“modernidade” é o casamento, pois o

que Deus criou para durar por toda a

vida, os homens têm modificado, a fim

de atender seus interesses de prazer.

Deus disse que homem e mulher, no

casamento, se tornariam uma só car-

ne. Essa referência, por si só, já nos re-

mete à ideia de unidade. Ora, se você

separa o que é uma unidade, logo, ha-

verá dois pedaços, e não dois inteiros

novamente (Gn 2.24).

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Nos tempos de Jesus, o divórcio já ti-nha se tornado uma prática na socieda-de, então foram lhe perguntar a sua opi-nião e Ele confirmou o que já previa as Escrituras: “Porquanto o que Deus ajun-tou, não o separe o homem” (Mc 10.9).

A insolubilidade do casamento é um ensino da Bíblia e uma garantia de se-gurança para as famílias.

- A Palavra de Deus é a autoridade absoluta sobre essas questões

Sempre que temas grandiosos, que envolvem o comportamento da socie-dade são discutidos, entram em cena diversas fontes de opinião. Este é um tempo em que um tema fundamental para se manter a ordem social e o equi-líbrio do ser humano está em pauta de discussão: a configuração e o compor-tamento da família.

As opiniões brotam de todos os la-dos: psicólogos, filósofos, antropólo-gos, pensadores, líderes religiosos, políticos, representantes de minorias, etc. Tais opiniões fazem uma “salada complexa” com o tema. Cada segmen-to tem suas razões, suas convicções e, não raro, seus representantes são eloquentes e persuasivos. Este é um tempo que exige cuidado!

Quando o assunto é família, a autori-dade infalível sobre o tema é a Palavra de Deus (2Tm 3.16). Todos podem ter suas bases bem sólidas, a partir das quais emitam suas opiniões sobre este assunto, porém, qualquer base que não se alinhe com a Bíblia, por mais convincente que seja, não deve ser le-vada em consideração. A razão é óbvia: a Bíblia é divinamente inspirada.

Não há motivo para ter medo de er-rar na escolha, pois a Palavra de Deus está ao alcance de todos, e todos os que nela colocarem sua confiança, contarão com a proteção poderosa e a defesa divina sobre sua vida e família.

O que fazer?Essas questões são básicas para

a construção de uma boa família, as-

sim, as mesmas devem ser conver-

sadas entre cônjuges, pais e filhos.

Nessa conversa, deve haver respeito

pelo ponto de vista do outro, a fim de

não transformar o diálogo em guerra.

Os pais devem procurar entender que

seus filhos vivem num tempo em que

essas afirmações não são tão óbvias

quanto são para eles. De igual modo,

os filhos devem entender que tais afir-

mações são muito óbvias para seus

pais. Esse entendimento amenizará os

conflitos provenientes das percepções

diferentes.

Para se alcançar esse equilíbrio no

diálogo entre pais e filhos, é só obser-

var o que diz a Bíblia quanto a isso:

“filhos, respeitem e honrem seus pais;

pais, não irritem seus filhos” (Ef 6.1-4).

Os cônjuges devem investir na vida

conjugal de forma intencional, enten-

dendo que o casamento não se sus-

tenta por si mesmo, mas que é funda-

mental construir as bases sólidas do

relacionamento. Isso se faz com a bus-

ca pela construção de um casamento

harmonioso. Os pais devem ter consciência de

que a maior fonte de influência dos fi-

47

lhos é o lar. Por mais que se criem es-tratégias para que, as escolas ou facul-dades influenciem as crianças e jovens contra o modelo bíblico de família, são os pais que têm o maior acesso aos fi-lhos para lhes ensinar corretamente.

Os jovens e adolescentes precisam entender que a sexualidade é muito for-te, pois trata-se de produção de hormô-nios que lhes aguçam o desejo sexual. Desta forma, para se manter de acor-do com os ensinamentos da Palavra de Deus, precisam fugir das tentações que estão, principalmente, na porno-grafia e em outras formas de sedução.

Devemos buscar sempre a ajuda de Deus para nossa família. Ele, que é o idealizador e criador da família, tem prazer em nos socorrer em quaisquer questões que vise alinhar o comporta-mento da família com a sua Palavra.

Para pensar e agir:É inegável que os tempos são desa-

fiadores para a família. Todo lar de res-peito e de valores morais, éticos e es-pirituais, sofre com os terríveis ataques que o comportamento da sociedade, de grupos minoritários e de alguns polí-ticos fazem contra a família.

Já são perceptíveis os efeitos da opressão maligna feita através de sugestões que agridem a família e o homem na sua formação. Ansieda-de e pavor rondam as pessoas, pois as propostas de mudança envolvem questões básicas do “funcionamento” correto do ser humano. Há uma des-truição de bases familiares que precisa

ser combatida. Tal destruição é, em úl-tima análise, uma ação de Satanás que insistentemente continua rondando na busca de presas para atacá-las e des-truí-las (1Pe 5.8).

Há famílias “agonizando” face às investidas malignas feitas através das propostas imorais e profanas para a so-ciedade. O adultério, lamentavelmente, não está mais sendo visto com tristeza e rejeição; a prática do sexo entre jo-vens solteiros não apenas é tolerado, mas também incentivado; o divórcio se tornou tão comum quanto o casamen-to; sem falar nos inúmeros pares (digo pares, porque casal é entre sexo opos-to) se acariciando, inflamados entre si, nos espaços públicos, e tudo isso com a garantia da lei. Ou seja, a família, ins-tituição que deveria ser defendida por todos, termina por se tornar alvo des-protegido em uma sociedade que pare-ce não temer a Deus.

A grande questão é que não pode-mos cruzar os braços diante deste quadro. A Bíblia diz que não devemos nos conformar, isto é, tomar a forma do mundo. Portanto, precisamos nos em-penhar e lutar para preservar o modelo de família instituído pelo Criador.

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Filipenses 2.15,16

Terça-feira: Romanos 1.26,27

Quarta-feira: Levítico 18.22

Quinta-feira: Levítico 20.13

Sexta-feira: Hebreus 13.4

Sábado: Mateus 19.3-9

Domingo: Salmos 127.1,2

48

LIÇÃO 10DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE ATUAL – (PARTE 2)

1Pedro 5.8

Não podemos ignorar, muito menos esquecer, que a ação do diabo é sem-pre no sentido de destruir o que Deus criou, desorganizar o que Deus orga-nizou e instalar o caos no que Deus pôs em funcionamento perfeito.

A Bíblia apresenta o inimigo como um leão espreitando uma presa, para covardemente atacá-la e matá-la. Essa forma de agir de Satanás deve nos colocar em constante vigilância, a fim de não sermos surpreendidos por seu ataque.

Isso tem uma aplicação urgente no que diz respeito à família, pois, para que o caos se instale na sociedade causando desordem, é necessário primeiro desorganizar a família. Como base da sociedade, a família é alvo constante das investidas do inimigo. É preciso vigiar para não cair em arma-dilhas malignas (1Co 16.13).

Esses perigosos sentimentos são os culpados por muitos danos causa-dos às famílias, pois o inimigo, per-cebendo a vulnerabilidade de uma

49

família diante deles, ataca impiedosa-

mente levando os lares a terríveis der-

rotas. Adultérios, divórcios, agressões

verbais e físicas, filhos abandonando

pais, pais rejeitando os filhos e tantas

outras coisas lamentáveis.

A Bíblia alerta que o inimigo anda

pelos “cantos escuros”, escondido e

pronto para dar o bote em quem puder

tragar. É no comportamento da família

que o inimigo procura as brechas para

atacar. É imprescindível que a família

esteja atenta aos inúmeros desafios

deste tempo e os enfrente com lucidez

e fé em Deus.

Para tanto, é preciso saber que:- Casamentos precisam ser trata-

dos com respeito e carinho.Ter atenção com o casamento é uma

forma de vigilância. Os casais precisam

ser sóbrios em seus relacionamentos,

pois tudo começa com o casamen-

to, principalmente a família. No início

da vida, Deus instituiu o casamento

(Gn 1.27-28).

Todo assunto relacionado à família

começa com o casamento. Casamento

sólido e prazeroso geralmente produz

uma família harmoniosa. Porém, quan-

do os cônjuges não vigiam em relação

ao seu matrimônio, geralmente a famí-

lia paga um alto preço.

Investir na relação conjugal é um ex-

celente ponto de partida para fortale-

cer cada vez mais a família, evitando

que a mesma fique vulnerável aos ata-

ques do inimigo.

- Pais e filhos precisam honrar seus papéis domésticos

Outra área muito propensa a ata-

ques do inimigo é a relação entre pais

e filhos, portanto precisa de muita aten-

ção. No início, quando os filhos são pe-

quenos, esse relacionamento não che-

ga a ser complicado, mas à medida em

que vão crescendo e adquirindo inde-

pendência, o que se observa são filhos

pressionados e pais decepcionados.

Pais e filhos precisam atentar para o

fato de que se não tratarem dos confli-

tos, que é até natural que surjam, eles

podem evoluir para uma situação insu-

portável e os efeitos são perigosamen-

te imprevisíveis.

É importante lembrar que a Bíblia traz

de forma bem clara e objetiva orienta-

ções, tanto para pais, quanto para os

filhos. Se tais orientações forem pos-

tas em prática, o diabo não encontrará

oportunidade para atacar a família.

O que fazer?A primeira coisa a fazer é uma ava-

liação calma e fria de como estão os relacionamentos em família.

Marido e mulher devem analisar o padrão do casamento. É prazeroso? Tem cumplicidade? Ações de amor es-tão presentes no dia a dia do casal?

A Bíblia ensina a equacionar a com-plexa questão marido e mulher. Ela diz que a mulher deve respeitar seu marido: “Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor” (Ef 5.22). A Bíblia ensina a mulher a respeitar e obedecer a seu marido. Infelizmente, o

50

movimento feminista, mesmo que dis-cretamente, tem afetado essa área da família tão importante para o bem da mesma. Mulheres que procuram, a des-peito de qualquer interferência externa, colocar em prática os ensinamentos bí-blicos como esposa, são mulheres bem resolvidas e que não temem serem vis-tas como inferiorizadas na relação, pois na verdade não são. Ao contrário, são mulheres que descobriram a bênção de ser mulher e amam isso.

A Bíblia também diz que o homem tem que amar muito a sua esposa: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igre-ja, e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Na sequência, a Bíblia se di-rige ao homem e lhe dá uma dificílima tarefa, que é amar sua mulher como Cristo amou a Igreja. Ou seja, o ma-rido deve amar sua mulher, e o parâ-metro desse amor é o amor de Cristo pela Igreja. É muito difícil, mas é assim que Deus diz que tem que ser. Homens que, não obstante aos desafios para esta prática, amam suas mulheres in-condicionalmente e as tratam com o cuidado e o zelo que este amor exige, são homens satisfeitos, saudáveis, emocional e espiritualmente falando, além de serem excelentes exemplos para seus filhos.

Se num relacionamento conjugal, onde tudo só depende dos dois, hou-ver atenção e obediência ao que ensi-na a Palavra de Deus sobre os papéis conjugais, então esta família firmou um vigoroso pilar de proteção contra os ataques do diabo.

A Bíblia também contempla o rela-cionamento pais e filhos. Deus, que criou a família, não deixa de orientá--la para que vá bem (Ef 6.1-3). O texto bíblico destaca que é justo os filhos honrarem os pais, além de fazer uma promessa aos que assim fizerem: vida longa. Para se proteger contra os bo-tes de Satanás, os filhos devem honrar e obedecer a seus pais. Honrar é re-conhecer a importância e o mérito dos pais, destacá-los como pessoas dig-nas de respeito e tratá-los com o cari-nho e cuidado que precisam. Os filhos não devem fazer isso apenas quando estiverem satisfeitos com as ações de seus pais, mas devem fazer isso por serem seus pais (Ef 6.4). De igual modo, os pais que quiserem fechar os espaços para Satanás em seu relacio-namento com os filhos, devem edu-cá-los com compreensão e carinho, evitando, o quanto possível, provocar irritação neles. Há grandes perdas e até tragédias acontecendo com muitas famílias pela negligência diante destas orientações bíblicas.

Os irmãos também devem se unir e não ficarem alimentando conflitos entre si. Vale lembrar que Jesus falou que uma casa dividia não subsiste: “...e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt 12.25c). Desta maneira, cabe aos irmãos tam-bém contribuir para a blindagem da família contra os ataques de Satanás.

Toda família deve desenvolver o hábito da vigilância, a fim de se prote-ger. Eis algumas dicas próprias para este tempo:

51

• Não deixem que a busca pelo suces-so profissional ofusque a busca pelo sucesso nas relações familiares;

• Evite o consumo pelo consumo. Esta é uma área que tem atrapa-lhado muito as famílias. Comprem o que puderem pagar e, mesmo as-sim, quando for necessário;

• Saber usar a televisão e a internet é necessário e seguro. Nada deve substituir aquele “bate papo” despre-tensioso entre membros da família;

• Não esgote todo o seu tempo. Reser-ve algum para fazer reflexões pesso-ais com leitura da Palavra de Deus.Essas simples ações são de suma

importância para proteger a família dos ataques de Satanás. Mesmo que, num primeiro momento, não pareça, mas são ações que ajudam a dar segurança à família. Lembre-se do alerta bíblico: “Sede sóbrio, vigiai”!

Para pensar e agir:A família é uma instituição organiza-

da e organizadora, é porto seguro, lu-gar de refúgio e de cuidados mútuos. É na família que as pessoas se preparam para a vida, é nela também que rece-bem carinhos verdadeiros e amor não fingido. Família é ambiente saudável para que homem e mulher desempe-nhem seus papéis no casamento, é onde também têm a alegria e a segu-rança para criar e educar seus filhos. É na família que as crianças crescem assistidas e os jovens encontram apoio para iniciar a vida na sociedade. A fa-mília também é a maior testemunha do

Senhor Jesus, é nela que a presença do Senhor se revela de forma mais per-ceptível, levando-a à condição de mis-sionária na terra.

É por essas, e tantas outras razões, que o inimigo ajusta sua mira exata-mente contra a família. Ele sabe da po-tência que é uma família bem ajustada.

Cientes dessa realidade, as famílias precisam se blindar contra os ataques do destruidor. O lar é um lugar inviolá-vel, ou seja, ninguém pode interferir no funcionamento de uma família, se não for com a permissão da mesma. Des-ta maneira, basta que a própria família esteja de acordo com o padrão que de-seja ter e trabalhar para alcançá-lo, e ninguém poderá impedir.

Sobre todas as coisas, a família não deve permitir que pecados sejam aco-lhidos em seu meio. Lutar contra o pe-cado é tirar a chance do “ladrão” roubar a paz da família (Jo 10.10a).

Deus é tão maravilhoso que além de nos presentear com a família, Ele tam-bém coloca à nossa disposição o “ma-nual” para o bom funcionamento dela. Satanás não tem chances contra uma família que vigia, porque Deus garante sua proteção.

Louvado seja Deus pela família!

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Salmos 101.2-7

Terça-feira: Romanos 13.11-14

Quarta-feira: Filipenses 4.8

Quinta-feira: 1Coríntios 6.12

Sexta-feira: Neemias 4.14

Sábado: João 2.15

Domingo: Romanos 7.15-24

52

LIÇÃO 11DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

FAMÍLIA A SERVIÇO DE DEUS

Josué 24.15

O grande líder Josué fez uma reu-nião com toda a liderança do povo, alertando-os para o fato de que as tri-bos de Israel estavam se distancian-do de Deus (Js 24.1). Ele começou lembrando todos os feitos de Deus e depois chamou a atenção para a ne-cessidade de se manterem a serviço de Deus de forma clara.

Hoje também precisamos avaliar se nossa família está servindo a Deus de forma clara e definida ou se há misturas estranhas em nosso meio.

As famílias crentes precisam expor claramente, em seu modo de vida, suas marcas de seguidor e adorador de Jesus. As marcas de uma família crente, diante do pecado tão visível na sociedade, devem saltar aos olhos de todos. Quanto mais o pecado se intensifica no comportamento da so-ciedade, mais a luz das famílias de Deus deve brilhar.

O fervor espiritual e o desejo de simplesmente estar na presença de Deus têm disputado com uma gran-

53

diosa gama de entretenimento religio-so. As celebridades gospels – crentes de grande notoriedade – têm compar-tilhado espaço nos palcos antes ocu-pados apenas pelos ídolos seculares. Essas pessoas famosas arrastam multidões aos shows, muitas vezes debaixo de muita chuva ou frio, mas as mesmas pessoas, que não medem esforços para comparecer a esses shows – a maioria cobrando ingresso – não demonstram o mesmo interesse em participar dos cultos e reuniões de oração nas suas Igrejas. Para cons-tatar isso, basta ir a uma Igreja num culto de oração ou numa classe de es-tudos bíblicos.

A impressão que este comportamen-to passa é a de que muitos crentes estão servindo a si mesmos, ou seja, buscando uma forma de estar bem com Deus, mas desde que isso lhe tra-ga prazer e diversão.

No deserto, o povo sentiu falta de um ídolo diante de quem pudesse se curvar e adorar, então construiu o be-zerro de ouro (Êx 32.4). Parece que a mesma coisa se repete nos dias atuais, só que neste caso, o ídolo maior é o prazer e o entretenimento.

Ao assentar o povo na terra de Ca-naã, Josué, observando a tendência idólatra do mesmo, fez um discurso exigindo um posicionamento daquelas pessoas. A ideia é a de que os crentes não deveriam ficar “em cima do muro”, mas tomar uma decisão sobre a quem iriam servir e adorar. “Escolhei hoje a quem sirvais” disse ele.

As famílias de hoje correm o mesmo risco daquelas do tempo de Josué. Se não tomarem cuidado, poderão se ver vagueando entre ídolos, orações, en-tretenimento e culto, sem uma clara definição sobre a quem estão servin-do. Há um perigo iminente de um total esfriamento espiritual neste tempo. As famílias precisam enfrentar e vencer esse desafio.

Para tanto, é preciso saber que:- A família que serve a Deus preci-

sa se posicionar claramente.Ao pedir uma definição às tribos de Is-

rael sobre a quem elas serviriam, Josué deixa claro que há um serviço religioso a ser feito. As famílias precisam se re-lacionar com Deus e essa relação é de servo para Senhor. Quando Deus não é o Senhor da família, alguma outra coisa vai ocupar o seu lugar, ainda que não declaradamente. O apóstolo Paulo, ao chegar à Grécia, viu um povo adorando um deus desconhecido (At 17.23). Essa passagem mostra os corações das pes-soas ansiando por um deus.

Existem muitas outras passagens bí-blicas que mostram povos se inclinan-do para deuses estranhos. Assim, uma família precisa se posicionar diante de Deus, caso contrário, outros “deuses” poderão seduzir sua alma e ganhar a atenção de seu coração.

O homem é livre para escolher seu deus: “Escolhei hoje a quem sirvais”. E, ao escolher servir ao único Deus Eter-no, é necessário se posicionar clara-mente quanto a isso.

54

- Nossa sociedade está afetada pelo hedonismo.

O hedonismo consiste em uma dou-trina moral em que a busca pelo prazer é o único propósito da vida. Essa forma de pensar e agir atrapalha a vida es-piritual da família, pois, muitas vezes, servir ao Senhor exige sacrifícios (2Co 4.7-11). Essa ideia passa longe de uma vida apenas com prazer.

Não há como negar que nossas famí-lias já foram “contaminadas” em algum nível pela ideia de escolher fazer ape-nas o que dá prazer. Sofrer pela causa sem esperar recompensas nesta vida é conversa de outros tempos. Hoje mui-tas Igrejas se esforçam para atrair, pelo prazer, os seus fiéis. Oferecem shows ao invés de culto, mensagens cheias de positividade em vez de desafios de fé, horários cada vez mais reduzidos para não “cansar” os crentes (os mesmos que passam horas em um show), muita música e cada vez menos mensagem bíblica. Isso significa que há uma luta a empreender, a fim de mantermos nos-sa família no verdadeiro entendimento sobre o que é servir a Deus.

Parece que as profecias acerca do culto ao homem estão cada vez mais atraindo famílias crentes (Rm 1.25). As famílias que desejam servir ao Deus verdadeiro precisam vigiar contra esta cultura de que tudo deve dar prazer em todo o tempo.

- Servir a Deus vai além de fre-quentar os cultos na Igreja.

Para muita gente a frequência ao templo para prestar culto a Deus é sinal de serviço ao Senhor. Isso é perigoso, pois servir a Deus vai muito além de

fazer orações, entoar cânticos e ouvir mensagens junto com outros crentes.

É certo que toda a família que serve ao Senhor tem prazer em frequentar as reuniões no templo e prestar culto junto aos demais irmãos. Porém isso não ex-clui a maior parte deste serviço que se presta exatamente fora das paredes do templo. Nenhuma família deve se con-tentar em apenas “marcar presença” nos cultos, aliás, as que assim interpre-tam o serviço a Deus correm o risco de relaxarem nos demais dias da semana.

A Bíblia nos orienta a meditar na lei do Senhor a todo o tempo (Sl 1.2). Este meditar acontece no dia a dia da famí-lia, na sua relação dentro do lar, na so-ciedade, frente aos necessitados, etc.

O que fazer?É necessário ter o entendimento de

que, com o passar do tempo, o com-portamento da sociedade, da família e da própria Igreja mudam. Precisamos nos contextualizar sempre. Porém, a contextualização não pode ferir o es-sencial, muda-se o método, mas man-tém-se a mensagem.

Servir a Deus é o resultado de uma escolha espontânea. Essa escolha não se baseia em medo do inferno, nem em desejo de enriquecimento financeiro, muito menos em ostentar um rótulo de cristão. Quem serve a Deus de forma sincera, o faz por amor, respeito e ad-miração, além de reconhecer que Ele é o Senhor acima de tudo e de todos (1Cr 29.11-12). Somente um coração com tais entendimentos poderá servir ao Senhor com verdade e alegria.

55

Para que a família seja de fato uma família a serviço de Deus, é importante começar com o comportamento e tes-temunho dentro de casa. Há pessoas que frequentam a igreja, tem um voca-bulário que é puro “evangeliquês”, mas no dia a dia da família não demonstram serem servos do Deus altíssimo. Pe-cam no testemunho, no cuidado com a família, no carinho que negam, na fal-ta de demonstração de amor, etc. Pior ainda quando essas pessoas falam mal da Igreja e do pastor, os filhos desta fa-mília dificilmente sentirão o desejo de servir a Deus.

Por isso é importante saber que servir ao Senhor começa, impreteri-velmente, dentro de casa, através do comportamento.

Uma família que verdadeiramente serve a Deus procura andar com suas contas em dia, é simpática com a vi-zinhança, não fala da vida dos outros, seus membros não gritam uns com os outros dentro de casa, procuram ajudar aos mais necessitados, tem sempre um coração grato a Deus, enfim, o pa-drão dessa família é simpatia, empatia, felicidade e amor (1Tm 3.7).

Para pensar e agir:Nossa sociedade está mergulhada

numa enorme crise de integridade. Questões de imoralidade, falta de ética e outras formas de pecado não causam mais espanto. Vivemos dias lamentá-veis (Mt 24.12).

Em meio a essa terrível crise, a Igreja de Cristo é vista como uma esperança

de melhora, mas para tanto, ela preci-sa ser diferente, ir na “contra mão” dos sistemas apodrecidos e corrompidos.

Todavia a Igreja não é um prédio, se-não pessoas; não é um bando de indiví-duos ímpares, mas sim de famílias que precisam assumir a postura de um povo que está decidido a não se curvar diante dos apelos pecaminosos deste tempo.

Servir a Deus é uma questão de escolha – “escolhei hoje a quem sir-vais” – as famílias não devem ficar indiferentes aos acontecimentos, pois em todas as épocas as famílias foram convocadas para levantarem a bandei-ra do serviço ao único Deus. Porém, é fundamental lembrar que Deus criou primeiro a família e, a partir desta, a Igreja. Nenhuma família deve exigir uma Igreja mais pura, mais santa, mais serva, mais comprometida com o Se-nhor do que ela mesma. Não se deve também medir o serviço de uma família pelo testemunho das outras, o modelo é Cristo e cada família deve avaliar se está se espelhando nEle.

Finalmente, cada pessoa que conhe-ce a Jesus Cristo, que já teve, e tem experiência pessoal com Ele, deve di-zer: “porém eu e minha casa servire-mos ao Senhor” (Js 24.15).

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Salmos 127.1

Terça-feira: Efésios 2.20-22

Quarta-feira: Mateus 7.24-27

Quinta-feira: Deuteronômio 30.16-20

Sexta-feira: Josué 1.7,8

Sábado: Salmos 127.3-5

Domingo: Marcos 10.6-9

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LIÇÃO 12DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

FAMÍLIA COM RESULTADOS MARAVILHOSOS

João 21.6

A pesca maravilhosa, feita pelos discípulos no mar da Galiléia, tem servido de ilustração para muitas áre-as de nossas vidas, sempre no sen-tindo de mostrar a possibilidade da abundância nos resultados dos que creem e obedecem a Jesus.

Os pescadores, referidos no texto em destaque, estavam cansados na-quela manhã. Pescar a noite toda e não apanhar nem um peixe, além de ser cansativo é frustrante. Mas, de for-

ma inesperada eles foram desafiados a um ato ilógico, jogar as redes nas águas rasas da praia. Ao obedecerem a ordem dada pelo Senhor, eles entra-ram para a lista dos milagres de Jesus.

Alguns daqueles homens eram pescadores experientes. Se nada apanharam à noite, é porque o “mar não estava para peixe”. Seria insa-no, ao chegarem à praia, cansados, com as redes já recolhidas no barco, jogarem novamente nas águas rasas

57

daquele ponto do mar, na tentativa de apanhar peixes. Tudo se encaminhava para mais um dia, dentre tantos outros que provavelmente já tinham experi-mentado, sem resultado do trabalho. Mas eles confiaram em Jesus e sob suas ordens lançaram as redes, e o resultado foi surpreendente. Por causa de um ato de obediência, uma pesca frustrada, já terminada, transformou-se numa atividade frutífera, com um resul-tado maravilhoso.

Trazendo essa aplicação para o lar, podemos tirar ótimas lições que, se praticadas no cotidiano familiar, pode-rão proporcionar uma vida em família mais frutífera e interessante.

Uma família também busca resulta-dos no seu dia a dia. Casamentos bus-cam prazer e harmonia; pais buscam filhos saudáveis de forma física, emo-cional e espiritualmente; filhos buscam pais carinhosos e compreensivos; a fa-mília, como um todo, busca melhores condições de viver, melhor qualidade nos relacionamentos, mais provisão, um pouco mais de conforto no lar, es-tabilidade financeira, segurança, saú-de, etc. Esses são os frutos que uma família espera colher como resultado de seu trabalho. Porém, muitas são as famílias que, a exemplo daqueles pes-cadores, chegam ao final de uma eta-pa de trabalho com as mãos vazias, o coração triste e a esperança diminuída.

Jesus Cristo ainda vem ao encontro das famílias, Ele ainda manda jogar as redes, pois tem o interesse em ver as famílias frutíferas e felizes. Toda família pode ter resultados maravilhosos, mes-mo que já estejam cansadas de lutar e não ver resultados satisfatórios.

Para tanto, é preciso saber que:- Mesmo que a família esteja distan-

te do Senhor, Ele vai ao seu encontroAqueles pescadores haviam estado

com Jesus durante seu ministério, mas agora estavam distante dEle. Porém, eram homens do Senhor, mesmo dis-tante, não seriam esquecidos por Ele (Jo 21.4).

Independente da distância que a fa-mília estiver do Senhor, ela não é es-quecida por Ele. Mesmo que, em algum momento, esta família tenha sofrido uma perda e se decepcionado, o Se-nhor a conhece, pois os que confiam em Deus são conhecidos por Ele (Na 1.7).

Para que uma família tenha resul-tados maravilhosos, ela precisa saber que Deus sempre vai ao seu encontro.

- Sem Jesus nada podemos fazer.Por mais experiente que alguém seja,

não conseguirá uma vida de resultados maravilhosos se não for através do Filho de Deus. Jesus chegou próximo ao barco daqueles homens bem no momento em que eles deveriam exibir o resultado de seu trabalho, mas não tinham absolutamente nada (Jo 21.5).

Qualquer família que deseja resul-

tados maravilhosos precisa ter esse

reconhecimento e essa entrega. Nos-

sa vitória vem pela obediência. Mas

como obedecer a Deus sem ter a

consciência da dependência que te-

mos de seu poder?Toda família precisa de milagres. E

estes, só em Jesus!

58

- É necessário ter um coração

obediente.

Há muitas famílias frustradas, em so-

frimento, e sem resultados porque não

obedecem ao Senhor como deveriam.

Imagine os pescadores exaustos, de-

pois de uma longa noite sem apanhar

peixes. Além disso, eles sabiam que se

em alto mar não tinha peixes, não se-

ria na praia o lugar mais provável para

encontrá-los. Porém, mesmo diante

dessas circunstâncias improváveis eles

obedeceram (Jo 21.6).

Famílias que desejam ter resultados

maravilhosos precisam obedecer ao

Senhor, mesmo diante das circunstân-

cias mais improváveis. O improvável só

revela a limitação humana em resolver

as coisas, e é nesta circunstância que

o milagre acontece.

- Quando os resultados vêm de

Deus, eles nunca se perdem.

É lamentável quando uma família trabalha muito e ajunta bens sem a obediência ao Senhor. Com o passar do tempo, percebem que, ou os bens acumulados se perderam ou não tra-zem satisfação (Is 55.2). Resultados que vêm de Deus são consistentes, du-radouros, seguros e trazem satisfação.

Mesmo com uma quantidade tão grande de peixes apanhados, as redes não se romperam, eles não perderam nada, nenhum peixe sequer. Famílias que desejam resultados maravilhosos precisam esperar e confiar no Senhor, pois os resultados que vêm dEle nunca se perdem.

O que fazer?Analise o momento de sua família.

Como estão os resultados? Bons? Pois podem ser melhores ainda. Não estão bons? Não se preocupe, Deus é espe-cialista em mudar histórias de famílias. Pense nos resultados que você gosta-ria de alcançar na sua vida em família. Avalie se o comportamento de sua fa-mília está dentro do esperado para se conquistar tais resultados. Seja qual for a situação, não desista, pois Deus não desiste de sua família e Ele certamente tem planos para ela (Jr 29.11).

Você precisa trabalhar pelos resul-tados que espera para sua família (Jo 21.3a). Nada vai acontecer na sua família se você não colocar as mãos à obra. Pedro não teria conseguido um resultado maravilhoso na pesca da-quele dia, se apenas ficassem em casa desejando isso, ele teve uma atitude: “Vou pescar!” Foi o que ele disse.

Muitos reclamam de sua situação fa-miliar, mas ficam apenas nas reclama-ções, não se empenham para mudar a história e quando tentam fazer algo, se não “apanham os peixes desejados”, desistem rapidamente. A perseveran-ça é um critério exigido por Deus para quem quer vence. Ao servo Josué ele orientou que se esforçasse e não desa-nimasse (Js 1.9).

Vá na direção certa! Pedro queria peixes, então pegou o barco, as redes e foi na direção certa: “o mar”, pois é lá que tinha os peixes que ele precisava. Em que área de sua família você busca resultados? É no casamento?

59

O casamento deve ser a prioridade de uma família, pois ele é a “mola mes-tra” que sustenta toda a família. A pala-vra de Deus manda honrá-lo sobre to-das as coisas (Hb 13.4a). Desta forma, se o lugar onde se busca resultados maravilhosos é no casamento, então é preciso usar “as redes certas” para isso, e elas são: diálogo, respeito, ca-rinho, humildade e oração. Além des-se equipamento, deve-se ir na direção certa: o coração do cônjuge, pois é ele que deve ser conquistado. Não adianta reclamar do casamento sem se esfor-çar para melhorá-lo, não adianta nem orar pelo casamento se não estiver dis-posto a “pegar as redes” novamente.

Talvez você esteja precisando de re-sultados maravilhosos na relação com seus filhos. Ótimo, mas quais são as “re-des” certas para alcançá-los? A primeira coisa é a aproximação dos filhos, che-gar-se à eles com simpatia, empatia, in-teresse, respeito e oração. Muitos filhos se afastam dos pais porque estes, ao invés de apoiadores, tornam-se juízes. A maioria dos erros cometidos pelos nossos filhos já são reconhecidos como erros, eles não precisam de sermões di-zendo que tais coisas são erradas, eles precisam de compreensão para não tor-nar a cometer os mesmos erros.

A melhor coisa que os pais podem fazer é tentar se lembrar de seu tem-po de juventude e assim acolher com compreensão os filhos diante de seus erros, encorajando-os a não repeti-los. Porém um pai ou uma mãe nunca de-vem dizer ao filho que vai lhe dar mais uma chance, pois isso não é verdade.

Os pais que amam seus filhos estão sempre prontos para lhes dar quantas chances forem necessárias (Pv 17.9).

Para pensar e agir:A pesca maravilhosa, feita pelos discí-

pulos no mar da Galiléia, tem servido de ilustração para muitas áreas de nossas vidas, sempre no sentindo de mostrar a possibilidade da abundância nos resulta-dos dos que creem e obedecem a Jesus.

A família é o nosso maior tesouro, porém, muitas estão apresentando re-sultados de dores, discórdias, dívidas, agressões, traições, etc. Este certa-mente não é o plano de Deus para a fa-mília. Por isso, todos devem se esforçar para saber qual o plano de Deus para a sua família.

Se a sua família vai bem, parabéns! Vigie para que não caia, permaneça firme diante do Senhor e realizando as boas coisas que você já realiza na sua família. Entretanto, se a sua famí-lia não tem apresentado resultados maravilhosos, “pegue as redes”, vá na direção certa, busque ao Senhor e Ele lhe surpreenderá com as bênçãos que tem reservado para o seu lar (Jr 33.3). Jogue as “redes” com fé e coloque sua família na lista dos milagres de Jesus!

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Mateus 9:2-7

Terça-feira: Hebreus 4:14-15

Quarta-feira: 1Samuel 15:22

Quinta-feira: Josué 1:8

Sexta-feira: Marcos 5.35-41

Sábado: João 11.1-22

Domingo: João 11.23-45

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LIÇÃO 13DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico:

FAMÍLIA FICHA LIMPA

Mateus 5.13

Nosso país está mergulhado numa profunda decepção com a classe po-lítica. Uma sensação de insegurança varre a nação. Como ratos sem pie-dade, muitos homens públicos estão roubando cada vez mais os recursos do povo e revelando uma total incapa-cidade de sentir vergonha. Ratos sem piedade!

Corrupção, facilidades vantajosas, nepotismo, enriquecimento ilícito, e tantas outras situações assaltam

a nação e surrupiam as verbas que

deveriam atender as necessidades

sociais.

É neste cenário apodrecido, neste

lamaçal de imoralidades que nossas

famílias tentam sobreviver com traba-

lho honesto e esticando os limitados

recursos do salário para honrar as

contas no final do mês. Não é de se

admirar que o povo esteja cada vez

mais revoltado.

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Há três maneiras distintas de en-carar essa questão. A primeira é a indiferença, a que não contribui para melhorar a situação. É o sal insípido a que se referiu Jesus (Mt 5.13a). A segunda, é aproveitar o embalo para, num nível menos visível, imitar tal comportamento imoral. Lamentamos, por exemplo, quando vemos pessoas saqueando casas que são inundadas por enchentes, ficamos atônitos e en-raivecidos com os “ladrões oportunis-tas”. Mas existem outras pessoas que aproveitam os desmandos das autori-dades para tirar alguma vantagem da situação. Essas pessoas gostam de justificar suas vergonhosas condutas comparando-se ao governo. Elas di-zem: “Se até o governo deve... se até as autoridades roubam... se comparar o meu erro com o do governo...”. Po-rém, a terceira maneira de encarar a questão da revolta é ir contra o erro, praticando o que é certo. Não impor-ta que hajam muitos políticos e outras autoridades fichas sujas, a família que serve a Deus precisa ser ficha limpa.

Este é, por certo, um momento te-nebroso e difícil por um lado, mas uma excelente oportunidade por outro, pois é em meio às densas trevas que a luz tem a oportunidade de se destacar mais (Jo 1.5).

Logicamente que temos que nos po-sicionar e exigir respeito dos que gover-nam nossa nação, mas de nada adian-ta o grito nas ruas se houver sujeira, em algum nível, em nossas famílias.

Família ficha limpa. Certamente é o que Deus espera de nós!

Para tanto, é preciso saber que:- Deus espera que nossas famílias

sejam exemplos na sociedadeAo criar uma nova família, Deus de-

posita nela a esperança de que ela ajudará a melhorar a sociedade onde está inserida. É isso que entendemos quando a Bíblia manda os pais criarem os filhos no temor do Senhor (Ef 6.4). Ao orientar que os filhos sejam corrigi-dos e disciplinados nos seus caminhos, Deus está desejando filhos que fazem bem, também, à sociedade.

Talvez a expressão mais clara de uma família bem ajustada entre seus membros e benéfica à sociedade seja aquela detalhada no Salmo 128. Na-quele modelo, o homem é bem aventu-rado, se alimenta, e também aos seus, com o trabalho honesto e vai vivendo feliz (Sl 128.1-2). Eis a imagem de um homem que trabalha honestamente. A mulher é comparada a uma planta frutífera (Sl 128.3a) e os filhos como brotos de uma árvore forte e frondosa (Sl 128.3b).

Nós esperamos muitas coisas de Deus. Todos os dias pedimos a Ele o que desejamos. Da mesma forma, Ele também espera algo de nós: que nossa família seja um exemplo de honestida-de na sociedade.

- É preciso vigiar e dar bom teste-munho de família crente.

Se fizéssemos uma pesquisa com a pergunta: - O que é uma família crente? A resposta, quase que invariavelmen-te seria assim: - “Uma família crente é

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aquela que não bebe, não fuma, não faz sexo fora do casamento, não dança, não vai a festas e não curte a vida”. Es-sas coisas têm muito pouco a ver com o testemunho de uma família crente. A incidência desses atos é insignificante no testemunho das famílias. O testemu-nho de uma família crente vai além des-sas questões, é muito maior que isso, mais importante e mais abrangente.

Uma família crente precisa vigiar para não praticar atos que são desonestos, mas que se tornaram tão comuns que parecem não ter erro algum, como, por exemplo: fazer gato na luz, furar fila, comprar fiado e não pagar, dar ou receber propina (por menor que seja o valor), pegar atestado médico falso para justificar falta no trabalho, comprar ingresso com documento de outro para pagar meia entrada, comprar produtos baratos de origem duvidosa, etc.

Uma família ficha limpa precisa ter um modo de vida ilibado, onde ninguém consiga acusá-la de desonestidade. Pode até ter outros defeitos, todos têm, mas atos desonestos não. Jesus, uma vez, desafiou os seus perseguidores sobre seu caráter e espiritualidade (Jo 8.46). Ele convivia com uma socie-dade em pecados, mas nunca pecou.

As pessoas podem até não comentar os atos honestos de uma família cren-te, mas normalmente são impiedosas com os erros que ela comente.

O que fazer?A primeira coisa a ser feita é uma

avaliação sobre o testemunho que a fa-mília tem dado. Antes mesmo de orar e

pedir a Deus para usar a família, é pre-ciso um olhar criterioso sobre todas as ações da família. Deus primeiro prepa-ra e depois usa. A experiência de Isaías mostra um homem chamado para ser profeta, mas que primeiro precisou de purificação (Is 6.7).

Se olharmos para o comportamen-to da nossa família sempre encontra-remos áreas necessitando da graça restauradora do Senhor, para melhorar seu testemunho. Quando isso aconte-cer, não deve haver abatimento, muito menos desistência, pois nenhuma fa-mília é perfeita. Ninguém deve desis-tir de sua família, todas precisam de ações restauradoras e Deus tem o de-sejo de operar esta restauração.

Se for uma família com filhos peque-nos os mesmos devem ser ensinados no caminho certo (Pv 22.6). Atenção pais! Não deixem a instrução de seus filhos por conta da televisão, internet ou escola, os pais têm a responsabili-dade de instruir seus filhos. Filhos en-sinados corretamente nos caminhos do Senhor, desde cedo, dificilmente serão “fichas sujas” quando adultos.

Caso seja uma família com filhos jo-vens, é provável que seja mais difícil um convencimento dos mesmos sobre as mudanças necessárias. Mesmo as-sim, os pais devem conversar com seus filhos sobre o que é certo e errado, so-bre testemunho cristão e as mudanças a serem feitas. Normalmente os filhos jovens resistem a essa conversa com os pais, porque estes tendem a fazer cobranças de forma dura. É importante que tanto pais, quanto filhos se esfor-

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cem para uma conversa em paz, su-ave, verdadeira e evitando acusações ou procurando culpados. Se a reunião acontecer em uma comunhão pacífica, haverá bênção derramada pelo Senhor (Sl 133.1 e 3c).

Os pais precisam ter muito cuidado com seus próprios testemunhos, pois os filhos aprendem pelo exemplo muito mais do que pelo conselho. Um dia os filhos se esquecerão de quase todos os conselhos ouvidos de seus pais, mas se lembrarão com clareza de suas ati-tudes. Os pais devem lembrar que são os “espelhos” dos filhos e assim cor-responder com um testemunho sólido, firme e incorruptível.

Testemunho tem a ver com fé e ca-ráter. Homens e mulheres que aliam essas duas posturas em sua maneira de viver, não negociando nenhuma das duas, em hipótese alguma, experimen-tarão um lar que hospedará uma famí-lia “ficha limpa”.

Para pensar e agir:Corrupção, facilidades vantajosas,

nepotismo, enriquecimento ilícito, são comportamentos que, aos poucos, vão gerando uma crença de que a hones-tidade vale a pena. Vivemos numa na-ção de revoltados.

Este é um cenário triste e lamentá-vel, mas também uma oportunidade de fazer a diferença. Os profetas de Deus sempre foram levantados para ir na contra mão da sociedade. Eles pregavam contra os roubos, contra as injustiças sociais e contra o abandono

da fé. Hoje a sociedade também pre-cisa de profetas, pessoas que não de-sistem do bem, não se curvam perante as facilidades desonestas, não aceitam atalhos para adquirir bens e continuam, a despeito da apostasia deste tempo, com os olhos, ouvidos e corações vol-tados para Deus.

Há, entretanto, no meio do povo de Deus, muitas famílias feridas pelos em-bates travados nesta sociedade enfer-ma. Feridas que se revelam em menti-ras, adultérios, corrupção, roubos, frie-za espiritual, etc. Mas, Deus continua contando com o seu povo, mesmo as famílias que passam por essas maze-las morais e espirituais estão nos pla-nos do Senhor. Ele quer sarar a nação e isso a partir das famílias que o ama, dos que são seus. Para tanto, é ne-cessário que haja reconhecimento do pecado, humildade para aceitar a de-pendência da ação de Deus, coragem para mudar e confissão dos pecados (2Cr 7.14).

Deus está sempre disposto a operar uma limpeza moral, ética e espiritual na sociedade, mas Ele conta com seus filhos de caráter inegociável, Ele conta com famílias “fichas limpas”.

Leitu

ra Di

ária

Segunda-feira: Marcos 10.7-9

Terça-feira: Efésios 5.22-24

Quarta-feira: Efésios 5.25-28

Quinta-feira: Efésios 5.31

Sexta-feira: 1Timóteo 3.4,5

Sábado: Marcos 6.4

Domingo: Colossenses 3.12

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Ano 13 - n° 49

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