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PLANO BÁSICO AMBIENTAL – PBA Rodovia BR-242/TO – Taguatinga – Paranã – Peixe TOMO II – 3/3

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL – PBA

Rodovia BR-242/TO – Taguatinga – Paranã –

Peixe

TOMO II – 3/3

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Três outros exemplos são ilustrados pela presença de partes de afloramento calcário também há alguns metros da rodovia, do lado direito1 (23L 0337907 / UTM 8626358), (23L 0335334 / UTM 8628968) e do lado esquerdo (23L 0335103 / UTM 8628444). O primeiro afloramento citado do lado direito apresenta, em especial, pequenos abrigos, mas sem indícios de habitação ou arte.

Foto 15.3. Afloramento calcário às margens da BR-242 trecho Taguatinga – Paranã.

O quinto exemplo que merece destaque na análise efetuada em campo diz respeito a uma especulação de que uma gruta, em particular, situada às margens da rodovia, teria sido afetada diretamente pelo empreendimento. Uma rachadura teria se formado. Por isso, apenas 6,4km dos 17km teriam sido asfaltados. Esta história foi investigada e segundo uma ex-funcionária da Prefeitura de Taguatinga, Márcia Borges Evangelista, ela nunca existiu.

Uma visita foi realizada na tal gruta e foi constatado que, apesar dela se encontrar às margens da futura rodovia (23L 0337553 / UTM 8626838), não há rachadura alguma. Na realidade, nem seria correta a definição de gruta. Trata-se muito mais de uma pequena abertura no afloramento calcário, uma pequena fenda inadequada inclusive para a ocupação humana (Foto 15.4).

1 Direção Taguatinga – Paranã.

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Foto 15.4. Pequena abertura na formação calcária.

Se a área próxima à Taguatinga é marcada pela presença dos afloramentos calcários, com seu grande potencial arqueológico, as demais áreas vinculadas diretamente à construção da rodovia possuem um outro contexto ambiental: grandes áreas abertas de cerrado que, apesar de proporcionarem um espaço ideal para a implantação do homem, não evidenciam de imediato possíveis vestígios arqueológicos.

Na região de Taguatinga, apenas 6 km foram asfaltados, no entanto, mais 37 km, que pertencerão à BR-242/TO, já se encontram terraplenados.

Nesta área, praticamente situada na cidade de Paranã, dois sítios arqueológicos foram identificados, mas ainda não cadastrados pelo IPHAN2 : sítios Paranã e Porto São Luís.

O sítio Paranã (23L 0189747 / UTM 8601182) encontra-se pouco afastado da área de domínio da rodovia, praticamente em uma área aberta de cerrado, ponto localizado à direita da estrada terraplenada. O sítio foi localizado e está sendo estudado atualmente por uma equipe do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo (USP), equipe esta sob a coordenação do Prof. Dr. Paulo Antônio Dantas de Blasis.

O material cerâmico encontrado em superfície foi recolhido e, de acordo com análises preliminares, seria um sítio associado às planícies fluviais, e os fragmentos de cerâmica são finos, de cor escura, com antiplástico mineral, sem decoração e com bordas pequenas e diretas, sugerindo vasilhas de tamanho reduzido.

Próximo ao sítio em questão, embaixo de uma grande árvore, um morador de uma fazenda localizou o que ele chamou de “pedaços de panela de barro queimada”. São vestígios que corroboram a teoria de que a área foi ocupada por homens pré-históricos e a análise da região merece um destaque especial no projeto de salvamento ambiental.

O segundo sítio arqueológico, Fazenda Porto São Luís (23L 0186251 / UTM 8604580), também localizado e estudado pela equipe do Prof. Dr. Paulo Antônio Dantas de Blasis, encontra-se às

2 Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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margens do Rio Palmas, dentro da própria cidade de Paranã e, portanto totalmente fora da área de domínio do empreendimento, mas dentro do ambiente arqueológico da região. É caracterizado por dois elementos arqueológicos de período histórico: um longo muro de pedra, provavelmente construído por escravos (Foto 15.5); e três edificações, datadas de aproximadamente 70 anos, mas, cujas fundações de uma delas seriam bem mais antigas, datadas de meados do século XIX (Foto 15.6).

Foto 15.5. Muro de pedra no sítio Fazenda Porto São Luís.

Foto 15.6. Uma das edificações da Fazenda Porto São Luís construída sobre as antigas fundações e parte do muro de pedra.

Uma terceira etapa da rodovia BR-242/TO foi terraplenada, trecho situado a 72 km da cidade de Arraias e que ligará Paranã à Taguatinga. Nenhum elemento diretamente associado à ocupação pré-histórica e/ou histórica da área pode ser evidenciado. No entanto, foi possível constatar a presença de pequenos rios intermitentes que são bons indicadores de presença humana, principalmente em períodos mais recuados.

Mesmo se muitos desses rios encontram-se secos atualmente devido à escassez de chuvas, uma análise da vegetação é capaz de revelar a presença de dois tipos de cerrado: um típico da região central do Brasil, ainda mais seco nesta época do ano (Foto 15.7), e as chamadas matas ciliares, com uma vegetação muito mais luxuriosa que acompanha o leito dos rios (Foto 15.8). Em toda

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esta área, há uma forte presença de quartzo e seixos de rio, materiais importantes para a elaboração de ferramentas líticas.

Foto 15.7. Cerrado no mês de julho.

Foto 15.8. Mata ciliar.

Desta forma, muitos vestígios associados a esses diferentes focos de análise estão presentes na área que será, e que já está sendo afetada pela construção da rodovia BR-242. As áreas de impacto possuem especificidades próprias – com grandes áreas abertas de cerrado, ou matas ciliares, ou ainda com a presença de formações calcárias – mas todas elas possuem um certo potencial arqueológico e a preocupação primordial deste projeto de salvamento é a preservação do nosso patrimônio arqueológico, seja ele representado pelos vestígios pré-históricos ou não.

15.6.2. Metodologia, Estratégias de Ação e Etapas de Trabalho

Para atingir os objetivos propostos neste projeto, é primordial a análise das características da obra a ser empreendida e as intervenções que seriam causadas na área por tal empreendimento.

Diante dos dados em questão, as pesquisas arqueológicas se desenvolveriam em diferentes fases, estudos estes sempre diretamente associados às obras civis, onde, de acordo com as especificidades das pesquisas arqueológicas, seria observado desde o período necessário à

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relação das prospecções até o salvamento arqueológico em si, assim como à solicitação de autorização junto ao órgão fiscalizador responsável, no caso, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

1a fase:

Campanhas de campo ao local das obras revelaram indícios importantes quanto ao potencial arqueológico de certas áreas, em especial a região de Taguatinga que é caracterizada pela grande quantidade de formações calcárias que são, em geral, bons indicadores para a presença de sítios pré-históricos.

Alguns sítios arqueológicos já foram localizados na região afetada indiretamente pelo empreendimento e esta realidade se revela como fator primordial no projeto de salvamento arqueológico. O sítio rupestre ”Morro dos Tapoios”, identificado na região de Taguatinga, é um indício fundamental que deve ser levado em consideração na justificativa de proposta de prospecções. Estas prospecções podem revelar diferentes processos de ocupação e desenvolvimento de grupos na região desde a pré-história até os períodos históricos mais recentes.

Esta fase de prospecções é subdividida em dois eixos de pesquisa:

A) um voltado para a área já afetada pelo empreendimento, particularmente a zona de traçado onde as obras já foram iniciadas e onde a estrada encontra-se aberta e terraplenada ou já asfaltada; destacando-se em especial a região de Taguatinga;

B) e um segundo eixo direcionado ao monitoramento das áreas virgens que ainda serão abertas pelo traçado da rodovia.

Durante esta 1a fase da pesquisa, se as prospecções indicarem a ausência de sítios arqueológicos, a área seria liberada. No entanto, se houver a ocorrência de sítios identificados através de sondagens, ou outro método, uma delimitação da área será imposta. A proposta inicial será a reformulação pontual do empreendimento. Quando tal procedimento se revelar inviável, os sítios seriam então escavados sistematicamente, procurando recuperar todo o material para análise.

De acordo com um dos objetivos específicos propostos, os estudos dos sítios serão baseados na elaboração de um "horizonte arqueológico" onde os pesquisadores procurarão desenvolver uma análise que permitirá associar os diferentes sítios em contextos arqueológicos e culturais específicos, identificando a existência ou não de migrações e / ou contatos entre diferentes grupos na pré-história até os períodos mais recentes da nossa história.

Conforme os resultados obtidos nas sondagens, novas pesquisas poderão ser feitas em áreas inicialmente não previstas, mesmo que não afetadas pelo empreendimento em questão, em busca de novos sítios ou ainda associando sítios já existentes para a compreensão dos elementos formadores de contextos culturais específicos.

2a fase:

C) escavações arqueológicas e resgate do material que viria a ser destruído pelo empreendimento;

D) análise em laboratório do material recuperado no decorrer das escavações.

As escavações arqueológicas e os estudos em laboratório do material coletado serão realizados através de técnicas e métodos próprios da disciplina e contarão com a participação de

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especialistas em diferentes áreas da arqueologia, condicionados aos objetivos científicos do pesquisador responsável.

O material recuperado durante o trabalho de salvamento ficará sob a guarda da instituição responsável pela realização da pesquisa ou de acordo com a orientação do IPHAN.

3a fase:

E) divulgação dos resultados.

Na tabela 15.1 é apresentada a duração de cada fase do programa em tela.

Tabela 15.1. Duração das fases do Programa de Proteção do Patrimônio Arqueológico.

FASES DO PROGRAMA DURAÇÃO (MESES)

1ª Fase 4

2ª Fase 13

3ª Fase 1

15.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento do presente programa estão explicitados nas tabelas 15.2 e 15.3.

Tabela 15.2. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES) AÇÃO

Arqueólogo Coordenador 1 18

Coordenação dos trabalhos, definição das estratégias de pesquisa, e trabalhos técnicos

Auxiliares de campo 2 18 Apoio aos técnicos

Motorista 1 18 Condução de veiculo automotor

Tabela 15.3. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Datações arqueológicas 5 18 Recipientes para acondicionar o

material coletado 18

Pinceis 20 18 Aluguel de veículo (sedan) 1 18

Combustível (gasolina) 150L/mês 18

15.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

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• NATURATINS;

• Prefeituras municipais.

• Secretarias Estadual e Municipais envolvidas;

• Fundação Cultural de Jacareí;

• IPHAN;

• Instituições de ensino e pesquisa.

15.9. Cronograma Físico de Implantação

Na tabela 15.4 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações executadas no presente programa.

Tabela 15.4. Cronograma físico de implantação.

FASES MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

1ª Fase X X X X

2ª Fase X X X X X X X X X X X X X

3ª Fase X

15.10. Estimativa de Custos

Nas tabelas 15.5 e 15.6 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 15.5. Estimativa de custos para a contratação de profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁTIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Arqueólogo Coordenador 1 18 5.083,87 91.509,66

Arqueólogo 1 17 4.707,58 80.028,86

Auxiliares de campo 2 18 2.192,57 78.932,52

Motorista 1 18 580,39 10.447,02

TOTAL 260.918,06

Tabela 15.6: Estimativa de custos com recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁTIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Datações arqueológicas 5 18 690,00 3.450,00

Recipientes para acondicionar o material

coletado - 18 - 3.000,00

Pinceis 20 18 5,00 100,00

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁTIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Aluguel de veículo (sedan) 1 18 2.643,99/mês 47.591,82

Combustível (gasolina) 150litros/mês 18 2,50/litro 6.750,00

TOTAL 60.891,82

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 321.809,88. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

15.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PPPA será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PPPA.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios mensais, elaborados pelo coordenador do PPPA. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

15.12. Bibliografia

DE BLASIS, P. A. D. E ROBRAHN-GONZÁVEZ, E. M., 1998 – Pesquisas arqueológicas no médio vale do rio Tocantins: o resgate no eixo da UHE Luís Eduardo Magalhães. Revista de Arqueologia, Rio de Janeiro, n° 10, 1998.

FINAMOR VANDERLEI, A., 2000 – Étude et analyse comparative de l’art rupestre dans la région est de l’état de Goiás, Brésil. Thèse de Doctorat, Paris: Muséum National d'Histoire Naturelle, 2000, 3 vol. (vol. 1: 335 p., vol. 2: 163 p., vol. 3: 690 p.), 203 fig.

LAVALÉE, D., 1995 – Promesse d'Amérique – la préhistoire de l'Amérique du Sud. Paris : Hachette, 1995, 270 p., 3 fig.

MENDONÇA DE SOUZA, A., 1991 – História da Arqueologia Brasileira. Pesquisas/Arqueologia, t. 46, 1991.

MENDONÇA DE SOUZA, A., SIMONSEN, I., MENDONÇA, A., S. 1977 – Projeto Bacia do Paranã. Museu Antropológico / Universidade Federal de Goiás, 1977, 215 p., ill.

MENDONÇA DE SOUZA, A., et al, 1979 – Projeto Bacia do Paranã – II, petroglifos da Chapada dos Veadeiros – Goiás. (Museu Antropológico / Universidade Federal de Goiás), Rio de Janeiro: Instituto de Cultura Brasileira, 1979, 91 p., ill.

MENDONÇA DE SOUZA, A., et al, 1982 – Sequência arqueológica da Bacia do Paranã I. Fases pré-cerâmicas: Cocal, Paranã e Terra Ronca, Arquivo do Museu de História Natural, UFMG, Belo Horizonte, t. VI/VII, 1982, p. 81-87.

PROUS, André, 1992 – Arqueologia Brasileira. Brasília: Editora UnB, 1992, 605 p., 14 tabl., 96 fig.

SCHMITZ, Pedro Ignácio, 1984 – Caçadores e coletores da pré-história do Brasil. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, UNISINOS, 1984, 144 p., ill.

SCHMITZ, P.I., et al, 1975 – Projeto arqueológico Alto-Tocantins, Goiás. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, Goiânia, t. 4, 1975, p. 191-204.

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SIMÕES, M;F. E ARAÚJO COSTA, F., 1987 – Pesquisas arqueológicas no baixo rio Tocantins. Revista de Arqueologia, Rio de Janeiro, n° 4, 1987, P. 11-27.

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16. Programa de Monitoramento Espeleológico - PME

16.1. Introdução

A pavimentação da BR-242/TO em Tocantins, no trecho compreendido entre as cidades de Peixe, Paranã e Taguatinga, como toda obra rodoviária de grande porte, traz preocupação quanto ao patrimônio espeleológico. Na área de influência do empreendimento, apenas são observadas cavidades naturais na região de Taguatinga/TO, onde se encontra o Grupo Bambuí, sendo representados pelos seus calcários típicos.

Conforme previsto na análise dos impactos ambientais constantes do Estudo de Impacto Ambiental, estima-se um aumento do risco de alteração do patrimônio espeleológico no período da construção, desde a mobilização de equipamentos até a conclusão das obras, etapas que envolvem terraplanagem, aterros, exploração de jazidas e pedreiras, transporte de material, dentre outros. Na fase de operação da via, o patrimônio espeleológico da região de Taguatinga poderão ficar mais expostos à visitações, devido à facilidade do acesso às cavernas gerada pela pavimentação da rodovia.

As degradações que podem ocorrem nas cavidades naturais da região, fruto da falta de um monitoramento ambiental eficiente, podem ser expressos de diversas maneiras, tais como quebra de espeleotemas, despejo de resíduos sólidos no seu interior, assoreamento de condutos, coleta de material rochoso e faunístico, alteração da hidrologia, hidrogeologia e microclima interferência no ecossistema cavernícola através da introdução de poluentes e fauna estrangeira, erosão, desmatamento e destruição de patrimônio arqueológico.

Esses impactos serão sentidos não só ao longo da área diretamente afetada pela construção da nova pista, mas também junto às áreas próximas das jazidas e áreas de empréstimos. Dessa forma, torna-se necessário o planejamento e a implementação de medidas de controle que reduzam o impacto ao ecossistema cavernícola na região, bem como a implantação de um monitoramento, que permita acompanhar a eficiência das medidas adotadas.

O presente programa contempla medidas que contribuirão para minimizar os impactos ambientais estimados e, principalmente, promover o desenvolvimento sustentável de áreas cavernícolas para com a preservação espacial dos elementos físicos, bióticos e culturais destas áreas, encontrando elementos conciliadores para esta função. Durante o período de construção da rodovia serão implementadas atividades de controle em todos os pontos cavernícolas inventariados. Serão controladas as pedreiras, usinas de asfalto, caminhos de serviços, frentes de terraplenagem e pavimentação. Será realizado também, um monitoramento permanente que possibilitará o acompanhamento da eficiência das medidas de controle adotadas.

Deverão ser realizadas gestões junto aos Órgãos Ambientais estaduais e municípios, para que sejam desenvolvidas Campanhas de Fiscalização dos ambientes espeleológicos sob a influência da rodovia.

16.2. Justificativa

Em seu trajeto, a rodovia BR-242/TO passa por regiões onde o substrato rochoso é propenso à formação de cavidades naturais estes são maciços calcários de grandes proporções e fraturados de forma tal, que condicionam à formação das cavidades supracitadas. Por se tratar de um ambiente sensível e considerados como patrimônios naturais pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, estes ambientes devem ter sua importância ressaltada quando da construção da rodovia.

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Neste sentido, criou-se este programa que contempla o monitoramento das cavidades durante o processo de pavimentação, bem como cria mecanismos de preservação das cavernas após o término das atividades.

16.3. Objetivos

O objetivo deste programa é, através da implantação de uma série de medidas de controle, não só reduzir impacto nas áreas cavernícolas já inventariadas, como realizar um novo inventário, com maior detalhe, das cavidades naturais presentes na área de influência direta da rodovia. Com o objetivo de proteger a integridade dos sistemas cavernícolas. Este programa visa também contemplar o disposto no Decreto nº 99.556, de 01/10/90, na Portaria do IBAMA nº 887/90, de 15/06/90 e na Resolução CONAMA nº 005/87, de 06/08/87.

16.4. Metas

As metas para conclusão deste programa podem ser resumidas da seguinte forma:

• O inventário das cavidades naturais, que será realizados nas cavernas já conhecidas e em possíveis outras que forem encontradas durante as atividades;

• Monitoramento das cavidades com vista à preservação do ambiente durante as atividades de pavimentação.

• Manutenção da biodiversidade cavernícola da região, evitando a introdução de organismos estrangeiros ao sistema ecológico;

• Proteção da Flora e Fauna na área das cavernas e no interior destas;

• Propiciar condições voltadas para a educação ambiental no tema espeleologia;

• Incentivar atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento de natureza ambiental;

• Propiciar medidas de controle dos efeitos negativos advindos da ação antrópica, bem como alternativas de recuperação de áreas alteradas;

• Disciplinar o uso de áreas cársticas em assentamentos urbanos, rurais, atividades industriais, obras lineares, recreação em conformidade com a legislação vigente;

• Planejamento efetivo para demandas de regiões de “Karst”, tendo uma consideração equilibrada de valores econômicos, científicos e humanos, dentro do contexto cultural e político;

• Evitar impactos de superfície como erosão, assoreamento, alteração da vegetação e da estrutura física da caverna;

• Proteção para áreas ou locais que têm valores naturais, sociais ou culturais elevados.

16.5 Alvo

Todos os monumentos espeleológicos (grutas, cavernas, sumidouros) detectados durante a realização do estudo e que serão interceptados pelo traçado da rodovia.

16.6. Metodologia e Descrição dos Programas

A elaboração do programa ora apresentado, teve como base a utilização de vários elementos obtidos em etapas distintas abaixo descritas:

• Levantamento e Análise dos Dados Existentes:

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→ Estudo de Impacto Ambiental apresentado;

→ Projeto Cavernas do Tocantins, Município de Taguatinga e Lajeado – Relatório de 2001, CECAV/TO - IBAMA.

• Reconhecimento de Campo:

→ Conhecimento de campo, em viagem de automóvel por todo o percurso atual entre Peixe, Paranã e Taguatinga;

• Contatos Institucionais

→ Repasse de informações adquiridas em contatos mantidos durante visitas técnicas realizadas junto aos órgãos de controle ambiental do Estado de Tocantins, com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Tocantins – DERTINS e com o Instituto de Geociências da Universidade de Brasília – UnB;

• Elaboração do Programa de Monitoramento Espeleológico

→ O EIA do trecho em questão, propõe a implantação de medidas preventivas e de monitoramento descritas a seguir:

> Na fase de construção, deverão ser observadas as seguintes medidas:

I. Levantamento em detalhe da localização das cavidades naturais subterrâneas existentes, conhecidas e desconhecidas (eventualmente descobertas nas prospecções), na área de influência do empreendimento (500 metros para cada lado do eixo da rodovia);

II. Orientação para adequada localização dos canteiros de obra e outras estruturas de apoio;

III. Acompanhamento do planejamento para o transporte de materiais e equipamentos, evitando-se locais próximo às cavernas;

Fiscalização da utilização de equipamentos explosivos.

1. Na fase de operação, as medidas indicadas pelo EIA/RIMA foram:

IV. Acompanhamento do monitoramento dos níveis de alteração dos ambientes cavernícolas;

V. Fiscalização e controle da utilização de materiais e serviços nas proximidades das cavernas;

VI. Divulgação dos resultados do monitoramento e do controle das cavernas inventariadas às comunidades da região, através do Programa de Comunicação Social.

• Laudo Espeleológico

→ As ações aqui propostas tiveram como base o laudo espeleológico confeccionado na região de influência da BR-242/TO,

Todas estas informações foram consideradas e são partes integrantes das proposições apresentadas no presente plano, que se adequadamente implementadas irão garantir a mínima degradação da qualidade ambiental dos ambientes cavernícolas, nas áreas de influência do empreendimento.

O monitoramento permanente da efetiva implementação das diversas ações de controle aqui propostas, garantirão a preservação das cavidades naturais presentes na região.

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a) Atividades Previstas

Neste item serão descritas as atividades que serão desenvolvidas durante as fases de construção e operação da rodovia.

Fase de Obras

Na fase de obras as atividades estão voltadas basicamente para as ações de controle e monitoramento das cavernas já detectadas na região, assim como a realização de um novo inventário com maior detalhamento em um raio de 500 metros do eixo da rodovia, conforme orientação do IBAMA no Termo de Referência enviado ao empreendedor.

Controle das Cavernas já Conhecidas na Região

A área de influência do empreendimento onde ocorre a presença de cavernas, já foi objeto de um levantamento espeleológico. O levantamento espeleológico no município de Taguatinga faz parte do Projeto Cavernas do Tocantins, o qual está sendo desenvolvido pela área de espeleologia do IBAMA/TO, em parceria com a Prefeitura Municipal de Taguatinga. As cavernas já inventariadas, dentro da área de influência do empreendimento, durante a fase de construção, sofrerão visitas periódicas da equipe de monitoramento espeleológico.

A grande quantidade de rochas calcárias aflorantes no município de Taguatinga, chamadas vulgarmente de “Morro de Pedra” pela população local é, na verdade, um conjunto de rochas pertencentes ao embasamento cristalino de idade Pré-Cambriana e as coberturas Proterozóicas e Cretáceas, ocorrências naturais de cavidades subterrâneas.

O Município de Taguatinga possui um considerável acervo de cavernas constituindo um verdadeiro patrimônio espeleológico, nos altos morros ou nas cavernas espalhadas por toda a região.

Dois grupos geológicos específicos foram detectados na área de estudo:

Grupo Bambuí: representantes de calcários marinhos e é formado por extensos morros e serras. São calcários serras de menor altitudes mais ou menos 100 metros de altura, ricos em matéria orgânica cor cinza escura.

Grupo Urucuia: são os arenitos da Serra Geral, constituído por um extenso conjunto de serras com escarpas abruptas e um grande volume de colúvios na sua base e uma altura superior a 350 metros. Poção leste de Taguatinga/TO, fora da área de influência do traçado em estudo da BR-242.

Segue na tabela 16.1 a relação de cavidades naturais subterrâneas levantadas nas proximidades da região de Taguatinga/TO. Tabela 16.1. Relação das cavidades naturais subterrâneas – região de Taguatinga/TO.

Nome/classificação Localização Coordenadas

Latitude Sul Longitude W

Abrigo Região do Funil / Faz. Santa Cruz 12°20’ 00” 46º28’06”

Abrigo Região do Funil / Faz. Santa Cruz 12º19’36” 46º27’08”

08 pequenos abrigos Região do Funil 12º20’10” 46º27’13”

Toca do Rei Leão Fazenda União 12º20’57” 46º27’34”

Gruta da Bica Faz. Morro Velho / Morro do Recantilhado 12º34’50” 46º37’00”

Gruta Dois Moleques Fazenda Brejo 12º24’50” 46º26’50”

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Nome/classificação Localização Coordenadas

Latitude Sul Longitude W

02 abrigos Fazenda Santa Helena 12º22’04” 46º29’42”

Gruta da Estrada BR-242 12º25’02” 46º29’42”

Caverna com entrada vertical

BR-242 12º24’55” 46º29’48”

Dentre as cavidades naturais conhecidas, as mais importantes por estarem dentro da área de influência direta da rodovia são a Gruta da Estrada e a Caverna com entrada vertical, descritas sucintamente abaixo.

Ressalta-se que após realização do Inventário Espeleológico, a quantidade de cavidades naturais, objeto deste programa, aumentarão, integrarão e complementarão as tabelas inseridas neste programa.

Gruta da Estrada e Caverna com entrada vertical Dentro da área de influência da BR- 242, sub-trecho Taguatinga-Paranã-Peixe, nas margens da rodovia, no km 203, estão situadas estas duas cavidades em uma altitude de cerca de 500 metros.

A caverna com entrada vertical está situada a cerca de 200 metros da margem esquerda da BR-242/TO, no sentido Paranã-Taguatinga. Possui uma boca com 1,50m de diâmetros e aproximadamente 15 metros de profundidade.

A Gruta da Estrada está situada a 20 metros da margem direita dessa rodovia e cerca de 500 metros adiante da caverna supracitada. Consiste em uma caverna desenvolvida num pequeno morro de calcário e apresenta logo na sua entrada um pequeno salão com as paredes recobertas de pipocas e vários blocos soltos. Nesse salão há uma abertura na lateral esquerda, que permite descer para um salão inferior, do qual acessa os outros condutos da caverna. Nessa parte da caverna foi detectada a presença de quirópteros, assim como alguns espeleotemas: estalactites, pipocas e cortinas.

Monitoramento da Gruta da Estrada e da Caverna com Entrada Vertical

As principais exigências para o monitoramento das cavernas presentes na área de influência do empreendimento são:

• Visitas periódicas da Equipe de Monitoramento Espeleológico e confecção de Relatórios de Preservação/Alteração do Patrimônio Espeleológico;

• Divulgação do Relatório de Monitoramento Espeleológico através do Programa de Comunicação Social;

• Programa de conscientização e preservação do meio ambiente com ênfase na preservação das cavernas, para os funcionários e usuários da via (educação Ambiental);

• Adoção de procedimentos de segurança no uso de máquinas, explosivos e execução de serviços, próximos às áreas cavernícolas, incluindo resposta a incidentes e plano de interrupção emergencial da obra no setor cavernícola afetado;

• Colocação de placas nos acessos das cavernas proibindo a acumulação de lixo e materiais inservíveis, confecção de fogueiras, assim como emissão de ruídos em excesso. Estas placas deverão ser posicionadas estrategicamente em todos os acessos da caverna e deverão conter números de telefones para denúncias de mau uso;

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• Detalhar as medidas a serem implementadas em face da circulação de veículos pesados e ao desgaste de vias de acesso na área de influência da cavidade natural;

• Detalhar o projeto de drenagem, nas áreas próximas às cavernas, prevendo a execução dos serviços de drenagem superficial e subsuperficial;

• Quando do uso de explosivos para desmonte de rocha a menor de 5 km das cavernas, as mesmas deverão sofrer acompanhamento sísmico.

Neste caso o empreendedor (DERTINS) optou por utilizar a metodologia de reflorestamento nas proximidades da entrada da cavidade natural. Sendo assim serão utilizadas metodologias para monitoramento e preservação da cavidade natural e seu entorno.

Essas metodologias consistem em:

• Revegetação do entorno da cavidade natural;

• Limpeza da entrada e dos salões internos;

• Pesquisa para identificação e catalogação de espeleotemas;

• Identificação e classificação da biota encontrada no interior da caverna, se existir.

Inventário Detalhado das Cavernas Existentes Dentro da Área de Influência do Empreendimento

Durante a fase de construção, deverá ser implementado um novo inventário em detalhe, numa área de 500 metros do eixo da rodovia. Deve-se levar em conta as pedreiras e jazidas a serem utilizadas para as obras. Esse inventário deverá identificar, caracterizar e mapear todas as cavidades naturais subterrâneas, conhecidas e desconhecidas, direta ou indiretamente envolvidas com o empreendimento, dentro da área de influência supracitada, devendo incluir na caracterização espeleológica, os seguintes itens: • Município, localidade, nome da fazenda ou da área em que se insere, nome do proprietário;

• Localização da cavidade em coordenadas geográficas, em coordenadas UTM e altitude. Todos esses dados deverão ser representados nas cartas utilizadas;

• Identificação da caverna;

• Natureza da cavidade: Abrigo (até 50m), Gruta (acima de 50m) ou abismo (vertical);

• Classificação da caverna quanto a forma, epigênica ou hipogênica, ativa ou inativa, vadosa ou freática;

• Características geológicas, hidrogeológicas e hidrográficas;

• Características gerais da caverna: número de entradas, forma da(s) entrada(s), espeleotemas observados, estado de conservação dos espeleotemas;

• Realizar levantamento topográfico para toda caverna encontrada. Na caverna que têm sua área de influência diretamente envolvida com o empreendimento, realizar topografia em detalhe e lançar a sua projeção em superfície do desenvolvimento linear, a qual será somado um entorno adicional de proteção de 250 metros, sendo obrigatório o lançamento de seus marcos geográficos na área externa.

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Medidas de Controle

Se for registrada a presença de alguma nova cavidade natural, essa deverá sofrer o mesmo controle já especificado neste programa.

Ressalta-se que as ações acima previstas estão norteadas de acordo com o Termo de Referência emitido pelo IBAMA.

b) Fase de Operação

Nesta fase, os impactos ambientais sofridos pelas cavernas deverão estar totalmente mitigados, sendo necessária a manutenção de um Programa de Conscientização da Preservação do Patrimônio Espeleológico, a ser amplamente divulgado nas comunidades lindeiras e aos usuários da rodovia nas áreas cavernícolas, reduzindo ou mitigando os impactos esperados pelo aumento de visitações destas cavernas devido à facilitação do acesso pela construção da rodovia.

16.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste Programa, encontram-se definidos nas tabelas 16.2 e 16.3.

Tabela 16.2: Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Geólogo 1 5

Biólogo 1 5

Estagiário - Geólogo ou Biólogo 1 5

Motorista 1 5

Tabela 16.3: Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

GPS’s (Global Positioning System) 1 5

Bússola 1 5

Trena 1 5

Reatores de Carbureto 10 5

Pilhas 50 5

Material de escalada 1 5

Material de escritório 1 5

Aluguel de veículo (sedan) 1 5

Combustível (gasolina) 150 litros/mês 5

16.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

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• IBAMA (CECAV);

• NATURATINS.

16.9. Cronograma Físico de Implantação

O cronograma de implementação do Programa de Monitoramento Espeleológico deverá guardar correspondência com o cronograma de execução da rodovia. O monitoramento do Programa se encerra com a conclusão das obras e a desativação das atividades em pedreiras e usinas de asfalto, quando estas áreas serão objeto de recuperação ambiental, conforme proposto no Programa de Recuperação de Áreas Alteradas deste PBA. As ações previstas para a fase de operação irão ocorrer ao longo de toda a vida útil da rodovia.

Na tabela 16.4 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações executadas no presente Programa.

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Tabela 16.4: Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Visitas as cavernas X X X X X

Confecção de relatórios X X X X X

Divulgação dos relatórios através do Programa de Comunicação Social

X X

Conscientização de funcionários e usuários da via X X X X X

Adoção de procedimentos de segurança X X X X X

Colocação de placas educativas nas cavernas mais freqüentadas

X X X X X

Detalhamento das medidas de conservação das vias próximas das cavernas

X X X X X

Detalhamento do projeto de drenagem nas proximidades das cavernas

X X X X X

Revegetação do entorno da cavidade natural X X X X X

Limpeza da entrada e dos salões internos X X X X X

Identificação e catalogação do espeleotemas X X X X X

Identificação e classificação da biota da caverna X X X X X

Inventario das cavernas existente X X X X X

Elaboração de relatórios X X X X X

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16.10. Estimativa de Custos Nas tabelas 16.5 e 16.6 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 16.5: Estimativa de custos para a contratação de profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Geólogo 1 5 4.707,58 23.537,90

Biólogo 1 5 4.707,58 23.537,90

Estagiário 1 5 300,00 1.500,00

Motorista 1 5 580,39 2.901,95

TOTAL 51.477,75

Tabela 16.6: Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

GPS’s (Global Positioning System) 1 5 500,00 500,00

Bússola 1 5 500,00 500,00

Trena 1 5 50,00 50,00

Reatores de Carbureto 10 5 12,20 122,00

Pilhas 50 5 4,00 200,00

Material de escalada 1 5 10.000,00 10.000,00

Material de escritório 1 5 1.500,00 1.500,00

Aluguel de veículo (sedan) 1 5 2.643,99/mês 13.219,95

Combustível (gasolina) 150 litros/mês 5 2,50/litro 1.875,00

TOTAL 27.966,95

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 79.444,70. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

16.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PME será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PME.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do PME e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PME. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

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16.12. Referências Bibliográficas

Termo de Referência para Elaboração de Estudos Espeleológicos Vinculados a Estudos de Impactos Ambientais de Empreendimentos Lesivos ao Patrimônio Espeleológico Nacional – Ministério do Meio Ambiente – MMA / IBAMA / DIREC / CECAV.

Projeto de Caverna do Tocantins – Município de Taguatinga e Lajeado, Relatório de 2001 – CECAV/IBAMA.

Laureano, F.V. 1998. O registro sedimentar clástico associado aos sistemas de cavernas Lapa Doce e Torrinha, Município de Iraquara, Chapada Diamantina. São Paulo, IGc/USP, Dissertação de Mestrado, 98 p.

Lino, C.F. 1989. Cavernas: o fascinante Brasil Subterrâneo. São Paulo, Editora Rios, 1989. Ribeiro, L.F.B., Vanderoost, F.J. & Monteiro, R.C. 1994. O controle neotectônico das cavernas da

Serra de Itaqueri. In: 38° Congresso Brasileiro de Geologia, Balneário Camboriú-SC, 1994. Anais..., Florianópolis-SC, SBG, 1994. Vol. 1: 397-400.

Sánchez, L.E. 1984. Cavernas e paisagem cárstica do Alto Vale do Ribeira/SP: uma proposta de tombamento. Espeleo-Tema, 14: 9-21.

Silva, C.M.T. & Costa Jr., I.A . 1997. Método de Prospecção Espeleológica Preliminar - Exemplo de Aplicação em Arcos - MG. Anais do XXIV Congresso Brasileiro de Espeleologia, Ouro Preto.

Cruz Jr., F.W. da 1998. Aspectos geomorfológicos e geoespeleologia do carste da região de Iraquara, centro-norte da Chapada Diamantina, estado da Bahia. São Paulo, IGc/USP, Dissertação de Mestrado, 108 p.

Lima, E.P. de, 1970. Gruta de Cazanga, Arcos-Minas Gerais. Espeleologia, Ouro Preto-MG, 2(2):9-14. Rolff, P.A.M. de A. 1970b. Espeleologia e fotografia aérea. Espeleologia, Ouro Preto-MG, 2(2):15-21.

Rolff, P.A.M. de A. 1971. Morfologia cárstica no Bambui de Arcos-MG. Espeleologia, Ouro Preto-MG, 3(3/4):24-30.

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17. Programa de Educação Ambiental - PEA

17.1. Introdução

A implementação do desenvolvimento sustentável sob uma ótica integrada, conforme preconizado na Agenda 21 (UNCED – 1992), constitui-se em um desafio que deve ser considerado como fator fundamental para a concretização de tal idéia.

A Carta Magna de 1988 definiu como elemento “a promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública”, reafirmando os princípios estabelecidos nas Recomendações da Conferência Intergovernamental de Tbilisi sobre a Educação Ambiental, patrocinada pela UNESCO e PNUMA, em 1977.

Com base nesses documentos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA definiu as diretrizes de Educação Ambiental. É, portanto, a resposta no âmbito nacional, às orientações internacionalmente postuladas pelo conjunto dos países que compõem a ONU e que carece, no momento, da concretização local.

No IBAMA, a Educação Ambiental é vista como:

"...um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir - individual e coletivamente - e resolver problemas ambientais presentes e futuros." (IBAMA, 1993)

O homem age sempre sobre sua base de sustentação natural, sofrendo sua influência e sofrendo a influência do resultado da sua ação sobre o meio em que interfere. É a partir desta visão que se justifica a Educação Ambiental, enquanto processo de intervenção da sociedade sobre o seu próprio destino, de forma interdisciplinar, participativa, descentralizada e de reconhecimento da pluralidade e diversidade cultural.

A educação ambiental está diretamente ligada a nossa forma de vida como um todo: desde o que se come, onde se mora, o que se veste até o que se consome. A postura frente ao cotidiano, as maneiras e até mesmo o trabalho estão diretamente ligadas à educação ambiental.

O Programa de Educação Ambiental precisa acontecer através da integração de dois tipos de componentes:

O Programa de Educação Ambiental visa criar condições para a participação dos atores sociais envolvidos no processo de gestão ambiental e no desenvolvimento de seus papéis como agentes e cidadãos para a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva.

O enfoque de participação objetiva a conquista da sociedade no sentido da consolidação da democracia e da cidadania, que encontra respaldo junto aos órgãos financiadores internacionais.

O Programa de Educação Ambiental, objeto deste documento integra o conjunto de Programas Ambientais que compõem o Projeto Básico Ambiental – PBA da implantação da rodovia BR-242/TO (Peixe-Paranã-Taguatinga).

O referido programa também é considerado como medida mitigadora relativa aos impactos decorrentes da implantação do empreendimento, objetivando a melhoria do processo de gestão ambiental da região ao introduzir novos conhecimentos e interação entre os diversos atores e o meio ambiente.

• Componentes informativos, relativos aos conhecimentos necessários para a compreensão do meio ambiente e do projeto de implantação da rodovia BR-242/TO e alternativas mitigadoras (em seus aspectos científicos);

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• Componentes formativos, como conscientizar, desenvolver atitudes e estimular a participação dos indivíduos e das comunidades.

O Programa de Educação Ambiental prioriza a sua área de atuação nos setores sociais diretamente afetados pelo empreendimento, na população escolar dos municípios afetados pela obra e junto à mão-de-obra que será contratada para a abertura e pavimentação da rodovia.

17.2. Justificativa

O Programa de Educação Ambiental se justifica por ser o principal meio de aproximação da rodovia à comunidade afetada. A Educação Ambiental é um meio indispensável para a mitigação dos impactos referentes à implantação da rodovia BR-242/TO. Ela permite à comunidade manter-se informada e com uma visão crítica a respeito da implementação da própria rodovia, logo evitando possíveis conflitos sócio-ambientais com a mesma, e ainda possibilita uma melhor compreensão de seu entorno e recursos naturais que este lhe oferece, oportunidades de trabalho diversas e fortalecimento da cidadania.

17.3. Objetivos

O objetivo principal do Programa de Educação Ambiental para a implantação da rodovia BR-242/TO é o desenvolvimento de ações educativas, a serem formuladas por meio de um processo participativo, objetivando capacitar os setores sociais, com ênfase nos afetados diretamente pela implantação do empreendimento, para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida da região.

a. Objetivos Gerais

• Ajudar a compreender claramente, a existência da interdependência econômica, social, política e ecológica, nas zonas urbanas e rurais, e desta com o empreendimento em estudo;

• Proporcionar, a todas as pessoas, a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, as atitudes, o interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente, bem como aceitação e otimização da rodovia BR-242/TO.

• Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, a respeito do meio ambiente.

b. Objetivos Específicos

• Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e criados pelo homem, tecnológicos, sociais, econômicos, políticos, técnicos, histórico-culturais, morais e estéticos;

• Construir um processo contínuo e permanente, começando pelo pré-escolar, e continuando através de todas as fases do ensino formal e não-formal;

• Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;

• Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista do local, regional e nacional, de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas;

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• Concentrar-se nas situações ambientais atuais, em especial a da implantação da rodovia BR-242/TO, tendo em conta também à perspectiva histórica;

• Insistir no valor e na necessidade da cooperação local e nacional para prevenir e resolver problemas ambientais buscando descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;

• Destacar a complexidade dos problemas ambientais (sócio-ambientais) e, em conseqüência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas;

• Utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimento sobre o meio ambiente, acentuando devidamente as atividades práticas e as experiências pessoais.

17.4. Metas

A meta a ser atingida pelo Programa de Educação Ambiental é a formação de uma consciência conservacionista no âmbito dos principais segmentos do público-alvo da área de influência do projeto, de modo a racionalizar a exploração dos recursos naturais, preservando a qualidade ambiental, ou seja, reduzindo a poluição das águas e a contaminação do solo, combatendo a erosão do solo, limitando o desmatamento ao mínimo necessário, reflorestando áreas degradadas e adotando medidas que melhorem as condições sanitárias e de saúde da população.

Indicadores Ambientais

Os indicadores ambientais envolvidos no Programa de Educação Ambiental são:

• A porcentagem de desmatamento em áreas de reserva legal e matas ciliares;

• Número de queimadas para manutenção das pastagens;

• A quantidade de animais capturados devido à pesca e a caça predatória;

• A quantidade de doenças provenientes das precárias condições sanitárias da população, tanto das áreas rurais como das áreas urbanas;

• A qualidade das águas superficiais e subterrâneas;

• Número de pessoas afetadas pelo excesso de ruídos/vibrações e pela poluição do ar próximo às áreas habitadas;

• Quantidade de erosões e assoreamento provocados pelo uso inadequado do solo.

As alterações ocorridas nesses indicadores poderão ser avaliadas, tanto pelas observações dos multiplicadores de educação ambiental ao longo dos 24 meses de duração do programa, como também pelo próprio público-alvo que, na medida em que forem se capacitando em Educação Ambiental, vão ficando mais observadores das atitudes de agressão à natureza.

Com relação à qualidade das águas, eventuais alterações serão certamente captadas pelas equipes de monitoramento dos ecossistemas aquáticos e disponibilizadas para a equipe de educação ambiental.

17.5. Alvo

Foram identificados como público-alvo do Programa de Educação Ambiental os segmentos relacionados a seguir:

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• População diretamente afetada, em especial a residente no entorno das obras;

• Técnicos e professores da rede pública de ensino e da área de meio ambiente;

• Trabalhadores das obras;

• Organizações Não-Governamentais atuantes na Área de Influência.

17.6. Metodologia e Descrição do Programa

O Programa de Educação Ambiental foi elaborado adotando-se a concepção de que a educação ambiental, no âmbito das atividades de gestão ambiental, deve ser entendida como um processo que tem o objetivo de proporcionar as condições para a produção e aquisição de novos conhecimentos e habilidades, visando ainda o desenvolvimento e assimilação de atitudes, hábitos e valores, viabilizando a participação da comunidade na gestão do uso dos recursos naturais e na tomada de decisões que afetam a qualidade dos meios natural e antrópico.

Nesse sentido, é premissa básica do Programa de Educação Ambiental que o processo educativo deve centrar seu foco em torno das situações concretas vividas pelos diferentes setores sociais, reconhecendo assim, a pluralidade e diversidade culturais com um caráter interdisciplinar.

O Programa de Educação Ambiental teve como principal fonte de consulta e informação o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA para a implantação da rodovia BR-242/TO e dos estudos realizados para a elaboração dos Programas Ambientais na fase de Projeto Básico Ambiental – PBA.

Adotado como subsídio para a elaboração do programa, projetos similares como o da Malha Rodoviária implantada pela Secretaria Estadual de Transportes e Obras – SETO, do Estado do Tocantins.

O Projeto Malha Rodoviária, datado de 1997/98, implantou um Plano de Ação Ambiental, desenvolvendo, entre outros os Programas de Comunicação Social, Educação Ambiental e Educação em Saúde para os trabalhadores da obra. O programa promoveu a realização de palestras educativas, objetivando demonstrar a importância da conservação dos recursos naturais, ambientais e de educação para o trânsito nas escolas de Ensino Fundamental, com a utilização de material impresso e áudio-visual, o que procurou atingir diversos setores sociais.

No PEA pretende-se abordar diversos temas como exemplificados a seguir.

• Terra (planeta), natureza, plantas, alimentos;

• Cidade pequena e grande;

• Zona urbana e rural;

• Pessoas;

• Países;

• Animais de pequenos e grandes portes;

• Ar, água, luz, chuva;

• Floresta;

• Atropelamentos;

• Animais extintos;

• Animais e plantas em extinção;

• Poluição (ar, água e terra);

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• Lixo e reciclagem;

• Reservas ecológicas;

• Ecoturismo;

• Agricultura orgânica;

• Sustentabilidade;

• Paisagismo;

• Reflorestamento.

É proposto ainda dar ênfase especial aos temas que contribuem a um melhor entendimento do complexo de instalação da rodovia, como por exemplo:

• Ciclo da água;

• Transformação de água suja em limpa;

• Fauna e flora na rodovia;

• Atropelamentos de animais silvestres;

• Queimadas;

• As necessidades de transporte do Brasil e Centro-Oeste;

• Destruição e fragmentação de habitats.

Os temas sugeridos podem ser desenvolvidos abrangendo todos os contextos onde estão inseridos. Utilizando-se de um enfoque interdisciplinar, pretende-se desenvolver atividades que possibilitem trabalhar as áreas: afetiva, cognitiva, sensorial, espacial, temporal, análise e de síntese e psicomotora.

Pode-se globalizar a educação ambiental aos conteúdos curriculares e às atividades desenvolvidas rotineiramente na escola (educação formal), além do trabalho informal e não-formal que envolve a comunidade como um todo e os meios de comunicação.

Deve-se também fazer um link entre as ações previstas no presente programa com os programas especificados no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável.

a. Estruturação do Programa

Propõem-se abaixo os três níveis em que será abordado o Programa de Educação Ambiental da rodovia BR-242/TO.

Nível 1 – Educação Formal

A Educação Ambiental Formal ou Escolar envolve regularmente a rede de ensino, por meio da atuação curricular sistemática, tanto no planejamento quanto na execução dos currículos.

Pretende-se neste nível capacitar os professores de todas disciplinas para o ensino de seus conteúdos por meio do prisma da educação ambiental.

No processo de planejamento das aulas para a primeira série em diante, serão verificados os conteúdos a serem desenvolvidos, onde se encaixa a Educação Ambiental. Os conteúdos da disciplina de Ciências por si só permeiam uma grande facilidade de engajamento da educação ambiental. Já os conteúdos de Estudos Sociais, Português, Matemática, poderão ser conduzidos à Educação Ambiental com especial capacitação.

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As escolas locais devem ser cadastradas e visitadas, fazendo-se exposições e palestras aos alunos e pais sobre o programa ambiental, estimulando assim a participação dos presentes.

Nível 2 – Educação Não-Formal

A Educação Ambiental não-formal tem uma atuação sistemática, mas sem envolver o currículo escolar de rede de ensino. Consiste de programas institucionais, tipo extensão, como por exemplo, os cursos profissionalizantes extra-escolares (Faria, 1997).

Pretende-se manter contato com entidades governamentais e não governamentais (ONG’s) para obtenção de apoio, procurando cadastrar todas as ONG’s locais, ou que tenham interesses ou escritórios na região, providenciando contato com explanação do programa e solicitação de apoio.

Nível 3 – Educação Informal

Destaca-se a atenção à conservação das populações animais e de plantas, evitando-se atropelamentos, a caça e retirada ilegal de madeira e outros produtos da vegetação.

A educação ambiental informal dar-se-á fomentando de campanhas populares, que visem à formação de hábitos e atitudes que possibilitem a preservação dos recursos naturais (fauna, flora, rios, mata) e a correção de processos degenerativos da qualidade de vida na terra (poluições da terra, do ar, da água, chuvas ácidas, aumento de temperatura, agrotóxicos, fertilizantes). Via de regra, envolve os meios de comunicação de massa (jornais, revistas, televisão e rádio) (Faria, 1997).

Neste nível, pretende-se conseguir o apoio dos meios de comunicação locais, bem como a obtenção de material de divulgação e de uso nas atividades a serem desenvolvidas com as empresas, o comércio, entidades e pessoas em geral.

Será preciso divulgar o programa para a maior parte da comunidade, seja usando-se líderes locais ou pessoas interessadas. As pessoas influentes econômica, sociais e intelectualmente, têm grande poder de indução da população, de forma que devem ser procuradas pelo educador ambiental para que abracem a causa, divulgando-a o máximo possível.

É ainda fundamental o estabelecimento de um meio de comunicação sistemático com a comunidade afetada, capaz de viabilizar a troca de informações entre a população e o empreendedor. Isto evita diversos conflitos sócio-ambientais que podem surgir com o andamento das obras, tanto em nível das próprias necessidades e interesses da comunidade afetada, quanto da própria mão-de-obra envolvida, que geram descompassos no comércio e infra-estrutura de serviços locais face às novas demandas.

A efetiva participação da população no processo de decisões só pode se dar a partir do conhecimento das reais características do empreendimento e das implicações e repercussões de sua implantação na qualidade de vida dos cidadãos.

Recomenda-se criar um Centro de Comunicação Social, para estabelecer um canal de comunicação entre o empreendedor, suas empreiteiras e as comunidades afetadas, passando e recebendo informações, bem como críticas e sugestões, de modo a corrigir eventuais ações futuras ou em andamento, conforme os anseios da sociedade.

Pretende-se desenvolver diversas atividades, tais como: campanhas educativas, feiras, palestras, oficinas, eventos culturais, entre outras.

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b. Etapas do Programa

O Programa de Educação Ambiental da rodovia BR-242/TO está proposto para ser realizado nas seguintes etapas.

Etapa 1 - Recrutamento de Educadores Ambientais

Frente a um problema sócio-ambiental, qualquer profissional pode contribuir com idéias, combinando-as de forma criativa, integrando-as, considerando-as sob novas perspectivas e dando-lhes novas aplicações. Nesta perspectiva, pretende-se dar a oportunidade aos diversos membros dos municípios locais (com ênfase aos professores, líderes comunitários, ONG’s e profissionais diversos, bem como outros interessados e voluntários) para participarem do Programa de Educação Ambiental como agentes e educadores ambientais.

Isto permitirá uma forma de trabalho multidisciplinar, indispensável para a Educação Ambiental, e ainda capacitará a própria população local para gerir e conservar seu meio ambiente. O processo de capacitação destes agentes e educadores ambientais para a atuação direta junto à equipe do Programa de Educação Ambiental da rodovia, devem priorizar suas especialidades e conhecimentos prévios dentro da comunidade.

Etapa 2 - Educação Ambiental voltada à Comunidade

Cada comunidade tem suas necessidades que refletem no ambiente, de maneira que é importantíssimo conhecer as necessidades básicas da comunidade para que seja possível aplicar adequadamente o programa, bem como conhecer também os anseios da sociedade estudada, para saber o que se pretende em um futuro próximo e em longo prazo, e assim, preparar um programa consistente.

Para este estudo deve-se fazer um levantamento sócio-cultural abrangente, junto com as cooperativas, escolas, igrejas e órgãos públicos municipais e estaduais, coletando as informações das pessoas. Assim será possível conhecer qual o público dentro daquela sociedade a que se destinará melhor o programa, bem como quem poderá colaborar.

Além do conhecimento dos problemas ambientais da região, o educador ambiental deve conhecer plenamente o meio social em que vai trabalhar. Deve-se estar inserido o máximo possível neste meio social, sem o que não terá idéia exata da dimensão da problemática a ser trabalhada e conseqüentemente, prejudicar a adequada educação ambiental ao público alvo. O educador ambiental deverá procurar apoio dos líderes da comunidade no desenvolvimento de seu trabalho, solicitando a colaboração de políticos, autoridades públicas, professores e líderes de bairro, por exemplo. Com a ajuda da liderança local o trabalho terá uma maior penetração e maior resultado.

Etapa 3 - Reconhecimento do meio ambiente da comunidade

Conhecendo a necessidade e o potencial da comunidade alvo, passa-se ao planejamento do programa. Este, para ter êxito, tem que ser organizado com muito cuidado e também direcionado aos objetivos, sem se desviar de sua finalidade. É preciso que, inicialmente, se trabalhe com a comunidade o que é “ambiente”. Que ela perceba que ambiente é tudo o que a cerca, a terra em que pisa, a água que bebe, o ar que respira e os seres com os quais convive ou se relaciona. É importante ressaltar a relação histórica da comunidade com seu ambiente, em especial com a área de influência indireta da rodovia BR-242/TO.

Pouco adiantaria iniciarmos um trabalho de educação ambiental, se a comunidade não tem consciência do que é ambiente ou pouco adiantaria trabalhar para desenvolver alternativas sustentáveis (por exemplo: coleta seletiva de lixo, reciclagem, agricultura orgânica, ecoturismo e

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paisagismo), se a comunidade não tem consciência da importância dos seus recursos naturais. Nesta etapa, será trabalhado o conceito de ambiente abordando assuntos que possibilitem um posicionamento da comunidade no mundo em que vive, com quem convive e como vive, o resgate da relação histórica da população local as expectativas da comunidade com a instalação da rodovia BR-242/TO.

Espera-se com esta etapa que as pessoas interiorizem-se na análise de suas próprias ações em relação ao meio ambiente (incluindo a família e própria comunidade); que reconheçam a importância e influência dos recursos naturais da região em suas vidas; que tenham resgatado a identidade da comunidade em função do “redescobrimento” dos rios Paranã, Palmas e Arraias e compreensão e aceitação da instalação da rodovia em estudo.

Etapa 4 - Reconhecimento dos seres vivos da comunidade

Nesta etapa serão trabalhados conceitos de “ecologia”, enfatizando as necessidades do seres vivos, o meio onde vivem e suas recíprocas influências, dando continuidade ao trabalho iniciado sobre o ambiente em que vivemos, o conhecimento da fauna e flora local e de suas potencialidades e o acompanhamento do processo de instalação da rodovia BR-242/TO.

Etapa 5 - Processos mitigatórios dos efeitos da rodovia BR-242/TO

Nesta etapa pretende apresentar a inter-relação que existe no ambiente, enfatizando que todo ser vivo depende da natureza e que a natureza depende de como o ser vivo a trata. Serão trabalhados o conceito de preservação e conservação dos recursos naturais, os conceitos de coleta seletiva de lixo, reciclagem, saneamento básico, o acompanhamento e colaboração da população no resgate da fauna e flora da área a ser inundada com a instalação da rodovia, a criação do viveiro, a capacitação para o paisagismo, agricultura orgânica, entre outros.

Etapa 6 – Avaliação Periódica do Programa

O trabalho realizado pelo Programa de Educação Ambiental deve ser avaliado anualmente, para que se possam fazer correções, adequando o Programa de Educação Ambiental cada vez mais à comunidade direcionada. Deve ser muito criteriosa e isenta de preconceitos, a fim de aceitar as críticas que são importantes ao aperfeiçoamento do trabalho.

A educação ambiental é um processo educacional criado ao longo de muitos anos por meio de estudos de milhares de especialistas, que tem uma visão global das necessidades do homem e da natureza entrelaçadas em um objetivo comum que é a manutenção da qualidade de vida de todos os seres do planeta.

Portanto, em vista da existência de problemas ambientais em quase todas as regiões do país, torna-se fundamental o desenvolvimento e implantação de programas educacionais ambientais, os quais são de suma importância na tentativa de se reverter ou minimizar os danos ambientais.

Porém, o sucesso destes programas educacionais ambientais somente poderá ocorrer havendo conscientização e participação de todos os segmentos da sociedade e da necessidade da sua implantação efetiva. Somente assim pode-se tentar melhorar a qualidade de vida de todos e, conseqüentemente, cumprir o disposto no art. 225 da Constituição Federal, onde diz, em poucas palavras, que o meio ambiente sadio é um direito de todos.

O Programa de Educação Ambiental foi estruturado com base em duas vertentes - a educação propriamente dita e o monitoramento e avaliação das ações.

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Educação - Envolvendo as ações educativas, desenvolvidas com o objetivo de educar para a formação de uma consciência ambiental e mudar comportamentos, atitudes e procedimentos na relação entre os diferentes públicos alvos, o meio natural e o empreendimento.

Compreende atividades de treinamento e educação ambiental para o público interno, principalmente trabalhador das obras, para os beneficiários do Programa de Desapropriação, população residente no entorno das obras, organizações da sociedade civil e professores da rede pública.

c. Detalhamento do Material Pedagógico

O material pedagógico a ser produzido ou utilizado pelo programa, assim como os respectivos conteúdos, deverão ser concebidos a partir da perspectiva do público-alvo a que se destina, em linguagem e formas adequadas e, acima de tudo, respeitando as características sociais e culturais dos destinatários.

A equipe de educação ambiental deverá estar articulada com a equipe do Programa de Comunicação Social para adequar os conteúdos dos materiais a serem elaborados. A produção gráfica e a reprodução dos materiais educativos estarão a cargo do Programa de Comunicação Social.

É de competência do Programa de Educação Ambiental a elaboração dos seguintes instrumentos pedagógicos:

Código de Conduta dos Trabalhadores

• Folheto - para os trabalhadores, contendo as normas individuais e de relacionamento com as comunidades locais e na relação com o meio natural (pesca, caça, captura de animais silvestres), uso de equipamentos de segurança, normas de saúde e de higiene, proibições expressas de uso de armas de fogo e drogas e respeito aos limites de velocidade.

• Vídeo - para apresentação aos trabalhadores (cerca de 10 minutos), apresentando os principais aspectos do Código de Conduta e suscitando discussão e debate com os trabalhadores.

• Cartaz - a ser afixado nos canteiros-de-obras, alojamentos de trabalhadores e em locais próximos a estes.

Material Educativo para Multiplicadores e População Escolar

• Apostila, Painéis, Fotos, Transparências - O material a ser produzido e utilizado para a capacitação de orientadores pedagógicos e professores das escolas públicas terá como base os estudos temáticos e pesquisas realizadas nas fases de estudo do empreendimento, na medida em que contribuam para a discussão dos problemas locais e regionais e motivem a participação em sua gestão.

• Instrumentos Pedagógicos para alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio - A forma e o conteúdo do material educativo para a população escolar deverão ser elaborados num processo participativo durante os cursos de capacitação e discutidos com as Comissões Inter-Institucionais e autoridades governamentais de educação.

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Material Educativo de Ampla Divulgação

•• Folheto de Educação para o Trânsito – Contendo noções básicas de regras e segurança no trânsito, principalmente nas travessias urbanas.

Programa de Educação Ambiental utilizará, durante a sua execução, como material de ampla divulgação, a técnica de comunicação em quadrinhos, por saber que atinge crianças, jovens e adultos, além disso, é rápida, fácil de entender e de baixo custo financeiro.

Todas as orientações básicas necessárias ao público em geral serão apresentadas pelo DERTINO, o mascote, curioso, solidário e expressivo desenvolvido pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Tocantins – DERTINS (Figura 17.1).

Figura 17.1. Mascote DERTINS.

17.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste programa, encontram-se definidos nas tabelas 17.1 e 17.2. Tabela 17.1. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES) AÇÃO

Pedagogo 1 8 Elaboração e condução dos trabalhos

Sociólogo 1 8 Elaboração e condução dos trabalhos

Estagiário 1 8 Apoio aos técnicos

Motorista 1 8 Condução de veículo automotor

Tabela 17.2. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Cartilha 3.000 8

Folders 3.000 8

Inserções em rádio local 4 8

Reprodução material educação ambiental para escolas

1.000 8

Cartazes 300 8

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MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Material didático de apoio 8

Seminários 8 8

Exposição Fotográfica Itinerante

8 8

Aluguel de veículo (sedan) 1 8

Combustível (gasolina) 150 litros/mês 8

17.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS;

• Prefeituras municipais e associações de municípios.

• Secretaria Estadual de Educação do Tocantins;

• Secretarias municipais de meio ambiente e educação.

17.9. Cronograma Físico de Implantação

O Programa de Educação Ambiental deverá ter sua implantação no início das obras e ter duração mínima de 24 meses.

As atividades de implantação deste programa serão distribuídas da seguinte forma: 01 (uma) campanha por trimestre durante 24 meses, totalizando 8 (oito) eventos durante o período de desenvolvimento do programa.

Na tabela 17.3 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações executadas no presente programa.

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Tabela 17.3. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Definição dos temas para a educação formal

X X

Definição dos temas para a educação não-formal e informal

X X

Recrutamento de educadores ambientais X X

Reconhecimento do meio ambiente X X X X X X X X

Reconhecimento dos seres-vivos da comunidade

X X X X X X X X

Confecção de material para a educação formal e não-formal.

X X

Confecção de material para a educação informal

X X

Educação ambiental voltada a comunidade

X X X X X X X X

Processos mitigatórios dos efeitos da rodovia

X X X X X X X X

Avaliação do programa X X

Relatórios de acompanhamento X X X X X X X X X

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17.10. Estimativa de Custos

O Programa de Educação Ambiental será executado pela empresa de Gestão Ambiental, de forma articulada com o Programa de Comunicação Social.

No quadro abaixo, apresenta-se a estimativa de custo de execução do Programa de Educação Ambiental.

Nas tabelas 17.4 e 17.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 17.4. Estimativa de custos para a contratação dos profissionais.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITARIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Pedagogo 1 8 4.707,58 37.660,64

Sociólogo 1 8 4.707,58 37.660,64

Estagiário 1 8 300,00 2.400,00

Motorista 1 8 580,39 4.643,12

TOTAL 82.364,40

Tabela 17.5. Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITARIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Cartilha 5.000 8 5,00 25.000,00

Folders 5.000 8 3,00 15.000,00

Inserções em rádio local

4 8 10.000,00 40.000,00

Reprodução material educação ambiental

para escolas 1.000 8 10,00 10.000,00

Cartazes 1.000 8 10,00 10.000,00

Material didático de apoio

- 8 - 3.000,00

Seminários 8 8 1.000,00 8.000,00

Exposição Fotográfica Itinerante

8 8 625,00 5.000,00

Aluguel de veículo (sedan)

1 8 2.643,99/mês 21.151,92

Combustível (gasolina)

150 litros/mês 8 2,50/litro 3.000,00

TOTAL 140.151,92

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 222.516,32. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

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17.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PEA será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PEA.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PEA. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

Visando a atualização e complementação de dados e informações de interesse para o PEA, foram contatados a Secretaria de Educação dos Estado e as Secretarias Municipais envolvidas no empreendimento de modo a iniciar a discussão sobre a proposta de desenvolver atividades de educação ambiental nas escolas estaduais dos municípios da Área de Influência do projeto.

17.12. Referências Bibliográficas

Contrato 3714 – BR-Estado/BIRD – Plano de Ação Ambiental, Programa de Gerenciamento da Malha Rodoviária Estadual, SE TO / Estado do Tocantins, 1997/1998.

Convênio DNER/IME - Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária entre São Paulo, Curitiba e Florianópolis. Atividade de Planejamento do Convênio DNER/IME para a Fase de Pré-Implantação do Projeto. Tomo II. Instruções para a Implantação de Programas Ambientais. Instruções para a Implantação do Programa de Comunicação Social. Convênio DNER/IME - Internacional de Engenharia S.A., agosto de 1996.

IBGE - Sinopse Preliminar do Censo Demográfico, 2000.

IBGE, Contagem de População,1996.

IBGE, Censo Demográfico, 1991.

Quintas, J.S. (org.) – Pensando e praticando a educação ambiental na gestão do meio ambiente. Brasília: IBAMA, 2000.

SEMADS/PNUD/BID – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. Programas Ambientais Complementares, Programa de Educação Ambiental, Curso de Especialização em Educação para Gestão Ambiental, 2000.

UNESCO (org.) - Educação Ambiental: as grandes orientações da Conferência de Tbilisi. Brasília: IBAMA, 1998.

IBAMA. As Grandes Orientações da Conferência de Tbilisi. Brasília, 1994: 158 p. (Coleção Meio Ambiente).

IBAMA. Direito do Meio Ambiente e Participação Popular. Brasília, 1996: 15p. (Coleção Meio Ambiente).

Matsushima, Kazue et al. Educação Ambiental: guia do Professor 1º e 2 º graus (edição piloto). São Paulo : Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental 1987. 292 p. (Série educação Ambiental, out. 88).

IBAMA. Evite queimadas: regulamento do uso do fogo. Brasília / DF: IBICT, 8p. 1993.

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18. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável - PADS

18.1. Introdução

A implantação da BR-242/TO, trecho Peixe-Paranã-Taguatinga, é importante instrumento do desenvolvimento regional, tão enfatizado pelo atual Governo Federal como forma de diminuir as desigualdades e aumentar a renda das populações interioranas.

Quando da implantação de uma estrutura rodoviária de boa qualidade, os acessos são melhorados e a circulação de mercadorias e passageiros aumenta devido à facilidade de tráfego. Junto, há a valorização das terras próximas e a fixação de pessoas interessadas em explorá-las devido às facilidades de escoamento da produção geradas pela implantação de uma estrutura estradal que até então não existia.

Existem exemplos de processos descontrolados de desenvolvimento que acabaram por prejudicar setores da economia ou da sociedade de uma determinada região, expondo a população ou o meio ambiente a situações de degradação com um alto custo de retorno à situação anterior ou de organização. Isso decorre da falta de orientação dos setores que movimentam a economia, que preferem em aferir lucros máximos com o mínimo de organização. Neste sentido geram-se poucos empregos, a capacidade de suporte da região é atingida rapidamente e há uma maximização dos impactos negativos sobre o meio ambiente.

No entanto quando é realizado um planejamento regional, com o fomento às atividades adequadas para cada região, respeitando zoneamentos econômicos, agrícolas e ecológicos, concebe-se o desenvolvimento sustentável onde todos os setores que compõem a sociedade se beneficiam dos investimentos ali aplicados. No que diz respeito à ambiência, a capacidade de suporte da região demora a ser atingida, podendo haver novos planejamentos para futuros projetos de desenvolvimento.

18.2. Justificativa

Este programa justifica-se pela necessidade de incentivar o desenvolvimento sustentável das regiões que serão atingidas pela construção da estrada, bem como otimizar as formas de desenvolvimento da região gerando o máximo de empregos possível e minimizando os impactos negativos causados pelos empreendimentos.

18.3. Objetivo

O objetivo deste programa é nortear o empreendedor para as ações necessárias ao desenvolvimento sustentável da região. Apresentando programas destinados a organizar e a fomentar a ocupação nas áreas limítrofes à BR-242/TO.

18.4. Meta

Promover a relação entre as ações do empreendimento e as ações de Governo a fim de otimizar os recursos gastos com os programas ambientais em áreas que, segundo a visão do estado, são prioritários para o desenvolvimento da região. Não apenas desenvolvimento econômico, mas também na área social, como o fomento à pequenos produtores e implantação de unidades da Polícia Rodoviária Federal, dando o devido suporte aos habitantes desta região.

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18.5. Alvo

São alvos deste programa as comunidades que habitam as regiões entorno da BR-242/TO.

18.6. Metodologia e Descrição do Programa

As atividades determinadas pelo Estado do Tocantins para o desenvolvimento das microrregiões encontram-se pleiteadas no Plano Plurianual do Estado do Tocantins. Tais programas fazem parte de um conjunto de medidas discutidas e aprovadas pelo Poder Legislativo do Estado e representam os anseios da Administração Pública, dadas as necessidades dos municípios envolvidos.

Portanto, não há necessidade de se elaborar programas que fujam à realidade do que se discute no Estado do Tocantins, dentro daquilo que se discute como incentivo ao desenvolvimento sustentável regional. Dessa forma, este programa ficará restrito a atividades informativas e será realizado juntamente com os Programas de Comunicação Social, Desapropriação e Educação Ambiental.

Abaixo são apresentados os programas presentes no Plano Plurianual 2004-2007, bem como suas ações e os municípios beneficiados.

Programas da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento

Programa: Fomento à Produção Vegetal.

Objetivo: Fomentar a produção agrícola no estado, através do aumento, diversificação e certificação da produção, com vistas a fortalecer a economia das comunidades rurais com geração de emprego e renda.

Público Alvo: Produtores rurais, instituições financeiras, órgãos públicos e indústrias.

Ações: Municípios:

Distribuição de equipamentos para uso na tração animal

Taguatinga

Implantação de hortas – Projeto Quintal Verde

Paraná

Peixe

Taguatinga

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Programa: Desenvolvimento Agrário

Objetivo: Promover o desenvolvimento rural, tendo por fundamento o fortalecimento da agricultura familiar e dos pequenos e mini produtores rurais, como segmentos geradores de emprego e renda e financiar o acesso a terra para agricultores sem terra ou com pouca terra, bem como os investimentos necessários para estruturação de suas unidades produtivas, para capacitação e assistência técnica, com foco na agricultura familiar.

Público Alvo: Agricultores familiares

Ações: Municípios:

Fiscalização da execução dos projetos de assentamento

Peixe

Acompanhamento da execução dos projetos do Programa Nacional de Crédito Fundiário.

Peixe

Monitoramento das ações do PRONAF, no estado.

Peixe

Taguatinga

Operacionalização das atividades do PRONAF, no estado.

Taguatinga

Programa: Desenvolvimento Rural e Tecnológico

Objetivo: Promover o desenvolvimento do setor agropecuário através da capacitação técnica e da geração, difusão e adaptação de novas tecnologias para o setor produtivo, elevando a rentabilidade da agricultura e da pecuária do estado.

Público Alvo: Produtores rurais e técnicos

Ações: Municípios:

Construção de redes de eletrificação rural e fontes de energia alternativa

Peixe

Programa: Desenvolvimento Rural e Tecnológico (cont.)

Objetivo: Promover o desenvolvimento do setor agropecuário através da capacitação técnica e da geração, difusão e adaptação de novas tecnologias para o setor produtivo, elevando a rentabilidade da agricultura e da pecuária do estado.

Público Alvo: Produtores rurais e técnicos

Ações: Municípios:

Revitalização da agro-indústria local. Taguatinga

Implantação de unidades demonstrativas Taguatinga

Construção de bens imóveis

Paraná

Peixe

Taguatinga

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Programa: Fomento a Produção Animal

Objetivo: Fortalecer e estimular a expansão e a modernização da pecuária no Tocantins, de pequenos e grandes animais, através do aumento da produção e da produtividade, promovendo a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida do produtor rural.

Público Alvo: Produtores rurais

Ações: Municípios:

Implantação de módulos de produção de pequenos animais

Paranã

Peixe

Programa: Fomento a Aqüicultura e a Pesca

Objetivo: Promover o aumento da produção de peixes em cativeiro no estado, contribuindo com a proteção ambiental e o crescimento econômico do produtor rural.

Público Alvo: Produtores rurais

Ações: Municípios:

Implantação de unidades produtivas de psicultura

Peixe

Programa: Manejo e Conservação do Solo na Agropecuária

Objetivo: Disseminar práticas e tecnologias adequadas de uso de sôo e promover a recuperação de áreas degradadas com vistas à produção sustentável de alimentos e disponibilidade de água de qualidade para o consumo humano e animal.

Público Alvo: Produtores rurais

Ações: Municípios:

Capacitação em manejo e conservação dos solos

Taguatinga

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Programa: Promoção da Pesquisa e do Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial

Objetivo: Expandir e aperfeiçoar a infra-estrutura técnico-científica e apoiar a execução e divulgação de pesquisas agropecuárias, bem como a manutenção da capacidade competitiva das cadeias produtivas do agronegócio, que possam contribuir para o desenvolvimento da sustentabilidade social e econômica do Tocantins.

Público Alvo: Empreendimentos de produção agropecuária, agroindústrias, instituições públicas e privadas de ensino e pesquisa e atores sociais, políticos e econômicos, relacionados ao agronegócio brasileiro.

Ações: Municípios:

Revitalização da agroindústria Taguatinga

Construção de redes de eletrificação e fontes alternativas de energia.

Peixe

Implantação de unidades de observação e validação tecnológica

Taguatinga

Estruturação das unidades do Sistema de Informação do Mercado Agrícola - SIMA

Taguatinga

Programas da Secretaria de Infra-Estrutura

Programa: Eletrificação Rural

Objetivo: Promover o desenvolvimento dos setores agropecuário e industrial, com a finalidade de melhorar a vida do homem do campo, fixando-o a terra e reduzindo o êxodo rural.

Público-Alvo: Produtores rurais, indústria e população rural

Ações: Municípios:

Elaboração e execução d projetos de redes de eletrificação e distribuição rural

Paraná

Peixe

Taguatinga

Programa: Energização Urbana

Objetivo: Ampliar a infra-estrutura dos sistemas de energia elétrica dos municípios; distribuir energia para os setores e bairros não atendidos.

Público-Alvo: População em geral

Ações: Municípios:

Ampliação das redes de distribuição urbana e predial.

Peixe

Taguatinga

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Programa: Infra-Estrutura de Transportes

Objetivo: Proporcionar à população meios de transporte seguros e eficientes, integrando todo o estado.

Público-Alvo: Usuários do sistema de transporte e usuários em geral.

Ações: Municípios:

Construção de obras públicas Peixe

Taguatinga

Programas Específicos do Departamento de Estrada de Rodagens do Tocantins

Programa: Pavimentar para Melhorar

Objetivo: Dar continuidade aos trabalhos de pavimentação da malha viária do estado, para melhorar o escoamento da produção das principais regiões até os centros consumidores; promover a segurança e melhorar a trafegabilidade para o usuário; oferecer estrutura viária para atrair mais investimentos para o estado; promover o desenvolvimento econômico e social dos municípios, oferecendo melhores condições de vida para a população.

Público-Alvo: Usuários do sistema de transporte, produtores, consumidores e população em geral.

Ações: Municípios:

Pavimentação de vias urbanas Taguatinga

Pavimentação de rodovias

Paranã

Peixe

Taguatinga

Programa: Programa Especial de Desenvolvimento - PED

Objetivo: Através de recursos do Governo Federal, continuar os trabalhos de pavimentação da malha viária do estado para melhorar o escoamento da produção das principais regiões até os centros consumidores; promover segurança e melhor trafegabilidade para o usuário.

Público-Alvo: Grandes, médios e pequenos produtores rurais, usuários do sistema de transporte e municípios do estado e população em geral.

Ações: Municípios:

Pavimentação de rodovias Paranã

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Programa: Polícia Rodoviária Estadual

Objetivo: Implantação e manutenção da Polícia Rodoviária Estadual

Público-Alvo: Usuários das rodovias estaduais e população em geral.

Ações: Municípios:

Implantação da Polícia Rodoviária Estadual Peixe

Taguatinga

Manutenção da Polícia Rodoviária Estadual Peixe

Taguatinga

18.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais para a implementação dos programas constantes do Plano Plurianual 2004-2007 serão utilizados conforme a necessidade e cronograma de implantação dos programas por parte do estado do Tocantins.

18.8. Instituições Envolvidas

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS;

• Prefeituras municipais.

• Secretarias Estadual e Municipais envolvidas.

18.9. Cronograma Físico de Implantação

Este programa tem como peculiaridade a indicação de diversos outros programas de responsabilidade das secretarias de estado do Tocantins. Dessa forma, dependem de recursos estaduais para sua implementação, fato que impede a definição de um cronograma para sua implantação.

18.10. Estimativa de Custos

Os recursos destinados aos programas estão previstos no Plano Plurianual do Estado do Tocantins 2004-2007. Cabe ressaltar que parte dos custos de implementação dos programas citados neste PADS estão embutidos em alguns dos programas descritos no presente PBA.

18.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PADS será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PADS.

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O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de cada campanha a ser definida, elaborados pelo coordenador do PADS. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

Deverão se juntar aos esforços de implementação deste programa os seguintes órgãos:

• NATURATINS;

• IBAMA;

• Policia Rodoviária Federal;

• Secretarias Municipais envolvidas nos programas.

18.12. Referências Bibliográficas

Governo do Estado do Tocantins – Plano Plurianual 2004-2007.

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19. Programa de Saúde Pública - PSP

19.1. Introdução

A saúde é um indicador do grau de desenvolvimento de uma região e está diretamente relacionado ao padrão alimentar, às condições básicas de saneamento e moradia, o nível de renda e de instrução de uma população.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um “estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades”.

A OMS estabeleceu que o gozo do melhor estado de saúde constitui um direito fundamental de todos os seres humanos, sejam quais forem à raça, religião, opiniões políticas ou suas condições sócio-econômicas.

O Programa de Saúde Pública foi elaborado em cima de uma análise das condições de saúde da população da área de influência do empreendimento e de um levantamento dos riscos ambientais relacionados à obra para a saúde da população e dos trabalhadores envolvidos.

Este programa indica uma série de diretrizes, procedimentos e rotinas que devem ser seguidos pelas empresas participantes, bem como campanhas e projetos específicos a serem implementados durante a fase de construção e operação da rodovia.

O Programa de Saúde Pública abrange a área de influência direta do empreendimento. Para os estudos relativos ao meio sócio-econômico à Área de Influência Direta do empreendimento foi considerada no EIA como sendo constituída pela área de todos os municípios que possuem alguma parte de seu território atravessada pela BR-242/TO, acrescido daqueles envolvidos nas variantes e estruturas de apoio às obras, além de serem incluídos os municípios-pólo das regiões, quando pertinente ao tipo de estudo.

Os serviços de saúde na região são oferecidos basicamente pela Fundação Nacional de Saúde - FUNASA e pelas prefeituras municipais. Existem, na Área de Influência Indireta 56 unidades ambulatoriais e 11 hospitais. O total de leitos hospitalares da região é de 453 contratados. Outra característica dos serviços de saúde na região é a sua concentração. Dos 453 leitos existentes em 1996, 60,2% concentram-se em apenas dois municípios (Gurupi e Arraias). Este número coloca a região numa posição ainda precária, considerando-se o índice adotado pela OMS de um leito por mil habitantes (Foto 19.1).

Foto 19.1. Hospital Municipal de Peixe. Coordenadas UTM: 768106E / 8668548N.

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19.2. Justificativa

O levantamento de riscos ambientais para a saúde da população e trabalhadores da obra, apresentado neste programa, foi realizado com base no diagnóstico, na vulnerabilidade do meio ambiente e no estudo dos processos e tecnologias previstos para serem empregados na obra. Os dados utilizados no levantamento de riscos ambientais foram obtidos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), realizado para o empreendimento e nos levantamentos de campo realizados.

A instalação de canteiros-de-obra para 50 a 300 trabalhadores, em áreas de municípios que contam com menos de 10.000 habitantes, pode trazer alterações significativas no modo de vida destas populações, podendo vir a se manifestar em sobrecarga na rede de serviços e mudanças no perfil da saúde (acidentes e violências, doenças sexualmente transmissíveis, contaminação da água, doenças infecto-contagiosas), de forma mais marcante do que em centros com mais de 100.000 habitantes.

A importância da participação da população rural na área de influência direta do empreendimento traz conseqüências significativas para o perfil de saúde da população e aumenta sua vulnerabilidade aos impactos provenientes das obras. Esta maior vulnerabilidade está relacionada à menor disponibilidade de serviços, como: água, esgoto, lixo, transporte, saúde, educação, recreação e lazer e, conseqüentemente, a uma maior dependência do ambiente natural para a provisão de suas necessidades básicas.

19.3. Objetivos

Este programa tem como objetivo desenvolver estudos, fornecer parâmetros mínimos e estabelecer procedimentos e diretrizes a serem observados pelas empresas envolvidas na implantação da rodovia BR-242/TO, de forma a monitorar, minimizar ou controlar mudanças no perfil epidemiológico da área de influencia direta do empreendimento, evitando a introdução ou aumento de doenças, reforçando as condições de diagnóstico e controle de doenças que possam ser trazidas ou disseminadas pelos trabalhadores das obras durante as etapas de construção e operação do empreendimento.

19.4 Metas

A meta do Programa de Saúde Pública é evitar que os indicadores de saúde do município piorem durante a construção das obras, como decorrência da imigração de pessoas atraídas pelas oportunidades de emprego.

Para evitar que o quadro de saúde do município piore durante a construção das obras do projeto, este programa se propõe reforçar a rede de saúde para melhor atender as demandas da população e monitorar os seguintes indicadores:

• Doenças imunopreveníveis – sarampo, poliomielite, tétano, difteria, coqueluche, rubéola e caxumba;

• Doenças de notificação compulsória – meningite, tuberculose, hanseníase, sexualmente transmissíveis, cólera e acidentes com animais peçonhentos;

• Doenças endêmicas – malária, Chagas, febre amarela, leishmaniose, dengue.

O monitoramento dos indicadores de saúde será feito através de atendimento no ambulatório e postos de saúde dos municípios, por meio de ações preventivas como treinamento dos agentes de saúde e das comunidades.

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19.5. Alvo

O público-alvo do programa é toda população dos municípios de Arraias, Taguatinga, Paranã, Peixe e os trabalhadores envolvidos nas obras do projeto.

19.6. Metodologia e Descrição do Programa

Entre os impactos identificados no EIA/RIMA da Implantação da BR-242/TO figuram diversos que se relacionam à saúde da população e dos trabalhadores da obra, tais como:

• Poluição das águas superficiais e subterrâneas;

• Interrupção ou desvio do fluxo natural dos rios;

• Aumento de vibrações e ruídos;

• Alteração do cotidiano da população;

• Exposição da população ao risco de acidentes;

• Alteração do quadro demográfico;

• Alterações no quadro de saúde;

• Formação de ambiente propício à formação de vetores;

• Alteração nos níveis de emissões atmosféricas.

A mobilização e concentração de operários, inerentes às obras civis, em grande parte provenientes de outras regiões, junto a comunidades urbanas e rurais, possibilita o aparecimento de doenças até então não existentes, ou sob controle local, tais como:

• Doenças transmitidas por meio de vetores já existentes na região ou trazidos de fora, como a esquistossomose, dengue, leishmaniose, malária, doença de Chagas;

• Doenças transmitidas por contágio direto, como a tuberculose, hanseníase, meningite, sarampo;

• Doenças transmitidas pela contaminação de água e alimentos, como as diarréias, intoxicações, hepatite A, verminoses;

• Doenças sexualmente transmissíveis, como a blenorragia, sífilis, hepatite B, AIDS;

• Acidentes: de transporte, de trabalho e com animais peçonhentos, além de violências como: homicídios, suicídios e agressões.

A fim de evitar estes problemas, o atendimento médico-sanitário e educação em saúde para os trabalhadores da obra devem seguir os critérios mínimos descritos:

• Seleção de funcionários e trabalhadores com boa saúde: a(s) empreiteira(s) responsável(eis) pela(s) obra(s) deverá(ão) realizar exames clínicos e laboratoriais de admissão de trabalhadores;

• Manutenção da boa saúde de funcionários e trabalhadores: implantação, pela(s) empreiteira(s), de ambulatório junto ao local das obras, para prontos atendimento e atendimento de emergência, imunizações, coleta e encaminhamento de material para exames de laboratório, consultas de rotina com clínico geral e dentista, fornecimento de medicamentos e encaminhamento de pacientes à rede regional de saúde;

• Educação para prevenção de acidentes de trabalho, de trânsito e com animais peçonhentos, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, alcoolismo e uso de drogas;

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• Educação para hábitos de higiene e limpeza pessoal, bem como de auto-reconhecimento precoce de doenças da pele e presença de pediculose (piolhos), fitiríase (chatos) e escabiose (sarna);

• Montagem de brigada de resgate e salvamento de trabalhadores, vítimas de acidentes de trabalho, de trânsito e com animais peçonhentos;

• Implantação, junto ao canteiro-de-obra, de salão de jogos e mini-campo de futebol, visando oferecer aos trabalhadores melhores condições de lazer e convivência.

As atividades e ações previstas para a implantação do Programa de Saúde Pública são:

- Atividades a serem desenvolvidas pelos Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho das empresas que irão atuar nas obras da BR-242/TO.

- Atividades de coordenação e monitoramento integral do Programa de Saúde Pública, seus componentes e suas interfaces com os demais programas ambientais, organizadas de modo a permitir a constituição de uma equipe que coordene, fiscalize e monitore as atividades propostas.

- Subprograma de Adequação da Infra-Estrutura Social

Este subprograma tem como objetivo adequar a infra-estrutura social atual nos municípios de Taguatinga, Arraias, Paranã e Peixe em função do crescimento da demanda esperada durante o período de implantação do empreendimento, permitindo o atendimento em um nível adequado de qualidade, tanto para o novo público como para a população já existente.

A localização dos canteiros-de-obra junto à rodovia implica em afirmar que tanto a população que trabalha diretamente na implantação da BR-242/TO como aquela atraída pela geração de empregos e comércio, tem influência sobre as sedes municipais (Foto 19.2 e 19.3).

Foto 19.2. Acampamento para construção de ponte sobre o córrego. Coordenadas UTM: 265966E / 8618890N.

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Foto 19.3. Acampamento abandonado no Município de Paranã. Coordenadas UTM: 175457E / 8623796N.

Prevê-se que a implantação da rodovia tenha uma duração aproximada de 24 meses, nos quais a demanda de mão-de-obra direta deverá atingir o pico de 800 trabalhadores. Além da geração de empregos diretos, a obra deverá gerar também 560 empregos indiretos (Fotos 19.4 e 19.5).

Foto 19.4. Ambulatório e Centro Cirúrgico Enfermeiro Nicolau Amilton, Município de Taguatinga, próximo ao ponto 134. Coordenadas UTM: 343634E / 8628642N.

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Foto 19.5. Fundação Nacional de Saúde, no Município de Taguatinga. Coordenadas UTM: 343869E / 8628186N.

Devido à carência de mão-de-obra local na quantidade requerida, os empregos gerados pela implantação da rodovia são preenchidos preferencialmente pela população local. Certamente os trabalhadores especializados e de nível superior serão deslocados pela empreiteira de obras similares.

A presença desta população provoca um incremento na demanda por serviços tais como moradia, saneamento básico, saúde, educação, segurança e outros, nos municípios da Área de Influência do Empreendimento.

Os municípios de Peixe, Paranã e Taguatinga contam com equipamentos sociais e a infra-estrutura estritamente necessária, sendo às vezes insuficiente, para o atendimento da demanda atual. O crescimento de população na magnitude esperada provocará um desequilíbrio no atendimento, em prejuízo da qualidade do serviço.

Os trabalhadores que residirão no canteiro-de-obra correspondem aos solteiros e aqueles que vierem sem suas famílias. Dos residentes, espera-se que, da ordem de 600, sejam moradores locais e os 200 restantes venham de fora com as suas famílias, pelo que devem ser consideradas cerca de 800 pessoas como novos moradores desses municípios (média de 4 pessoas por família).

Deve ser destacado que, para que o número de habitantes atraídos seja limitado aos números aqui previstos, será necessário um intenso esforço do empreendedor e das empreiteiras de construção, para contratar operários da região, oferecendo para os mesmos transportes diários até as suas residências.

Outra medida tendente a esse fim é a contratação de refeições, transporte e outros serviços para o pessoal alojado no acampamento, diretamente nas sedes municipais mais próximas, onde o efeito do aumento da demanda poderá ser absorvido sem impactos negativos apreciáveis.

Para cumprir o objetivo de adequar os serviços públicos existentes às novas demandas deverão ser realizadas as seguintes ações:

• Dimensionamento da população a ser atendida em cada município;

• Diagnóstico detalhado dos equipamentos sociais existentes nos municípios e da sua capacidade de atendimento;

• Análise junto aos órgãos responsáveis pelos equipamentos e com as prefeituras de onde se encontram localizados, sobre a melhor forma de adaptação dos serviços, às novas necessidades;

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• Elaboração de estudos e projetos de adequação ou ampliação dos equipamentos, em acordo com os resultados das negociações celebradas;

• Elaboração de convênios entre o empreendedor e os órgãos e prefeituras envolvidas na implementação de cada projeto;

• Implementação das medidas.

19.7. Recursos Humanos e Materiais

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste Subprograma, encontram-se definidos nas tabelas 19.1 e 19.2.

Tabela 19.1. Recursos humanos.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

AÇÃO

Médico 1 11 Coordenação e implantação do

Programa

Enfermeiro 1 11 Implantação do Programa

Técnico em enfermagem 1 11 Apoio ao médico e ao enfermeiro

Motorista 1 11 Condução der veiculo automotor

Tabela 19.2. Recursos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

Material didático e educativo - 11

Aluguel de veículo (sedan) 1 11

Combustível (gasolina) 100 litros/mês 11

19.8. Instituições Envolvidas

Este tópico traz informações sobre as instituições de saúde e de trabalho da região, subsidiando as articulações necessárias a serem desenvolvidas para o manejo dos riscos ambientais decorrentes do empreendimento sobre a população local, bem como para lidar adequadamente com os problemas decorrentes da inter-relação obra/trabalhador/população local, além de poder contar com recursos necessários para dar encaminhamento conclusivo às atividades do Programa de Saúde Pública que necessitem de uma ação inter institucional. Estas instituições estão definidas a seguir:

• DERTINS;

• Empresas contratadas e organizações conveniadas;

• IBAMA;

• NATURATINS;

• Secretaria de Estado da Saúde de Tocantins;

• Delegacia Regional do Trabalho de Tocantins;

• Fundação Nacional de Saúde – FUNASA - Coordenadoria Regional de Tocantins.

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19.9. Cronograma Físico de Implantação

A implantação deste programa será iniciada nos 2 meses que antecedem as obras, compreendendo as ações para o detalhamento dos projetos indicados no Subprograma de Adequação da Infra-estrutura Social.

Após o início das atividades construtivas será realizada 01 (uma) campanha por trimestre, totalizando 11 (treze) eventos com duração de 01 mês cada, até o término da implantação da rodovia.

Já a execução de tais projetos ocorrerá ao longo de todo o período das obras, previsto para se estender por 24 meses.

Na tabela 19.3 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações a serem executadas no presente programa.

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Tabela 19.3. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

-2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Seleção de funcionários com boa saúde X X X

Educação para prevenção de acidentes, doenças, alcoolismo e uso de drogas

X X X X X X X X X

Educação para higiene pessoal, auto reconhecimento precoce de doenças

X X X X X X X X X

Montagens de brigada de resgate e salvamento de trabalhadores

X

Implantação de salão de jogos e mini-campo de futebol

X

Subprograma de adequação de infra-estrutura social

- Detalhamento dos projetos

X X X

- Dimensionamento da população a ser atendida em cada município

X X X

- Diagnostico dos equipamentos X X X

- Analise da locação dos equipamentos adaptação dos serviços e as novas necessidades

X X X

- Elaboração de estudos e/ou projetos de adequação e/ou ampliação dos equipamentos

X X X

- Celebração de convênios X X X X X X X X X X X

- Elaboração de relatórios X X X X X X X X X

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19.10. Estimativa de Custos

As atividades previstas no Programa de Saúde Pública apresentam seus orçamentos divididos em três modalidades:

• Atividades a serem desenvolvidas pelos Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho das empresas que irão atuar nas obras de implantação da BR-242/TO;

• Atividades que compõem os Subprogramas de Adequação da Infra-Estrutura Social orçadas de forma preliminar deverão ser mais detalhadas após a fase de programação e planejamento, a ser elaborada pelas equipes específicas que desenvolverão as atividades de cada projeto;

• Atividades de coordenação e monitoramento integral do programa, seus componentes e projetos e suas interfaces com os demais programas ambientais orçadas de modo que permitam a constituição de uma equipe, que coordene e monitore as atividades propostas.

Nas tabelas 19.4 e 19.5 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Tabela 19.4: Estimativa de custos referente à contratação de profissionais.

Tabela 19.5: Estimativa de custos materiais.

MATERIAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITARÍO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Material didático e educativo - 11 66.000,00 66.000,00

Aluguel de veículo (sedan) 1 11 2.643,99/mês 29.083,89

Combustível (gasolina) 100 litros/mês 11 2,50/litro 2.750,00

TOTAL 97.833,89

O custo final deste projeto é o somatório dos dois montantes, ou seja, R$ 231.903,21. Quaisquer alterações advindas de modificações de projetos serão realizadas quando da definição dos projetos no momento da obra.

19.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PSP será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PSP.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO (MESES)

PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (R$)

Médico 1 11 4.707,58 51.783,38

Enfermeiro 1 11 4.707,58 51.783,38

Técnico em enfermagem 1 11 2.192,57 24.118,27

Motorista 1 11 580,39 6.384,29

TOTAL 134.069,32

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Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PSP. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

19.12. Bibliografia

Andreazzi, Marco Antonio R. de Impactos de Hidrelétricas para a Saúde na Amazônia – Parte I . Rio de Janeiro: UERJ/IMS, 1993. 80p. (Série Estudos em Saúde Coletiva; n.78).

Andreazzi, Marco Antonio R. de Impactos de Hidrelétricas para a Saúde na Amazônia – Parte II . Rio de Janeiro: UERJ/IMS, 1994. 72p. (Série Estudos em Saúde Coletiva; n.84).

Galafassi, Maria Cristina. Medicina do Trabalho: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, São Paulo, Atlas, 1999.

Manuais de Legislação Atlas. Segurança e Medicina do Trabalho (ISBN 85-224-2307-5), São Paulo, Atlas, Volume 16 1999.

Mendes, René. Medicina do Trabalho e Doenças Profissionais, São Paulo, Sarvier, 1980. Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Centro Nacional de Epidemiologia.

Doenças Infecciosas e Parasitárias: Aspectos Clínicos, de Vigilância Epidemiológica e de Medidas de Controle. Brasília, DF, 1999.

Rouquayrol, Maria Zélia. Epidemiologia & Saúde, 3ª edição, Rio de Janeiro, MEDSI, 1988.

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20. Programa de Prevenção e Atendimento de Acidentes com Cargas Perigosas - PPAA

20.1. Introdução

Com o advento de uma industrialização moderna e o surgimento de novas exigências de produção e consumo, tornou-se freqüente a necessidade de movimentação de produtos considerados perigosos, em todas as modalidades de transporte, aumentando assim a freqüência de acidentes envolvendo este tipo de transporte e material.

A existência de transporte de produtos perigos, principalmente aqueles que, por suas características químicas e físicas, são potencialmente agressivos ao meio ambiente, é bastante comum em rodovias que interligam pólos industriais, mas mesmo no contexto da rodovia em estudo, é evidente a presença do transporte de algumas substâncias que põem em risco o bem estar ambiental, tanto para os meios físico e biótico, quanto para o meio antrópico.

No contexto da área de influência da BR-242/TO, em seu trecho compreendido entre as cidades de Peixe, Paranã e Taguatinga verifica-se o transporte de vários produtos considerados perigosos, mesmo a região não sendo caracterizada como um pólo industrial. Observa-se que na área em estudo as principais substâncias transportadas e consideradas perigosas são:

• Derivados de petróleo, para bases de distribuição ou a postos de serviço;

• Gás liquefeito de petróleo - GLP - para uso doméstico e de unidades produtivas;

• Cloro ou seus derivados para tratamento de água captada;

• Tintas, vernizes e solventes de uso variado;

• Agrotóxicos e fertilizantes para emprego agrícola.

Sendo estes produtos imprescindíveis ao uso diário das comunidades presentes na região, cabe aos projetistas da rodovia, assim como às organizações, públicas ou privadas responsáveis pelo transporte e/ou fiscalização das cargas, buscar soluções que diminuam a probabilidade e minimizem a agressividade inerente destes produtos, assim como a probabilidade de acidentes com os mesmos, tanto no segmento de construção como no de operação da rodovia.

a. Classificação Universal dos Produtos Perigosos

Para discutir sobre a problemática do transporte de cargas perigosas, necessariamente deve-se definir o conceito de carga perigosa. Pode-se levar em consideração dois tipos de interpretação. A primeira seria que carga perigosa é aquela que apresenta risco mecânico em seu manuseio, tendo alta probabilidade de ocorrência de acidentes. Neste exemplo enquadra-se o transporte de canos e tubulações, assim como transporte de animais e outros.

A segunda interpretação de carga perigosa é exatamente a que este programa se detém, sendo representada por produtos perigosos que apresentam características físicas e químicas que podem contaminar o meio ambiente ou causar danos à saúde ou até mesmo perda da vida humana.

A questão do transporte de produtos perigosos é de tal importância que os governos não somente determinam as condições desta movimentação dentro de seus territórios, como chegam a se unir, de forma internacional, para firmar medidas comuns de gerenciamento e proteção. Este último campo é coordenado pela Organização das Nações Unidas - ONU, que catalogou estes produtos perigosos em 9 classes, atualmente com aceitação mundial, e distribuiu por elas cerca de 3.250 produtos, com nome e um código numérico universal que os individualizam. No Brasil, constam da Portaria 204/MT, de 20/05/97. Esta divisão em nove classes está apresentada na tabela 20.1.

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Tabela 20.1. Classificação Universal de Produtos Perigosos.

Classe Produtos Símbolo

1 Explosivos

2 Gases

3 Líquidos

inflamáveis

4 Sólidos

inflamáveis

5 Oxidantes

6 Tóxicos

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Classe Produtos Símbolo

7 Radioativos

8 Corrosivos

9 Outros

produtos

Fonte: Modificado (www.defesacivil.sc.gov.br)

As classes por sua vez se subdividem em subclasses segundo seu grau de similaridade de efeitos, como se enumera a seguir:

− Classe 1 - Explosivos:

• subclasse 1.1 - substâncias e artefatos com risco de explosão em massa;

• subclasse 1.2 - substâncias e artefatos com risco de projeção;

• subclasse 1.3 - substâncias e artefatos com risco predominante de fogo;

• subclasse 1.4 - substâncias e artefatos que não apresentam risco significativo;

• subclasse 1.5 - substâncias pouco sensíveis;

• subclasse 1.6 - substâncias extremamente insensíveis.

− Classe 2 - Gases:

• subclasse 2.1 - gases inflamáveis;

• subclasse 2.2 - gases comprimidos não tóxicos e não inflamáveis;

• subclasse 2.3 - gases tóxicos por inalação.

− Classe 3 - Líquidos Inflamáveis:

• (sem subclasses).

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− Classe 4 - Sólidos Inflamáveis; substâncias passíveis de combustão espontânea; substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis:

• subclasse 4.1 - sólidos inflamáveis;

• subclasse 4.2 - substâncias passíveis de combustão espontânea;

• subclasse 4.3 - substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis.

− Classe 5 - Substâncias Oxidantes; peróxidos orgânicos:

• subclasse 5.1 - substâncias oxidantes;

• subclasse 5.2 - peróxidos orgânicos.

− Classe 6 - Substâncias Tóxicas; substâncias infectantes:

• subclasse 6.1 - substâncias tóxicas;

• subclasse 6.2 - substâncias infectantes.

− Classe 7 - Substâncias Radioativas:

• (sem subclasse).

− Classe 8 - Substâncias Corrosivas:

• (sem subclasse).

− Classe 9 - Substâncias Perigosas Diversas:

• (sem subclasse).

20.2. Justificativa A probabilidade de ocorrência de acidentes com cargas perigosas torna-se cada vez maior, a medida que as novas necessidades de consumo e o desenvolvimento tecnológico aparecem no contexto social da região em estudo. Observando-se a ocorrência de acidentes deste tipo em várias outras regiões do país, pode-se traçar um perfil das causas mais constantes que proporcionaram estes incidentes. Uma pesquisa feita pela CETESB para todas as rodovias de São Paulo, publicada em setembro de 1993, mostrou que 415 casos observados, as causas dos acidentes com cargas perigosas foram:

• Falhas mecânicas do veículo 38,7%;

• Operação incorreta 20,4%;

• Causas não identificadas 32,8%;

• Causas externas ao transporte 8,1%.

Apesar de existir uma alta porcentagem de “causas não identificadas” verifica-se que a grande maioria dos acidentes ocorre por falhas nos veículos de transporte e/ou operação incorreta dos mesmos. Para minimizar essas causas torna-se necessária uma correta fiscalização por parte dos responsáveis pelo transportes, assim como cursos de reciclagem dos operadores destes veículos.

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Nas “causas externas ao transporte” encontram-se englobadas as condições de trafegabilidade e segurança da rodovia. Com base nestas observações o objetivo deste programa é exatamente buscar medidas construtivas de cunho preventivo que restrinjam ao máximo a probabilidade e os efeitos de acidentes envolvendo cargas perigosas no trecho da BR-242/TO em estudo.

20.3. Objetivos No sentido de se evitar tanto a majoração de investimentos, como de fazê-los em locais em que sua necessidade seja desprezível, partiu-se dos seguintes objetivos na área construtiva:

• Centrar as análises de soluções construtivas para evitar acidentes com cargas perigosas, geradoras de impactos ambientais nos pontos considerados críticos;

• Onde inexista qualquer proteção e haja um risco sensível de impacto no caso de cargas perigosas, como no traçado margeando mananciais de água, especifica-se então uma proteção destinada primordialmente às cargas perigosas, como barreiras new jersey, sendo seu custo atribuído a esta prevenção;

• No sentido de alertar para os possíveis pontos críticos e apontar as medidas preventivas por parte dos veículos com produtos perigosos, deve-se adotar a sinalização prevista em trechos considerados críticos.

Não é objeto deste programa a elaboração de Planos de Emergência para o Atendimento a Acidentes com Produtos Perigosos, sendo esses de responsabilidade dos órgãos competentes pela defesa e segurança civil do Estado e/ou da União. As ações de resposta aos incidentes, primeiros socorros, assim como tipo de fiscalização do transporte de cargas são de inteira responsabilidade desses mesmos órgãos competentes.

No Brasil uma ampla legislação que rege este assunto começou a ser trabalhada, timidamente, na década de 60 com a ação pioneira da PETROBRÁS, preocupada com a movimentação segura de seus produtos.

Em 1983, surgiu a primeira legislação de âmbito nacional, pela Lei nº 88.821/83, complementado pelo Decreto nº 2.063/83. Desde então várias outras medidas têm sido editadas, especialmente no âmbito do DNIT, INMETRO e órgãos ambientais. Em 1988, o Decreto nº 96.044 promulgou o Regulamento para o Transporte de Produtos Perigosos.

20.4. Metas

O programa tem como meta maior a criação de procedimentos para a prevenção de acidentes com produtos perigosos no percurso que encerra a BR-242/TO.

Além disso, tornar público os procedimentos de segurança em casos de acidentes com este tipo de produto e, junto com esta informação relacionar os diversos órgãos interessados neste tipo de assunto para que, no futuro, possam ser traçadas diretrizes de segurança.

20.5. Alvo

O alvo deste programa são os usuários da BR-242/TO, a população residente nas imediações e os recursos naturais.

20.6 Metodologia e Descrição do Programa

20.6.1. Coleta, Análise e Tabulação de Dados

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Os procedimentos metodológicos adotados pautam-se na coleta de dados e informações constantes do EIA/RIMA, na análise do Projeto de Engenharia e na compilação das soluções de Projeto com o quadro ambiental da Área de Influência Direta. Estes procedimentos permitem verificar os segmentos críticos da rodovia, em face de acidentes dessa natureza, e orientar as proposições de caráter institucional, operacional, estrutural e instrumental para o alcance dos objetivos estabelecidos.

Procedeu-se ao exame das informações constantes do EIA/RIMA e das soluções propostas no Projeto de Engenharia, tendo sido destacadas as estatísticas sobre fluxos de tráfego e os impactos passíveis de ocorrência, como também os dados construtivos da rodovia, respectivamente.

Com base na análise e sistematização das informações obtidas, em visitas a campo, discussões conjuntas com outras equipes setoriais e, particularmente com os técnicos responsáveis pelo Programa de Monitoramento dos Corpos Hídricos, foram identificados os trechos críticos que devem merecer tratamento específico pelos riscos que apresentam na eventualidade da ocorrência de acidentes com cargas perigosas e analisadas as medidas preventivas a serem adotadas.

20.6.2. Identificação dos Trechos Críticos

Na identificação dos trechos críticos foram consideradas as situações que poderão apresentar repercussões ambientais complexas e os segmentos que apresentam maior probabilidade de ocorrência de acidentes.

Foram considerados como críticos os trechos que, por condições inevitáveis de traçado, passam por áreas mais sensíveis aos impactos de um acidente com cargas perigosas, como áreas urbanizadas, mananciais ou áreas de preservação ambiental, ou ainda aqueles trechos que, por suas características geométricas, pode oferecer uma maior probabilidade de acidentes, como os selecionados abaixo.

• Transposição de mananciais de núcleos urbanos e cursos de água (córregos, rios, entre outros);

• Travessia ou tangenciamento de áreas de preservação permanente, devido ao valor de seus atributos e recursos naturais de fauna, flora ou paisagismo, que merecem cuidados voltados à conservação e preservação;

• Travessias de áreas urbanizadas, devido às conseqüências passíveis de serem geradas por acidentes dessa natureza e, ao fato de determinadas cargas, como o cloro e seus derivados diretos, contarem com alto grau de letalidade;

• Interseções, que embora em desnível, dispõem de pistas de aceleração e desaceleração criando condições para colisões tangenciais, quando ocorrem imprudências dos motoristas em manobras;

• Rampas com fortes greides, por obrigarem a redução acentuada da velocidade dos caminhões no aclive e a tendência de exagerá-la no declive, aumentando a probabilidade de acidentes entre veículos ou mesmo de capotagem;

• Trechos sinuosos, em razão de ultrapassagens imprudentes e veículos parados sem boa visibilidade que podem levar a colisões envolvendo cargas perigosas;

• Encostas, dada a possibilidade de saída da pista e deslizamento pela encosta, provocando derrame da carga e inclusive a contaminação de corpos hídricos;

• Áreas de proteção ambiental.

Segue abaixo a relação dos trechos críticos a serem observados:

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293

Trecho Peixe / Paranã (Contorno UHE - Peixe).

Obra Drenagem Localização

BTCC 2,00 x 2,00 Córrego Morro Vermelho 191+04,90

BDCC 2,00 x 2,00 Córrego Zé da Silva 238+03,40

BTCC 2,00 x 2,00 Córrego Chupé 332+15,30

PCA Córrego Pistola 948+06,00

BSCC 2,00 x 2,00 Vazante 959+00,00

PCA Ribeirão Santa Cruz 1169+00,00

BDCC 2,00 x 2,00 Córrego Curralinho 1690+09,20

PCA – Ponte de Concreto Armado

BTCC – Bueiro Triplo Celular de Concreto

BDCC - Bueiro Duplo Celular de Concreto

BSCC – Bueiro Simples de Celular de Concreto

Trecho: Paranã / Trevo Km 50

Não possui, no resumo hidrológico, bueiros ou obras de artes especiais que cortem, rios, córregos, dentre outros.

Paranã (trevo Km 50) / Taguatinga.

Obra Drenagem Localização

BC Córrego da Ilha 185+12,00

BC Córrego Macaúba 387+16,00

BC Córrego Feio 542+14,00

BT Vazante 844+13,00

BC Córrego Retiro 847+07,00

BT Vazante 848+00,00

BC Córrego Preto 1019+16,00

Ponte Rio Arraias 1364+00,00

BC Córrego da Serra 1621+11,00

BT Córrego Batéia 1688+06,60

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Obra Drenagem Localização

BT Vazante 1691+02,50

BT Vazante 1852+00,00

BT Vazante 1865+00,00

BC Córrego Cortado 1869+11,00

BT Córrego Olho D'água Grande 2273+14,10

Ponte Córrego Pau D'arco 2397+07,00

BC Córrego Areias 2915+11,00

Ponte Rio Palmas 3303+04,00

BT Córrego Suçuapara 3727+13,80

BT Córrego Espraiado 3971+00,00

BC Ribeirão Corcundo 4122+08,00

BC Córrego Buriti Grande 4563+00,00

BT Riacho do Ouro 4709+05,00

BT Córrego 5587+00,00

BC Córrego Laje 5709+11,00

20.6.3. Atividades e Ações Para a Implantação do Programa

Dada a multidisciplinariedade do tema, sua abrangência e as diferentes conseqüências que podem acarretar, a participação de uma gama de entidades especializadas é sempre um elemento determinante de seu enfrentamento eficiente.

Como em toda ação coletiva de organismos e de filosofias de trabalho dissimiles, sistemas organizacionais e procedimentos operacionais distintos e mesmo esferas de governo diferentes, verifica-se a necessidade de ação coordenada e antecipadamente planejada dos participantes da operação, especialmente em casos complexos de acidentes rodoviários com cargas perigosas.

a. Implementação do Sistema de Prevenção, Controle e Atendimento Emergencial

As proposições deste Programa enfocam dois conjuntos de medidas, distintos por sua natureza, envolvendo de um lado a implantação de medidas estruturais representadas por obras ou dispositivos que visam aumentar a segurança proporcionada pela rodovia e possibilitar a adequada fiscalização e controle do transporte de produtos perigosos. De outro, envolve a implantação de medidas não estruturais, destinadas à implementação de um Sistema de Gestão e

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de um Sistema de Prevenção, Controle e Atendimento Emergencial, bem como à capacitação das bases operacionais.

b. Proposição de Medidas Estruturais

No caso do empreendimento em questão, as medidas estruturais previstas na prevenção de ocorrências de acidentes envolvendo veículos transportadores de produtos perigosos, ou na atenuação das conseqüências inerentes a essas fatalidades, congregam a implantação de:

• Estruturas fixas de prevenção e defesa representadas por e barreiras tipo new jersey;

• Postos de fiscalização junto aos postos da Polícia Rodoviária Federal;

• Paradouros e estacionamentos específicos para veículos transportadores de produtos perigosos;

• Sinalização específica em locais vulneráveis;

• Postos especializados para o socorro (PRF);

• Sistema de comunicação de emergência.

c. Implantação de Medidas Estruturais

A implantação de obras fixas de prevenção e defesa contra acidentes com cargas perigosas deve se basear, na medida do possível, em instalações e equipamentos usuais na construção de rodovias, como construções destinadas ao controle e fiscalização dos veículos e de suas cargas, ao estacionamento adequado desses veículos e a implantação de dispositivos, tais como: canaletas de concreto, defensas metálicas e barreiras tipo new jersey, preparadas para o impacto de caminhões, além de emprego de cercas vivas, tapetes vegetais e árvores de enraizamento profundo. Quando tais elementos são eficientes e não prejudicam o entorno paisagístico, configuram-se elementos de contenção do veículo acidentado, na faixa de domínio da rodovia, de retenção de vazamentos ou de detenção da difusão e retardores de seu run-off, facilitando as medidas mitigadoras do impacto ambiental. Tais obras fixas, quando adequado, têm por padrão os modelos usualmente empregados em rodovias do DNIT.

d. Construções Prediais

Constitui obras diretamente vinculadas ao controle e fiscalização de veículos e suas cargas de produtos perigosos, ao estacionamento seguro destes veículos e à pronta resposta em caso de acidentes deste segmento do tráfego:

• Escritórios de fiscalização de cargas, equipamentos e condutores, a serem localizados junto aos postos da PRF.

e. Equipamentos Fixos de Segurança

São constituídas por barreiras new jersey, padrão para impacto de caminhão carregado, que são adequadas para deter na pista os veículos com cargas perigosas e minimizar a possibilidade de impactos ambientais mais graves. Tendo em vista sua incorporação ao projeto de engenharia, em observância às normas de segurança de tráfego do DNIT, não foram computadas nestas proposições as colocações laterais em vãos de pontes e viadutos, ou no meio de canteiros centrais estreitos, já contempladas no Projeto com a finalidade de diminuir os acidentes rodoviários.

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20.6.4. Plano Geral de Sinalização

Como no caso de instalações e equipamentos das obras fixas de prevenção e defesa contra acidentes com cargas perigosas, as placas de sinalização específicas para este caso seguirão os padrões e normas contidos no "Manual de Sinalização Rodoviária para Rota de Produtos Perigosos" do antigo DNER, edição de 1998, tanto no que se refere ao tipo construtivo e seus desenhos, frases e cores, quanto à localização ao longo do trecho, nos pontos citados pelo Manual, como travessias urbanas, áreas de preservação e mananciais, locais de estacionamento e locais com restrições de parada, circulação e velocidade, ou somente para educação dos condutores.

É recomendável a implantação de delineadores reflexivos entre faixas de tráfego e nas bordas das mesmas, tipo "olho de gato" ou similar, nos trechos mais sujeitos à neblina, bem como faixas pintadas com tintas reflexivas nas barreiras laterais de contenção nas obras de arte especiais.

a. Abrangência e Deflagração

A adoção de uma sistemática de ação deve partir de parâmetros de enquadramento das possíveis ocorrências, sendo quase que universalmente adotados os relativos à abrangência e à severidade.

O conceito de "abrangência" tem duas vertentes:

• Quantidade de poluente disseminada pelo acidente no ambiente circundante;

• Extensão da área atingida pelo poluente derramado.

Estes dois parâmetros podem inclusive ser cumulativos, ou seja, uma grande quantidade de poluente afetando uma grande área no local do acidente. O conceito de "severidade" também tem aspectos distintos:

• Aspecto dos elementos de ocupação da área atingida pelo poluente, como casas, corpos de água, área de preservação e em que graus foram afetados;

• Aspecto de agressividade do poluente em relação ao meio ambiente;

• Aspecto relativo à quantidade de poluente disseminada, tecnologia e custos de sua erradicação ou pelo menos a neutralização por medidas mitigadoras.

Uma primeira estimativa da abrangência e da severidade deve ser transmitida do local do acidente pelo primeiro socorro que aí chegar ou pelo escalão operacional que primeiro receber o aviso.

b. Planos Gerais de Contingência e de Emergência

Os Planos de Contingência se centram na prevenção, principalmente em circunstâncias especiais de aumento da probabilidade de acidentes, tais como: realização de eventos de grande demanda popular em locais lindeiros, com grande atração de tráfego, restrições ao fluxo livre em conseqüência de uma emergência em outro setor ou tipo de transporte, entre outros.

Os Planos de Emergência, como o próprio nome diz, objetivam programar a ação das autoridades envolvidas quando da ocorrência de um acidente com cargas perigosas na rodovia.

20.6.5. Ações Genéricas de Emergência

No programa de comunicação e educação social, a população diretamente influenciada pela rodovia, deve ser informada de procedimentos básicos a serem tomados em caso de acidentes com cargas perigosas.

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Um acidente deste tipo é uma situação na qual um produto perigoso escapa ou pode escapar para o ambiente que o rodeia. Todas as atividades que são requeridas quando se aciona uma ação emergencial nestes acidentes podem ser divididas em cinco amplos elementos que interagem entre si:

Reconhecimento: identificação da substância envolvida e as características que determinam seu grau de periculosidade. Para esta identificação, faz-se necessário a identificação dos símbolos normalmente fixados na carga ou no veículo de transporte (Figura 20.1).

Figura 20.1. Exemplo de identificação de produto perigoso realizado por meio de identificação visual dos adesivos presentes no veículo.

Avaliação do Impacto ou Risco: apresentado pela substância à saúde pública e ao meio ambiente.

Controle: métodos para eliminar ou reduzir o impacto do acidente;

Informação: conhecimento adquirido através de Inteligência, Instrumentos de Leitura Direta e de Exames de Amostras;

Segurança: proteção daquelas pessoas que transitam durante as ações emergenciais tentando debelar o acidente.

Para o combate às situações de risco é necessário um conjunto mínimo de equipamentos, que devem estar presentes nos veículos de transporte de cargas perigosas. Tais equipamentos estão listados abaixo:

• Abafadores, rotulo de risco, painéis de segurança, cones, fitas zebradas, extintores, antifaiscante, pá, enxada, almofadas, mantas, capacete, luvas, óculos, respiradores, conjunto antiácidos, e placas (PERIGO AFASTE-SE).

Com base na classificação genérica dos tipos de substâncias consideradas perigosas para o transporte e seus respectivos símbolos, seguem abaixo, algumas ações emergenciais a serem tomadas pelas populações lindeiras ou por equipes especializadas em caso de incidente. Estas indicações são consideradas genéricas, já que se tratam de ações previstas para uma gama ampla de substâncias unidas em grupos e subgrupos conforme classificação da ONU.

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a. EXPLOSIVOS (subclasse 1.1, 1.2, 1.3, 1.5 e 1.6)

a.1. Riscos Potenciais:

Fogo ou Explosão: Pode explodir e espalhar fragmentos num raio de 600 m ou mais, se o fogo atingir a área de carga.

Riscos para a Saúde: Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos.

Fogo no veículo ou equipamento: inundar com água; se não houver água, usar pó químico, Halon ou terra.

CUIDADO: o fogo nos pneus pode recomeçar. Se possível, desengatar o veículo trator do reboque.

Fogo na carga:

• Não mover a carga ou veículo, se a carga tiver sido exposta ao calor;

• Não combater o fogo se este atingir a carga. Abandonar a área e deixar queimar;

• Se houver incêndio, isolar imediatamente a área, removendo todas as pessoas da vizinhança. Primeiramente remover as pessoas fora da linha de visão da cena do acidente e afastá-las das janelas. Obter melhores informações e orientação específica de autoridades competentes, que possam estar relacionadas nos documentos fiscais do transportador;

• Se houver suspeita de que explosivos de alta periculosidade, tais como bombas ou projéteis de artilharia estejam expostos à ação do calor ou chamas, aumentar a área de isolamento em todas as direções para: 1200 m para carregamento em caminhões e 1600 m para carregamentos em trens.

a.2. Ação de Emergência:

• Em caso de fogo, interromper todo o tráfego e evacuar a área em todas as direções, num raio de 800 m;

• Manter as pessoas afastadas;

• Não combater o fogo na carga. Tentar impedir que o fogo atinja o compartimento com carga explosiva;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada.

a.3. Derramamento ou Vazamento:

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Não tocar no produto derramado.

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a.4. Primeiros Socorros:

• Solicitar assistência médica de emergência;

• Ministrar os primeiros socorros de acordo com a natureza dos ferimentos.

b. GASES NÃO INFLAMÁVEIS COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS

b.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Pode ser nocivo se inalado;

• Vapor extremamente irritante;

• O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

• O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

• O cilindro pode explodir com o calor do fogo;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas.

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

• Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

b.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados antes de entrar;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada;

• Evacuar imediatamente a área do derramamento ou vazamento, em todas as direções, num raio de pelo menos 15 m (consultar a Tabela de Distância de Evacuação, no final deste manual. Se o nome do produto for encontrado nessa Tabela, procurar ajuda para efetivar a evacuação recomendada).

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b.3. Derramamento ou Vazamento:

• Estancar o vazamento, se isso puder ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores: não usar água diretamente na área de derramamento ou vazamento;

• Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

b.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em casos de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

c. GASES TÓXICOS COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS

c.1. Riscos Potenciais:

Riscos Para A Saúde:

• Venenoso; pode ser fatal se inalado ou absorvido pela pele;

• O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

• O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

• O cilindro pode explodir com o calor do fogo;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

• Não deixar penetrar água nos recipientes;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

• Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

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c.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados antes de entrar;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada, se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

• Roupas protetoras de encapsulamento total deverão ser usadas em caso de derramamento ou vazamento sem fogo;

• Evacuar imediatamente a área do derramamento ou vazamento, em todas as direções, num raio de pelo menos 15 m (consultar a Tabela de Distância de Evacuação, no final deste manual. Se o nome do produto for encontrado nessa Tabela, procurar ajuda para efetivar a evacuação recomendada).

c.3. Derramamento ou Vazamento:

• Estancar o vazamento, se isso ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores: não usar água diretamente na área de derramamento ou vazamento;

• Pequenos derramamentos: Lavar a área com grandes quantidades de água;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte;

• Não deixar penetrar água dentro do recipiente;

• Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

c.4. Primeiros Socorros

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em casos de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

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d. GASES INFLAMÁVEIS COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS

d.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Pode ser nocivo se inalado;

• Vapor extremamente irritante; o contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

• O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

• O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Extremamente inflamável: pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas;

• Vapores podem deslocar-se até uma fonte de ignição e provocar retrocesso de chamas;

• Os recipientes podem explodir com o calor do fogo;

• Há riscos de envenenamento e de explosão do vapor em ambientes fechados ou abertos ou em rede de esgotos;

• Deixar o vagão, carreta ou tanque de estocagem queimar, a menos que o vazamento possa ser estancado;

• Para tanques menores ou cilindros, extinguir/isolar de outros inflamáveis;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar;

• Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/alívio ou ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo.

d.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada;

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• Evacuar imediatamente a área do derramamento ou vazamento, em todas as direções, num raio de pelo menos 15 m (consultar a Tabela de Distância de Evacuação, no final deste manual. Se o nome do produto for encontrado nessa Tabela, procurar ajuda para efetivar a evacuação recomendada);

• Isolar a área em todas as direções, num raio de 800 m, se o vagão ou carreta estiverem envolvidos no fogo;

• Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

d.3. Derramamento ou Vazamento:

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Estancar o vazamento, se isso ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores: Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

d.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pelo ou os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

e. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

e.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Pode ser venenoso se inalado ou absorvido pela pele;

• Os vapores podem causar tontura ou sufocação;

• O contato pode causar queimaduras ou irritação na pele e nos olhos;

• O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Produto inflamável/combustível: pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas;

• Vapores podem deslocar-se até uma fonte de ignição e provocar retrocesso de chamas.;

• Os recipientes podem explodir com o calor do fogo;

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• Há riscos de explosão do vapor em ambientes fechados ou abertos ou em rede de esgotos;

• O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon, neblina de água ou espuma para álcool;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma para álcool são recomendadas;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar;

• Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/alívio ou ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo.

e.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada;

• Isolar a área em todas as direções, num raio de 800 m, se o vagão ou carreta estiverem envolvidos no fogo;

• Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

e.3 . Derramamento ou Vazamento:

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores; mas isso não evitará a ignição em locais fechados;

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não combustível e guardar em recipientes para posterior descarte;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

e.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos; lavar a pele com água e sabão;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados.

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305

f. SÓLIDO INFLAMÁVEL

f.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Venenoso se ingerido ou se a fumaça (fumos) for inalada repetidamente;

• O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Extremamente inflamável: inflama-se quando exposto ao ar;

• Reinflama-se após o fogo ter sido extinto;

• Queima rapidamente emitindo densa fumaça (fumos) branca;

• O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

• Incêndio de pequenas proporções: Cobrir com areia, terra ou neblina de água e manter molhado com água;

• Incêndio de grandes proporções: Neblina de água é recomendada;

• Não espalhar o produto derramado com jatos de água de alta pressão;

• Remover os recipientes da área de fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos as chamas, mesmo após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor, Se isso não for possível , abandonar a área e deixar queimar.

f.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

• Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

f.3. Derramamento ou Vazamento:

• Não tocar no produto derramado: estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores: mas isso não evitará a ignição em locais fechados;

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306

• Pequenos derramamentos : Cobrir com água, areia ou terra. Colocar em recipientes metálicos e manter o material imerso em água;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte e cobrir com areia ou terra molhada.

f.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência: se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Em caso de contato com o produto, manter as áreas da pele expostas, imersas em água ou cobertas com ataduras molhadas, até que seja prestada assistência médica;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminado, colocando-se em recipientes metálicos cheios de água. Há risco de fogo caso sequem;

• Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

g. COMBUSTÃO ESPONTÂNEA

g.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Pode ser nocivo se inalado;

• O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

• O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Produto inflamável/combustível;

• Pode inflamar-se se exposto ao ar;

• Pode reinflamar-se após o fogo ter sido extinto;

• Pode queimar rapidamente, apresentando labaredas;

• O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

• Alguns desses produtos podem reagir violentamente com água;

• Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, carbonato de sódio (barrilha), cal ou areia;

• Incêndio de grandes proporções: Inundar a área com água, mantendo-se à distância;

• Não deixar penetrar água nos recipientes;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

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307

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar.

g.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

• Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

g.3. Derramamento ou Vazamento:

• Não tocar no produto derramado, estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

• Não deixar penetrar água dentro dos recipientes;

• Pequenos derramamentos: Lavar a área com grandes quantidades de água;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte.

g.4. Primeiros Socorros

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos.

h. SUBSTÂNCIAS QUE EM CONTATO COM A ÁGUA EMITEM GASES INFLAMÁVEIS

h.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Em contato com água produz gás venenoso;

• Venenoso em contato com a pele;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Pode inflamar-se em presença de umidade;

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• Em contato com água produz gás inflamável;

• O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

• Não usar água ou espuma;

• Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, carbonato de sódio (barrilha), cal ou areia;

• Incêndio de grandes proporções: Abandonar a área e deixar o fogo queimar;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco.

h.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados antes de entrar;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

• Roupas protetoras de encapsulamento total deverão ser usadas em casos de derramamento ou vazamento sem fogo;

• Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes;

• Isolar a área em todas as direções, num raio de 800m, se o vagão ou carreta estiverem envolvidos no fogo.

h.3. Derramamento ou Vazamento:

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Não tocar no produto derramado;

• Não jogar água no produto derramado; não deixar penetrar água dentro dos recipientes;

• Pequenos derramamentos secos: Com uma pá limpa, colocar o produto dentro de um recipiente limpo e seco; tampar; remover os recipientes da área do derramamento;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte;

• Cobrir o pó derramado com um lençol plástico para evitar que o mesmo se espalhe;

• Fazer limpeza somente sob a supervisão de um especialista.

h.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

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i. OXIDANTE

i.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Pode ser nocivo se inalado; o contato pode provocar queimaduras na pele e nos olhos;

• Os vapores podem causar tontura ou sufocação;

• O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

• Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos.

Fogo ou Explosão:

• Extremamente inflamável;

• Pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas;

• Vapores podem deslocar-se até uma fonte de ignição e provocar retrocesso de chamas;

• Os recipientes podem explodir violentamente, com o calor do fogo;

• Há risco de explosão do vapor em ambientes fechados ou abertos ou em rede de esgotos;

• Deixar o vagão, carreta ou tanque de estocagem queimar, a menos que o vazamento fossa ser estancado. Para tanques menores ou cilindros, extinguir/isolar de outros inflamáveis;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico. CO2, Halon;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Manter-se longe dos tanques;

• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar;

• Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/alívio ou ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo;

• Resfriar o recipiente com água, utilizando dispositivo manejado à distância, mesmo após a extinção do fogo.

i.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados antes de entrar;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada;

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• Isolar a área em todas as direções, num raio de 800 m, se o vagão ou carreta estiverem envolvidos no fogo.

i.3. Derramamento ou Vazamento:

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Estancar o vazamento, se isso ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores: mas isso não evitará a ignição em locais fechados;

• Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

i.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

• Em caso de lesões por congelamento, descongelar com água as partes afetadas;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

j. PERÓXIDOS ORGÂNICOS

j.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

• Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Pode inflamar-se se exposto ao ar;

• Pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas;

• Pode queimar rapidamente, apresentando labaredas;

• Pode explodir devido ao calor, contaminação ou perda de controle da temperatura;

• O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

• Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, C02, ou Halon ou neblina de água ou espuma normal;

• Incêndios de grandes proporções: Inundar a área com água;

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• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor;

• Se o fogo puder ser controlado, resfriar os recipientes com água, usando mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor, mesmo após a extinção do fogo;

• Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar.

j.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas; isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas; afastar-se de áreas baixas;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada.

j.3. Perda de Resfriamento:

• A temperatura de controle especificada para o produto deve ser mantido. Obter nitrogênio líquido, gelo seco ou gelo, para resfriamento. Se nenhum deles puder ser obtido, evacuar a área.

j.4. Derramamento ou Vazamento:

• Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

• Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente, não combustível; remover os recipientes da área do derramamento;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte.

j.5. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos; lavar a pele com água e sabão;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

k. SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

k.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

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• Venenoso: pode ser fatal se inalado ou absorvido pela pele;

• O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição de água e emitir gases venenosos;

• Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos.

Fogo ou Explosão:

• Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

• Os recipientes podem explodir violentamente com o calor do fogo;

• Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, C02, ou Halon ou neblina de água ou espuma normal;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Combater o fogo ã maior distância possível. Manter-se longe dos tanques;

• Confinar as águas residuais de controle do fogo para posterior descarte; não espalhar o produto.

k.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas; isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas; afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados antes de entrar;

• Equipamentos autônomos de respiração e roupas protetoras contra produtos químicos, especificamente recomendados pelo transportador ou produtor podem ser usadas, mas não oferecem proteção térmica, a não ser que isso seja especificado pelo fabricante das mesmas;

• Vestimentas usuais de combate ao fogo não são eficientes com esses produtos;

• Remover e isolar imediatamente, roupas contaminadas.

k.3. Derramamento ou Vazamento:

• Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores;

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente, não combustível e guardar em recipientes para posterior descarte;

• Pequenos derramamentos secos: Com uma pá limpa, colocar o produto dentro de um recipiente limpo e seco; tampar; remover os recipientes da área do derramamento;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

k.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

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• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele e os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos;

• É de extrema importância a rápida remoção do produto da pele;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

l. INFECTANTE

l.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• O contato com o produto pode causar infecção e doença;

• As águas residuais de controle de fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• O produto pode inflamar-se se contiver um líquido inflamável;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, carbonato de sódio (barrilha), cal ou areia;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco.

l.2. Ação de Emergência:

Manter as pessoas afastadas.

l.3. Derramamento ou Vazamento:

• Não tocar em recipientes danificados ou no produto derramado;

• Manter materiais combustíveis (madeira, papel, óleo, etc..) longe do produto derramado;

• Não tocar no produto derramado;

• Estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

• Isolar a área até que o gás tenha se dispersado;

• Poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

l.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco solicitar assistência médica de emergência;

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• Em caso de contato com o produto lavar imediatamente os olhos com água corrente durante pelo menos 15 minutos: lavar a pele com água e sabão;

• Remover e isolar imediatamente roupas e calçados contaminados.

m. SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS

m.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Radiação externa do produto radioativo não blindado;

• Radiação interna por inalação, ingestão ou absorção através da pele;

• Produto radioativo: o grau de risco varia muito, dependendo do tipo e quantidade do produto radioativo;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

• Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

• Não remover recipientes danificados; remover os recipientes não danificados para longe da área do fogo;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, C02, Halon, neblina de água ou espuma normal;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água (em grandes quantidades);

• Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor;

• Combater o fogo a maior distância possível. Manter-se longe dos tanques.

m.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas do derramamento, a pelo menos 50 m e com o vento pelas costas; maiores distâncias poderão ser necessárias, se recomendadas por autoridades em radiação;

• Isolar a área de risco e impedir a entrada de pessoas;

• Somente entrar na área do derramamento para salvar vidas; limitar a entrada ao mínimo indispensável;

• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo oferecem proteção limitada, se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

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• Reter as pessoas não feridas e equipamentos que tenham sido expostos ao produto radioativo, até a chegada de elemento qualificado ou de instruções das autoridades competentes em radiação;

• Retardar a limpeza até a chegada de pessoa qualificada ou de instruções das autoridades em radiação.

m.3. Derramamento ou Vazamento:

• Não tocar em recipientes danificados ou no produto derramado;

• Dano ao recipiente externo poderá não afetar o recipiente interno primário;

• Pequenos derramamentos líquidos: Absorver com areia, terra ou outro material absorvente não combustível;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

m.4. Primeiros Socorros:

• Solicitar Assistência Médica de Emergência;

• Se não afetar os ferimentos, remover e isolar roupas e calçados contaminados, envolver a vítima em cobertor, antes de transportá-la;

• Se a vítima não estiver ferida, remover e isolar roupas e calçados contaminados; lavar a vítima com água e sabão;

• Com exceção dos feridos, reter pessoas e equipamentos expostos ao produto radioativo, até a chegada de pessoa qualificada ou de instruções das autoridades competentes em radiação;

• Informar o pessoal de atendimento médico que as pessoas feridas podem estar contaminadas por produto radioativo.

n. SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS

n.1. Riscos Potenciais:

Riscos para a Saúde:

• Venenoso se ingerido;

• Venenoso em contato com a pele;

• O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

• Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos;

• As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

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Fogo ou Explosão:

• Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

• Alguns desses produtos podem inflamar outros materiais combustíveis (madeira, papel, óleo, etc.);

• Alguns desses produtos podem reagir violentamente com água;

• Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, C02, Halon, neblina de água ou espuma para álcool;

• Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

• Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

• Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques.

n.2. Ação de Emergência:

• Manter as pessoas afastadas; isolar a área de risco e impedir a entrada;

• Manter-se com o vento pelas costas; afastar-se de áreas baixas;

• Equipamentos autônomos de respiração e roupas protetoras contra produtos químicos, especificamente recomendadas pelo transportador ou produtor; podem ser usadas, mas não oferecem proteção térmica, a não ser que isso seja especificado pelo fabricante das mesmas. Vestimentas usuais de combate ao fogo não são eficientes com esses produtos.

n.3. Derramamento ou Vazamento:

• Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

• Usar neblina de água para reduzir os vapores;

• Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente, não combustível e guardar em recipientes para posterior descarte;

• Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte.

n.4. Primeiros Socorros:

• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio.;

• Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele e os olhos com água corrente, durante pelo menos 15 minutos;

• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

• Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

20.6.6. Avaliação de Risco Provável

A análise preliminar de riscos tem se mostrado um instrumento valioso na identificação de cenários e determinação de áreas vulneráveis. O conhecimento das situações de riscos e áreas

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vulneráveis permite planejar ações de emergência e treinar previamente as comunidades envolvidas no acidente.

Não obstante lacunas e deficiências no cumprimento de leis e normas, a prática mostra que a probabilidade de acidentes com cargas perigosas são relativamente baixas, mas, quando acontecem, provocam fortes impactos sociais, seja pelo número de vítimas diretas e indiretas, ou pelo dano ambiental decorrente.

Em qualquer dos casos o ônus de operadores, concessionários e polícias é grande, com enorme repercussão nos meios de comunicação social, fato que futuramente irá dificultar a implantação de empreendimentos semelhantes.

20.6.7. Planos de Contingência: Informação e Controle

Trata-se de um planejamento cujo objetivo maior não é a emergência, mas a preparação cuidadosa e antecipada para pronta resposta no caso de que ela exista. Estrutura a coordenação e as responsabilidades definem plantões e linhas de ação e os procedimentos necessários, mantendo atualizada a informação organizacional (entidades, contatos e telefones) e a informação técnica, como códigos e características dos produtos, quem os fabrica, como os transporta, quem é o responsável e quem os consome.

Sua ação tem abrangência regional, como na seleção de rotas alternativas e seu controle no caso de fechamento prolongado da BR-242, ou na eventualidade de uma evacuação da população, ou de alternativas emergenciais na hipótese de contaminação grave de mananciais públicos.

Na vertente controle, este planejamento em conformidade com os textos legais e normas vigentes, age de forma a reduzir ao máximo a probabilidade de ocorrência de uma emergência envolvendo produtos perigosos.

20.6.8 Monitoramento

Caberá à Empresa de Gestão Ambiental o monitoramento das ações previstas neste programa, acompanhando a implementação das atividades estipuladas nos planos de emergência para o Atendimento a Acidentes com Produtos Perigosos, verificando o fiel cumprimento das cláusulas e procedimentos contidos nos convênios e planos de trabalho das entidades conveniadas.

20.7. Recursos Humanos e Materiais

Como se trata de um programa de articulação institucional, onde não há a necessidade de se mobilizar uma equipe, mas de se ter procedimentos para a prevenção de possíveis acidentes, os recursos humanos e materiais provêm do corpo de funcionários das instituições envolvidas, bem como de possíveis convênios firmados com institutos de pesquisa e ensino.

20.8. Instituições Envolvidas

DERTINS;

Empresas contratadas e organizações conveniadas;

IBAMA;

NATURATINS.

DNIT;

Polícia Rodoviária Federal – PRF (quando for implantada);

Corpo de Bombeiros Militares;

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Secretaria Estadual de Saúde;

Polícia Militar;

Companhia de Água;

Instituições de Ensino e Pesquisa;

Prefeituras envolvidas.

20.9 Cronograma Físico de Implantação

A implantação das obras físicas deverá guardar correspondência com o cronograma geral das obras, à exceção dos prédios de socorro imediato e dos pátios de estacionamento, que serão executados pela empresa.

Para fase de operação da via, a implementação dos Planos de Emergência será objeto de revisão, envolvendo os parceiros institucionais e a futura Concessionária.

Na tabela 20.2 é apresentado o cronograma físico de implantação referente às ações executadas no presente Programa.

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Tabela 20.2. Cronograma físico de implantação.

AÇÃO MESES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Coleta e análise de dados e legislação. Formação de banco de dados

X X X

Exame dos pontos críticos X X

Verificação de lacunas informativas. Implementação do Sistema de Gerenciamento do Banco de Dados

X X

Análise de possíveis impactos, prevenção e mitigação

X

Proposição de soluções X X

Implementação do Programa X X X X X X

Emissão de Relatórios X X X X X X X X X

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20.10. Estimativa de Custos

As ações e medidas propostas neste Programa não se configuram simplesmente como ações de programa ambiental, mas também como ações de estado que devem estar previstas nos orçamentos anuais. Portanto, os custos para este Programa deverão ser discutidos no âmbito do estado, para que as ações sejam implementadas após os devidos trâmites e processos licitatórios.

20.11. Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PPAA será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de Gestão Ambiental - CGA. A execução será realizada pela equipe técnica deste PPAA.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do PPAA e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios mensais ou após o término de cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PPAA. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

20.12. Referências Bibliográficas

Associação Brasileira da Indústria Química - ABIQUIM: "Manual para Atendimento de Emergências com Produtos Perigosos", edição da ABIQUIM, São Paulo, 1999.

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT: “NBR 7500 - Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Materiais”, edição ABNT, Rio de Janeiro, 1994.

Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes - GEIPOT: “Diretrizes Ambientais para o Setor de Transportes”, edição do GEIPOT, Brasília, 1992.

Exército Brasileiro: "Manual Técnico T9-1903 - Armazenamento, Conservação, Transporte e Destruição de Munições, Explosivos e Artifícios", edição do Estado Maior do Exército, Brasília, sem data.

Lima, Jaime E. P. et allii: "Planejamento de Ações em Emergências Envolvendo o Transporte de Produtos Químicos Perigosos", Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, 1998.

Decreto nº 24.463 de 10/07/34 que promulga o Código de Águas.

Portaria nº 13 de 15/01/76 que estabelece a classificação das águas interiores.

Portaria nº 56 de 14/03/77 do Ministério da Saúde, aprovando Normas e Padrão de Potabilidade da Água a serem observados no território nacional.

Decreto-Lei nº 2.063 de 06/10/83 sobre o transporte de produtos perigosos, suas infrações e multas.

Decreto nº 88.821 de 06/10/83 regulamentando o transporte rodoviário de produtos perigosos, tratado pelo Decreto-Lei anterior.

Resolução CONAMA nº 20 de 18/06/86 que estabelece a Classificação de Águas Doces, Salobras e Salinas no território nacional.

Decreto nº 96.044 de 18/05/88 aprovando o Regulamento para o Transporte de Produtos Perigosos, especificando inclusive as competências do vários órgãos governamentais em sua fiscalização.

Decreto nº 99.274 de 06/06/90 sobre Cadastramento e Operação para Movimentação de Produtos Perigosos.

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Lei nº 9.433 de 08/01/97 que estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos;

Portaria MT nº 204 de 20/05/97 sobre classificação de produtos perigosos e sinalização de veículos com estas cargas.

Lei 9.503/97 apresentando o Código Nacional de Trânsito.

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21. Considerações Finais do PBA

As atividades econômicas em geral são planejadas sem levar em conta as externalidades ambientais e, conseqüentemente, os padrões de vida das populações são forjados sem grandes preocupações com os custos sobre o meio ambiente. O resultado é a realização de atividades insustentáveis do ponto de vista ambiental e altamente degradadoras.

No entanto, estes padrões vem sendo lentamente alterados devido, principalmente, à criação de políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente, resultado da incipiente conscientização da população em geral. Dispositivos legais fazem com que a variável ambiental sempre esteja em discussão e em alto grau de importância no processo produtivo. Um padrão de apropriação do capital natural onde os benefícios são providos para alguns usuários de recursos ambientais, sem que estes compensem os custos incorridos do sistema ambiental, não pode, nos dias de hoje, ser considerado como viável.

Dessa forma, procurou-se no presente estudo inserir no âmbito dos programas aspectos que vem sendo objeto de discussões entre várias instituições e com a própria comunidade local, de modo a prever ações que atendam aos diversos interesses envolvidos, além de apontar caminhos para que as obras sejam desenvolvidas de maneira positiva, buscando minimizar ou anular os impactos do empreendimento sobre o meio ambiente local.

As propostas apontadas neste PBA, se devidamente aplicadas, diminuirão os impactos de curto, médio e longo prazo que ameaçam os recursos ambientais necessários ao bem estar das populações regionais e a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos e costumes, como dita a legislação brasileira. O presente estudo procurou complementar as informações contidas no EIA/RIMA, de modo a acatar suas proposições, respondendo de acordo com os princípios constitucionais que regem as questões ambientais.

Cabe ressaltar que a medida em que a acessibilidade local melhorar com o asfaltamento da rodovia e considerando a eficácia dos programas ambientais, dever-se-á verificar uma série de benefícios sociais, econômicos e ambientais decorrentes da implantação e operação da rodovia. Para as populações residentes na área, a qualidade de vida irá melhorar consideravelmente pela simples possibilidade de acessar equipamentos e serviços públicos essenciais, mesmo que distantes, condição que hoje lhes é extremamente dispendiosa em termos de custo e de esforço.

De maneira geral, o asfaltamento tenderá a aumentar a presença dos órgãos e instâncias do Poder Público, que passarão a atuar com maior efetividade. A base econômica da região será amplamente modificada, tendo em vista os ganhos econômicos viabilizados por um eixo de escoamento da produção de grãos de menor custo. Todas estas alterações sócio-econômicas e ambientais são inevitáveis e são classificadas como impactos, que ora é positivo, ora negativo. A intenção deste estudo é a minimização dos impactos negativos e acentuação dos positivos, de forma organizada e incluindo os diversos aspectos e atores interessados no processo.

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22. Anexo Laudo Espeleológico