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PME Excelência Entrevista: José Ribeiro Vieira Leiria em 4.º lugar no ranking nacional As 31 eleitas do distrito Esta revista faz parte integrante da Edição 1316, de 1 de Outubro de 2009 do JORNAL DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente

PME Excelência:Layout 1 - Jornal de Leiria · DE EXCELÊNCIA De coisas excelentes é o que país mais precisa. Precisa ... quociente de inteligência razoável e isso só ... Isso

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PMEExcelênciaEntrevista: José Ribeiro Vieira

Leiria em 4.º lugar no ranking nacional

As 31 eleitas do distrito

Esta revista faz parte integrante da Edição 1316, de 1 de Outubro de 2009 do JORNAL DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente

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OUTUBRO 2009 . JORNAL DE LEIRIA . 3

ÍNDICENOMEADOS DE EXCELÊNCIADe coisas excelentes é o que país mais precisa. Precisamesmo da excelência de muitas acções e de muitas in-tervenções. Falta excelência na política e nos partidos,falta na classe dirigente empresarial e nos patrões, faltana cidadania. Falta o sentido do que é fundamental. Por-tugal é um país de coisas médias, de média qualidade,aparecendo, contudo, cada vez mais nichos de activi-dade já excelentes e como tal, capazes de concorrercom as soluções tecnológicas e empresariais mais avan-çadas de outros países mais desenvolvidos.A atribuição do estatuto de PME Excelência visa identi-ficar e premiar as empresas que reúnem um conjunto decaracterísticas que, à luz da análise económica e finan-ceira, se revelam fundamentais para o êxito da empresa.São empresas com elevados níveis de sustentabilidadee, consequentemente, susceptíveis de serem mais ca-pazes de resistir às adversidades, do que outras.Convém, porém, não esquecer que haverá muitas semesta classificação “oficiosa” mas que podem ser tão só-lidas e promissoras, ou mais até, do que as que de ex-celente se classificam. A inovação e a capacidade decompetir com mercados internacionais, são factores de-cisivos para o êxito da gestão. Não basta que os indica-dores económicos e financeiros sejam bons. É bom queo sejam, mas não é suficiente para que o futuro lhes es-teja garantido. É pena não haver indicadores objectivoscapazes de adivinhar ou encontrar o que de melhor há,na gestão das empresas, para que elas possam vencerno futuro. Normalmente as variáveis mais escondidas emenos facilmente “contabilizáveis” e acessíveis, nos nú-meros dos balanços e das contas de Demonstração deResultados, são as que mais contribuem para o êxito dasempresas.De qualquer forma ser “Empresa de Excelência” é bome por isso merecem ser realçadas e dadas como exem-plo. Bom será que mais empresas concorram a estaidentificação pois, há muitas outras, felizmente, que têmcondições para o ser, mas por não concorrerem não sãoreveladas como tal.Parabéns aos “nomeados”. �

Jorlis – Edições e Publicações, LdaO Director EditorialJosé Ribeiro Vieira

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA:

Edição: Jorlis - Edições e Publicações, Lda. . Director In-

terino: João Nazário . Coordenação: Lurdes Trindade . Re-

dacção: José Roque e Raquel de Sousa Silva . Serviços

Comerciais: Luís Clemente . Projecto Gráfico: Marta Silvé-

rio . Paginação: Isilda Trindade, Rita Carlos . Impressão: Lis-

gráfica . Tiragem: 15.000 . N.º de Registo 109980 . Depósito

Legal n.º 5628/84 . Distribuição: Jornal de Leiria, Edição n.º

1316 de 1 de Outubro de 2009.

ENTREVISTAJosé Ribeiro Vieira, presidente da Nerlei

PME EM NÚMEROS

EXCELÊNCIA NACIONAL

UM ESTATUTO QUE TRAZ BENEFÍCIOS

CRÉDITO BARATO DÁ IDEIA DE FACILITISMO

PRESTÍGIO E IMAGEM

PAINEL EMPRESÁRIOS

O PERFIL DAS PME EMPRESAS

OPINIÃO

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4. JORNAL DE LEIRIA . OUTUBRO 2009

Que vantagens tem uma empresa por serPME Excelência?Ao nível da opinião pública, do mercado edos fornecedores, naturalmente que tereste estatuto é sempre bom. É um ca-rimbo positivo com que a empresa é iden-tificada. Significa que tem tido boa gestãoe é excelente nos indicadores analisados.Quanto mais empresas destas houver me-lhor.

Muitas das empresas do distrito com este es-tatuto são associadas da Nerlei. É natural-mente motivo de satisfação....Sim, certamente que as empresas verão naNerlei uma entidade que agrega os seusinteresses, que as pode representar e quedesenvolve esforços para as qualificar, bemcomo à região.

Em épocas conturbadas como a que vivemos,que papel pode a Nerlei desempenhar porforma a ser uma mais-valia para o tecido em-presarial?Antes de mais, a própria Nerlei deve tam-bém ser uma organização de excelência.Normalmente é vista com uma posição de

destaque no contexto do País, é tida comouma associação equilibrada, estável, semprojectos megalómanos, que não usa fun-dos estruturais que não tenham uma apli-cabilidade directa e prática nas empresas.Tem uma estrutura modesta em termos derecursos.

A internacionalização deve ser uma apostaem todas as alturas, mas especialmente emmomentos menos bons. As empresas esta-rão conscientes da sua importância?Penso que sim. O anterior ministro da Eco-nomia lançou muito essa ideia, e bem. Fezum trabalho excepcional nesta matéria.Tinha grandes ideias e uma delas era quea economia portuguesa, as empresas e oPaís, não podem sobreviver sem exportar

mais. Temos um mercado interno pe-queno e pouco consumidor, porque onível médio de vida ainda é baixo, e muitotaxado, o que limita o poder de compra damaioria das pessoas. Por isso não há dúvi-das que para o País ter empresas qualifica-das estas precisam de mercado. Para serqualificada, uma empresa tem de ter umquociente de inteligência razoável e isso sósucede com uma dimensão mínima crítica,sem a qual não consegue sobreviver.

As micro empresas terão então mais dificul-dades?É necessário estimular o empreendedo-rismo, mas é preciso perceber que umaempresa não é uma pessoa, ou duas outrês. Uma empresa pressupõe uma estru-tura orgânica mínima e um número depessoas razoável, para que possa desen-volver a actividade do dia-a-dia, mas tam-bém pensar e investir no futuro. Um dosproblemas que se coloca às empresas temprecisamente a ver com o facto de nãoconseguirem sair do dia-a-dia por falta derecursos. Mas para isso têm de ter um mer-cado alargado. Estamos a passar um bo-

JOSÉ RIBEIRO VIEIRA

Presidente da Nerlei: Lamenta visões restritas sobre as pequenas e médiasempresas e frisa que, embora seja necessário incentivar o empreendedorismo, é pre-ciso ter algum cuidado na criação de novas sociedades, porque é cada vez mais difícilsobreviver sem a existência de uma estrutura mínima de capitais próprios consolidada.José Ribeiro Vieira diz ainda que os empresários não podem ver no Estado um “pai oupatrão” e lembra que a internacionalização é fundamental.

“O ESTADO NÃO É NENHUM BANCO PARA FINANCIARPOLITICAMENTE AS EMPRESAS”

Uma empresa precisa deter dimensão e isso só seconsegue com a interna-cionalização

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cado pior porque, como se sabe, Espanha,que pesa um terço no total das vendaspara a União Europeia, está com-pletamente sufocada, em resultado deuma crise ainda pior que a nossa. Feliz-mente que Angola está a absorver umaparte das vendas que antes iam para essemercado. Aliás, é já o primeiro mercadoextra comunitário das nossas exportações,o que é um bom sinal. Em suma, uma em-presa precisa de ter dimensão e isso só seconsegue com a internacionalização.

A falta de dimensão é um factor de riscoacrescido?As empresas muito pequenas raramentepoderão satisfazer os seus colaboradores,porque têm de recorrer a salários muitobaixos. Não será por acaso que estão aaparecer menos empresas. Muita gente jápercebeu que a boa vontade não basta. Épreciso ter ideias, estrutura e organização.Muitas empresas fecharam por falta dosmeios mínimos. Hoje, provavelmente umjovem prefere empregar-se numa empresaque dê alguma estabilidade do que lançar-se num projecto, porque já viu muitos mausexemplos.

As PME constituem a maioria do tecido em-presarial português, o mesmo se passandono distrito. Este facto tem sido devidamentereconhecido pelas entidades públicas?Sim, mas isso começa a ser um chavão po-

lítico muito utilizado. As pessoas vão todasumas atrás das outras. Para ser equilibrada,a região precisa de empresas âncora, comdimensão média e grande. Não podemospensar numa região apenas de PME oumicro empresas. O que falta a Leiria são pi-lares fortes para o seu desenvolvimento.Embora seja reconhecido o contributo dasPME para o desenvolvimento, é precisoalgum cuidado, porque estas empresastambém são muito vulneráveis. Penso quetem sido reconhecida a importância dasPME, mas não se podem alimentar projec-tos sem viabilidade. Tenho até receio queesse reconhecimento esteja a tornar-semoda, para se pegar nele politicamente.

Os apoios disponibilizados para esta tipologiade empresas são os mais indicados?Os apoios deviam ser definidos em funçãodo crescimento e da solidez das empresas.Uma empresa é apoiada, mas depois temde se acompanhar muito bem para ver oresultado. Cresceu, consolidou-se, tornou-se mais sustentável? Julgo que muitos dosapoios são transitórios, nesta matéria. Re-solve-se a situação da hora, mas como háum problema estrutural subjacente, maistarde ele volta a aparecer.

Defende apoios caso a caso ou medidas trans-versais, estruturantes?O empresário tem de pensar que deve re-correr a capitais próprios e à banca para

obter crédito. O Estado não se pode subs-tituir a estes critérios. O Estado não é ne-nhum banco que financie empresas.Devem viver de capitais próprios, da inicia-tiva individual e do crédito que a bancapode dar. O Estado deve criar condiçõesinfra-estruturantes de todo o tipo, desde asvias de comunicação ao ensino, mas não sedeve meter a fazer o papel dos empresá-rios e da banca. Ao fazê-lo corre o risco deadiar os problemas. Os empresários, porseu lado, não podem ver no Estado o pai,o patrão, mas antes um regulador social,importante, mas que não se deve meterem áreas para as quais não está, por defi-nição, vocacionado.

Critica-se o excessivo peso do Estado na Eco-nomia, mas quando há problemas espera--se que seja o Estado a resolver....Isso é uma mentira política. Quem argu-menta com isso fá-lo com motivações denatureza política ou por desconhecimento.O Estado já está demasiado na Economia.Este Governo tem feito bastante pelas em-presas. Mas tem de se acabar com a histó-ria da estratificação, como se as PMEfossem as coitadinhas do tecido empresa-rial. Pequenas ou grandes, são todas em-presas. Sou contra a visão restrita das PME.Isso prejudica o País e as próprias empre-sas, que são fundamentalmente pessoas. Eé da qualidade das pessoas e da sua arti-culação que resulta o seu êxito ou fracasso.O resto é muitas vezes demagogia e apro-veitamento.

Acredita que o tecido empresarial da re-gião está preparado para enfrentar os de-safios que se colocam hoje em dia?Há as que estão e as que não estão. Olitoral tem sempre mais facilidades.Não somos melhores nem piores.Temos, talvez, melhores condiçõespara assim ter comportamentos em-preendedores. Leiria tem uma posiçãoprivilegiada que propicia a aproxima-ção de pessoas e o desenvolvimentoda iniciativa individual. �

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6. JORNAL DE LEIRIA .SETEMBRO 2009

95 POR CENTO DO PESO NO DISTRITO

O distrito de Leiria dispõe de 54.581empresas, de acordo com dados for-necidos pelo Instituto Nacional de Es-tatística (INE), relativos a 2007. Destas,a maioria são micro empresas (51.795),com menos de dez trabalhadores, oque corresponde a cerca de 95 porcento do tecido empresarial. Empre-sas com mais de dez trabalhadores,mas com menos de 50, existem 2463(4,5 por cento), enquanto com mais de50 trabalhadores (até aos 249), o dis-trito apresenta 301 empresas, corres-pondendo a 0,5 por cento do tecidoempresarial. Com mais de 250 traba-lhadores, com a classificação de gran-des empresas, o distrito tem 22empresas, o que representa 0,04 porcento do total do número de empre-sas. Tal como na maioria dos distritos dopaís, o número de Micro e Pequenas eMédias Empresas representa o grandepeso do tecido empresarial, com umtotal de 54.559, ou seja, 99,9 por cento.

O concelho de Leiria é aquele que, nocontexto do distrito, apresenta ummaior número de empresas, com cercade 16 mil unidades. Entre estes núme-ros, o maior destaque vai para as cerca

de 15 mil empresas que contam commenos de dez empregados, ou seja,micro empresas. Este fenómeno re-gista-se em todos os concelhos dodistrito de Leiria, enaltecendo a im-portância das micro empresas no con-texto económico local. Em relação às pequenas empresas,entre 10 e 49 funcionários, o concelho deLeiria continua a liderar (788 empresas).Com menor número de empresas, en-contram-se os concelhos de Castanheirade Pera, Figueiró dos Vinhos e PedrógãoGrande, com 8, 10 e 9 pequenas empre-sas, respectivamente.Nas médias empresas, entre 50 a 249empregados, o concelho de Leiria li-dera (86 empresas), seguido de Alco-baça (45), Marinha Grande (40) ePombal (33), contrapondo com Fi-gueiró dos Vinhos com apenas umamédia empresa.Desta forma, o distrito de Leiria apre-senta um total de 2 764 pequenas emédias empresas, onde se encontramas 31 empresas que sustentam o títulode PME Excelência. �

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

AS EMPRESAS DO DISTRITO - 2007

Concelhos N.º de trabalhadores

Total Menos de 10 10 - 49 50 - 249 250 e mais

Empresas (Micro) (Pequenas) (Médias) (Grandes)

Batalha 1856 1698 140 15 3Leiria 15922 15040 788 86 8Marinha Grande 4690 4439 209 40 2Pombal 6521 6174 312 33 2Porto de Mós 2751 2591 143 17 0Alvaiázere 785 752 29 4 0Ansião 1485 1433 41 11 0Castanheira de Pera 275 264 8 3 0Figueiró dos Vinhos 628 617 10 1 0Pedrógão Grande 388 377 9 2 0Alcobaça 6088 5726 316 45 1Bombarral 1381 1328 49 3 1Caldas da Rainha 5777 5544 210 19 4Nazaré 1842 1793 45 4 0Óbidos 1212 1165 43 4 0Peniche 2980 2854 111 14 1Total 54581 51795 2463 223 22Fonte: INE

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No país, foram distinguidas com o Estatuto de PME Excelência 375empresas de vários sectores de actividade, onde o distrito de Leiriaestá presente com 31 empresas, situando-se em quarto lugar noranking nacional. Em termos de localização, os distritos do Porto e

Lisboa, seguidos de Aveiro, Leiria e Braga, com respectivamente 70,68, 50, 31 e 26 empresas, são os que reúnem a maior concentraçãode PME Excelência.O Estatuto PME Excelência é uma iniciativa do IAPMEI, criada como objectivo de premiar as PME nacionais que se evidenciam pelaqualidade dos seus desempenhos económico-financeiros. As PMEExcelência são empresas financeiramente sólidas, que têm sabidomanter altos padrões competitivos, com apostas em estratégias deinovação e internacionalização, e que têm contributos activos nas di-nâmicas de desenvolvimento e de emprego das várias regiões.Em conjunto, as PME Excelência geram 19 mil postos de trabalhodirectos e um volume de negócios de quase 3 mil milhões de eurospor ano.Com um activo líquido de 2 mil milhões de euros e capitais própriosde mil milhões de euros, as PME Excelência têm uma autonomia fi-nanceira média de 54 por cento e apresentam altos níveis de ren-dibilidade, com crescimentos médios dos resultados da facturaçãoacima dos 15 por cento em 2008. A rendibilidade média dos capi-tais próprios é de 20,6 por cento e a rendibilidade média do activoé de 10,7 por cento nestas empresas.

IAPMEI e parceriasDo universo das PME Líder, lista elaborada pela IAPMEI anualmente,identificar-se-á o grupo das PME Excelência, empresas que se dis-tingem pelo seu nível superior. Foram estabelecidas parcerias, nomeadamente com o Banco Espí-rito Santo, do Banco BPI, da Caixa Geral de Depósitos, do Millen-nium BCP e do Santander Totta, que em 2009 tiveram aresponsabilizadas de “nomear” as empresas que se enquadram noestatuto de PME Excelência. Estas entidades bancárias ficam assimresponsáveis pelos estatutos referentes aos sectores do comércio eindústria, construção e serviços.Para as empresas do sector do turismo, a gestão do Programa FIN-CRESCE é assegurada pelo Turismo de Portugal, I.P., organismo res-ponsável por aquele sector no âmbito do Ministério da Economiae da Inovação. �

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8. JORNAL DE LEIRIA . OUTUBRO 2009

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CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO PARA PME EXCELÊNCIA

UM ESTATUTOQUE TRAZ BENEFÍCIOS

Tendo como objectivo identificar umconjunto de empresas que se distingampela qualidade do seu desempenho eco-nómico-financeiro e de gestão, promo-vendo o reforço da sua visibilidade juntodo mercado e da sua aproximação ao sis-tema financeiro, às empresas galardoa-das com o estatuto PME Excelência édisponibilizado um conjunto diversifi-cado de benefícios que cobrem áreasfundamentais para a actividade das PME,dos quais se salientam condições prefe-renciais de financiamento. Este estatuto possibilita às empresas aobtenção de benefícios no relaciona-

mento com terceiros, decorrentes da no-toriedade conferida ao seu perfil e nívelde desempenho, o que se traduz no re-forço da credibilidade junto dos clientese fornecedores e no maior poder nego-cial. De referir ainda o estímulo que o estatutorepresenta a nível interno, para a gestão,quadros e trabalhadores. Os sectores de actividades abrangidospela PME Excelência são o industrial,construção, turístico, comercial e dos ser-viços, de acordo com os códigos de acti-vidade (CAE) definidos no conjunto depré-requisitos de cada sector. �R

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10. JORNAL DE LEIRIA . OUTUBRO 2009

RICARDO OLIVEIRA, GESTOR NA DIRECÇÃO COMERCIAL DE EMPRESAS NO SANTANDER TOTTA

CRÉDITO BARATODÁ IDEIA DE FACILITISMO

“As PME são quase sempre lideradas por empresários muitoempreendedores”. Esta é uma das constatações de RicardoOliveira, gestor de empresas, que trabalha de perto com vá-rias pequenas e médias empresas no distrito de Leiria. No en-tanto, o gestor deixa uma ressalva. “Por vezes, não medembem os riscos do investimento e, por isso, a taxa de sucessonão é sempre a desejada mas essa dinâmica empreendedorafaz com que elas cresçam e puxem umas pelas outras” diz,considerando que as PME são “mais flexíveis, mais ágeis emais versáteis” que as grandes empresas.Ser uma PME Líder e Excelência está intrinsecamente ligadoa rácios económico-financeiros e Ricardo Oliveira consideraque, por vezes, os empresários, nomeadamente das PME,“misturam aquilo que é a empresa e aquilo que é o seu pa-trimónio pessoal”, acrescentando que, se assim não fosse, asPME do distrito poderiam estar mais destacadas a nível na-cional. “Há uma certa falta de conhecimentos na área eco-nómico-financeira e, muitas vezes, temos empresas quefacturam milhões de euros e que ainda têm capitais sociaisde 20 mil ou 50 mil euros, completamente desadequados da-

quilo que é a realidade”, confessou.A resposta a estas questões de responsabilização económico--financeira tem factores culturais, acreditando o gestor queas PME deviam seguir a cultura das grandes empresas em ter-mos de distribuição dos resultados. “Acabam por fazê-lo aolongo do ano misturando despesas pessoais com despesasde representação” afirma, salientando, ainda, que, se assimnão fosse, as empresas estariam mais capitalizadas e não ne-cessitariam tanto de recorrer a crédito alheio e, assim, apre-sentar rácios melhores e ter mais facilidade na concessão epricing junto da banca. “Poderíamos ter mais PME Líder e Ex-celência se os empresários tivessem uma cultura de reforçopermanente dos capitais próprios e de investimentos efecti-vamente rentáveis”.

Linhas de créditoEm relação aos apoios dados às PME, Ricardo Oliveira acre-dita que é mais fácil usar o dinheiro que vem da Europa paralinhas de crédito do que usar outros instrumentos como, porexemplo, os fiscais para as apoiar. “Em Espanha fala-se queas PME são subsidiadas, nomeadamente, na exportação. Cánão tem havido essa opção política”. No entanto, o gestorsublinha que as linhas de crédito têm ajudado bastantes em-presas numa altura difícil dos mercados financeiros, “maspara todos os efeitos são crédito e ter crédito fácil e baratopode dar uma ideia de facilitismo”.A linha de crédito PME Investe IV, pode ser uma das soluçõesencontradas sendo que o gestor nota que a procura nestalinha foi inferior às anteriores, pois grande parte das empre-sas já tinham recorrido aos outros PME Investe. “Para as microempresas continua a ser muito vantajoso e é nesse sector quea procura tem sido maior”. �

Para Ricardo Oliveira, trabalhar directamente com empresascom crescimento sustentado e empreendedoras é prestigiantee recompensador. “Por um lado, falamos de empresas cujaprobabilidade de incumprimento é teoricamente inferior, poroutro, e mais importante, é o reconhecimento da valia e pro-fissionalismo da nossa instituição por entidades que procuramsempre o melhor”. �

TRABALHAR COM PMEEXCELÊNCIA

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OUTUBRO 2009 . JORNAL DE LEIRIA . 11

PRESTÍGIOE IMAGEM

LUÍS FILIPE COSTA, PRESIDENTE IAPMEI

“Trata-se de uma insígnia particularmente importante para as em-presas exportadoras, por constituir um elemento diferenciadorque influencia as relações de confiança com os seus clientes”. Édesta forma que Luís Filipe Costa, presidente do IAPMEI, Institutode Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, su-blinha a importância de as empresas adquirirem o estatuto de PMEExcelência. Alguns números relevantes das PME Excelência, esteano, mostram a noção do seu desempenho: autonomia financeiraacima dos 50%, um crescimento de volume de vendas acima do15%, uma rendibilidade dos capitais próprios acima dos 20% euma rendibilidade do activo acima dos 10%.

No entanto, para o responsável, osbenefícios das PME Excelência são“apenas de notoriedade e imagem,contudo constituem uma alavancaimportante das relações das empre-sas com a envolvente e até mesmocom os seus trabalhadores”.Este ano, os principais sectores ondepontificam as PME Excelência foramo comércio e a indústria, cada umdeles com cerca de um terço do totaldas empresas. Mas os serviços, aconstrução, os transportes e o tu-rismo têm também alguma represen-tatividade. Os sectores queapresentaram maior crescimento dosnegócios foram, em primeiro lugar,os serviços, com 28% de crescimento

médio, seguidos da construção e da indústria, com 22 e 16 %,respectivamente. “São, de facto, números de excepção no con-texto global actual”, frisa Luís Filipe Costa.Para o presidente do IAPMEI, em todos os países, as PME são aespinha dorsal da economia. Desde logo, pelo peso que têmna estrutura empresarial, sendo que em Portugal, são cerca de99% do total de empresas. Depois, porque são os maiores dis-tribuidores de riqueza pelo papel que desempenham ao níveldo emprego. “Genericamente, nos últimos anos, tem-se verifi-cado que as grandes empresas, tendencialmente, destroempostos de trabalho. Além disso, as PME encontram-se dissemi-nadas por todo o País, o que os torna fundamentais para a coe-são social do território”.Em relação a apoios não financeiros prestados às PME, Luís Fi-lipe Costa releva o trabalho estruturante que tem vindo a serdesenvolvido na área do empreendedorismo pela vasta rede deparceiros do IAPMEI no âmbito do Programa FINICIA. �

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12. JORNAL DE LEIRIA . OUTUBRO 2009

ESTATUTO NA PRIMEIRA PESSOA

ROBERTO CANÉAdministrador, BelanaturAssociar a Belanatur ao estatuto dePME Excelência é o sinal para os nos-sos clientes e fornecedores da boa ca-pacidade de gestão e financeira. Tam-bém consideramos que os padrõespara este reconhecimento servemcomo referência à forma como deve-mos trabalhar. �

JOEL RODRIGUESAdministrador, CompogalÉ, acima de tudo, uma questão de visi-bilidade e de prestígio. Nós já estamosfamiliarizados com estas distinções hámuito tempo pelo que a nossa imagemjá era bastante positiva. Mas não é porcausa desta distinção que vamos ven-der mais. �

ANTÓNIO GONÇALVESAdministrador, FerrolserviçosEsta distinção vale o que vale mas ésempre bom haver o reconhecimentodo nosso trabalho e postura. Este esta-tuto não trouxe qualquer tipo de altera-ções internas já que rigor e qualidadesão o nosso lema. �

AUGUSTO CARDOSO FERREIRAAdministrador, IlhaugustoÉ um reconhecimento que deve honraros clientes, visto que este prémio de-monstra que trabalham com uma em-presa sólida e que presta serviços dequalidade. Vem igualmente demons-trar que a empresa está a seguir umapolítica diferente da concorrência jáque consegue tirar maior rentabilidadedos seus meios e isso só é conseguidocom rigor. �

PEDRO CONFRARIAGestor, VitoriagásTrouxe a satisfação de ver reconhecidoo nosso labor diário, tendo presente ainovação e aperfeiçoamento de méto-dos de trabalho e fez com que nos tor-nássemos mais exigentes connosco ecom aqueles que colaboram com a em-presa. Acima de tudo, o estatuto é umagarantia da qualidade e eficiência dotrabalho da empresa. �

Responsáveis de algumasempresas falam, em dis-

curso directo, na importân-cia da distinção PME

Excelência. Reconheci-mento pelo trabalho de-

senvolvido é unânime paratodos os empresários.

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ANTÓNIO POÇAS Adminstrador, InCenteaÉ uma forma de diferen-ciação e reconhecimentoque dignifica a empresa epermite reforçar a con-fiança dos clientes. Esteestatuto serve ainda de re-ferência em relação à con-corrência na medida emque traduz uma avaliação

externa sobre o risco da empresa e, indirectamente, do seu desempe-nho económico-financeiro face às demais. É o corolário do programarumo à excelência e reflexo da atitude de melhoria contínua, rigor e res-ponsabilidade vividos pela inCentea.” �

CARLA CARREIRAAdministradora, MacolisAumenta a notoriedadee confiança em relação àempresa, sobretudo nu-ma perspectiva de reco-nhecimento de méritopelos clientes externos.Ao nível do cliente in-terno, equipa de colabo-radores, o estatuto re-

vela-se importante por se sentirem parte integrante da distinçãoresultante de um esforço e empenho conjuntos. Serve para nos co-locar num patamar de distinção. É gratificante sentirmos confir-mado o nosso caminho de excelência que sempre nosempenhamos por seguir, independente de prémios. �

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14. JORNAL DE LEIRIA . OUTUBRO 2009

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O PERFIL DAS PME EXCELÊNCIA

No distrito de Leiria são 31 as pequenas e médias empresas que adquiriram o estatuto de Excelência. Conheça cada uma delas.

Alidata – Soluções Informáticas, SASede da Empresa: Zona Industrial do Casal do Cego, em Lei-

ria, desde 1984. Em 2009 abriu uma filial em Lisboa.

Área de Negócio: Actua ao nível das Tecnologias da Infor-

mação. O seu core business é o desenvolvimento de Soft-

ware ERP: Software de Gestão, Obras, Oficinas, Gestão de

Produção, CRM, Mobilidade, entre outros.

Número de Trabalhadores: Cerca de 50 colaboradores.

Volume de Negócios: Cerca de 2.000.000€ em 2008.

Mercado – Alvo: O mercado-alvo da Alidata é bastante alar-

gado pois tem soluções para quase todo o tipo de empresas,

dos mais variados sectores e dimensões. No entanto, o

mercado automóvel, a indústria e o comércio e serviços são

os mercados preferenciais pelas potencialidades do nosso

ERP para estas áreas. Ao nível de mercados internacionais,

os preferenciais são os PALOP e Espanha.

Projectos para o futuro: Está a desenvolver um projecto de

internacionalização nos PALOP e em Espanha, onde está a

fazer uma análise profunda do conhecimento dos merca-

dos para promoção internacional dos seus produtos/mar-

cas. Apesar de já estar presente, através de parcerias, está

prevista a abertura de delegações nos países que se verifi-

carem oportunidades de negócio.

Alupol – Soluções de Alumínio, SASede da Empresa: Parque Industrial Manuel

da Mota, Lote 6

Área de Negócio: Sistemas de alumínio para a arquitectura

e construção

Número de Trabalhadores: 40

Volume de Negócios: 11.430.000€

Mercado – Alvo: Arquitectura, construção e serralharia. Pro-

jectos de construção: empreendimentos imobiliários resi-

denciais, turísticos ou comerciais, hotéis, hospitais, parques

escolares, edifícios de serviços e industriais, etc.

Projectos para o futuro: Sendo a Reynaers Aluminium uma

empresa multinacional presente, directa ou indirectamente

em mais de 60 países, a componente internacional conti-

nuará a ter um foco bastante elevado, com particular des-

taque nos PALOPs. O carácter inovador das soluções da

empresa continuará a existir através do lançamento de di-

versos novos produtos. A sustentabilidade e contributo para

a eficiência energética dos edifícios é parte integrante da

missão da empresa e, por isso, continuará o lançamento e

divulgação de soluções para o aproveitamento solar.

Aníbal Oliveira Cristina, Lda.Sede da Empresa: Caranguejeira - Leiria

Área de Negócio: Construção Civil e Obras Públicas em edi-

fícios residenciais e não residenciais.

Número de Trabalhadores: 96

Volume de Negócios: 20.000.000€

Mercado – Alvo: Edifícios residenciais e não residenciais,

nos sectores: industrial, comercial e habitacional, ao nível

particular e obras públicas.

Projectos para o futuro: Expandir e alavancar a organização

para o mercado internacional. Desenvolver e aperfeiçoar os

patamares alcançados ao nível da gestão de resíduos pro-

duzidos na actividade desenvolvida, promovendo continua-

mente uma construção ambientalmente correcta. Dar

continuidade à aposta na constante formação e informação

de todos os colaboradores.

Artur dos Santos Silva & Irmão, LdaSede da Empresa: Peniche

Área de Negócio: Transporte Rodoviário de Mercadorias

Número de Trabalhadores: 11

Volume de Negócios: 900.000€

Mercado – Alvo: Nacional

Belanatur, SASede da Empresa: Zona Industrial Casal do Cego, Marra-

zes-Leiria

Área de Negócio: Importação e comercialização de produtos

cosméticos.

Número de Trabalhadores: 35

Volume de Negócios: 5.000.000€

Mercado – Alvo: Europa

Projectos para o futuro: Internacionalização e unidade de

produção

Caiado, SASede da Empresa: Rua Carlos Leonel Sousa Caiado, 2401-

904 Leiria

Área de Negócio: Comércio por Grosso de Material Eléctrico

Número de Trabalhadores: 81

Volume de Negócios: 19.359.997€

Mercado – Alvo: Instaladores, Industria e Quadristas

Carlos Baptista, LdaSede da Empresa: Pombal

Área de Negócio: Comércio de Ferragens, Ferramentas e

Máquinas

Número de Trabalhadores: 13

Volume de Negócios: 1.800.000€

Mercado – Alvo: Nacional

Carpintaria Central de Benedita, LdaSede da Empresa: Estrada Nacional 8/6, Taveiro, Nº 114, Be-

nedita

Área de Negócio: Execução de carpintarias de interiores

para construção civil e móveis de cozinha

Número de Trabalhadores: 46

Volume de Negócios: 3.114.282€

Mercado – Alvo: O principal mercado é exclusivamente Por-

tugal Continental, com maior incidência da região centro à

região sul.

Projectos para o futuro: Continuar com o crescimento de so-

licitações para executar remodelações aos interiores de ha-

bitações e solicitações por parte de empresas de construção

no sentido de criar parcerias e actuar no mercado de An-

gola, Moçambique, sendo uma opção a considerar.

Castelhano & Ferreira – Indústria de Tectos Falsos e Divisórias, SASede da Empresa: Zona Industrial da Barosa - Leiria

Área de Negócio: Soluções globais para espaços de trabalho

Número de Trabalhadores: 48

Volume de Negócios: 7.115.400€, em 2008

Mercado – Alvo: Gabinetes de arquitectura, indústria e ser-

viços, empresas na área da saúde e organismos públicos

Projectos para o futuro: Reformulação da área comercial re-

lativamente ao mercado nacional, lançamento no mês de

Outubro de 2009 de novas divisórias, novos produtos na

área da correcção acústica, aumento de espaço na área fa-

bril e consequente alteração do lay-out, abordagem a novos

mercados exteriores com parceiros locais.

Cemopol – Celuloses Moldadas Portuguesas, LdaSede da Empresa: Parque Industrial Manuel da Mota, em

Pombal

Área de Negócio: Produção e comercialização de produtos

em celulose moldada para acondicionamento de bens de

consumo, nomeadamente, tabuleiros e embalagens para

acondicionamento de ovos e fruta.

Número de Trabalhadores: 53

Volume de Negócios: 9.295.000€, em 2008

Mercado – Alvo: Exporta cerca de 40% para o mercado es-

panhol e Angolano

Projectos para o futuro: Utilização de factores dinâmicos de

competitividade que incluem a certificação do Sistema de

Gestão Ambiental, o aumento da eficiência energética da

empresa, a melhoria da eficiência e controlo de gestão do

produto com recursos às TICs, desenvolvimento de acções

de promoção internacional e melhoria das capacidades de

design de produto.

PME Excelência:Layout 1 25-09-2009 18:03 Página 14

PME Excelência:Layout 1 28-09-2009 10:13 Página 15

Compogal – Indústria de Polímeros, SASede da Empresa: Gândara dos Olivais – Marrazes

Área de Negócio: Fabrico de componentes de TVC, TR e

SEBS

Número de Trabalhadores: 28

Volume de Negócios: 11.907.642€

Mercado – Alvo: Indústrias de calçado, cabos eléctricos, tre-

filaria, indústria automóvel e de material eléctrico (compo-

nentes) e estores.

Projectos para o futuro: Manter o crescimento sustentado,

investindo na qualidade.

Digidelta Software – Análise e Programação, Unip., LdaSede da Empresa: Leiria

Área de Negócio: Desenvolvimento de software

Número de Trabalhadores: 15

Volume de Negócios: Cerca de 500.000€ em 2008 com um

crescimento médio anual de cerca de 80% nos últimos anos.

Mercado – Alvo: Diversos países nos vários continentes

Projectos para o futuro: Disponibilização do Sistema de In-

formação Oficial para Saúde Animal (PISA) a outros países.

Distripombal – Supermercados, SASede da Empresa: Pombal

Área de Negócio: Distribuição

Número de Trabalhadores: 85

Volume de Negócios: 20.000.000€

Mercado – Alvo: Nacional

Ecopartes – Viaturas e Peças, LdaSede da Empresa: Cova das Faias – Pousos, Leiria

Área de Negócio: Comércio e reconstrução de componentes

para camiões

Número de Trabalhadores: 10

Volume de Negócios: 2.848.948€

Mercado – Alvo: Europa

Projectos para o futuro: Conquista de novos mercados, e au-

mento da oferta junto dos clientes

Ecosocer – Recuperação de Solventes, LdaSede da Empresa: Lugar de Chã Grande, Pinheirinho, Pombal

Área de Negócio: Tratamento, recuperação e reciclagem de

solventes usados e outros resíduos industriais ou de qual-

quer outra proveniência e comercialização de produtos

Número de Trabalhadores: 20

Volume de Negócios: Em 2008, foi de 3.563.679€

Mercado – Alvo: Empresas distribuidoras de solventes e

empresas consumidoras de solventes que pretendam a sua

regeneração ou a sua entrega como resíduo

Projectos para o futuro: Serão introduzidas medidas de ra-

cionalização do consumo de energia eléctrica e de gás por

recuperação do calor dos gases de combustão

Ferrolserviços – Gestão de Activos e Recuperação de CréditosSede da Empresa: Zona Ind. dos Pousos, Parque da Ferrol

Área de Negócio: Gestão e Recuperação de Créditos

Número de Trabalhadores: 20

Volume de Negócios: 19.500.000€

Mercado – Alvo: Banca e Empresas Financeiras

Projectos para o futuro: Consolidar o volume de negócios,

desenvolvendo esforços para a prestação de um serviço de

qualidade, que os diferencie. Crescer em Espanha captando

novos clientes na Ferrolserviços España, aumentando

assim o volume de negócios já conseguido em 2008.

Fibloplac – Fábrica de Placas de Gesso Laminado, SAInformação não disponibilizada

Gelpinhos – Peixe Congelado, LdaSede da Empresa: Atouguia da Baleia

Área de Negócio: Indústria e transformação de pescado

congelado

Número de Trabalhadores: 46

Volume de Negócios: Em 2008, cerca de 3.700.000€

Mercado – Alvo: Cerca de 85% do mercado situa-se no exte-

rior: Alemanha, Bélgica, França, África do Sul e Brasil

Projectos para o futuro: Consolidar a posição no mercado

existente, e iniciar o processo para a futura da empresa pre-

sença em mercados emergentes. Continuar a ser uma re-

ferência em termos da qualidade dos produtos que

transforma.

Icebel – Comércio de Máquinas e Desenvolvimento Industrial, LdaSede da Empresa: Amieirinha, Marinha Grande.

BI E

MP

RES

AS

16. JORNAL DE LEIRIA . OUTUBRO 2009

Movimentação de terras

Protecção e tratamento de taludes

Muros de Gabiões

Colchões Reno

Saneamento básico

Drenagens

Pavimentos

Limpeza florestal

Sede: Rua Frei Francisco - Moitas Brancas – Ilha - 3105 – 117 Ilha PBLEscritórios: Rua Vale do Poço - Casal da Clara - 3105 – 071 Guia PBLTel. 236 950 636 | Fax 236 950 637 | E-Mail: [email protected]. Pombal / NIF Nº 504 373 064 – Capital Social 400.000€ – Alvará nº 30370

PUB

���

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BI E

MP

RES

AS

OUTUBRO 2009 . JORNAL DE LEIRIA . 17

Área de Negócio: Estuda, projecta, constrói e monta siste-

mas automatizados de fim de linha para vários sectores de

actividade industrial. Fabrica paletizadores, despaletizado-

res, equipamentos de manipulação e transporte de produ-

tos, linhas de transporte e embalagem de cargas

paletizadas.

Número de Trabalhadores: 39

Volume de Negócios: Em 2008, 3.351.010€

Mercado – Alvo: Indústria vidreira, sector da produção de

embalagens.

Projectos para o futuro: Reforçar a sua actividade de pro-

dução e comercial, com especial enfoque na indústria vi-

dreira e de bebidas, direccionando a sua actividade para os

novos mercados emergentes e mercado ibérico.

Ilhaugusto – Construções, LdaSede da Empresa: Ilha – Pombal

Área de Negócio: Construção e engenharia civil – Obras Pú-

blicas

Número de Trabalhadores: 45

Volume de Negócios: 3.196.618€

Mercado – Alvo: Mercado Nacional e Intracomunitário

Projectos para o futuro: Continuar o crescimento da em-

presa.

InCentea – Tecnologia de Gestão, SASede da empresa: Marrazes

Área de Negócio: Consultoria na concepção e implementação de

Sistemas de Informação para a Gestão incluindo na reengenha-

ria e digitalização de processos. Consultoria, Implementação e

Suporte de redes informáticas incluindo soluções de comunica-

ção e segurança.

Número de Trabalhadores: 85

Volume de Negócios: Em 2008, 4 288 338€

Mercado – Alvo: As empresas médias portugueses, disponibili-

zando uma oferta global no âmbito das Tecnologias da Informa-

ção, em especial Sistemas de Informação para a Gestão. Através

da Primacis disponibilizar os mesmos serviços em Angola, Cabo

Verde, Moçambique e em Espanha.

Projectos para o futuro: Em Portugal, consolidação do escritório

do Porto, que abriu em 2009 e simplificação dos processos de

suporte e comunicação com os Clientes. A nível internacional,

através da Primacis, consolidar a presença em Moçambique e

desenvolver a actividade em Espanha.

Leiriplás – Sociedade Leiriense de Plásticos, LdaInformação não disponibilizada

LM Perfis – Indústria de Perfis e Portas, LdaSede da Empresa: Chão de Couce, Ansião

Área de Negócio: Fabricação e Distribuição de portas secciona-

das de garagem, grades enroláveis de garagem, ferragens para

portas seccionadas de garagem. Distribuição de automatismos,

portas corta-fogo, multiusos e basculantes.

Número de Trabalhadores: 78

Volume de Negócios: Em 2008, 7.000.000€

Mercado – Alvo: Nacional, Espanha, França e Angola

Projectos para o futuro: Expansão norte de África.

Macolis – Materiais de Construção e Climatização, SASede da Empresa: Boa Vista – Leiria ( + Instalações em Coimbra)

Área de Negócio: Sistemas de água, climatização e equipamen-

tos de energias renováveis

Número de Trabalhadores: 44

Volume de Negócios: Em 2008, 11 056 030€

Mercado – Alvo: Profissionais construção e consumidores finais

Projectos para o futuro: Garantir a sustentabilidade da empresa

e continuar o caminho de inovação e especialização

Manuel Rodrigues Ferreira, SASede da Empresa: PÓ – Bombarral

Área de Negócio: Comércio de materiais de construção, inertes,

cimentos, argamassas, alvenaria, isolamentos, colas, tintas,

ferro, ferragens e acessórios para construção.

Número de Trabalhadores: 26

Volume de Negócios: Em 2008, 9.534.012€

Mercado – Alvo: Nacional, trabalhos de construção e recuperação

de imóveis. Empresas de obras públicas.

Projectos para o futuro: Manter volume negócios. Manter a preo-

cupação com aspectos da qualidade dos artigos e com a satisfa-

ção dos clientes. Remodelação de espaço de vendas ao público

e escritórios administrativos.

Miranvias – Pintura e Sinalização, LdaInformação não disponibilizada

Odraude – Construção Civil e Obras Públicas, LdaSede da Empresa: Alvaiázere

Área de Negócio: Construção civil e obras públicas, compra e

venda de bens imóveis e revenda dos adquiridos para esse fim,

comércio e distribuição de materiais de construção. Instalação

de redes de gás.

Número de Trabalhadores: 47

Volume de Negócios: 2.865.901€

Mercado – Alvo: Construção Civil e Obras Públicas na zona cen-

tro do país

Organizações Biscana – Comércio e Representações, Sociedade Unipessoal, LdaSede da Empresa: Pinheiros, Batalha

Área de Negócio: Grossista de têxtil promocional. Repre-

sentante exclusivo português da marca francesa SOL’S

(Têxtil Promocional e sacos) e da marca alemã Myrtle

Beach.

Número de Trabalhadores: 19

Volume de Negócios: Em 2008, entre 3.000.000€ e

4.000.000€

Mercado – Alvo: Serigrafias, estamparias, casas de bor-

dados, transferes, agências de publicidade, gráficas, con-

fecções, fardas e uniformes, fatos de trabalho, centro de

cópias, impressão digital e estúdios de fotografia

Projectos para o futuro: Implementação no mercado da

marca Trendy Human Clothes e exploração do mercado

angolano.

PRCF – Gás, Tecnologia e Construção, SASede da Empresa: Alcogulhe, Azóia – Leiria

Área de Negócio: Serviços de engenharia, projecto, exe-

cução, manutenção e assistência técnica de infra-estru-

turas de gás

Número de Trabalhadores: 46

Volume de Negócios: 5.742.271€

Mercado – Alvo: Companhias petrolíferas e distribuidoras

de gás, nacionais e internacionais

Projectos para o futuro: Consolidação da actividade nos

mercados internacionais

Sondagens do Oeste, SASede da Empresa: Guia

Área de Negócio: Perfurações e Sondagens

Número de Trabalhadores: 48

Volume de Negócios: 5.462.850€

Mercado – Alvo: Obras públicas, geotecnia, perfurações

horizontais, dirigidas, túneis, micro-túneis; infra-estrutu-

ras, ramais de gás, biogás; furos para água (pesquisa,

captação, ensaios)

Projectos para o futuro: Continuação da aposta na aquisi-

ção de equipamento que satisfaça na integra as necessi-

dades do mercado nacional. Continuação do

desenvolvimento de parcerias internacionais. Internacio-

nalização.

Vitoriagás – Sociedade Distribuidora de Gases, LdaSede da Empresa: Rua da Vitória, Nr. 23, Leiria

Área de Negócio: Comércio a retalho de combustíveis para

uso doméstico, em estabelecimentos especializados

Número de Trabalhadores: 20

Volume de Negócios: Em 2008, 4.366.535€

Mercado – Alvo: Comércio de Gás a retalho

Projectos para o futuro: Alargamento da área de distri-

buição para outros concelhos, no comércio a retalho. Iní-

cio da actividade no sector das energias renováveis.

PME Excelência:Layout 1 25-09-2009 18:08 Página 17

Portugal destaca-se como sendo uma das econo-mias mais dependentes do crédito bancário para fi-nanciamento da actividade empresarial. A actualcircunstância de maior dificuldade de acesso aosmercados internacionais, num país com baixo nívelde poupança, coloca importantes entraves ao cres-cimento do crédito e por consequência da econo-mia.A principal fonte de financiamento das empresas na-cionais é o recurso ao crédito bancário. Esta reali-

dade é ainda mais vincada no caso das PME. Consequentemente,eventual estrangulamento da capacidade de concessão de cré-dito por parte dos bancos nacionais devido à baixa poupança do-méstica e elevados custos de acesso aos mercados externoscoloca desafios de sobrevivência ao sector empresarial de pe-quena e média dimensão nacional.Observa-se também uma estreita relação entre evolução do cré-dito e desempenho da economia portuguesa. Donde, um abran-damento do crédito tenderá a ditar uma desaceleração do PIB.

OS EFEITOS DA CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL Depois de cerca de dois anos de anormalidade no mercado mo-netário, a normalidade tem vindo a ser restabelecida lentamenteao longo de 2009. Apesar das instituições financeiras irem encon-trando fundos em prazos sucessivamente maiores, o prémio derisco permanece acima dos valores pré-crise. Estes poderão nãoser retomados no médio prazo, o que representa um factor derisco sobre a competitividade das empresas, sobretudo aquelasque apresentam um modelo de negócio assente numa elevadaalavancagem.Em Portugal, nos anos de 2007 e 2008 o financiamento do créditorealizou-se sobretudo através da captação de depósitos. As difi-culdades de acesso ao refinanciamento da actividade nos merca-dos interbancário e internacional conduziram a um elevado nívelde dependência do comportamento dos depósitos (de menorpotencial e dimensão), o que contribuiu, a par da maior percep-ção do risco de mercado para que o nível de crédito concedidoem 2008 apresentasse um fraco crescimento. Em 2009 regista-seuma aceleração do crédito em Portugal (ao contrário da UEM) erecurso de novo à emissão de dívida, não sendo alheio a este cres-cimento o contributo das Linhas PME Investe lançadas pelo Es-tado Português com a participação dos Bancos e das Sociedadesde Garantia Mútua.

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO A EMPRESASO crédito total a empresas está a abrandar no espaço europeu,embora o ritmo de abrandamento seja mais suave em Portugal. Asnovas operações de crédito oferecem uma visão de relativa esta-bilidade no que respeita a empréstimos de menor dimensão, que

tenderão a significar empresas no universo das micro ou PME. Noque respeita a crédito mais volumoso, tendencialmente a médiase grandes empresas, a evolução tem sido crescentemente nega-tiva. As dificuldades no acesso ao financiamento constituem um dosprincipais constrangimentos com que se defrontam as PME, apre-sentando Portugal condições estruturalmente mais restritivas quea UEM. Por outro lado, o custo do endividamento para as PME écomummente considerado elevado dada a percepção de riscopor parte do sistema financeiro e tenderá a agravar-se por forçadas novas regras prudenciais e da alteração do paradigma de fi-nanciamento do sector financeiro. Ora é justamente sobre estesdois vectores, a melhoria do acesso ao crédito e a redução docusto do financiamento, que se centra a actividade da Garval en-quanto sociedade de garantia mútua.Desde o início da sua actividade, em Março de 2003, a Garval jáemitiu mais de 700 milhões de euros de garantias, apoiando maisde 7.000 empresas. Tal permitiu a obtenção de crédito num mon-tante aproximado de 1,800 milhões de euros e induziu mais de2,500 milhões de euros de investimento na economia. Esta inter-venção no mercado tem vindo a possibilitar às empresas da re-gião uma maior facilidade no acesso ao crédito e em condiçõesmais vantajosas, num contexto de elevada proximidade às em-presas.

AS PME EXCELÊNCIAA qualificação como PME Excelência, sendo uma iniciativa do IAP-MEI com a participação dos cinco maiores Bancos do sistema ban-cário, permite desde logo evidenciar publicamente qualidadescomo solidez e fiabilidade, fortemente potenciadores de con-fiança junto do mercado. Do ponto de vista financeiro, esta capa-citação permitirá acesso a um nível de custos financeiros maisbaixos que a média do mercado o que, no enquadramento eco-nómico nacional, é por si só uma vantagem competitiva. Do ponto de vista social, as PME Excelência têm a responsabili-dade acrescida de dar o exemplo na obtenção de soluções paraultrapassar os constrangimentos provocados pela crise, sabendode antemão que, por evidência histórica, os cenários de crise pro-vocam alterações nos mercados que não poucas vezes são de ca-rácter estrutural criando oportunidades únicas. Aqui sãofundamentais a visão estratégica, a aposta em actividades dinâ-micas e com potencial à escala mundial, a inovação e o empreen-dedorismo. Estas características devem ser conjugadas comformas de governação e cooperação em rede entre empresas mastambém em conjugação com o sistema científico e tecnológico ecom o sector público.�

Rui Pedro Brogueira, director-geral da Garval

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18. JORNAL DE LEIRIA . OUTUBRO 2009

A IMPORTÂNCIA DOCRÉDITO NA ECONOMIA

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