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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS EM PROJETOS DE RESTAURAÇÃO NA
MATA ATLÂNTICA: CONSEQUÊNCIAS PARA A ADAPTAÇÃO À MUDANÇA CLIMÁTICA-
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
MAIARA SANTOS MENDES
ORIENTADOR: Prof.: Bernardo Baeta Neves Strassburg
CO-ORIENTADOR: Agnieszka Ewa Latawiec
2016
RESUMO
O presente trabalho buscou realizar uma revisão sistemática da literatura com a finalidade de se
avaliar as lacunas de dados acerca da relação entre o solo-restauração em áreas do Bioma Mata
Atlântica. É possível observar a falta de trabalhos científicos comparando ou mesmo relacionando
a prática de restauração ecológica com as propriedades físicas e químicas do solo. Em se tratando
de projetos de restauração a ênfase normalmente é da dada na estrutura da vegetação
(composição e estrutura), sendo o solo ainda pouco pesquisado e não incluído, com frequência
nos modelos, mas mesmo assim é um dos fatores de fundamental importância para o sucesso da
restauração. Foram revisados 95 teses em Português e 57 artigos focados na restauração da
Mata Atlântica e descobriu-se que apenas 41% dos estudos (62 de 152) relataram quaisquer
dados sobre o solo. Do total de artigos e teses que apresentaram informações sobre variáveis de
solo (62), 44 apresentaram informações sobre pH, 41 apresentaram informações sobre potássio,
40 trabalhos apresentaram informações sobre fósforo, 37 apresentaram informações sobre
alumínio, 34 apresentaram informações sobre carbono, 26 apresentaram informações sobre argila
, 26 apresentaram informações sobre silte, 20 apresentaram informações sobre areia, 22 trabalhos
apresentaram informações sobre nitrogênio, 17 apresentaram informações sobre CTC, 11
trabalhos apresentaram informações sobre fauna edáfica, 9 trabalhos apresentaram informações
sobre a relação C/N, 7 trabalhos apresentaram informações sobre ferro, 4 apresentaram
informações sobre retenção de água no solo e 2 trabalhos apresentaram informações sobre o
banco de sementes do solo. A maioria dos trabalhos (60%) não tinha nenhum dado sobre área da
referência impossibilitando ou dificultando uma avaliação adequada dos resultados da restauração
e seus impactos nos serviços ecossistêmicos. Além disso, 17 dos 62 trabalhos não mencionaram
a idade da restauração. Esse trabalho destaca a lacuna que existe dentro dos projetos de
restauração em relação das análises de solo e mostra importância de incluir análise do solo dentro
dos projetos de restauração.
Palavras-chave: Mata Atlântica; Restauração; Relação solo-restauração; Revisão sistemática
SUMÁRIO
1. Introdução
1.1. Mudanças globais de uso e cobertura da terra.......................................7
1.2. Desmatamento no Brasil ........................................................................9
1.3. Mata Atlântica.........................................................................................11
1.4. Restauração Florestal.............................................................................13
1.5. Relação entre floresta e solo..................................................................15
1.6. Indicadores da qualidade do solo...........................................................17
1.7. Importância da relação solo-paisagem para a Geografia.......................20
1.8. Justificativa e objetivos...........................................................................21
2. Procedimentos metodológicos
2.1 Revisão Sistemática................................................................................22
3. Resultados e discussões
3.1 Revisão sistemática da literatura..............................................................24
4. Considerações finais.......................................................................................40
5. Referências bibliográficas...............................................................................41
6. Anexos............................................................................................................
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mudança anual na área florestal por país. Fonte: FAO,2010. Disponível em:
http://www.fao.org/docrep/013/i1757e/i1757e.pdf...........................................................................8
Figura 2: Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica 2013-2014. Fonte: SOS Mata Atlântica..................................................................................................................................12 Figura 3: Ciclo da movimentação dos nutrientes em um solo sob floresta...............................16 Erro! Fonte de referência não encontrada...21 Figura 5: Descrição de como é feito o processo de revisão sistemática. Fonte: (adaptado Sampaio & Mancini M C, 2007)...............................................................................................23Figura 5: Descrição de como é feito o processo de revisão sistemática. Fonte: (adaptado Sampaio & Mancini M C, 2007). Figura 6: Quantidade de artigos, teses e dissertações revisadas...........................................25 Figura 7: Lei do mínimo. Fonte: Lepsch, 2010.........................................................................27 Figura 8: Localização das principais ocorrências de Latossolos no Brasil. Fonte: IBGE,2007 adaptado
de Atlas nacional do Brasil (2000)................................................................................................31 Figura 9: Localização da área de estudo, o bioma Mata Atlântica. As áreas em verde claro são referentes aos remanescentes de Mata Atlântica, os pontos são referentes a localização de cada trabalho avaliado. Os pontos na cor vermelha são referentes aos trabalhos em que foi identificada uma área de referência (AF) e os pontos na cor preta são referentes a trabalhos em que não foi identificada
uma área de referência.34
LISTA DE TABELAS Tabela 1: Relação entre os indicadores de solo escolhidos e sua relação com a qualidade do solo.........................................................................................................................................18 Tabela 2: As demandas atuais dos solos, segundo as necessidades humanas e conservação dos ecossistemas (adaptado de Lepsch, 2010):).....................................................................19 Tabela 3: Indicadores de solo extraídos das teses e artigos.......................................................24
Tabela 4: Indicadores de floresta extraídos das teses e artigos.................................................24
Tabela 5: Quantidade de teses e artigos com área de referência..............................................36
LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Quantidade de teses e artigos que apresentam dados sobre solo........................26 Gráfico 2: Quantidade e variáveis de solo disponíveis nos estudos.......................................26 Gráfico 3: Quantidade de teses e artigos que possuem dados sobre floresta.......................28 Gráfico 4: Quantidade de variáveis que apareceram nas revisões........................................29 Gráfico 5: Quantidade de teses e artigos que possuem dados sobre as classes de solo.....29 Gráfico 6: Principais classes de solos encontradas na revisão..............................................30 Gráfico 7: Quantidade de artigos e teses que possuem dados sobre a localização das áreas de restauração........................................................................................................................32 Gráfico 8: Localização das áreas de restauração..................................................................33 Gráfico 9: Teses e artigos que apresentaram dados sobre a idade da restauração..............34 Gráfico 10: Diferentes idades de restauração........................................................................35 Gráfico 11: Quantidade de teses e artigos que apresentaram informações sobre a idade dos experimentos.36 Gráfico 12: Quantidade de trabalhos que disponibilizaram informações sobre idade dos experimentos com a área de referencia.................................................................................37 Gráfico 13: Quantidade de teses e artigos que possuem dados de coleta de solo nos trabalhos com área de referência...........................................................................................37 Gráfico 14: Informações sobre quando foi realizada a coleta de solos nos trabalhos com área de referência..................................................................................................................38
Gráfico 15: Teses e artigos que apresentaram variáveis de solo...........................................38
Gráfico 16: Informações sobre as variáveis de solo nos trabalhos com área de referência..39 Gráfico 17: Quantidade de artigos e teses nos trabalhos com área de referência.................39
Gráfico 18: Quantidade de variáveis de solo que aparecem nos artigos e teses com área de referência...............................................................................................................................40
7
1 – INTRODUÇÃO
1.1 Mudanças globais de uso e cobertura da terra
Uma vasta proporção da superfície terrestre tem sido alterada por atividades de
uso da terra, seja em mudanças das práticas de manejo das áreas existentes ou pela
conversão de paisagens naturais (Foley et al., 2005). Práticas de uso da terra têm
desempenhado um papel na mudança global do ciclo do carbono, sendo que ambos
afetam regional e globalmente o clima, através das alterações na energia da superfície
com maior incidência de radiação solar líquida e calor latente e variações do balanço
hídrico (Foley et al., 2005; Lambin & Geist, 2006; Latawiec & Strassburg, 2014).
As transformações no meio ambiente contribuíram para o desenvolvimento
econômico e para o bem-estar humano, entretanto houve uma intensificação dos
distúrbios nos ecossistemas terrestres1. Os processos naturais responsáveis pelo
equilíbrio sistêmico do ambiente foram profundamente afetados (Brancalion et al.,
2010). Estes ecossistemas possuem funções reguladoras, por exemplo: serviços de
apoio à biodiversidade, ciclagem de nutrientes, mudanças climáticas, recursos hídricos,
alimentação, combustível (Millenium Ecosystem Assessment, 2003) e são determinados
justamente pelas mudanças de uso e cobertura da terra, fatores sócio-econômicos
dentre outros ( Latawiec & Strassburg, 2014, Metzger et al., 2006). Dessa forma, quando
ocorrem modificações na superfície, as funções dos ecossistemas podem ficar
desreguladas.
A emergência de estudos sobre mudanças de uso e cobertura da terra e o
reconhecimento de que existem relações muldimensionais entre o local e global
demonstraram como essa ciência tem um caráter interdisciplinar ( Latawiec &
Strassburg, 2014; Côrtes & D’Antona, 2014). Esse campo do saber é cada vez mais
amplo, pois não analisa somente as causas do desmatamento, buscando também em
suas pesquisas, inserir fatores como: emissões de gases de efeito estufa, perda de
biodiversidade, degradação dos solos, dentre outros (Lambin & Geist, 2006; Latawiec &
Strassburg, 2014).
Ao longo de várias décadas pesquisas tem indicado que os diferentes usos da
terra ao redor do globo têm contribuído para a degradação do meio ambiente (Foley et
al., 2005). Os mesmos autores citaram alguns exemplos de mudanças de uso e
cobertura da terra que provocam impactos, sendo esses: (1) desmatamento, (2)
sobrepastoreio, (3) má gestão agrícola, (4) urbanização que levam à degradação física
1 Ecossistema é formado por um conjunto de interações entre os seres vivos (bióticos) e o meio abiótico
além das relações destes com o meio e entre si.
8
e química do solo causado pela erosão da água e do vento, (5) perda, fragmentação e
modificação de habitats e declínio da biodiversidade e a exploração de espécies nativas,
(6) salinização e aumento de sódio no solo, contribuintes significativos da degradação
da terra e perda da produção da agricultura (Foley et al.,2005; FAO,2009; Latawiec &
Strassburg,2014).
Sendo assim, nota-se que os processos de mudanças no uso e ocupação da
terra provocam grandes alterações globais e locais que impactam diretamente os
serviços ecossistêmicos e o bem-estar da sociedade. Nota-se que qualquer alteração
no ambiente provoca alterações no ciclo sistêmico dos ecossistemas e dessa maneira
deve-se buscar uma melhor forma de manejar às áreas que são impactadas.
Desmatamento resultou em uma das principais mudanças globais da cobertura
da terra (Figura 1). Ao redor do mundo tem ocorrido o processo de redução das florestas
naturais, como resultado, sobretudo, do corte de árvores para fins comerciais,
devastação de terras para agropecuária, incêndios e até mesmo fenômenos naturais
(Foley et al., 2005). Os humanos, ao longo da história, sempre se beneficiaram por meio
da retirada de árvores para usos na construção de habitações, fonte de energia, além
de tornar a terra disponível para a agricultura (Arraes et al., 2012). A utilização das terras
era feita sem levar em consideração as alterações que essas mudanças na terra iriam
trazer para o meio ambiente.
Figura 1: Mudança anual na área florestal por país. Fonte: FAO,2010. Disponível em: http://www.fao.org/docrep/013/i1757e/i1757e.pdf
9
Atualmente, as florestas tropicais representam o legado de períodos sucessivos
de colonização, exploração, cultivo, abandono e recrescimento, moldados por
ocupações humanas, transformações culturais, catástrofes naturais e mudanças
climáticas (Chazdon, 2012).
Para Geist & Lambin (2001) são diversos os fatores que levaram à redução das
florestas tropicais, e consequentemente, levaram à degradação ambiental, tais como:
(I) a interação entre a expansão agrícola, (II) crescimento populacional e a construção
de estradas, (III) o comércio de madeiras, governança pública, e que podem relacionar-
se de maneira diferente, dependendo da dinâmica espacial e temporal de cada região.
A intensificação do desmatamento em escala global aumentou a partir dos anos
1970, sendo que a mudança mais significativa ocorreu em 1990, devido ao alcance
geográfico do fenômeno e o seu ritmo (FAO; Lambin et al., 2001).
Gibbs et al. (2010) mostraram que com o crescimento populacional e o aumento
da demanda por produtos agrícolas tais como: ração, alimentos e combustíveis são um
dos principais motivos que contribuíram para a expansão de pastagens e terras de
cultivo na maior parte dos países em desenvolvimento. Descobriram também que entre
os anos 1980 e 2000, nos trópicos, mais de 55% das novas terras agrícolas surgiram
por meio da derrubada das florestas intactas e que 28 % surgiram de florestas
perturbadas.
A difusão e o desenvolvimento da agricultura desempenharam um impacto
profundo sobre a composição e estrutura das florestas tropicais (Chazon, 2012). Em
regiões do Equador, Peru, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Guianas, África do Sul e em
toda a bacia amazônica brasileira as atividades humanas produziram mudanças na
hidrologia da paisagem e nas propriedades do solo (Woods et al., 2009).
Em função dos altos níveis de desmatamento, as florestas secundárias vêm se
tornando um componente cada vez mais importantes da paisagem tropical, pois
apresentam grande potencial para fornecer serviços ambientais, como a preservação
da biodiversidade, a manutenção da qualidade da água, a proteção dos solos e a
regulação climática (Machado, 2011).
1.2 Desmatamento no Brasil
O Brasil é um dos países que possui a maior floresta mundial e é de extrema
relevância a manutenção do debate sobre os fatores e causas ligados ao desmatamento
10
no país. São muitos os trabalhos científicos abordando o tema e muitas vezes
relacionam os fatores de busca pelo crescimento econômico como o maior
desencadeador da degradação ambiental, além da expansão da fronteira agrícola,
construção de estradas e aumento da densidade populacional que contribuem para a
redução das matas (Arraes et al., 2012).
Arraes et al., (2012) buscou contribuir e fornecer respostas ao debate sobre a
degradação no Brasil, principalmente na região amazônica, formulando modelo com
aplicação empírica que incorporou os possíveis fatores político-socioeconômicos e
demográficos determinantes nessa região. E também buscaram determinar os efeitos
de fatores socioeconômicos, bem como a eficácia da ação governamental sobre o
desmatamento e estabelecer cenários probabilísticos de comparações como verificado
em países desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
No final dos anos 1990 o país possuía, aproximadamente, 550 milhões de
hectares de florestas nativas, correspondendo a 65% do território nacional (MMA, 2000
apud Soares & Motta, 2010). Dessas áreas, 2/3 eram de Floresta Amazônica e o
restante correspondia aos remanescentes de Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e
ecossistemas associados (Braga, 2006). Ibama (2010) mostrou que as áreas
desmatadas do Cerrado, Mata Atlântica e Floresta Amazônica somam juntas 2,5
milhões de hectares, quase 30% do território brasileiro.
Para se preservar o meio ambiente algumas práticas tem sido adotadas com
base na implantação de políticas que visem o desenvolvimento sustentável, através do
fortalecimento do comércio de carbono (CHOMITZ, 2007) melhora das políticas e
aplicações de leis (com apoio dos sistemas mensais de alerta de desmatamento por
satélite) que diminuam em parte as taxas de desmatamento no Brasil (WRI,2014).
O Ministério do Meio Ambiente instituiu o Programa de Monitoramento Ambiental
dos Biomas Brasileiros, por meio da Portaria nº 365 de 27 de novembro de 2015, para
mostrar a importância do monitoramento sistemático da cobertura florestal para as
ações de combate e prevenção do desmatamento. O Programa tem como objetivos
monitorar e mapear a vegetação, focando no mapeamento e monitoramento do
desmatamento, incluindo suas taxas, a avaliação da cobertura e uso da terra, o
monitoramento das queimadas e a restauração da vegetação e extração seletiva. O
Programa possui caráter permanente e está estruturado em 3 fases: a primeira, no
período de 2016 e 2017, visa consolidar o monitoramento da Amazônia e a
implementação e consolidação do monitoramento do Cerrado. Na segunda fase (2017
e 2018) ocorrerá a implementação e consolidação do monitoramento da Mata Atlântica,
11
e na terceira fase (2017-2018) será realizada a implementação e consolidação do
monitoramento para a Caatinga, Pampa e Pantanal.
Hansen et al. (2013) confirmam que os esforços brasileiros para reduzir o
desmatamento, que por muito tempo foi o responsável pela maior perda de cobertura
tropical, obteve êxito significativo. A queda brasileira de desmatamento foi a maior entre
todos os países: de 40 mil km² ao ano no período 2003-2004, a perda de floresta passou
para 20 mil km² ao ano em 2010-2011.
A principal causa pelos desmatamentos no Brasil é a busca pelo
desenvolvimento econômico imediato, que acaba por desprezar possíveis
desenvolvimentos ecológicos e sociais.
1.3 Mata Atlântica
O longo período de atividades agropecuárias, especialmente da cana-de-açúcar
e do café, juntamente com o uso regular da mecanização intensiva e do fogo
contribuíram para modificação da cobertura da Mata Atlântica (Gama-Rodrigues et al.,
2008; Santos et al., 2006). A redução da cobertura se deve por um longo processo
histórico de intervenção antrópica, que vai desde o descobrimento do Brasil, com a
exploração de madeiras de alto potencial de produção, e estendendo-se ao longo dos
séculos com vários ciclos de desenvolvimento econômico, até os dias atuais com a
ocupação agropastoril, industrial e urbana desenfreada (Azevedo, 2012). Esses
processos de alteração das áreas decorrente de ações antrópicas trazem diversas
consequências para os ecossistemas como foi apresentado no tópico 1.1 do presente
trabalho.
Na Mata Atlântica, o processo de fragmentação é devastador para os
ecossistemas. Costuma acontecer geralmente devido à conversão de áreas em que
antes haviam florestas em áreas agrícolas, industriais e urbanas. Extensas áreas hoje
são cobertas por pastagens, em sua maioria manejadas inadequadamente, ou mesmo
abandonadas, significando uma drástica redução na fertilidade do solo ( Aide et al.,
1996) e também comprometendo a capacidade de resiliência natural dessas áreas. De
acordo com os planos do governo brasileiro, quase 6 milhões de hectares de Mata
Atlântica serão reflorestados.
A paisagem que nos é dada hoje é resultado de transformações do ambiente no
passado, ou seja, o histórico de uso e cobertura da terra influenciaram no nível de
conservação ou degradação dos ambientes (Svorc & Oliveira, 2012). Em se tratando do
Bioma Mata Atlântica, onde o processo de ocupação histórica é mais antigo em
12
comparação com os demais biomas brasileiros, os elevados níveis de degradação e
fragmentação ambiental alteraram profundamente a estrutura e o funcionamento de
seus ecossistemas, comprometendo a resiliência natural dos mesmos (Brancalion et al.,
2010). A retirada da cobertura florestal e a implantação das culturas, aliadas às práticas
de manejo inadequadas, podem modificar as propriedades biológicas, físicas e químicas
dos solos, rompendo o equilíbrio dinâmico dos ecossistemas (Centurion et al., 2001
apud Machado, 2011).
O Bioma Mata Atlântica possui entre 12 e 16% da mata original (Ribeiro et al.
2009) e essa redução do maciço florestal resultou em diversas perdas de biodiversidade
através da fragmentação de habitats, além de potencializar perdas de processos
biológicos, provisão de serviços ecossistêmicos como também elevou o grau de
degradação dos solos (Gama-Rodrigues et al., 2008 & Correia et al., 2015). O elevado
número de espécies vegetais com alto valor econômico e a sua localização em solos de
boa fertilidade para a agricultura e pecuária favoreceram o seu desmatamento
(Machado, 2011).
O atlas elaborado pela Fundação SOS Mata Atlântica (SOS,2016) e o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontaram que o desmatamento de 18.267
hectares (ha), ou 183 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata
Atlântica no período de 2013 a 2014 (Figura 2), o que equivale a 18 mil campos de
futebol, constituindo, porém, uma queda de 24% em relação ao período anterior (2012-
2013), que registrou 23.948 ha.
Figura 2: Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica 2013-2014. Fonte: SOS Mata Atlântica
13
1.4 Restauração florestal
Devido ao aumento do desmatamento, degradação ambiental e perda dos
serviços ecossistêmicos fornecidos pelas florestas surgiram metas globais e nacionais
de restauração florestal. Por exemplo, Bonn Challenge estabelece meta para restaurar
150 milhões de hectares de ecossistemas perturbados até 2020 e a Iniciativa 20x20
pretende restaurar 20 milhões de hectares até 2020 (Crouzeilles et al., 2016). No nível
nacional, de acordo com PLANAVEG, aproximadamente 12,5 milhões de hectares da
Mata Atlântica deverão ser restaurados, regenerados e replantados pelo governo
brasileiro nos próximos 20 anos. Outro plano para restauração nacional é o Pacto Mata
Atlântica, que tem como objetivo viabilizar a restauração florestal de 15 milhões de
hectares até o ano de 2050.
Aspectos muito importantes como – a escassez de água e proteção das matas
– sempre foram tratados na administração real no Brasil Colônia e Império (Belloto et
al., 2010). No caso da população carioca, a necessidade de água para a população foi
um fator decisivo para que ocorresse a desapropriação das terras das bacias
hidrográficas dos rios que abasteciam a cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de
recompor a vegetação original devastada pelo extrativismo e pelas plantações de café
(Kageyama & Castro,1989 apud Belloto et al., 2010). Ações de restauração tiveram
início em 1862, na atual Floresta Nacional da Tijuca, município do Rio de Janeiro, tendo
em vista a regularização do abastecimento público de água e visando a preservação
das nascentes (Pacto pela Restauração da Mata Atlântica).
No Brasil o reflorestamento ocorre devido a diferentes finalidades e em diversos
níveis. Esta prática é incentivada por conta de políticas governamentais, o que torna
comum instituições, órgãos governamentais, empresas, dentre outros praticarem esta
ação. O Novo Código Florestal, por meio da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012,
oriunda do Projeto de Lei nº1.876/99 é a lei que regula a proteção sobre a vegetação
nativa.
A World Wide Fund For Nature (WWF-Brasil) é um exemplo de organização não-
governamental que encoraja empresas na recuperação da natureza, além de proteger
áreas naturais e é um exemplo de projeto de reflorestamento. A SOS Mata Atlântica
apoia projetos e mobilizações além de ter trabalhos que propõem o reflorestamento por
meio da disponibilidade de informações.
Estratégias de adequação ambiental através da recuperação de áreas
degradadas, tanto em áreas particulares (APP’s e Reserva Legal) e propriedades
públicas (Unidades de Conservação), como em grandes empresas pressionadas pela
14
legislação ambiental nos biomas brasileiros são fundamentais para recuperação
florestal. Com a falta de cobertura vegetal a funcionalidade dos serviços ambientais
acaba danificada e são necessárias medidas para reverter essa situação.
Segundo Barbosa et al (2006) a grande lacuna, atualmente, nesta área do
conhecimento refere-se ao estabelecimento de parâmetros de monitoramento e de
avaliação dos projetos de reflorestamento heterogêneos capazes de verificar sua
qualidade, assim como indicar a capacidade de resiliência das áreas.
Atualmente existem vários modelos capazes de serem utilizados em projetos de
repovoamento vegetal, seja pelo plantio de espécies arbóreas que ocorrem em
ecossistemas naturais, buscando a recuperação dos solos e também de algumas
funções ecológicas das florestas (Rodrigues & Gandolfi 2000 apud Barbosa et al 2006).
Barbosa (1999) diz que esses modelos, em geral, fazem levantamentos
fitossociológicos e florísticos prévios, além de:
“ Elaborar estudos da biologia reprodutiva e da ecofisiologia das
espécies e de seu comportamento em banco de sementes, em
viveiros e em campo, o que, em conjunto com um melhor
conhecimento de solos, microclimas, sucessão secundária e
fitogeografia, deve favorecer a auto renovação da floresta
implantada”.
Ainda são necessárias pesquisas que envolvam aspectos que possam garantir
o sucesso dos reflorestamentos com perpetuação da floresta no tempo. Pesquisar sobre
a dinâmica dos reflorestamentos heterogêneos com espécies nativas é fundamental
para agilizar os processos de restauração/regeneração natural, buscando diminuir o
esforço com processo de recuperação de áreas degradadas, em especial aqueles
relacionados com interações fauna e flora.
Muitos projetos de recuperação e restauração de ecossistemas degradados são
desenvolvidos, com objetivo de aumentar a cobertura florestal e reduzir a fragmentação
de florestas.
Respeitando as especificidades regionais (clima, temperatura, tipos de solos) das
espécies, desde o início do processo de recuperação, cria-se assim um ambiente rico
em espécies nativas. Para o início desse processo a área deve possuir um potencial em
atrair uma fauna de agentes dispersores que, vindo de áreas próximas, trazem novas
sementes e aceleram o processo de recuperação do ambiente degradado e dê
condições para uma autoperpetuação (Rodrigues & Gandolfi,1996). Os projetos de
15
restauração, normalmente, utilizam diferentes metodologias e partem também de
diferentes objetivos.
Os modelos de recuperação ambiental ainda são limitados ao âmbito da ciência
e da situação a ser recuperada, sendo que a aplicação dos projetos muitas vezes é
restringida por conta dos elevados custos de implantação e manutenção, havendo a
necessidade de um maior envolvimento da pesquisa científica para desenvolver
tecnologias mais baratas e acessíveis (Kageyama, 2003). Barbosa et al (2006) diz que
os maiores financiadores de projetos de recuperação ambiental são concessionárias de
energia ou água e empresas mineradoras, ou construtoras de rodovias, que são
obrigados pela lei a recuperar danos ambientes decorrentes de suas atividades.
A necessidade de se estabelecer florestas com maior diversidade é uma das
principais preocupações ao se implantar projetos de recuperação ambiental, além de se
aliar a restauração florestal com a conservação da biodiversidade.
Chazdon (2012) ressalta que a manutenção contínua de tratamentos
experimentais e um monitoramento cuidadoso, são essenciais para o sucesso dos
projetos de reflorestamento, tanto nas áreas tratadas como das não tratadas, para se
determinar se esses tratamentos, de fato, conduzem aos resultados ecológicos
desejados.
Por serem financiados a curto prazo muitos projetos de recuperação ambiental
não têm um programa de monitoramento bem planejado, sendo entregue a
responsabilidade a grupos comunitários para mão de obra voluntária ou porque há
carência de conhecimento da equipe e os voluntários (Kanowski et al., 2010 apud
Chazdon, 2012).
As principais limitações ao reflorestamento ao redor do mundo são as questões
sociais (políticas, econômicas e comportamentais) que ocorrem devido a problemas
técnicos que ainda impede que esforços de reflorestamento sejam feitos em diferentes
áreas (Kettle et al., 2011 apud Chazdon,2012).
1.5 Relação entre floresta e solo
A estrutura da floresta exerce funções importantes na conservação da água e do
solo. As raízes das plantas em conjunto com a serapilheira atuam absorvendo a água
das chuvas, conduzindo-a para as camadas inferiores do solo através da porosidade
que se forma pela presença das raízes e pela dinâmica dos organismos vivos do solo,
até chegar ao lençol freático, a partir do qual ocorre um reabastecimento gradual dos
cursos d'água (Schumacher & Hoppe., 1999). Já o solo funciona como reservatório e
16
fixador para as raízes, mantendo os caules das plantas eretos e fixos, e as raízes retiram
água com nutrientes (Lepsch, 2010).
Figura 3: Ciclo da movimentação dos nutrientes em um solo sob floresta. Fonte: UNESP
Dessa maneira, a cobertura vegetal, especialmente as florestas, contribui de
maneira decisiva na proteção dos solos, protegendo também as matas ciliares as quais
são responsáveis pela manutenção da qualidade da água. A manutenção da qualidade
da água em microbacias agrícolas depende da presença da mata ciliar. Esse efeito
benéfico é devido à absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pelo
ecossistema ripário.
Normalmente a preocupação está em se estudar os nutrientes dos solos, já estes
são os responsáveis por fazer os vegetais nascerem, crescerem e frutificarem,
mantendo assim a sobrevivência da vida na Terra (Lepsch, 2010). Além de consumirem
gás carbônico, oxigênio e água, as plantas retiram do solo dezesseis elementos
essenciais à vida. Seis desses nutrientes são absorvidos em grandes quantidades e são
chamados de macronutrientes, são esses: fósforo, nitrogênio, cálcio, potássio, cálcio,
magnésio e enxofre. Os nutrientes restantes são igualmente essenciais, porém são
absorvidos em menores quantidades e são denominados de micronutrientes (cloro,
cobre, ferro, boro, manganês, níquel, cobalto, zinco, sódio e molibdênio). Todos os
elementos nutrientes devem estar presentes no solo em quantidades, formas e
ambiente adequados para que haja um crescimento eficaz dos vegetais.
17
Apesar do fato que restauração florestal tem sido muito desenvolvida e obteve
muitos avanços de conhecimento nos últimos anos, existe a necessidade de se
desenvolver outros estudos que busquem compreender as lacunas de conhecimento e
que assim promovam um maior sucesso na conservação da biodiversidade e nos
projetos de restauração (Barbosa et al., 2006).
A conversão de florestas pode resultar em alterações nas propriedades do solo
e na vegetação (Moraes, 2005). Porém, não se sabe muito a respeito dos impactos
causados pelo desmatamento sobre os parâmetros de fertilidade do solo,
principalmente no Bioma Mata Atlântica. Alguns estudos mostram por exemplo que os
níveis de matéria orgânica e de nitrogênio pioram quando ocorre desmatamento, já os
teores de cátions trocáveis melhoram (Hauser et al.,2004 apud Moraes, 2005).
Embora existam várias iniciativas que estão sendo desenvolvidas, pouco se
sabe sobre os efeitos do processo de restauração nas características químicas e físicas
do solo. Além disso, poucos são os estudos que investigam o efeito do solo sobre a
restauração e vice-versa, como os serviços de ecossistema impactam a restauração do
solo.
Poucos são os trabalhos que buscam mostrar os processos de recuperação dos
atributos físicos e químicos de solo quando uma área é submetida ao processo de
restauração. Para avaliar se os projetos de restauração florestal são viáveis é de
fundamental importância o monitoramento da qualidade ambiental (Rocha et al., 2015).
1.6. Indicadores da qualidade de solo
Segundo a Soil Science Society of America (1997) o conceito de qualidade do
solo é definido como a capacidade de um tipo específico de solo manter a qualidade
ambiental e promover a saúde de animais e plantas, e também, regular os ecossistemas
naturais ou manejados para manter a produtividade biológica. A avaliação dos solos,
através de indicadores de qualidade são fundamentais pois permite analisar diretamente
a qualidade ambiental.
Os indicadores de qualidade podem ser mensurados e seus atributos podem ser
monitorados de diversas formas, através de: sensoriamento remoto, acompanhamento
em observações de campo, coleta de amostras, seleção de dados pré-existentes ou
pela conjunção de todos esses métodos (Arshad &Martin, 2002).
No caso de qualidade do solo Vezzani & Mielniczuk (2009) fazem uma revisão da literatura
acerca do conceito e dizem que a “ qualidade do solo é a integração das propriedades biológicas,
físicas e químicas do solo, que o habilita a exercer suas funções na plenitude”. Em outras palavras,
o conceito de qualidade do solo pode ser entendido como a capacidade de melhorar a qualidade
18
ambiental, contribuir para a saúde das plantas, animais e humana, além de sustentar a produtividade
biológica (Brady & Weil, 2002).
O resultado da degradação da qualidade do solo se a crescente quebra de macro
agregados, perda de matéria orgânica e reduções na comunidade microbiana, causadas
por desmatamentos, queimadas, erosão intensa e preparo do solo (Islam & Weill, 2000)
A qualidade de um solo, segundo Larson & Pierce (1991), deve ser levada em
conta suas dimensões físicas, biológicas e químicas, de maneira que: I) regula a
distribuição da água no meio ambiente, II) é um meio de crescimento das plantas, III)
atenua a formação e degradação de produtos danosos ao meio ambiente.
De acordo com Bending et al., (2004) quando é considerado o impacto do
manejo na qualidade do solo, os indicadores devem detalhar os importantes processos
ecológicos no solo de modo que uma série de análises bioquímicas e microbiológicas
possa ser usada na avaliação deste (Tabela 1). Os atributos físicos do solo podem ser
divididos em mecânicos (porosidade, densidade do solo, textura e agregação), zona de
enraizamento (temperatura do solo e profundidade efetiva de enraizamento) e
hidrológicos (taxa de infiltração e capacidade de água disponível) (Arshad & Martin,
2002). Os atributos químicos incluem o pH, capacidade de troca catiônica (CTC),
saturação por bases, matéria orgânica do solo (MOS) e nutrientes totais e disponíveis
(Lal,1999 apud Coutinho,2012).
Tabela 1: Relação entre os indicadores de solo escolhidos e sua relação com a qualidade do solo.
Indicadores Relação com a qualidade do solo
Físicos
Granulometria Tamanho das partículas Capacidade de retenção de água Armazenamento e disponibilidade de água para as plantas
Químicos
pH Disponibilidade de nutrientes e a presença de elementos tóxicos
Teor de N, P, K Disponibilidade de nutrientes
Carbono Melhora a estrutura física pela maior agregação, maior porosidade, melhor infiltração e armazenamento de água
Alumínio Quando ultrapassa percentagens toleradas na CTC do solo causa problemas no sistema radicular das plantas
Ferro Atua na fixação do nitrogênio, desenvolvimento do tronco e raízes
CTC Retenção de cátions, além da relação com estrutura e consistência dos solos
Sendo assim para o melhor entendimento de como está qualidade do solo em determinada
área é necessário a seleção de atributos do solo ou indicadores de solo. Gomes (2006) afirma
que os indicadores do solo a serem analisados podem ser físicos e químicos.
19
Santana & Fialho (1999) ao buscarem mostrar os indicadores de qualidade do
solo, apresentaram algumas funções básicas que os solos desempenham para o meio
ambiente, sendo esses: (I) fornece a matriz física, o ambiente químico e a atmosfera
biológica para água, nutrientes, ar e troca de calor para os organismos vivos; (II) controle
da distribuição da irrigação ou água da chuva de maneira que as águas escorram
superficialmente, armazene, drene ou infiltre para o fundo do solo; (III) atuam como um
filtro para proteger a qualidade do ar, água, além de outros recursos; (IV) regula a
atividade biológica, e isso afeta o desenvolvimento das plantas, decomposição de
matéria orgânica e reciclagem de nutrientes (
Tabela 2).
Tabela 2: As demandas atuais dos solos, segundo as necessidades humanas e conservação dos ecossistemas (adaptado de Lepsch, 2010):
Demandas Atuais dos solos
Necessidades Humanas Conservação dos ecossistemas
Segurança de Alimentos
Qualidade da água
Urbanização
Biodiversidade Controle de
desertificação
Mitigação de mudanças climáticas
Fibras Purificação Habitação Reserva de pool
genético Melhoria da qualidade do solo
Redução de N2O
Produção Agrícola
Recarga do aquífero
Recreação
Adaptação das espécies
Sequestro de carbono
Alimentação do gado Filtração
Disposição de
resíduos Conservação da natureza
Restauração do ecossistema
Oxidação de CH4
Qualidade do alimento
Infraestrutura
Sendo assim, a qualidade do solo não pode ser medida diretamente pois possui
uma complexidade de estados funcionais, contudo por ser compreendida através das
propriedades dos solos denominadas como propriedades indicadoras da qualidade do
solo. Os estudos sobre a avaliação dos atributos físicos, químicos e biológicos na
qualidade do solo são fundamentais no entendimento da sustentabilidade e
funcionalidade dos solos em diversas condições de uso (Coutinho, 2012). Além de que
os atributos edáficos podem também ser indicadoras quanto aos impactos de uso e
manejo do solo provendo informações para se controlar a degradação ambiental.
1.7 Importância da relação solo-paisagem para a Geografia
Quando se busca estudos detalhados dos atributos do solo, levantamentos dos
solos e seu mapeamento é importante utilizar as relações solo-paisagem como uma
20
ferramenta que auxilie na associação entre os atributos topográficos (declividade e
inclinação do terreno, curvatura e orientação da superfície terrestre) e as diferentes
classes dos solos que são úteis para previsão dos tipos de solos nas paisagens
(Campos et al., 2006).
São muitos os trabalhos que buscaram definições acerca da relação solo-
paisagem. Para Carré & McBratney (2005), a relação solo-paisagem, refere-se ao
somatório entre a paisagem e o solo definidos no espaço e no tempo, ou seja, é a união
dos atributos da paisagem e do solo e a interação entre ambos. No entanto, para
Pennock & Veldkamp (2006), o solo é um corpo natural tridimensional e dinâmico, que
está inserido na paisagem e paisagem é a combinação entre as feições da superfície
da terra e os componentes da subsuperfície. Sendo assim a relação solo-paisagem
procura demonstrar a interconexão entre as duas variáveis.
As utilizações de modelos de paisagem são necessárias para as aplicações dos
estudos das relações solo-paisagem, porque buscam estudar e compreender as
relações entre as condições do solo e a topografia. O comportamento dos atributos do
solo é dominado pelos componentes da paisagem, sendo eles, declividade, curvatura e
altitude do terreno que levam à mudanças nos processos pedogenéticos (Thompson et
al.,2006).
Essa relação solo-paisagem permite um melhor entendimento dos solos na
paisagem por dois aspectos: (i) vislumbrar a variabilidade espaço-temporal dos atributos
do solo e (ii) permite visualizar os processos dinâmicos, por exemplo, transporte de água
e sedimentos (Sommer, 2006). Além disso, de acordo com Minasny e McBratney (1999
e 2001) os modelos solo-paisagem ajudam a entender a origem do solo, não somente
pela relação formação e erosão do solo, como também porque incorporam os processos
dinâmicos do fluxo de água e transporte de materiais orgânicos e minerais.
Para os cientistas o solo é considerado um “ corpo natural da superfície terrestre,
alterada e biologicamente modelada, e que sustentando ou sendo capaz de sustentar
as plantas”. É composto de organismos vivos, matéria orgânica, compostos minerais de
diferentes tamanhos (areia, silte, argila) e poros (ocupados por ar e água) (Santana &
Fialho., 1999). Todos esses componentes do solo possuem uma interdependência.
21
Figura 4: Amostras de solo e unidade de mapeamento. Disponível em: www.ebah.com.br
O solo é parte integrante da paisagem e muitas vezes ele é omitido nas análises
de restauração ecológica. A parte acima do solo (florestas, construções) – os aspectos
visíveis são muito mais atrativos. Deve-se ter em mente que o solo é a base de tudo, é
fonte de nutrientes, base da floresta, da agricultura e de todos os usos da Terra. Enfim
o solo é um componente muito importante na paisagem.
Campos (2012) elabora uma revisão bibliográfica com o objetivo de conceituar
e discutir os aspectos da relação solo-paisagem, bem como sua evolução no Brasil e no
mundo e suas aplicações aos estudos de solos. Para compreender o comportamento
dos atributos do solo, a aplicação de modelos de paisagem são uma alternativa
relevante nos estudos das relações de solo-paisagem, porque permite entender o solo
como um corpo natural, ao mesmo tempo que inter-relaciona as possíveis causas de
variação (Campos,2012).
1.8. Justificativa e objetivos
Apesar de existirem alguns estudos demonstrando a importância dos solos
dentro do processo de restauração ecológica, o solo continua sendo pouco pesquisado
e não costuma ser incluído quando considerados os vários modelos de restauração.
Os objetivos do presente estudo são: (i) elaborar uma revisão sistemática da
literatura sobre restauração e solo no bioma Mata Atlântica, (ii) verificar se existe lacuna
dos dados do solo dentro dos projetos de restauração e, se for o caso, para quais
indicadores de solo e floresta. O objetivo final é destacar a importância para incluir
análises de solo dentro dos projetos da restauração para cientistas, tomadores de
decisões e todos atores envolvidos em restauração.
2 – Procedimentos Metodológicos
22
2.1 Revisão Sistemática
A partir da revisão bibliográfica foi elaborada uma revisão sistemática da literatura
que consistia em uma revisão estruturada para responder a uma pergunta científica:
quais variáveis de solo aparecem com mais frequência na literatura? Gil (2007) diz que
é possível resgatar informações de base em material já elaborado em teses,
dissertações, artigos e livros, e complementa falando que com a pesquisa bibliográfica
é possível se familiarizar com a problemática e desenvolver as ideias. Quando se tratam
de pesquisas de caráter avançado, em que são exigidas originalidade na contribuição,
a revisão bibliográfica deve ser feita de forma bastante rigorosa (Castro,2001). E esse
fato é reforçado a seguir por Webster et al.,(2002):
“Por isso, conduzi-la de forma sistemática e rigorosa, contribui para o
desenvolvimento de uma base sólida de conhecimento, facilitando o
desenvolvimento da teoria em áreas onde já existem pesquisas, e também,
identificando áreas onde há oportunidades para novas pesquisas”.
Segundo Castro (2001) esta permitirá que outros pesquisadores possam fazer uso
desses resultados com maior confiabilidade, possibilitando reutilizar estudos já
finalizados, focando apenas no tópico em que se deseja pesquisar de forma sintetizada.
Adotando uma forma sistemática é possível obter um maior rigor e melhores níveis de
confiabilidade em uma revisão sistemática.
Deve ser clara a importância do estudo de revisão sistemática pois muitas vezes
é com ela que são feitos o desenvolvimento de projetos, pois são identificados os
métodos de pesquisa utilizados em determinada área e determinam muitas vezes o
direcionamento de investigações futuras.
Além de utilizar métodos sistemáticos para selecionar, avaliar e identificar
criticamente os estudos, e dessa maneira coletar e analisar os dados destes estudos
que foram incorporados na revisão (Castro, 2001) (Figura 5).
23
Figura 5: Descrição de como é feito o processo de revisão sistemática. Fonte: (adaptado Sampaio & Mancini M C, 2007).
Coleta de dados
Uma revisão da literatura foi realizada sobre tema solo e reflorestamento no
Bioma Mata Atlântica. As buscas pelos estudos foram realizadas nos sites Web of
Science, Scopus, Scielo, Capes e Google Acadêmico. Para compor o banco de dados
foram utilizados artigos e teses. Para esta revisão foram utilizadas palavras chaves tanto
em português como em inglês, tais como: Restauração & solo, regeneração natural &
solo, Restauração ecológica & Mata Atlântica, Mata Atlântica & Restauração & Solo,
Restoration & Soil, Natural Regeneration & Soil, Ecological restoration & Soil, Atlantic
Forest & Restoration & Soil. Após a leitura do título, resumo e quando houvesse
necessidade do artigo ou tese completa, foram selecionados critérios para inclusão dos
estudos na tabela da base de dados, tais como: (i) estudos sobre restauração em que
variáveis de solo eram disponibilizadas, (ii) a área de estudo deveria ser localizada no
bioma Mata Atlântica.
A partir desse levantamento foram selecionados indicadores de solo e de floresta
para compor a base de dados. A partir dos artigos e teses selecionados, foram
Web of Science, Scopus, Scielo, Capes e Google
Acadêmico
Palavras-chave utilizadas na revisão: Restauração & solo, regeneração natural & solo,
restauração ecológica e Mata atlântica, Mata Atlântica&
Restauração & Solo, Restoration & Soil, Natural regeneration &
Soil, Ecological restoration & soil, Atlantic Forest & restoration& soil
Quais variáveis de solo costumam aparecer nos
trabalhos de restauração
ecológica?
(i) Estudos sobre restauração ecológica em que indicadores de solo fossem analisadas fossem analisadas, (ii) local de estudo no bioma Mata Atlântica
Após leitura do título, resumo e quando houvesse
necessidade da tese ou artigo completo
24
levantadas as seguintes informações: i) latitude e longitude, ii) Tipo de restauração (ativa
ou passiva), ii) indicadores de qualidade do solo (ex. carbono, pH, nitrogênio, fósforo,
potássio, alumínio, ferro, valores da razão entre carbono e nitrogênio, capacidade de
troca de cátions, pH, granulometria, retenção de água no solo e fauna edáfica)(Tabela
3), iii) indicadores de floresta (ex. espécies, área basal, riqueza de espécies,
diversidade, altura, idade, total da área restaurada) (Tabela 4), iv) valores quantitativos
para esses indicadores nas áreas restauradas e referência.
Tabela 3: Indicadores de solo extraídos das teses e artigos
Indicadores de solo
Carbono pH
Nitrogênio Fósforo Potássio
Retenção de água CTC
Alumínio Ferro C/N
Granulometria Fauna do solo
Banco de sementes
Tabela 4: Indicadores de floresta extraídos das teses e artigos
Indicadores de Floresta
Espécies
Área basal
Riqueza de espécies
Diversidade
Altura
Restauração Ativa
Restauração Passiva
Idade
Total de área restaurada
3. Resultados e discussões
3.1 Revisão sistemática da literatura
O principal interesse da pesquisa estava em quantificar todas as variáveis
selecionadas de solo e floresta encontradas nos trabalhos para identificar se existe
lacunas dos dados sobre a relação entre solo-restauração. Para evitar dados
duplicados, caso o artigo fosse derivado de uma tese ou dissertação seriam levados em
consideração apenas os dados presentes nos artigos, pois passaram por mudanças
25
antes da publicação e os dados costumam estar mais atualizados. Foram revisados 95
teses em Português e 57 artigos focados na restauração da Mata Atlântica, apenas
40,79% dos estudos (62 de 152) relataram quaisquer dados sobre o solo. O total de
teses e artigos foi de 66, mas 4 teses foram descartadas pois haviam sido publicadas e
já se encontravam na tabela de revisão dos artigos, sendo assim apenas 62 estudos
foram incorporados na revisão (Figura 6).
Figura 6: Quantidade de artigos, teses e dissertações revisadas
Variáveis de Solo
Na revisão estruturada da literatura a quantidade de teses que aboradaram a
temática de restauração na Mata Atlântica que realizaram coleta e análise da fertilidade
do solo foi de 32 (dos 95), enquanto que a quantidade de artigos (português e inglês)
foi de 30 (dos 57) ( Gráfico 1).
(152)
26
Gráfico 1: Quantidade de teses e artigos que apresentam dados sobre solo
Do total de artigos e teses que apresentaram informações sobre variáveis de
solo, 44 apresentaram informações sobre pH, 41 apresentaram informações sobre
potássio, 40 trabalhos apresentaram informações sobre fósforo, 37 apresentaram
informações sobre alumínio, 34 apresentaram informações sobre carbono, 26
apresentaram informações sobre argila , 26 apresentaram informações sobre silte , 20
apresentaram informações sobre areia, 22 trabalhos apresentaram informações sobre
nitrogênio,17 apresentaram informações sobre CTC, 11 trabalhos apresentaram
informações sobre fauna edáfica, 9 trabalhos apresentaram informações sobre a
relação C/N, 7 trabalhos apresentaram informações sobre ferro, 4 apresentaram
informações sobre retenção de água no solo e 2 trabalhos apresentaram informações
sobre o banco de sementes do solo (Gráfico 2).
Gráfico 2: Quantidade e variáveis de solo disponíveis nos estudos
52%48%
Variáveis de solo
Teses
Artigos =30
=32
2 47 9 11
1720 22
26 26
3437
40 4144
05
101520253035404550
Variáveis de Solo
27
A importância de fazer a análise do pH está em serem fornecidas informações
sobre as condições químicas gerais do solo. Por isso sua análise aparece
frequentemente nos estudos.
A quantidade de nutrientes que a planta absorve do meio ambiente é o que gera
a classificação entre macronutrientes e micronutrientes. Todos os elementos são
necessários para o metabolismo vegetal e para a produtividade das culturas, pois a
produtividade será limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade, mesmo
que todos os demais estejam presentes em quantidades adequadas ‘ Lei do Mínimo’
(Lepsch,2010) (Figura 7).
Figura 7: Lei do mínimo. Fonte: Lepsch, 2010.
Devido a sua participação insubstituível em processos metabólicos que ocorrem
no citoplasma das células das plantas, os nutrientes acabam se tornando elementos
essenciais (Lepsch, 2010). O nitrogênio é utilizado pela planta para fabricar aminoácidos
e, a partir desses, enzimas, proteínas e diversos compostos secundários. Como
praticamente todos os processos metabólicos das plantas são realizados por enzimas,
por ser responsável pelos processos metabólicos das plantas a deficiência de N afetará
todo o metabolismo vegetal. O fósforo é utilizado em processos de produção,
transferência e armazenamento de energia metabólica. O cálcio tem importantes
funções na estruturação e funcionamento das membranas, o magnésio é utilizado para
compor a molécula de clorofila e assim por diante.
O potássio é indispensável para a formação e o amadurecimento dos frutos,
aumenta a rigidez dos tecidos e a resistência das plantas às pragas favorecendo o
desenvolvimento do sistema radicular.
28
O carbono aparece em 5º lugar e deveria aparecer com mais frequência nos
estudos pois está ligado diretamente com às questões de mudanças climáticas. Os
ecossistemas florestais além de estocarem uma parte do carbono sequestrado da
atmosfera na serapilheira e no sub-bosque por meio de seus tecidos são também a
melhor fonte de sumidouro de carbono e funcionam para controlar as mudanças
climáticas (Miranda, 2008). Além disso o carbono é importante para melhorar a estrutura
física do solo pela melhor agregação, maior porosidade, armazenamento de água e
melhor infiltração. As plantas, nessas condições, têm a possibilidade de produzir
sistemas radiculares abundantes e com raízes profundas conferindo vantagem na busca
por água e nutrientes, através das camadas mais profundas do solo.
É importante também analisar a granulometria do solo, pois nos trabalhos
revisados apenas 20 trabalhos mencionaram que os solos eram arenosos. Essa
informação é importante pois os solos arenosos apresentam menor disponibilidade de
água ao longo do perfil e não são todos os tipos de planta que são adaptadas a escassez
de água.
Variáveis de Floresta
Ao todo foram 27 teses e 21 artigos (total=48) que apresentaram informações
sobre as variáveis de florestas em seus estudos (Gráfico 3).
Gráfico 3: Quantidade de teses e artigos que possuem dados sobre floresta
Do total 30 estudos eram de restauração ativa (plantio) e 20 eram de restauração
passiva (regeneração natural). Dos 48 estudos sobre restauração na Mata Atlântica em
que as várias de floresta: 48 apresentaram informações sobre os tipos de espécies, 46
eram outras variáveis, 40 informavam sobre riqueza de espécies, 31 relataram sobre o
total da área restaurada, 30 eram restauração ativa, 27 apresentaram informações sobre
altura, 22 apresentaram informações sobre a área basal, 20 eram de restauração
passiva e 20 trabalhos apresentaram informações sobre diversidade. Outras variáveis
56%
44%
Variáveis de Floresta
Teses
Artigos
=27
=21
29
foram designadas para identificar análises que não foram consideradas para este
trabalho como: ciclagem de nutrientes na serapilheira, banco de sementes do solo, além
de outras variáveis de solo como magnésio, cálcio, troca de bases, etc (Gráfico 4).
Gráfico 4: Quantidade de variáveis que apareceram nas revisões
Classes de Solos
No total 46 estudos apresentaram informações sobre as classes de solos em
que os experimentos foram realizados, sendo 22 apresentados nas teses e dissertações
e 24 nos artigos (Gráfico 5).
Gráfico 5: Quantidade de teses e artigos que possuem dados sobre as classes de solo
20 20 22 27 30 3140
46 48
0
10
20
30
40
50
60
Variáveis de Floresta
Classes de Solos
Teses
Artigos
=22
=24
Total= 46
47,83%
52,17%
30
Do total de 46 trabalhos a metade foi composta por trabalhos realizados em
Latossolos, 22 trabalhos em Argissolos, 14 trabalhos em Cambissolos, 5 trabalhos em
Nitossolos,4 trabalhos em Gleissolos, 4 trabalhos em Neossolos (Gráfico 6).
Gráfico 6: Principais classes de solos encontradas na revisão
Os Latossolos são solos profundos, de boa drenagem e intemperizados. Os da
sub-ordem vermelho-amarelos estão situados em muitas áreas que antes eram
ocupados pelo bioma Mata Atlântica. Os Latossolos têm a maior representação
geográfica no Brasil (Figura 8) e ocupam cerca de 300 milhões de hectares,
correspondendo a aproximadamente ¼ dos Latossolos do mundo (Lepsch, 2010).
Ocorrem em praticamente todas as regiões, e são diferenciados pelos teores de óxido
de ferro e também pela sua coloração, distinguindo a sua separação em quatro classes
ao nível de subordem no Sistema brasileiro de classificação de solos (1999).
23
22
14
5
44 1
Tipos de Solos
Latossolos
Argissolos
Cambissolos
Nitossolos
Gleissolos
Neossolos
Regossolo
31
Figura 8: Localização das principais ocorrências de Latossolos no Brasil. Fonte: IBGE,2007 adaptado de Atlas nacional do Brasil (2000).
Argissolos juntamente com os Latossolos, são os solos mais expressivos do
Brasil, ocorrendo em praticamente todas as regiões (IBGE,2007). Os solos desta classe
têm como característica marcante um aumento de argila do horizonte superficial A para
o subsuperficial B textural (Bt), geralmente acompanhado de boa diferenciação também
de cores e outras características. As cores do horizonte Bt variam de acinzentadas a
avermelhadas e as do horizonte A, são sempre mais escurecidas.
Os Cambissolos ocorrem disseminados em todas as regiões do Brasil,
preferencialmente em regiões serranas e apresentam grande variação na profundidade,
ocorrendo desde solos profundos a rasos, e também apresentam grande variabilidade
em relação às demais características. A drenagem varia de acentuada a imperfeita e
podem apresentar qualquer tipo de horizonte A sobre um horizonte B incipiente (Bi),
também de cores diversas. Muitas vezes são pedregosos, cascalhentos e mesmo
rochosos (IBGE,2007).
Os Nitossolos são caracterizados pela presença de um horizonte B nítico, que é
um horizonte subsuperficial com moderado ou forte desenvolvimento estrutural do tipo
prismas ou blocos e com a superfície dos agregados reluzentes, relacionadas a
32
cerosidade ou superfícies de compressão. Têm textura argilosa ou muito argilosa e a
diferença textural é inexpressiva (IBGE, 2007).
Gleissolos ocorrem em praticamente todas as regiões brasileiras, ocupando
principalmente as planícies de inundação de rios e córregos.São solos característicos
de áreas sujeitas a alagamentos ( ilhas, margens de rios, grandes planícies, etc.) ou
alagadas (IBGE, 2007). Apresentam cores acinzentadas, azuladas ou esverdeadas,
dentro de 50cm da superfície. Podem ser de alta ou baixa fertilidade natural e têm nas
condições de má drenagem a sua maior limitação de uso.
Os Neossolos ocorrem em praticamente todas as regiões do país, embora sem
constituir representatividade espacial expressiva, ou seja, ocorrem de forma dispersa
em ambientes específicos, como é o caso das planícies à margem de rios e córregos
(Neossolos Flúvicos) e nos relevos muito acidentados de morrarias e serras (Neossolos
Litólicos)( IBGE,2007). Os Neossolos Quartzarênicos, tem muita expressão no Brasil,
são comuns na região litorânea e em alguns estados do Nordeste, ocupam também
grandes concentrações em alguns estados do Centro-Oeste e Norte, como Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins (IBGE, 2007). Os Neossolos Regolíticos, são
encontrados em alguns pontos da região serrana do Sudeste, e têm maiores
concentrações nas zonas do semi-árido.
Localização das áreas de restauração
Todos os trabalhos apresentaram informações sobre a localização das áreas de estudo
(Gráfico 7).
Gráfico 7: Quantidade de artigos e teses que possuem dados sobre a localização das áreas de restauração
A maior parte dos estudos sobre restauração encontrados foram realizados no
Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Cabe ressaltar que a área de localização de
dois trabalhos ocorreu em área de transição entre Mata Atlântica e Cerrado. E foram
considerados para este trabalho apenas os dados realizados na Mata Atlântica. 19
52%48%
Localização das áreas de restauração
Teses=32
=30Total =
33
trabalhos foram realizados no Rio de Janeiro, 17 trabalhos foram realizados em São
Paulo, 9 trabalhos foram realizados em Minas Gerais, 7 trabalhos foram realizados no
Espírito Santo, 4 trabalhos foram realizados em Santa Catarina e 2 trabalhos foram
realizados na divisa Mato Grosso do Sul/Paraná (Gráfico 8).
Gráfico 8: Localização das áreas de restauração
Dos 62 trabalhos avaliados na revisão sistemática da literatura, 6 não
disponibilizaram informações sobre as coordenadas das áreas de estudo. O total de
pontos distribuídos no mapa (Figura 9) foi de 115, pois em alguns trabalhos há mais de
uma área de estudo.
19
17
9
7
4
25 1
Localização das áreas de restauração
Rio de Janeiro
São Paulo
Minas Gerais
Espírito Santo
Santa Catarina
Divisa -Mato Grosso do Sul/Paraná
=19
=17
=9
=7
=4
=2
34
Figura 9: Localização da área de estudo, o bioma Mata Atlântica. As áreas em verde claro são referentes aos remanescentes de Mata Atlântica, os pontos são referentes a localização de cada trabalho avaliado. Os pontos na cor vermelha são referentes aos trabalhos em que foi identificada uma área de referência (AF) e os pontos na cor preta são referentes a trabalhos em que não foi identificada uma área de referência.
Nota-se que a maior parte dos estudos de restauração-solo estão concentrados
no Sudeste do Brasil.
Idade da restauração
O total de trabalhos que apresentaram informações sobre a idade da restauração
ou regeneração natural foi de 45 artigos e teses, sendo que 21 teses e 24 artigos
disponibilizaram dados (Gráfico 9).
Gráfico 9: Teses e artigos que apresentaram dados sobre a idade da restauração
47%
53%
Idade do experimento
Artigos
Teses
=24
=21
35
Os dados sobre a idade de regeneração ou restauração foram separados em
categorias envolvendo diferentes idades. Do total de 45 trabalhos, 17 apresentaram
idades entre 6 a 10 anos, 14 eram maiores que 21 anos, 10 trabalhos só mencionaram
o ano em que foi implementado o projeto, em 9 trabalhos a idade era inferior a 5 anos,
8 trabalhos possuíam entre 11 a 15 anos, 7 trabalhos possuíam entre 16 a 20 anos e 7
trabalhos a idade era maior que 50 anos (Gráfico 10). É possível que o número total de
trabalhos ultrapasse o total mencionado (45) pois muitas vezes em um único estudo
ocorra mais de uma área com projeto.
Gráfico 10: Diferentes idades de restauração
Dos 62 trabalhos inseridos na tabela de revisão apenas 45 mencionaram a idade
dos experimentos, ou seja, 17 trabalhos sequer mencionaram a idade. O que acaba
dificultando algum pesquisador ou estudante que esteja interessado em replicar o
trabalho.
Trabalhos com área de referência/controle
Dos 62 estudos que compuseram a base de dados deste trabalho, apenas 25
estudos fizeram comparação entre a área de estudo e uma área de referência/controle
(Tabela 5). Segundo Society for Ecological Restoration (SER, 2004) área de referência
seria aquela que ocorre na mesma vertente, zona e próximo ao projeto de restauração
e dessa maneira estará exposta a perturbações naturais parecidas com as das áreas
em restauração. Área de referência pode ser tanto positiva quanto negativa. A positiva
é caracterizada normalmente por florestas bem desenvolvidas, em estágios de
vegetação bem avançados em que os ambiente se auto-regula por si só. A referência
negativa é aquela representada por áreas degradadas, pastos sujos, etc. Os estudos
que têm área de referência procuram comparar os resultados tanto da estrutura da
7 7 8 9 1014
17
0
5
10
15
20
entre 16 a20 anos
> 50 anos entre 11 a15 anos
< 5 anos Somente oano citado
> 21 anos entre 6 a10 anos
Idade do experimento
36
vegetação ou dos solos das áreas que estão estudando com a área que se pretende
chegar.
Tabela 5: Quantidade de teses e artigos com área de referência
Teses Artigos
Positivo 10 11 Negativo 2 2 Total 12 13
A presença de dados sobre a área em restauração e a área de referência
possibilita comparar dados entre as duas áreas e verificar quais variáveis responderam
melhor a restauração e o impacto disso no sucesso da restauração.
Idade dos experimentos nos trabalhos com área de referência
No total de 17 trabalhos, apenas 35% da teses apresentaram informações sobre
a idade dos experimentos enquanto que 65% dos artigos mencionaram essas
informações que significa que artigos são mais rigorosos em relação desse critério.
Gráfico 11: Quantidade de teses e artigos que apresentaram informações sobre a idade dos
experimentos.
No total de 17 trabalhos que mencionaram a idade dos experimentos, 10
trabalhos tinham idade entre 5 a 10 anos, 7 eram maiores que 20 anos, 5 trabalhos
tinham idade menor do que 5 anos, 2 trabalhos mencionaram somente o ano, 2 estudos
tinham idade entre 10 a 15 anos, 1 trabalho tinha entre 15 a 20 anos (Gráfico 12).
35%
65%
Idade dos experimentos
Teses Artigos
37
Gráfico 12: Quantidade de trabalhos que disponibilizaram informações sobre idade dos experimentos com a área de referencia
Coleta de solo nos trabalhos com área de referência
O total de trabalhos com área de referência que possuíam informações sobre
coleta de solo foi de 13. Sendo esse total de 5 teses e 8 artigos (Gráfico 13).
Gráfico 13: Quantidade de teses e artigos que possuem dados de coleta de solo nos trabalhos com área de referência
As informações sobre coleta de solo foram separadas segundo categorias que
especificavam quando a coleta foi realizada. A categoria informações sobre solo é
aquela em que disponibilizaram informações, mas não se sabe ao certo em que
momento do experimento foi feita a coleta e nessa categoria apenas 4 trabalhos foram
disponibilizadas informações, 3 trabalhos realizaram coletas várias vezes ou durante o
experimento, 3 trabalhos não foi especificado, 2 trabalhos tiveram coleta no início do
experimento e 1 trabalho teve sua coleta realizada no fim do experimento (Gráfico 14).
12 2
3
5
7
10
0
2
4
6
8
10
12
entre 15 a20 anos
entre 10 a15 anos
Somente oano
> 50 anos < 5 anos > 20 anos entre 5 a 10anos
Idade dos experimentos
38%
62%
Coleta de Solo
Teses Artigos
38
Gráfico 14: Informações sobre quando foi realizada a coleta de solos nos trabalhos com área de referência
Variáveis de solo nos trabalhos com área de referência
O total de trabalhos que apresentaram informações sobre variáveis de solo foi
de 17. Sendo esse total representado por 6 teses (35%) e 11 artigos (65%) (Gráfico 15).
Gráfico 15: Teses e artigos que apresentaram variáveis de solo
Do total de teses e artigos que disponibilizaram informações sobre solo o fósforo
e o pH são as variáveis mais apareceram nos trabalhos, estando presente cada um em
14 trabalhos. 13 trabalhos apresentaram informações sobre carbono, 12 trabalhos
apresentaram dados sobre potássio, 11 trabalhos apresentaram informações sobre a
textura do solo (argila, silte e areia),11 trabalhos apresentaram informações sobre
nitrogênio,8 trabalhos disponibilizaram dados sobre alumínio, 5 apresentaram
informações sobre a fauna edáfica, 4 trabalhos apresentaram informações sobre CTC,
3 trabalhos apresentaram informações sobre ferro e 1 trabalho apresentou informações
sobre retenção de água do solo (Gráfico 16).
00.5
11.5
22.5
33.5
44.5
Coleta de solos
Informação sobre a data dacoleta
Quantas tem no inicio
Coleta no fim
Várias vezes/durante
Não especificado
35%
65%
Variáveis de Solo
Teses Artigos
39
Gráfico 16: Informações sobre as variáveis de solo nos trabalhos com área de referência
Os estudos com área de referência apresentaram os indicadores de solo em um
nível melhor do que em uma área desmatada ou degradada. São melhores e eles
medem carbono e areia como indicadores importantes do contrário como visto
anteriormente. Existe mudança na ordem da frequência dos indicadores dependendo
se o estudo possui área de referência.
Variáveis de floresta nos trabalhos com área de referência
As teses e os artigos com área de referência que apresentaram dados sobre
variáveis de floresta foi de 20, sendo 8 teses e 12 artigos. Levando-se em conta que o
total de trabalhos com área controle é de 25 estudos (Gráfico 17).
Gráfico 17: Quantidade de artigos e teses nos trabalhos com área de referência
Levando-se em consideração o total de 20 trabalhos que apresentaram informações
sobre floresta, as variáveis que receberam destaque foram: os tipos de floresta, riqueza
de espécies, tipo de restauração entre outros (Gráfico 18).
1
34
5
8
11 1112
1314 14
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Variáveis de solo
29%
71%
Variáveis de Floresta
Teses Artigos
40
Gráfico 18: Quantidade de variáveis de solo que aparecem nos artigos e teses com área
de referência
Do total, 19 trabalhos apresentaram informações sobre o tipo de floresta, 16
apresentaram informações sobre riqueza de espécies, 15 trabalhos apresentaram
informações sobre tipos de espécies, 14 apresentaram informações sobre as idades da
restauração ou regeneração, 10 trabalhos apresentaram informações sobre altura da
estrutura arbórea, 11 trabalhos possuíam informações sobre o total da área que foi
restaurada, trabalhos com restauração ativa foi de 16 e restauração passiva foi de 6
trabalhos.
4. Considerações Finais
Os resultados desse trabalho mostraram uma lacuna de dados sobre o solo
dentro dos projetos de restauração. Apenas 41% (62 de 152) dos estudos resgatados
da revisão da literatura relacionados a restauração tinham qualquer dado de solo. A
maioria dos estudos identificou pH e macronutrientes porém características importantes
do solo como capacidade de retenção de água ou capacidade de troca de cátions foram
raramente caracterizadas. Interessante que ordem desses indicadores mudou em
estudos com área de referência identificada (por exemplo mais estudos tinham carbono
como indicador).
Identificar as lacunas permite que outros pesquisadores possam explorar mais
essa área do saber. No entanto, esses dados são fundamentais do ponto de vista da
análise apropriada de prestação de serviços ambientais, tais como: carbono e água.
Além de verificar a lacuna de dado, será realizado futuramente a partir dos resultados
uma meta-análise sobre os impactos do solo sobre a restauração usando indicadores
como pH do solo, capacidade de troca catiônica e macronutrientes.
67 7
1011
1415
16 16
19
02468
101214161820
Variáveis de Floresta
41
É necessário também destacar necessidade para incorporar análise do solo nos
projetos de restauração, pois muitas vezes esses projetos falham por causa da
inadequação as condições locais. Poderiam ser estabelecidos, com esses estudos,
padrões regionalizados tornando o solo um indicador aplicado a sustentabilidade dos
ecossistemas florestais, tanto nos aspectos do manejo sustentável como nos da
restauração de áreas degradadas (Rocha et al., 2015).
Devido à crescente globalização e facilidade de acesso à tecnologia boas revisões
sistemáticas são recursos de extrema importância. Esses estudos ajudam a sintetizar a
evidência disponível na literatura sobre uma intervenção, podendo auxiliar
pesquisadores no seu cotidiano de trabalho e profissionais de diversas áreas. Através
desse estudo foi possível observar que existem lacunas nos dados de sobre trabalhos
com a temática solo-restauração na Mata Atlântica, levando em consideração que
muitos trabalhos não mencionam ou relacionam o solo em seus trabalhos de
restauração. Portanto os resultados desse trabalho podem ter implicações não só para
todos os atores que trabalham com projetos de restauração mas também no contexto
mais amplo de geografia, mudanças de paisagem e uso mais sustentável da terra.
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WRI. Nove mapas que explicam as florestas do mundo. Disponível em :<http://www.wribrasil.org.br/pt/blog/9-mapas-que-explicam-florestas-do-mundo> .Acesso em: 5 de janeiro de 2017.
ANEXO
Tabela x: Referências dos artigos revisados em português
Referência Referência Completa Publicado
Aporte de serrapilheira e nutrientes ao solo em três modelos de revegetação na Reserva
Biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, RJ
Roberto S. de Araújo, Fatima C. M. Piña Rodrigues, Murilo R. Machado, Marcos G.
Pereira, Felipe J. Frazão. 2005 não
Estoque de carbono e nitrogênio e emissão de N2O em diferentes usos do solo na Mata Atlântica
Coutinho, P.R.; Urquiaga, S.; and Boddey, M.R.; et al. 2010. Estoque de carbono e nitrogênio e emissão de N2O em diferentes usos do solo na Mata Atlântica. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.45, n.2, p.195-203.
não
Atributos químicos e microbianos de solos sob diferentes coberturas vegetais no norte do Estado do Rio de Janeiro
Forestieri da Gama-Rodrigues, Emanuela; Gama-Rodrigues, Antonio Carlos da; Miranda Paulino, Gleicia; Franco, Avilio Antonio, 2008
não
FRAÇÕES DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO APÓS TRÊS DÉCADAS DE CULTIVO DE EUCALIPTO NO VALE DO RIO DOCE-MG(1)
Augusto Miguel Nascimento Lima, Ivo Ribeiro da Silva, Júlio César Lima Neves, Roberto Ferreira de Novais, Nairam Félix de Barros, Eduardo de Sá Mendonça, Michelle de Sales Moreira Demolinari & Fernando Palha Leite. 2008
não
49
COMPARAÇÃO ENTRE ÁREAS EM RESTAURAÇÃO E ÁREA DE REFERÊNCIA NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
Suzane Bevilacqua Marcuzzo, Maristela Machado Araújo, Daniele Guarienti Rorato e Jessica Machado. 2014
não
ESTOQUE DE SERAPILHEIRA EM FLORESTA EM RESTAURAÇÃO E EM
FLORESTA ATLÂNTICA DE TABULEIRO NO SUDESTE BRASILEIRO1
Geanna Gonçalves de Souza Correia , Sebastião Venâncio Martins, Aurino
Miranda Neto e Kelly de AlmeidaSilva. 2015
não
Reflorestamento e Recuperação de Atributos Químicos e Físicos do Solo
Rocha, J.H.T.; Santos, A.J.M.; and Diogo, F.A; et al. 2015. Reflorestamento e
Recuperação de Atributos Químicos e Físicos do Solo. Floresta e Ambiente,
22(3), 299-306.
não
Miranda, C.C.; Canellas, L.P.; and Nascimento, M. T. 2007. Caracterização da matéria
orgânica do solo em fragmentos de Mata Atlântica e em plantios abandonados de
eucalipto.
Miranda, C.C.; Canellas, L.P.; and Nascimento, M. T. 2007. Caracterização
da matéria orgânica do solo em fragmentos de Mata Atlântica e em plantios
abandonados de eucalipto. R. Bras. Ci. Solo, 31:905-916.
não
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SOLOS SOB DIFERENTES COBERTURAS
FLORESTAIS E DE PASTAGEM NO SUL DE MINAS GERAIS.
Melloni, R.; Melloni, E.G.P.; and Alvarenga, M.I.N.; et al.2008. AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE DE SOLOS SOB DIFERENTES COBERTURAS
FLORESTAIS E DE PASTAGEM NO SUL DE MINAS GERAIS. R. Bras. Ci. Solo,
32:2461-2470.
não
CARACTERÍSTICAS DO SOLO NA RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NA RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS
ANTAS, RJ
Moraes, L.F.D.; Campello, E.F.C.; and Pereira, M.G.; et al. 2008.
CARACTERÍSTICAS DO SOLO NA RESTAURAÇÃO DE ÁREAS
DEGRADADAS NA RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS, RJ. Ciência Florestal, v. 18, n. 2, p. 193-206.
Sim
50
REGENERAÇÃO NATURAL EM ÁREAS DESMATADAS E DOMINADAS POR
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn. NA SERRA DA MANTIQUEIRA
Ribeiro, S.C., Botelho, S.A., Fontes, M.A.L., Garcia, P.O., Almeida, H.S.
2013.REGENERAÇÃO NATURAL EM ÁREAS DESMATADAS E DOMINADAS
POR Pteridium aquilinum (L.) Kuhn. NA
SERRA DA MANTIQUEIRA. Cerne, Lavras, v. 19, n. 1, p. 65-76.
não
Hidrólise de diacetato de fluoresceína como bioindicador da atividade microbiológica de
um solo submetido a reflorestamento. Michelle Silva, Edmar Ramos Siqueira,
Jefferson Luis da Silva Costa
Silva, M., Siqueira, E.R., Costa, J.L.S. 2004. Hidrólise de diacetato de
fluoresceína como bioindicador da atividade microbiológica de um solo
submetido a reflorestamento. Ciência Rural, v.34, n.5, p.1493-1496.
não
Influência do solo e topografia sobre as variações da composição florística e
estrutura da comunidade arbóreo-arbustiva de uma floresta estacional semidecidual em Ingaí, MG. REJANE
T. BOTREL, ARY T. OLIVEIRA FILHO, LUCIENE A. RODRIGUES e NILTON CURI.
Botrel, R.T., Oliveira, T.O.F, Rodrigues, L.A., Curi, N.2002.
Influência do solo e topografia sobre as variações da composição florística e
estrutura da comunidade arbóreo-arbustiva de uma floresta estacional semidecidual em Ingaí, MG. Revista Brasil. Bot., V.25,
n.2, p.195-213. não
Tabela X: Referências dos artigos revisados em inglês
Referência Referência completa Publicado
Natural Regeneration in Plantations of Native Trees in
Lowland Brazilian Atlantic Forest: Community Structure,
Diversity, and Dispersal Syndromes
Sansevero, J.B.B.; Prieto, P.V.; Moraes, L.F.D; Rodrigues, P.J.F.P.
2009. Natural Regeneration in Plantations of Native Trees in Lowland Brazilian Atlantic Forest: Community Structure, Diversity, and Dispersal
Syndromes. Restoration Ecology, 1-9.
sim
51
Passive Restoration of Atlantic Forest Following Pinus taeda Harvesting in
Southern Brazil
Ferracin, T.P.; Medri, P.S.; and Batista, A.C.R.; et al. 2013. Passive
Restoration of Atlantic Forest Following Pinus taeda Harvesting in
Southern Brazil. Restoration Ecology, v.21 (6), 770-776.
não
Changes in soil C and N stocks and nutrient dynamics
13 years after recovery of degraded land using leguminous nitrogen-
fixing trees.
Macedo, M.O.; Resende, A.S.; and Garcia, P.AC.; et al. 2008. Changes in
soil C and N stocks and nutrient dynamics 13 years after recovery of
degraded land using leguminous nitrogen fixing trees. Forest Ecology and Management, 255, 1516–1524
não
Silvicultural opportunities for increasing carbon stock in
restoration of Atlantic forests in Brazil
Ferez, A.P.C.; Campoe, O.C.; and Mendes, J.C.T.; et al. 2015. Silvicultural opportunities for
increasing carbon stock in restoration of Atlantic forests in Brazil. Forest
Ecology and Management 350, 40–45
sim
Evaluation of soil conditions in fast-growing plantations of
Eucalyptus grandis and Acacia mangium in Brazil: a contribution to the study of
sustainable land use
Garay, I.; Pellens, R.; and Kindel, A.; et al. 2004. Evaluation of soil
conditions in fast-growing plantations of Eucalyptus grandis and Acacia
mangium in Brazil: a contribution to the study of sustainable land use.
Applied Soil Ecology 27, 177–187
não
Soil organic carbon and morphology as affected by
pine plantation establishment in Minas Gerais, Brazil
Zinn, Y.L.; Guerra, A.R.; and Silva, C.A.; et al. .2014. Soil organic carbon and morphology as affected by pine plantation establishment in Minas
Gerais, Brazil. Forest Ecology and Management 318, 261–269
não
Soil biological properties in multistrata successional
agroforestry systems and in natural regeneration
Cezar, R.M.; Vezzani, F.M.; and Schwiderke, D.K.; et al. 2015. Soil biological properties in multistrata successional agroforestry systems
and in natural regeneration. Agroforest Syst, 89:1035–1047
não
52
Eucalyptus plantation effects on soil carbon after 20 years and three rotations in Brazil
Rachel L. Cook, Dan Binkley, Jose Luiz Stape. 2015
não
SOIL AND NUTRIENT LOSSES IN EROSION GULLIES AT DIFFERENT DEGREES OF RESTORATION
Roriz Luciano Machado, Alexander Silva de Resende, Eduardo Francia, Carneiro Campell, José Arimathéa Oliveira & Avílio Antônio Franco. 2010
não
Promising indicators for assessment of agroecosystems alteration among natural, reforested and agricultural land use in southern Brazil
A. Nogueira, U.B. Albino, O. Branda˜o-Junior, G. Braun, M.F. Cruz, B.A. Dias, R.T.D. Duarte, N.M.R. Gioppo, P. Menna, J.M. Orlandi, M.P. Raimam, L.G.L. Rampazo, M.A. Santos, M.E.Z. Silva, F.P. Vieira, J.M.D. Torezan, M. Hungria, G. Andrade, 2006
não
Soil dynamics and carbon stocks 10 years after restoration of degraded land using Atlantic Forest tree species
L. Jr. Rodrigues Nogueira, J.L. de Moraes Gonçalves, V. Lex Engel, J. Parrotta, 2011
não
CARBON SEQUESTRATION AND PLANT COMMUNITY DYNAMICS FOLLOWING REFORESTATION OF TROPICAL PASTURE
WHENDEE L. SILVER, LARA M. KUEPPERS, ARIEL E. LUGO, REBECCA OSTERTAG, AND VIRGINIA MATZEK , 2004
não
Amazonas N,T; Martinelli L,A; Picollo M,C; Rodrigues
R,R;2011
" Nitrogen dynamics during ecosystem development in tropical
forest restoration" sim
não
53
Araújo A,S,F; Cesarz, S, Leite L,F,C; Borges C,D; Tsai
S,M; Eisenhauer N;2013
" Soil microbial properties and temporal stability in degraded and restored land of Northeast Brazil."
Zinn Y.L., Guerra A.R., Silva C.A., Faria J.A., Silva
T.AC.,2014
" Soil organic carbon and morphology as affected by pine plantation
establishent in Minas gerais, Brazil." não
Jörg Römbke(1), Petra Schmidt(2) and Hubert
Höfer(2)
The earthworm fauna of regenerating forests and anthropogenic habitats in
the coastal region of Paraná não
Tabela x: Referências das teses revisadas
Autor (a) Referência completa Objetivos MULER,A.E2014- Dissertação
Avaliação de uma Floresta Atlântica urbana em restauração: da ecologia às questões sociais
O objetivo dessa dissertação foi avaliar um plantio realizado em uma área de floresta urbana tropical, comparando-a a uma área de referência. A flora dos estratos arbóreo, juvenil e regeneração foi amostrada para avaliar parâmetros de estrutura, diversidade e processos ecológicos e em cada parcela foram feitas coletas de solo. Esse estudo buscou investigar
54
se a metodologia utilizada pela SMAC na restauração de áreas degradadas da cidade obteve sucesso.
SORREANO, M.C.M 2002.- Dissertação
Avaliação de Aspectos da dinâmica de florestas restauradas, com diferentes idades.
Teve como objetivo geral identificar indicadores que possam ser utilizados na avaliação e monitoramento de áreas restauradas, através do restabelecimento da resiliência nessas áreas.
Pardi,M.M.2014- Tese Introdução de espécies de Sub-bosque em áreas de restauração de Florestas Estacionais Semideciduais
Visando contribuir para o desenvolvimento de técnicas de plantio e enriquecimento em áreas degradas ou em processo de restauração que favoreçam a recuperação do sub-bosque, este trabalho teve o objetivo de avaliar a sobrevivênvia e o crescimento de mudas de 10 espécies típicas de sub-bosque plantadas em quatro diferentes condições: plantio inicial de restauração, áreas em processo de restauração com 5 e 10 anos de idade e um fragmento remanescente degradado. As mudas foram plantadas em janeiro de 2012 e observadas durante 15 meses.
Isernhagen,I.2010- Tese ISERNHAGEN,I. Uso de semeadura direta de espécies arbóreas nativas para restauração florestal em áreas agrícolas.2010.105p. Tese ( Doutorado em Recursos Florestais)- Escola Superior de Agricultura" Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba,2010.
O presente experimento buscou testar o uso da técnica em larga escala , ao prorpor a rápida ocupação e cobertura ( preenchimento) de duas áreas agrícolas degradadas com baixa resiliência através da semeadura direta de espécies de rápido cresimento e boa cobertura de copa.
Faria, R.A.V.B. 2013-Tese Estoque de carbono e atributos florísticos e edáficos de ecossistemas florestais em processo de restauração
O objetivo do estudo foi descrever o compartimento arbóreo em áreas em processo de restauração 19 anos após a implementação do processo de restauração; Analisar possíveis diferenças no processo de restauração de 5 áreas com diferentes usos e níveis de distúrbio; e quantificar e espacializar o estoque de carbono nos compartimentos ( camadas arbóreas, serapilheira e solo) no ecossistema em processo de restauração.
Alessandro de Paula Silva,2011.Dissertação
Influência da forma e posição da encosta nas características dos solos e na regeneração natural de espécies florestais em áreas abandonadas
Objetivou-se avaliar a influência da posição na topossequência e da forma de rampa nas propriedades químicas e físico-hídricas do solo e a sua relação com o padrão da regeneração natural da vgetação em áreas de pastagens abandonadas. Foram avaliadas oito áreas no muninícipio de Itaboraí-RJ. Nos terços superior, médio e inferior da topossequencia foram identificados rampas de forma côncava e convexa.
55
Gilsonley Lopes dos Santos ,2014.Dissertação
Efeito da Pedoforma no processo de sucessão secundária em fragmentos florestais no Médio Vale do Sul, Pinheiral, RJ.
O objetivo desse trabalho foi avaliar o padrão da regereração natural em dois ambientes ( convexo e côncavo), com cobertura florestal ( Floresta Atlântica) em estágio avançado de sucessão, buscando identificar fatores ambientais que favorecem o processo de regeneração natural.
Deivid Lopes Machado,2011.Dissertação
Atributos indicadores da dinâmica sucessional em Fragmento de Mata Atlântica na Região do Médio Vale do Paraíba do Sul, Pinheiral , Rio de Janeiro.
Objetivo de eleger parâmetros ecológicos que possam ser utilizados como atributos indicadores para identificar alterações na qualidade do ambiente em função do estádio sucessional foi selecionado um fragmento de Mata Atlântica localizado no município de Pinheiral, Rio de Janeiro.
Daniel Costa de Carvalho,2012.Dissertação
Fitossociologia,aporte de serapilheira e estoques de carbono e nitrogênio sob plantio de Corymbia Citriodora com regeneração natural e floresta estacional semidecidual,Santa Tereza, ES.
O presente estudo fundamenta-se na hipótese que os atributos edáficos, fertilidade do solo, matéria orgânica alteram-se com a conversão de áreas naturais em monocultura de eucalipto.
Miriam de Oliveira Bianchi,2009.Dissertação
Avaliação da Funcionalidade do Solo em Sistemas Florestais Enriquecidos com Leguminosas
O trabalho foi desenvolvido em uma área de pasto abandonado, originalmente sob a cobertura da Mata Atlântica, com o objetivo de avaliar o processo de sucessão e recuperação de áreas degradadas.
Cristiane Roppa,2014.Tese Fatores do meio físico influentes na restauração espontânea de ecossistemas perturbados da Mata Atlântica, na base da Serra do Mar.
Este estudo identificou as variáveis do meio físico que favorecem a restauração florestal espontânea em paisagens perturbadas (capítulo I); avaliou a qualidade da regeneração entre dois sítios florestais com histórico semelhante de perturbação e com mais de 60 anos de abandono, em área com curvatura côncava (capítulo II); e relacionou os fatores físicos de escala local que influenciam nos processos de restauração espontânea (capítulo III).
Pollyanna Rodrigues de Oliveira dos Santos,2014.Dissertação
Caracterização de núcleos de vegetação como subsídio à restauração passiva em pastagens abandonadas.
O objetivo do trabalho foi caracterizar a dinâmica sucessional de núcleos de vegetação arbustivo/arbóreos para discutir seu papel ecológico na restauração passiva na Reserva Biológica de Poço das Antas
Anderson Ribeiro Diniz,2011.Dissertação
Dinâmica de fragmentos florestais da mata atlântica na região do Médio Vale do Paraíba do Sul, Rio de Janeiro.
Este estudo foi realizado para caracterizar a dinâmica de nutrientes de um fragmento em diferentes estádios sucessionais e os compartimentos de carbono e nutrientes e seus fluxos.
Jeanette Inamine Miachir,2009. Tese
Caracterização da vegetação remanescente visando à conservação e restauração florestal no município de Paulínia-SP.
Visando a conservação ambiental do município de Paulínia-SP, este trabalho teve como objetivo efetuar o diagnóstico da vegetação remanescente. Os fragmentos florestais identificados no município foram: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional
56
Semidecidual Ribeirinha, Floresta Paludosa e Cerrado. Paulínia encontra-se em uma zona de tensão ecológica, devido ao contato de diferentes fisionomias vegetais , como cerrado, floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila.
Carolina dos Santos Batista Bonini,2012.Tese
Restauração ecológica de um solo decapitado sob intervenção antrópica há 17 anos
Técnicas que visam à restauração ecológica de solos degradados têm sido investigadas. Neste sentido investigaram-se as mudanças positivas no ambiente edáfico de um solo decapitado que está sob intervenção antrópica com técnicas para recuperação há 17 anos, tem sido utilizados adubos verdes, correlação do solo, gesso e pastagem.
Ester Bullich Villa.2009- Tese
Aspectos Silviculturais e ecológicos em área de restauração florestal com diferentes espaçamentos de plantio.
Este trabalho visou avaliar o efeito do espaçamento de plantio sobre o crescimento de espécies florestais nativas da flora brasileira, ao longo de seis anos, num plantio de restauração florestal em área de mata ciliar, em Seropédica, RJ.
Letícia Couto Garcia,2012.Tese
Avaliação da Sustentabilidade ecológica de matas ciliares em processo de restauração
Fabiane Ducatti,2002- Dissertação
Dulcatti, F. 2002. Fauna edáfica em fragmentos florestais e em áreas reflorestadas com espécie da Mata Atlântica. Dissertação (mestrado), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 70p.
O estudo teve por objetivos caracterizar quantitativamente e qualitativamente as principais classes taxonomicas da meso e macrofauna edáfica em fragmentos florestais de Floresta Estacional Semi Decidual (domínio de Mata Atlântica) instalados em 3 solos (NV, PVA e LVA) usados intensivamente com exploração agrícola e pastagem. Foram usados diferentes modelos de reflorestamento com espécies da Mata Atlântica.
Azevedo, Aline Damasceno de.2012- Dissertação
Composição Florística e estoque de carbono em áreas de recuperação da mata atlântica na bacia do rio Guapiaçu, Cachoeiras de Macacu, RJ.
Foram avaliadas três áreas de plantios de recomposição florestal com diferentes idades: 3 anos, 5 anos e 7 anos. Nos Capítulos I e II remanescentes de floresta madura do município que se realizou o estudo foram utilizados como área testemunha para fins de comparações de parâmetros florísticos, fitossociológicos, quantificação de biomassa acima do solo, do sistema radicular e da serrapilheira e estimativas do carbono estocado nestas biomassas. O método não-destrutivo para avaliar a biomassa acima do solo mostrou-se efetivo tanto nas áreas de floresta natural, quanto para as áreas de floresta plantada. Porém, é indicado que se utilize o método destrutivo, para avaliar a confiabilidade dos dados obtidos para o reflorestamento. No
57
Capítulo III, a pastagem foi utilizada como área testemunha para fins de comparações entre os estoques de carbono na biomassa do solo e para avaliar a origem do carbono e do nitrogênio na matéria orgânica do solo através da abundância natural dos isótopos 13C e 15N.
Junior,Lauro Rodrigues Nogueira.2010- Tese
Junior, L.R.N. Estoque de Carbono na Fitomassa e mudanças nos atributos do solo em diferentes modelos de restauração da Mata Atlântica. Piracicaba, 2010
Objetivos: avaliar biomassa arbórea, produtividade primária liquida, estoque de carbono em dois modelos de reflorestamento com esp. Da mata atlantica; mudanças nas condições do solo pelo reflorestamento.
Roppa, Cristiane.2009- Dissertação
Avaliação da Dinâmica de Restauração de Ecossitemas Perturbados da Mata Atlântica em uma Região de Exíguos Atributos Ambientais, Nova Iguaçu-RJ.
Este trabalho aborda a sustentabilidade da restauração de ecossistemas perturbados a partir da análise da estrutura de três reflorestamentos com diferentes combinações de espécies rústicas ( Capítulo 1) e a influência destes reflorestamentos nos processos de restauração ( Capítulo II)
Iara de Fátima de Oliveira.2010- Dissertação
Condicionantes da restauração de área historicamente perturbada por agricultura e pastagem, Serra Vencida, Presidente Getúlio, SC.
Objetivou-se avaliar o processo de restauração ecológica de área perturbada por pastagem e agricultura. Para tanto foi necessário analisar a influência do processo de restauração sobre o solo
Victor Roberti ,Vera Monge.2009- Tese
Monge, V.R.V. Comparação de associações vegetais sobre diferentes tipos de solos na área de influência da represa Itaipu, para reconhecer espécies apropriadas para o reflorestamento. 2009
Objetivos: Caracterizar a composição florística, a fitossociología e analisar se as condições de fertilidade de solos têm efeitos significativos sobre a composição florística dessas florestas secundárias, com aproximadamente 30 anos de proteção.
Joana Farias dos Santos_Parte 1 ( Tese)
Avaliação da reabilitação em área de empréstimo a partir de reflorestamentos na Mata Atlântica.
A regeneração espontânea sobre um ambiente com 13 anos de reabilitação ( Área 1) foi comparada com uma área de restauração há 40 anos ( Área 2)
Fabiano Turini Farah. 2009 (Tese)
Vinte anos de dinâmica em um hectare de Floresta Estacional Semidecidual
Damasceno, A.C.F. 2005-Dissertação
Damasceno, A.C.F. 2005. Macrofauna edáfica, regeneração natural de espécies arbóreas, lianas e epífitas em florestas em processo de restauração com diferentes idades no Pontal do Paranapanema. Dissertação (Mestrado) -Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. 107 p.
Objetivo: Caracterização da macrofauna edáfica, da regeneração natural de espécies arbóreas, lianas e epífitas em três áreas em processo de restauração com plantio misto de espécies arbóreas nativas na região do Pontal do Paranapanema com idades de 6, 11 e 16 anos, com plantios nos anos de 1998, 1993 e 1988, respectivamente >Objetivos específicos: levantar em áreas em processo de restauração nas idades de 6, 11 e 16 anos (referência ano 2004) para os elementos: I. macrofauna edáfica II. regeneração natural de espécies arbóreas
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III. lianas IV. epífitas
Fialho, Ricardo Carsoso. 2012- dissertação
Carbono, química e física de solos de reflorestamento em clima tropical de altitude
Estudar as mudanças no teor e estoque de Carbono orgnico do solo sob diferentes plantios de espécies florestais do ciclo médio e curto em clima tropical de altitude no sul de Minas Gerais, tendo como hipóteses: a)os plantios florestais de ciclo médio podem sequestrar mais carbono organico do solo em relação a floresta nativa e b) esse potencial de sequestro varia com a especie plantada.
Lauana Lopes dos Santos,2012.Dissertação
Carbono Orgânico do Solo: Efeito da Posição da Paisagem e do reflorestamento em sucessão ao cafeeiro no oeste de Minas Gerais.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência que a posição na paisagem e o plantio de cedro australiano em sucessão ao cafeeiro exercem sobre os teores e estoques de carbono orgânico do solo ( COS) e nas propriedades físicas e químicas do solo. A região do estudo está inserida na transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado. Para o estudo foram selecionadas três coberturas vegetais: plantios de cedro australiano, cafezal e mata secundária, sempre localizada nas posições de terço superior ( 921 m de altitude) e terço inferior ( 895 m de altitude) da paisagem suave ondulada.
Fernando Silva Coutinho,2012. Dissertação
Atributos edáficos e qualidade do solo em áreas de agricultura, pastagem e fragmentos florestais na Região do Médio Vale do Paraíba do Sul, Rio de Janeiro.
O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência da cobertura vegetal e do uso do solo sobre os atributos edáficos em áreas de Cambissolos Háplicos Tb Distrófico típico. Esse estudo foi conduzido na região do Médio Vale do Paraíba, município Pinheiral-RJ.