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NORMAS REGULAMENTADORAS Portaria 3214/78 MTE APLICADA NAS RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS DR. THIAGO TRINDADE ABREU DA SILVA MENEGALDO Advogado trabalhista, sócio no escritório de advocacia Geromes e Menegaldo Sociedade de Advogados, professor em diversos cursos de pós graduação, especialista em direito material e processual do trabalho pela Escola Paulista de Direito EPD. Foi profissional de Recursos Humanos por 13 anos, atuando em vários subsistemas deste departamento. @thiago_menegaldo

Portaria 3214/78 MTE APLICADA NAS RECLAMAÇÕES … · 2020. 1. 30. · NORMAS REGULAMENTADORAS Portaria 3214/78 –MTE APLICADA NAS RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS DR. THIAGO TRINDADE

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NORMAS REGULAMENTADORASPortaria 3214/78 – MTE

APLICADA NAS RECLAMAÇÕES

TRABALHISTAS

DR. THIAGO TRINDADE ABREU DA SILVA MENEGALDO

Advogado trabalhista, sócio no escritório de advocacia Geromes e Menegaldo Sociedade

de Advogados, professor em diversos cursos de pós graduação, especialista em direito

material e processual do trabalho pela Escola Paulista de Direito – EPD. Foi profissional de

Recursos Humanos por 13 anos, atuando em vários subsistemas deste departamento.

@thiago_menegaldo

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MEIO AMBIENTE

Definição de Meio Ambiente

É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e

biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (Lei nº

6.938/81, art. 3º, inciso I).

Definição de Meio Ambiente do Trabalho:

Raimundo Simão de Melo define Meio Ambiente de Trabalho como “local onde as

pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não,

cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de

agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica do trabalhadores,

independentemente da condição que ostentem (homens ou mulheres,

maiores ou menores de idade, celetista, servidores públicos, autônomos,

etc)”

(MELO, Raimundo Simão. DIREITO AMBIENTAL DO TRABALHO E A SAÚDE DO TRABALHADOR. 3ª Edição - São Paulo: LTR, 2008 p. 26 e 27)

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A Constituição Federal reconheceu que as condições de trabalho têm uma relação direta com

a saúde e, portanto, com a qualidade de vida do trabalhador, até porque é no trabalho que a

maioria dos seres humanos passa grande parte da vida.

Por isso, os direitos trabalhistas passaram a ter um respaldo constitucional ainda mais amplo:

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria

de sua condição social:

(...)

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e

segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na

forma da lei;

MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E O RESPALDO CONSTITUCIONAL

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade

o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

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A Consolidação das Leis do Trabalho não trata do meio ambiente do trabalho,

todavia, nos seus artigos 154 a 201, estabelece uma série de regras

pertinentes à temática da Segurança e Medicina do Trabalho.

Todo empregador é obrigado a zelar pela segurança, saúde e higiene de seus

trabalhadores, propiciando as condições necessárias para tanto, bem como

zelando para o cumprimento dos dispositivos legais atinentes à medicina e

segurança do trabalho.

A medicina e segurança do trabalho é matéria inserida no Direito Tutelar do

Trabalho, pois o seu intuito é zelar pela vida do trabalhador, evitando acidentes,

preservando a saúde, bem como propiciando a humanização do trabalho.

As disposições inseridas na legislação e que são pertinentes à saúde, higiene

e segurança possuem a titulação de medicina e segurança do trabalho.

MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E A CLT

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Aliado ao Capítulo V, do Título II, do art. 154 ao 201 coexistem com esses preceitos

normas constitucionais, internacionais, dentre as quais destacam-se:

Convenção da OIT nº 115 – proteção contra radiações ionizantes

Convenção da OIT nº 127 –peso máximo de cargas

Convenção da OIT nº 136 – riscos oriundos do benzeno

Convenção da OIT nº 139 – substância cancerígenas no local de trabalho

Convenção da OIT nº148 – contaminação do ar, ruído e vibração

Convenção da OIT nº 155 – segurança e saúde dos trabalhadores

Convenção da OIT nº 162 – utilização de asbestos (amianto)

Convenção da OIT nº 170 – utilização de produtos químicos

Todas essas Convenções foram ratificadas pelo Brasil.

Existem outras fontes que se inserem neste contexto, da qual destacamos a portaria

3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego que aprovas as Normas

Regulamentadoras.

MEIO AMBIENTE DO TRABALHO E A CLT

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As normas de segurança e medicina do trabalho são de ordem pública e

aderem ao contrato individual de trabalho, integrando o Direito Tutelar do

Trabalho.

O Art . 154 da CLT assim determina:

A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo,

não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com

relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos

sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos

estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de

trabalho.

NORMAS REGULAMENTADORAS

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Sebastião Geraldo de Oliveira2 assim ensina:

“Na questão da segurança e saúde ocupacional, o empregador tem obrigação de

adotar a diligência necessária para evitar os acidentes e as doenças relacionadas

com o trabalho, devendo considerar todas as hipóteses razoavelmente previsíveis

de danos ou ofensas á saúde do trabalhador.”

(...)

“Na investigação da possível culpa do reclamado, relacionada com o acidente de

trabalho ou doença ocupacional, o primeiro passo é verificar se houve

descumprimento das normas legais ou regulamentares que estabelecem os

deveres do empregador à segurança, higiene, saúde ocupacional e meio ambiente

do trabalho. A simples violação de alguma dessas normas, havendo dano e nexo

causal, cria a presunção de culpa do empregador pelo acidente do trabalho

ocorrido, uma vez que o descumprimento da conduta normativa prescrita já

representa a confirmação da sua negligência, a ilicitude objetiva ou a culpa contra a

legalidade”.(2 OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. INDENIZAÇÕES POR ACIDENTE DO TRABALHO OU DOENÇA OCUPACIONAL. 5ª Edição. São Paulo. LTR.

2009 – p. 167.)

NORMAS REGULAMENTADORAS

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Nos dizeres de Sebastião Geraldo de Oliveira, "fica caracterizada a culpa

exclusiva da vítima quando a única causa do acidente do trabalho tiver

sido a sua conduta, sem qualquer ligação com o descumprimento das

normas legais, contratuais, convencionais, regulamentares, técnicas, ou do

dever geral de cautela por parte do empregador" (Indenizações por

Acidente do Trabalho ou Doença Ocupacional, 7a. ed., São Paulo: LTr,

2013, p.169).

NORMAS REGULAMENTADORAS

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ACIDENTE DE TRABALHO. INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE.

INOBSERVÂNCIA DE NORMAS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO

TRABALHO PELAS PARTES. DANO MORAL. A incapacidade parcial e

permanente do empregado, decorrente de acidente de trabalho, em razão

de o empregador omitir-se de prover adequadas condições de trabalho

com respeito às regras de segurança e medicina do trabalho, atrai a

obrigação de indenizar por danos morais, mormente quando comprovada

culpa da empresa no evento. Recursos ordinários conhecidos e

parcialmente providos.(TRT 20ª Região – RO – Processo nº PROCESSO

nº. 0001329-69.2011.5.20.0005 – 2ª Turma – Rel. FABIO TÚLIO CORREIA

RIBEIRO – Julg. 10/06/2014).

NORMAS REGULAMENTADORAS

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ACIDENTE DE TRABALHO. INOBSERVÂNCIA DAS NORMAS DE

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. CULPA DO EMPREGADOR.

Cabe ao empregador demonstrar que cumpria e fazia cumprir as normas

de segurança e medicina do trabalho, de modo a afastar a caracterização

de culpa por acidente de trabalho sofrido pelo empregado. Hipótese em

que tal comprovação não foi feita pela reclamada. Conduta omissiva e

culposa da reclamada. Indenização devida.(TRT 2ª Região - Processo TRT

nº 0000337-77.2010.5.02.0027 – 17ª Turma – Rel. SORAYA GALASSI

LAMBERT – Public. 24/06/2013).

NORMAS REGULAMENTADORAS

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NORMAS REGULAMENTADORAS

NR 1 – Disposições gerais;

NR 2 – Inspeção prévia; (revogada pt 915/19)

NR 3 – Embargos e interdição;

NR 4 – Serviço Especializado em

Segurança e Medicina do Trabalho

(SESMET);

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção

de Acidentes (CIPA);

NR 6 – Equipamentos de Proteção

Individual (EPI);

NR 7 – Exames médicos;

NR 8 – Edificações;

NR 9 – Riscos ambientais;

NR 10 – Instalações e serviços de

eletricidade;

NR 11 – Transporte, armazenagem,

movimentação e manuseio de materiais;

NR 12 – Máquinas e equipamentos;

NR 13 – Caldeiras e recipientes sob

pressão;

NR 14 – Fornos;

NR 15 – Atividades e operações

insalubres;

NR 16 – Atividades e operações perigosas;

NR 17 – Ergonomia;

NR 18 – Obras de construção, demolição e

reparos;

NR 19 – Explosivos;

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NR 20 – Combustíveis líquidos e

inflamáveis;

NR 21 – Trabalho a céu aberto;

NR 22 – Trabalhos subterrâneos;

NR 23 – Proteção contra incêndios;

NR 24 – Condições sanitárias nos

locais de trabalho;

NR 25 – Resíduos industriais;

NR 26 – Sinalização de segurança;

NR 27 – Registro de profissionais;

NR 28 – Fiscalização e penalidades;

NR 29 – Trabalho portuário;

NR 30 – Trabalho aquaviário

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR 31 – Trabalho na agricultura,

pecuária, silvicultura, exploração

florestal e aquicultura;

NR 32 – Trabalho em serviços de

saúde;

NR 33 – Trabalho em espaços

confinados;

NR 34 − Trabalho na indústria naval;

NR 35 – Trabalho em Altura.

NR 36 – Segurança e saúde no

trabalho em empresas de abate e

processamento de carnes e derivados

NR 37 – Plataforma de Petróleo

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O Art. 157 e 158 da CLT elencam as obrigações do empregador/empregado quanto a saúde e

segurança no trabalho, vejamos:

Art. 157 - Cabe às empresas:

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no

sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Art. 158 - Cabe aos empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que

trata o item II do artigo anterior;

Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo

anterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR/EMPREGADO

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ONDE ENCONTRAR AS NORMAS REGULAMENTADORAS?

Diferentemente do sistema de busca do texto da Constituição Federal, Leis

Complementares, Lei Ordinárias, Decretos entre outros, as Normas

Regulamentadoras tem seu repositório oficial no site do ENIT*

https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-

portugues?view=default

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NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS

1.1.1 O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os

termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras -NR relativas à segurança e

saúde no trabalho.

(...)

1.2.1.1 As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da

administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e

Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do

Trabalho –CLT.

(...)

1.2.2 A observância das NR não desobriga as organizações do cumprimento de outras

disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou

regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, bem como daquelas oriundas de

convenções e acordos coletivos de trabalho.

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1.4.1 Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre

segurança e saúde no trabalho;

b) informar aos trabalhadores:

I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;

II. as medidas de controle adotadas pela empresa para reduzir ou eliminar tais

riscos;

III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de

diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho

NR 01 – DIREITOS E DEVERES

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c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência

aos trabalhadores;

d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos

preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;

e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou

doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas;

f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança

e saúde no trabalho.

g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a

seguinte ordem de prioridade:

I.eliminação dos fatores de risco;

NR 01 – DIREITOS E DEVERES

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II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de

proteção coletiva;

III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas

administrativas ou de organização do trabalho; e

IV. adoção de medidas de proteção individual.

NR 01 – DIREITOS E DEVERES

Ordem de serviço de segurança e saúde no trabalho: instruções por escrito

quanto às precauções para evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. A

ordem de serviço pode estar contemplada em procedimentos de trabalho e outras

instruções de SST. (Anexo I da NR 01)

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1.4.2 Cabe ao trabalhador:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no

trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;

c) colaborar com a organização na aplicação das NR;

d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.

1.4.2.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento

do disposto nas alíneas do subitem anterior.

1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma

situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua

vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico

NR 01 – DIREITOS E DEVERES

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1.4.4.1 As informações podem ser transmitidas:

a) durante os treinamentos;

b) por meio de diálogos de segurança, documento físico ou eletrônico.

(...)

1.5.4 O empregador deve garantir a preservação de todos os documentos nato

digitais ou digitalizados por meio de procedimentos e tecnologias que permitam

verificar, a qualquer tempo, sua validade jurídica em todo território nacional,

garantindo permanentemente sua autenticidade, integridade, disponibilidade,

rastreabilidade, irretratabilidade, privacidade e interoperabilidade.

NR 01 – DIREITOS E DEVERES

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1.6 Capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho1.6.1O

empregador deve promover capacitação e treinamento dos trabalhadores em

conformidade com o disposto nas NR.

1.6.1.1 Ao término dos treinamentos inicial, periódico ou eventual, previstos nas

NR, deve ser emitido certificado contendo o nome e assinatura do trabalhador,

conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento,

nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável técnico do

treinamento.

1.6.1.2 A capacitação deve incluir:

a) treinamento inicial;

b) treinamento periódico; e

c) treinamento eventual.

NR 01 – TREINAMENTO AOS EMPREGADOS

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1.6.1.2.1 O treinamento inicial deve ocorrer antes de o trabalhador iniciar suas

funções ou de acordo com o prazo especificado em NR.

1.6.1.2.2 O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade

estabelecida nas NR ou, quando não estabelecido, emprazo determinado pelo

empregador.

1.6.1.2.3 O treinamento eventual deve ocorrer:

a) quando houver mudança nos procedimentos, condições ou operações de

trabalho, que impliquem em alteração dos riscos ocupacionais;

b) na ocorrência de acidente grave ou fatal, que indique a necessidade de novo

treinamento;

c) após retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 180 (cento e

oitenta) dias.

NR 01 – TREINAMENTO AOS EMPREGADOS

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1.6.1.2.1 O treinamento inicial deve ocorrer antes de o trabalhador iniciar suas

funções ou de acordo com o prazo especificado em NR.

1.6.1.2.2 O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade

estabelecida nas NR ou, quando não estabelecido, emprazo determinado pelo

empregador.

1.6.1.2.3 O treinamento eventual deve ocorrer:

a) quando houver mudança nos procedimentos, condições ou operações de

trabalho, que impliquem em alteração dos riscos ocupacionais;

b) na ocorrência de acidente grave ou fatal, que indique a necessidade de novo

treinamento;

c) após retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 180 (cento e

oitenta) dias.

NR 01 – TREINAMENTO AOS EMPREGADOS

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1.6.2 O tempo despendido em treinamentos previstos nas NR é considerado como

de trabalho efetivo.

1.6.3 O certificado deve ser disponibilizado ao trabalhador e uma cópia arquivada

na organização.

1.6.4 A capacitação deve ser consignada nos documentos funcionais do

empregado.

1.6.5 Os treinamentos previstos em NR podem ser ministrados em conjunto com

outros treinamentos da organização, observados os conteúdos e a carga horária

previstos na respectiva norma regulamentadora.

NR 01 – TREINAMENTO AOS EMPREGADOS

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1.6.6 É permitido o aproveitamento de conteúdos de treinamentos ministrados na

mesma organização desde que:

a) o conteúdo e a carga horária requeridos no novo treinamento estejam

compreendidos no treinamento anterior;

b) o conteúdo do treinamento anterior tenha sido ministrado no prazo inferior ao

estabelecido em NR ou há menos de 2 (dois) anos, quando não estabelecida esta

periodicidade; e

c) seja validado pelo responsável técnico do treinamento.

1.6.6.1 O aproveitamento de conteúdos deve ser registrado no certificado,

mencionando o conteúdo e a data de realização do treinamento aproveitado.

1.6.6.1.1 A validade do novo treinamento passa a considerar a data do treinamento

mais antigo aproveitado.

NR 01 – TREINAMENTO AOS EMPREGADOS

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Aproveitamento de treinamentos entre organizações

1.6.7 Os treinamentos realizados pelo trabalhador poderão ser avaliados pela

organização e convalidados ou complementados.

1.6.7.1 A convalidação ou complementação deve considerar:

a) as atividades desenvolvidas pelo trabalhador na organização anterior, quando for

o caso;

b) as atividades que desempenhará na organização;

c) o conteúdo e carga horária cumpridos;

d) o conteúdo e carga horária exigidos; e

e) que o último treinamento tenha sido realizado em período inferior ao

estabelecido na NR ou há menos de 2 (dois) anos, nos casos em que não haja

prazo estabelecido em NR.

NR 01 – APROVEITAMENTO DE TREINAMENTOS

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1.6.8 O aproveitamento de treinamentos anteriores, total ou parcialmente, não

exclui a responsabilidade da organização de emitir a certificação da capacitação do

trabalhador, devendo mencionar no certificado a data da realização dos

treinamentos convalidados ou complementados.

1.6.8.1 Para efeito de periodicidade de realização de novo treinamento, é

considerada a data do treinamento mais antigo convalidado ou complementado.

A NR 01 regulamentou ainda os treinamentos a distância ou semi presencial

através do anexo II da NR 01.

NR 01 – APROVEITAMENTO DE TREINAMENTOS

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1.7 Tratamento diferenciado ao Microempreendedor Individual -MEI, à

Microempresa -ME e à Empresa de Pequeno Porte –EPP.

1.7.1 O MEI, a ME e a EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem as

informações digitais na forma do subitem 1.5.1 e não possuírem riscos

químicos, físicos e biológicos, ficarão dispensados de elaboração do

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –PPRA.

NR 01 – TRATAMENTO DIFERENCIADO MEI / ME / EPP

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1.7.2 O MEI, a ME e a EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem as informações

digitais na forma do subitem 1.5.1 e não possuírem riscos químicos, físicos,

biológicos e ergonômicos, ficarão dispensados de elaboração do Programa de

Controle Médico de Saúde Ocupacional -PCMSO.

1.7.2.1 A dispensa do PCMSO não desobriga a empresa da realização dos exames

médicos e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional -ASO.

1.7.3 Os graus de riscos 1 e 2 mencionados nos subitens 1.7.1 e 1.7.2 são os

previstos na Norma Regulamentadores n.º 04 -Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho -SESMT.

NR 01 – TRATAMENTO DIFERENCIADO MEI / ME / EPP

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NR – 04 SESMET

O SESMET NA CLT

Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do

Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em

medicina do trabalho.

Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:

a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de

suas atividades;

b) o numero mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o

grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;

c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de

trabalho;

d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em

medicina do trabalho, nas empresas.

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SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA

E EM MEDICINA DO TRABALHO

O que é o SESMT?

É um departamento dentro da empresa direcionado para a prevenção da saúde e

da integridade física dos colaboradores:

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS

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4.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:

(...)

b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do

risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de

Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR

6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o

exija;

(...)

h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos

na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença

ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da

doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as

condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);

COMPETÊNCIA DO SESMET

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Quadro II – NR 04

DIMENSIONAMENTO DO SESMET

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QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO SESMET

4.14 As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro

II, anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e

medicina do trabalho a seus empregados através de Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

comuns, organizados pelo sindicato ou associação da categoria

econômica correspondente ou pelas próprias empresas interessadas.

4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

de instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às

empresas o custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1.

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RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

Código Civil

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica

obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de

culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente

desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos

de outrem.

Conforme dicção do parágrafo único do art. 927 do Código Civil, a

responsabilidade civil pode ser vista sob o aspecto da responsabilidade

objetiva quando há o desenvolvimento de atividades por parte de alguém que,

de alguma maneira, afeta potencialmente o direito de outrem, em especial por

razão da natureza da atividade desenvolvida.

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GRAU DE RISCO

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GRAU DE RISCO

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NR 05 - CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a

prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar

compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção

da saúde do trabalhador. (item 5.1)

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – CIPA está prevista

no art. 163 da CLT devendo ser constituída em conformidade com a Norma

Regulamentadora nº 5, aprovada pela portaria 3.214/78 do MTE.

A CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados de

forma paritária.

Os membros representantes do empregador serão por eles designados (§1º do art.

164)

Já os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em

escrutínio secreto, do qual participem, independente de filiação sindical.

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Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida

arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou

financeiro.

Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do

Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser

condenado a reintegrar o empregado.

A estabilidade do cipeiro foi elevada em nível constitucional, a teor do que dispõe o art. 10, II, a, do

ADCT:

“Art. 10 - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o Art. 7º, I, da Constituição:

(...)

II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:

a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o

registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;

O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões

ordinárias sem justificativa (item 5.30 – NR 05).

NR 05 - CIPA

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ATRIBUIÇÕES DA CIPA

5.16 A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com

a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT,

onde houver;

(...)

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da

análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de

solução dos problemas identificados;

(...)

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

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FUNCIONAMENTO DA CIPA

5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário

preestabelecido.

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação

de medidas corretivas de emergência;

b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;

c) houver solicitação expressa de uma das representações.

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NR 06 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

INDIVIDUAL EPI

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de

proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e

funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa

proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. (Art.

166, CLT)

Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou

produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos

suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. (NR 06 – item 6.1)

O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a

indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. (Art. 167, CLT)

Os Certificados de Aprovação poderão ser consultado no site do Ministério do

Trabalho e Emprego.

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NR 06 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

INDIVIDUAL EPI

Art. 167. O equipamento de proteção individual só poderá ser

posto à venda ou utilizado com a indicação de certificado de

conformidade emitido no âmbito do Sistema Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Sinmetro ou

de laudos de ensaio emitidos por laboratórios acreditados

pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

- Inmetro, conforme o disposto em ato da Secretaria Especial

de Previdência e Trabalho do Ministério da

Economia. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019)

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NR 06 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

INDIVIDUAL EPI

A STRAB (Secretaria do Trabalho), por meio da SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) e

CGSST (Coordenadoria Geral de Segurança e Saúde no Trabalho), publicou na sexta-feira, dia

29/11/2019, um comunicado sobre o Certificado de Aprovação do Equipamento de Proteção

Individual.

De acordo com o documento, devido à alteração publicada na Medida Provisória 905, de 11 de

novembro de 2019, que deu uma nova redação ao artigo 167 da CLT (Consolidação das Leis do

Trabalho), excluindo a previsão de emissão de Certificação de Aprovação como condição para a

comercialização de EPI no território nacional, a SETRAB informa que o Ministério da Economia

não emitirá mais o CA dos equipamentos.

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NR 06 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

INDIVIDUAL EPIPrecedente Administrativo nº 99 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. UNIFORME.

O uniforme simples não é considerado EPI, pois sua finalidade é servir de vestimenta para o

trabalho e não proteger o trabalhador de acidentes ou exposição a agentes nocivos. O não

fornecimento de uniforme pode configurar transferência indevida do custo da atividade

econômica ao empregado e não infração à Norma Regulamentadora nº 6.

Também não são EPI:

- Tornozeleira;

- Joelheira;

- Protetor solar;

- Boné;

- Chapéu;

- Colete refletivo;

- Headset.

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6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI

adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas

seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção

contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do

trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o

disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI

adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

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6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e

em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao

empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao

empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de

profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o

designado e trabalhadores usuários.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

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(NR06 - 6.6.1) Cabe ao empregador quanto ao EPI:

• a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

• b) exigir seu uso;

• c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

• d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e

conservação;

• e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

• f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

• g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

• h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,

fichas ou sistema eletrônico.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

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OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

NÃO FORNECIMENTO DE EPI. RESCISÃO INDIRETA. CABIMENTO. O não fornecimento de

EPI necessário para as atividades do trabalhador traduz descumprimento das normas gerais de

segurança e medicina do trabalho, como dispõe o art. 157, I, da CLT. Ademais, a Norma

Regulamentada nº 06, em seu item 6.3, dispõe que "a empresa é obrigada a fornecer aos

empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e

funcionamento". Assim, a conduta do reclamado de exigir o uso de botas de borracha, sem as

fornecer tal EPI ao obreiro é motivo suficiente para ensejar a rescisão indireta. Sentença

reformada. (TRT18, RO - 0099100-66.2009.5.18.0201, Rel. ELVECIO MOURA DOS SANTOS,

DIVISÃO DE APOIO À 2ª TURMA, 24/02/2010).

ACIDENTE DO TRABALHO. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. Evidenciada a negligência da

reclamada em oferecer condições de trabalho totalmente seguras ao reclamante, de que

resultaram danos à sua saúde - entrega de EPI que evitaria o acidente sofrido -, surge a

obrigação de indenizar o dano moral daí advindo - CF/88, art. 7º, XXVIII e art. 186 do Código

Civil. Recurso da reclamada a que se nega provimento, no particular. (TRT18, RO - 0011185-

54.2014.5.18.0281, Rel. EUGENIO JOSE CESARIO ROSA, TRIBUNAL PLENO, 15/05/2015)

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OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

EMENTA: ACIDENTE DO TRABALHO. CONSEQUÊNCIAS DANOSAS PROVOCADAS POR

AUSÊNCIA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. CULPA PATRONAL POR

AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO. A efetiva fiscalização do uso de EPIs é obrigação imposta ao

empregador pela legislação de regência, em especial os itens 6.4 e 6.6.1, alínea "f", da NR-6 da

Portaria n. 3214/78, do MTE. Se o superior hierárquico constata que o trabalhador está

trabalhando sem os equipamentos fornecidos e apenas o alerta quanto à necessidade do uso,

sem exigir a imediata utilização dos itens de proteção, não cumpre com eficácia o papel

fiscalizador que a lei lhe atribui, concorrendo culposamente para as consequências danosas do

acidente ocorrido minutos após a constatação da falta. O dever de indenizar se impõe. Recurso

provido. (TRT da 3.ª Região; Processo: 0001159-07.2015.5.03.0078 RO; Data de Publicação:

10/03/2016; Órgão Julgador: Decima Primeira Turma; Relator: Convocado Antonio Carlos

R.Filho; Revisor: Convocado Jose Nilton Ferreira Pandelot).

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OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

EMENTA: NULIDADE - CERCEAMENTO DE DEFESA - FORNECIMENTO EPI -

PROVA TESTEMUNHAL. Não há cerceamento do direito de defesa da parte que

pretende produzir prova testemunhal para provar questões técnicas acerca dos

adicionais de periculosidade e de insalubridade, especialmente por dois motivos:

testemunha não detém conhecimento técnico; a prova apta para tanto é a

pericial. O fornecimento de equipamentos individuais de proteção deve, nos

termos da alínea "h" do item 6.6.1 da NR-06 do MTE, ser comprovado

documentalmente através das respectivas fichas de fornecimento, a fim de que

se possa apurar a frequência e a adequação dos equipamentos.

(TRT da 3.ª Região; Processo: 0001330-35.2013.5.03.0077 RO; Data de

Publicação: 04/08/2014; Órgão Julgador: Sexta Turma; Relator: Rosemary de

O.Pires; Revisor: Fernando Antonio Viegas Peixoto)

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OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

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6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio

para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

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OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

JUSTA CAUSA. UTILIZAÇÃO DE EPI. AUSÊNCIA DE GRAVIDADE . A ausência de uso do EPI

protetor auricular em uma única oportunidade não se reveste de gravidade suficiente para o

reconhecimento da justa causa, porque o esquecimento em uma única vez no caso específico

dos autos não implicou prejuízo à saúde do empregado. Na forma regimental, adoto o relatório

e parte do voto da Exma Juíza Relatora como integrantes do acórdão: " (TRT18, RO - 0011520-

19.2014.5.18.0008, Rel. MARIO SERGIO BOTTAZZO, 3ª TURMA, 24/02/2015).

ACIDENTE DE TRABALHO. ATO INSEGURO DO EMPREGADO. Um dos aspectos que afasta

qualquer responsabilidade da empresa pelo evento danoso, refere-se à excludente "culpa

exclusiva da vítima". Se o empregado, experiente na função de instalador (IRLA), não observa

dever mínimo de cautela, incorre em ato inseguro ao deixar de usar óculos de proteção, e que

evitaria tivesse atingido o olho por "prego" que se soltou da madeira ao fixá-lo na madeira.

Nessa circunstância a culpa exclusiva da vítima se impõe, não havendo se falar na pretendida

indenização civil. (TRT18, RO - 0111000-33.2006.5.18.0013, Rel. KATHIA MARIA BOMTEMPO

DE ALBUQUERQUE, DIVISÃO DE APOIO À 1ª TURMA, 04/12/2013)

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6.9 Certificado de Aprovação – CA

6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:

a)de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não

tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO,

quando for o caso.

6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,

quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos

daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o

nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA,

ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o

número do CA

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO EPI

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CONSULTANDO O CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx

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OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

SÚMULA 80 – TST - INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e

21.11.2003

A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores

aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do

respectivo adicional.

SÚMULA 289 – TST - INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO

APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e

21.11.2003

O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do

pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que

conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao

uso efetivo do equipamento pelo empregado.

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(...)14. A validade do CA, portanto, que começa a correr após a emissão do certificado pelo

MTE, serve como parâmetro para fabricantes, importadores e distribuidores negociarem

aquele equipamento certificado com o consumidor final, qual seja ó empregador, que

fornecerá o EPI aos trabalhadores. A observância da validade, do CA é, portanto, necessária

na compra e venda do EPI, seja pelo fabricante/importador, seja pelo distribuidor. O

empregador, consumidor final, também deve se atentar à data de validade do CA na

aquisição de EPI para seus trabalhadores, tendo em vista que, conforme 'estabelecido na

NR-06, é sua obrigação fornecer somente EPI certificado pelo MTE.

15. Para fins de utilização do EPI, desde que adquirido dentro do prazo de validade do CA,

deverá ser observada a vida útil indicada pelo fabricante, de acordo com as características

dos Materiais de composição, o uso ao qual se destina, as limitações de utilização, as

condições de armazenamento e a própria utilização. A observação desta validade de uso é,

portanto, do empregador que fornecerá o EPI aos 'seus trabalhadores.

17. Portanto, o uso do EPI, comercializado durante a validade do CA, não fica proibido, visto

que, à época de sua aquisição, a certificação junto ao MTE era válida. Ou seja, após a

aquisição final do EPI com CA válido, o empregador deve se atentar à validade do produto

informada pelo fabricante, e não mais à validade do CA.

Deve, então, o empregador adquirente do - EPI, antes de disponibilizá-lo ao trabalhador,

observar as indicações do fabricante/importador constantes na embalagem e no manual de

instruções do produto para determinação de sua validade.

NOTA TÉCNICA 146/2015 DO MTE SOBRE VALIDADE DO C.A.

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ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. EPIS SEM CERTIFICADO DE APROVAÇÃO. ART. 167

DA CLT. A eliminação da insalubridade pelo fornecimento e utilização de EPIs exige a

demonstração de certificação de aprovação de tais equipamentos. Ônus que compete ao

empregador, não restando suprida pela confissão ficta do reclamante, pois pertinente à

prova técnica, e não quanto a fatos. Recurso do reclamante provido em parte para deferir

adicional de insalubridade. (TRT 4ª Região - PROCESSO nº 0021561-95.2015.5.04.0203

(RO) - 5ª Turma - Relator: Janney Camargo Bina - Data: 13/03/2018).

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - VALIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO -

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO VENCIDO - Embora seja possível a utilização de

equipamentos de proteção quando o Certificado de Aprovação já esteja vencido (Nota

Técnica nº 146 /2015 /CGNOR /DSST /SIT), indispensável é a prova da validade do produto

segundo a indicação do fabricante, o que não ocorreu na hipótese. (TRT 4ª Região -

PROCESSO nº 0010124-83.2014.5.04.0141 (RO) – 3ª Turma - RELATOR: CLAUDIO

ANTONIO CASSOU BARBOSA - 13/03/2018)

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

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DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE FORNECIMENTO REGULAR DE EPI's. A conduta

danosa da reclamada consiste na inobservância de normas regulamentadoras sobre saúde

e segurança do trabalho, impondo a prestação de serviços em condições evidentemente

inadequadas e até nocivas a saúde. Entender que a exposição da saúde do trabalhador a

riscos de contaminação por doenças graves devido ao contato com os agentes biológicos

presentes no lixo urbano não configura conduta ilícita passível de reparação, implica em

desprestigiar os avanços normativos que garantem ao trabalhador um patamar mínimo de

respeito e dignidade. (TRT18, RO - 0011187-44.2017.5.18.0014, Rel. WELINGTON LUIS

PEIXOTO, 1ª TURMA, 04/05/2018)

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

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NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

7.1 DO OBJETO

7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de

elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições

que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico

de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da

saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

(...)

7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde

dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas

demais NR.

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NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

7.3 DAS RESPONSABILIDADES

7.3.1 Compete ao empregador:

a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela

sua eficácia;

b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao

PCMSO;

c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de

Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador

responsável pela execução do PCMSO;

d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de

acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado

ou não da empresa, para coordenar o PCMSO;

e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar

médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.

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NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

7.3.1.1 Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau

de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 25 (vinte e cinto)

empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, com

até 10 (dez) empregados.

7.3.1.1.1 As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50

(cinqüenta) empregados, enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro

1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em

decorrência de negociação coletiva.

7.3.1.1.2 As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte)

empregados, enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro 1 da NR 4,

poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em

decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional

competente em segurança e saúde no trabalho.

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NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

7.4 DO DESENVOLVIMENTO DO PCMSO

7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames

médicos:

a) admissional;

b) periódico;

c) de retorno ao trabalho;

d) de mudança de função;

e) demissional.

7.4.2 Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem:

a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;

b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta

NR e seus anexos.

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NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

7.4.2.1 Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos

Quadros I e II desta NR, os exames médicos complementares deverão ser executados

e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos.

A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no

mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por

notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação

coletiva de trabalho.

7.4.2.2 Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não-constantes dos

Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo

de estudo prévio dos aspectos de validade toxicológica, analítica e de

interpretação desses indicadores.

7.4.2.3 Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para

avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a

critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente

da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho.

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7.4.3 A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos

exames médicos constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à

periodicidade conforme previstos nos subitens abaixo relacionados:

7.4.3.1 no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o

trabalhador assuma suas atividades;

7.4.3.2 no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de

tempo abaixo discriminados:

a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem

o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para

aqueles que sejam, os exames deverão ser repetidos: portadores de doenças

crônicas

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OCUPACIONAL

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a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se

notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado

de negociação coletiva de trabalho;

a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os

trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;

b) para os demais trabalhadores:

b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e

cinco) anos de idade;

b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45

(quarenta e cinco) anos de idade.

NR 07 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

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7.4.3.3 No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada

obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por

período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de

natureza ocupacional ou não, ou parto.

7.4.3.4 No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada

antes da data da mudança.

7.4.3.4.1 Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer

alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do

trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.

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OCUPACIONAL

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NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

7.4.3.5 No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data

da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido

realizado há mais de:

- 135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2,

segundo o Quadro I da NR-4;

- 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I

da NR-4.

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7.4.3.5.1 As empresas enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4,

poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 135

(cento e trinta e cinco) dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional

indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente

em segurança e saúde no trabalho.

7.4.3.5.2 As empresas enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I da NR 4,

poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 90

(noventa) dias, em decorrência de negociação coletiva assistida por profissional indicado de

comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em

segurança e saúde no trabalho.

7.4.3.5.3 Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico

conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do

trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas

a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de

qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos

trabalhadores.

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OCUPACIONAL

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7.4.4 Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o

Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.

7.4.4.1 A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador,

inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do

trabalho.

7.4.4.2 A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador,

mediante recibo na primeira via.

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OCUPACIONAL

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7.4.4.3 O ASO deverá conter no mínimo:

a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua

função;

b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade

do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de

Segurança e Saúde no Trabalho-SSST;

c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador,

incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;

d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;

e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai

exercer, exerce ou exerceu;

f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;

g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu

número de inscrição no Conselho Regional de Medicina.

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OCUPACIONAL

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7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames

complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados

em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-

coordenador do PCMSO.

7.4.5.1 Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período

mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador.

7.4.5.2 Havendo substituição do médico a que se refere o item 7.4.5, os arquivos

deverão ser transferidos para seu sucessor.

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OCUPACIONAL

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NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

Quadro II da NR 07

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E M E N T A: ACIDENTE DE TRABALHO. NÃO VINCULAÇÃO DO MAGISTRADO À CONCLUSÃO DO

LAUDO PERICIAL. LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO.

DOENÇA OCUPACIONAL. DANO MORAL E MATERIAL. CONFIGURAÇÃO. Considerando haver nos

autos PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional do reclamado, que aponta riscos e

sobrecargas para a função de carteiro, bem como o laudo epidemiológico elaborado pela Empresa, que

apresenta nexo técnico epidemiológico entre as atividades desenvolvidas pelo empregado e as doenças

adquiridas, cabe ao magistrado desconsiderar as conclusões do laudo pericial do juízo, especialmente

diante da forma confusa como foi elaborado, em prestígio ao princípio do livre convencimento motivado. É

de se ressaltar que a responsabilidade da empregadora pelo acidente de trabalho ou doença profissional é

do tipo subjetiva, nos termos do artigo 7º, XXVIII, da Constituição Federal de 1988, ou seja, necessário que

o reclamante comprovasse a doença profissional, a conduta culposa da reclamada e o nexo de

causalidade entre um e outro, nos termos do artigo 818 da CLT c/c artigo 333, I, do CPC, encargo do qual

o autor se desincumbiu. Desse modo, em harmonia com o posicionamento do Parquet trabalhista, são

devidas ao reclamante, as indenizações por dano moral e material. Recurso provido.(TRT 13ª Região - 1ª

Turma - Recurso Ordinário nº 0170500-14.2014.5.13.0005, Redator: Desembargador Carlos Coelho De

Miranda Freire, Julgamento: 06/09/2016, Publicação: DJe 20/09/2016).

NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

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EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. EXAMES

PERIÓDICOS. EXIGÊNCIA DA REALIZAÇÃO DE RAIO X E ESCANOMETRIA.

PREVISÃO NO PCMSO ELABORADO PELA EMPRESA. DEFERIMENTO. A regra

insculpida no artigo 7º, XXII, da CF é clara e destaca, dentre os direitos sociais, a

redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e

segurança, direito esse que deve ser assegurado e respeitado, a fim de se

preservar a integridade física do trabalhador. Assim, havendo previsão no PCMSO

para que a ECT realize exames complementares de radiografias de joelhos, pés,

coluna vertebral e escanometria, dentre outros, para os empregados carteiros.

TRT 13ª Região - 1ª Turma - Recurso Ordinário nº 0001004-25.2016.5.13.0002,

Redator(a): Desembargador(a) do Trabalho Carlos Coelho De Miranda Freire,

Julgamento: 25/07/2017, Publicação: DJe 03/08/2017

NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

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7.4.8 Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais,

através de exames médicos que incluam os definidos nesta NR; ou sendo

verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema

biológico, através dos exames constantes dos Quadros I (apenas aqueles com

interpretação SC) e II, e do item 7.4.2.3 da presente NR, mesmo sem

sintomatologia, caberá ao médico-coordenador ou encarregado:

a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT;

b) indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco,

ou do trabalho;

c) encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo

causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em

relação ao trabalho;

d) orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle

no ambiente de trabalho.

NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

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5. Diagnóstico da perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora

elevados e definição da aptidão para o trabalho.

5.1. O diagnóstico conclusivo, o diagnóstico diferencial e a definição da aptidão

para o trabalho, na suspeita de perda auditiva induzida por níveis de pressão

sonora elevados, estão a cargo do médico coordenador do PCMSO de cada

empresa, ou do médico encarregado pelo mesmo para realizar o exame médico,

dentro dos moldes previstos na NR - 7,ou, na ausência destes, do médico que

assiste ao trabalhador.

NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

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PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL – QUADRO II DA NR 07

5.2. A perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados, por si só, não é

indicativa de inaptidão para o trabalho, devendo-se levar em consideração na análise de

cada caso, além do traçado audiométrico ou da evolução seqüencial de exames

audiométricos, os seguintes fatores:

a) a história clínica e ocupacional do trabalhador;

b) o resultado da otoscopia e de outros testes audiológicos complementares;

c) a idade do trabalhador;

d) o tempo de exposição pregressa e atual a níveis de pressão sonora elevados;

e) os níveis de pressão sonora a que o trabalhador estará, está ou esteve exposto no

exercício do trabalho;

f) a demanda auditiva do trabalho ou da função;

g) a exposição não ocupacional a níveis de pressão sonora elevados;

h) a exposição ocupacional a outro(s) agente(s) de risco ao sistema auditivo;

i) a exposição não ocupacional a outro(s) agentes de risco ao sistema auditivo;

j) a capacitação profissional do trabalhador examinado;

k) os programas de conservação auditiva aos quais tem ou terá acesso o trabalhador.

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PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL – QUADRO II DA NR 07

ECT. CARTEIRO. DESCUMPRIMENTO DE NORMA REGULAMENTADORA DO MTE, PCMSO E

NORMAS DA PRÓPRIA EMPRESA. EXAMES PERIÓDICOS E COMPLEMENTARES. EXIGÊNCIA.

Evidenciado o descumprimento da obrigação patronal prevista norma regulamentadora do MTE, PCMSO e

normas internas da própria empresa reclamada, relativa à solicitação de exames periódicos e

complementares para o empregado que, no exercício de suas atividades, se encontra exposto a riscos

específicos, principalmente, no caso, em relação às enfermidades ortopédicas e reumatológicas, deve ser

mantida a sentença, que condenou a empregadora na obrigação de fazer consistente em submeter o

reclamante aos exames periódicos anuais nos moldes do rol dos exames admissionais específicos ao

agente de correios-carteiro, bem como aos exames periódicos comuns a todos os empregados. FIXAÇÃO

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ASSISTENCIAIS. REDUÇÃO. Se o valor da condenação, arbitrada

para contagem de custas e honorários advocatícios assistenciais em favor do sindicato, mostra-se elevado,

exige-se que este Órgão Julgador proceda ao arbitramento dos honorários, de forma razoável, com

aplicação analógica do art. 85, § 8º, do CPC de 2015. Recurso ordinário a que se dá parcial provimento.

(TRT 13ª Região - 2ª Turma - Recurso Ordinário nº 0000721-81.2017.5.13.0029, Redator(a):

Desembargador(a) do Trabalho Edvaldo De Andrade, Julgamento: 30/01/2018, Publicação: DJe

05/02/2018)_

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NR 09 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS

AMBIENTAIS - PPRA

A NR 09 (portaria 3214/78 – MTE) estabelece a obrigatoriedade da

elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e

instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da

saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,

reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos

ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,

tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos

naturais.

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Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos

existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,

concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de

causar danos à saúde do trabalhador.

O PPRA deve ser articulado com o PCMSO – Programa de Controle

Médico de Saúde Ocupacional – (NR 07).

Através dos riscos identificados no PPRA é que o médico coordenador do

PCMSO determinará a forma de controle da saúde dos trabalhadores,

determinando inclusive a realização de exames médicos complementares,

além do clínico.

NR 09 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS

AMBIENTAIS - PPRA

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9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos,

químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua

natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,

são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua

natureza, condição ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes

nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados de acordo com a natureza

e a intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189,

CLT).

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9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que

possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões

anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes,

bem como o infra-som e o ultra-som.

9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos

que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,

fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de

exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele

ou por ingestão.

9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos,

parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

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9.3.5.2. O estudo desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva

deverão obedecer à seguinte hierarquia:

a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes

prejudiciais à saúde;

b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente

de trabalho;

c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente

de trabalho.

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O PPRA deve ser analisado com cautela, a fim de verificar se se trata apenas do

cumprimento pela sua implementação ou se é documento “vivo” no sentido do

controle dos Riscos Ambientais.

Como verificar isso?

- Verificar se há plano de ação?

- Verificar se o plano de ação está sendo executado e atualizado?

- Se as sugestões de prevenção dos riscos no ambiente de trabalho são

adequadas?

9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de

treinamento dos trabalhadores quanto os procedimentos que assegurem a sua

eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.

9.3.5.6 O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia

das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas

avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-7.

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RECURSO DA RECLAMADA. DANOS MORAIS E MATERIAIS. NEXO CAUSAL RECONHECIDO.

CONCAUSALIDADE. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA CONFIGURADA. INDENIZAÇÕES

DEVIDAS. Tendo o conjunto probatório demonstrado por meio do laudo técnico produzido, que as

atividades laborais desempenhadas pela parte autora contribuíram para o

desenvolvimento/agravamento de sua enfermidade, resta configurado o nexo causal entre a doença

e o labor. Quanto à responsabilidade da empresa, a culpa do empregador pode ser caracterizada

pela simples negligência, pois não cuidou sequer em implementar PPRA e PCMSO no âmbito da

empresa, o que demonstra o descompromisso com a adequação do meio ambiente laboral. Recurso

patronal não provido. RECURSO DO RECLAMANTE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

CONTRATUAIS. PERDAS E DANOS. Este Regional, julgando o Incidente de Uniformização de

Jurisprudência nº 0042200-20.2012.5.13.0000, firmou entendimento no sentido de que é indevido o

ressarcimento das despesas com a contratação de advogado no processo do trabalho, subsistindo,

na apreciação de tais casos, as diretrizes contidas nas Súmulas 219 e 329 do TST. Recurso obreiro

não provido.(TRT 13ª Região - 2ª Turma - Recurso Ordinário nº 0131843-03.2015.5.13.0026,

Redator(a): Desembargador(a) do Trabalho Wolney De Macedo Cordeiro, Julgamento: 30/11/2017,

Publicação: DJe 11/12/2017

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