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Diário da República, 1.ª série — N.º 33 — 17 de fevereiro de 2014 1435 C051 — Nascente Souto Chão 1, C055 — Nascente Souto Chão 2 e C056 — Nascente Souto Chão 3 C052 — Furo da Lourizela C053 — Mina da Arroteia C060 – Furo Bombeiros 1 MINISTÉRIOS DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA, DA SAÚDE E DA SOLIDARIEDADE, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL. Portaria n.º 40/2014 de 17 de fevereiro O Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de março, veio esta- belecer o regime das operações de gestão de resíduos resultantes de obras ou demolições de edificações ou de derrocadas que compreende a prevenção, reutilização, as operações de recolha, transporte, armazenagem, trata- mento, valorização e eliminação deste tipo de resíduos. Em execução do disposto no n.º 2 do artigo 14.º do refe- rido diploma, torna-se necessário aprovar as normas para a correta remoção dos materiais contendo amianto, e para o acondicionamento dos respetivos resíduos de construção e demolição gerados, seu transporte e gestão. A preparação da presente portaria exigiu ter em especial consideração as disposições legais vigentes em matéria de gestão de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), bem como em matéria de proteção sanitária dos trabalha- dores contra o risco de exposição ao amianto durante o trabalho, designadamente, as constantes do Decreto-Lei n.º 266/2007, de 24 de julho, que estabelece as normas relativas à proteção sanitária dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao amianto durante o trabalho, às quais a entidade empregadora se encontra vinculada, devendo assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores, em função da avaliação de risco da exposição profissional, disponibilizando os equipamentos de proteção individual adequados, e assegurando a formação e informação espe- cífica relativamente às operações de remoção de materiais contendo amianto, incluindo o acondicionamento dos resí- duos de construção e demolição contendo amianto que sejam gerados, bem como o seu transporte e gestão. No que diz respeito ao transporte de resíduos perigosos, destaca-se a regulamentação aplicável ao transporte rodo- viário e ferroviário de mercadorias perigosas, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 206-A/2012, de 31 de agosto, que considera os resíduos de construção e demolição contendo amianto mercadorias perigosas da Classe 9, a Portaria

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Portaria que regula a classificação de elementos com amianto

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  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 33 17 de fevereiro de 2014 1435

    C051 Nascente Souto Cho 1, C055 Nascente Souto Cho 2 e C056 Nascente Souto Cho 3

    C052 Furo da Lourizela

    C053 Mina da Arroteia

    C060 Furo Bombeiros 1

    MINISTRIOS DO AMBIENTE, ORDENAMENTODO TERRITRIO E ENERGIA, DA SADEE DA SOLIDARIEDADE, EMPREGO E SEGURANA SOCIAL.

    Portaria n. 40/2014de 17 de fevereiro

    O Decreto -Lei n. 46/2008, de 12 de maro, veio esta-belecer o regime das operaes de gesto de resduos resultantes de obras ou demolies de edificaes ou de derrocadas que compreende a preveno, reutilizao, as operaes de recolha, transporte, armazenagem, trata-mento, valorizao e eliminao deste tipo de resduos.

    Em execuo do disposto no n. 2 do artigo 14. do refe-rido diploma, torna -se necessrio aprovar as normas para a correta remoo dos materiais contendo amianto, e para o acondicionamento dos respetivos resduos de construo e demolio gerados, seu transporte e gesto.

    A preparao da presente portaria exigiu ter em especial considerao as disposies legais vigentes em matria de gesto de Resduos de Construo e Demolio (RCD), bem como em matria de proteo sanitria dos trabalha-dores contra o risco de exposio ao amianto durante o trabalho, designadamente, as constantes do Decreto -Lei n. 266/2007, de 24 de julho, que estabelece as normas relativas proteo sanitria dos trabalhadores contra os riscos de exposio ao amianto durante o trabalho, s quais a entidade empregadora se encontra vinculada, devendo assegurar a vigilncia adequada da sade dos trabalhadores, em funo da avaliao de risco da exposio profissional, disponibilizando os equipamentos de proteo individual adequados, e assegurando a formao e informao espe-cfica relativamente s operaes de remoo de materiais contendo amianto, incluindo o acondicionamento dos res-duos de construo e demolio contendo amianto que sejam gerados, bem como o seu transporte e gesto.

    No que diz respeito ao transporte de resduos perigosos, destaca -se a regulamentao aplicvel ao transporte rodo-virio e ferrovirio de mercadorias perigosas, aprovada pelo Decreto -Lei n. 41 -A/2010, de 29 de abril, alterado pelo Decreto -Lei n. 206 -A/2012, de 31 de agosto, que considera os resduos de construo e demolio contendo amianto mercadorias perigosas da Classe 9, a Portaria

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    n. 335/97, de 16 de maio, relativa ao transporte de resduos dentro do territrio nacional, e a Portaria n. 417/2008, de 11 de junho, que estabelece os modelos de Guias de Acompanhamento de RCD.

    Atravs da presente portaria, pretende -se clarificar os aspetos inerentes inventariao dos materiais contendo amianto e sua caracterizao, na fase de projeto, bem como ao acondicionamento, transporte, armazenamento e eliminao dos resduos de construo e demolio com amianto que sejam gerados.

    Tendo em conta os objetivos nacionais em matria de desempenho ambiental, elevados por via dos compromis-sos internacionais e comunitrios assumidos pelo Estado Portugus, so previstas medidas de preveno dos efeitos negativos para o ambiente e de minimizao de perigos para a sade humana, resultantes da deposio no con-trolada em aterro de resduos de construo e demolio contendo amianto. Com efeito, proibida a deposio de resduos de construo e demolio contendo amianto em aterros para resduos inertes, sendo a sua deposio em aterros de resduos no perigosos restrita e condicionada ao cumprimento de um conjunto de requisitos, conforme previsto no Decreto -Lei n. 183/2009, de 10 de agosto.

    So igualmente indicadas as normas a respeitar em mat-ria de armazenamento temporrio de resduos de constru-o e demolio contendo amianto, sujeito a licenciamento nos termos do Decreto -Lei n. 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto -Lei n. 73/2011, de 17 de junho, bem como sua deposio em aterro, que deve seguir os requisitos definidos no Decreto -Lei n. 183/2009, de 10 de agosto.

    Atravs da presente portaria pretende -se, ainda, velar pelo cumprimento das normas relativas transferncia de resduos contendo amianto previstas no Regulamento (CE) n. 1013/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 junho, designadamente o disposto no artigo 36. que probe a sua exportao para pases no abrangidos pela Deciso do Conselho da Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico C(2001) 107/Final relativa reviso da Deciso C(1992) 39/Final sobre o controlo dos movimentos transfronteirios de resduos destinados a operaes de valorizao.

    Nesta conformidade, considera -se essencial assegurar a rastreabilidade dos resduos de construo e demolio contendo amianto logo desde a sua produo, passando pela triagem na origem, posterior recolha e transporte, bem como o seu armazenamento e tratamento, em condies que assegurem a salvaguarda e proteo do ambiente e da sade humana, prevendo -se medidas preventivas especi-ficamente para cada uma das operaes de gesto destes resduos.

    Tais medidas preventivas e demais normas tcnicas estabelecidas devem ser tidas em conta pelas autoridades competentes no mbito do processo de licenciamento de operaes de gesto de resduos.

    Observa -se, por fim, que, sob a coordenao da Agncia Portuguesa do Ambiente I. P., colaboraram na elaborao da presente portaria a Autoridade para as Condies de Trabalho, a Direo -Geral da Sade, a Direo Regio-nal de Educao de Lisboa e Vale do Tejo, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, e a Associao de Empresas de Construo de Obras Pblicas e Servios. Foram consultadas as entidades licenciadoras, operadores de gesto de resduos licenciados, a Quercus, o Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge e uma empresa espe-

    cializada em anlises e na remoo de materiais contendo amianto, tendo sido integrados os respetivos contributos.

    Assim:Nos termos do n. 2 do artigo 14. do Decreto -Lei

    n. 46/2008, de 12 de maro, manda o Governo, pelos Ministros do Ambiente, Ordenamento do Territrio e Ener-gia, da Sade, e da Solidariedade, Emprego e Segurana Social, o seguinte:

    Artigo 1.Objeto

    1 A presente portaria estabelece as normas para a correta remoo dos materiais contendo amianto e para o acondicionamento, transporte e gesto dos respetivos resduos de construo e demolio gerados, tendo em vista a proteo do ambiente e da sade humana.

    2 As normas estabelecidas pela presente portaria no prejudicam o disposto no Decreto -Lei n. 46/2008, de 12 de maro, que regulamenta a gesto de resduos de construo e demolio (RCD), no Decreto -Lei n. 266/2007, de 24 de julho, relativo proteo sanitria dos trabalhadores contra os riscos de exposio ao amianto, bem como na demais legislao aplicvel ao transporte de resduos.

    Artigo 2.mbito

    1 O presente regime aplicvel s seguintes ati-vidades que envolvam manuseamento de materiais con-tendo amianto (MCA) e a gesto dos respetivos resduos de construo e demolio contendo amianto (RCDA), no mbito das quais se possa verificar exposio a esses materiais ou resduos:

    a) No contexto das seguintes operaes abrangidas pelo Decreto -Lei n. 46/2008, de 12 de maro:

    i) Demolio de construes em que exista amianto ou materiais que contenham amianto;

    ii) Derrocada de edificaes em que exista amianto ou materiais que contenham amianto;

    iii) Remoo do amianto ou de materiais que contenham amianto de instalaes, de estruturas e de edifcios;

    b) No transporte, tratamento e eliminao de RCDA;c) Na deposio de resduos em aterros autorizados

    para RCDA.

    2 A presente portaria articula -se com o regime geral da gesto de resduos, aprovado pelo Decreto -Lei n. 178/2006, de 5 de setembro, devendo as autoridades competentes para o licenciamento de operaes de gesto de resduos ter em conta as normas tcnicas estabelecidas.

    Artigo 3.Gesto de RCDA

    1 O produtor ou o detentor de resduos, nos termos do RGGR, e o operador de gesto de resduos, incluindo o transportador, so corresponsveis pela gesto dos RCDA, na medida da respetiva interveno e nos termos da legis-lao aplicvel.

    2 Nas obras particulares isentas de licenciamento e no sujeitas a comunicao prvia, nos termos do Regime Jurdico da Urbanizao e Edificao (RJUE), a responsa-

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    bilidade pela gesto dos RCDA, cabe entidade respons-vel pela gesto de resduos urbanos mediante o pagamento da correspondente taxa prevista no regulamento municipal especfico que seja aplicvel.

    3 proibida a reutilizao de MCA, a reciclagem ou outras formas de valorizao dos RCDA, sem prejuzo da eventual adaptao ao progresso cientfico e tcnico, e desde que salvaguardados os efeitos adversos sobre o ambiente e a sade humana.

    4 Os RCDA devem ser encaminhados para efeitos de eliminao, atravs da deposio em aterro ou de outros processos ou mtodos que se mostrem adequados, desde que no sejam potenciais causadores de prejuzos para a sade humana ou para o ambiente.

    Artigo 4.Caracterizao e inventariao

    1 Antes do incio da obra, o dono de obra identifica os materiais que presumivelmente contm amianto, e procede sua caracterizao e distino entre amianto frivel e no frivel, bem como estimativa da produo esperada dos respetivos RCDA.

    2 Em caso de dvida sobre a presena de amianto nos materiais, o dono de obra deve promover a desocupao do edifcio ou do local em causa, e proceder recolha de amostras para anlise laboratorial, atravs de empresas ou laboratrios preferencialmente acreditados para o efeito, sem prejuzo do disposto no nmero 7.

    3 Os MCA devem ser inventariados e registados no plano de segurana e sade em projeto, previsto no Decreto -Lei n. 273/2003, de 29 de outubro, de acordo com o seguinte:

    a) Identificao e localizao do elemento ou material de construo onde se encontra presente o amianto;

    b) Extenso de MCA;c) Avaliao dos riscos de libertao de poeiras ou par-

    tculas de amianto atravs do estado de degradao do material (amianto frivel ou no frivel);

    d) Estimativa das quantidades dos respetivos resduos a gerar, com indicao do cdigo da Lista Europeia de Resduos (LER), publicada pela Portaria n. 209/2004, de 3 de maro;

    e) Acordo prvio escrito entre a empresa responsvel pelos trabalhos de remoo dos MCA e o destinatrio final dos RCDA, incluindo a identificao do destino final dos resduos (aterro).

    4 O acordo referido na alnea e) do nmero anterior deve integrar o pedido de autorizao Autoridade para as Condies de Trabalho (ACT).

    5 Nas empreitadas ou concesses de obras pblicas, a estimativa das quantidades de RCD e de RCDA gera-dos e a eliminar, por cdigo LER deve constar do Plano de Preveno e Gesto de RCD que integra o projeto de execuo da obra, elaborado de acordo com o disposto no Decreto -Lei n. 46/2008, de 12 de maro.

    6 O amianto pode encontrar -se, designadamente, nos seguintes elementos e materiais de construo:

    a) Pavimentos;b) Placas de teto falso;c) Elementos pr -fabricados constitudos por fibroci-

    mento;

    d) Produtos e materiais de enchimento e revestimento aplicados;

    e) Portas corta -fogo;f) Portas de courettes;g) Paredes divisrias pr -fabricadas;h) Tijolos refratrios;i) Caldeiras (revestimento e apoios);j) Telhas;k) Impermeabilizao de coberturas e caleiras.

    7 No prazo de trs anos aps a entrada em vigor da presente portaria, as anlises laboratoriais previstas no nmero 2 devem ser realizadas obrigatoriamente por empresas ou laboratrios acreditados para o efeito.

    Artigo 5.Remoo, triagem, acondicionamento

    e armazenagem preliminar

    1 A remoo dos MCA prvia demolio das edificaes, exceto quando tecnicamente invivel.

    2 A autorizao do plano de trabalhos para remoo de MCA condicionada pela identificao da entidade que realiza a eliminao dos resduos, bem como de operadores intermdios, quando existam.

    3 Caso os RCDA no sejam encaminhados dire-tamente para o operador final (aterro), o produtor dos resduos deve obter a informao junto do operador inter-mdio, sobre o destino final dos RCDA.

    4 Durante a sua remoo, e sempre que tecnicamente possvel, os MCA so mantidos inteiros, no devendo ser fragmentados ou triturados para evitar a disperso de fibras e poeiras.

    5 A entidade responsvel pelos trabalhos de manu-seamento e remoo dos MCA assegura a separao sele-tiva dos RCDA e o seu adequado acondicionamento e armazenamento preliminar no local da obra, antes do seu encaminhamento para o operador de gesto de resduos, devidamente autorizado.

    6 Os RCDA so sujeitos a um tratamento que mini-mize a libertao de fibras, sempre que necessrio e, posteriormente, acondicionados de forma a garantir que permanecem fechados de forma segura, at ao seu enca-minhamento para a instalao de eliminao.

    7 Quando se trate de obras particulares sujeitas a licenciamento ou comunicao prvia, nos termos do RJUE, a entidade responsvel pela obra, tem que manter, a par do livro de obra, o registo de dados de RCDA, com o respetivo cdigo LER, conforme modelo do Anexo II do Decreto -Lei n. 46/2008, de 12 de maro.

    8 Em caso de subcontratao dos trabalhos de remo-o dos MCA, os dados relativos s quantidades de RCDA geradas e o respetivo destino final so fornecidos pela entidade responsvel pela remoo dos MCA.

    9 Nas empreitadas ou concesses de obras pblicas, a informao sobre os quantitativos de RCDA gerados, e encaminhados para eliminao, registada no Plano de Preveno e Gesto de RCD, referido no nmero 5 do artigo 4..

    10 A execuo de trabalhos de manuteno, reparao, remodelao ou demolio de instalaes, estruturas, edifcios, ou equipamentos que incorporem MCA devem respeitar os requisitos previstos no artigo seguinte.

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    Artigo 6.Requisitos tcnicos para acondicionamento e armazenamento

    preliminar no local de obra

    1 Os RCD so segregados por fileiras, em funo da sua perigosidade, verificando -se designadamente a pre-sena de amianto frivel ou no frivel.

    2 A triagem dos RCD realizada em zona confinada, evitando e prevenindo a mistura de resduos e a interfern-cia nos acondicionamentos com resduos contaminados, como elementos metlicos, madeira, cascalho ou outros.

    3 O acondicionamento dos RCDA dever ter em conta a sua perigosidade.

    4 A embalagem de RCDA contm rtulo identifi-cativo de material contendo amianto, conforme modelo previsto no Anexo III do Decreto -Lei n. 101/2005, de 23 de junho.

    5 O acondicionamento duplo dos RCDA friveis, ou em dupla embalagem, assegurado atravs de saco estan-que, colocado numa embalagem ou contentor suplementar, selado e identificado.

    6 As embalagens fechadas e rotuladas de acordo com os nmeros anteriores so aspiradas e limpas exte-riormente antes de serem retiradas, com aspirador que cumpra as especificaes internacionais relativas uti-lizao com amianto, e, se necessrio ou em alternativa, limpas exteriormente a hmido, antes de serem retiradas da zona confinada.

    7 O produtor de RCDA adota as medidas necessrias para retirar os RCDA do local de trabalho, gradualmente e medida que forem sendo produzidos, acondicionando -os de acordo com o disposto no n. 11.

    8 O dono de obra define, aquando da adjudicao da obra, uma zona especfica do estaleiro para o armaze-namento preliminar dos RCDA acondicionados e emba-lados, dotada de pavimento impermeabilizado, de modo a prevenir a contaminao do solo por motivo de acidente antes do seu encaminhamento para o operador de gesto de resduos autorizado.

    9 Quando os RCDA forem armazenados preliminar-mente noutro estaleiro pertencente empresa responsvel pela obra, devem ser asseguradas nesse local as mesmas condies de acondicionamento e armazenagem.

    10 A zona de armazenagem de RCDA deve ser um local de acesso controlado, sendo utilizados preferencial-mente contentores com sistema de fecho inviolvel.

    11 O acondicionamento dos RCDA deve ser efe-tuado em embalagens, grandes recipientes para granel (GRG) ou grandes embalagens que cumpram os seguintes requisitos:

    a) Aprovao em conformidade com as regras relativas ao fabrico das embalagens dos grandes recipientes para granel e das grandes embalagens, previstas no Decreto -Lei n. 41 -A/2010, de 29 de abril, alterado pelo Decreto -Lei n. 206 -A/2012, de 31 de agosto;

    b) Cumprimento das regras de marcao e etiquetagem previstas no Decreto -Lei n. 41 -A/2010, de 29 de abril, designadamente a aposio de etiquetas de perigo e mar-cao do nmero de identificao da mercadoria;

    c) Observncia das condies de manuteno das embalagens de RCDA de forma a minimizar os riscos de abertura ou rasgo durante o seu manuseamento at entrada na instalao de eliminao, devendo ser utilizados meios auxiliares de manipulao como carrinhos de mo

    ou motorizados, contentores munidos de rodas e sistemas de elevao adaptados.

    Artigo 7.Transporte de resduos de construo

    e demolio contendo amianto

    1 A notificao ACT, prevista no artigo 3. do Decreto -Lei n. 266/2007, de 24 de julho, atualizada sempre que se verifiquem alteraes das condies de trabalho inicialmente constantes no plano aprovado que impliquem um aumento significativo da exposio a poei-ras de amianto ou de MCA.

    2 A ACT estabelece os termos e condies das noti-ficaes referidas no nmero anterior.

    3 O transporte de RCDA provenientes da obra acompanhado de guias de acompanhamento de RCD, cujos modelos constam dos Anexos I e II da Portaria n. 417/2008, de 11 de junho.

    4 Caso os RCDA sejam encaminhados para um operador intermdio para armazenamento temporrio, o seu transporte posterior para o operador final, deve ser acompanhado da Guia Modelo A, constante da Portaria n. 335/97, de 16 de maio.

    Artigo 8.Requisitos tcnicos para o transporte de RCDA

    1 No transporte de RCDA friveis devem ser cum-pridas as prescries regulamentares relativas a merca-dorias perigosas (RTTMP), aprovada pelo Decreto -Lei n. 41 -A/2010, de 29 de abril, nomeadamente no que diz respeito:

    a) Ao dispositivo de transporte e sua conformidade com a regulamentao aplicvel ao transporte rodovirio e ferrovirio de mercadorias perigosas;

    b) Ao acondicionamento dos resduos.

    2 O transporte de RCDA deve ser acompanhado dos seguintes documentos:

    a) Documento de transporte e informaes que lhe dizem respeito, previsto na Seco 5.4.1, da RTTMP, no qual deve constar a designao da mercadoria, conforme especificado na Lista de mercadorias perigosas constante do Captulo 3.2 da RTTMP, da responsabilidade do expe-didor a quem compete entreg -los ao transportador;

    b) Instrues escritas, previstas na Seco 5.4.3 da RTTMP, da responsabilidade do expedidor a quem com-pete entreg -las ao transportador;

    c) Certificado de formao de condutores, previstas no Captulo 8.2 da RTTMP, que habilite o condutor para o transporte a efetuar.

    d) Guias de acompanhamento de RCD (GARCD), con-forme modelos constantes dos Anexos I e II da Portaria n. 417/2008, de 11 de junho;

    e) Guia de acompanhamento de resduos (GAR), se aplicvel, conforme Modelo A, aprovado pela Portaria n. 335/97, de 16 de maio;

    f) Acordo prvio escrito, referido na alnea e) do n. 3 do artigo 4..

    3 Caso se verifique o encaminhamento dos RCDA para um operador de gesto de resduos intermdio para

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    efeitos de armazenamento temporrio, devem ser cumpri-dos os seguintes procedimentos:

    a) No transporte dos resduos do produtor para o ope-rador intermdio, deve ser preenchido o modelo de GAR aprovado pela Portaria n. 417/2008, de 11 de junho, (GARCD);

    b) No transporte dos resduos do operador intermdio para o operador final, deve ser preenchida a GAR / modelo A constante da Portaria n. 335/97, de 16 de maio;

    c) O operador intermdio deve facultar ao operador final, cpia da GARCD, que identifica a provenincia do resduo;

    d) As GAR devem encontrar -se completamente preen-chidas e validadas pelo produtor dos resduos, o transpor-tador e o operador de gesto de resduos, e devem conter a informao sobre as quantidades recolhidas e as recebidas no operador intermdio, e as quantidades enviadas e rece-bidas pelo operador final;

    e) No preenchimento das GAR dever ser identificado o cdigo LER 17 06 01 ou 17 06 05;

    f) Aps a receo dos resduos o operador final deve fornecer no prazo de 30 dias, ao operador intermdio, cpia da GAR, modelo A, validada com identificao do nome, data e aposio de assinatura;

    g) O operador intermdio deve remeter ao produtor dos resduos, no prazo de 65 dias, cpias das correspondentes GARCD e da GAR Modelo A, preenchidas e validadas conforme acima referido.

    4 Caso os RCDA sejam encaminhados diretamente do produtor para o operador final, deve ser preenchida a GARCD e devolvida cpia da Guia, no prazo de 30 dias, pelo operador final ao produtor de resduos.

    5 A sinalizao de veculos feita nas condies prescritas na legislao aplicvel, designadamente com as placas -etiquetas e os painis laranja previstos no cap-tulo 5.3 da RTTMP.

    6 As GARCD e GAR referidas na alnea b) do n. 3 devem conter a identificao do nome, assinatura e data do produtor de RCDA, bem como a identificao do trans-portador e do destinatrio de RCDA, e ainda a indicao das quantidades de RCDA produzidas e recebidas no desti-natrio, com o respetivo cdigo LER, devendo o produtor de RCDA:

    a) Verificar as quantidades de RCDA produzidos, indi-cadas nas Guias, e os recebidos pelo operador de gesto de resduos, e reportar eventuais discrepncias APA, I. P., no prazo de 15 dias aps receo da cpia da GAR;

    b) Informar a APA, I. P., no prazo de 45 dias aps encaminhamento dos resduos para o operador final, ou no prazo de 80 dias aps encaminhamento dos resduos para operador intermdio, quando o operador de gesto de resduos no proceda devoluo das cpias das GAR, devidamente preenchidas e validadas.

    7 O operador deve assegurar -se que durante o trans-porte no existe o risco de libertao de fibras de amianto, nomeadamente por oscilao da carga ou por queda dos RCDA para a via pblica.

    8 Na descarga do veculo que transporta os RCDA assegura a completa integridade das embalagens, por forma a garantir que no so libertadas fibras de amianto para o ar ambiente.

    Artigo 9.Armazenagem e eliminao

    1 A notificao da ACT, nos termos do artigo 3. do Decreto -Lei n. 266/2007, de 24 de julho, a realizar, pelo menos com 30 dias de antecedncia relativamente data de receo de RCDA, deve ser atualizada sempre que se verifiquem alteraes das condies de trabalho inicialmente previstas e aprovadas, que impliquem um aumento significativo da exposio a poeiras de amianto ou de MCA.

    2 A ACT estabelece os termos e condies das noti-ficaes referidas no nmero anterior.

    3 Os RCDA so depositados em aterros para res-duos perigosos, observando o procedimento de admis-so preconizado na Parte A do Anexo IV do Decreto -Lei n. 183/2009, de 10 de agosto, que inclui a sua caracteriza-o bsica, a verificao de conformidade e a verificao no local.

    4 A Agncia Portuguesa do Ambiente, I. P. disponi-biliza no seu lugar da internet, informao sobre os ope-radores de gesto de resduos autorizados para a gesto de RCDA, incluindo os aterros autorizados.

    Artigo 10.Requisitos tcnicos para a armazenagem e eliminao

    1 O operador de gesto de resduos que realiza o armazenamento temporrio de RCDA deve, designada-mente, dar cumprimento aos seguintes requisitos e medi-das de preveno da disperso de fibras de amianto e de proteo da sade dos trabalhadores:

    a) Proceder notificao ACT referida no artigo 8., na qual deve constar, no mnimo, a previso/periodicidade das operaes de armazenagem de RCDA, o nmero de operadores envolvidos, bem como o tipo e a quantidade estimada de RCDA a armazenar;

    b) Verificar, aquando da receo dos RCDA, a integri-dade das respetivas embalagens e a sua identificao/rotu-lagem, de acordo com o disposto no n. 4 do artigo 6.;

    c) Assegurar o manuseamento e remoo cuidadosa dos RCDA para caixas reservadas especificamente para esse fim;

    d) Assegurar que o perodo de armazenamento dos RCDA seja reduzido ao mnimo tempo possvel;

    e) Estabelecer procedimentos de emergncia para o caso de ocorrer a disperso acidental de fibras de amianto;

    f) Assegurar a distribuio de equipamentos de proteo individual (EPI) tais como mscaras FFP3 para os trabalhos de muita curta durao e mscara completa com ventilao assistida, luvas impermeveis, fatos de proteo e botas de segurana para trabalhos de longa durao e ou que envolvam material frivel;

    g) Assegurar a informao, e formao, do pessoal envolvido (incluindo os seguranas);

    h) Especificamente, no que se refere a infraestruturas de armazenagem:

    i) Assegurar que a zona de armazenagem dos RCDA se encontre sinalizada, e tenha acesso controlado;

    ii) Assegurar a disponibilizao dos meios auxiliares de manuseamento dos RCDA, nomeadamente carrinhos de mo ou motorizados, contentores munidos de rodas, e sistemas de elevao adaptados, prevenindo a sua queda e fragmentao;

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    iii) Dotar a zona de armazenagem de RCDA de pavi-mento impermeabilizado com sistema de conteno;

    iv) Instalar, na proximidade da zona de armazenagem, dispersores de gua, para o caso de se verificar a necessi-dade de humidificao da mesma;

    v) Manter as reas e materiais, incluindo os EPI, nas melhores condies de limpeza e manuteno;

    i) Implementar as medidas de higiene, nomeadamente disponibilizar instalaes sanitrias adaptadas, dotadas de duche;

    j) Disponibilizar informao sobre as condies de acei-tao de RCDA na instalao;

    k) No permitir operaes de tratamento de RCDA.

    2 O Responsvel pelo aterro, no qual sero deposi-tados RCDA com vista sua eliminao, deve dar cum-primento aos seguintes requisitos e medidas de preveno da disperso de fibras de amianto e de proteo da sade dos trabalhadores:

    a) Notificar a ACT, conforme previsto no artigo 9., indicando, entre outros, a periodicidade da realizao das operaes de confinamento dos RCDA em aterro, a respe-tiva durao, nmero de operadores envolvido, o tipo e a quantidade de RCDA previsto para confinamento;

    b) Assegurar o cumprimento dos procedimentos insti-tudos pelo regime jurdico da deposio de resduos em aterro, aprovado pelo Decreto -Lei n. 183/2009, de 10 de agosto, alterado pelo Decreto -Lei n. 84/2011 de 20 de junho, designadamente os critrios de admisso em aterro de resduos no perigosos, estabelecidos no ponto 2.5. da parte B do Anexo IV do referido Decreto -Lei, em parti-cular, na admisso no aterro:

    i) Aceitar apenas os RCDA que se encontrem devida-mente acondicionados em embalagens fechadas e apropria-das, rotuladas com a meno contm amianto, conforme estabelecido no artigo 6.;

    ii) Requerer a apresentao de documento contendo informao sobre a fonte e origem do RCDA, o cdi-go LER, a composio do RCDA, isenta de outras subs-tncias perigosas para alm do amianto (no frivel), os eventuais tratamentos a que o resduo foi sujeito, as eventuais precaues a tomar na deposio do resduo, cuja elaborao cabe ao produtor dos RCDA, que os deve facultar ao transportador;

    iii) Requerer a declarao de compromisso por parte do produtor, sobre a estabilidade dos RCDA, e do seu comportamento lixiviante, que deve ser idntico ao dos resduos no perigosos;

    c) Assegurar a disponibilizao dos meios auxiliares para as operaes de descarga dos RCDA, nomeadamente sistemas de elevao adaptados, de forma a prevenir a queda e fragmentao dos RCDA;

    d) Manter disponveis, e nas melhores condies de limpeza e manuteno, os EPI a disponibilizar aos ope-radores;

    e) Em caso de suspeita de contaminao, quer por inspe-o visual das condies de acondicionamento do RCDA, quer por conhecimento da origem dos RCDA, requerer ao produtor/detentor dos resduos, os relatrios de caracteri-zao dos RCDA, para a respetiva admisso no aterro;

    f) Manter a zona de deposio de RCDA sinalizada e coberta por material adequado, como inertes, devendo efetuar -se uma

    vigilncia sobre a referida zona para prevenir a ocorrncia de eventual disperso acidental de fibras para o ar ambiente;

    g) Assegurar a informao, e formao, do pessoal envolvido nas operaes de manuseamento dos RCDA;

    h) Proibir operaes no aterro ou nas clulas que pos-sam dar origem libertao de fibras de amianto, como a perfurao;

    i) Manter atualizados e disponveis, os registos de inspe-o de receo dos RCDA, e a demais informao decor-rente da aplicao dos critrios de admisso em aterro;

    j) Assegurar as seguintes medidas de preveno:i) Aps o encerramento do aterro ou da clula, manter

    a correspondente pea desenhada com a localizao dos RCDA, que explicite as coordenadas geogrficas e a alti-metria desses resduos;

    ii) Manter um registo da profundidade da rea e do volume dos RCDA depositados;

    iii) Adotar, complementarmente, as medidas para limitar as possveis utilizaes do terreno aps encerramento do aterro, e evitar o contato humano com os RCDA.

    3 O armazenamento temporrio de RCDA em eco-centros obedece aos seguintes princpios:

    a) Os RCDA produzidos em obras particulares isentas de licenciamento e no sujeitas a comunicao prvia podem ser encaminhados por pessoas individuais ou coletivas para ecocentros autorizados;

    b) As pessoas coletivas tm de obter autorizao prvia para envio dos RCDA para o ecocentro, junto do operador responsvel pela gesto do mesmo;

    c) Para efeitos da autorizao referida na alnea ante-rior, a pessoa coletiva dever fazer prova de que a obra particular se localiza em concelho da rea de jurisdio do ecocentro e que se trata de uma obra isenta de licencia-mento e no sujeita a comunicao prvia;

    d) Previamente ao encaminhamento dos RCDA para o ecocentro, as pessoas coletivas ou individuais devem assegurar o seu correto acondicionamento e identificao, nos termos do artigo 6.;

    e) O responsvel do ecocentro, deve assegurar o controlo de receo dos RCDA de modo a salvaguardar o seu correto encaminhamento, e a aplicao de medidas de preveno e segurana, designadamente:

    i) Assegurar a inspeo na receo da integridade das embalagens e respetiva identificao/rotulagem, de acordo com o disposto no artigo 6.;

    ii) Assegurar o manuseamento e a remoo cuidadosa dos RCDA, e suas embalagens, para caixas reservadas especificamente para esses resduos;

    iii) Manter os registos relativos ao controlo de receo dos RCDA, e do seu posterior encaminhamento;

    iv) Monitorizar a concentrao das fibras em suspen-so no ar, na rea destinada segregao dos RCDA, para verificar se o valor limite de exposio definido no artigo 4. do Decreto -Lei n. 266/2007, de 24 de julho, no ultrapassado;

    v) Assegurar a informao e formao do pessoal envol-vido nas operaes de manuseamento dos RCDA;

    f) O responsvel do ecocentro deve assegurar quanto s infraestruturas de armazenagem:

    i) A sinalizao da zona de armazenagem dos RCDA e o seu acesso controlado;

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 33 17 de fevereiro de 2014 1441

    ii) A disponibilidade de meios auxiliares de manusea-mento dos RCDA, nomeadamente carrinhos de mo ou motorizados, contentores munidos de rodas, e sistemas de elevao adaptados, prevenindo a sua queda e frag-mentao.

    Artigo 11.Segurana, acidentes e emergncias

    1 Os procedimentos de remoo, transporte e deposi-o de RCDA devem salvaguardar a segurana e proteo da sade dos trabalhadores e de terceiros.

    2 Em caso de acidente durante as fases de remoo, transporte e deposio dos RCDA, necessrio proceder ao confinamento da zona afetada.

    3 Caso no seja possvel o confinamento deve -se proceder ao tratamento dos RCDA, de forma a minimizar a libertao de fibras de amianto para o ar, nomeadamente atravs da humidificao ou utilizao de substncia pas-tosas aglutinantes.

    4 Em caso de acidente, so aplicveis as medidas de preveno e controlo previstas no Anexo presente Por-taria, da qual faz parte integrante, sem prejuzo da demais legislao aplicvel.

    Artigo 12.Sensibilizao e informao

    1 A APA, I. P., a ACT e a Direo Geral de Sade (DGS) devem divulgar nos respetivos portais:

    a) Informao relativa aos riscos para a sade causados pelo amianto, no mbito da produo dos RCDA, aos materiais potencialmente presentes no mbito das obras, e melhores prticas a adotar;

    b) Informao sobre a aplicao da presente Portaria.

    2 Os rgos das Autarquias Locais devem igualmente contribuir para a divulgao dos riscos referidos no nmero anterior, especialmente nos casos de obras isentas de licen-ciamento e no sujeitas a comunicao prvia.

    3 As entidades previstas nos nmeros anteriores devem promover, na medida das suas possibilidades, a realizao de campanhas de informao e sensibilizao que previnam os riscos causados pelo amianto

    Artigo 13.Articulao entre as entidades competentes

    Os procedimentos e a forma de articulao entre as enti-dades intervenientes no que se refere gesto, tratamento e disponibilizao de informao decorrente da aplicao da presente Portaria, possibilitando o rastreio dos RCDA desde a sua produo at ao destino final, so definidos por despacho dos membros do Governo responsveis pelas reas do ambiente, da sade e do trabalho.

    Artigo 14.Comisso Tcnica

    1 Para efeitos de acompanhamento da aplicao da presente Portaria, criada a Comisso Tcnica Amianto (CTA), composta por representantes das seguintes entidades:

    a) Agncia Portuguesa do Ambiente, I. P., que pre-side;

    b) Autoridade para as Condies do Trabalho;c) Direo -Geral de Sade;

    d) Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P.;e) Inspeo -Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente

    e do Ordenamento do Territrio;f) Associao Nacional dos Municpios Portugueses.

    2 A CTA pode solicitar o apoio de peritos de reco-nhecido mrito, incluindo representantes de organizaes no -governamentais a pronunciar -se sobre questes de carcter tcnico que lhe sejam submetidas.

    3 Compete CTA:a) Aprovar o seu regulamento interno;b) Acompanhar e avaliar o resultado da aplicao da

    presente Portaria;c) Estudar e propor medidas de articulao entre as

    entidades competentes, bem como medidas no domnio da informao e da formao;

    d) Pronunciar -se sobre matrias que lhe sejam subme-tidas para apreciao;

    e) Promover aes de divulgao e sensibilizao no setor;

    f) Propor ou aceitar a proposta de elaborao de guias tcnicos por qualquer uma das entidades da CTA no mbito das suas competncias e reas especficas de interven-o, nomeadamente em matria de acondicionamento, transporte, armazenamento, valorizao ou eliminao de RCDA, segurana, sade e riscos dos trabalhadores e ter-ceiros, os quais devem ser posteriormente divulgados nos portais das respetivas entidades que integram a CTA.

    4 A CTA funciona junto da Agncia Portuguesa do Ambiente, I. P. que presta o apoio logstico e administrativo ao desenvolvimento da sua atividade.

    5 Os membros da CTA no usufruem de qualquer remunerao nem complemento remuneratrio pelo exer-ccio dessa atividade, sendo eventuais ajudas de custo e despesas com deslocaes suportadas pelas respetivas instituies de origem.

    6 At 31 de maro de cada ano, aps o primeiro ano em funes, a CTA apresenta aos membros do Governo res-ponsveis pelas reas do ambiente, do trabalho e da sade, um relatrio anual sobre a atividade desenvolvida.

    Artigo 15.Entrada em vigor

    A presente portaria entra em vigor no dia seguinte data da sua publicao.

    Em 7 de fevereiro de 2014.O Ministro do Ambiente, Ordenamento do Territrio

    e Energia, Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva. O Ministro da Sade, Paulo Jos de Ribeiro Moita de Macedo. O Ministro da Solidariedade, Emprego e Segu-rana Social, Lus Pedro Russo da Mota Soares.

    ANEXO

    Medidas de preveno e controlo em caso de acidente, incidente e emergncia com exposio

    ao amianto, a que se refere o n. 4 do artigo 11.

    1 Medidas gerais:a) No local da obra e nas instalaes dos OGR, onde

    se procede ao manuseamento de RCDA, deve existir em local bem visvel, uma lista com os principais nmeros

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    a contactar em caso de emergncia nomeadamente, os nmeros do servio de urgncia, do mdico do trabalho e do empregador;

    b) Em caso de acidente, incidente ou situao de emer-gncia relacionadas com a libertao de amianto no local de trabalho, o responsvel pela atividade deve assegurar:

    i) A adoo de medidas imediatas para controlar os efeitos do evento, restabelecer a normalidade e informar terceiros que possam ter sido afetados;

    ii) A adoo de medidas adequadas para impedir a dis-perso das partculas/poeiras e evitar o contacto;

    iii) A conteno do material frivel/reas expostas para evitar a formao de nuvem de poeira;

    iv) O acesso rea afetada seja apenas permitido aos responsveis pela execuo das reparaes e outros traba-lhos necessrios, usando os EPI necessrios;

    v) Informao e alerta dos servios de emergncia para a presena de amianto no local da obra ou instalao, para poderem tomar as devidas precaues;

    c) Em caso de acidente, o responsvel pelos trabalhos de remoo deve confirmar a ocorrncia das seguintes situaes:

    i) Rotura de fatos/protees dos trabalhadores;ii) Inalao de materiais contendo amianto;iii) Existncia de feridas abertas em contacto com mate-

    riais contendo amianto.

    d) Em caso de acidente durante a operao de transporte, o responsvel pelo transporte tem a responsabilidade de:

    i) Comunicar a ocorrncia Autoridade Nacional de Proteo Civil, alertando para a presena de amianto no local, de modo a serem tomadas as adequadas precau-es;

    ii) Restringir o acesso rea afetada, autorizando apenas o pessoal estritamente necessrio ao controlo e restabeleci-mento da normalidade e que dispe de EPI adequado;

    iii) Desencadear a tomada de medidas imediatas de controlo dos riscos, nomeadamente atravs da interdio da rea e humidificao ou aplicao de substncias pas-tosas aglutinantes;

    e) Em caso de acidente durante o transporte, do qual possa resultar a libertao de fibras de amianto, s pode ser permitido o regresso ao local, de trabalhadores ou pblico em geral, depois de tomadas as medidas previstas na alnea anterior.

    2 Medidas especficas relativas a situaes de expo-sio aguda a poeiras ou partculas contendo amianto, por via drmica, ocular, inalao ou ingesto:

    a) Exposio drmica:i) Remoo do indivduo afetado da zona de exposi-

    o;ii) Remoo das roupas do indivduo e dos seus obje-

    tos pessoais prevenindo a ressuspenso de partculas ou poeiras;

    iii) Colocao da roupa em saco duplo devidamente fechado e rotulado;

    iv) Remoo de quaisquer partculas slidas aderentes ao corpo do indivduo;

    v) Lavagem do cabelo e pele contaminada com gua abundante (preferencialmente morna) e sabo durante

    pelo menos 10 a 15 minutos, prestando ateno especial a dobras da pele, axilas orelhas, unhas e ps;

    vi) Descontaminao de feridas abertas em primeiro lugar evitando a contaminao da pele no exposta.

    b) Exposio ocular:i) Remoo do indivduo afetado da rea de exposi-

    o;ii) Remoo de lentes de contacto se necessrio e irriga-

    o imediata do olho afetado com soro fisiolgico/soluo salina a 0,9% durante pelo menos 10 a 15 minutos;

    iii) Indivduos com leso da crnea ou sintomas que persistam devero ser encaminhados para avaliao oftal-molgica urgente.

    c) Inalao:i) Remoo do indivduo afetado da rea de exposi-

    o;ii) O tratamento ser de acordo com a sintomatologia

    apresentada. A inalao por exposio aguda pode provocar irritao das vias respiratrias.

    d) Ingesto:i) No se prev que seja exigido tratamento especfico

    aps ingesto aguda.

    3 No seguimento clnico do indivduo afetado, deve ser tomado em considerao que a via mais comum de exposio ao amianto a inalao, impor-tando acautelar eventuais efeitos na sade a longo prazo decorrentes da exposio a poeiras e partculas contendo amianto.

    MINISTRIO DA AGRICULTURA E DO MAR

    Portaria n. 41/2014

    de 17 de fevereiro

    Considerando a necessidade de gerir, de forma efi-ciente, a quota de sarda disponvel para Portugal nas di-vises VIIIc, IX e X definidas pelo Conselho Internacional para a Explorao do Mar (CIEM) e na diviso 34.1.1 definida pelo Comit das Pescas para o Atlntico Centro Este (CECAF), em 2014, a presente portaria estabelece uma limitao das descargas para o primeiro semestre, assegurando-se a atividade da frota que habitualmente captura a espcie em guas nacionais ao longo do ano, e definindo-se, em simultneo, um mecanismo de limitao das capturas semanais desta espcie.

    Ao mesmo tempo, atribuda frota licenciada para operar no Atlntico Norte uma parte da quota desta espcie, tendo em conta a prtica habitual nesta matria.

    Assim, ao abrigo do disposto no n. 1 e na alnea g) do n. 2 do artigo 4. do Decreto-Lei n. 278/87, de 7 de julho, na redao dada pelos Decretos-Lei n. 218/91, de 17 de junho e n. 383/98, de 27 de novembro, e no uso das competncias delegadas pela Ministra da Agricultura