Upload
internet
View
109
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
Pós Graduação em Saúde do Idoso Geriatria e Gerontologia
Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa em Envelhecimento – CIAPE.
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Módulo: I
Disciplina: Epidemiologia do Envelhecimento
Epidemiologia do Envelhecimento
Dr. Felipe Toledo Rocha
• Médico formado pela UFMG
• Especialista em Geriatria e Gerontologia pelo CIAPE/FCMMG
• Mestrando em Gerontologia Social pela Universidade Autônoma de Madri / Espanha
• Diretor Clínico do Hospital Paulo de Tarso de Geriatria
• Coordenador do GeroCenter / CIAPE
Conteúdo Programático
1. Transição Demográfica
2. Transição Epidemiológica
3. Teorias do Envelhecimento
4. Modalidades de Envelhecimento
5. Classificação Funcional x Classificação de Doença
6. Envelhecimento dos Sistemas Fisiológicos Principais
• Composição corporal / Nutrição / Antropometria • Metabolismo hidroeletrolítico • Imunossenescência• Termorregulação• Órgãos dos sentidos (visão e audição)• Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral
e cavidade oral• Pele e anexos• Sistema endócrino• Sistema cardiosvascular• Sistema respiratório• Sistema gênito-urinário• Sistema gastrointestinal• Sistema nervoso
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA:
•A população cima de 60 anos representa, atualmente,
9% da população brasileira.
• Representa cerca de 30 a 40% da demanda dos
serviços de saúde.
•Em 2020 projeta-se que a população idosa representará
15% da população brasileira.
•Demanda dos serviços de saúde em 2020 70%????
Transição Epidemiológica
•Diminuição da morbi-mortalidade causada por doenças infecto contagiosas.
•Aumento da morbi-mortalidade causada por doenças crônico degenerativas.
•Modificação do paradigma médico do curar Aprender a evitar a Incapacidade, não só a Morte.
De que morreu seu avô?
Do que você vai morrer?
Transição Epidemiológica no Brasil
• Sobreposição de modelos.
• Reaparecimento de doenças seculares ( Dengue, Febre Amarela, Leidhmaniose, TBC, Hanseníase dentre outras).
• Aumento expressivo das causas externas violência urbana
• Aumento na prevalência das doenças Cardiovasculares
• A Transição Demográfica é muito mais acelerada do que a Transição Epidemilógica.
Teorias do Envelhecimento
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
1. Teoria do “Uso-Desgaste”: O envelhecimento e a morte seriam resultado da constante exposição dos diversos tecidos às injúrias ambientais.
2. Teoria das “Proteínas Alteradas”: O envelhecimento derivaria do acúmulo de proteínas que tiveram “erros” nos processos de transcrição .
3. Teoria das “Mutações Somáticas”: O envelhecimento seria consequência do acúmulo de mutações somáticas com o avançar da idade, alterando a função dos diversos órgãos corporais.
4. Teoria do “Erro Catastrófico”: Falhas no aparato protéico de célula causariam a ação errônea da proteína no ambiente celular, mesmo com a integridade do códon.A somatória desses erros chegaria a um ponto incompatível com a vida Morte.
5. Teoria da “Desdiferenciação”: A célula perderia a diferenciação, ou parte dela, e passaria a produzir proteínas e produtos celulares exógenos aquele tecido Quebra da Homeostase.
6. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”: O envelhecimento seria resultante da sobreposição dos mecanismos lesivos sobre os reparadores.
7. Teoria do “Acúmulo de Detritos Lipofuscina”: O acúmulo de detritos no interior da célula, sem turnover do mesmo, geraria o envelhecimento e morte celular.
8. Teoria da “Mudança pós-tradução em proteínas”: Modificações químicas em proteínas importantes, como colágeno e elastina, afetariam a constituição e função dos tecidos.
Teorias Sistêmicas
1. Teoria da “Taxa de Vida”: Quanto mais lento o metabolismo de um ser, maior sua longevidade.
2. Teoria do “Dano Mitocondrial”: Dano do Oxigênio sobre a Mitocôndria levando a uma menor eficiência respiratória da mesma.
Teoria Genética
1. Apoptose: Morte celular programada, ativada por fatores extra celulares.
2. Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies tornariam as células “no self” e, consequentemente, seriam eliminadas.
Teorias Neuroendócrinas:
1. Desregulação dos sistemas neuroendócrinos afetando a Homeostase.
Teoria Imunológica:
1. Alterações qualitativas e quantitativas no sistema imunológico levariam a perda da Homeostase.
Conclusão
Nenhuma das teorias, sozinha, consegue explicar todos os passos deste complexo processo que é o envelhecer.
Em cada uma delas encontramos “pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer.
A busca pela explicação do processo de envelhecimento não acaba, pois o desejo da eternidade move os homens desde a antiguidade e nunca vai parar.
Incapacidade
Infância Adulto Velhice
Envelhecimento Saudável
Envelhecimento Patológico
Envelhecimento Saudável X
Envelhecimento Patológico
Envelhecimento Fisiológico ( Senescência)
Refere-se aos processos biológicos inerentes aos organismos e são inevitavelmente involutivos.
Provavelmente, essas transformações sofrem influência do ambiente físico e social. Entretanto, ainda não se sabe a extensão do impacto ambiental, principalmente devido à dificuldade de desenvolvimento de um método que separasse a fração de declínio fisiológico inerente ao organismo daquelas advindas dos estresses ambientais anteriores ao envelhecimento.
O envelhecimento fisiológico é dividido em:
• Envelhecimento usual: apresenta prejuízos significativos, mas não são qualificados como doentes;
• Envelhecimento Bem Sucedido: perda fisiológica mínima, com preservação da função robusta em uma idade avançada. O processo de envelhecimento é “puro”, isento de danos causados por hábitos de vida inadequados, ambientes inapropriados e doenças.
Envelhecimento Patológico (Senilidade)
Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas e doenças que “desviam” a curva de capacidade para baixo.
• Diabetes mellitus por Obesidade
• Osteoartrose por esforço repetitivo
• DPOC por tabagismo
Hábito + Genética = Patologia
Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento
Patológico
Patologias mais prevalentes na pessoa idosa
Doenças que se relacionam com a idade, as quais se associam com mais freqüência a determinada idade (Osteoporose e Fratura de Fêmur, Doença de Parkinson, Demência de Alzheimer, etc;)
Patologias às quais o idoso apresenta maior suceptibilidade:
•Transtornos Motores do Esôfago
•Catarata
•Osteoartrite
Efeito da morbidade de doenças crônicas
• Diabetes mellitus não controlada + 30 anos de doença = IRC, Cegueira, Amputações.
• Hipertensão Arterial Sistêmica não controlada + 30 anos de doença = ICC, IRC, AVC.
•Osteoporose + Queda = Fratura de Fêmur
Disfunção de bomba ICC
Disfunção perfusional
Insuficiência coronariana
Insuficiência vascular periférica
Estenose carotídea
Aneurisma abdominal
INSUFICIÊNCIA
CARDIOVASCULAR
Disfunção elétrica Bloqueio de condução
Fibrilação atrial e arritmias ventriculares
Osso Fratura (osteoporose)
Articulação Osteoartrose
INSUFICIÊNCIA
OSTEOMUSCULAR Músculo Polimialgia reumática (arterite temporal)
INSUFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA
DPOC
Pneumonia
INSUFICIÊNCIA
GÊNITO-URINÁRIA
Incontinência urinária
Insuficiência renal
Infecção urinária
INSUFICIÊNCIA ENDÓCRINA
Diabetes mellitus
Hipotireoidismo
INSUFICIÊNCIA
VISUAL
Catarata
Glaucoma
Degeneração senil
INSUFICIÊNCIA
AUDITIVA
Surdez de condução (rolha de cerumen)
Perda neurosensorial
Autor:Prof.Edgar Nunes de Morais
Outras
co-morbidades
freqüentes no
idoso
Constipação intestinal, diverticulose, diarréia, colelitíase
Neoplasias: mama, cólon, pulmão, próstata, estômago,
pele, neoplasias linfo ou mieloproliferativas,
Hipertensão arterial, hipotensão ortostática, dislipidemia,
tromboembolismo pulmonar
Infecções: pneumonia, infecção urinária, erisipela,
tuberculose,influenza, ...
Hiperplasia prostática benigna, disfunção sexual
Insônia, xerodermia, úlceras de pressão
Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo
Anemia, hiponatremia (SIHAD), deficiência de B12
H E R E D IT A R IE D A D E
DEFICIÊNCIADesvantagem social
INCAPACIDADE
DISFUNÇÃ ODoença
F A T O R E S A M B IE N T A IS E N V E L H E C IM E N T O
CID (Código Internacional de Doenças)Mostra apenas um lado da questão: o da doença ou a situação que causou a seqüela, mas não apresenta outros fatores como a capacidade do indivíduo em se relacionar com seu ambiente de vida.
Classificação Internacional de Limitação, Incapacidade e Deficiência - ICIDH) - 1992
Conseqüência
Funcional
Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
FUNCIONALIDADE
É um termo que abrange todas as funções do corpo, atividades e participação.
INCAPACIDADE
É um termo que abrange deficiências, limitação de atividades ou restrição na participação.
Idade cronológica
Indivíduo PESSOA Humanização ou Conscientização (Para
quê?)
“Conhece-te a ti mesmo” ESFORÇO PESSOAL
VULNERABILIDADE Reserva homeostática
Liberdade Plena
Aceitação da realidade e maior tolerância à dor
Idade
Infância e adolescência
Adultez Velhice
Limiar de Incapacidade
Envelhecimento patológico do organismo
Psiquismo infantil
Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
Idade
Infância e adolescência
Adultez VELHICE
Limiar de Incapacidade
ORGANISMO
PSIQUISMO
Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
Grandes Síndromes Geriátricas
Bio-Psico-Sociais
Incapacidade Cognitiva
Imobilidade
Instabilidade Postural
Incontinência Urinária
Iatrogenia
Insuficiência Familiar
Indiferença
Isolamento Social
Institucionalização
ENVELHECIMENTO DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS PRINCIPAIS
Composição corporal / Nutrição / Antropometria
Metabolismo hidroeletrolítico
Imunossenescência
Termorregulação
Órgãos dos sentidos (visão e audição)
Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade
oral e cavidade oral
Pele e anexos
Sistema endócrino
Sistema cardiosvascular
Sistema respiratório
Sistema gênito-urinário
Sistema gastrointestinal
Sistema nervoso
ANTROPOMETRIA
Estatura: 1 a 1,5 cm/décadaPeso: até 70 anos
IMC (kg/m2): 22 a 27
NUTRIÇÃO
As alterações fisiológicas do envelhecimento que comprometem as necessidades nutricionais ou ingestão alimentar são:
Redução do olfato e paladar:
Redução do metabolismo basal: redução de 100 Kcal por década ( massa magra e da atividade física);
Aumento da necessidade protêica: síntese e ingestão
Redução da biodisponibilidade da vitamina D: redução da absorção intestinal de cálcio;
Deficiência da utilização da vitamina B6;
Redução da acidez gástrica: B12, Ferro, cálcio, ácido fólico e zinco
Insuficiência do mecanismos reguladores da sede, fome e saciedade;
Aumento da toxicidade de vitamina lipossolúveis: vitamina A, D, E, K
Maior dificuldade na obtenção, preparo e ingestão de alimentos;
Xerostomia
1. Hormônio Antidiurético (ADH)
Níveis séricos basais
Liberação do ADH após estimulação dos osmorreceptores
Liberação do ADH após estimulação dos barorreceptores
Responsividade renal ao ADH
2. Aldosterona (hipoaldosteronismo
hiporreninêmico)
Níveis basais
Liberação de aldosterona após depleção do sódio
Liberação de aldosterona após mudanças posturais
3. Hormônio Natriurético Atrial
Níveis basais
Liberação após estimulação
4. Sensação de Sede
5. Outros: diuréticos, sudorese excessiva, restrição
física, confusão mental, demência, diarréia, etc...
DESIDRATAÇÃO
(Redução de 20% da
água corporal total e 8 -
10% do volume
plasmático)
HIPOTENSÃO
ORTOSTÁTICA
HIPONATREMIA
HIPERPOTASSEMIA
(IRC, diabetes, AINE)
Autor: Prof.Edgar Nunes Moraes
Alterações anatômicas Alterações funcionais
Enoftalmia
Edema de pálpebra inferior (com ou
sem hiperpigmentação)
Ptose
Entrópio (inversão da pálpebra e
cílios) Ectrópio (eversão da pálpebra)
Epífora (lacrimejamento excessivo)
Halo senil
Esclera mais amarelada
Pterígio
Conjuntiva mais fina e friável
(“sensação de areia nos olhos”).
Presbiopia
Catarata
Glaucoma
Rigidez Pupilar (miose senil)
visão periférica e central, visão
espacial, modificação da
percepção de cores;
Degeneração macular: dificuldade
de individualizar e distinguir
detalhes e cores ?
perda da visão central;
Maior risco de descolamento de
retina
Envelhecimento Oftalmológico
OUVIDO EXTERNO OUVIDO MÉDIO OUVIDO INTERNO
Pêlos do trago
(característica sexual
secundária) se tornam
mais grossos, maiores e
proeminentes.
Glândulas da cera se
atrofiam cera mais
seca
Atrofia e ressecamento
da pele prurido
Estreitamento do espaço
articular dos ossículos +
calcificação cartilagem
articular degeneração
articular
Degeneração das células do
órgão de Corti (equilíbrio) e
da cóclea (audição):
Redução da sensibilidade
vestibular
Hipoacusia
Audição
A prevalência de disfunção auditiva é de
cerca de 24% na faixa etária de 65 a 74
anos e aumenta para 39% na população
com idade superior a 74 anos. Pacientes
institucionalizados apresentam a mais alta
prevalência.
Perda Bilateral, Lenta e Progressiva para
tons de Alta Frequência
IMUNIDADE CELULAR Involução anatômica e funcional do timo;
Redução de 20 a 30% dos linfócitos T circulantes (maestro da
resposta imune);
Declínio na reação de hipersensibilidade tipo tardia
Declínio na citotoxicidade e na resposta proliferativa;
Redução na produção de citotoxinas IL-2 (essencial na proliferação e
diferenciação dos linfócitos T) e IL-10;
Não há redução quantitativa ou qualitativa na função dos leucócitos
polimorfonucleares
IMUNIDADE HUMORAL
Não há mudança no número de linfócitos B circulantes;Aumento na
produção de auto-anticorpos;Menor produção de anticorpos contra
antígenos específico ( IgA e IgG, IgM resposta vacinal contra
tétano, influenza e hepatite). Possivelmente quando a imunização
primária é feito na infância, a resposta secundária é mantida por toda
vida. Entretanto, quando a imunização primária ocorre tardiamente (>65
anos), parece haver declínio na resposta secundária;
Menor capacidade de neutralização dos anticorpos;
Maior latência na resposta anticórpica;
CO-MORBIDADES QUE PREJUDICAM A RESPOSTA IMUNE
Desnutrição, pobreza, poluição, depressão, tabagismo, drogas
(corticóides,...), doença mental, diabetes mellitus, álcool, fatores genéticos,
doenças consumptivas, ...
INFECÇÃO
AUTOIMUNIDADE
NEOPLASIA
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
Termorregulação
• Disfunção Hipotalâmica
• Menor potencial pirogênico
• Maior potencial hipotérmico
• Febre > 37,2 graus C ou aumento de > de 1,1 em relação ao basal
• Diminuição da transpiração Menor tolerância ao calor Desidratação
LOCALIZAÇÃO ALTERAÇÕES ANATÔMICAS /FUNCIONAIS
REPERCUSSÃO CLÍNICA(ANAMNESE E EXAME FÍSICO)
EPIDERME
Redução do potencial proliferativo Redução do número de melanócitos
e células de Langerhans Redução da adesão dermato-
epidérmica
DERME
Redução da espessura Redução da celularidade e
vascularidade Degeneração das fibras de elastina Degeneração das fibras de colágeno
SUBCUTÂNEO Redução da gordura e redistribuição
ANEXOS
Redução das glândulas sudoríparas Redução do tamanho e função das
glândulas sebáceas Redução do folículos piloso Redução do rescimento das unhas Redução da lúnula
FLACIDEZ
REDUÇÃO DO TURGOR
REDUÇÃO DAELASTICIDADE
MAIOR MOBILIDADE
RUGAS
PALIDEZ
XEROSE (Pele seca)
PÚRPURA SENIL
LEUCODERMIAPUNTIFORME
DISFUNÇÃO DATERMORREGULAÇÃO
HIPERPLASIA SEBÁCEA
UNHAS ESPESSAS(“ranhuras”, onicogrifose,
onicomicose)
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
O envelhecimento, por si só, não causa perda dentária significativa, mas causa alterações com conseqüências importantes, e algumas vezes incapacitantes, que comprometem a higiene bucal, e estão listadas abaixo:
Dentes: Gengivite + Osteoporose Articulação Osteoartrose Dor Palatabilidade Dos Alimentos Desnutrição Dificuldade De Deglutição Disfagia
Aspiração Xerostomia Dificuldade De Fala: Presbifonia Neoplasia
Envelhecimento Oral
Envelhecimento Cardiovascular
Degeneração Mitral
Degeneração AórticaValvulopatiaDegenerativa
ENDOCÁRDIO
Disfunção Diastólica(Alteração do Relaxamento
ventricular)Hipertrofia ventricularMIOCÁRDIO
Insuficiência venosa profundaInsuficiência Venosa(Varizes)
Hipotensão Ortostática
Hipertensão ArterialPressão Arterial
Aneurisma de Aorta Abdominal
Estenose de Artéria Renal
Insuficiência Vascular Mesentérica
Insuficiência Vascular Periférica
Estenose Carotídea
Insuficiência Vascular Cerebral
Insuficiência Coronariana
Insuficiência Arterial(Aterosclerose)
VASOS
ALTERAÇÕES FUNCIONAISALTERAÇÕES ANATÔMICAS
Envelhecimento Respiratório
Fluxo expiratório forçado 25-75%Reflete basicamente a função das pequenas vias aéreas. Está intensamente diminuído em paciente com DPOC
FEF25-75%
É uma estitiva grosseira da função pulmonar onde se mede o fluxo máximo epiratório.
Útil no acompanhamento do paciente com asma
Pico de fluxo expiratório
(PFE)
Índice de TiffeneauA obstrução das vias aéreas é representada por uma
relação baixa. O valor normal é de 80%FEV1/CF
Volume total de ar expirado. A capacidade vital forçada diminui em aproximadamente 14 a 30 mL/anos nos
homens e 15 a 24 mL/ano nas mulheres.
Capacidade Vital Forçada (CVF)
Volume de ar expirado no primeiro segundo em uma expiração forçada a partir da capacidade vital.
Ocorre uma redução do FEV1 de 30 mL/ano nos homens e 23 mL/ano nas mulheres a partir dos 20 anos.
FEV1
Complacência Pulmonar
• Enrijecimento da caixa torácica.
• Redução das forças musculares que promovem expansão.
• Maior colabamento das vias aéreas.
• Com envelhecimento o diafragma enfraquece até 25%.
Pressão Parcial de Oxigênio• Declínio linear da pressão PaO2, numa taxa de aproximadamente 0,3% ao ano.
PaO2 = 109 - (0.43 × idade)
• PaO2 permanece estável em 83 mmHg a partir dos 75 anos. (Ocorre em paralelo com a redução da força elástica e o aumento fisiológico do espaço morto).
Outras Alterações
• Diminuição da FC e FR, em resposta à hipoxemia e hipercapnia.
• Hiporesponsividade dos quimioreceptores periféricos e centrais.
• Redução do transporte mucociliar.
• Redução do reflexo da tosse.
• Redução da resposta aguda aos antígenos extrínsecos e da imunidade celular (aumento da taxa de reativação de tuberculose).
Envelhecimento Gênito-urinário
Fluxo sangüíneo renal
• Redução de 10% por década a partir dos 30 anos.
Taxa de filtração glomerular
• Declínio progressivo, caindo 8 mL/minuto/1.73 m2/década após os 40 anos.
• Aproximadamente 30% dos idosos não apresentam redução da taxa de filtração glomerular.
• Há uma redução paralela da produção de creatinina devido à sarcopenia. A creatinina plasmática pode permancer estável.
• Para evitar erros recomenda-se a utilização da fórmula de Cockcroft-Gault:
Clerance estimado = (140 – idade x peso)/ (72 * creatinina)
(Mulheres: multiplicar por 0,85)
BEXIGA
Trabeculação Fibrose Inervação autonômica Formação de divertículos
Capacidade Habilidade de adiar a miccção Contratilidade Resíduo pós-miccional Contrações involuntárias
Risco de infecção do trato urinário Risco de incontinência urinária
URETRA
Celularidade Deposição de colágeno
Resistência ao fluxo micional Pressão de fechamento
Risco de infecção do trato urinário Risco de incontinência urinária
PRÓSTATA Hiperplasia
Irritação de receptores adrenérgicos
Risco de infecção do trato urinário Risco de incontinência urinária Retenção urinária
NOCTÚRIA Mecanismos: Ingestão noturna de líquidos, redução da complacência
vesical, redução da produção noturna de ADH ( na produção noturna de urina – 35%) , ICC, insuficiência venosa, diabetes
mellitus e hiperplasia prostática.
Despertar noturno: INSÔNIA – QUEDAS
VAGINA
Celularidade . Atrofia do epitélio Dispareunia Uretrite atrófica: polaciúria, urgência miccional
ASSOALHO
PÉLVICO
Deposição de colágeno Tecido conjuntivo Fraqueza muscular Incontinência urinária de esforço
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
• A disfunção erétil NÃO é uma conseqüência inevitável do envelhecimento normal.
• Ocorre em 15 a 25% dos idosos maiores de 65 anos e em 50% dos homens maiores de 80 anos.
• Causas emocionais, endócrinas, vasculares, neurológicas e drogas devem ser investigadas.
• O Sildenafil (Viagra) e seus semelhantes são drogas eficazes e devem ser recomendadas, exceto na presença de insuficiência coronariana grave EM USO DE NITRATO (efeito sinérgico venodilatação redução da pré-carga hipotensão arterial).
• Não existem evidências suficientes para atribuir ao Sildenafil os casos de cegueira recentemente detectados.
Envelhecimento
Gastrointestinal
Maior susceptibilidade a gastrotoxicidade pelos
AINE
Redução na mucosa gástrica
dos fatores citoprotetores
Deficiência da absorção de vitamina B12 e ferro Acidez gástrica
Maior prevalência de gastrite atrófica auto-imune e
secundária ao H. pylori
Engasgos ocasionaisMaior prevalência de dor
esofageana, simulando angina pectoris
Motilidade esofageana
Espasmo esofageano
Presbiesôfago: 20-60% dos neurônios do
plexo mioentérico;
REPERCUSSÃO CLÍNICA (ANAMNESE - EXAME
FÍSICO)
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
Hérnias abdominais Musculatura abdominal
Maior risco de diverticuliteDiverticuloseMaior hipotrofia da parede colônica
Constipação intestinalTrânsito Intestinal:
idosos saudáveis (até 5 dias)
Neurônios do plexo mioentérico
Maior prevalência de colelitíase e suas complicações
Intolerância maior a gordurosos
Litíase biliar
Maior meia-vida das drogas Iatrofarmacogenia
Metabolismo das drogas,
principalmente do metabolismo
oxidativo (Ex.: Fenitoína)
Redução do tamanho do fígado (35%)
Redução do conteúdo, afinidade e
atividade das enzimas hepáticas
Fluxo Sangüíneo Hepático (35%)
Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
Envelhecimento Cerebral
• Redução do peso (10%), fluxo sanguíneo cerebral (15-20%), dilatação dos ventrículos;
• Redução progressiva e irreversível do número de neurônios cerebrais (particularmente no hipocampo) , cerebelares e medulares;
• Deposição neuronal de liposfuscina;
• Degeneração vascular amilóide;
• Aparecimento de placas senis e degeneração neurofibrilar;
• Comprometimento da neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica.
• Lentificação da velocidade da condução nervosa
Exame Neurológico na Pessoa Idosa
• Lentificação do reflexo pupilar
• Lentificação do olhar conjugado vertical (superior > inferior)
• Força muscular (simétrica)
• Discreto aumento do tônus muscular, sem produzir “roda dentada”
• Preservação dos reflexos tendinosos, exceto o reflexo Aquileu, que pode estar ausente.
• Sensibilidade vibratória abaixo dos joelhos ausentes.
• Ataxia: lentificação da marcha, com passos curtos e arrastados, flexão do corpo, olhar para o chão.
1. Inteligência
2. Atenção
3. Função Executiva
4. Memória
5. Linguagem
6. Habilidades Visoespaciais
7. Funções Psicomotoras
Domínios Cognitivos
InteligênciaPreservado: Testes medindo habilidades cristalizadas, e habilidades verbais estão inalteradas.
Alterado: Inteligência fluida que envolve resolução de problemas, inteligência não verbal e velocidade de processamento das informações.
AtençãoPreservado: Atenção sustentada, atenção em uma tipo de informação por um período.
Alterado: Atenção dividida, ou habilidade de concentrar-se em mais de um tipo de informação no mesmo tempo (possivelmente).
Função Executiva
Preservado: Funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a-dia.
Alterado: Diminuição das performance nos testes neuropsicológicos. Pode ser devido, em parte, à redução da velocidade de execução dos testes (evitar testes cronometrados).
O envelhecimento bem sucedido parece não afetar as funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a-dia.
MemóriaPreservada: Memória remota, procedural e memória semântica.
Alterada: Aumento da dificuldade de aprender novas informações. Menor curva de aprendizado e menor quantidade de informações aprendidas.
Entretanto, a memória do paciente é suficiente para as demandas e garante a independência funcional.
LinguagemPreservada: Compreensão, vocabulário, habilidades sintáticas.
Alterada: Recuperação de palavras espontâneas, fluência verbal.
Habilidades VisoespaciaisAlterações: Rotação mental de objetos, cópias complexas, união de objetos e habilidades espaciais abstratas. Redução clara da velocidade de performance nestes testes.
Alterações: Redução significativa do tempo de resposta, relacionado tanto no processamento cognitivo quanto nas habilidades motoras.
Testes que necessitam de velocidade e respostas rápidas aos estímulos: estarão provavelmente reduzidas.
Avaliar o risco e a segurança do paciente continuar dirigindo.
Habilidades Psicomotoras