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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 4.ago.2015 N.656 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Uma introdução à encíclica “Laudato si” (2) AGENDA A Formação Profissional superior, em exame (Re)Começar com Joana Queiroz Ribeiro A competitividade na área da saúde Aumenta a Família de Alumni da AESE Media “Adal-badal”, entre outros… “Divertida-Mente” GEN Os muçulmanos na Europa são menos do que se pensa Leiria, 14 de setembro de 2015 Harvard Case Method Seminar Lisboa, 28 de setembro de 2015 PADIS Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 28 de setembro de 2015 “Vive melhor quem gere melhor” Open House do Método do Caso Rendibilidade dos clientes Lisboa, 22 e 23 de setembro de 2015 Cidades inteligentes e sustentáveis A reestruturação de empresas pós-crise Lisboa, 15 de setembro de 2015 Lisboa, 15 de setembro de 2015

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NOTÍCIAS

4.ago.2015N.656

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Uma introdução à encíclica “Laudato si” (2)

AGENDA

A Formação Profissional superior, em exame

(Re)Começar com Joana Queiroz Ribeiro

A competitividade na área da saúde

Aumenta a Família de Alumni da AESE

Media

“Adal-badal”, entre outros…

“Divertida-Mente”

GEN

Os muçulmanos na Europa são menos do que se pensa

Leiria, 14 de setembro de 2015

Harvard Case Method SeminarLisboa, 28 de setembro de 2015

PADISPorto Palácio Congress Hotel & Spa, 28 de setembro de 2015

“Vive melhor quem gere melhor”

Open House do Método do Caso

Rendibilidade dos clientesLisboa, 22 e 23 de setembro de 2015

Cidades inteligentes e sustentáveis

A reestruturação de empresas pós-criseLisboa, 15 de setembro de 2015

Lisboa, 15 de setembro de 2015

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No dia 30 de junho, o Agrupamentode Alumni organizou uma sessãode continuidade que coincidiu como final do 23.º PADIS. O temaconsistiu na "Competitividade naárea da saúde”. Fernando Leal daCosta, Secretário de EstadoAdjunto do Ministro da Saúde, foi oorador presente.

A intervenção teve por objetivofazer o balanço do setor da saúdedesde a tomada de posse da atualequipa do Ministério até à data,atendendo aos desafios e àsoportunidades das instituições edos respetivos recursos.

A evolução do setor da saúde estámuito relacionada com a situaçãofinanceira do país. E o inversotambém é válido. A expectativa devida em 2012, faz com quePortugal se equipare a um país ricoe desenvolvido. As reformas

previstas têm vindo a serimplementadas sob a liderança doMinistro Paulo Macedo. Foramtidos em conta os fatores estru-turais, a crise económica e finan-ceira e os fatores exógenosespecíficos do momento vivido eque deram origem a ganhos, osquais se refletem na proteção nadoença e num contexto favorável àsaúde.

O ponto de partida deste governofoi o de uma crise sem prece-dentes. O Ministério apostou nasustentabilidade e na inovação,como resposta ao desafio degovernação.

Uma governance adequada é umadas condições para o sucesso,assim como os recursos humanosadaptados às necessidades dapopulação. A investigação na áreada saúde tem sido premiada

internacionalmente e, em termos deinternacionalização, a saúde é já

A competitividade na área da saúde

2 CAESE agosto 2015

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Com Fernando Leal da Costa, Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde

Lisboa, 30 de junho de 2015

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um major player. Estes são factosque geram um ciclo virtuoso daárea da Saúde em Portugal.

3 CAESE agosto 2015

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O futuro da Saúde em Portugal

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A Mobilidade é uma questão quetem evoluído e que se encontraintimamente relacionada com asatisfação das necessidades daspessoas.

A AESE convidou o Assessor doConselho Diretivo da APA –Agência Portuguesa do Ambiente,António Júlio Almeida, para debaternum Breakfast Seminar para osAlumni PADE e seus amigos, ospressupostos a ter em conta na“(re)construção” de “Cidades inteli-gentes: gestão eficiente e susten-tável”.

António Júlio Almeida deu início àsua intervenção dando conta dareforma do estado, da nova formade administrar a coisa pública e dareforma orçamental empreendida.No seu entender, o tema damobilidade depende também deuma modernização urgente dagovernação pública, por forma a

dar respostas mais eficientes àpopulação.

Como é que se organiza a vida daspessoas nos centros urbanos? “Aspessoas exigem cada vez mais dascidades, em matéria de rapidez efacilidade, da qualidade dos servi-ços e da informação de que dis-põem, assim como das autori-dades.

Importa fazer convergir “o mercadode oferta, relativamente à coor-denação, integração, e regulaçãoúnica, articulada com a autoridadegestora da cidade. A competitivida-de impõe investimento e inovaçãopermanentes, tal como modelos denegócio sustentáveis.Também omercado de procura deve estaratento aos diversos clientes:residentes, visitantes, classes pro-fissionais heterogéneas, necessi-dades e atitudes pessoais diferen-tes, numa sociedade cada vez mais

4 CAESE agosto 2015

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Cidades inteligentes e sustentáveis

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Breakfast seminar do PADE, com António Júlio Almeida

Lisboa, 30 de junho de 2015

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complexa”. “Como gerir os pricingsdos serviços diferenciados versus adisponibilidade da oferta? O clienteé também contribuinte e exigetransparência e informação, sus-tentabilidade económica, segundoo princípio do utilizador pagador.” Asustentabilidade orçamental é outrodos temas a debater, na hora dedecidir.

A governação subentende, atual-mente, novos conceitos, tempos enecessidades: o bem estar, adistribuição de rendimentos, asegurança, a afirmação social pró-pria da classe média, são fatores aelencar, quando se trata de decidir:“temos de ter gente capaz de nosgovernar, nas empresas e noestado.”

“A reforma da AdministraçãoPública e do orçamento é desígnionacional e veículo crucial para umagestão eficiente e sustentável.”

António Júlio Almeida concluiu asua conferência sublinhando “sernecessário conhecer as carênciasdas pessoas e governar para satis-

fazê-las, encontrando o equilíbriosocialmente justo entre a cargafiscal e a qualidade dos serviçosprestados. Reconhecer o interessenacional e definir os desígniosestratégicos do país” é um fatorcrítico para vivermos e traba-lharmos em cidades inteligentes.

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“No final de tarde, a AESE juntou16 mulheres “do Norte” (algumasnem sempre do Norte, mas comcerteza entretanto “de passagem”),numa sala que a EDP cedeugentilmente, para uma conversacom Joana Queiroz Ribeiro. O temafoi: “(Re)Começar – quando, comoe para quê”. Entre Alumnae,amigas e mulheres de Alumni daAESE e a Dean da escola - a Prof.ªMaria de Fátima Carioca -,contavam-se economistas, advoga-das, geógrafas, engenheiras, enfer-meiras, gestoras, … um misto decompetências e saberes alicerça-dos em mais ou menos anos devida e de profissão e de “Recome-çares”.

Contada na 1.ª pessoa, de umaforma aberta e dinâmica, a vidaprofissional (e pessoal, porquesempre se entrecruzam), JoanaQueiroz Ribeiro percorreu os seusvários “recomeçares”, da Unicer à

Fidelidade, servindo de mote parapartilhas de experiência e encon-tros.

Da sessão, reteve-se particular-mente que estar em mudança é

positivo e enriquece; que nãoestamos sós quando enfrentamossituações de mudança, porqueafinal estamos todos em mudança;que recomeçar pode ser vividocomo forma de estar e que, para

6 CAESE agosto 2015

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(Re)Começar com Joana Queiroz Ribeiro

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Porto, 29 de junho de 2015O AESE Women Leader's Forum fez do Porto um ponto de encontro de antigas alunas e amigas

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tal, o atrevimento, a coragem, acapacidade de adaptação e oespírito positivo são “ingredientes”relevantes.

Resumidamente, conforme Elisa-bete Sampaio tão bem sintetizou:resiliência; plasticidade e gostopela mudança foram o pontocomum a todas as presentes.

Foi um encontro alegre e feliz,ficando a vontade expressa de umanova reunião na segunda semanade setembro, no Porto.”

Texto gentilmente escrito por AnaMaria Rosas (55.º PDE)

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21.º PADIS | Porto, 15.12.2014

Muitos foram os dirigentes eexecutivos que passaram pelassalas da AESE, percorrendo osvários casos reais, trabalhados nosprogramas, assumindo a desafiante

posição dos protagonistas deciso-res.

Veja a galeria dos grupos diplo-mados das edições realizadas no

ano letivo que agora finda, com afotografia do dia da entrega dosdiplomas, na AESE, em Lisboa e noPorto.

8 CAESE agosto 2015

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Aumenta a Família de Alumni da AESE

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Ano letivo 2014/2015Formação de Executivos

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8.º PGL | Lisboa, 5.3.2015

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1.º GAIN | Lisboa, 17.3.2015 40.º PADE | Lisboa 14.4.2015

9.º PGL | Porto, 15.6.2015 2.º GMP | Lisboa, 16.7.2015

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10 CAESE agosto 2015

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23.º PADIS | Lisboa, 30.6.201510.º PGL | Lisboa, 18.6.2015

58.º PDE | Porto, 14.7.2015 59.º PDE | Lisboa, 15.7.2015

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“Vive melhor quem gere melhor”

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Lisboa e Porto, maio e junho de 2015 Uma parceria entre a AESE, ENTRAJUDA, Fundação Millennium bcp e CNIS

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Os participantes nas 9.ª e 10.ªedições do GOS – Gestão deOrganizações Sociais receberamos diplomas, em Lisboa, no dia 25de maio, e no Porto, a 2 de junho.Cátia Sá Guerreiro, Diretora doGOS em Lisboa, faz um balançopositivo do programa, ressaltandoalgumas modificações implementa-das no curriculum, em função darealidade hoje vivida no setor. Asorganizações sociais que procuramresponder a necessidades e situa-ções de carência agravadas peloperíodo de crise que o país tematravessado, vivem também elasum cenário de gestão de recursosmais escassos. “A sua oferta deserviços está condicionada pelaatual contingência” e “vive melhorquem gere melhor”, quem dirigeprofissionalmente através do de-senvolvimento de capacidades degestão.

Nestas edições houve, portanto,uma preocupação redobrada nodebate e na aprendizagem de ferra-mentas para resolução de ques-tões atuais, sendo que, mais doque sobreviver, pretende-se que“as organizações sociais consigamviver, para fazer cada vez melhor obem que já fazem”.

Mantendo o fio condutor que oprograma - resultante da parceriaentre a AESE, Entrajuda, FundaçãoMillennium bcp e CNIS - temdemonstrado, em 2014/2015 foramexplorados em maior profundidadetemas como a sustentabilidade fi-nanceira, a responsabilidade socialdas instituições e o papel da inova-ção na sua atividade. A relevânciadestes temas foi sublinhada pelosparceiros, Fernando Nogueira (Fun-dação Millennium bcp) e MargaridaCorrêa de Aguiar, em Lisboa. 9.º GOS, em Lisboa

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Maria de Fátima Carioca, Dean daAESE, acompanhou as cerimóniasde entrega de diplomas nas duascidades, assim como Cátia SáGuerreiro e Casimiro Arsénio,Diretores do GOS, em Lisboa e noPorto, respetivamente.

As duas edições do GOS, incluiramsessões de avaliação do impactesocial, que decorreram da integra-ção da AESE no GRAIS – Grupode Reflexão para a Avaliação do

Impacto Social. Estes Programas,que pertencem à oferta formativada AESE suscitam a importânciaconferida ao setor socail por esteassunto.

Investir na formação de colabora-dores das organizações sociais éuma das apetências que têm sidodemonstradas pelas instituiçõesmais preocupadas com a responsa-bilidade social. De facto, o 3.º setornão só revela ser uma fonte de

empregabilidade, como atua direta-mente na redução da pobreza devariada ordem: não apenas indi-vidual, mas também coletiva.Apostar na formação daqueles quenele trabalham, aparenta ser umaforma sustentável de contribuir parao desenvolvimento do setor.

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10.º GOS, no Porto

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AGENDA

13 CAESE agosto 2015

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ProgramaExecutive MBA AESELisboa, 2 de outubro de 2015Saiba mais >

EventoHarvard Case Method SeminarLisboa, 28 de setembro de 2015Saiba mais >

Seminário

ProgramaGEN – Gestão de Empresas e NegóciosLeiria, 14 de setembro de 2015Saiba mais >

ProgramaA reestruturação de empresas pós-criseLisboa, 15 de setembro de 2015Saiba mais >

Programas

ProgramaOpen House do Método do CasoLisboa, 15 de setembro de 2015Saiba mais >

SeminárioRendibilidade dos clientesLisboa, 22 e 23 de setembro de 2015Saiba mais >

Evento

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Os Pukhtun são um povo orgulhosoe cioso da sua independência.Sofreram ao longo dos séculosinvasões armadas e influênciasculturais de helenistas e budistas,hinduístas e islamitas, mas nuncaperderam a essência milenar de serPukhtun. Nem Platão nem Budadeixaram marca visível no seucódigo de honra, e a influência queos Vedas e o Alcorão nele exer-ceram não são mais do que ador-nos floreados acrescentados nasfranjas de um tecido áspero e duro.

Há milénios que sabem o que é ocomércio e que usam dinheiro. Assuas mulheres usam moeda paracomprar ovos e vender leite. Oshomens também a usam paravender ópio e comprar armamento,assuntos mundanos e necessáriosno dia a dia da sua economia do-méstica. Mas o que verdadeira-mente lhes dá gosto e aumenta a

adrenalina é adal-badal, a trocadireta de uma coisa por outra. Podeser a troca de coisas semelhantescomo um telemóvel por outro, oude coisas diferentes como unsóculos de sol por um relógio. Adal--badal nunca é praticado commembros da família alargada, e éusado preferencialmente comforasteiros e completos estranhos,seres com quem não haja qualquersentimento de solidariedade.

Envolve, em regra, um moroso pro-cesso de negociação, com ofertase contraofertas, argumentos econtra-argumentos (que não têm deser coerentes ao longo do processonegocial), disse-que-disse e disse--que-não-disse. Para ser completoenvolve ainda a chamada, por cadauma das partes, de transeuntes eestranhos a dar apoio à suaposição, quer prestando opiniãosobre a qualidade dos bens, quer

14 CAESE agosto 2015

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Adal-badal

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In “Observador”, 22 de julho de 2015

AESE nos Media

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julgando sobre a probidade moraldos contendores. E quanto maiorfor o grupo de mirones que seformar à volta dos dois, e quantomais ruidoso for na expressão deargumentos a favor ou contra,melhor será.

O sucesso num adal-badal estánum homem poder considerar terlevado o outro à melhor, pensar terfeito um negócio desigual, e acharter conseguido, de algum modo,enganar o outro. O verdadeiroganho não está, note-se, nadiferença de valor dos objetostrocados. Está na perceção damagnitude do embuste infringido.Que depois se transformará emorgulho e jactância. E será posto arender ao ser recontado, vezessem conta pela vida fora, afamiliares e conhecidos. Caso umadas partes venha a achar a trocadanosa para si, procurará renegá-lacaso ainda vá a tempo. Vir a temponão significa antes de ter fechado atransação, de ter dado a palavra,mas o ter a possibilidade de nãofazer a entrega do bem. Caso jánão seja possível renegar a troca,

procurará transferir o adal-badalpara outra vítima mais ingénua.

Felizmente, para presenciar umadal-badal ao vivo já não énecessário visitar as áreas tribaisdo Paquistão. Basta ir a Atenas…

José Miguel Pinto dos SantosProfessor de Finanças, AESE

AESE nos mediaAdal-badalObservador - 22.7.201515 CAESE agosto 2015

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Falta de liberdade económica afunda Grécia e BrasilVIDA ECONÓMICA - 24.7.2015

A ratazana PÚBLICO - 23.7.2015

Adal-badal OBSERVADOR.PT - 22.7.2015

AESE nos Media

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De 17 a 23 de julho de 2015

16 CAESE agosto 2015

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PANORAMA

A Formação Profissional superior, em exameSegundo algumas estimativas,dois terços do crescimento doemprego na década 2010-2020,na Europa, dever-se-á a trabalhosde caráter técnico. Neste mesmoperíodo, nos Estados Unidos, umaem cada três ofertas de trabalhoexigirá formação superior à secun-dária, mas inferior à universitária.

É este precisamente o foco dorelatório “Skills Beyond School”(OCDE, 2014). Conscientes deque a formação profissional degrau médio só dá acesso a umnúmero reduzido de empregos, osautores fixam o foco no superior(post-secondary vocational educa-

tion and training), cada vez maissolicitado no mercado laboral. Defacto, uma das suas principais

recomendações é definir uma re-de específica deste tipo de ensi-no, separada tanto da FormaçãoProfissional média, como da uni-versidade. Mas, para isso, é ne-cessário dotar de identidade pró-pria este setor.

O relatório analisa quais deveriamser esses traços de identidade,com exemplos concretos de paí-ses que implementaram políticasde sucesso em relação a algumdeles.

O primeiro que deveria caraterizaro setor é a flexibilidade, entendidacomo a capacidade para seadaptar às solicitações do merca-do e a um corpo estudantil quemuitas vezes já acumula alguns

anos de carreira profissional. AFormação Profissional superiorajuda este tipo de estudante amanter-se atualizado com as te-cnologias ou métodos de trabalhodo seu setor específico, adquiriras competências diretivas neces-sárias para dirigir o seu próprionegócio, ou reciclar-se para outroscampos. Outras vezes, em paísesonde os alunos têm uma média deidade mais jovem (como Espanha,França ou Coreia do Sul), estesprogramas oferecem uma entradaqualificada no mundo laboral.

Por tudo isso, o relatório recomen-da que o conteúdo deste ensinose dirija e organize em torno daaquisição de determinadas com-petências, e não de acordo com

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17 CAESE agosto 2015

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programas de cariz académicocomo os do ensino secundário. Defacto, os possíveis empregadores(o setor industrial, fundamental-mente) deveriam participar naelaboração dos cursos para asse-gurar que sejam ensinadas ascompetências exigidas por cadasetor. Isto não significa que se de-vam abandonar as competênciasbásicas (a leitura e a numérica),mas integrá-las nos restantes con-teúdos.

Também a certificação e a homo-logação deveriam estar impregna-das desta abordagem concorren-cial. Na Alemanha, por exemplo,existem exames práticos elabora-dos pelas empresas para certificarque os estudantes adquiriram cer-tas competências específicas.Não é obrigatório assistir aos cur-

sos para os preparar, embora naprática todos os alunos o façam.Estes testes são regulamentadospor um organismo oficial e apare-cem nas estatísticas oficiais. 75 %dos que obtêm um certificado deFormação Profissional superior,fazem-no por este caminho, e osoutros 25 % recorrem a umaFachschule, instituições educati-vas mais próximas do ensinoregulamentado e que se dedicamà formação profissional.

Para evitar uma excessiva hetero-geneidade nos cursos que dificultea homologação, a OCDE reco-menda a existência de um únicoorganismo nacional que certifiqueos títulos. Na Suíça, por exemplo,isso cabe a uma entidade consti-tuída por representantes dos sin-dicatos e do Mundo empresarial.

A flexibilidade da Formação Pro-fissional superior também se devemanifestar na sua capacidadepara atrair alunos adultos que jáestão há alguns anos no Mundo

laboral. Para isso, a OCDE reco-menda organizar cursos a tempoparcial (como na Holanda, ondeexistem “cheques escolares” comfundos públicos que os estudantespodem investir em instituiçõesprivadas que oferecem este tipode programas); dividir os progra-mas em módulos para que osalunos só tenham que frequentaraqueles de que especificamentenecessitem (assim se faz naBélgica), ou fomentar o ensino àdistância.

Outro dos sinais de identidade daFormação Profissional superiordeve ser, segundo a OCDE, a

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18 CAESE agosto 2015 »»

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formação na empresa (work-

-based learning). De facto, o rela-tório sugere que o financiamentopúblico esteja limitado aos pro-gramas que incluam uma cargasignificativa deste tipo de ensino,o qual, ao mesmo tempo queobriga a ligar os programas àsnecessidades reais do mercado,mantém os alunos em contactocom as últimas tecnologias e mo-dos de trabalho em cada setorprofissional. Além disso, estesprogramas facilitam a aprendiza-gem (em situações reais, nãosimulacros) de competências co-mo o atendimento ao público ou otrabalho em equipa. Por outro la-do, poupam aos cofres públicos odinheiro que custa toda a prepara-ção necessária para implementarmuitos dos cursos.

Na Alemanha, país pioneiro naformação dual, em 2001, mais demetade da população com idadesentre os 16 e os 22 anos haviacompletado um destes programas.Uma em cada três empresas pro-porcionava ofertas para aprendi-zes e, em 2004, o governo assi-nou um acordo com o setor indus-trial, pelo qual este se comprome-tia a que todas as empresas,exceto as muito pequenas, iriamreceber alunos em estágios.

A França é outro país que optoupela formação na empresa. Su-cessivas reformas têm vindo afacilitar a entrada de estudantesneste tipo de programas. Duasdas mais importantes foram abaixa da idade mínima dos partici-pantes até aos 14 anos, e as boni-

ficações fiscais às empresas queacolham aprendizes. O relatórioda OCDE também destaca o mo-delo de ensino dual de Madrid,como exemplo da possibilidade defazer conviver os interesses co-merciais com os educativos.

Segundo o relatório, uma das bar-reiras que se encontrou na Forma-ção Profissional superior foi a faltade instituições educativas própriase claramente diferenciadas, tantodo ensino secundário como douniversitário.

A OCDE recomenda criar – ouredefinir – uma rede de institui-ções educativas especificamentecentrada em programas superio-res de curta duração (de seismeses a dois anos), mesmo em

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19 CAESE agosto 2015 »»

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países onde existe outra fonte decertificação paralela, como oMundo empresarial ou sindical naAlemanha ou Suíça. De facto, noseu relatório para a Dinamarca,convidava a fazer marcha atrás noprocesso de integração das pro-

fessional academies na universi-dade. Noutros países, como Ingla-terra ou Holanda, esta assimilação(programas de quatro anos compouca carga prática) veio alterar oensino profissional que tradicional-mente se ministrava nos poly-

technics ou nas hogescholen,respetivamente. Pelo contrário, orelatório cita como modelos aseguir os community colleges

norte-americanos ou as fachhoch-

schulen austríacas, ambos osmodelos centrados em programasa tempo parcial de claro conteúdoprático.

Tal como os alunos, os profes-sores dos centros de FormaçãoProfissional superior deveriammanter-se em contacto com oMundo empresarial, pelo que orelatório propõe fomentar contra-tos que o tornem possível. Umexemplo é o programa inglês“Teach Too”, que pretende atrairtrabalhadores da indústria paraque ministrem alguns módulos.

Além do ensino, a OCDE quer queo setor privado se envolva nofinanciamento da Formação Pro-fissional superior. Nalguns paísescomo Suíça, Estados Unidos ouCanadá, já existe este hábito, commenor envolvimento do Estado.No entanto, isto pode acarretarproblemas quanto à avaliação dosprogramas. Pelo contrário, emIsrael ou na Suécia, a administra-

ção financia muitas instituiçõeseducativas privadas, de acordocom um modelo parecido à con-certação do ensino obrigatório.

O relatório propõe o modelo sue-co. Em 2011, metade dos fornece-dores de Formação Profissionalsuperior eram privados. Estes sópodem receber dinheiro público setiverem acordos com empresaspara que os alunos possam efe-tuar lá os seus estágios (que de-vem envolver pelo menos umquarto da duração total do curso).Como contrapartida, estas empre-sas participam na configuração eavaliação dos programas. Paragarantir a sua qualidade, existeuma agência nacional que periodi-camente recebe aconselhamentode representantes sindicais eempresariais.

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Algumas estatísticas sobre ocorpo de alunos de FormaçãoProfissional superior

A frequência nestes programastem vindo a crescer nos últimosdez anos no conjunto da OCDE,com exceções como a Holanda oua Inglaterra (em parte, pela suaassimilação nos graus univer-sitários). A Espanha é um dospaíses com uma menor percenta-gem de população entre os 20 eos 45 anos cuja máxima certifi-cação seja a de Formação Profis-sional superior (11 %); no outroextremo estão o Canadá (35 %), a

Irlanda (30 %) ou a Áustria (20 %).A média etária dos estudantessitua-se em torno dos 30 anos.Claramente abaixo encontram-seEspanha (25), Áustria (23) ouFrança (22); e acima estão Suécia(35), Holanda (37) e Finlândia(40). Este dado está logicamenteligado com o da situação laboral.Onde existe uma maior percen-tagem de estudantes a trabalhar,a média etária é superior. Noentanto, existem exceções pelosdois lados: Coreia do Sul eEspanha têm uma percentagemde estudantes-trabalhadores su-perior à que se deveria esperar

pela sua média etária (mesmo quecontinue a ser baixa em termosabsolutos: 30 % e 35 %, respeti-vamente), enquanto que naDinamarca ou Finlândia aontece ocontrário.

Quanto às competências numéri-ca e de leitura (basic skills),destaque para Suécia e Austráliase nos fixarmos na proporção dealunos com elevadas capacida-des. Um país como a Espanha,por exemplo, tem poucos alunosentre os de melhores capaci-dades, mas também tem poucosentre os de menos capacidades.

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A situação laboral dos formados(dos 16 aos 65 anos) neste tipo deprogramas depende em grandeparte da saúde económica dopaís. Há mais desempregados empaíses com uma elevada taxa dedesemprego juvenil, como Espa-nha, Polónia ou Irlanda. No entan-to, em relação aos outros dois, emEspanha há muito menos inativos,isto é, que nem continuam a estu-dar nem a procurar trabalho. Pelocontrário, na Coreia do Sul e noJapão, até 75 % dos formados na

Formação Profissional superiorsão inativos. Pelo contrário, Fin-lândia, Alemanha e Dinamarcatêm a menor taxa de desempregoneste coletivo.

O “prémio salarial” por ter estu-dado num módulo superior emrelação aos que ficaram pelomédio é de 18 % na OCDE, e adesvantagem em relação aos quetêm formação universitária ousimilares ronda também os 20 %.Mas a situação difere bastante por

países. Em Espanha, o prémio émenor e o castigo maior, pelo queexistem poucos incentivos parapassar da Formação Profissionalmédia para a superior a não serque a seguir se pretenda saltarpara a universidade; o mesmoacontece, mas ainda com maisintensidade, nos Estados Unidos.Já na Holanda e em Françapassa-se o contrário.

F. R.-B.

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PANORAMA

Os muçulmanos na Europa são menos do que se pensaO atentado contra o “CharlieHebdo”, em Paris, fez soar oalarme sobre a imigração prove-niente do mundo islâmico. A per-ceção social na Europa é a popu-lação muçulmana ser excessiva,mas os dados mostram que aproporção verdadeira é menor. AFrança é o país da UE onde maioré o desajustamento entre opiniãoe dados.

O instituto britânico de sondagensIpsos MORI publicou em outubroum inquérito realizado a cidadãosde 14 países (quase todos euro-peus) para ver se as pessoasconhecem as estatísticas que es-

tão por detrás de alguns debatespúblicos. A imigração foi um dostemas sobre os quais foraminterrogados os inquiridos (cfr. em“Aceprensa”, “Las opiniones sobrela inmigración casan mal con larealidade”, 29.10.2014).

A percentagem atual de muçul-manos que vivem em França é de8 % da população total, o quepraticamente coincide com a reve-lada pelo Pew Research Center(“The Future of the Global MuslimPopulation – Region: Europe”;27.1.2011) com dados de 2010:7,5 % (4,7 milhões de pessoas).Mas segundo o inquérito do Ipsos

MORI, o cidadão francês médiopensa que no seu país existem31 % de muçulmanos.

Outros países europeus onde odesfasamento é muito grande são:Bélgica (a percentagem real é de6 % contra a perceção de quehaveria 29 % de população muçul-mana); Grã-Bretanha (5 % contra21 %); Itália (4% contra 20 %);Espanha (2% contra 16%);Alemanha (6 % contra 19 %)

Estas estimativas exageradas sãoum problema quando se avançapara um debate informado sobre a“invasão muçulmana” na Europa.

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Parte-se do princípio de que asposições não seriam as mesmasse se conhecesse a dimensão realdeste fenómeno.

As perceções também podeminfluir nas opções políticas. Comoafirma um artigo do “Guardian”(“Today’s key fact: you areprobably wrong about almosteverything”, 29.10.2014), quantamais importância conceda umvotante a um assunto, mais prová-

vel será que decida o seu voto emfunção das propostas que lheofereçam os partidos.

Para Bobby Duffy, diretor-geral doIpsos MORI, “o verdadeiro perigodestas perceções erradas, residena forma como reagem ospolíticos e os responsáveis pelaspolíticas públicas”. Embora osgovernantes não devam tratar oscidadãos como “pessoas quenecessitam de ser reeducadas”,

muito menos deveriam responder“com políticas que simplesmentereforçam os seus medos infun-dados”.

Segundo as estimativas do PewResearch Center, os países euro-peus que mais população mu-çulmana tinham em 2010 eram:França (4,7 milhões); Alemanha(4,1); Grã-Bretanha (2,8); Itália(1,5) e Espanha (1,02).

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PANORAMA

“Divertida-Mente”“Inside Out”

Realizador: Pete Docter, Ronaldodel CarmenAtores: AnimaçãoDuração: 94 min.Ano: 2015

Este novo filme da Pixar-Disney,toca num aspecto essencial do serhumano: as emoções e os senti-mentos, apresentando um verda-deiro “Tratado” sobre os fatorespsicológicos na construção dapersonalidade de cada um.

Uma rapariga ainda nova tem demudar de cidade. O pai arranjaraemprego em São Francisco e vai

para lá com toda a família. Ajovem vai ter de se adaptar a essa“metrópole”, à sua nova escola eaos novos amigos. Tudo isso é umdesafio para ela. Está numa idadeem que tem de crescer, de come-çar a amadurecer e a enfrentar arealidade. É precisamente então,nessa altura de “mudanças”, quese dá conta de que as suasemoções existem e têm vida nasua própria vida. Por exemplo, aAlegria é travada pelo Medo. Issoprovoca Angústia e a rapariga éafetada na sua tomada dedecisões. Surge então a tristeza...mas a vida continua... A jovemsente que tem de fazer algo e quenão pode viver guiada pelas

circunstâncias. Por vezes, temRaiva de algumas situações, masrepara que essa raiva nem sem-pre é má, pois dá-lhe forças eestimula-a a passar à ação.

A conclusão é que as emoçõesnão são boas nem más, mas quefazem parte integrante da natu-reza humana. Se aprendemos alidar com elas equilibradamente,são um descanso para a mente,para o corpo e tiram o máximo departido de cada um.

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Tópicos de análise:

1. “Conhece-te a ti mesmo” éuma matéria que vale a penaaprofundar.

2. Os sentimentos potenciam ouparalisam as ações... dependedo seu uso.

3. As emoções devem ser guia-das pela razão e não pelos ca-prichos.

Hiperligação

Paulo Miguel MartinsProfessor da AESE

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DOCUMENTAÇÃO

Uma introdução à encíclica “Laudato si” (2)Uma ecologia integral

Partindo do facto de que tudo seencontra intimamente relacionado,e que os problemas atuais exigemum olhar que leve em conta todosos aspetos da crise mundial, oPapa Francisco propõe, no quartocapítulo, “os diversos aspetos deuma ecologia integral, que integrecom clareza as dimensões huma-nas e sociais” (“LS” 137). Falar doambiente indica uma relação entrea natureza e a comunidade huma-na que a habita. “A análise dosproblemas ambientais é insepará-vel da análise dos contextoshumanos, familiares, laborais, ur-

banos, e da relação de cada pes-soa consigo mesma, que gera umdeterminado modo de se relacio-nar com os outros e com o am-biente” (“LS” 141). Por este moti-vo, a ecologia integral inclui tam-bém aspetos que influem na vidasocial, como a economia, a políti-ca, a cultura.

Na perspetiva desta visão integral,Francisco fala de “uma ecologiaeconómica, capaz de obrigar aconsiderar a realidade de modomais amplo” (“LS” 141), não sópelo impacto que certas decisõeseconómicas podem ter sobre oambiente, como também pelo va-

lor que o ambiente tem na vidados povos. Fala também de uma“ecologia social”, convencido deque “a saúde das instituições deuma sociedade tem consequên-cias no ambiente e na qualidadede vida humana: ‘Toda a lesão dasolidariedade e da amizade cívicaprovoca danos ambientais’” (“LS”142). A “ecologia social” necessa-riamente institucional alcança pro-gressivamente as diversas dimen-sões que vão do grupo socialprimário, a família, passando pelacomunidade local e pela Nação,até à vida internacional. Porúltimo, fala da “ecologia cultural”que “pressupõe o cuidado das

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riquezas culturais da humanidadeno seu sentido mais amplo” (“LS”143), o património histórico, artís-tico, etc. É uma riqueza como o éa variedade das espécies. Porisso, as soluções para os proble-mas ecológicos “que se vão ge-rando nem sempre podem inte-grar-se em esquemas estabeleci-dos a partir de fora, devendo simpartir da própria cultura local”(“LS” 144).

Estas considerações têm umamotivação antropológica profunda,que o Papa expõe ao falar da“ecologia da vida diária” (“LS” 147--155). Cuidar do ambiente é cui-dar “da casa” onde decorre a vidados homens, garantindo a se-gurança, a higiene, acesso a ser-viços, e evitar situações que aten-tam contra a dignidade da pessoa.Ao fazer projetos, “faz falta cuidar

dos lugares comuns, dos quadrosvisuais e dos pontos de referênciaurbanos que fazem aumentar onosso sentido de pertença, anossa sensação de enraizamento,o nosso sentimento de ‘estar emcasa’ dentro da cidade que nosenvolve e une” (“LS” 151). Só sese tiver em conta o homem, con-seguiremos criar o compromissode cuidar da nossa casa comum.Haverá um maior compromissopara colaborar com o bem comum(“LS” 156-158) e transmitir, melho-rando-o, o dom recebido às gera-ções futuras.

Linhas de ação

No quinto capítulo, propõem-sealgumas linhas de ação, inspira-das na visão integral da ecologia,tanto no plano internacional comonacional e local, que ajudem a

proporcionar uma mudança derumo. O Papa propõe grandeslinhas de diálogo, que deve cara-terizar-se por ser sincero, hones-to, interdisciplinar, para que, aten-dendo a todos os elementos dosproblemas, se possam levar acabo soluções concretas. Nestaparte, o Papa propõe pormenoresconcretos a ter em conta, emboraa Igreja “não pretenda definir ostemas científicos, nem substituir apolítica, convido a que haja umdebate honesto e transparente,para que as necessidades particu-lares ou as ideologias não afetemo bem comum” (“LS” 188).

Para terminar o capítulo, o Papasuscita o diálogo entre as religiõese as ciências, convencido de que“não se pode sustentar que asciências empíricas explicam com-pletamente a vida, a essência

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íntima de todas as criaturas e oconjunto da realidade” (“LS” 199).A encíclica integra este diálogo;com ela, a Igreja participa daspreocupações do homem atual e,consciente que a sua fé podecontribuir para a solução dosproblemas ambientais, anuncia oEvangelho da Criação e interpelaos crentes a serem coerentes coma sua própria fé e a não contra-dizê-la com as suas ações,reclama-lhes que “voltem a abrir--se à graça de Deus e a beber nomais fundo das suas própriasconvicções sobre o amor, a justiçae a paz” (“LS” 200).

Uma nova cultura

O Papa, “convencido de quequalquer mudança necessita demotivações e de um caminho edu-cativo”, propõe “algumas linhas de

amadurecimento humano inspira-das no tesouro da experiênciaespiritual cristã” (“LS” 15). Amudança para os cristãos implicaimplementar a nova evangeliza-ção. Não pode haver separaçãoentre doutrina e vida, a fé para sertransmitida deve estar viva. Atransformação do ambiente passaatravés da “conversão ‘ecológica’,que implica brotar todas asconsequências do seu encontrocom Jesus Cristo nas relaçõescom o mundo que os rodeia. Vivera vocação de serem protetores daobra de Deus é parte essencial deuma existência virtuosa, nãoconsiste em algo opcional nemnum aspeto secundário da expe-riência cristã” (“LS” 217). Seremprotetores da obra de Deus inclui,em primeiro lugar, a proteção dosnossos irmãos mais frágeis. Par-tilhar a nossa fé com os restantes

homens, criar uma cultura deacordo com o Evangelho da cria-ção “é um bem para a humani-dade e para o mundo” (“LS” 64).Só deste modo se irá adquirir “aconsciência de uma origem co-mum, de uma pertença mútua ede um futuro partilhado por todos.Esta consciência básica permitiriao desenvolvimento de novas con-vicções, atitudes e formas de vida”(“LS” 202).

O Papa convencido de que amudança ecológica nasce de umamudança no homem, capaz de“recuperar os diversos níveis doequilíbrio ecológico: o interno con-sigo próprio, o solidário com osoutros, o natural com todos osseres vivos, o espiritual comDeus”, defende que “a educaçãoambiental deveria dispor-nos a daresse salto para o Mistério, a partir

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de onde uma ética ecológicaadquire o seu sentido maisprofundo” (“LS” 210). A preocupa-ção pelo ambiente abre as pes-soas a temas profundos, aosquais somente a fé pode dar umaresposta satisfatória.

Ao falar sobre o compromissointergeracional no capítulo IV,Francisco levanta uma interroga-ção: “Que tipo de mundo quere-mos deixar aos que nos vão suce-der, às crianças que estão anascer? […] Quando nos interro-gamos sobre o mundo que que-remos deixar, entendemos sobre-tudo a sua orientação geral, o seusentido, os seus valores. Se nãopulsa nelas esta pergunta defundo, não acho que as nossaspreocupações ecológicas possamconseguir efeitos importantes.Mas se esta pergunta for feita com

coragem, leva-nos inexoravelmen-te a outras interrogações muitodiretas: Com que finalidade pas-samos por este mundo, para queviemos a esta vida, para quetrabalhamos e lutamos, que ne-cessidade tem de nós esta terra?Perguntas fundamentais, que noslevam a advertir que aquilo queestá em jogo é a nossa própriadignidade. Somos nós os primei-ros interessados em deixar umplaneta habitável para a humani-dade que nos virá a suceder. Éum drama para nós próprios,porque isto coloca em crise osignificado da própria passagempor esta terra” (“LS” 160).

Não basta avançar com respostaspara criar uma “‘cidadania ecoló-gica’, tão-pouco bastam normasou leis e um controlo efetivo dasmesmas, pois se se quiser que

haja efeitos importantes e dura-douros, é necessário que a maiorparte dos membros da sociedadea tenha aceite a partir de motiva-ções adequadas, e reaja a partirde uma transformação pessoal.Só a partir do cultivar de sólidasvirtudes será possível a doaçãode si num compromisso ecológico”(“LS” 211). Exige-se uma tarefa deeducação, transformar a cultura,para fomentar essas disposições.

Entre os diversos âmbitos educa-tivos – a escola, a família, osmeios de comunicação social, acatequese, etc. – o Papa destaca“a importância central da família,porque ‘é o âmbito onde a vida,dom de Deus, pode ser acolhida eprotegida de modo adequado con-tra os múltiplos ataques a que es-tá exposta, e pode desenvolver-sede acordo com as exigências de

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um autêntico crescimento huma-no. Contra a chamada cultura damorte, a família constitui a sededa cultura da vida’ (São JoãoPaulo II, ‘Centesimus annus’ 39).Na família, cultivam-se os primei-ros hábitos de amor e cuidadopela vida como, por exemplo, ouso correto das coisas, a ordem ea limpeza, o respeito pelo ecos-sistema local e a proteção detodos os seres criados. A família éo lugar da formação integral, ondese desenvolvem os diversosaspetos, intimamente relaciona-dos entre si, do amadurecimentopessoal. Na família aprende-se apedir licença sem servilismo, adizer ‘obrigado’ como expressãode uma sentida avaliação dascoisas que recebemos, a dominara agressividade ou a voracidade,e a pedir perdão quando fazemosalgo de mal. Estes pequenos ges-

tos de sincera cortesia ajudam aconstruir uma cultura da vidapartilhada e do respeito por aquiloque nos rodeia” (“LS” 213).

Trata-se de gestos “ecológicos” aoalcance da mão de todos, quealimentam “uma paixão pelo cui-dado do mundo” (“LS” 216). OPapa mostra assim a necessidadede uma profunda conversão inte-rior (“LS” 217), que exige “exami-nar as nossas vidas e reconhecerde que modo ofendemos a criaçãode Deus com as nossas ações”(“LS” 218). A conversão implica“gratidão e gratuidade, isto é, umreconhecimento do mundo comoum dom recebido do amor do Pai,que provoca consequentementeatitudes gratuitas de renúncia egestos generosos, mesmo queninguém os veja ou os reconheça[…] Também implica a consciência

amorosa de não estar separadodas outras criaturas, de formarcom os restantes seres do univer-so uma preciosa comunhão uni-versal. Para o crente, o mundonão se contempla a partir de fora,mas de dentro, reconhecendo oslaços com os quais o Pai nosjuntou a todos os seres. Conse-quentemente, encoraja o crente adesenvolver a sua criatividade e oseu entusiasmo, para resolver osdramas do mundo, oferecendo--se a Deus ‘como um sacrifíciovivo, santo e agradável’ (‘Roma-nos’ 12, 1)” (“LS” 220).

Esta espiritualidade cristã propõeum modo alternativo de entendera qualidade de vida, e encorajaum estilo de vida profético e con-templativo, capaz de gozar osbens (cfr. “LS” 222). Entre as virtu-des deste estilo de vida, o Papa

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sublinha a sobriedade, vivida comliberdade e consciência, e a humil-dade, essencial na vida social.Estas virtudes não se chegam adesenvolver, “se excluirmos Deusda nossa vida e o nosso euocupar o seu lugar, se acreditar-mos que é a nossa própriasubjetividade que determina o queestá bem, ou o que está mal”(“LS” 224).

A sobriedade e a humildade pro-porcionam a “capacidade de con-vivência e de comunhão” (“LS”228), de viver o amor fraterno, deprescindir do que é nosso demodo gratuito a favor dos outros,e estarmos conscientes “que pre-cisamos uns dos outros, quetemos uma responsabilidade pe-los outros e pelo mundo, que valea pena sermos bons e honestos”(“LS” 229). Também facilita, a va-

lorização dos “simples gestosquotidianos” que tornam a vidamais suportável. “O amor, cheiode pequenos gestos de cuidadomútuo, é também civil e político, emanifesta-se em todas as açõesque procuram construir um mundomelhor” (“LS” 231). Só assim va-mos experimentar que “vale a pe-na passar por este mundo” (“LS”212).

Outro aspeto importante desteestilo de vida é a paz interior daspessoas que “têm muito a ver como cuidado da ecologia e com obem comum, porque, autentica-mente vivida, se reflete num estilode vida equilibrado que se junta auma capacidade de admiraçãoconducente à profundidade davida” (“LS” 225). O Papa insiste naimportância de uma educaçãoestética (“LS” 215), que permite

abrir-se à beleza e amá-la, pois aabertura à beleza da criação leva--nos a Deus, empurra-nos para acontemplação, para o crescimentona vida interior. O cristianismo nãoé uma filosofia, é o encontro comum Deus que “toma a iniciativa”,criador de tudo quanto existe e ébom. Esta convicção permite aocristão ter “uma atitude do cora-ção, que vive tudo com serenaatenção, que sabe estar plena-mente presente perante alguém,sem estar a pensar no que vemdepois, que se entrega a cadamomento como dom divino quedeve ser plenamente vivido” (“LS”226).

Este estilo de vida “implica dedicaralgum tempo para recuperar aserena harmonia com a criação,para refletir sobre o nosso estilode vida e os nossos ideais, para

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contemplar o Criador, que viveentre nós e no que nos rodeia,cuja presença ‘não precisa de sercriada, mas descoberta, desven-dada’ (Francisco, ‘Evangeliumgaudium’ 71)” (“LS” 225). E comoseres criados que somos, tambémprecisamos do contacto físicopara crescer em intimidade. Daíque o Papa dedique algunspontos a falar dos Sacramentos,os quais considera como “ummodo privilegiado de como anatureza é assumida por Deus ese converte em mediação da vidasobrenatual” (“LS” 235). Destaca aEucaristia, pelo que “a graça,tendente a manifestar-se de modosensível, atinge uma expressãomaravilhosa quando o próprioDeus, feito homem, chega aoponto de fazer-Se comer pela suacriatura. No apogeu do mistério da

Encarnação, o Senhor quis chegarao nosso íntimo através de umpedaço de matéria” (”LS” 236).Seguindo por um plano inclinado,o Papa introduz-nos no mistérioda Trindade e faz-nos desejar ofim para o qual fomos criados:encontrarmo-nos “face a facediante da infinita beleza de Deus(cfr. ‘1 Co’ 13, 12) e contemplarcom jubilosa admiração que ouniverso participará connosco daplenitude sem fim” (“LS” 243).

Este fim, mais do que afastar-nosdo nosso compromisso com oambiente, impulsiona-nos a “tomara nosso cargo esta casa que nosfoi confiada, sabendo que aquilode bom existente nela, seráassumido na festa do Céu” (“LS”244).

Antonio PorrasProfessor de Teologia Moral

da Universidade Pontifícia da Santa Cruz (Roma)

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Esquema da aula

Ideias de fundo- O amor pelo mundo- A filiação divina- Mentalidade laical e alma

sacerdotal

Consequências práticas- O trabalho (dimensão so-

cial)- A importância da família e

os cuidados pelo lar- As pequenas coisas- As virtudes humanas- A pobreza- Necessidade de vida in-

terior

Bibliografia- João Paulo II, “Mensagem

Jornada Mundial da Pazde 1990” (8.12.1989).

- Bento XVI, “MensagemJornada Mundial da Pazde 2008” (8.12.2007).

- Bento XVI, “MensagemJornada Mundial da Pazde 2010” (8.12.2009).

- São Josemaría, “Homi-lias”:- Amar o mundo apaixo-

nadamente.- Na oficina de José.- Cristo Rei.- A grandeza da vida

corrente.- Trabalho de Deus.- Desprendimento.

Antonio PorrasProfessor de Teologia Moral

da Universidade Pontifícia da Santa Cruz (Roma)

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34 CAESE agosto 2015

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