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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ CESUPA CENTRO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, BIOLÓGICAS E DA SAÚD CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO E DOENÇA PERIODONTAL BELÉM PA 2012

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CENTRO UNIVERSITRIO DO PAR CESUPA CENTRO DE CINCIAS AMBIENTAIS, BIOLGICAS E DA SADE. CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIO

NUTRIO E DOENA PERIODONTAL

BELM PA 2012

CENTRO UNIVERSITRIO DO PAR - CESUPA CENTRO DE CINCIAS AMBIENTAIS, BIOLGICAS E DA SADE. CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIO

NATHLIA DUATE DANIN

NUTRIO E DOENA PERIODONTALPr-projeto apresentado na Disciplina Trabalho de Concluso de Curso I como requesito bsico para a apresentao do Trabalho de Concluso de Curso do Curso de Nutrio. Orientadora: Simone do Socorro Fernandes Marques.

BELM PA 2012

SUMRIO

1. INTRODUO ................................................................................................... 05 2. DEFINIO DO PROBLEMA ......................................................................... 06 3. HIPOTESES ........................................................................................................ 07 4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 08 5. OBJETIVO .......................................................................................................... 09 5.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 09 5.2 OBJETIVO ESPECIFICO .............................................................................. 09 6. PRESSUPOSTO TERICO............................................................................... 10 6.1 CAVIDADE ORAL ........................................................................................ 10 6.2 DOENA PERIODONTAL ........................................................................... 10 6.3 EPIDEMIOLOGIA/PREVALNCIA ............................................................ 11 6.4 FATORES DE RISCO .................................................................................... 12 6.4.1 6.4.2 FATORES NO NUTRICIONAIS ................................................. 12 FATORES NUTRICIONAIS ........................................................... 12

6.5 CONSEQUENCIAS/COMPLICAES ........................................................ 12 6.6 ESTADO NUTRICIONAL ........................................................................... 12 6.6.1 6.6.2 6.6.3 ANTROPOMETRIA ......................................................................... 13 EXAME FSICO ................................................................................ 13 AVALIAO DIETTICA ............................................................. 13

7. METODOLOGIA ............................................................................................... 14 7.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA ........................................................ 14 7.2 LOCAL ........................................................................................................... 14 7.3 AMOSTRA ..................................................................................................... 14 7.4 PERODO ....................................................................................................... 14 7.5 ASPECTOS TICOS ..................................................................................... 14 7.6 COLETA DE DADOS ................................................................................... 14 7.7 CRITRIO DE INCLUSO .......................................................................... 15 7.8 CRITRIO DE EXCLUSO ......................................................................... 15 7.9 RISCOS E BENEFICIOS .............................................................................. 15 7.9.1 7.9.2 RISCOS ............................................................................................. 15 BENEFICIOS ................................................................................... 16

7.10 ANLISE ESTATSTICA ............................................................................ 16 REFERNCIAS ................................................................................................. 18

1. INTRODUO O periodonto constitudo pela gengiva, ligamento periodontal, osso alveolar e cemento dentrio, e atua como agente de unio entre o dente e o osso alveolar e como aparelho de fixao resiliente e resistente s foras mastigatrias funcionais normais. Para manter a sade periodontal, preciso haver um bom estado imunolgico, nutricional e endocrinolgico e ausncia de placa bacteriana, visando uma resposta adequada do organismo frente s agresses (ROYACK et al., 2000) A doena periodontal tem como fator etiolgico primrio a placa bacteriana; porm, a resposta imune do hospedeiro aos periodontopatgenos muito importante e provavelmente explique a diferena na severidade da doena que existe entre os indivduos. Dessa forma, como o estado nutricional influencia a sade geral, tambm desempenha um papel importante na manuteno de uma resposta imune adequada e ainda importante na manuteno da sade periodontal (BOYD e MADDEN, 2003). Os transtornos nutricionais apresentam efeitos importantes na condio geral de sade, na qualidade de vida, na morbidade e na mortalidade. A associao entre m nutrio e problemas de sade bucal, altamente prevalentes na populao idosa11, tem sido muito estudada nos ltimos anos, pelo impacto que esses problemas podem gerar no sistema de sade (JOHNSON, 2005). A alimentao uma necessidade bsica do organismo que envolve, primariamente, a utilizao da cavidade bucal para a realizao dos processos de mastigao, deglutio e incio da digesto (ROUQUAYROL et al., 1999). A dieta considerada um dos fatores etiolgicos da crie dental, pois nutrientes especficos esto associados com o desenvolvimento do cncer bucal ou, ainda, com as doenas periodontais (ROYACK et al., 2000). Por a doena periodontal ser um processo inflamatrio crnico que se manifesta atravs de uma injria celular, h uma interveno no suprimento de nutrientes na regio. Ento, para que a sade se restabelea h necessidade de sntese de colgeno e outras macromolculas, sendo necessrio um fornecimento adequado de vitaminas A, C, e b, protenas e minerais como o ferro e o zinco para que haja a recuperao do individuo (ONOFRE, 2008).

2. DEFINIO DO PROBLEMA

Quais os fatores de risco nutricional os indivduos que desenvolveram doena periodontal estiveram e/ou esto expostos?

3. HIPTESES

HIPTESE NULA (H0) Os indivduos que desenvolveram doena periodontal estiveram e/ou esto expostos a fatores de risco nutricional envolvidos no desenvolvimento da doena periodontal.

ALTERNATIVA (Ha) Os indivduos que desenvolveram doena periodontal no estiveram e/ou esto expostos a fatores de risco nutricional envolvidos no desenvolvimento da doena periodontal.

4. JUSTIFICATIVA

Em funo da importncia da preveno da Doena Periodontal se faz necessrio destacar e estudar os principais pontos de interrelao ente a cavidade bucal e o processo de nutrio, uma vez que esta patologia caracteriza srios problemas de sade pblica no Brasil. No que se refere etiologia relacionada a nutrio salienta-se as deficincias de vitamina C, folato e zinco que aumentam a permeabilidade do sulco gengival, ampliando a suscetibilidade s doenas periodontais. A resposta imunolgica nestes casos de doena periodontal essencial para um prognstico, nesse momento em que a nutrio tima entra com um fator importante no controle da patologia. A deficincia de vitamina C, por exemplo, leva os tecidos periodontais a uma incapacidade de resposta aos efeitos destrutivos da inflamao. Portanto, por interferir de maneira significativa no surgimento e evoluo de inflamaes no periodonto, faz-se importante um estudo mais aprofundado do tema, para que haja maior conhecimento da mediao da nutrio e de como deve ser aplicao das condutas nutricionais para sade bucal.

5. OBJETIVO

5.1 OBJETIVO GERAL Identificar os fatores de risco nutricional envolvidos no desenvolvimento da doena periodontal em indivduos com a patologia instalada.

5.2 OBJETIVO ESPECFICO Aplicar a frequncia alimentar para detectar possveis carncias nutricionais. Investigar a histria diettica do indivduo. Realizar exame fsico buscando sinais de hipovitaminose. Avaliar o estado nutricional atravs do IMC.

6. PRESSUPOSTO TERICO

6.1 CAVIDADE ORAL A cavidade da boca ou cavidade oral comunica-se cm o exterior e com a faringe. dividida pelos processos alveolares (recobertos por mucosa) e arcos dentais em vestbulo da boca e cavidade prpria da boca. As formaes limitantes da cavidade oral so lbios, bochechas, palato, soalho e istmo da garganta. A gengiva uma estrutura firme queratinizada que circunda o colo do dente. (RIZZOLO et al., 2009)

6.2 DOENA PERIODONTAL

A doena periodontal uma inflamao da gengiva com destruio do aparato de ligao ao dente, uma leso de natureza peculiar uma vez que os danos que ocasiona nos tecidos hospedeiros esto diretamente relacionados resposta imunolgica destes com a microbiota do biofilme dental (massa que composta por bactrias colonizadoras da cavidade oral), estando tambm envolvidos com a susceptibilidade individual e influncias ambientais. (FIGUEIREDO et al., 2002) Caracteriza-se por um processo inflamatrio que ocorre na gengiva em resposta a antgenos bacterianos da placa dentria que se acumulam ao longo da margem gengival. A placa um biofilme constitudo por bactrias, protenas salivares e clulas epiteliais descamadas. Sua manifestao inicial a gengivite, caracterizada por hiperemia, edema, recesso e sangramento gengival. Se no tratada precocemente, ela pode evoluir para periodontite (HERRING et al., 2006). Em geral o termo doena periodontal refere-se tanto para gengivite quanto para periodontite, porm, a primeira uma resposta inflametroa ao biofilme bacteriano limitada ao tecido marginal (SALLUM et al., 2007) aonde inicia-se, frequentemente, pela inadequada higiene bucal, que leva inflamao gengival pelo acmulo de placa bacteriana na superfcie dentria, o

que torna a gengiva hiperemiada, edemaciada e com sangramento, neste estgio a doena reversvel com correta higienizao e tratamento. Quando a gengivite no tratada, pode evoluir para uma inflamao crnica, em que o tecido de suporte destrudo e separa-se do dente, formando a bolsa periodontal, caracterizada como periodontite, invadindo os tecidos de suporte e causando perda de insero (SALLUM et al.; AMERICAN ACADEMY OF PERIODONTOLOGY, 2008) Uma das primeiras alteraes clnicas causadas pela periodontite a perda de incluso dos tecidos periodontais que suportam e protegem o elemento dental com formao da bolsa gengival. Com a superfcie dentria livre do epitlio protetor, ocorre acmulo de placa bacteriana e destruio dos tecidos pela proliferao de microorganismos patognicos (NANCI, 2006). A doena periodontal grave afeta estruturas mais profundas, causando reabsoro das fibras colgenas do ligamento periodontal, reabsoro do osso alveolar, abscessos, aumento da profundidade das bolsas, maior mobilidade dentria e perda de dentes (SCANNAPIECO, 2004).

6.3 EPIDEMIOLOGIA/PREVALNCIA

As aes de vigilncia de servios odontolgicos tm por objetivo proteger a sade da populao de numerosos riscos reais ou potenciais e promover os meios necessrios para garantir a segurana sanitria nesses ambientes. A exposio a fatores de risco fsico-qumicos e biolgicos, a gerao de resduos slidos, txicos e infectantes determinam uma preocupao cada vez maior com a segurana da prtica odontolgica (AERTS et al., 2004) As doenas da cavidade bucal so consideradas um grande problema de sade pblica devido alta prevalncia e incidncia, e aos impactos desses agravos, por causarem muita dor e sofrimento, afetam a qualidade de vida das pessoas (PETERSEN, 2003) e a doena periodontal considerada a segunda afeco mais prevalente na cavidade bucal, ocorrendo com maior frequncia nos indivduos de faixas etrias mais avanadas, com prevalncia de 90% no

grupo de indivduos brasileiros com idade entre 45 e 49 anos. (SANTOS et al., 2011) Devido grande incidncia na populao, ao se realizar pesquisas no ano de 1993, Chambrone disse que quando um profissional ao examinar um paciente no encontrar doena periodontal, em algum de seus estgios, seus exames deveriam ser revistos, pois a chance de encontrar pacientes com todas as unidades gengivais e periodontais clinicamente saudveis eram mnimas. Em 1993 foi constatado que 86,57 % dos indivduos com idades entre 3 e 79 anos (n= 10353) apresentavam algum sinal da presena de doena gengival ou periodontal (CHAMBRONE, 1993). Uma pesquisa realizada no municpio de Erval Velho-SC em 2005 verificou a prevalncia das doenas periodontais e sua relao com escovao dental em estudantes de 10 a 18 anos de idade. Realizou-se um levantamento epidemiolgico em que foram examinados 250 escolares de ambos os sexos. As condies periodontais foram observadas atravs dos critrios da OMS (1997). Em relao prevalncia da doena periodontal, 152 (60,80%) apresentavam pelo menos um dos sextantes com alguma alterao periodontal e 98 (39,20%) apresentavam todos os sextantes hgidos. (CROSATO et al, 2005). Em pesquisa realizada no estado de So Paulo no ano de 2005 os ndices foram preocupantes. Menos de 50,0% dos jovens brasileiros entre 15 e 19 anos no tm problemas periodontais, porcentagem que diminui com o aumento da faixa etria pois, dentre os idosos brasileiros (65 a 74 anos de idade), apenas 7,9% esto livres da doena. Esta situao apresentou-se pouco mais favorvel no Estado de So Paulo, nas diferentes faixas etrias. Entretanto, ndices periodontais apresentam-se baixos entre os idosos, no por estarem saudveis, mas por possurem poucos dentes na boca para serem examinados (JUNQUEIRA et al., 2004). A periodontite severa, caracterizada pela presena de bolsas periodontais superiores a 6 mm de acordo com o ndice Periodontal Comunitrio (CPI), est presente em 5 a 15% da populao mundial. (JUNQUEIRA, 2004)

6.4 FATORES DE RISCO A doena periodontal pode ser observada como um desequilbrio entre agresso e defesa sobre os tecidos de sustentao e proteo do dente. A este respeito, est ficando cada vez mais aparente que no h uma etiologia nica para as vrias doenas periodontais e sim, so resultados de fatores ambientais, da resposta do hospedeiro, de stios de impactaes alimentares e em relao s bactrias, ou seja, doena multifatorial (MINAS GERAIS, 2006). 6.4.1 Fatores no nutricionais a) Tabagismo Desde que as diferentes modalidades de periodontopatias representam a inter-relao entre um hospedeiro susceptvel de e uma microbiota Gram-

periodontopatognica

constituda,

principalmente,

bastonetes

negativos anaerbios ou microaerfilos possvel que a maior severidade das periodontopatias em fumantes possa vir a refletir a ao dos componentes do tabaco sobre o hospedeiro, diminuindo sua resistncia ou facilitando a colonizao e persistncia dos patgenos nas bolsas periodontais (GAETTEJARDIM et al., 1998). Uma srie de dados tem sido apresentados e demonstram que, de todos os risco identificados, o fumo um dos fatores mais significativos para o desenvolvimento da doena periodontal. Estudos epidemiolgicos revelaram uma alta prevalncia e severidade da doena em fumantes quando comparados a no-fumantes, indicando a ao direta do tabaco nos tecidos periodontais e relao de efeito dose-dependentre entre fumo e doena periodontal (DOUGLASS, 2006).

b) Condio socioeconmica Estudos internacionais tm demonstrado que gengivite e periodontite apresentam maiores prevalncias em populaes com piores indicadores

socioeconmicos, como renda e escolaridade. Essa mesma situao foi confirmada no Brasil (GESSER et al., 2005). Os fatores socieconmicos tm grande influencia na incidncia de doena periodontal. Populaes em situao de risco social tendem a aprensentar maiores ndices de casos, visto que dispem de menos recursos para custear a manuteno da higiene bucal de maneira satisfatria, que associado ao baixo nvel de instruo limita a procra por servios de sade. A desigualdade social afeta a condio de sade bucal e necessita ser mais bem avaliada e explorada, visando monitoramento e a preveno da doena. (BASTIANI, 2010) c) Raa Quanto raa, um estudo americano apontou que os participantes da raa negra apresentaram trs vezes o risco de terem a doena periodontal quando comparados com a raa branca (BORRELL, L. N. et al., 2003). Uma pesquisa de coorte, realizada com 1.067 gestantes americanas avaliadas

durante a gestao e no puerprio, apontou que as mulheres da raa negra que fumaram durante a gestao tiveram maior chance de apresentar a mulheres da raa branca que tambm

doena periodontal em relao s

fumaram durante a gestao. (SANTOS, 2010).

6.4.2 Fatores nutricionais A integridade dos dentes, da mucosa oral e da lngua pode ser comprometida por deficincias e excessos nutricionais. Deve-se combinar os fatores de exame fsico com um histrico nutricional e diettico abrangente em um histrico clnico e medicamentoso para identificar as possveis causas das leses orais. A avaliao intra e extra-oral deve identificar possveis problemas ou aqueles j estabelecidos por meio de um ou mais dos seguintes fatores: a) manifestaes orais de um distrbio nutricional; b) manifestaes orais de uma doena sistmica, como o diabetes; c) condies orais que interfiram na capacidade de ingesto, mastigao ou deglutio, paladar e saliva; d)

influncias dietticas sobre a cavidade oral e sua contribuio para as doenas orais. (SHILS et al., 2009) A dieta e a nutrio desempenham papis-chave no desenvolvimento dental, integridade dos tecidos gengival e oral, fora ssea e preveno e tratamento das doenas da cavidade bucal. A dieta possui um efeito local sobre a integridade dental; isto , o tipo, a forma e a frequncia de alimentos e bebidas consumidos tem um efeito direto sobre os dentes e o ambiente microbiano oral. A nutrio, em contraste, tem um efeito sistmico. O impacto da ingesto de nutrientes afeta sistematicamente o desenvolvimento, a manuteno e o reparo dos dentes e dos tecidos orais. As deficincias de vitaminas B (riboflavina, folato e B12), juntamente com a vitamina C e os minerais ferro e zinco, alm de outros nutrientes, podem ser detectadas na boca devida rpida taxa de giro tecidual na mucosa oral (ESCOTT-STUMP et al., 2005). Para manter a sade periodontal, preciso haver um bom estado imunolgico, nutricional e endocrinolgico e ausncia de placa bacteriana, visando uma resposta adequada do organismo frente s agresses. O tecido epitelial sadio do periodonto funciona como uma barreira protetora

penetrao de endotoxinas bacterianas no sulco gengival. As deficincias de vitamina C, folato e zinco aumentam a permeabilidade do sulco gengival, ampliando a suscetibilidade s doenas periodontais. A deficincia de vitamina C tambm tem ocasionado, clinicamente, o aparecimento de gengivite com hemorragia espontnea e sensibilidade dolorosa o que acarreta um quadro inflamatrio nos tecidos de proteo e mobilidade nos tecidos de sustentao, e que se no forem tratados podem levar a perda do elemento dentrio (MENDES, 2003; CAMPOS, 2005.). a) cido ascrbico (vitamina C) A relao entre doena periodontal e vitamina C devido a alterao da permeabilidade da barreira gengival no sulco gengival. A deficincia deste nutriente aumenta a permeabilidade desta barreira, aumento a suscetibilidade s doenas periodontais por facilitar assim a entrada de toxinas. A deficincia de vitamina c tambm tem ocasionado clinicamente o aparecimento de

gengivite escorbtica, que se caracteriza pela presena de hemorragia espontnea e sensibilidade dolorosa, sendo um fator de risco para periodontite. (CAMPOS et al., 2002). b) Retinol (vitamina A) A vitamina A est envolvida no processo de viso, reproduo, crescimento osseos e manuteno e diferenciao tecidula. A deficincia desta vitamina pode levar queratinizao do epitlio sulcular e tendo este epitlio uma velocidade de renovao celular alta o primeiro a ser afetado.

Posteriormente, as glndulas salivares sofrem esta ao, pois esta vitamina controla a secreo de lisizima salivar e em seguida ocorre degenerao do ligamento periodontal e hiperplasia gengival, sendo fator de risco para a doena periodontal. (CAMPOS, 2002; MENDES, 2003) c) Calciferol (vitamina D) e Clcio As causas da carncia so mltiplas e incluem a ingesto insuficiente atravs da dieta. As consequncias clinicas so determinadas por alteraes sseas e renais. Das alteraes que afetam o tecido periodontal esto a deficiente mineralizao do osso alveolar e do cemento, uma vez que a regulao do metabolismo de clcio e fsforo realizada pela vitamina D, alm de hormnios como a calcitonina e paratireoide. (CAMPOS et al., 2002). O elevado teor de clcio na saliva predispe formao de clculo e fatores irritativos nos tericos periodontais. O aumento da atividade do sistema peroxidases salivas (SPS) pode contribuir para o desenvolvimento de gengivite atravs do exsudato de leuccitos no fluido crevicular gengival. Juntos, esses mecanismos contribuem para um maior risco de doena periodontal. (ALVES, 2007)

6.5 CONSEQUENCIAS E COMPLICAES Normalmente, a doena periodontal tem como consequncia final a perda do dente. Os registros epidemiolgicos sobre perdas dentrias por esta patologia no caracterizam sua prevalncia e severidade, devido a avaliar, na maioria dos mesmos, amostras viciadas, uma vez, que so examinados os indivduos saudveis que procuraram atendimento, e possivelmente os dentes mais afetados pela doena j tinham sido extrados e, por esta razo, no

foram registrados, conforme relataram Papapanou; Lindhe (1999). Em pesquisas realizadas em alguns pases do mundo constatou-se que a doena periodontal foi a principal responsvel pelas perdas (FIGUEIREDO et al., 2004) Alguns estudos tm mostrado que as doenas periodontais constituem importante causa de exodontias. No Brasil, a perda do rgo dental relacionada a exodontias provocadas por doenas evitveis, entre elas as doenas periodontais, muito elevada. Dados epidemiolgicos tm mostrado expressivo incremento das perdas com a idade. Em 1986, estimava-se que 10% da populao brasileira aos 34 anos de idade apresentava ausncia total de dentes. Aos 41 e 48 anos de idade, esse problema atingia, respectivamente, 20 e 30% dos brasileiros. A partir dessa idade, a proporo de edntulos cada vez maior e o colapso da dentio mais intenso: 40% aos 53 anos, 50% aos 58 anos; 60% aos 63 anos; 70% aos 68 anos e 80% aos 70 anos de idade (FRAZO, 2003) A perda dentria tem sido associada com mudanas nas escolhas dos alimentos e coma deficincia nutricional. Isso pode ocorrer pois pessoas que no conseguem mastigar ou cortar alimentos confortavelemente consomem menos alimentos com alto teor de fibras como pes, frutas e vegetais, portanto reduzindo sua ingesto de nutrientes essenciais. (CASSAL, 2008) Alm disso, pode ocasionalmente levar a complicaes em doenas sistmicas, como por exemplo, no diabetes mellitus, que uma alterao metablica caracterizada por hiperglicemia e glicosria, devido a uma deficincia relativa ou absoluta de insulina e reflete em uma distoro no equilbrio entre a utilizao de glicose pelos tecidos, liberao de glicose pelo fgado, produo e liberao de hormnios pancreticos, da hipfise anterior e da supra renal. Toxinas bacterianas, como os lipopolissacardeos, que so liberadas na presena das doenas periodontais, podem aumentar a resistncia insulina, provocando aumento da glicose circulante, resultando em episdios de hiperglicemia. (MACHIAVELLI e PIO, 2008) E Mais recentemente, tem-se estudado a associao da doena periodontal como fator de risco para Doena Cardiovascular com base nas seguintes teorias: (a) bactrias periodontopatognicas (Porphyromonas

gingivalis, Prevotela

Bacterides intermedia,

forsytus,

Actinobacillus sanguis),

actinomycetemcomitans, identificadas nas leses

Streptococus

ateromatosas, poderiam atuar diretamente sobre a placa aterosclertica predispondo sua ruptura; (b) a bacteriemia resultante da periodontite poderia aumentar a atividade trombognica a partir do aumento da viscosidade sangnea e da produo de fatores estimuladores da agregao plaquetria. Corroborando esta hiptese, algumas cepas de Streptococus sanguis e Porphyromonas gingivalis expressam protenas capazes de causar agregao plaquetria; e (c) a doena periodontal atravs da liberao de mediadores inflamatrios sistmicos promoveria aumento de marcadores sabidamente associados ao maior risco de DCV, como a PCR e a IL-6. (ALVES et al., 2007)

6.6 ESTADO NUTRICIONAL

A avaliao nutricional, de acordo com a American Dietetic Association (Council on Practice, 1994), uma abordagem completa realizada por um dietista registrado para determinar o estado nutricional usando a histria mdica, social, nutricional e de medicamentos; exame fsico; medidas antropomtricas e dados laboratoriais. A avaliao nutricional envolve interpretao de dados da triagem nutricional e incorpora informaes adicionais. A avaliao nutricional organiza e avalia as informaes colhidas para fazer o diagnstico do profissional sobre o estado nutricional (ASPEN,2002).

6.6.1 ANTROPOMETRIA

Esta tcnica constituda de medidas de rpida e fcil realizao, no necessitando de equipamentos sofisticados e de alto custo financeir. As medidas antropomtricas devem ser feitas de forma correta, seguindo uma metodologia definida, a fim de que os resultados sejam claramente entendidos. (BONCHOSKI et al., 2004) e divide-se em: (1) somatometria que consiste na avaliao das dimenses corporais do indivduo- (2) cefalometria que se ocupa

do estudo das medidas da cabea do indivduo- (3) osteometria que tem como finalidade o estudo dos ossos cranianos- (4) pelvimetria que se ocupa das medidas plvicas- (5) odontometria que se ocupa do estudo das dimenses dos dentes e das reas dentrias. (SANTOS et al., 2003) A antropometria de grande interesse para os profissionais da sade, cientistas e pblico em geral. uma das ferramentas que compem as medidas corporais e parte essencial da avaliao do estado nutricional. O efeito da nutrio no crescimento e no desenvolvimento humano torna indispensvel as medidas do peso e das dimenses do corpo. Ou seja, a anlise das reservas musculares e gordurosas fundamental para o diagnstico e o tratamento de doenas nutricionais. Alm de medir as dimenses fsicas, a antropometria pode ser utilizada para estimar a composio corporal (MARTINS, 2008) De uma forma geral a avaliao por antropometria consiste em se realizar uma medida ou um conjunto de medidas em um determinado indivduo e comparar os resultados obtidos com um valor de referncia. A presena de um dficit nessa comparao indicar que aquele parmetro medido sofreu um retardo na sua evoluo normal devido presena da desnutrio em alguma fase davida (atualmente ou no passado). Esse retardo encontra-se

invariavelmente presente, mesmo nos casos mais leves e reflete o desajuste entre as necessidades do organismo para suprir as suas atividades metablicas e de incorporao (crescimento) e a ingesto dos nutrientes necessrios a essas atividades. So as medidas antropomtricas mais comumente utilizadas: peso, altura, permetro ceflico, permetro braquial e prega cutnea, podendo ser analisadas em conjunto com a idade do indivduo ou, algumas vezes, refletirem diretamente o grau de desnutrio atravs da simples leitura do valor mensurado ou de uma relao entre valores. (ALMEIDA et al., 1998) A altura e o peso so teis na determinao do estado nutricional em adultos. Ambos devem ser medidos por que h uma tendncia a superestimar a altura e subestimar o peso, resultando em um subestimativa do peso relativo ou ndice de massa corporal (ESCOTT-STUMP et al., 2005).

6.6.2 EXAME FSICO O exame fsico direcionado para detectar deficincias nutricionais deve ser minucioso, com o objetivo de identificar sinais de carncias especficas de nutrientes e procede da cabea aos ps. Na nutrio, ele tem o objetivo de coletar informaes sobre o estado nutricional do individuo. Ele baseado nas habilidades do examinador em olhar, ouvir e sentir. Ou seja, o exame fsico utiliza todos os sentidos do examinador para distinguir variaes do usual. Os sinais so definidos como observaes feitas por um examinador qualificado, o qual deve ser capaz de distinguir as causas no-nutricionais para achados fsicos semelhantes. (MARTINS, 2007; DEHOOG, 1998) A inspeo geral proporciona muitas informaes teis, como: a) sinais de depleo nutricional: perda de tecido subcutneo na face, trceps, coxas e cintura; b) perda de massa muscular nos msculos quadrceps e deltide, lembrando que repouso prolongado leva a atrofia muscular; c) presena de edema em membros inferiores, regio sacral e ascite; d) colorao de mucosas: palidez da anemia (DEHOOG, 1998).

6.6.3 AVALIAO DIETTICA Um dos mais desaadores aspectos da cincia e prtica da nutrio e diettica a mensurao do consumo de alimentos, devido s limitaes dos mtodos para medir esta ingesto acuradamente. O Questionrio de Frequncia Alimentar (QFA) e o Recordatrio de 24h (R24h) so considerados os dois principais instrumentos utilizados para coleta de dados dietticos. O R24h tem sido utilizado primariamente em estudos de vigilncia e o QFA tem como primeiro uso os estudos epidemiolgicos. O elemento essencial do QFA precisamente aquele em que o R24 h impreciso: capturar a probabilidade de consumo da maioria dos alimentos, em um determinado perodo pregresso de tempo. Esta caracterstica permite estudar a dieta habitual, o que de fundamental importncia para estimar a medida de exposio aos fatores dietticos e investigar as possveis associaes com desfechos de interesse. (FISBERG et al., 2008) a) Questionrio de Frequncia Alimentar

O questionrio de frequncia alimentar (QFA) considerado como o mais prtico e informativo mtodo de avaliao da ingesto diettica e fundamentalmente importante em estudos epidemiolgicos que relacionam a dieta com a ocorrncia de doenas crnicas. Desde a dcada de 60, o mtodo de frequncia alimentar tem sido considerado uma ferramenta simples, econmica e capaz de distinguir os diferentes padres de consumo entre os indivduos e tem como um dos objetivos implcitos conhecer o consumo habitual de alimentos por um grupo populacional e, neste sentido, a estrutura do instrumento contempla o registro da frequncia de consumo de alimentos em unidades de tempo (SALATER et al., 2003) um registro retrospectivo da frequncia de ingesto de alimentos e bebidas, a partir da seleo de uma lista. Pode envolver o dia, a semana, o ms ou o ano. O mtodo baseado na definio de uma lista contento 150 ou menos itens alimentares bsicos, que so componentes importantes da ingesto da populao-alvo, onde os avaliados vo indicar quantas vezes ao dia, semana, ms ou ano que usualmente ingerem os alimentos (MARTINS, 2008) Caracteriza-se, basicamente, por uma lista de alimentos previamente selecionados de acordo com o propsito de pesquisa. O sujeito orientado a responder com que frequncia consome cada alimento, com opes do tipo e nmero de vezes por dia, por semana, por ms ou por ano. Existem trs formas possveis de se apresentar os questionrios: a primeira a que visa avaliar os tipos de alimentos consumidos e sua frequncia (qualitativo). A segunda, alm de avaliar os principais alimentos consumidos, possibilita estimar o seu consumo, especificando o tamanho de uma poro de referncia como parte da pergunta (semiquantitativo). A terceira forma inclui um espao adicional para cada alimento, no qual o entrevistado descreve o tamanho da poro usualmente consumida, normalmente com a ajuda de instrumentos visuais (quantitativo) (PINO, 2009)

b)

Recordatrio 24 horas

O mtodo Recordatrio Alimentar de 24 horas (R24h) foi apresentado por sua autora, Bertha Burcke, na dcada de 1930, como mtodo bsico para

ensinar as mes a registrarem o consumo alimentar dos filhos. Ele consiste em definir e quantificar detalhadamente os alimentos e bebidas ingeridas no perodo que antecede a entrevista, podendo ser o dia anterior ou as 24 horas precedentes (PINO, 2009; ). Os recordatrios so, provavelmente, os mtodos mais utilizados para avaliar a dieta. Eles so retrospectivos e podem ser qualitativos

(principalmente) e quantitativos. Nesse mtodo, um entrevistador treinado pede ao entrevistado para recordar, com detalhes, todos os alimentos e bebidas consumidos durante um perodo de tempo, em um passado recente. O entrevistador registra as informaes para, mais tarde, codificar e analisar (MARTINS, 2008).

7. METODOLOGIA 7.4 CARACTERIZAO DA PESQUISA Ser realizado um estudo transversal com indivduos portadores de doena periodontal atendidos na Clnica de Odontologia do Centro Universitrio do Par. 7.2 LOCAL Clnica de Odontologia do Centro Universitrio do Par.

7.3 AMOSTRA A amostra ser constituda por 30 pacientes com inflamaes bucais caracterizando doena periodontal, tendo em vista a frequncia habitual de atendimentos na Clnica de Odontologia do Centro Universitrio do Par em indivduos com essas caractersticas.

7.4 PERODO A coleta de dados ser realizada no perodo de Agosto a Outubro do ano de 2012.

7.5 ASPECTOS TICOS Todos os participantes da presente pesquisa sero estudados segundo os preceitos da Declarao de Helsinque e do Cdigo de Nuremberg, respeitando as normas de pesquisa envolvendo seres humanos (resoluo 196/96) do Conselho Nacional de Sade. A pesquisa ser submetida ao Comit de tica em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitrio do Par.

7.6 COLETA DE DADOS

Os dados sero coletados e registrados em protocolo prprio (apndice A). Os dados sero: a) Peso: O paciente deve estar descalo e vestindo roupas leves, posicionado no centro da balana, em posio ereta, com o peso distribudo em ambos os ps. A seguir, deve-se Rrealizar a leitura quando estiver quieto, registrar o valor do peso corporal no questionrio imediatamente. (SUDE, PR) b) Altura: Posicionar o paciente descalo, com a cabea livre de adereos, ereto com os braos estendidos ao longo do corpo, cabea erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos. Encostar cabea, ombros, ndegas e calcanhares em contato com o estadimetro. Abaixar a parte mvel do equipamento, fixando-a contra a cabea, com presso suficiente para comprimir o cabelo. Solicitar que a paciente inspire, fixar o a parte mvel do estadimetro. Retirar o paciente, quando tiver certeza de que o mesmo no se moveu.Realizar a leitura da estatura e registra-la. (SUDE, PR) c) Exame fsico nutricional: usa-se dos sentidos da viso, olfato e audio para observao da cor, formato, textura e tamanho das estruturas corporais. d) Avaliao diettica: ser feira atravs de Questionrios de Frequncia Alimentar e Recordatrio 24h focados na ingesto de alimentos ricos em: vitamina C (cido ascrbico), vitamina A (retinol), vitamina D (calciferol) e minerais como clcio, fsforo, ferro e zinco. A frequncia alimentar se encontrar em fichas individuais para cada paciente avaliado. e) IMC: O ndice de Quelelet ou ndice de Massa Corporal (IMC), com a massa corporal expressa em quilogramas e a estatura em metros, respeito a seguinte formula: IMC = Peso (kg) / Estatura e classificando segundo o quadro 1.

Quadro 1

Classificao da OMS para IMC

FONTE: OMS (1997)

7.7 CRITRIO DE INCLUSO Sero includos na pesquisa os pacientes j diagnosticados com Doena periodontal e em tratamento na Clnica Odontolgica do Cesupa, possibilitados de serem pesados e medidos, como tambm de comunicar-se sem dificuldades. 7.8 CRITRIO DE EXCLUSO Sero excludos da pesquisa os pacientes sem possibilidades de aferir peso e altura atravs dos modos tradicionais e que estejam impossibilitados de fornecer as informaes necessrias e/ou no aceitem participar da pesquisa. 7.9 RISCOS E BENEFICIOS 7.9.1 RISCOS Durante a execuo do presente estudo, o sujeito envolvido, estar merc de possveis constrangimentos, pois durante a avaliao nutricional o paciente expe suas dificuldades ao acesso de alguns alimentos, o que poder ser minimizado pelo fato de que a efetivao da tarefa ser feita por pessoa devidamente treinada. 7.9.2 BENEFICIOS Como benefcio, o fato de estar recebendo uma avaliao nutricional que poder auxiliar na evoluo da atual patologia.

7.10 ANLISE ESTATSTICA

Os dados obtidos sero tabulados e analisados empregando o programa Bioestat 5.0. Primeiramente, se far uma anlise descritiva e em seguida os resultados sero demonstrados em grficos e tabelas para ento verificar-se a prevalncia de pacientes com interferncia nutricional em seu estado de sade bucal.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO. Voc est sendo convidado pela aluna Nathlia Duate Danin devidamente assistido por sua orientadora Simone do Socorro Fernandes Marques, a participar da pesquisa abaixo descrita: 1- Ttulo: Nutrio e Doena Periodontal. 2- Objetivo: Identificar os fatores de risco nutricional envolvidos no desenvolvimento da doena periodontal em indivduos com a patologia instalada. 3- Descrio dos procedimentos: ser feito uma avaliao do seu peso, altura e uma entrevista para voc descrever o que come habitualmente e com que frequncia. 4- Desconfortos e riscos esperados: Voc estar exposto ao desconforto no momento da verificao de suas medidas, porm este risco ser contornado com o treinamento do pesquisador. 5- Benefcios esperados: Como benefcio voc conhecer o diagnostico do seu estado nutricional, alm disso, espera-se que o auxilio nutricional colabore na evoluo do quadro de doena periodontal. 6- Informaes: Os participantes tm a garantia que recebero respostas a qualquer pergunta e esclarecimento de qualquer dvida quanto aos assuntos relacionados pesquisa. Tambm os pesquisadores assumem o compromisso de proporcionar informaes atualizadas obtidas durante a realizao do estudo. 7- Retirada do consentimento: O voluntrio tem a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, no lhe acarretando nenhum dano. 8- Aspecto legal: Elaborado de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de pesquisa envolvendo seres humanos atende a resoluo n.196 de 10 de Outubro de 1996, do Conselho Nacional de Sade do Ministrio da Sade Braslia DF. 9- Confiabilidade: Os voluntrios tero direito privacidade. A identidade (nome e sobrenome) do participante no ser divulgada.

Declarao: Declaro que compreendi as informaes do que li e que me foram explicadas sobre o trabalho em questo. Concordo voluntariamente em participar desse estudo.

Belm, ____, de ___________________de _____. __________________________________________ Assinatura do voluntrio ou responsvel

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntria o consentimento livre e esclarecido deste paciente ou representante legal para a participao neste estudo.

__________________________________________ Nathlia Duarte Danin

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APENDICE A - PROTOCOLO DE COLETA DE DADOS IDENTIFICAO: SEXO: IDADE: 1. AVALIAO ANTROPOMTRICA: Peso: Diagnostico Nutricional: 2. AVALIAO DIETTICA: Alimentos fonte de vitamina C: Alimento 2 vezes 1 vez ao 2 a 4 1 vez por 1 a 3 Raramente ou mais dia vezes por semana vezes por ao dia semana ms Nunca Altura:

Pimentes Couve Brcolis Espinafre Tomate Laranja Goiaba Acerola

Alimentos fonte de vitamina A: Alimento 2 vezes 1 vez ao 2 a 4 1 vez por 1 a 3 Raramente ou mais dia vezes por semana vezes por ao dia semana ms Nunca

Leite Ovos Cenoura

Vegetais folhosos verde escuro

Alimentos fonte de vitamina D: Alimento 2 vezes 1 vez ao 2 a 4 1 vez por 1 a 3 Raramente ou mais dia vezes por semana vezes por ao dia semana ms Nunca

Atum Sardinha Manteiga Ovo de galinha (gema) Fgado de boi Iogurte

Alimentos fonte de Ferro: Alimento 2 vezes 1 vez ao 2 a 4 1 vez por 1 a 3 Raramente ou mais dia vezes por semana vezes por ao dia semana ms Nunca

Carnes Cereais integrais Manteiga Gema de ovo Espinafre Beterraba Feijo

3. EXAME FSICO SINAIS DE DEFICIENCIA DE NUTRIENTES Vitamina A Componente Corporal Olhos Sinais fsicos de deficincia SIM NO

Conjuntiva plida Cegueira noturna Manchas de Bitot (manchas acinzentadas, brilhantes e triangulares na conjuntiva) Xerose de Conjuntiva (secura anormal) Xerose de crnea (secura anormal que progride para ceratomalcia) Ceratomalcia (crnea seca e mole, usualmente bilateral) Pele Hiperceratose folicular (placas ao redor dos folculos capilar) Cicatrizao deficiente de feridas, lceras de decbito Xerose (secura anormal) Descamao ou seborreia labial FONTE: MARTINS, 2007. Vitamina C Componente Corporal Cabelos Lbios, boca, lngua, gengivas. Sinais fsicos de deficincia Pelos crespos e encravados Estomatite (inflamao geral da mucosa oral: palato, lngua, gengiva, e mucosa labial) Esmalte danificado Cries Dentes ausentes Gengivas edemaciadas, sangrantes e retradas Periforiculose (placas pigmentadas: trax, abdmen, coxas, pernas) Petquias (manchas hemorrgicas pequenas e de cor roxa na pele, membranas mucosas) Prpura (hematomas e sangramento subcutneo) Articulaes edemaciadas, dolorosas SIM NO

Pele

Msculo esqueltico

FONTE: MARTINS, 2007.

Vitamina D Componente Corporal Torx Sinais fsicos de deficincia Deformidade torcica (peito de pombo ou sulco de Harrison, depresso horizontal na borda inferior do trax) Raquitismo/Genu vaigum/Pernas curvadas SIM NO

Msculo Esqueltico

FONTE: MARTINS, 2007.

Ferro Componente Corporal Lbios, boca, lngua, gengivas. Sinais fsicos de deficincia Queilose (lbios secos, inchados ou ulcerados) Estomatite (inflamao geral da mucosa oral: palato, lngua, gengiva, e mucosa labial) Estomatite angular (fissuras/leses dos cantos da boca, bilateral) Papila lingual atrfica (lngua lisa) Unhas Coilonquia (unhas finas, cncovas, com extremidades levantadas: formato de colher) SIM NO

FONTE: MARTINS, 2007. Zinco Componente Corporal Cabelos Sinais fsicos de deficincia Poucos cabelos, cabelos lisos em raas que normalmente so enrolados. Disgeusia (paladar distorcido) Hipogeusia (paladar diminudo) Cicatrizao deficiente de feridas, lceras de decbito. Dermatite generalizada Descamao ou seborreia nasolabial SIM NO

Lbios, boca, lngua, gengivas. Pele

FONTE: MARTINS, 2007.