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ANTEPROJETO DE PESQUISA
RAPHAEL LOUREIRO FERNANDES MESTRES
LINHA DE PESQUISA: PSICOLOGIA CLÍNICA
Orientadores Indicados
1ª opção – Profª Drª Maria Virgínia F. Cremasco
2ª opção – Profª Drª Nadja Nara Barbosa Pinheiro
UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE TOXICÔMANOS E DE SEUS IRMÃOS
NÃO TOXICÔMANOS SOBRE A RELAÇÃO COM OS PAIS
Curitiba (PR)
2012
DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
Diversos estudos estabelecem alguma relação entre o relacionamento pais -
filhos e o aparecimento das toxicomanias (Paiva & Ronzani, 2009; Caldeira, 1999;
Freitas, 2002; Kalina, 1991; Kalina & Kovladoff, 1976; Kessler et al, 2003; Orth, 2005;
Pratta & Santos, 2009; Schenker & Minayo, 2005). No entanto, observa-se em
pesquisa (Pratta & Santos, 2009), em algumas obras (Kalina, 1991; Olievenstein,
1985) e na prática clínica, que muitos toxicômanos possuem irmãos que levam uma
vida responsável e longe das drogas. Isso quer dizer que os mesmos pais, com as
mesmas características e comportamentos, com o mesmo ambiente familiar e
mesmos fatores de risco e de proteção podem criar um filho toxicômano e o outro não.
Esta é uma questão comum na clínica e em palestras sobre o tema: “Criei
meus filhos da mesma maneira, por que um se tornou dependente de drogas e o outro
tem uma vida normal, responsável?”. Uma resposta que alguém poderia pensar em
dar seria “Pelo mesmo motivo que um filho se torna engenheiro e outro psicólogo”. No
entanto, esta resposta daria a entender a exclusão, em grande parte, da influência dos
pais no surgimento da toxicomania, contradizendo inúmeros estudos da área, como os
citados acima.
Muitos dos livros e artigos sobre toxicomanias e famílias abordam a influência
que os pais têm no desenvolvimento ou no tratamento das toxicomanias, mas há uma
carência de literatura disponível em meios nacionais que explore o fato de que, muitas
vezes, esta influência parental leva um dos irmãos a se tornar toxicômano e o outro
não.
Portanto, o presente projeto refere-se à proposta de pesquisar a percepção de
toxicômanos e de seus irmãos não toxicômanos sobre a relação deles com os pais,
buscando encontrar uma explicação para o fato de que muitas vezes o contexto
parental, considerado fundamental para a formação das características aditivas do
indivíduo, gere essas características apenas para um dos filhos.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
- A partir da perspectiva dos indivíduos pesquisados, encontrar uma explicação para o
fato de que, entre irmãos de mesmos pai e mãe, um se torna toxicômano e o outro
não;
Objetivos Específicos
- Analisar, a partir de uma perspectiva psicanalítica e interacionista, a percepção de
toxicômanos sobre a relação deles com os pais;
- Analisar, a partir da mesma perspectiva, a percepção dos irmãos não toxicômanos
do primeiro grupo sobre a relação deles com os pais;
- Comparar as duas percepções, buscando diferenças entre os padrões de respostas
dos dois grupos;
- Apontar fatores individuais e sociais que contribuíram para a opção do uso ou não de
drogas de cada um dos grupos.
REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com Olievenstein (1982), duas condições são necessárias e
suficientes para que alguém se torne um toxicômano: “a primeira é que ele encontre a
droga; a segunda é sua relação com a transgressão da lei” (p. 11). Isto indica que a
toxicomania surge quando uma pessoa que não se submete a interdições internas ou
externas na sua busca do prazer entra em contato com as drogas.
O contato com a droga, a experimentação, pode ser entendido como um
comportamento de risco adotado pelo jovem. De acordo com Kessler et al.(2003),
quando a criança possui uma relação ambivalente com a imagem da mãe – amor e
ódio –, isso a impede de introjetar esta imagem, levando a uma falta das funções de
autocuidado, o que vai contribuir para que ela se exponha a comportamentos de risco
no futuro como, por exemplo, experimentar drogas, a primeira das duas condições
propostas por Olievenstein (1982) para se tornar um toxicômano.
A segunda condição, a relação com a transgressão da Lei, está relacionada à
formação do superego, que é o responsável interno pelas interdições e ideais de uma
pessoa. De acordo com Freitas (2002)
[...] se a função paterna não é exercida de forma firme e amorosa,
estes dois aspectos superegóicos ficam comprometidos [...] os
interditos e as proibições não são respeitados, bem como os ideais
que poderiam servir de balizamento ético ao sujeito ficam totalmente
desvirtuados. (FREITAS, 2002, P.19)
Este conceito somado à afirmação de Kalina (1991, p.24) de que uma
constante observada nas famílias dos toxicômanos é “a ausência de um pai firme, de
identidade bem definida e que cumpra sua função específica”, permite dizer que o
toxicômano é um indivíduo que possui as interdições e ideais comprometidos, dada a
inexistência da função paterna exercida de forma firme e amorosa.
A capacidade de espera e o adiamento da satisfação são propiciados pelas
interdições e ideais – comprometidos no toxicômano – uma vez que evitam que o
indivíduo busque realizar indiscriminadamente seus desejos. Portanto, é possível
relacionar este fato com um fenômeno citado por Kalina e Kovladoff (1976) como a
“intolerância à espera”, típica dos adictos, para os quais tudo tem que ser realizado e
satisfeito imediatamente.
Este fenômeno corresponde à incapacidade do toxicômano de lidar com
frustrações. “Vários autores afirmaram que o toxicômano não consegue lutar contra o
sofrimento e a frustração a não ser através de condutas maníacas e da ingestão de
drogas” (Ibidem, p.32), correspondendo a uma fixação na fase oral do
desenvolvimento e à não passagem do princípio do prazer para o princípio de
realidade que, segundo Freud (1920, p.20), “exige e efetua o adiamento da satisfação,
o abandono de uma série de possibilidades de obtê-la, e a tolerância temporária do
desprazer como uma etapa no longo e indireto caminho para o prazer.”
A fixação na fase oral e a não passagem para o princípio de realidade podem
estar relacionadas com o fato de que
a personalidade do adicto é incapaz de realizar uma boa
dessimbiotização, devido ao caráter patológico da simbiose prévia
com sua mãe. [...] O adicto se inscreve então, entre as
personalidades incapazes de reconhecer o outro como outro.
(KALINA & KOVLADOFF, 1976, p.37).
Dessa forma, o toxicômano percebe o mundo e as pessoas com uma função
nutridora, como se estivessem lá para servi-lo, atualizando sua relação com a mãe,
exigindo deles a satisfação imediata de seus desejos.
Portanto, quando o filho tem as figuras parentais numa posição equilibrada de
afeto e autoridade, ele desenvolve tanto suas funções de autocuidado quanto a
concepção de que “a lei existe para ser cumprida” (Freitas, 2002), aprendendo a lidar
com frustrações e vivenciando o princípio de realidade. Isto indica menor probabilidade
do indivíduo vir a cumprir as duas condições propostas por Olievenstein (1982) para
se tornar um toxicômano.
É possível observar que algumas linhas de estudo de orientação psicanalítica
das toxicomanias reconhecem e apontam para a estreita relação entre as
características do toxicômano – como já citado, a incapacidade de lidar com
frustrações, a intolerância à espera, a transgressão da lei – e as figuras parentais,
como a ausência da função paterna, e a ambivalência e a simbiose com a mãe.
No entanto, existem poucas considerações sobre a questão de muitas vezes
apenas um dos filhos se tornar toxicômano. Por exemplo, Kalina (1991), diz que o
toxicômano é o bode expiatório que surge como resultante de um “pacto perverso” da
família. De forma similar, Olievenstein (1985) fala que o toxicômano é o “Idiota da
Família”, que cumpre a função de excreção necessária para que a família possa
tolerar em seu seio aquilo que a sociedade não admite.
Ambas as visões dão a entender que a toxicomania cumpre uma (dis)função de
equilíbrio na família, na qual não é necessário mais de uma pessoa com sintomas para
manter este equilíbrio disfuncional. Olievenstein (1985) exemplifica este conceito com
um caso em que quando um paciente toxicômano tentava melhorar, imediatamente
algum de seus irmãos piorava em seu lugar, reforçando a ideia de que o toxicômano
funciona como o depositário dos conflitos familiares.
Anaídes Orth (2005), em sua tese de mestrado, reforça essa visão quando
afirma que o toxicômano é “o portador do sintoma da disfunção familiar e [...] reforça o
padrão controlador dos pais, mesmo não sendo, tal prática, adequada às suas
necessidades” (p.31).
Esta mesma autora se depara com a questão de que “enquanto alguns
indivíduos buscam a droga para solucionar conflitos familiares, outros, submetidos às
mesmas condições ambientais, não fazem uso” (p.34). Ela faz referência ao fenômeno
da resiliência para entender este problema. Segundo a mesma autora, “o indivíduo
resiliente é aquele que, submetido às adversidades da vida, consegue enfrentar os
problemas sem vitimizar-se” (p.34)
O conceito de resiliência passa, então, a ser uma possibilidade para o
entendimento da questão central do presente trabalho. Este conceito é bem explorado
tanto para o indivíduo quanto para a família, através de uma revisão sistemática de
diversos autores feita por Yunes (2003).
Em consonância com a visão do toxicômano como depositário dos conflitos
familiares, uma pesquisa realizada por Pratta e Santos (2009), utilizando uma amostra
de 134 adolescentes usuários de drogas ilícitas, entre 14 e 20 anos, apontou que,
entre os irmãos dos usuários, apenas 3% fumavam maconha, 2,2% usavam cocaína e
nenhum usava crack. Essa amostra reforça a ideia de que a influência dos pais sobre
o uso de drogas dos filhos muitas vezes se concretiza sobre apenas um dos filhos.
Apesar da carência de estudos que tratem sobre o que acontece com irmãos
de mesmos pai e mãe quando apenas um deles se torna toxicômano, existem diversas
pesquisas sobre a influência da família e dos pais no aparecimento das toxicomanias.
Zelia Caldeira (1999), em sua tese de mestrado, demonstrou que pessoas que
experimentaram drogas, mas não desenvolveram o comportamento de adicção às
drogas, tinham em comum três fatores dentro da família: demonstrações de afeto,
responsabilidades e limites. O que é possível relacionar com os papéis parentais
responsáveis pelo desenvolvimento das funções de autocuidado e da internalização
da lei.
Kessler et al. (2003) cita um estudo de McCord & McCord (1960) que verificou
que a qualidade da relação com a mãe não alterou a probabilidade de alcoolismo dos
sujeitos pesquisados, no entanto, quando existiam relações calorosas com o pai,
gerou menos casos de alcoolismo, assim como a má relação com o pai aumentou o
índice de abuso alcoólico. O que abre a possibilidade para também se investigar a
relação com o pai dos sujeitos pretendidos para o presente estudo.
Schenker e Minayo (2004) comentam que “hoje se sabe que as relações
familiares constituem um dos fatores mais relevantes a ser considerado” no
surgimento das toxicomanias, no entanto, também afirmam que “fatores individuais,
familiares e sociais adversos se combinam de forma a aumentar a probabilidade do
uso abusivo”, deixando claro que os fatores familiares não são determinantes, mas
necessitam estar combinados com fatores individuais e sociais para que levem ao
abuso de drogas.
Esta observação aponta para a importância de, durante a pesquisa, também
serem exploradas as diferenças entre os fatores individuais e sociais dos irmãos
objetos deste estudo.
MÉTODO
Para esta pesquisa pretende-se utilizar uma abordagem qualitativa, a qual não
permite definir uma série de etapas em uma sequência regular e invariável, mas
apenas um planejamento possível para os passos da pesquisa. De acordo com Rey
(2005),
A pesquisa qualitativa [...] representa um processo permanente,
dentro do qual se definem e se redefinem constantemente todas as
decisões e opções metodológicas no decorrer do próprio processo de
pesquisa. (REY, 2005, p.81)
Visto isso, os passos pretendidos para o objetivo deste estudo estão sujeitos a
modificações de acordo com as necessidades e novas ideias que venham a surgir
durante o processo.
Inicialmente, a amostra a ser estudada será selecionada a partir da população
de internos da Comunidade Terapêutica Vale do Sol, em Morretes, pelo vínculo de
relacionamento já estabelecido com a coordenação da comunidade. Caso a amostra
seja insuficiente, existe a possibilidade de entrar em contato com outras clínicas de
recuperação de toxicômanos e comunidades terapêuticas conhecidas pelo
pesquisador.
A amostra pretendida é de 6 a 10 toxicômanos em tratamento e seus
respectivos irmãos não usuários, por ser a quantidade ideal de pessoas sugerida por
Dias (2000), para a realização de grupos focais. Ela será selecionada seguindo os
seguintes critérios: pacientes toxicômanos internados, com mais de 18 anos, que
possuam um irmão não usuário de drogas, maior de 18 anos, que aceite participar da
pesquisa.
Os temas que se pretende explorar nesta amostra são a percepção deles sobre
a relação dos pais com eles próprios e com seus respectivos irmãos, a percepção
deles sobre os irmãos, como eles percebem as adversidades impostas a eles pelo
contexto familiar, crenças e valores individuais, como começaram a usar drogas e
como foi o desenvolvimento das suas redes sociais.
A primeira etapa da pesquisa deverá ser a realização de um grupo focal com
os toxicômanos e outro com os respectivos irmãos não usuários.
O grupo focal pode ser definido como
uma técnica de pesquisa na qual o Pesquisador reúne, num mesmo
local e durante um certo período, uma determinada quantidade de
pessoas que fazem parte do público-alvo de suas investigações,
tendo como objetivo coletar, a partir do diálogo e do debate com e
entre eles, informações acerca de um tema específico. (NETO;
MOREIRA; SUCENA, 2002, p.5)
As principais vantagens de se utilizar a técnica de grupo focal, de acordo com
Dias (2000), são a estimulação de novas ideias devido à interação no grupo e a
possibilidade de coletar uma grande quantidade de informações em um curto período
de tempo. Segundo a mesma autora, os riscos de se utilizar esta técnica é de haver
contaminação das respostas pela opinião de participantes mais assertivos e o desafio
de conciliar a agenda de todos os participantes.
Os grupos deverão ser gravados em áudio e anotados por um terceiro, com o
consentimento dos participantes, através de um termo de consentimento livre e
esclarecido.
Após a etapa dos grupos focais, os dados coletados devem ser analisados
utilizando a técnica de coding, que consiste em encontrar padrões e consistências nos
dados qualitativos, através da identificação de categorias e temas centrais. (Saldaña,
2009)
A partir dos padrões identificados nos grupos focais, deverá ser realizada uma
entrevista individual semiestruturada com cada participante, para aprofundar os temas
identificados nos grupos e compensar os possíveis riscos do grupo focal, como a
contaminação pela opinião de outros participantes e a pressão do grupo.
As entrevistas também deverão ser gravadas e anotadas, com o consentimento
dos participantes. E serão analisadas utilizando o mesmo método de análise dos
grupos focais.
De acordo com Saldaña (2009), o método de coding, que será utilizado para a
análise dos dados, se inicia com a criação de códigos, que são palavras ou frases
curtas que representem a essência de uma porção de dados escritos; então são
identificadas categorias e subcategorias, que englobam uma série de códigos; a partir
das quais são identificados temas e conceitos centrais, os quais vão resultar numa
teoria baseada nos dados coletados.
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