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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, NOVOS RUMOS PARA A CIDADE POLÍTICA PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE SALVADOR 2005-2008 VERSÃO PRELIMINAR Agosto de 2005

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADORSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, NOVOS RUMOS PARA A CIDADEPOLÍTICA PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE SALVADOR

2005-2008

VERSÃO PRELIMINARAgosto de 2005

João Henrique de Barradas CarneiroPrefeito de Salvador

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Profª Maria Olívia SantanaSecretária Municipal de Educação e Cultura

EQUIPE DA SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA DE SALVADOR – SMEC

Ney Jorge CampelloSubsecretário Municipal de Educação

Renata DavidAssessora Chefe

Normando Batista SantosAssessor Especial – ASSESP

Cláudio Souza da SilvaAssessor Especial – ASSESP

Ricardo ReisCoordenador de Expansão da Rede Escolar – CERE

Sâmio Cássio MeloGestor do Fundo Municipal de Educação – FME

Gedalva da Paz SantosCoordenadora de Ensino e Apoio Pedagógico – CENAP

Dilma LealCoordenadora de Apoio a Gestão Escolar – CAGE

Nair Porto PrazeresCoordenadora Administrativa – CAD

Juçara Rosa Santos de AraújoCoordenadora de Ações Sócio-educativas – CAS

SUMÁRIO

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Apresentação....................................................................................................04

1. Introdução..........................................................................................................06

2. Realidade educacional encontrada...................................................................10

3. A Política educacional delineada.......................................................................16

3.1.Missão ........................................................................................................18

3.2.Visão do Futuro...........................................................................................18

3.3.Diretriz 1 - Eqüidade e qualidade do processo de ensino e de

aprendizagem.............................................................................................19

3.3.1. Metas................................................................................................20

3.3.2. Ações................................................................................................21

3.3.3. Diretriz 2- Democratização do acesso mediante a qualificação,

reordenação e expansão da rede física municipal......................................22

3.3.4. Metas................................................................................................23

3.3.5. Ações................................................................................................23

3.4.Diretriz 3- Valorização da cultura e saber popular no processo de ensino e

de aprendizagem ......................................................................................24

3.4.1. Metas...............................................................................................25

3.4.2. Ações...............................................................................................25

3.5.Diretriz 4 -Democratização e modernização da gestão garantindo o caráter

participativo e descentralizado ...................................................................26

3.5.1. Metas.................................................................................................27

3.5.2. Ações ..............................................................................................28

3.6.Diretriz 5 - Valorização e formação continuada dos trabalhadores e

trabalhadoras em educação .......................................................................29

3.6.1. Metas................................................................................................30

3.6.2. Ações .............................................................................................

4. Considerações finais.........................................................................................31

Referencias bibliográficas ................................................................................31

APRESENTAÇÃO

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A constante deliberação de compartilhar do anseio comum e de esboçar

cada ação de forma integrada, com todos os segmentos desta Secretaria, é que

norteia o Plano Estratégico de Ação da Secretaria Municipal da Educação e

Cultura, para o exercício de 2005 a 2008, organizado a partir do diagnóstico da

situação educacional e cultural encontrada, assim como também em conformidade

com a legislação em vigor.

O processo democrático de elaboração desse documento traz dois

elementos essenciais: um político e outro técnico. O elemento político se refere à

participação de todos os setores na apresentação de propostas, na expressão dos

desejos, no debate e na aprovação de seu conteúdo. Enquanto, o técnico, diz

respeito aos conhecimentos, entre os quais: dados estatísticos, demográficos e

educacionais da rede municipal, avaliações, experiências de qualidade e dados

qualitativos sobre o ensino.

Este trabalho, elaborado “a muitas cabeças e mãos” e fruto de discussões

no órgão central deverá ser ainda objeto de debates e ajustes, uma vez que se

pretende dar uma forma final, em conjunto com todos os âmbitos da Educação

Municipal, desde os alunos, pais, professores, diretores, funcionários, técnicos até

os organismos que envolvem a estrutura dessa Secretaria. Ele é o resultado da

difusão da informação e do debate integrador, realizado em seminários internos,

envolvendo todos os setores, coordenações e coordenadorias regionais, bem

como do esforço coletivo e da soma do desejo de cada um de nós, que

acreditamos em um fazer educação ético, compartilhado, responsável, visando

alcançar de forma eficiente e eficaz os resultados almejados.

Nesta produção estão representadas as necessidades apontadas por cada

segmento e as proposições do que fazer para rever a postura diretiva que

historicamente permeia a ação macro de uma Secretaria de Educação, buscando

delinear objetivamente o que se acredita ser a melhoria da qualidade desse

serviço ofertado à comunidade, assim como a sugestão de mecanismos a serem

utilizados, objetivando a inserção da pluralidade cultural e a participação popular

nas decisões que lhes afetam diretamente.

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A primeira parte apresenta uma introdução que retrata a filosofia do

processo educacional que se quer implantar. Foi também delineada como

segunda parte, a situação encontrada em relação aos dados de matrícula, índices

de aprovação, reprovação e evasão, situação dos docentes e outros profissionais

da Escola, assim como as condições físicas das unidades escolares municipais. A

terceira trata sobre a política delineada para a Educação Municipal, apresentando

a missão e a visão de futuro, as diretrizes, as metas e as ações concebidas pela

equipe que assume a coordenação da Educação Municipal.

Tal documento não fecha as possibilidades de desencadeamento de novas

ações educacionais para Salvador, mas traduz o esforço compartilhado de

conhecer, discutir e propor conjuntamente uma ação coesa e integrada na esfera

municipal visando transformar a educação municipal e repercutir

significativamente na realidade social da nossa cidade.

1. INTRODUÇÃO

Planejar, projetar o futuro, sistematizar os grandes desafios e as formas de

enfrentá-los, para criar e conquistar novos contextos e realidades é uma

característica tipicamente humana que foi decisiva para o avanço da humanidade.

Planejar é, portanto, não se submeter à idéia de que é impossível mudar a

realidade estabelecida. O ato humano de antever e planejar o futuro é mais eficaz,

mais capaz de gerar mudanças, caso os projetos individuais se articulem em um

projeto coletivo. Se os interesses, aspirações, utopias individuais se entrelaçam

gerando utopias coletivas, temos a chave para gerar transformações efetivas. É

com esta crença que tomamos a iniciativa de articular aspirações e proposições

dos educadores que estão à frente da administração da SMEC e de propor a

reflexão conjunta com os atores das unidades escolares. O ato de planejar, de

delinear o futuro que queremos ajudar a construir, a curto, médio e longo prazo,

pressupõe uma compreensão compartilhada do contexto vivido e, dentro desse,

dos aspectos que desejamos mudar e dos que desejamos manter e aprofundar.

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Na sociedade atual, marcada pela globalização da economia, pela massificação

de comportamentos e de valores em escala mundial, graças ao desenvolvimento

monumental da tecnologia da informação, é imprescindível que o ato de planejar

leve em conta o contexto mais amplo, que incide, necessariamente, em nosso

cotidiano, e o contexto mais imediato, já que ambos se articulam e, muitas vezes,

de forma cruel.

As transformações que se processam nas sociedades capitalistas colocam

cada vez mais a humanidade diante de profundas contradições e paradoxos.

Assim, vemos, de um lado, o desenvolvimento galopante e sem precedentes das

ciências, da tecnologia e dos processos de produção e da riqueza mundial. De

outro, vemos o crescimento da pobreza absoluta e da exclusão social no mundo,

mesmo em países desenvolvidos, e o aumento de todas as misérias associadas à

pobreza, como doenças físicas e mentais, violência, criminalidade, desemprego,

morte de crianças por fome e desnutrição. O esvaziamento do Estado de Bem

Estar Social, em decorrência da política neoliberal, aprofunda esse quadro de

sofrimento e provoca a incerteza, a falta de perspectiva de futuro de milhares de

jovens e adultos. Embora as possibilidades de conhecer o “outro” sejam hoje

infinitamente maiores, os perigos da vida em comum, nesse contexto de profundas

desigualdades sociais, induzem ao isolamento, ao individualismo e à competição,

quando mais concretamente as pessoas precisam se articular para enfrentarem

essa realidade, em busca de uma sociedade justa e humana.

No Brasil, esse cenário é cruel, em função da não concretização do Estado

de Bem Estar Social e da excessiva concentração da riqueza nas mãos de uma

minoria. Segundo o Documento Radar Social 2005, publicado pelo IPEA-Ministério

do Planejamento (2002), 50% das pessoas mais pobres recebem 13,3% do

conjunto da renda nacional, enquanto 1% dos mais ricos recebem 13,0% dessa

renda. Além disso, 9% dos proprietários de terras no país possuem 82% das

terras cultiváveis (Falcão 2001). Esta desigualdade pode ainda ser observada pela

existência da escravidão, clandestinamente praticada em grandes fazendas no sul

do Pará e outros estados do país, e pela situação de extrema pobreza dos negros,

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que continuam excluídos do poder, em particular na região Nordeste, e

especialmente na Bahia (Agier, 1992). Esses e outros dados situam o Brasil na

condição de 2a pior distribuição de renda do mundo.

Salvador, a cidade mãe do Brasil, abriga também muita desigualdade entre

seus filhos. Com uma população de 2.443.107 habitantes (IBGE, 2002), das

717.538 famílias residentes no município, 143.791 (20,04%) estavam abaixo da

linha de pobreza. A diferença entre o maior e o menor salário era de 14,5 vezes.

No final de 2004, para uma população economicamente ativa de cerca de 1.613

milhões de pessoas, 248 mil (15,4%) encontravam-se desocupadas, segundo a

PME – Pesquisa Mensal de Empregos do IBGE. Quando se observa esse

universo de desempregados segundo alguns atributos pessoais, pode-se verificar

que a taxa de desemprego incide mais fortemente sobre os negros, as mulheres e

os indivíduos jovens.

Quando se analisa a população ocupada, a precária estruturação do

mercado de trabalho da região metropolitana de Salvador chama a atenção. Com

efeito, do contingente de 48,8% de pessoas assalariadas, 13,57% trabalham

informalmente, sem carteira assinada, 24,83% trabalham para o setor público sem

carteira assinada e 9,57% são trabalhadores domésticos. Mas não é só a

informalidade que denuncia a precariedade das formas de inserção da população

no mercado de trabalho. Quando se observa o rendimento das pessoas ocupadas,

pode-se perceber o quanto ele é insignificante frente às necessidades mínimas de

uma pessoa (e de sua família), além de serem baixos, esses rendimentos

mostraram-se declinantes entre a metade e o final da década de 1990. É evidente

ainda uma forte correlação entre o nível de rendimento e o grau de instrução.

Assim, no espaço intramunicipal, denominado pelo IBGE de Área de Ponderação*,

a proporção daqueles que possuíam 10 anos ou mais de idade na data de

referência do Censo Demográfico 2000 e que declararam não ter instrução ou

menos de 1 ano de estudo, variou entre 15,34% e 0,85%. Essa variação esteve

diretamente relacionada com os níveis de renda percebidos em cada uma das 88

áreas. Ou seja, na Área de Ponderação constituída pelo Bairro da Paz, local de

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forte presença negra na composição populacional, onde o rendimento médio da

população com 10 anos e mais de idade era de R$ 214,50, a proporção daqueles

que declararam não ter instrução ou menos de 1 ano de estudo era de 15,34%;

enquanto na Área de Ponderação, constituída pelos Bairros Iguatemi, Itaigara e

Caminho das Árvores, local de maior concentração populacional não/negra, cujo

rendimento médio da população com 10 anos e mais de idade era de R$ 3.107,01,

a proporção daqueles que se declararam sem instrução ou menos de 1 ano de

estudo era de 0,85%. As Áreas de Ponderação, Bairro da Paz e Iguatemi/Caminho

das Árvores/Itaigara são significativas nesta análise, porque representam os

extremos das realidades de renda e instrução, observadas após a hierarquização

dos dados das 88 Áreas existentes no Município de Salvador.

Esses elementos concorreram para que Salvador ocupasse, em 2000, a

471a posição, em relação às cidades brasileiras, quanto ao Índice de

desenvolvimento Humano Médio – IDH-M, no ranking nacional, quando em 1991

ocupava a 290a posição.

Qual o papel da educação pública diante desse cenário global e local?

A educação pública não pode resolver as desigualdades sociais, o

desemprego, as injustiças sociais, que afligem as crianças, adolescentes e jovens

que a ela acorrem. Além disso, é utópico esperar que a educação formal venha a

ser a redentora da sociedade à qual ela serve. Ao se viver num contexto social,

onde prevalecem valores e práticas autoritários, consumistas, competitivos,

individualistas, onde as pessoas fecham os olhos diante das injustiças,

principalmente enquanto essas não lhes tocam, naturalmente todos esses

elementos perpassam a escola. Todavia, embora ela sozinha não possa mudar a

sociedade, pode dar uma contribuição significativa para a transformação social, o

que exige dos educadores não ceder à onipotência e nem se render à impotência.

Isto implica, não considerar magicamente que uma melhor educação pública seria

a solução para todos os males da sociedade, nem se submeter à idéia da

inexorabilidade e subestimar a ação de cada um na implementação das utopias

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coletivas. Pois, como disse nosso saudoso Raul Seixas: “Sonho que se sonha só,

é um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Os educadores, conscientes da complexidade das relações entre o sistema

educacional e a sociedade, não podem se furtar ao desafio de transformar a

educação pública em mais um instrumento na busca de uma sociedade justa e

solidária e de desempenhar um papel eminentemente político, como preconizava

Paulo Freire, tendo em vista uma educação igualitária e com qualidade. Nessa

perspectiva, os educadores precisam ser exemplos vivos do que pregam, pois o

bom exemplo vale mais que mil palavras. Devem não tergiversar em relação ao

direito inalienável de todos a uma educação de qualidade, principalmente para os

filhos das classes populares excluídos de tantos outros bens sociais. Não se

justifica, portanto, a falta de compromisso com nossos alunos, a falta de dedicação

com a missão de formar corações e mentes. A luta pela valorização dos

educadores e pela conquista de condições de trabalho cada vez mais dignas deve

ser assumida concomitantemente, e é fortalecida, pelo exercício responsável da

docência.

A educação de qualidade a que estamos nos referindo não é aquela voltada

unicamente para a inserção do jovem no mercado de trabalho, mas a que

contempla uma formação humanista pautada em valores éticos, capaz de

desenvolver a auto-estima dos alunos, ampliar a capacidade de pensar,

questionar, relacionar e de aprender a aprender. O sistema municipal de

educação, com o engajamento de todos os que nele estão envolvidos, precisa

enfrentar a evasão e o fracasso escolares, a elevada taxa de repetência, a

inadequação de conteúdos, métodos e estrutura, a descontinuidade e a

descontextualização da formação dos professores, sinais evidentes de debilidades

do fazer educacional; e, ao mesmo tempo, necessita repensar a tarefa da

formação de valores. A educação pública de qualidade da nossa utopia é,

portanto, aquela que possibilita às crianças, adolescentes e jovens, aprender a

aprender, aprender a ser, aprender a viver juntos e aprender a fazer, enfim, ser

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cidadãos ativos, conscientes de seus direitos e deveres e com sólida formação

ética.

Desenvolver uma educação nessa perspectiva exige dos educadores uma

atitude de reflexão permanente acerca de seus próprios valores e práticas

educativas cotidianas. Exige a superação da concepção de cidadania que ainda

predomina em nossa sociedade, a cidadania de inspiração liberal, que, adaptada à

herança de três séculos de escravidão e de uma economia essencialmente

agrícola orientada para a exportação e baseada na família patriarcal, ganhou

contornos particulares no Brasil. A noção de direitos, nesta concepção, foi

interpretada na prática como uma concessão dos governantes e os direitos

políticos percebidos pela elite como ameaça à ordem, ainda, são pouco

entendidos e apropriados pela maioria da população. Os direitos e deveres que

constituem a cidadania como princípio universal na prática são atribuídos pelos

governantes de maneira diferente em função da condição social.

Uma educação capaz de contribuir para a conquista de uma sociedade

justa e solidária exige, portanto, dos educadores “jogar água no moinho” da

construção de um novo sentido de cidadania, ativa, participativa, que emergiu da

retomada dos movimentos populares na luta pelo fim da ditadura militar, mas que

ainda está “engatinhando” em nossa sociedade. Essa concepção de cidadania

tem como elemento fundamental a garantia na prática, de direitos iguais a todos

os cidadãos que devem ser conquistados pela ação, pela luta social e política

cotidiana, mas pressupõe a implementação pelo Estado de novas formas de

tomada de decisão e de relação com a sociedade, baseadas na participação

popular autônoma, no diálogo e na negociação de reivindicações. Os atores

sociais, conscientes do seu papel de protagonistas, devem exercitar os valores de

caráter ético e democrático, entre os quais: a liberdade, a igualdade, a autonomia,

a solidariedade, a cooperação em torno de projetos coletivos, o respeito às

diferenças e às identidades.

Contribuir para a formação de cidadãos nesta perspectiva é nossa utopia. O

conjunto de proposições que consta deste documento, a nosso ver, converge

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nessa direção. Não é uma receita pronta, um guia sobre as melhores propostas a

serem desenvolvidas na instituição escolar, mas expressa uma enorme vontade

de acertar o passo e contribuir para que a escola que se quer, seja a escola que

se vive. Se criticadas, reformuladas, assumidas e apropriadas pelo coletivo dos

trabalhadores da educação municipal de Salvador, as idéias contidas nesse

documento podem servir de farol na marcha por uma educação comprometida

com a alteração positiva do quadro social. Nessa marcha, nós que estamos

assumindo tarefas no órgão central da educação municipal, nos propomos a

articular formulações estimulantes e inter-relacionadas funcionalmente, a investir

no assessoramento e na busca de dar melhor suporte técnico-administrativo e

material para que a escola e todos os seus atores: educadores, funcionários,

alunos, pais e comunidade assumam sua participação responsável autonomia

relativa e construam um ambiente bom de se viver, trabalhar e compartilhar

dúvidas, certezas, inquietações, sucessos, receios, sonhos e críticas construtivas,

propulsoras de crescimento pessoal e profissional, na perspectiva de construir a

utopia coletiva do sucesso de todos nossos alunos.

2. A REALIDADE EDUCACIONAL ENCONTRADA

A Cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, é, sem dúvida, uma das

cidades mais belas do mundo, sendo famosa pela sua história, pelo legado

deixado por povos de outros continentes, pela diversidade cultural e religiosa e

pelo povo hospitaleiro, aspectos que necessitam de ser conhecidos, apreendidos,

valorizados, mantidos e difundidos pelos setores públicos, principalmente o da

Educação e Cultura.

Nesse campo, a equipe que assumiu a gestão da Secretaria Municipal da

Educação e Cultura – SMEC- encontrou uma situação educacional com várias

carências que necessitam de múltiplas e rápidas intervenções.

Segundo o Censo de 2000, a cidade contava com uma população de

2.443.107 pessoas (IBGE, 2002), das quais 294.414 na faixa etária de 0 a 6 anos

e 160.535 na faixa de 07 a 14 anos. Em 2004, da população de 0 a 6 anos apenas

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59.697 crianças freqüentavam creches e pré-escolas, sendo 10,6% na rede

pública estadual, 26,0% na rede municipal e 63,4% na rede particular. Da

população entre 7 a 14 anos e mais, 389.745 crianças e jovens freqüentavam o

ensino fundamental, sendo 42,7% na rede publica estadual, 40,7% na rede

municipal e 16,4% na rede particular.

Dentre seus habitantes, Salvador possui, aproximadamente, 107.379

pessoas com 10 anos e mais sem instrução ou com um ano de estudo. Os dados

referentes ao analfabetismo no município, 5,29% também denotam as reais

necessidades da população em relação ao serviço de Educação. Assim, a clientela

educacional do município apresenta uma quantidade significativa de sujeitos que

necessitam de um trabalho educativo eficiente, digno e que respeite a diversidade

cultural de seus clientes.

As informações, analisadas a seguir, sobre os aspectos relativos ao serviço

Municipal de Educação estão principalmente pautadas nos dados de 2004 e foram

retiradas do Portal da SMEC.

A educação municipal contava em dezembro de 2004, com 359 Unidades

Escolares, atendendo a todos os bairros da cidade, assim como os subúrbios de

Salvador e as ilhas circunvizinhas, integrantes do Município. Essas escolas

abrigavam, segundo a matricula final de 2004, 13.306 alunos em Educação Infantil,

133.208 no Ensino Fundamental, 3.190 no Ensino Supletivo e 1000 na educação

Especial, perfazendo um total de 150.604 alunos matriculados.

No Ensino Fundamental, verificou-se um significativo índice de 23,9 % de

reprovação, ou seja, de conservação na mesma série e uma taxa de 15,1% de

evasão escolar. Ao se analisar os dados referentes à matrícula por série, constata-

se um grande contingente de alunos, nas séries de 1ª a 4ª, e bem reduzido

comparativamente, nas demais séries do Ensino Fundamental, principalmente na

8ª série, evidenciando um afunilamento profundo entre as primeiras e últimas

séries. Vale lembrar que a Rede Municipal de Educação só tem 26 escolas de 5a a

8a séries. Outra questão que pode ser verificada é a reprovação dos alunos. O

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maior percentual reside nas 2ª e 5ª séries, o que pode demandar estudos mais

analíticos e novas propostas de ações para esses segmentos.

Estes dados denotam a existência de problemas de diversas ordens

implicando na qualidade do trabalho educativo e, conseqüentemente, impedindo

o sucesso escolar de todos os alunos e o direito pleno à dignidade humana e ao

exercício da cidadania. Entre esses problemas, identificou-se um déficit

significativo no quadro de professores e de pessoal de apoio e segurança escolar.

Faltavam no início de 2005, 116 professores de 5ª a 8ª séries, 400 professores de

Educação Infantil, 227 vice-diretores e 656 coordenadores pedagógicos, 343

merendeiras, 676 auxiliares de serviços e 202 porteiros. Observou-se que a

solução encontrada pela gestão anterior em relação a pessoal de apoio foi a

utilização de terceirização de mão-de-obra, através de duas empresas privadas;

entretanto, também foi verificado que os funcionários terceirizados faltavam ao

trabalho, por questões de atraso nos pagamentos mensais dos seus salários.

Cabe destacar ainda a existência de uma política de remuneração inadequada

que impactava significativamente sobre o ânimo dos professores. Aliás, vale

ressaltar que a questão da valorização salarial do professor da rede pública ainda

é um dos grandes desafios nacionais.

Um outro componente a ser relatado é o contexto da estrutura física das

unidades escolares municipais, por considerar que esse aspecto afeta diretamente

o cenário pedagógico. Foram identificadas questões de ordem estrutural, com

escolas em condições precárias de funcionamento, em decorrência de problemas

hidráulicos, elétricos e de conservação, atraso dos cronogramas físicos de reforma

de escola e transgressão de contratos firmados com algumas empreiteiras. Isso

comprometeu diretamente, o início do ano letivo de 2005, determinando inclusive a

implantação de calendários letivos especiais nestas escolas. Ainda em relação ao

sistema de manutenção da rede física, verificaram-se, em estudos técnicos e

análises, algumas ineficiências, assim como valores considerados onerosos.

Outro aspecto que necessita ser ponderado, diz respeito à merenda escolar.

Também, encontrou-se um Programa Municipal de Merenda Escolar com

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distorções, entre as quais: distribuição de alimentação escolar em horário

inadequado e falta de controle da clientela beneficiada.

Aliado às questões já pontuadas, pôde-se verificar que o contexto da

estrutura do órgão central apresentava distorções que se somavam às das

unidades escolares e exigiram uma gama de providências, para minimizá-las.

Alguns problemas estruturais foram detectados, tais como: alta fragmentação e

desarticulação das ações das coordenações, ausência de clareza das atribuições

e da relação de interdependência entre os setores; inexistência de um canal

eficiente de comunicação entre o órgão central, as coordenadorias regionais de

educação (CRE) e as unidades escolares; falta de estrutura técnica e

administrativa das CRE’s para assumir suas funções; inexistência de um banco de

dados atualizado das competências e habilidades dos servidores da Secretaria.

Em relação ao processo de matrícula de 2005, foi observada a falta de um

programa estruturado, informatizado e eficiente, compatível com as necessidades

e o porte da rede municipal de educação. Nesse sentido, a demanda para 2005

não foi adequadamente identificada pela gestão anterior o que repercutiu num

planejamento ineficaz de atendimento de toda a demanda efetiva para o ensino

fundamental e de uma parte expressiva da educação infantil. Em algumas áreas

da cidade, a oferta foi menor do que a procura, e vice-versa, necessitando de uma

revisão e de outras medidas paliativas emergenciais da equipe que tinha apenas

14 dias de empossada.

O desfecho do processo da matricula em 2005 resultou na inscrição de

17.560 crianças na Educação Infantil, 163.806 estudantes no Ensino Fundamental

(dos quais 141.801 na 1a à 4a séries, 19.366 na 5a à 8a séries) e 5.408 no

Supletivo, em um total de 186.774 alunos matriculados.

Temos, portanto, um panorama geral da situação educacional encontrada

no Município de Salvador que apresenta uma série de questões a serem

enfrentadas e revistas pela atual gestão, consoante com a sua missão e visão de

futuro. Os elementos analisados acima indicam dois grandes desafios a serem

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enfrentados pela educação municipal: a incorporação na escola de todas as

crianças e jovens em idade escolar, que estão fora dela, uma ação que depende

do investimento do Poder Público, da família e da sociedade; e a garantia da

permanência e do sucesso escolar de TODOS os alunos.

3. A POLÍTICA EDUCACIONAL DELINEADA

De acordo com Constituição Brasileira, o ensino fundamental, “direito

público subjetivo”, é obrigatório e gratuito. O art. 208 preconiza a garantia de sua

oferta, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria,

possibilitando os meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de

se relacionar no meio social. Segundo esse artigo, o não-oferecimento desse nível

de ensino pelo Poder Público ou sua oferta irregular implica responsabilidade da

autoridade competente.

Consciente dessa responsabilidade legal, assim como pautada no seu

encargo social, a equipe gestora da SMEC definiu a sua missão e visão de futuro

apresentadas a seguir.

3.1. MISSÃO

Garantir uma escola pública municipal universal em seu compromisso com

a democratização de oportunidades sócio-educativas, plural na promoção do

respeito à diversidade e ética em sua responsabilidade de formação de valores

para uma educação cidadã, solidária e socialmente inclusiva.

3.2. VISÃO DE FUTURO

Educação pública municipal de qualidade e integrada às comunidades

locais, garantindo o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos, promovendo

a reparação das desigualdades raciais e de gênero, valorizando a cultura e a

diversidade, acolhendo as pessoas com deficiência e contribuindo para uma sólida

formação ética e cidadã.

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A partir dessa missão e visão, a gestão democrática que se está buscando

desenvolver permitirá que a sociedade exerça seu direito à informação e à

participação que fazem parte dos objetivos desse governo comprometido com a

solidificação da democracia. Assim, esta gestão buscará perseguir as seguintes

diretrizes:

a. Equidade e qualidade do processo de ensino e de aprendizagem.

b. Democratização do acesso, mediante a qualificação, reordenação e

expansão da rede física municipal.

c. Valorização da cultura e saber popular no processo de ensino e de

aprendizagem.

d. Democratização e modernização da gestão, garantindo o caráter

participativo e descentralizado.

e. Valorização e formação continuada dos trabalhadores e

trabalhadoras em educação.

As diretrizes estabelecidas, analisadas a seguir, são inspiradoras de um

conjunto de metas e ações, apresentadas na seqüência, imprescindíveis para a

implementação da educação democrática, participativa e cidadã que se quer

implementar com o envolvimento de todos os atores sociais nela implicados.

3.3. DIRETRIZ 1- EQUIDADE E QUALIDADE DO PROCESSO DE

ENSINO E DE APRENDIZAGEM

Considerações fundamentaisEsta diretriz se concretiza em ações básicas que visam garantir a

permanência do aluno na escola e o sucesso de sua formação escolar, de modo a

contribuir para a inclusão social e o exercício da cidadania em situação de

igualdade com crianças e jovens de condições sociais e econômicas mais

favoráveis.

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A garantia da equidade e da melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem, em conformidade com as diretrizes curriculares nacionais e com as

normas legais locais, levam a SMEC a definir os seguintes pressupostos:

1) Foco no aluno e em suas necessidades de aprendizagem, com atenção

especial aos primeiros anos de escolarização, balizadores do sucesso na

continuidade dos estudos;

2) Participação efetiva do aluno no processo de construção da

aprendizagem do saber, do saber ser e do saber fazer, através da

articulação entre o pensar, o sentir e o agir;

3) Garantia de condições materiais, físicas e pedagógicas que permitam a

expressão do aluno por meio de múltiplas linguagens, incluindo as novas

tecnologias;

4) Desenvolvimento do espírito investigativo e do domínio dos

conhecimentos básicos, especialmente da leitura, da escrita, da

matemática, das ciências naturais, da história, da formação da sociedade

brasileira e dos conteúdos e práticas de respeito à diversidade étnica,

religiosa, de geração, de gênero e de promoção da solidariedade, da cultura

da paz e da igualdade.

Nessa perspectiva são definidas as metas a serem atingidas até o

final dessa gestão e um conjunto de ações visando a sua concretização.

3.3.1.Metas Reduzir a repetência na rede municipal de educação do índice anunciado

de 22,2% em 2004 para 15% em 2008;

Reduzir a evasão escolar do índice anunciado de 15,0% em 2004 para

10% em 2008;

Desenvolver a revisão da proposta curricular da Rede Municipal de

Educação, de modo a articular a construção do saber, dos valores e das

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regras de convivência na sala de aula e a contribuir para a formação da

cidadania participativa, solidária e ética, a partir da reflexão coletiva das

escolas sobre sua realidade educacional, sua cultura e sua relação com a

comunidade;

Implementar um processo de planejamento e avaliação do trabalho

pedagógico, do desempenho escolar, participativo e processual, voltado

para a conquista de condições materiais, técnicas, profissionais e de

gestão capazes de garantir o sucesso escolar de todos os alunos;

Construir coletivamente uma concepção e sistemática de avaliação da

aprendizagem, de caráter diagnóstico, voltada para a garantia do sucesso

de todos os alunos;

Criar e implementar uma política para o Ensino Fundamental de 9 anos

na RME;

Implantar a educação de tempo integral, em mais 21 escolas da RME;

Implantar as Políticas e Diretrizes de Desenvolvimento Infantil Integral e

Integrada;

Ampliar o atendimento de crianças de 0 a 3 anos com a municipalização

de 46 creches que serão constituídas como espaços de educação infantil;

Implementar uma política de inclusão que assegure o acesso, a

permanência e o sucesso dos alunos com deficiencias na rede

educacional regular;

Construir uma política efetiva de Educação de Jovens e Adultos, voltada

para a inclusão social, capaz de garantir o acesso, a permanência e o

sucesso dos alunos, a partir da implementação de um processo

pedagógico mais dinâmico e adaptado às necessidades desta população;

Implementar a partir das escolas de 5a a 8a séries e da Educação de

Jovens e Adultos uma política de empreendedorismo em Salvador, em

articulação com outras secretarias municipais e organizações privadas e

não governamentais;

Implantar as novas tecnologias educacionais em 100% da RME;

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Desenvolver uma política de valorização da arte em 100% das escolas da

rede;

Desenvolver uma política de fortalecimento das competências educativas

dos familiares, de forma a garantir a efetividade da parceria entre a escola

e a família;

Contribuir decisivamente para a erradicação do analfabetismo entre os

jovens e adultos de Salvador e a promoção da inclusão social de jovens e

adultos por meio de processos de ensino e de aprendizagem;

Construir e implantar as diretrizes curriculares da Educação Ambiental no

cotidiano das escolas da Rede Municipal de Educação, a partir dos

elementos concretos do seu entorno, de acordo com a lei Federal no.

9795/1999 e o Decreto no. 4281/2002;

Implantar novo modelo para a educação física escolar na RME.

3.3.2.Ações: Realizar uma pesquisa junto às comunidades intra e extra-escolares,

visando à identificação dos fatores locais que concretamente

determinam a evasão, a repetência e a alteração da realidade

encontrada em cada escola por CRE;

Identificar junto às unidades escolares as concepções e sistemáticas de

avaliação da aprendizagem desenvolvidas pelos professores;

Elaborar instrumentos de diagnóstico da realidade sócio-educativa das

escolas por CRE;

Apoiar as iniciativas das unidades escolares que visem à superação

das dificuldades dos alunos, através de atividades paralelas de apoio à

aprendizagem;

Implantar o projeto Caminhos da Ciência;

Divulgar as experiências inovadoras e bem sucedidas desenvolvidas

pelos professores e gestores das unidades escolares;

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Ampliar e dinamizar as bibliotecas e salas de leitura das unidades

escolares;

Organizar e difundir a produção de conhecimentos sobre cultura na

cidade;

Ampliar a prática de esporte e lazer no conjunto das escolas da rede

municipal;

Ampliar e consolidar o programa PROJOVEM;

Implantar programa de erradicação do analfabetismo entre jovens e

adultos em Salvador;

Ampliar e consolidar o Projeto ESCOLA ABERTA à comunidade com a

realização de oficinas de esporte, leitura, direitos humanos e cidadania;

Implementar projetos elaborados pelas unidades escolares de educação

ambiental vinculados ao Programa ‘Vamos Cuidar do Brasil’, em

parceria com o Ministério da Educação e Cultura;

Expandir e qualificar os serviços de alimentação escolar e saúde

educativa, preventiva e corretiva, entendidos como direitos dos

cidadãos e como suportes fundamentais para a aprendizagem;

Distribuir anualmente fardamento escolar para todos os alunos da RME;

Contribuição para o fornecimento do Programa Bolsa Família para os

pais dos alunos do ensino fundamental, com até 15 anos de idade

cadastrados no programa;

Prover as unidades escolares de pessoal de apoio e técnico-

administrativo, para garantia do pleno funcionamento de toda a RME;

Suprir regularmente de material de consumo e escolar todas as

unidades escolares.

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3.4. DIRETRIZ 2 - DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO MEDIANTE A

QUALIFICAÇÃO, REORDENAÇÃO E EXPANSÃO DA REDE FÍSICA

MUNICIPAL

Considerações fundamentaisA democratização do direito à educação pública na concepção desta gestão

da SMEC pressupõe um estudo da efetiva demanda de vagas por regiões

administrativas; uma avaliação concreta da situação da Rede Municipal de

Educação, considerando, por exemplo, as condições de adequação às atividades

educativas, o grau de utilização dos espaços disponíveis, as possibilidades de

ampliação, o estado de conservação, o atendimento às normas de acessibilidade

para pessoas com deficiência, entre outros, tendo como desdobramento uma

proposta de reordenamento, qualificação e expansão da rede física.

A estrutura física e a organização do espaço escolar devem refletir a

concepção curricular e metodológica adotadas pelos profissionais que trabalham

na escola, e são, portanto, elementos facilitadores do processo de ensino e de

aprendizagem. Assim, as salas de leitura e as bibliotecas, espaços indispensáveis

para a formação de leitores e leitoras e para a formação da cidadania participativa,

devem, necessariamente, fazer parte do projeto arquitetônico das escolas. A

garantia do direito à educação pública pressupõe, ainda, a implantação de uma

política de modernização do processo de matrícula na RME. Nesse sentido, foram

propostas as seguintes metas e ações estratégicas a serem perseguidas durante

toda essa gestão.

3.4.1. Metas Reordenar, adequar e expandir a rede física, elevando a qualidade da infra-

estrutura e o padrão de manutenção dos prédios escolares, através da

construção de 27 escolas, reconstrução de 20 escolas e reforma de 73

escolas;

Desenvolver uma cultura intra e extra-escolar de cuidado e preservação das

instalações físicas das escolas como patrimônio, como bem público e do

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público;

3.4.2. Ações

Desenvolver programa de suporte e descentralização das ações

preventivas e corretivas, convergindo para a elaboração dos Planos de

Trabalho de Preservação – PTP das unidades escolares;

Implementar trabalhos de reforma no período de recesso escolar;

Repassar recursos diretamente para as unidades escolares, visando o

atendimento de necessidades emergenciais;

Criar e implementar o prêmio de preservação dos prédios escolares:

Minha escola é tudo de bom;

Construir e reformar áreas de esporte e lazer;

Elaborar projetos arquitetônicos adaptados ao projeto pedagógico e á

perspectiva de garantir acessibilidade e condições de convivência dos

alunos com deficiência;

3.5. DIRETRIZ 3- VALORIZAÇÃO DA CULTURA E SABER POPULAR

NO PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM.

Considerações fundamentais:A escola, além de ser o espaço privilegiado de aprendizagem do saber

sistematizado pela humanidade, deve ser também, um espaço de resgate,

inclusão e valorização das raízes e manifestações culturais plurais e do saber

popular, na medida em que a construção do conhecimento só é possível a partir

da interação do saber dominado pelos alunos, sua linguagem, realidade, valores e

universo cultural, com o saber letrado, o saber científico.

A valorização da cultura e do saber popular, na cidade mais negra das

Américas, onde os traços da cultura africana se fazem presente de maneira tão

forte e singular, pressupõe colocar em relevo as origens destes traços, assim

como a herança cultural dos indígenas e europeus que fazem parte da gênese da

sociedade brasileira.

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A valorização da cultura e do saber popular pressupõe ainda, dar

visibilidade à história, à identidade, aos referenciais arquitetônicos e urbanísticos,

às personalidades e manifestações culturais mais relevantes dos bairros da

cidade, entendidos como espaços sociais, que são simultaneamente reflexo e

condição da existência de um sistema de relações que formam e educam nossas

crianças, adolescentes e jovens.

Assim, cabe à escola realizar a mediação do saber formal com a cultura e o

saber popular, que brotam das comunidades integrantes da cidade, e ao mesmo

tempo, viabilizar um processo educativo que transcenda a sala de aula, a partir do

entendimento desta como um equipamento urbano agregador de uma cultura local

que deve se estender paulatinamente para espaços mais amplos.

A consecução desta proposta implica, necessariamente, o envolvimento

das famílias, das organizações comunitárias e culturais, dos artesãos e artistas.

Na intenção de facilitar a tradução dessas idéias numa prática inovadora

são propostas as seguintes metas e ações:

3.5.1. Metas Incluir a História e Cultura Africana e Afro-brasileira, e das diferentes

civilizações indígenas no processo educacional, destacando a presença de

cada uma na formação do povo brasileiro;

Desenvolver projetos que fortaleçam a comunidade e suas manifestações

culturais, a partir de ações educativas que oportunizem o reconhecimento

pessoal e social, com vistas ao exercício pleno da cidadania;

Estimular e integrar em parceria com a Fundação Gregório de Matos, as

manifestações populares de arte e cultura que fortaleçam a comunidade,

tendo a escola como um dos espaços privilegiados de expressão, a partir de

ações educativas que oportunizem o reconhecimento pessoal e social com

vistas ao exercício pleno da cidadania;

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3.5.2 Ações:

Realizar estudos e pesquisas que subsidiem a elaboração de projetos de

inclusão da historia e cultura indígena;

Implementar, junto com a Fundação Gregório de Matos, programas

culturais, em articulação com os grupos comunitários locais;

Fortalecer e ampliar o número de fanfarras na RME;

Realizar anualmente, no mês de novembro, uma mostra dos projetos sócio-

culturais e educativos propostos pelo órgão central e pelo Fórum de

Parceiros, possibilitando pelas próprias escolas, a seleção de projetos a

serem implementados, no ano subseqüente;

Implantar o projeto Caminhos da Arte;

3.6. DIRETRIZ 4- DEMOCRATIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DA

GESTÃO GARANTINDO O CARÁTER PARTICIPATIVO E

DESCENTRALIZADO.Considerações fundamentais

A contribuição da educação municipal para a formação de crianças,

adolescentes e jovens com bom nível cultural e intelectual, com uma auto-estima

elevada, com consciência de seus direitos e deveres e com sólidos valores morais

e éticos, elementos indispensáveis para a cidadania participativa, pressupõe a

possibilidade concreta do exercício da cidadania e não preferencialmente a

transmissão de informações teóricas e de pregações do “dever ser”. Isto porque

não se pode educar para a democracia e para a autonomia, (autonomia entendida

como a capacidade racional e emocional do sujeito de discernir entre o certo e o

errado, e de agir de forma moral em relação aos princípios universais de justiça e

de igualdade), através de práticas autoritárias e heterônomas.

A educação municipal comprometida com tão nobre tarefa precisa assumir

uma forma de gestão com uma feição essencialmente, democrática e participativa,

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de forma sintonizada e coerente em todas suas instâncias: sala de aula, escola e

administração meio.

Em conformidade com essa forma de gestão, os professores, gestores do

processo de formação na sala de aula, precisam promover a participação dos

alunos não apenas na construção do conhecimento, mas também na definição e

acompanhamento das regras de convivência, contexto, por excelência, de

exercício da cidadania ativa e de reflexão e construção de valores éticos.

A implementação desta forma de gestão da classe deve ser estimulada e

fortalecida pela gestão democrática e participativa na escola, expressa, entre

outros aspectos, na construção e implementação coletiva do seu projeto político

pedagógico. Esse processo envolve a análise crítica da realidade, a tomada de

decisão, a implementação das decisões e a avaliação processual dos seus

desdobramentos, na perspectiva do sucesso de todos os alunos e da realização

pessoal e profissional de todos os envolvidos na educação municipal; no pleno

funcionamento dos Conselhos Escolares, no apoio aos Grêmios Escolares.

A gestão democrática e participativa do Sistema Municipal de Educação

desenvolvida pelo órgão central, por sua vez, deve ser inspiradora e referencial

para os gestores da escola e da sala de aula. Esta se traduz, entre outros

aspectos, na política de descentralização administrativa, financeira e pedagógica,

no estímulo e apoio às inovações pedagógicas construídas nas escolas, no apoio

à informatização dos processos administrativos da escola, no fortalecimento do

Conselho Municipal de Educação e dos demais conselhos, na elaboração do

Plano Decenal de Educação, a partir das escolas e com o envolvimento da

comunidade.

Nessa perspectiva, é que se propõem as seguintes metas e ações para o

período 2005 a 2008.

3.6.1. Metas Garantir a autonomia e a democratização de forma participativa da gestão

pedagógica, administrativa e financeira das unidades escolares visando à

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melhoria da qualidade do processo educativo.

Modernizar a estrutura organizacional da SMEC, na perspectiva de garantir a

realização efetiva das políticas públicas de educação para o município;

Informatizar a gestão escolar, disponibilizando computadores e acesso à

internet para 100% das unidades da RME;

3.6.2. Ações: Reestruturar e fortalecer os Conselhos Escolares;

Revisar o regimento da eleição de gestores escolares;

Incentivar, criar e apoiar os grêmios escolares nas escolas de 5a a 8a séries;

Implementar a cultura e a prática do Pacto de Convivência na sala de aula

de todas as escolas da rede municipal de educação;

Criar e implementar uma metodologia única de planejamento e avaliação

permanente da gestão escolar e da aplicação de recursos, independente da

sua fonte;

Realizar uma Conferência Municipal de Educação e construir de forma

democrática e participativa o Plano Municipal de Educação para a cidade

do Salvador, com vigência para dez anos;

Revisar o Regimento da SMEC;

Reestruturar e fortalecer as CRE’s, em articulação com o processo de

reorganização das Administrações Regionais de Salvador;

Reestruturar fisicamente e aparelhar o órgão central, as CRE’s e as

unidades escolares, de forma a assegurar um funcionamento

administrativo, financeiro e pedagógico mais eficiente;

Implantar uma sistemática de matrícula, informatizada e em rede, com

vistas à democratização do acesso, comodidade e agilidade no

atendimento;

Desenvolver e implantar sistemas integrados de informações,

comunicações e automatização de rotinas administrativas na SMEC.

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3.7. DIRETRIZ 5 - VALORIZAÇÃO E FORMAÇÃO CONTINUADA

DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO.

Considerações fundamentais

A concretização de um processo de ensino e de aprendizagem de

qualidade e capaz de contribuir efetivamente para a formação de pessoas e

cidadãos inseridos socialmente depende fundamentalmente das competências

relacional, técnica e política do educador.

Investir no desenvolvimento processual destas competências é um desafio

de cada professor no processo de reflexão profunda e corajosa, na ação e sobre a

ação educativa. É um desafio também da equipe responsável pela gestão do

sistema municipal de educação, em consonância com os dispositivos legais que

apontam a valorização dos educadores.

Trata-se, portanto, do aperfeiçoamento das condições de exercício da

cidadania profissional, mediante a garantia do ingresso exclusivamente por

concurso público de provas e títulos, de planos de carreira para o magistério

público, do piso salarial profissional, da melhoria da remuneração, da formação

continuada, entre outros.

Assegurar essa condição é um dever do poder público. Esse frente à

valorização dos profissionais, não se restringe, todavia, aos professores, mas

contempla todos os trabalhadores em educação, a partir do entendimento que

todas as relações na escola podem favorecer ou dificultar o fortalecimento da

auto-estima do aluno, aspecto fundamental para a conquista do sucesso escolar e

para a formação de atitudes e valores cidadãos e éticos.

Nessa direção foram definidas as seguintes metas e ações:

3.7.1. Metas

Garantir a graduação de 100% dos professores e a pós-graduação de

50% dos professores e gestores escolares e dos profissionais que atuam

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nas CRE’s e no Órgão Central;

Desenvolver uma política de formação continuada dos professores,

gestores, do corpo técnico e administrativo das escolas municipais, das

CRE’s e do Órgão Central.

Desenvolver uma política de valorização salarial para os trabalhadores

em educação da rede municipal de educação;

Implantar uma política de gratificação salarial de incentivo à produção

científica, relativa à gestão educacional e ao trabalho educativo na sala

de aula;

Reestruturar e dinamizar o Centro de Aperfeiçoamento dos profissionais

da Secretaria de Educação - CAPES.

3.7.2. Ações Criar uma revista de educação voltada para publicações de artigos

teóricos e relatos de experiências pedagógicas e de gestão desenvolvidas

na rede municipal de educação;

Revisar o Plano de Carreira, contemplando todos os trabalhadores da

educação municipal;

Revisar o estatuto do Magistério Público Municipal;

Estabelecer convênio com espaços culturais, assegurando o acesso com

meia-entrada aos trabalhadores em educação do município.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Democratizar a gestão da educação requer, fundamentalmente, que a

sociedade possa participar no processo de formulação e avaliação da política de

educação e de fiscalização da sua execução, através de mecanismos

institucionais. A presença da sociedade concretiza-se através da incorporação de

categorias e grupos sociais envolvidos direta ou indiretamente no processo

educativo, e que, normalmente, são excluídos das decisões: pais, alunos,

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funcionários, professores. Isto significa retirar dos governantes e dos técnicos

educacionais que atuam no denominado “Órgão Central”, o monopólio de

determinar os rumos da educação no município.

Cabe aos gestores, nos diversos níveis da educação municipal, promover

este processo de democratização, mas ele não terá consistência, materialidade,

sem o desejo e o envolvimento de todos os atores envolvidos no sentido de

contribuir na definição dos rumos da educação. A democratização da gestão e o

fortalecimento da educação pública municipal, capaz de garantir o sucesso de

todos os alunos e a formação da cidadania ética, participativa e solidária, é um

movimento coletivo, deve ser um compromisso de todos. Nós apostamos nessa

direção ao oferecer este documento para uma ampla discussão de educadores,

pais, aluno e comunidade, que culminará com a realização em outubro deste ano

de uma Conferência Municipal, para a definição da política da educação municipal

a ser desenvolvida por esta gestão.

Sabemos que a SMEC, isoladamente, têm capacidade de agir limitada em

muitas questões, e, às vezes, dependendo da natureza do problema, até mesmo

inviabilizada. Assim, a articulação e a cooperação entre Secretarias, outras

entidades públicas ou privadas e organizações não governamentais é

imprescindível para potencializar a ação educacional pública. A busca destes

parceiros é um desafio de todos nós.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGIER, M. Rome noire: un rêve de ghetto païen. Cahiers d’Études Africaines. XXXII(1), 9-13. 1992.

FALCÃO, I. M. Direito Agrário no século XVI e o desenvolvimento rural brasileiro atual.. Document téléaccessible à l’adresse: 2001.http://www.elogica.com.br/users/ismael

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BRASIL, Constituição Federal. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – 1988, de 05 de outubro de 1988: Brasília: 1988. Disponível em site: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm.

_______ Lei nº. 9 394, de 20 de dezembro de 1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, nº. 248, de 23 de dezembro de 1996.

______, MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB, Lei no. 9394/96. Brasília: 1997.

Secretaria da Municipal de Educação e Cultura. SMEC. Marcos de Aprendizagem, Conteúdos e Orientações Didáticas para a Educação Infantil, CEB, 3ª e 4ª Séries, 5ª a 8ª Séries, Ensino Fundamental Noturno. Salvador: 2004.

_________________________________________________. Alteração do Regimento da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Diário Oficial do Município. Decreto n. º 14.127 de 17 / 01/ 03. Salvador: 2002.

_________________________________________________. PORTAL SMEC. http://www.smec.salvador.ba.gov.br/index.php. Salvador: 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Perfil dos Municípios Brasileiros. 2002. Disponível em site: http://www.ibge.gov.br/ Acessado em .................

___________________________________________________ IBGE. Censo 2000. Disponível em site: http://www.ibge.gov.br/ Acessado em .................

___________________________________________________ IBGE. Pesquisa mensal de Emprego. 2005. Disponível em site: http://www.edudatabrasil.inep.gov.br/ Acessado em ............................

IPEA-Ministério do Planejamento (2002) (ver com Joilson)

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