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Aula 00 Curso: Direito Previdenciário p/ TRT-SP - Analista Judiciário (Área Judiciária e Oficial de Justiça) Professor: Ali Mohamad Jaha 00000000000 - DEMO

Previdenciario Aula 00

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    Curso: Direito Previdencirio p/ TRT-SP - Analista Judicirio (rea Judiciria e Oficialde Justia)

    Professor: Ali Mohamad Jaha

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  • Direito Previdencirio p/ TRT-2 (AJAJ e OJAF) Teoria e Questes Comentadas

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    AULA 00 Tema: AULA DEMONSTRATIVA. Assuntos Abordados: Seguridade: Natureza, Fontes e Princpios. Seguridade na Constituio Federal: Sade, Previdncia Social e Assistncia Social. Objetivos. Financiamento. Oramento. Eficcia e Interpretao das Normas de Seguridade. Competncias Privativa, Comum e Concorrente para Legislar sobre Seguridade Social. Sumrio Pgina Saudaes Iniciais. --- 01. Direito Previdencirio Conceito. --- 02. Origem e Evoluo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil. ---

    03. Evoluo Legislativa no Brasil. --- 04. Seguridade Social. --- 05. Financiamento da Seguridade Social Parte Constitucional.

    ---

    06. Sade. --- 07. Previdncia Social. --- 08. Assistncia Social. --- 09. Competncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdncia Social. ---

    10. Legislao Previdenciria e suas Caractersticas. --- 11. Resumex da Aula. --- 12. Questes Comentadas. --- 13. Questes Sem Comentrios. --- 14. Gabarito das Questes. --- Observao importante: Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n. 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram o cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos. =)

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    Apresentao Inicial.

    Ol Concurseiro!

    Meu nome Ali Mohamad Jaha, Engenheiro Civil de formao, Especialista em Administrao Tributria e em Gesto de Polticas Pblicas. Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010. Venho ministrando cursos de Direito Previdencirio, Legislao Previdenciria, Legislao da Sade, Legislao Especfica e/ou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparao para carreiras pblicas, no qual se encontrou ou ainda se encontram disponveis os seguintes cursos: 01. Direito Previdencirio p/ RFB;

    02. Direito Previdencirio p/ Analista Judicirio (STJ);

    03. Questes Comentadas de Direito Previdencirio p/ ATA/MF;

    04. Direito Previdencirio p/ AFRFB, ATRFB e ATA - 2. Turma - 2012/2012;

    05. Legislao Previdenciria p/ AFT - 1. Turma - 2012/2012;

    06. Direito Previdencirio p/ AJAJ/TRF-5;

    07. Tcnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB/2012;

    08. Legislao Previdenciria p/ ATPS-MPOG;

    09. Legislao da Sade p/ ATPS-MPOG;

    10. Legislao da Assistncia Social p/ ATPS-MPOG;

    11. Direito Previdencirio p/ AFRFB e ATRFB - 3. Turma - 2013/2013;

    12. Legislao Previdenciria p/ AFT - 2. Turma - 2013/2013;

    13. Vigilncia Sanitria p/ ANVISA (Noes);

    14. Legislao Previdenciria p/ SERPRO;

    15. Vigilncia Sanitria p/ ANVISA (Curso Complementar p/ Especialistas);

    16. Polticas de Sade e Sade Pblica p/ ANVISA;

    17. Legislao Previdenciria p/ APOFP/SEFAZ-SP;

    18. Legislao do SUS p/ Ministrio da Sade;

    19. Direito Previdencirio p/ Delegado de Polcia Federal;

    20. Direito Previdencirio e Legislao Previdenciria p/ TCE-MS; 21. Seguridade Social e Legislao Previdenciria p/ AFT - 3. Turma - 2013/2013; 22. Seguridade Social e Legislao Previdenciria p/ AFT Questes Comentadas - 2013/2013; 23. Direito Previdencirio p/ AJAA/TRT-8;

    24. Direito Previdencirio p/ Analista do INSS;

    25. Histrico, Fundamentos e Legislao Especfica do Audiovisual p/ ANCINE; 26. Financiamento e Regulao do Setor Audiovisual no Brasil p/ Especialista em Regulao da ANCINE (rea 1); 27. Direito Previdencirio p/ AJAJ e OJAF/TRT-5;

    28. Legislao sobre Seguridade Social p/ Procurador Federal (AGU);

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    29. Direito Previdencirio p/ AJAJ e OJAF/TRT-17;

    30. Legislao da FUNASA (Especialidade 3);

    31. Direito Previdencirio p/ AJAJ e OJAF/TRT-15;

    32. Direito Previdencirio p/ TRF-3 (AJAJ, OJAF e TJAA), e;

    33. Direito Previdencirio p/ TRT-2 (AJAJ e OJAF)

    Ainda sobre minha carreira no servio pblico, meu primeiro contato

    com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretenses. Em 2003, quando ainda cursava Engenharia na Universidade Estadual de Maring/PR (UEM), prestei o concurso para Escriturrio do Banco do Brasil, sem estudar absolutamente nada, sendo aprovado e convocado algum tempo depois.

    Em 2005, ano em que conclu minha graduao, fui aprovado no

    concurso para Tcnico Judicirio do Tribunal de Justia do Paran, sendo convocado em seguida. Ainda em 2005, enquanto estudava para o Tribunal Regional Eleitoral/PR, conheci uma concurseira especial, que em 2007 tornou-se minha esposa. Como podem ver, sou um cara que fez carreira e famlia no servio pblico (RS!). Ainda, nesse ano que passou (2012) e sob minha orientao, minha esposa iniciou seus estudos para rea fiscal, deixando-me muito orgulhoso ao lograr xito no certame de Analista-Tributrio da Receita Federal do Brasil (ATRFB). =)

    Continuando minha trajetria, em 2006, fui aprovado e convocado

    para Analista e Tcnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Embora tenha galgado tantas aprovaes, decidi no tomar posse em nenhum desses cargos e prosseguir no ramo da Engenharia (meu que grande erro...). Em meados de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o prximo concurso de AFRFB, iniciando-os pra valer somente em meados de 2008.

    Os anos de 2008 e 2009 foram os mais pesados da minha vida. Foi

    a fase de concurseiro profissional, em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol, chuva, vento, frio, areia, terra, cimento, etc.) e era antipatizado na empresa em que trabalhava (pois a gerncia descobriu que eu estudava para RFB e, desde ento, minha vida profissional ficou prejudicada). Muitos amigos ou conhecidos meus tambm se queixam da mesma perseguio sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patres, assim que esses tomam conhecimento da inteno do empregado em sair da empresa. Isso comum!

    Quando chegava em casa era preciso abdicar da companhia da

    minha esposa, famlia, amigos e diverso, para estudar as disciplinas do

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    ltimo edital de AFRFB at altas madrugadas. Mas enfim, graas a Deus, no concurso de AFRFB/2010, fui um dos grandes vitoriosos, nomeado e lotado inicialmente em Ponta Por/MS, e, atualmente, em Corumb/MS, 4. maior cidade do Estado, com mais de 100.000 habitantes e fronteira com Puerto Quijarro (Bolvia).

    Em 2010, prestei concurso do MPU por consider-lo bastante

    interessante, conquistando o 3. lugar do cargo de Analista de Oramento no estado do Mato Grosso do Sul. Por fim, nesse mesmo ano, realizei o concurso para Analista Judicirio do Tribunal Regional do Trabalho (8. Regio Judiciria), e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho, fui um dos aprovados e convocados pelo egrgio Tribunal.

    Agora que j me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

    concurseiro, apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estratgia Concursos para o seu concurso. =) O Curso.

    Mais uma vez, com imenso prazer que irei ministrar um Curso de Direito Previdencirio, dessa vez, direcionado aos cargos de:

    Analista Judicirio - rea Judiciria (AJAJ) nvel superior em Direito 62 vagas; Oficial de Justia Avaliador Federal (OJAF) nvel superior em Direito - 09 vagas, e; Como podemos observar, observar, ao contrrio do que ocorre em

    regra com os certames do Poder Judicirio, o Tribunal Regional do Trabalho da 2. Regio (SP) est ofertando 71 vagas iniciais para os 2 cargos supracitados, fora as centenas de vagas que surgiro no perodo de validade do concurso (2 anos + 2 anos = 4 anos). Em outras palavras, chance nica! =)

    A remunerao dos cargos, conforme dispe a Lei n. 11.416/2006,

    composta de:

    1. Vencimento, escalonado em 13 nveis; 2. Gratificao de Atividade Judiciria (GAJ), que representa 62% do vencimento para o ano de 2013, 75,2% do vencimento para o ano de 2014 e 90% do vencimento para o ano de 2015;

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    3. Adicional de Qualificao (AQ), que pode chegar a 15,5% do vencimento, no caso de o servidor possuir ps-graduao em nvel de doutorado e uma certa quantidade treinamentos realizados (considero o AQ um excelente incentivo, que infelizmente, no ocorre no Poder Executivo); 4. Adicional de Atividade Externa (GAE), no valor de 35% sobre o vencimento pago, exclusivamente para o OJAF; 5. Auxlio Alimentao de aproximadamente R$ 770,00, e; 6. Auxlio Sade de aproximadamente R$ 150,00.

    Com base no exposto nos tpicos anteriores, e no reajuste de 5%

    sobre o vencimento a ser concedido nos anos de 2014 e 2015, temos as seguintes remuneraes para os cargos de AJAJ, de OJAF e de TJAA:

    Analista Judicirio rea Judiciria (AJAJ)

    Ano Inicial (sem AQ) Final (sem AQ)

    Inicial (AQ - 15,5%) Final (AQ - 15,5%)

    2014 9.400,00 13.700,00 10.200,00 14.900,00

    2015 10.600,00 15.500,00 11.400,00 16.700,00

    Oficial de Justia Avaliador Federal (OJAF)

    Ano Inicial (sem AQ) Final (sem AQ)

    Inicial (AQ - 15,5%) Final (AQ - 15,5%)

    2014 11.100,00 16.300,00 11.900,00 17.500,00

    2015 12.400,00 18.200,00 13.200,00 19.400,00

    Temos que admitir, uma carreira para l de atraente. Inclusive,

    tenho muitos colegas que abriram mo de ingressar em cargos de carreira fiscal para ingressar para o cargo de AJAJ (ou OJAF) em algum Tribunal Federal (TRF, TRT e TRE) ou no Ministrio Pblico da Unio. Alm de todas as vantagens j citadas, os Tribunais ainda apresentam duas grandes vantagens: as famosas Funes Comissionadas (FC), que podem acrescer em at R$ 3.000,00 a remunerao mensal e o fator lotao, uma vez que a maioria das vagas so para cidades relativamente boas, ao contrrio do que acontece em muitos concursos fiscais, como os de AFRFB, de ATRFB, geralmente em regies de fronteira. =)

    No caso especfico do TRT-2, considero um dos melhores Tribunais

    Federais do pas, em relao as lotaes iniciais, uma vez que a jurisdio deste Tribunal engloba a Grande So Paulo e boa parte da Baixada Santista. Para ser ter uma ideia, entre as cidades previstas, esto as seguintes: So Paulo, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Suzano, Osasco,

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    Barueri, Santo Andr, So Bernardo do Campo, So Caetano do Sul, Diadema, Santos, Guaruj e Praia Grande. =)

    Por sua vez, o edital trouxe entre os conhecimentos especficos a

    disciplina Direito Previdencirio, cobrando de forma extensa os assuntos previdencirios, inclusive cobrando temas no to corriqueiros em provas de concurso, como a Lei Orgnica da Sade e as Reformas Constitucionais da Previdncia Social. De qualquer forma, nosso curso est sendo formatado para cobrir com tranquilidade qualquer cobrana que venha a ocorrer nesse certame. =)

    Quanto a nossa metodologia, devo informar de prontido que

    trabalharemos com questes da banca do concurso (FCC), com questes de outras bancas consagradas (ESAF e CESPE) e de outras nem to consagradas (as menos famosas). Por sua vez, como muitos professores fazem, sempre abro as questes para serem analisadas de forma individual (item por item), no estilo CESPE (Certo ou Errada), pois considero essa a melhor metodologia para fixao dos assuntos repassados. =)

    Por fim, ressalto que o objetivo deste curso fazer com que voc,

    caro concurseiro, realize uma excelente prova de Direito Previdencirio no concurso de AJAJ ou, de OJAF do TRT-2 (SP). Esse material est sendo elaborado para ser o seu NICO MATERIAL DE ESTUDOS! Pois eu sei o quo estressante e pouco eficiente ter que estudar mais de um material por disciplina, afinal j fui um concurseiro. =) Edital x Cronograma das Aulas.

    O edital publicado conta com os seguintes assuntos a serem abordados nas provas:

    Direito Previdencirio (AJA e OJAF): 1. Seguridade: Natureza, Fontes e Princpios. 2. Eficcia e Interpretao das Normas de Seguridade. 3. Seguridade na Constituio Federal: Sade, Previdncia Social e Assistncia Social. 4. Objetivos. 5. Financiamento.

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    6. Oramento. 7. Competncias Privativa, Comum e Concorrente para Legislar sobre Seguridade Social. 8. Sade: Aes e Servios Pblicos, Diretrizes, Custeio, Aplicao de Recursos Mnimos, o Sistema nico de Sade (SUS) e suas Atribuies. 9. Previdncia Social: Conceito; Riscos; Formas de Proteo; Segurana Social, Repartio e Capitalizao. 10. Princpios. 11. Regime Geral (RGPS). 12. Cobertura: Requisitos e Critrios. 13. Aposentadoria: Condies. Lei n. 8.212/1991 e Lei n. 8.213/1991. 14. Relao Jurdica Previdenciria: Filiao; Inscrio; Sujeitos; Beneficirios; Segurados; Dependentes; Ordem de Vocao; Prova da Condio. 15. Benefcios em Espcie: Aposentadoria; Penso; Auxlio Doena; Auxlio Recluso. 16. Assistncia Social: Objetivos; Custeio; Diretrizes; Vinculao de Receita. 17. Regime Prprio de Previdncia dos Servidores Pblicos. 18. Contagem Recproca. 19. Compensao entre os Regimes: Lei n. 9.717/1998. 20. Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaes e Penses dos Militares e Servidores Pblicos Civis: Emenda Constitucional n. 20/1998, Emenda Constitucional n. 41/2003 e Emenda Constitucional n. 47/2005; Regras de Transio e Direito Intertemporal. Lei n. 10.887/2004.

    Assim, o cronograma do curso ser o seguinte:

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    Aula 00 Aula Demonstrativa. 15/12/2013

    Aula 01

    Tema: Seguridade Social e Legislao Previdenciria. Assuntos Abordados: Seguridade: Natureza, Fontes e Princpios. Seguridade na Constituio Federal: Sade, Previdncia Social e Assistncia Social. Objetivos. Financiamento. Oramento. Eficcia e Interpretao das Normas de Seguridade. Competncias Privativa, Comum e Concorrente para Legislar sobre Seguridade Social.

    15/12/2013

    Aula 02

    Tema: Previdncia Social. Assuntos Abordados: Relao Jurdica Previdenciria: Beneficirios. Segurados. Dependentes. Ordem de Vocao. Prova da Condio. Previdncia Social: Conceito; Riscos; Formas de Proteo; Segurana Social, Repartio e Capitalizao. Princpios. Regime geral (RGPS).

    15/12/2013

    Aula 03

    Tema: Filiao, Inscrio. Assuntos Abordados: Relao Jurdica Previdenciria: Filiao; Inscrio; Sujeitos.

    25/12/2013

    Aula 04

    Tema: Espcies de Benefcios e Prestaes. Assuntos Abordados: Cobertura: Requisitos e Critrios. Aposentadoria: Condies. Lei n. 8.212/1991 e Lei n. 8.213/1991. Benefcios em Espcie: Aposentadoria; Penso; Auxlio Doena; Auxlio Recluso. Contagem Recproca.

    04/01/2014

    Aula 05

    Tema: Legislao do SUS. Assuntos Abordados: Sade: Aes e Servios Pblicos, Diretrizes, Custeio, Aplicao de Recursos Mnimos, o Sistema nico de Sade (SUS) e suas Atribuies.

    14/01/2014

    Aula 06

    Tema: Assistncia Social. Assuntos Abordados: Assistncia Social: Objetivos; Custeio; Diretrizes; Vinculao de Receita.

    24/01/2014

    Aula 07

    Tema: Regime Prprio de Previdncia dos Servidores Pblicos. Assuntos Abordados: Seguridade Social do Servidor Pblico: Noes Gerais, Benefcios (Lei n. 8.112/1990) e Custeio (Lei n. 10.887/2004).

    03/02/2014

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    Aula 08

    Tema: Reformas Constitucionais da Previdncia Social e Outros Temas. Assuntos Abordados: Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativaes e Penses dos Militares e Servidores Pblicos Civis: Emenda Constitucional n. 20/1998, Emenda Constitucional n. 41/2003 e Emenda Constitucional n. 47/2005; Regras de Transio e Direito Intertemporal. Lei n. 9.717/1998. Lei n. 10.887/2004.

    13/02/2014

    AULA DEMONSTRATIVA.

    Prezado aluno, essa Aula Demonstrativa apresentar apenas

    algumas pginas da Aula 01, e tratar do Tema Seguridade Social. Por sua vez, a Aula 01 contar com aproximadamente 130

    pginas de contedo e trar aproximadamente 100 questes comentadas ao final.

    Por fim, tudo que for apresentado nessa aula ser repetido

    na Aula 01. =) 01. Direito Previdencirio Conceito.

    Direito Previdencirio o ramo do direito pblico que estuda a organizao e o funcionamento da Seguridade Social. Especificamente, no Brasil, a Seguridade Social tratada na Constituio Federal de 1988 em captulo prprio, entre os artigos 194 e 204, o que demonstra grande preocupao do constituinte originrio quanto previdncia social, a assistncia social e a sade. 02. Origem e Evoluo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil.

    Ao iniciar o estudo da origem da Seguridade Social, inevitvel o conhecimento da expresso Proteo Social, que assim definida pela maioria dos doutrinadores previdencirios ptrios e por este professor:

    A Proteo Social a garantia de incluso a todos os cidados que se encontram em situao de vulnerabilidade ou em situao de risco. Essa proteo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade, ao longo do tempo, para atender aos infortnios da vida, como doena, idade avanada, acidente, recluso, maternidade entre outros, que impeam a pessoa de obter seu sustento.

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    Nos primrdios da sociedade at meados do sculo XIX, a Proteo Social era ofertada ao desabastado por sua prpria famlia. Por exemplo, um homem com 75 anos de idade que no apresentasse mais condies fsicas para o trabalho, teria seu sustento provido diretamente por sua famlia (filhos e netos, provavelmente), pelo resto da vida que lhe restasse. Outro mecanismo protetivo rudimentar a assistncia voluntria, quando pessoas estranhas famlia auxiliam os necessitados, como no caso das casas de assistncia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas. Apesar de antigas, as protees da famlia e da assistncia voluntria esto presentes at os dias de hoje.

    Do exposto, podemos perceber que at meados do sculo XIX,

    praticamente no existia nenhuma participao estatal no auxlio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que lhes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento. Mas esse cenrio liberal, onde no existia a participao do Estado, comeou a mudar no final do sculo XIX (entre 1880 e 1900), quando em vrias partes do mundo os governos comearam a elaborar normas protetivas aos trabalhadores. Essa proteo se deu, a princpio, de forma muito tmida e com pouca extenso de trabalhadores abarcados. Todavia, a proteo social estatal foi evoluindo com o passar das dcadas em todo o mundo, ressaltando que essa evoluo foi impulsionada, entre outros fatores, pela Revoluo Industrial iniciada no sculo XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no sculo seguinte. A Proteo Social em seu contexto histrico apresenta basicamente trs grandes fases:

    Fase Inicial (At 1920) Surgimento dos primeiros regimes de proteo social (ou previdncia). Fase Intermediria (Entre 1920 e 1945) Expanso da previdncia por vrias naes ao redor do mundo. Fase Contempornea (De 1945 at os dias atuais) Expanso das pessoas abarcadas pelos regimes previdencirios.

    Desde o seu incio at os dias atuais, possvel ver claramente a

    assuno da proteo social por parte do Estado, que at ento apresentava um posicionamento liberal. Essa evoluo do liberalismo para o Welfare State (Estado do bem-estar social) iniciou-se nas primeiras dcadas do sculo XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual, desde a ausncia do Estado na proteo social at a sua participao plena como ns conhecemos hoje, inclusive em nosso pas.

    Na Histria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes

    da Proteo Social:

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    1601 Poor Relief Act (Leis dos Pobres): Primeira manifestao estatal quanto proteo social. Era um mecanismo, presente na Inglaterra, de proteo social s pessoas carentes e necessitadas. No era um mecanismo previdencirio, mas sim um mecanismo assistencial. Foi o marco inicial da Assistncia Social no mundo. 1883 Lei de Bismark: o surgimento da Previdncia Social no mundo. O Chanceler alemo Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria institudo um seguro doena em favor dos trabalhadores industriais. Esse seguro seria patrocinado pelo prprio trabalhador e por seu empregador, que deveriam contribuir para o Estado. Por sua vez, este manteria um sistema protetivo em relao a esses trabalhadores. A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situaes de proteo como os acidentes do trabalho e os benefcios em decorrncia de invalidez. O sistema previdencirio de Bismark muito parecido com o adotado atualmente pelos pases, inclusive pelo Brasil. 1917 Constituio do Mxico: Foi a primeira constituio do mundo a adotar a expresso Previdncia Social. Isso um claro reflexo da evoluo do Estado Liberal para o Estado Social (Welfare State). 1919 Constituio de Weimar: Constituio que vigeu na curta repblica de Weimar da Alemanha (1919 1933). A Alemanha, como bero da Previdncia Social, seguiu os passos da Constituio do Mxico e abarcou o tema em seu texto constitucional. 1935 Social Security Act: Institui nos Estados Unidos o sistema previdencirio nacional, com uma grande margem de atuao. uma evoluo do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco dcadas antes. 1942 Plano Beveridge (Inglaterra): Foi a reformulao completa do sistema previdencirio britnico. Como se falava na poca, os britnicos estariam protegidos do bero ao tmulo. Em suma, qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla proteo social estatal. Foi o ponto alto do Welfare State (Estado Social). Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje, como algo mais abrangente que Previdncia Social e Assistncia Social.

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    Fique tranquilo, pois em tpico futuro voc ver exatamente o que Seguridade, Previdncia, Assistncia e Sade. Posso lhe adiantar que um conceito bem fcil e tranquilo. No esquente com isso agora! =)

    No Brasil, a evoluo previdenciria se deu de forma anloga mundial: um lento processo de transformao de Estado Liberal para Estado Social. At 1923, apenas alguns servidores pblicos possuam a proteo social estatal, e no existia uma proteo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada. Devo ressaltar que em 1919, o Decreto-Legislativo n. 3.724 criou o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), mas esse benefcio era privado, sendo pago pelo empregador ao trabalhador acidentado, sem participao do Estado.

    Finalmente, em 24/01/1923, surge o marco inicial da Previdncia

    Social no Brasil: A Lei Eloy Chaves (LEC). O ento Deputado Federal por So Paulo, Eloy Marcondes de Miranda Chaves, a pedidos dos trabalhadores ferrovirios estaduais, redigiu o Decreto Legislativo n. 4.682, que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Penso (CAP). Esse ato normativo foi inspirado em um projeto de lei argentino, com as devidas adaptaes realidade nacional da poca, que dispunha sobre a criao das CAP. A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua prpria CAP em favor de seus trabalhadores. Alm disso, deveria prever quais benefcios seriam concedidos e quais seriam as contribuies da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP. Como podemos perceber, a previdncia nasceu no Brasil sem a participao do Estado, pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados.

    Aps a publicao da LEC, inmeras categorias profissionais

    iniciaram movimentos individuais para terem direito a uma CAP em suas empresas, pois todo trabalhador sabia o quo difcil era chegar terceira idade naquela poca. Nos anos seguintes, a LEC foi expandida para outras categorias, sendo as primeiras: porturios, trabalhadores dos servios telegrficos e do rdio. O Brasil chegou a ter 200 CAP em funcionamento, o que gerou motivao para uma reforma previdenciria, por basicamente dois motivos:

    1. CAP pequenas so inviveis: Imagine uma CAP com apenas 3 pessoas. Se 2 ficarem doentes, 67% da fonte de custeio deixa de existir e a CAP entra em colapso. Se a outra pessoa morre, no existe mais custeio! Entende-se que um sistema previdencirio estvel se monta com um montante mnimo de 1.000 trabalhadores. Nos dias atuais, a maioria das empresas no conta nem com metade desse montante, imagine na dcada de 20 e de 30.

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    2. Mudana de emprego: Antigamente as pessoas iniciavam as suas atividades em uma determinada empresa e nela permanecia at a aposentadoria. Isso bem observado em filmes norte-americanos que retratam a vida cotidiana no incio do sculo XIX. Hoje em dia normal e comum pessoas trocarem de empresas ao longo da vida laboral. Voc deve se questionar se na poca da LEC no existia a troca de empregos? Sim, existia! E era uma tormenta para o trabalhador, pois como se daria a transio de uma CAP para outra, em relao s parcelas por ele j pagas? Dificilmente o trabalhador teria a manuteno de seus direitos protetivos. J na Era Vargas (1930 em diante), em decorrncia dos motivos

    supracitados, o governo unificou as CAP em Institutos de Aposentadoria e Penso (IAP), que no seriam organizadas por empresas, mas sim pela Categoria Profissional. Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinados ao recm-criado Ministrio do Trabalho (1930). Essa unificao foi lenta e durou quase trs dcadas, sendo o IAP dos Martimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferrovirios (1960) o ltimo. A criao dos IAP resolveu o problema das CAP pequenas e inviveis, mas no resolveu o problema do trabalhador que desejaria trocar de categoria profissional, de ferrovirio para bancrio, por exemplo. Alm desse transtorno, devo ressaltar que cada IAP tinha a sua prpria lei, com regras diferenciadas. Estudar Direito Previdencirio no final da dcada de 50 no era uma tarefa das mais agradveis (RS!). Para ser ter uma ideia, em 1960, o Brasil contava com os seguintes IAP:

    IAP dos Martimos (1933); IAP dos Comercirios (1934); IAP dos Bancrios (1934); IAP dos Industririos (1936); IAP dos Servidores do Estado (1938); IAP dos Empregados em Transportes e Cargas ou em Estiva (1945); IAP dos Ferrovirios (1960).

    Entre 1930 e 1960, alm da criao dos IAP, tivemos trs

    constituies federais vigentes, e sobre elas, acho importante saber:

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    CF/1934: Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que o custeio da previdncia ocorreria de forma trplice, com contribuio dos empregadores, dos trabalhadores e do Estado. Apesar da participao do Estado no custeio, essa constituio adotou o termo Previdncia sem o adjetivo Social. CF/1937: No traz nenhuma novidade, mas adota o termo Seguro Social como sinnimo de Previdncia Social, que sob a gide da Constituio atual um erro. Como j disse, fique calmo, sem ansiedade, voc conhecer esses termos nos prximos tpicos. =) CF/1946: Foi a primeira Constituio a adotar o termo Previdncia Social de forma expressa em substituio a expresso Seguridade Social. No traz nenhuma novidade relevante.

    Em 1960, a Lei n. 3.807 unificou toda a legislao securitria (7

    IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Orgnica da Previdncia Social (LOPS). Os IAP continuaram existindo, mas a legislao foi unificada, o que foi um grande avano para os trabalhadores, alm da simplificao no entendimento da legislao. Em 1965, foi includo um dispositivo na CF/1946 no qual se proibia a prestao de benefcio sem a correspondente fonte de custeio. O legislador deu um passo a mais na evoluo do sistema previdencirio ptrio. Finalmente, em 1966, foi publicado o Decreto-Lei n. 72 que unificava os IAP, criando o INPS (Instituto Nacional da Previdncia Social), rgo pblico de natureza autrquica. Um ano depois, em 1967, com o advento da Lei n. 5.316, o governo integrou o SAT (Seguro de Acidente do Trabalho) Previdncia Social e, finalmente, esse benefcio deixou de ser uma prestao privada para se tornar um benefcio pblico. A partir de 1967, tanto os benefcios comuns quanto os acidentrios ficaram abarcados pelo INPS, que passou a ser o rgo responsvel pela concesso dos mesmos.

    Dez anos depois, em 1977, com o advento da Lei n. 6.439, o

    governo criou o SINPAS (Sistema Nacional de Previdncia e Assistncia Social), surgindo com ele duas novas autarquias: INAMPS e IAPAS. Houve, portanto, a unificao dessas duas novas entidades s outras cinco j existentes, ou seja, o SINPAS passou a agregar 7 entidades no total, a saber:

    INPS (Instituto Nacional de Previdncia Social). INAMPS (Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social). LBA (Fundao Legio Brasileira de Assistncia).

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    FUNABEM (Fundao Nacional do Bem-Estar do Menor). DATAPREV (Empresa de Processamento de Dados da Previdncia Social). IAPAS (Instituto de Administrao Financeira da Previdncia e Assistncia Social). CEME (Central de Medicamentos).

    O SINPAS era uma estrutura abrangente e ambiciosa, mas pouco

    funcional. Esse sistema perdurou por mais de dez anos, sendo extinto apenas sob a gide da atual Constituio.

    Aps um longo perodo de militarismo e censura pblica, finalmente

    foi promulgada a CF/1988, conhecida tambm por Constituio Cidad. Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e garantias fundamentais previstas em seu texto. Aps um longo perodo sofrendo nas mos dos militares, os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e protees possveis aos cidados brasileiros. Finalmente a CF/1988, em seu Art.194, traz a atual definio de Seguridade Social, como podemos observar:

    A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos Sade, Previdncia e Assistncia Social.

    Nesse momento nasceu o conceito de Seguridade Social que

    compreende as trs reas: Previdncia, Assistncia e Sade. Agora voc sabe o conceito! Simples, no ?!

    Em 1990, aps as definies de Seguridade, Previdncia, Assistncia e Sade trazidas pela nova Constituio, o governo federal realizou uma grande e definitiva alterao no sistema previdencirio: extinguiu-se o SINPAS, bem como o INAMPS, a LBA, a FUNABEM, e a CEME. Por sua vez, com o advento da Lei n. 8.029/1990 foi criado o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) atravs da fuso do INPS com o IAPAS. Com a extino do INAMPS, foi institudo o SUS (Sistema nico de Sade), ou seja, atualmente no existe nenhuma autarquia cuidando da sade. Dessa forma, a Assistncia Social e a Sade tm suas aes coordenadas diretamente pelos seus respectivos ministrios. Devo ressaltar que a DATAPREV continua em funcionamento, e atualmente uma empresa pblica ligada ao Ministrio da Previdncia Social. Em suma, aps a Lei

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    n.8.029/1990 e todas as alteraes estruturais ocorridas at 2012, o sistema securitrio brasileiro ficou da seguinte maneira:

    INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) Prestao de benefcios previdencirios aos segurados. MDS (Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome) Coordenao de aes na rea de Assistncia Social. MS (Ministrio da Sade) Coordenao de aes na rea de Sade, entre elas o SUS. DATAPREV (Empresa de Tecnologia e Informaes da Previdncia Social) empresa responsvel pelo suporte de TI (Tecnologia da Informao) no mbito do Ministrio da Previdncia Social.

    No ano seguinte, em 1991, foram publicados os diplomas bsicos da

    Seguridade Social: a Lei n. 8.212 (PCSS Plano de Custeio da Seguridade Social) e a Lei n. 8.213 (PBPS Plano de Benefcios da Previdncia Social). As leis tratam das duas reas bsicas existentes no Direito Previdencirio: Parte de Custeio e Parte de Benefcios. Os dois diplomas supracitados substituem a antiga Lei Orgnica da Previdncia Social (LOPS - Lei n. 3.807/1960).

    No final da dcada de 90, especificamente em 1999, editado e

    publicado pelo presidente da Repblica o Regulamento da Previdncia Social (RPS/1999), atravs do Decreto n. 3.048, que regulamenta os dispositivos presentes no PCSS e PBPS, compilando ambos em um nico documento, com maior detalhamento e com as atualizaes subsequentes.

    De 2000 at os dias de hoje, a estrutura previdenciria brasileira

    praticamente no sofreu modificaes. No entanto, a legislao previdenciria sofreu algumas alteraes pontuais nesses ltimos 12 anos. O ponto de destaque da ltima dcada ocorreu entre 2005 e 2007: em 2005, a Lei n. 11.098 criou a SRP (Secretaria da Receita Previdenciria), transferindo toda a parte de fiscalizao e controle das contribuies sociais do INSS para a SRP. Nesse momento o INSS deixou de cuidar da parte de Custeio para tratar exclusivamente da parte de Benefcios. Mas a vida da SRP foi muito curta, pois no incio de 2007, exatamente no dia 16/03/2007, foi publicada a Lei n. 11.457, na qual foi extinta a SRP, sendo todas as suas atribuies repassadas para a ento SRF (Secretaria da Receita Federal), que a partir daquele momento passou a ser denominada Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Por

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    acumular atribuies das extintas SRP e SRF, virou um rgo com muitos poderes e muitas atribuies, o que gerou o apelido pela mdia, de Super Receita. Em suma, nos dias atuais, temos a seguinte diviso previdenciria institucional:

    RFB (Receita Federal do Brasil) Controle, Arrecadao e Fiscalizao de todas as contribuies sociais devidas Previdncia Social. Parte de Custeio. INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) Controle e concesso dos benefcios previdencirios. Parte de Benefcios.

    (...)

    04. Seguridade Social.

    Sem dvida, para as bancas de concursos pblicos, a melhor definio de Seguridade Social aquela presente na CF/1988, Art. 194:

    A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social.

    Partindo da redao do artigo, podemos entender que a Seguridade

    Social exercida pelo Poder Pblico e pela Sociedade. A princpio, muitos podem pensar de forma errnea, que a Seguridade um dever exclusivo do Estado. O Estado deve agir sim! Deve proporcional sade, assistncia e previdncia sua populao, mas a sociedade deve conjuntamente, participar dessas aes sob forma de contribuio, ou seja, custeando as aes implementadas no mbito da Seguridade. Portanto, a Seguridade Social esse conjunto integrado de aes pblicas (Estado) e privadas (Sociedade).

    Um segundo aspecto a ser extrado do artigo, que a Seguridade Social se desmembra em trs reas: Sade, Previdncia e Assistncia Social. De forma esquemtica:

    Seguridade Social = Previdncia + Assistncia Social + Sade

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    Em resumo, ter Seguridade Social = ter PAS (com s mesmo). =) A organizao da Seguridade Social dever do Estado, nos termos

    da lei, especificamente a Lei n. 8.212/1991, e deve obedecer aos seguintes Princpios Constitucionais: 1. Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA):

    Esse princpio garante dois aspectos da Seguridade Social:

    universalidade da cobertura e universalidade do atendimento. A universalidade da cobertura demonstra que a Seguridade Social

    tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de proteo social da sociedade em geral, como a velhice, a maternidade, casos de doena, invalidez e morte.

    J a universalidade do atendimento demonstra que a Seguridade

    Social tem como objetivo atender todas as pessoas, pelo menos em regra. Deve-se ressalvar que a Sade direito de todos, a Previdncia direito apenas das pessoas que contriburam por meio das contribuies sociais, e a Assistncia Social direito de quem dela necessitar, independentemente de contribuio Seguridade Social. Fique tranquilo, iremos aprofundar esses conceitos em momento oportuno. =) 2. Uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais (UEBS):

    Esse princpio segue o alinhamento do Direito do Trabalho, presente

    na CF/1988, e prev que no deve haver diferena entre trabalhadores urbanos e rurais. A prestao do benefcio ou do servio ao segurado deve ser o mesmo, independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade.

    O benefcio de aposentadoria, por exemplo, no pode ser de valor

    inferior aos trabalhadores rurais, bem como o atendimento mdico posto disposio do mesmo, de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos.

    Numa interpretao mais ampla, constata-se que o princpio da

    Uniformidade e equivalncia dos benefcios tem inspirao no princpio constitucional da igualdade (todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza CF/1988, Art. 5., caput).

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    3. Seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios (SDBS):

    Esse princpio traz conceitos do glorioso Direito Tributrio, a saber:

    Seletividade e Distributividade. A prestao de benefcios e servios sociedade no pode ser infinita. Convenhamos, por mais que o governo fiscalize e arrecade as contribuies sociais, nunca haver oramento suficiente para atender toda a sociedade.

    Diante dessa constatao, deve-se lanar mo da Seletividade, que

    nada mais do que fornecer benefcios e servios em razo das condies de cada um, fazendo de certa forma uma seleo de quem ser beneficiado. Como exemplos claros, temos o Salrio Famlia, que devido apenas aos segurados de baixa renda. No adianta ter 7 filhos e uma remunerao de R$ 30.000,00 por ms. Para receber Salrio Famlia, necessrio comprovar que voc um segurado de baixa renda. Isso Seletividade. O mesmo vale para o Auxlio Recluso.

    E Distributividade? uma consequncia da Seletividade, pois ao se

    selecionar os mais necessitados para receberem os benefcios da Seguridade Social, automaticamente estar ocorrendo uma redistribuio de renda aos mais pobres. Isso distributividade.

    Por fim, considero importante citar a seguinte passagem do ilustre

    autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdencirio Sistematizado, Editora JusPodivm, 4. Edio, 2013):

    A seletividade dever lastrear a escolha feita pelo legislador dos benefcios e servios integrantes da seguridade social, bem como os requisitos para a sua concesso, conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos oramentrios, de acordo com o interesse pblico.

    4. Irredutibilidade do valor dos benefcios (IRRVB):

    Quando foi escrito esse princpio constitucional, no longnquo ano de

    1988, o Brasil passava por uma dcada conturbada, sendo que o principal problema da poca era a inflao galopante dos preos. Um litro de leite custava 1.200,00 unidades monetrias no ms de janeiro, j no ms seguinte, 2.000,00 unidades monetrias. O constituinte originrio no teve dvidas, e decidiu proteger os usurios da Seguridade Social contra a desvalorizao do benefcio.

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    Atualmente, a irredutibilidade do valor dos benefcios garantida por meio de reajuste anual, geralmente em valor igual ou superior ao da inflao do mesmo perodo. Imagine o absurdo de um benefcio de aposentadoria nunca ser reajustado? No primeiro ano, o benefcio seria razovel, compatvel com as necessidades do aposentado. No segundo ano, iria apertar um pouco o cinto. No quinto ano o aposentado j estaria mendigando no semforo. E se esse aposentado vivesse at prximo aos 90 anos? No gosto nem de imaginar.

    Quanto a esse princpio constitucional bom frisar que o mesmo

    apresenta duas vertentes a serem observadas:

    Aos benefcios da Seguridade Social (Sade e Assistncia) esto garantidos a preservao do valor nominal, que aquele definido na concesso de determinado benefcio e nunca reajustado, mantendo sempre o mesmo valor de face, e;

    Aos benefcios da Previdncia Social esto garantidos a

    preservao do valor real, que aquele que tem o seu valor definido na concesso do benefcio, mas reajustado anualmente (em regra), para manter o seu poder de compra atualizado.

    Observe que apenas os benefcios da Previdncia Social so

    assegurados a preservao do valor real (poder de compra). Em suma, com o passar do tempo, os benefcios no podero perder o seu poder de compra. Imagine que um aposentado receba R$ 1.100,00 em 2012, e que esse benefcio tenha um poder de compra de 1 cesta bsica. Passado um ano, o benefcio reajustado para R$ 1.110,00, mas o seu poder de compra cai para o equivalente a 0,85 cesta bsica. Nesse caso no houve a preservao do valor real do benefcio.

    O Art. 201, 4. da CF/1988 apenas uma aplicao do princpio

    da irredutibilidade:

    assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, conforme critrios definidos em lei.

    Por fim, devo ressaltar que antigamente o STF defendia que o

    princpio da irredutibilidade preservava apenas o valor nominal dos benefcios, enquanto que a maioria dos autores ptrios defendia que tal princpio defendia o valor real dos benefcios. Atualmente no resta dvida quanto ao posicionamento do STF:

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    "Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no art. 201, 4, da Constituio do Brasil, assegura a reviso dos benefcios previdencirios conforme critrios definidos em lei, ou seja, compete ao legislador ordinrio definir as diretrizes para conservao do VALOR REAL do benefcio. Precedentes." (AI 668.444-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 13-11-2007, Segunda Turma, DJ de 7-12-2007.) No mesmo sentido: AI 689.077-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009.

    5. Equidade na forma de participao no custeio (EFPC):

    A Seguridade Social financiada pelas contribuies sociais, isso fato, mas como realizada essa arrecadao? De cara, devemos ter o cuidado de no confundir equidade com igualdade. Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial contributivo devem contribuir de forma semelhante, enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores. Estamos diante, novamente, de outro princpio do Direito Tributrio, o Princpio da Capacidade Contributiva.

    A Lei n. 8.212/1991, que alm de dispor sobre a organizao da Seguridade Social, institui o Plano de Custeio da prpria Seguridade Social, e traz diversas formas de participao no custeio! O empregado e o empregado domstico, por exemplo, contribuem com 8%, 9% ou 11% sobre as suas respectivas remuneraes, sendo que o valor mximo de remunerao o teto do RGPS (Regime Geral da Previdncia Social), atualmente no valor de R$ 4.159,00. J as empresas, por exemplo, contribuem com 20% sobre a folha de pagamento, sem respeito a teto nenhum. Como se percebe, a empresa tem um nus muito maior que um empregado, isso equidade: quem pode mais, paga mais! 6. Diversidade da base de financiamento (DBF):

    A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais

    ampla e variada possvel. A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas, o lucro das empresas, a remunerao dos empregados, os valores declarados pelos contribuintes facultativos, entre outras fontes de arrecadao. Essa diversidade necessria para que em caso de crise econmica em qualquer dos setores, que essa no venha a prejudicar a arrecadao das contribuies, e por consequncia, comprometer a prestao dos benefcios populao.

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    A manuteno da Seguridade Social to importante, que a prpria CF/1988 admite uma ampliao da base de financiamento, conforme podemos extrair da primeira parte do Art. 195, 4.:

    A lei poder instituir outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social.

    7. Carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados (DDQ):

    Esse princpio visa participao da sociedade, em geral, na gesto da Seguridade Social. A gesto da Seguridade democrtica (participa quem tem interesse), descentralizada (pessoas de vrios setores diferentes podem participar) e quadripartite. E o que isso significa? Quer dizer que obrigatria a participao de 4 classes, sendo, trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo, nas instncias gestoras da Seguridade Social, que so: CNPS (Conselho Nacional da Previdncia Social) e CRPS (Conselho de Recursos da Previdncia Social).

    Resumindo tudo isso num quadrinho para voc no esquecer:

    Princpios Constitucionais da Seguridade Social

    1 UCA Universalidade da Cobertura e do Atendimento

    2 UEBS Uniformidade e Equivalncia dos Benefcios e Servios s populaes urbanas e rurais

    3 SDBS Seletividade e Distributividade na prestao dos Benefcios e Servios.

    4 IRRVB Irredutibilidade do Valor dos Benefcios.

    5 EFPC Equidade na Forma de Participao no Custeio.

    6 DBF Diversidade da Base de Financiamento.

    7 DDQ

    Carter Democrtico e Descentralizado da administrao, mediante gesto Quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados.

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    O mais importante aqui, alm de internalizar os conceitos que

    representam esses princpios, realmente DECOR-LOS ou MEMORIZ-LOS (chame como quiser!), pois as bancas adoram mistur-los. Quer um exemplo? Em vez de trazer o princpio da Universalidade da cobertura e do atendimento e Uniformidade e equivalncia dos benefcios, invertem-se os conceitos reescrevendo-os...

    Uniformidade da cobertura e do atendimento.

    Universalidade de equivalncia dos benefcios; ... o que muitas vezes passa despercebido pelo candidato que

    precisa resolver a prova dentro do tempo determinado. Ento, muito cuidado! O que parece simples pode ser na verdade uma pegadinha de mau gosto!

    (...)

    12. Questes Comentadas. 01. (Defensor Pblico/DPU/CESPE/2010): A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n. 4.682/1923), considerada o marco da Previdncia Social no Brasil, criou as caixas de aposentadoria e penses das empresas de estradas de ferro, sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado.

    A LEC (Lei Eloy Chaves) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua prpria CAP em favor de seus trabalhadores, alm de prever quais benefcios seriam concedidos e quais seriam as contribuies da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP. Como podemos perceber, a previdncia nasce no Brasil sem a participao do Estado, pois as CAP so patrocinadas pela empresa e pelos empregados. Errado.

    02. (Procurador/TCE-BA/CESPE/2010): Na evoluo da previdncia social brasileira, o modelo dos institutos de aposentadoria e penso, que abrangiam determinadas categorias profissionais, foi posteriormente substitudo pelo modelo das caixas de aposentadoria e penso, que eram criadas na estrutura de cada empresa.

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    Foi exatamente o contrrio: As CAP (Caixa de Aposentadoria e

    Penso) foram substitudas pelos IAP (Instituto de Aposentadoria e Penso). Na dcada de 30, o governo unificou as CAP em IAP (Institutos de Aposentadoria e Penso), que no seriam organizadas por empresas, mas sim por Categoria Profissional. Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao recm-criado Ministrio do Trabalho (1930). Essa unificao foi lenta e durou quase trs dcadas, sendo o IAP dos Martimos o primeiro a ser criado (1933) e o IAP dos Ferrovirios (1960), o ltimo. Errado.

    03. (Procurador Municipal/PGM-Aracaju/CESPE/2008): A positivao do modelo de seguridade social na ordem jurdica nacional ocorreu a partir da Constituio de 1937, seguindo o modelo do bem-estar social, em voga na Europa naquele momento. No caso brasileiro, as reas representativas dessa forma de atuao so sade, assistncia e previdncia social.

    A CF/1937 no trouxe o modelo de seguridade social ordem jurdica nacional. A propsito, a Polaca no trouxe nenhuma novidade securitria, apenas o fato de adotar o termo Seguro Social como sinnimo de Previdncia Social. Cinco dcadas depois, em 1988, a Constituio Cidad finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento jurdico, definindo-a como um conjunto de aes nas reas de Previdncia, Assistncia e Sade. Errado.

    04. (Defensor Pblico/DPE-AM/IC/2011): A constituio do sistema de proteo social no Brasil, a exemplo do que ocorreu na Europa, deu-se em razo de longo e vagaroso processo de superao dos postulados do liberalismo clssico, passando o sistema da total ausncia de regulao estatal para uma interveno cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de proteo previdenciria.

    No Brasil, a evoluo previdenciria se deu de forma anloga a mundial: um lento processo de transformao de Estado Liberal (sem interveno Estatal) para Estado Social (com total interveno estatal). At 1923, apenas alguns servidores pblicos possuam a proteo social estatal, no existindo uma proteo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada. Aps a criao da

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    LEC (Lei Eloy Chaves marco inicial da Previdncia Social no Brasil), o sistema securitrio brasileiro evoluiu lentamente at o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF/1988. Certo.

    05. (Tcnico do Seguro Social/INSS/FCC/2012): O INSS, autarquia federal, resultou da fuso das seguintes autarquias: IAPAS e INAMPS.

    A Lei n. 8.029/1990 criou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) atravs da fuso do INPS (Instituto Nacional de Previdncia Social) com o IAPAS (Instituto de Administrao Financeira da Previdncia e Assistncia Social). Errado.

    06. (Defensor Pblico/DPE-AM/IC/2011): A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio, ou seja, a contribuio dos trabalhadores, a dos empregadores e a do poder pblico.

    A CF/1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma trplice da fonte de custeio, com contribuies do Empregador, Trabalhador e do Estado. Alm disso, utilizou a expresso Previdncia sem o adjetivo Social. Certo.

    07. (Tcnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2008): A fuso da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciria centralizou em apenas um rgo a arrecadao da maioria dos tributos federais. Contudo, a fiscalizao e a arrecadao das contribuies sociais destinadas aos chamados terceiros SESC, SENAC, SESI, SENAI e outros permanecem a cargo do INSS.

    Desde 2007, com a criao da Receita Federal do Brasil, o INSS no est encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuio social ou outra espcie de tributo. Atualmente, cabe ao INSS apenas a concesso de benefcios previdencirios. Errado.

    08. (Defensor Pblico/DPE-AM/IC/2011):

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    A Carta constitucional de 1937 previa, como forma de atuao do estado, as reas de sade, assistncia e previdncia social, alm de inmeras outras inovaes na rea da seguridade social.

    A CF/1937 no trouxe o modelo de seguridade social ordem jurdica nacional. Foi a CF/1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de aes integradas nas reas de Previdncia, Assistncia e Sade. Errado.

    09. (Defensor Pblico/DPE-AM/IC/2011): entendimento doutrinrio dominante que o marco inicial da previdncia social brasileira foi a publicao do Decreto Legislativo n. 4.682/1923, Lei Eloy Chaves, que criou as Caixas de Aposentadoria e Penses nas empresas de estradas de ferro existentes, sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criao do Instituto da Aposentadoria e Penso.

    A LEC (Lei Eloy Chaves) determinou que fosse criada uma CAP (Caixa de Aposentadoria e Penso) por empresa de estrada de ferro. Na dcada de 30, quando as CAP foram substitudas pelos IAP (Institutos de Aposentadoria e Penso), cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e no pela prpria LEC como afirma a questo. Errado.

    10. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2012): A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras formas, por meio das contribuies para a seguridade social incidentes sobre a folha de salrios.

    A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta, inclusive por meio das contribuies sobre a folhas de salrios. Essa afirmao est clara no Art. 195, inciso I, alnea a:

    Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

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    a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio;

    Cuidado com esses detalhes da literalidade! =)

    Errado.

    11. (Analista de Comrcio Exterior/MDIC/ESAF/2012): Nos termos da atual redao da Constituio, so objetivos estabelecidos para a organizao da seguridade social, entre outros, a seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios.

    As bancas adoram cobrar o nome dos princpios

    constitucionais da Seguridade Social, com o objetivo de enganar voc, mas no caia nesse tipo de armadilha! Lembre-se do nosso quadro:

    Princpios Constitucionais da Seguridade Social

    1 UCA Universalidade da Cobertura e do Atendimento

    2 UEBS Uniformidade e Equivalncia dos Benefcios e Servios s populaes urbanas e rurais

    3 SDBS Seletividade e Distributividade na prestao dos Benefcios e Servios.

    4 IRRVB Irredutibilidade do Valor dos Benefcios.

    5 EFPC Equidade na Forma de Participao no Custeio.

    6 DBF Diversidade da Base de Financiamento.

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    Carter Democrtico e Descentralizado da administrao, mediante gesto Quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados.

    Decore esse quadro! Ele salva vidas na prova! Certo.

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    (...)

    Acabamos aqui a Aula Demonstrativa. Espero que voc tenha gostado e que possamos finalizar juntos esse curso, rumo a sua aprovao para AJAA ou OJAF do TRT-2 (SP). =)

    Fique com Deus. Forte Abrao.

    ALI MOHAMAD JAHA

    [email protected] [email protected] www.facebook.com/amjaha

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