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Reanimação Neonatal 2015 Preview das novas diretrizes da SBP 20 de outubro de 2015 Maria Fernanda B de Almeida & Ruth Guinsburg Membros de ILCOR Delegação Neonatal Coordenação Geral PRN-SBP http://www.sbp.com.br/reanimacao

Preview das novas diretrizes da SBP · A apresentação a seguir contém as principais novidades a serem introduzidas nas diretrizes de reanimação neonatal da SBP. Conforme orientação

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Reanimação Neonatal

2015

Preview das novas

diretrizes da SBP

20 de outubro de 2015

Maria Fernanda B de Almeida & Ruth Guinsburg

Membros de ILCOR – Delegação Neonatal

Coordenação Geral PRN-SBP

http://www.sbp.com.br/reanimacao

A apresentação a seguir contém as principais novidades a serem

introduzidas nas diretrizes de reanimação neonatal da SBP.

Conforme orientação do International Liaison Committee on

Resuscitation (ILCOR), as recomendações publicadas no

Circulation, Resuscitation e Pediatrics em 15/10/2015 servem de

guia para a construção das diretrizes adaptadas para a realidade

de cada nação ou grupo de nações.

No Brasil, o documento científico inicial com as diretrizes

completas para a reanimação neonatal será divulgado na primeira

quinzena de novembro/2015.

A seguir, as condutas atualizadas serão discutidas com o Grupo

Executivo e com os Coordenadores Estaduais do PRN de todo o

país. Ou seja, a versão definitiva das diretrizes completas para a

reanimação ao nascimento será divulgada em dezembro/2015.

O material didático para ensino das novas diretrizes pelos

instrutores do PRN-SBP será entregue no 6º Simpósio

Internacional de Reanimação Neonatal, em 13/abril/2016, em Belo

Horizonte. Até lá, é importante continuar o ensino da reanimação

neonatal com base nas condutas de 2011 e ênfase na ventilação. 20 de outubro de 2015

Evidências e Recomendações do ILCOR em 15/10/2015

Mesmo artigo sobre Reanimação Neonatal publicado em:

Circulation & Resuscitation & Pediatrics

Perlman JM et al. Part 7: Neonatal resuscitation: 2015

International consensus on cardiopulmonary resuscitation

and emergency cardiovascular care science with treatment

recommendations. Circulation. 2015; 132 (16 Suppl 1):S204-

41.

Wyllie J et al. Part 7: Neonatal resuscitation. Resuscitation.

2015; 95:e169-201.

Perlman JM et al. Part 7: Neonatal resuscitation: 2015

(reprint). Pediatrics. 2015; 136 (Suppl 2):S120-166.

Documento disponível em acesso livre em: http://circ.ahajournals.org/content/132/16_suppl_1/S204.full.pdf+html

Novidades na Reanimação Neonatal – 2015

Tópicos

Clampeamento do cordão umbilical

Manutenção da temperatura corporal

Avaliação da frequência cardíaca

Ventilação: equipamento

Ventilação: modo de ventilar

Ventilação: uso de oxigênio

Conduta no RN com líquido meconial

Massagem cardíaca: técnica

Medicações: adrenalina

Reanimação prolongada: quando interromper 20 de outubro de 2015

CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL

RN termo com boa vitalidade: 1-3 minutos

RN pré-termo com boa vitalidade: >30 segundos

RN que precisa de reanimação: clampear

imediatamente o cordão, pois as evidências são

insuficientes para recomendar clampeamento

tardio nessa situação

Ordenha de cordão: só no contexto de pesquisa

clínica 20 de outubro de 2015

• RN termo e pré-termo: temperatura da sala

de parto 23-25ºC; campos aquecidos e

fonte de calor radiante

• RN termo: secar e desprezar campos

úmidos

• RN pré-termo: envolver o corpo no saco

plástico sem secar; touca; colchão térmico

no pré-termo <1000g

PASSOS INICIAIS

Manter normotermia

36,5-37,5ºC

20 de outubro de 2015

AVALIAR FC E RESPIRAÇÃO

A frequência cardíaca é o

principal parâmetro que

determina a indicação e a

eficácia da reanimação

• RN termo e pré-termo: avaliação inicial da

frequência cardíaca com estetoscópio

• Após início da ventilação com pressão positiva,

considerar a monitoração da FC por ECG (3

eletrodos) – evidências indicam que a ausculta

do precórdio e a oximetria de pulso podem

subestimar a FC nos 1os minutos após o

nascimento 20 de outubro de 2015

20 de outubro de 2015

A ventilação pulmonar

é o procedimento mais

simples, importante e

efetivo na reanimação do

RN ao nascimento!

A ventilação com pressão

positiva não invasiva com

máscara, desde que feita

com a técnica correta

(com ênfase na adaptação

da máscara à face),

promove a melhora de

nove em cada 10 RN com

indicação de ventilação

Ventilação

A ventilação pulmonar é o

procedimento mais simples,

importante e efetivo na

reanimação do RN!

Equipamento para

Ventilação Balão autoinflável: baixo

custo e não precisa de fonte

de gás. Não dá PEEP

confiável e não permite

CPAP

Ventilador Mecânico Manual

em T: fácil de usar, oferece

PEEP e CPAP. Precisa de

fonte de gás pressurizada e

tem custo mais elevado

Recomenda-se o uso do

Ventilador Mecânico Manual em

T se o nascimento ocorrer em

local com infraestrutura

20 de outubro de 2015

A ventilação pulmonar é o

procedimento mais simples,

importante e efetivo na

reanimação do RN!

Modo de Ventilar 40-60 movimentos/minuto

Pressão: suficiente para

normalizar a FC

Não usar insuflação

sustentada (1ª ventilação

>5 segundos) fora de

protocolos de pesquisa.

Os estudos usaram

estratégias diversas e não

mostraram redução de

desfechos em longo prazo.

Parece haver fechamento

da glote em resposta à

insuflação sustentada.

20 de outubro de 2015

A ventilação pulmonar é o

procedimento mais simples,

importante e efetivo na

reanimação do RN!

Oxigênio na Ventilação

RN termo: iniciar com

ar ambiente

RN pré-termo: iniciar

com 21-30%

O uso de [O2] >60% é

extremamente raro e

deve ser desencorajado

Diante da não melhora

com ventilação em

21-30%, SEMPRE

corrigir a técnica antes

de aumentar a [O2]

20 de outubro de 2015

Ventilação com máscara não efetiva/prolongada

Necessidade de massagem cardíaca

Suspeita ou presença de hérnia diafragmática

Necessidade de aspiração traqueal em RN não vigoroso e com líquido amniótico meconial?

INTUBAÇÃO

TRAQUEAL

20 de outubro de 2015

As evidências

publicadas quanto à

aspiração traqueal de

RN não vigorosos

com líquido meconial

são insuficientes para

decidir pela indicação

ou não da aspiração

traqueal (ILCOR/2015)

5.209 mortes 0-6 dias com Síndrome de Aspiração de

Mecônio

25.033 mortes 0-6 dias com asfixia sem malformações

Qual é a conduta

mais benéfica para

os RN brasileiros?

Brasil 2005-2010

2 RN ≥2500g

sem malformações

morrem ao dia no

Brasil com SAM

Pesq

uis

a –

Mo

rtalid

ad

e A

sso

cia

da à

Asfi

xia

– P

RN

/SB

P

20 de outubro de 2015

MASSAGEM CARDÍACA

Massagem coordenada à

ventilação – 3:1 (intubado)

Terço inferior do esterno

Técnica dos 2 polegares

(sobrepostos) com as

mãos envolvendo o tórax é

a mais efetiva para manter

o débito cardíaco

Equipe: quem massageia

fica atrás do RN e quem

ventila se desloca para o

lado

AA

P. M

an

ua

l d

e R

ea

nim

ão

Ne

on

ata

l, 6

ª e

d.

20 de outubro de 2015

MEDICAÇÕES

O uso de adrenalina está indicado

se FC <60 bpm após 30 segundos

de ventilação com insuflação

pulmonar por cânula traqueal e

mais 60 segundos de massagem

cardíaca coordenada com a

ventilação e oxigênio a 100%

Uma dose endotraqueal de

adrenalina pode ser feita, mas se

não houver melhora imediata,

administrar a 2ª dose por cateter

umbilical venoso. O cateterismo é

uma emergência

AHA-AAP. Wyckoff et al. Circulation 2015

20 de outubro de 2015

REANIMAÇÃO PROLONGADA

Apgar = zero aos 10 minutos

é um forte preditor de

mortalidade e morbidade em

RN termo e pré-termo tardio

Em RN com Apgar = zero

após 10 min. de reanimação,

se a frequência cardíaca não

é detectada, é razoável

interromper a reanimação

Entretanto, a decisão de

continuar ou interromper a

reanimação precisa ser

individualizada 20 de outubro de 2015

www.simposioreanimacao2016.com.br

J Perlman

M Wyckoff

G Weiner