Princípio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    Princpio da tipicidade no Direito Administrativo DisciplinarMauro Roberto Gomes de Mattos

    A ACUSAO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR DEVE SERCIRCUNSANCIADA! O"#ECIVA! DIRECA E ER PREVISO E$ U$ IPO LE%AL

    & PRINC'PIO DA IPICIDADE NO DIREIO AD$INISRAIVO(

    $a)ro Ro*erto %omes de $attos

    I & CONSIDERA+ES INICIAIS

    O processo administrativo disciplinar a !orma "ur#dicaprevista pela lei para investi$ar o servidorp%blico &ue ten'a trans$redido os seus deveres !uncionais(

    Ele instaurado sempre &ue a Autoridade administrativa) ou o particular devidamente identi!icado e&uali!icado) comuni&uem a pr*tica de uma conduta irre$ular por parte do servidor p%blico) mesmo&ue em tese) e &ue $uarde correla+,o com o car$o) empre$o ou !un+,o p%blica do acusado(

    Dessa !orma) a conduta !uncional tida como irre$ular deve se revestir de tipicidade eanti"uridicidade bem como) deve 'aver ind#cios de autoria devidamente demonstrados e elementossu!icientes &ue comprovem a materialidade) para &ue) desde a !ase &ue antecede a instaura+,o do

    processo administrativo disciplinar se"a revelada uma "usta causa) capa- de respaldar o in#cio dainvesti$a+,o disciplinar(

    . importante para toda a sociedade &ue as Autoridades p%blicas n,o en$endrem atos dissociados dodireito) ainda mais &uando se veri!ica &ue eles s,o produ-idos na es!era sancionat/ria do Estado(

    Assim sendo) ao ser concreti-ado o ius puniendido Estado) o m#nimo &ue se e0i$e &ue a acusa+,ose"a per!eitamente descrita) atravs da e0posi+,o detal'ada do !ato a ser investi$ado) com todas assuas circunst1ncias e a classi!ica+,o do tipo le$almente previsto no ordenamento "ur#dico &ue !oiin!rin$ido(

    Se na inst1ncia criminal o arti$o 23!do C/di$o de ProcessoPenal e0i$e &ue a den%ncia ou a &uei0asi$am essa !/rmula le$al) no processo administrativo disciplinar tambm dever* 'aver a

    observ1ncia do mesmo modelo le$al) pois a acusa+,o n,o poder* ser ato de prepot4ncia ouarbitrariedade da Administra+,o P%blica(

    O tipo penal) se$undo Mi$uel Reale 5%nior)637 a&uele &ue a sua estrutura n,o poder* ser umaconstru+,o arbitr*ria e livre) por&uanto decorre do real) submetido a uma valora+,o( Por sua ve-) otipo disciplinar tambm se$ue o mesmo princ#pio da se$uran+a "ur#dica) onde tanto a Portariainau$ural como o mandado de cita+,o8intima+,o devem conter uma e0posi+,o narrativa!circunstanciada e demonstrativa da in!ra+,o disciplinar &ue ser* investi$ada) com o tipo le$almenteclassi!icado) ou se"a) com a &uali!ica+,o "ur#dico9administrativa do mesmo( Narrativa) por&ue devedescrever o !ato a ser investi$ado com todas as circunst1ncias con'ecidas) para &ue oportuni-e ade!esa saber do &ue o servidor est* sendo acusado e &ual !oi o ato !uncional &ue !oi praticado ou

    omitido) em tese) em descon!ormidade com as obri$a+:es assumidas pelo e0erc#cio do car$o)empre$o ou !un+,o de con!ian+a(

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    Demonstrativa) pois tal &ual o direito penal) deve a pe+a acusat/ria descrever o !ato e atravs decon'ecida ra-,o de convic+,o) !undamentada em prova direta da pr*tica de uma in!ra+,o disciplinarcorrelacionada com o munusp%blico do servidor) e0plicitar os motivos da investi$a+,o(

    Tivemos6;7a oportunidade de dei0ar consi$nado &ue< =A Portaria inau$ural) como especialmente o

    termo de indiciamento) devem corresponder) por e0emplo) como "* dito) a uma den%ncia penal)onde a descri+,o dos !atos) !undamentos e a demonstra+,o das provas) de !orma e0pl#cita retiram ainpcia da acusa+,o( Ou se"a) o !ato apurado esclarecido e0atamente nessa !ase) onde o direitoadministrativobrasileiro saiu do in&uisit/rio para o acusat/rio) passando o investi$ado a ter direitosimposter$*veis e indele$*veis) sendo &ue um deles t,o !undamental tanto &uanto os demais)consiste em saber do &ue acusado e como demonstrar* sua inoc4ncia) pois a presun+,o deinoc4ncia milita a seu !avor e s/ uma acusa+,o sria e concreta &ue ter* le$itimidade de provar ocontr*rio(>

    No direito administrativo disciplinar) e0i$e9se &ue a acusa+,o se"a certa) ob"etiva) circunstanciada eo !ato imputado ao servidor p%blico subsumido em um tipo le$almente previsto) decorrendo tais

    e0i$4ncias dos princ#pios da le$alidade e da se$uran+a "ur#dica(Sucede &ue apesar de n,o ter o mesmo !ormalismo6?7e ri$orismo do processo penal) o processoadministrativo disciplinar n,o pode ser uma inc/$nita para o servidor p%blico acusado(

    E0atamente por n,o se$uir a !ormalidade do processo penal) uma pl4iade de ilustres "uristas er$ue9se na de!esa &ue no processo administrativo disciplinar n,o e0i$ido o respeito e observ1ncia ao

    princ#pio da tipicidade) por entenderem &ue a es!era disciplinar se utili-a de !/rmulas $erais &ueprev4em o cumprimento pelo servidor p%blico de determinados deveres) sem adentrar na descri+,opormenori-ada da conduta(

    Ou se"a) essa corrente doutrin*ria) ultrapassada em nosso entendimento) pretende impor uma

    verdadeira norma em branco no 1mbito disciplinar) sem a demonstra+,o ine&u#voca da descri+,o deuma in!ra+,o disciplinar praticada pelo servidor p%blico(

    A bem da verdade) esses posicionamentos constru#dos por ilustres "uristas no passado) e &uein!eli-mente n,o !oram atuali-ados) s,o anteriores @ promul$a+,o da atual Constitui+,o ederal Bde outubro de 3FF) &ue constitucionali-ou o Direito Administrativo) por !or+a do arti$o ?H) 627daC) e partem do e&u#voco da lei para "usti!icarem a aceita+,o de uma acusa+,o $enrica) va$a eaberta(

    Ora) o Direito Administrativo sancionador contempor1neo e0i$e &ue 'a"a um il#cito administrativoprevisto na lei) com a clara e certa descri+,o da conduta do servidor p%blico tida) em tese) como

    in!ra+,o disciplinar(. a c'amada reserva le$al) onde o princ#pio da le$alidade imp:e &ue =nin$um ser* obri$ado a!a-er ou dei0ar de !a-er al$uma coisa sen,o em virtude de lei> Bart( J) II) da C(

    Nesse sentido) detectada a !al'a da Kei nJ F(33;8) &ue n,o tra- em seus arti$os) como deveria!a-49lo) dispositivo &ue estabele+a o princ#pio da tipicidade) a Kei nJ (HF2) de ;(3() &ue re$ulao processo administrativo no 1mbito da Administra+,o P%blicaederal) e utili-ada supletivamente@&uela) &uando n,o colida com a mesma) em seu cap#tulo IL) estabelece a necessidade da descri+,odos atos processuais) v.g() art( ;(

    A intima+,o8comunica+,o dos atos p%blicos deve indicar os !atos e !undamentos le$ais pertinentesBart( ;) VI) da Kei nJ (HF28) sendo a mesma nula &uando !eita sem observ1ncia das prescri+:es

    le$ais previstas na re!erida Kei B J) do art( ;(Ads not by this site

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    Esse interc1mbio processual e&uiparou "uridicamente as intima+:es e as noti!ica+:es) como ensina5os dos Santos Carval'o il'o

    Dessa !orma) a intima+,o8noti!ica+,o citat/ria do servidor p%blico acusado) dentre outros) dever*conter os se$uintes re&uisitos le$ais para a sua validade "ur#dica 6It*lico e par4nteses no ori$inal79

    Em rela+,o @s e0press:es latinas acima re!eridas pronuncia9se ernando da Costa Tourin'oil'o) in=C/di$o de Processo Penal Comentado>( 2( ed( S,o Paulo< Saraiva) 3) v( 3) p( 332 6Aspas no ori$inal79

    A tcnica da den%ncia tem merecido especial aten+,o da doutrina e da "urisprud4ncia) atravs deuma ampla re!le0,o no plano da do$m*tica constitucional) vinculada especialmente ao direito dede!esa(

    N,o resta d%vida &ue essa prote+,o "ur#dica da ampla de!esa do acusado) estabelece limites contra aviola+,o dos seus direitos !undamentais) de n,o ter sua intimidade e 'onra violadas indevidamente)

    por ineptas e insubsistentes den%ncias(Para n,o se trans!ormar em instrumento de in"usta persecu+,o estatal) deve a den%ncia ter aptid,o)atravs de uma necess*ria base emp#rica(

    O recebimento de den%ncia pelo 5ui-) iniciando9se a a+,o penal Bprocesso) como a instaura+,o deprocesso administrativo disciplinar) sup:em a e0ist4ncia de "usta causa) &ue estar* ausente &uando ocomportamento atribu#do ao acusado =nem mesmo em tese constitui il#cito>) =ou &uando)con!i$urada uma in!ra+,o penal) resulta de pura cria+,o mental da acusa+,o(>6H7

    A pe+a acusat/ria deve conter a e0posi+,o do !ato delituoso em toda a sua ess4ncia e com todas assuas circunst1ncias( Sendo certo &ue essa narra+,o) mesmo &ue n,o se"a e0austiva) deve descrevercom clare-a e ob"etividade &ual o !ato il#cito praticado pelo denunciado) como e0i$4ncia do

    postulado constitucional &ue asse$ura ao mesmo o pleno e e!etivo direito de de!esa e docontradit/rio( Pois) inclusive) dessa descri+,o8narra+,o &ue imputada ao denunciado &ue o

    mesmo se de!ende(

    Nesse sentido) destacam9se as re!le0:es desenvolvidas pelo Ministro Celso de Mello) no UC nJH(H?8D) 3 T() do ST

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    Mel'or di-endo) o Ministro Gilmar Mendes) no UC nJ F2(28SP) ; T() do ST) 67 de !ormaoportuna dei0ou bem e0pl#cito &ue< =Den%ncias $enricas) &ue n,o descrevem os !atos na suadevida con!orma+,o) n,o se coadunam com os postulados b*sicos do Estado de Direito( B((( &uandose !a-em imputa+:es va$as) dando ense"o @ persecu+,o criminal in"usta) est* a se violar) tambm) o

    princ#pio da di$nidade da pessoa 'umana &ue) entre n/s) tem base positiva no art( 3J) III) da

    Constitui+,o(>

    Ainda sob o prisma do direito penal) o saudoso pro!essor Ulio Wastos Torna$'i)637se posicionava&uanto ao conte%do da den%ncia< =Re!ere9se o c/di$o @ e0posi+,o minuciosa) n,o apenas do !atoin!rin$ente da lei) como tambm de todos os !atos &ue cercaram n,o somente de seus antecedentes)mas ainda das causas) e!eitos) condi+:es) ocasi,o) antecedentes e conse&Xentes( A narrativacircunstanciada) n,o s/ encamin'ada @ atua+,o da autoridade policial) como at ministra ao "ui-elementos para um "u#-o de valor(>A den%ncia conter*) portanto) =a e0posi+,o do !ato criminoso com todas as suas circunst1ncias>)como preleciona 5ulio abbrini Mirabete)6337 sendo< =B((( indispens*vel &ue na den%ncia sedescreva) ainda &ue suscintamente) o !ato atribu#do ao acusado) n,o podendo ser recebida a inicial

    &ue conten'a descri+,o va$a) imprecisa) de tal !orma lacYnica &ue torne imposs#vel oue0tremamente di!#cil ao denunciado entender de &ual !ato preciso est* sendo acusado(>

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    Kapidar tambm a li+,o do Ministro Celso de Mello) ainda na es!era da den%ncia penal) em seubem lan+ado voto no UC nJ F2(28SP) ; T() do ST 6Par4nteses no ori$inal79

    N,o se concebe mais o denuncismo irrespons*vel) pois o direito "* conviveu por muito tempo com

    esse tipo de postura estatal( O curso da 'ist/ria revelou muitas opress:es e in"usti+as) causadas peloapenamento de pessoas idYneas e ilibadas) &ue ca#ram em des$ra+a por e0porem os seus ideais devida e pol#ticos(

    [uando o Estado desenvolve a sua atividade persecut/ria) t4m9se duas situa+:es "ur#dicas distintas)reveladas pelo con!lito entre a pretens,o punitiva estatal e a inten+,o de preserva+,o da liberdadeindividual mani!estada pelo acusado(

    Por isso &ue n,o poder* 'aver d%vida &ue a persecu+,o penal "usti!icada pela suposta pr*tica deum !ato criminoso) devidamente e0posto) em todas as suas circunst1ncias e com sua &uali!ica+,o

    "ur#dico9penal!de modo &ue 'a"a uma causa "usta e relevante para dar in#cio ao processo penal) pois

    apersecutio criminisdeve observar as condi+:es &ue l'e imp:e o ordenamento "ur#dico(

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn9http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn10http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn10http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn11http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn12http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn12http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn9http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn10http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn11http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn12
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    A pe+a acusat/ria!tem o dever de descrever com per!ei+,o e clare-a todas as circunst1ncias do !atodelituoso) a !im de &ue a 'ip/tese "ur#dica nela contida se"a apta perante o ordenamento le$al) enesse sentido Vicente Greco il'o)63?7enaltece esses re&uisitos como !orma de possibilitar a amplade!esa do acusado< =Outro re&uisito essencial @ ampla de!esa a apresenta+,o clara e completa daacusa+,o) &ue deve ser !ormulada de modo &ue possa o ru contrapor9se a seus termos( . essencial)

    portanto) a descri+,o do !ato delituoso em todas as suas circunst1ncias( Zma descri+,o incompleta)d%bia ou &ue n,o se"a de um !ato t#pico penal $era a inpcia da den%ncia e a nulidade do processo)com a possibilidade de trancamento atravs de habeas corpus) se o "ui- n,o re"eitar desde lo$o ainicial( Para &ue al$um possa preparar e reali-ar sua de!esa preciso &ue este"a claramente descritoo !ato de &ue deve de!ender9se(> 96It*lico no ori$inal79

    Ser* inepta a den%ncia) &uando demonstrada ine&u#voca de!ici4ncia tcnica capa- de impedir acompreens,o dos !atos t#picos narrados8descritos na pe+a acusat/ria) em $rave e inconceb#vel

    pre"u#-o @ de!esa do acusado( A !ormalidade e demais re&uisitos &ue devem constar da pe+aacusat/ria s,o uma obri$a+,o le$al imposta @ acusa+,o(

    Uaver* aus4ncia de "usta causa para o prosse$uimento da persecu+,o penal) &uando sem anecessidade de e0ame apro!undado e valorativo dos !atos e provas diretas) restar ine&uivocamentedemonstrada a atipicidade da conduta do investi$ado8denunciado(

    Essa "usta causa para o prosse$uimento da instru+,o criminal) como visto) vem devidamenteestabelecida na pe+a inau$ural da a+,o penal) &ue ao descrever precisamente a conduta delituosa dodenunciado) com todas suas circunst1ncias) tipi!ica todos os elementos de de!ini+,o le$al do delito !o &ue ser* ob"eto de investi$a+,o(

    5* no processo administrativo disciplinar) &ue possui nature-a de direito penal $eral) tambm '* aobri$atoriedade de se !a-er uma individuali-a+,o dos !atos) com a descri+,o circunstanciada dos

    mesmos e a subsun+,o no tipo le$al(

    Dessa !orma) a instaura+,o do processo administrativo disciplinar de compet4ncia da AutoridadeSuperior) estabelecida pela lei) &ue ao tomar con'ecimento de in!ra+:es disciplinares praticadas

    pelo servidor p%blico no e0erc#cio de sua !un+,o ou em decorr4ncia dela) obri$a9se a determinar ainvesti$a+,o mais detal'ada dos !atos) mediante sindic1ncia ou diretamente atravs da instaura+,ode um processo administrativo disciplinar(

    Se os elementos probantes !orem insubsistentes) o mais recomend*vel a instaura+,o desindic1ncia) &ue possui tramita+,o mais clere e &uando ela n,o punitiva n,o e0iste a !i$ura

    "ur#dica do acusado) por&uanto concebida para um apro!undamento mais detal'ado dos !atos) a

    !im de veri!icar se ser* ou n,o promovida a instaura+,o do processo administrativo disciplinar) ou'aver* o seu ar&uivamento por insubsist4ncia ou imaterialidade dos !atos(

    Instaurado o processo administrativo disciplinar) a Portaria inau$ural &ue l'e d* subst1ncia) deveconter a descri+,o e a &uali!ica+,o dos !atos)6327a acusa+,o imputada ao servidor p%blico acusado ea sua subsun+,o em um tipo le$al) alm da indica+,o dos inte$rantes da Comiss,o Disciplinar) etc(

    Como adu- *bio Medina Os/rio)637 o direito sancionador e0i$e a utili-a+,o da re$ra do dueprocess of law) como $arantia !undamental para sua validade "ur#dica) e para a certe-a da aplica+,odo princ#pio da proporcionalidade(

    A&uela concep+,o de autoritarismo &ue e0istia no processo administrativo disciplinar "* n,o sesustenta mais) pois o direito administrativo sancionador incorporou in%meros princ#pios

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn13http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn14http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn15http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn15http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn13http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn14http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn15
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    constitucionais &ue tomam assento em seu 1mbito tambm n,o se pode olvidar a aplica+,o deprinc#pios penais nesse re!erido ramo(

    Assim sendo) como vedada uma decis,o desarra-oada ou arbitr*ria) tambm de!esa umaacusa+,o &ue n,o se"a circunstanciada) revelando9se incompleta e insubsistente) sem substrato de

    le$alidade) ori$inada do e0cesso8abuso de poder da Autoridade administrativa superior(Esses dispositivos le$ais) estabelecidos tambm para evitar o desvio de poder sancionat/rio doEstado) $uardam #ntima cone0,o com uma $arantia !undamental outor$ada pela Constitui+,oederal em !avor da&ueles &ue s,o v#timas) em "u#-o) ou administrativamente) da persecu+,o estatalsem a $arantia de plenitude da de!esa(

    Nada pior do &ue =a va$are-a absoluta) a indetermina+,o ilimitada) da acusa+,o pela acusa+,o(>6376Gri!o no ori$inal79Nesse sentido) deve a pe+a acusat/ria) &uer a&uela consubstanciada pela den%ncia penal) como aportaria inau$ural8cita+,o e a intima+,o do servidor p%blico acusado no processo administrativodisciplinar conter a e0posi+,o do !ato delituoso8in!racional) em toda a sua ess4ncia e com todas assuas circunst1ncias) devidamente classi!icado em um tipo le$al B&uali!ica+,o "ur#dico9penal9

    administrativa/(Mesmo &ue sucinta) imp:e9se ao r$,o acusador como e0i$4ncia do plasmadoconstitucional &ue asse$ura aos acusados em $eral a plenitude do direito de de!esa com ocontradit/rio) a correta e ade&uada descri+,o dos !atos @ serem investi$ados no decorrer dainstru+,o criminal e no processo administrativo disciplinar(

    Assim) !altar* "usta causa para a acusa+,o!se n,o !or descrito na pe+a acusat/ria ou na Portariainau$ural) ade&uadamente e circunstanciadamente o !ato tido como il#cito penal ou in!ra+,odisciplinar(

    III & DA CORRENE DOURIN1RIA CONR1RIA A APLICAO DO PRINC'PIO DA

    IPICIDADE NO DIREIO AD$INISRAIVO DISCIPLINAR

    Nosso entendimento no sentido de &ue o Estado Democr*tico de Direito n,o admite &ue o PoderP%blico puna os seus servidores disciplinarmente com base em norma em branco contudo!$rande

    parte da doutrina) representada por ilustres e cultos administrativistas) aos &uais nutrimos o maiorrespeito e $rande admira+,o) ainda recalcitram em atuali-ar os seus ultrapassados posicionamentos)&ue n,o admitem a aplica+,o do princ#pio da tipicidade no Direito Administrativo Disciplinar(

    Al$umas das penalidades disciplinares) &uando impostas) dado o seu car*ter sancionat/rio) podemdei0ar se&Xelas irrevers#veis na vida do servidor p%blico( Por essa ra-,o) para evitar a imposi+,oindiscriminada e arbitr*ria da san+,o administrativa) por parte do administrador p%blico) devem ser

    aplicados os princ#pios da proporcionalidade) da ra-oabilidade e da se$uran+a "ur#dica no processoadministrativo disciplinar) para &ue o plasmado da "usti+a se"a respeitado(

    O ob"etivo do processo administrativo disciplinar veri!icar se um !ato t#pico) previsto no Estatutodos Servidores P%blicos ou em normas "ur#dicas a!ins) como in!ra+,o disciplinar !oi in!rin$ido)$erando responsabilidade para o seu in!rator(

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    Por essa ra-,o &ue entendemos &ue &uando da imposi+,o de uma san+,o disciplinar) dever* amesma ser vinculada @ tipi!ica+,o prevista na lei) para &ue se"a e0teriori-ado o direito "usto) oriundodo somat/rio de todos os elementos &ue serviram de base para &ue !osse per&uirida a verdade real)

    e0tra#da do con"unto probat/rio( Por isso) no apurat/rio punitivo) o tipo disciplinar) capa- derespaldar a aplica+,o de penalidades leves) mdias ou $raves) deve ser detal'ado) descrevendo de!orma anal#tica a conduta tida como in!racional bem como a penalidade &ue deve ser aplicada(

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    A $rande discuss,o doutrin*ria sobre o temasub oculis veri!icada pelo !ato dos deveres)obri$a+:es e proibi+:es dos servidores p%blicos) estarem inseridos em seus Estatutos "ur#dicos) ondeas condutas in!racionais s,o descritas em cap#tulos a!etos ao re$ime disciplinar) =atravs decomandos normativos proibitivos ou impositivos &ue tra-em ora minudentes descri+:es) ora padr:esva$os) para a de!ini+,o do il#cito administrativo e do il#cito disciplinar) constituindo tipi!ica+:es

    !luidas) abertas) !le0#veis(>63H7

    Para se ter a devida dimens,o da !alta de uma precisa descri+,o do tipo le$al) o arti$o 3?;) da Kei nJF(33;8) estabelece &ue os casos de demiss,o se inserem nas se$uintes situa+:es le$ais) !icaria acar$o da Autoridade 5ul$adora) para desenvolver a sua !undamenta+,o ob"etivando respaldar aaplica+,o do ato punitivo e teria a ampla discricionariedade de a!astar o princ#pio da le$alidade(

    De!endendo a atipicidade como re$ente do processo administrativo disciplinar) 5os Cretella 5%nior)63F7adunou< =A !alta disciplinar at#pica a in!ra+,o penal t#pica( B((( O poder disciplinar ) emtese) discricion*rio( N,o vinculam os pressupostos de anteced4ncia da lei na determina+,o da !altaou da san+,o( N,o se aplica @ inst1ncia administrativa o princ#pio da reserva le$al &ue domina)re$ularmente) a doutrina em lei penal Bnullum crimen) nulla poena sine lege( N,o '*) em matriadisciplinar) a e0i$4ncia de veri!ica+,o le$al da !alta &ue se caracteri-a) in genere) como viola+,o dosdeveres !uncionais) a serem e0plicitados em atos re$ulamentares ou administrativos(> 96It*lico e

    par4nteses no ori$inal79

    Por esse entendimento do pro!essor 5( Cretella 5%nior637simplesmente a atipicidade da conduta

    disciplinar) teria o cond,o de a!astar o princ#pio da le$alidade da in!ra+,o disciplinar) bem como aan*lise dos elementos ob"etivos) sub"etivos e normativos do tipo ) con!erindo uma ampla) $eral eirrestrita discricionariedade ao "ul$ador do processo administrativo disciplinar e aplicador da

    penalidade(

    A ilustre pro!essora Maria S]lvia ^anella Di Pietro) 6;7 tambm se per!il'a a essa correntedoutrin*ria) &uando a!irma &ue =no direito administrativo prevalece a atipicidade s,o muito poucasas in!ra+:es descritas na lei) como ocorre com o abandono de car$o< A maior parte delas !ica su"eita@ discricionariedade administrativa diante de cada caso concreto a autoridade "ul$adora &ue vaien&uadrar o il#cito como !alta $rave) procedimento irre$ular) ine!ici4ncia do servi+o)incontin4ncia p%blica) ou outras in!ra+:es previstas no modo inde!inido na le$isla+,o estatut*ria(

    Para esse !im deve ser levado em considera+,o a $ravidade do il#cito e as conse&X4ncias para oservi+o p%blico(>96Aspas no ori$inal79

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    Esse posicionamento !oi de!endido amplamente pela corrente !rancesa do in#cio do sculo LL) onderenomados tratadistas) entre eles Gaston 5-e)6;37 a!irmaram &ue constitu#a erro !undamentalcon!undir a in!ra+,o disciplinar com a penal< =Ka !alta disciplinaria ] la in!racci/n penal no tiene)

    pues) la misma naturale-a no nos 'allamos ante una cuesti/n de $ravedad de la !alta( Con!undir la!alta de servicio ] el delito del a$ente p%blico) ser#a un error capital) en el &ue muc'as veces se 'aincurrido( Olvidar esta idea !undamental) es correr el ries$o de dar al poder disciplinario una

    si$ni!icaci/n "ur#dica &ue no tiene( Ka represi/n disciplinaria de los a$entes p%blicos &ue cometen!altas ] la represi/n penal de los a$entes p%blicos delincuentes son dos casos totalmente di!erentes(>

    Due- et Debe]re)6;;7 tambm sustentou a diversidade !undamental do delito penal com odisciplinar) em !ace da di!eren+a de seus tipos le$ais) tendo em vista &ue as in!ra+:es disciplinaresn,o necessitavam de previs,o le$al sendo desnecess*ria) via de conse&X4ncia) a e0i$4ncia detipicidade) t,o !undamental para o direito !ranc4s todos os servidores p%blicos poderiam ser

    punidos &uando eles in!rin$issem deveres !uncionais em sentido lato) sem &ue 'ouvesse anecessidade do conte0to descritivo do rol de penalidades cab#veis(

    Esses posicionamentos "ur#dicos de doutrinadores !ranceses !oram su!icientes para in!luenciar A(

    Gon+alves de Oliveira)6;?7e09Consultor Geral da Rep%blica) ao pro!erir alentado parecer) em 3)

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn18http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn19http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn20http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn20http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn21http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn22http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn23http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn23http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn18http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn19http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn20http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn21http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn22http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn23
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    como se in!ere< =Para aplica+,o da pena disciplinar) n,o necess*rio este"a a mesma e0pressamenteprevista na lei) n,o se su"eitando @ idia da prvia tipicidade(>

    Odete Medauar6;27 tambm de!ende a atipicidade das in!ra+:es disciplinares) por dois!undamentos< di!iculdade de se catalo$ar com e0atid,o todas as condutas in!racionais e

    discricionariedade do administrador p%blico< =Cabem al$umas ressalvas a respeito da atipicidadedas in!ra+:es( Dois ar$umentos aparecem ami%de para "usti!icar essa atipicidade ou a n,o aplica+,odo ad*$io nullum crime sine lege< a)di!iculdade de catalo$ar com e0atid,o todas as condutas &ue

    possam desatender deveres e proibi+:es !uncionais b) discricionariedade do poder disciplinar(296It*lico no ori$inal79

    No mesmo sentido) o ilustre mestre 5os dos Santos Carval'o il'o6;7 adu-< =Os estatutos!uncionais apresentam um elenco de deveres e veda+:es para os servidores e o il#cito administrativovai con!i$urar9se e0atamente &uando tais deveres e veda+:es s,o inobservados( Alm do mais) osestatutos relacionam as penalidades administrativas sem) contudo) !i0ar &ual&uer elo de li$a+,o a

    prioricom a conduta(>,6It*lico no ori$inal79

    Pedimos venia aos ilustres doutrinadores &ue entendem n,o 'aver a subsun+,o da condutain!racional disciplinar em um tipo le$almente previsto num dispositivo institu#do pelo ordenamento"ur#dico) no sentido de &ue a tipicidade da in!ra+,o disciplinar !ere os princ#pios da le$alidade)proporcionalidade) se$uran+a "ur#dica e dei0a de atender ao ideal de "usti+a(

    IV , DO PRINC'PIO DA IPICIDADE NO PROCESSO AD$INISRAIVODISCIPLINAR & ASPECOS LE%AIS E DOURIN1RIOS

    Para se instituir o princ#pio do devido processo le$al na inst1ncia disciplinar) em primeiro lu$ar) !a-9se necess*rio a e0ist4ncia de um processo "usto) onde o acusado ten'a a devida ci4ncia da

    descri+,o8narra+,o circunstanciada do !ato tido como in!ra+,o disciplinar) devidamente tipi!icadoem um dispositivo le$al) cu"a pr*tica l'e imputada(Ou se"a) como averbava Ueleno Cl*udio ra$oso)6;7=o elemento essencial de $arantia para oacusado) a narra+,o minuciosa do !ato !undamenta o pedido) demonstra a convic+,o da acusa+,o

    p%blica) sendo "usti!icado tanto a a+,o penal) como o procedimento administrativo disciplinar)por&uanto a!astado o arb#trio e o abuso de poder(> 6Aspas no ori$inal79En!ati-amos) ainda por necess*rio) &ue no atual sistema "ur#dico brasileiro) n,o e0iste a menor

    possibilidade de ser permitido aos poderes p%blicos) com !undamento somente em provas indiretas)recon'ecer) em sede disciplinar) a responsabilidade !uncional do servidor p%blico(

    Na realidade) a constitucionali-a+,o do direito administrativo) introdu-ida pela Carta Pol#tica de

    3FF! repele &ual&uer ato estatal &ue viole o do$ma de &ue n,o 'aver* culpa penal ouadministrativa por presun+,o ou por uma mera suspeita desacompan'adas de provas diretas ou deoutros elementos le$ais de convic+,o( Pois) =meras con"ecturas se&uer podem con!erir suportematerial a &ual&uer acusa+,o estatal(>6;H7

    N,o se admite a imposi+,o de uma penalidade disciplinar ao servidor p%blico) a &ual por /bviopressup:e uma condena+,o) sem a descri+,o circunstanciada e detal'ada da conduta in!racionalpraticada e da classi!ica+,o do tipo le$al tido como in!rin$ido) pois o princ#pio da le$alidadeestabelece essa m#nima obri$atoriedade para a acusa+,o(

    Ou em outras palavras) =os a$entes administrativos n,o s,o meros ob"etos da repress,o disciplinar)

    antes assumindo um papel ativo no desenvolvimento do respectivo procedimento) &ue l'es concedeimportantes $arantias de de!esa) de modo a poderem in!luenciar o seu resultado( Ali*s) s/ assim o

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn24http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn25http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn25http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn26http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn27http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn24http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn25http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn26http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn27
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    procedimento disciplinar pode cumprir a sua !un+,o le$itimadora do ato administrativodisciplinar(>6;F7

    Apro0ima9se o direito disciplinar e as suas respectivas san+:es do ponto de vista teortico do direitopenal e de suas penas) con!orme li+,o de 5or$e de i$ueiredo Dias(6;7Essa apro0ima+,o de

    conse&X4ncia do =Estado) estritamente subordinado ao princ#pio da le$alidade daAdministra+,o(>6?7

    O citado penalista lusitano) 5or$e de i$ueiredo Dias)6?37 !iel aos direitos constitucionais!undamentais dos acusados em $eral e tambm a ben!ica in!lu4ncia do direito penal) de!ende aaplica+,o do princ#pio da tipicidade no direito administrativo disciplinar) nos se$uintes termos< =o&ue estaria li$ado sobretudo @ circunst1ncia de as e0i$4ncias da tipicidade das in!ra+:es emconse&X4ncia tambm da culpa se encontrarem no direito disciplinar e0tremamente amortecidasrelativamente ao &ue sucede) por !or+a do estrito princ#pio da le$alidade) no direito penal( N,o deveser assim) e n,o assim se$undo o direito disciplinar portu$u4s vi$ente( Sem pre"u#-o de devercon'ecer9se &ue o direito disciplinar ) em maior medida &ue o direito penal) orientado para o

    a$ente) n,o pode es&uecer9se &ue se trata a&ui de direito sancionat/rio e &ue por isso umaconsistente de!esa dos direitos dos ar$Xidos imp:e &ue se"am respeitados no essencial os princ#pios$arant#sticos &ue presidem o direito penal( Por isso o Estatuto Disciplinar dos uncion*rios eA$entes da Administra+,o Central) Re$ional e Kocal BDK ;28F2) de 393) se n,o tipi!icou asin!racc:es os tipos de !actos &ue d,o ori$em @ responsabilidade disciplinar) descreveu em todo ocaso o dever $eral dos !uncion*rios e a$entes aos seus concretos deveres) de isen+,o) de -elo) deobedi4ncia) de lealdade) de si$ilo) de corre+,o) de assiduidade e de pontualidade) cu"a viola+,osu"eita os !uncion*rios e a$entes ao poder disciplinar Bart( ?J do DK ;28F2(> 6Par4nteses noori$inal79

    As in!ra+:es disciplinares no direito portu$u4s a &ue alude 5or$e de i$ueiredo Dias) s,o a&uelas

    &ue est,o previstas no Decreto9Kei nJ ;28F2) &ue atuali-ou o Estatuto Disciplinar dos uncion*rios eA$entes da Administra+,o Central) Re$ional e Kocal(

    O arti$o ?J) do citado Decreto9Kei nJ ;28F2) estabelece como in!ra+,o disciplinar< =?(3( Considera9se in!ra+,o disciplinar o !acto) ainda &ue meramente culposo) praticado pelo !uncion*rioou a$ente com viola+,o de al$um dos deveres $erais ou especiais decorrentes da !un+,o &ue e0erce(?(;( Os !uncion*rios e a$entes no e0erc#cio das suas !un+:es est,o e0clusivamente ao servi+o dointeresse p%blico) tal como de!inido) nos termos da lei) pelos /r$,os competentes daAdministra+,o( ?(?( . dever $eral dos !uncion*rios e a$entes actuar no sentido de criar no p%blicocon!ian+a na a+,o da Administra+,o P%blica) em especial no &ue @ sua imparcialidade di- respeito(?(2( Consideram9se ainda deveres $erais< a)o dever de isen+,o b)o dever de -elo c)o dever de

    obedi4ncia d) o dever de lealdade e) o dever de si$ilof) o dever de corre+,og) o dever deassiduidade h)o dever de pontualidade(>

    Sendo &ue a "urisprud4ncia portu$uesa identi!ica os elementos constitutivos da in!ra+,o disciplinar)como< =S,o elementos essenciais da in!ra+,o disciplinar< a) uma conduta do !uncion*rio oua$ente b) o car*ter il#cito desta) decorrente da inobserv1ncia de al$um dos deveres $erais ouespeciais inerentes @ !un+,o e0ercida c)o ne0o de imputa+,o) &ue se tradu- na censurabilidade daconduta) a t#tulo de dolo ou culpa( En!erma de viola+,o de lei) a puni+,o por conduta a &ue !altaal$uns desses elementos(>6?;7

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    Em outro aresto) o Supremo Tribunal de 5usti+a de Portu$al estabeleceu posi+,o s/lida sobre oselementos essenciais para a tipi!ica+,o de uma in!ra+,o disciplinar) como se veri!ica da se$uinte

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn28http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn29http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn30http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn31http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn32http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn28http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn29http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn30http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn31http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn32
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    ementa< =9S,o elementos essenciais constitutivos de in!ra+,o disciplinar< a) uma conduta do!uncion*rio b) a viola+,o de al$um dos deveres $erais ou espec#!icos c)a censurabilidade desta)

    por imputa+,o ao a$ente a t#tulo de dolo ou de mera culpa( A culpa envolve) por nature-a) umcomple0o "u#-o de censura ou reprovabilidade &ue assenta sobre o ne0o e0istente entre o !actoil#cito e a vontade do a$ente(>6??7

    De i$ual modo) veri!ica9se &ue a Corte Superior Portu$uesa n,o tem d%vida da necessidade "ur#dicade se tipi!icar a in!ra+,o disciplinar em rela+,o aos !atos &ue possam ser ob"eto de ilicitude) &uandocon!rontados com a norma le$al< =9

    Nos termos do disposto no arti$o ?J) nJ 3) do Estatuto Disciplinar do uncion*rios e A$entes daAdministra+,o Central) Re$ional e Kocal) aprovada pelo art( 3J) do DK nJ ;28F2) de 3 de "aneiro) s/s,o disciplinarmente relevantes os !atos &ue possam ser ob"ecto de um "u#-o de ilicitude !ace @norma ou princ#pio "ur#dico &ue imp:e ao !uncion*rio ar$Xido um dever !uncional $eral ouespecial(>6?27Como visto) o direito portu$u4s e0teriori-a a necessidade de se identi!icar uma conduta il#cita por

    parte do servidor p%blico respons*vel perante o ordenamento "ur#dico) atravs de um tipoestabelecido previamente pela lei(

    Tal &ual em nosso direito) mesmo &ue va$os ou indeterminados os conceitos dos il#citosdisciplinares de Portu$al) o Poder 5udici*rio estabeleceu !irme "urisprud4ncia &ue aresponsabilidade administrativa decorre) por !or+a do princ#pio da le$alidade) da conduta dosservidores p%blicos &ue con!i$uram in!ra+:es) previstas em normas do Estatuto dos !uncion*rios

    p%blicos da&uele pa#s(

    Na Espan'a) o arti$o ;(3 da Constitui+,o estabelece &ue nin$um ser* punido) condenado ousancionado por !alta ou in!ra+,o disciplinar) sem &ue 'a"a previs,o na le$isla+,o vi$ente< =;(3

    Nadie debe ser condenado o sancionado por acciones u omisiones &ue el momento de producirse noconstitu]an delito) !alta o in!racci/n administrativa) se$%n la le$islaci/n vi$ente en a&uelmomento(>

    Con!erindo e!etividade ao citado comando constitucional) a Kei do Re$ime 5ur#dico dasAdministra+:es P%blicas e Procedimento Administrativo Comum BKei ?83;) de ; denovembro) em seu arti$o 3;!estabelece e0plicitamente a necessidade do princ#pio da tipicidadenas in!ra+:es administrativas< =Art( 3;(3 Solo constitu]en in!racciones administrativas lasvulneraciones del Ordenamiento 5ur#dico previstas como tales in!racciones por una Ke]) sin

    per"uicio de lo dispusto para la administraci/n local en el t#tulo LI de la Ke] H83F) de ; de abril)Re$uladora de las Wases del R$imen Kocal( Kas in!raciones administrativas se classi!icar*n por la

    Ke] em leves) $raves ] mu] $raves( ; \nicamente por la Comisi/n de in!raccionesadministrativas podr*n imponerse sanciones &ue) en todo caso) estar*n delimitadas por la le]( ? Kas disposiciones re$lamentarias de desarrollo pod#an introducir especi!icaciones o $raduaciones alcuadro de las in!racciones o sanciones estabelecidas le$almente &ue) sin construir nuevasin!racciones o sanciones) no alterar la nature-a o limites de los &ue la Ke] contempla) contribu]an ala m*s correcta identi!icaci/n de las conductas o a la m*s precisa determinaci/n de las sancionescorrespondientes( 2 Kas normas de!inidoras de in!racciones ] sanciones no ser*n susceptibles deaplicaci/n anal/$ica(>

    5es%s Gon-*les Pre- e rancisco Gon-*les Navarro)6?7ao comentarem o arti$o 3;!da KR5PAadu-em< =Ka in!racci/n administrativa es por lo ponto una acci/n previamente descrita por la le])

    precisamente por una le] en el sentido !ormal) &ue 'a]a sido emanada del Parlamento( Tipi!icaci/n

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn33http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn34http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn35http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn33http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn34http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn35
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    ] reserva le$al son as# los dos primeros ras$os &ue sirven para empe-ar a per!ilar el concepto dein!racci/n administrativa(>Por sua ve-) 5os M*ria [uir/s Kobo)6?7sobre o tema assinala &ue os preceitos sancionadores =em

    branco> s,o os primeiros inimi$os do princ#pio da tipicidade disciplinar(No mesmo sentido) em Obra espec#!ica sobre o princ#pio da tipicidade nas in!ra+:es disciplinares

    &ual se"a) =Ka Tipicidad de las In!racciones en el Procedimiento Administrativo Sancionador>)5oa&uim Mese$uer _ebra) a!irmou6?796It*lico e par4nteses no ori$inal79

    O Tribunal Constitucional Espan'ol em outro e0pressivo "ul$ado dei0ou e0pl#cita a necessidade daaplica+,o do princ#pio da le$alidade no 1mbito do direito sancionador estatal< =implica) por lomenos) estas tr4s e0i$4ncias< Ka e0ist4ncia de una le] Ble0 scripta &ue la le] sea anterior al 'ec'osancionador Ble0 previa) ] &ue la le] describa un supuesto de 'ec'o estrictamente determinado Ble0certa lo &ue si$ni!ica un se c'a-o a la analo$#a como !uente creadora de delitos ] penas) e impide)como limite a la actividad "udicial) &ue el 5ue- se convierta en le$islador(>627

    O mesmo Tribunal Supremo Espan'ol en!rentou os conceitos de le$alidade e de tipicidade nas

    in!ra+:es e san+:es disciplinares) da se$uinte !orma< =Kos conceptos de le$alidad ] de tipicidad nose identi!ican) sino &ue el se$undo tine un pr/prio contenido) como modo especial de reali-aci/ndel primero( Ka le$alidad se cumple con la previsi/n de las in!raciones ] sanciones en la le]) pero

    para la tipicidad se re&uiere al$o m*s) &ue es la precisa de!inici/n de la conducta &ue la le]considera pueda imponerse) siendo en de!initiva medio de $aranti-ar el principio constitucional dela se$uridad "ur#dica ] de 'acer realidad "unto a la e0istencia de una le0 previa) a la de una le0certa(>6237

    Ap/s as li+:es doutrin*rias e "urisprudenciais do direito comparado) n,o resta d%vida &ue oprinc#pio da le$alidade encontra9se encravado no processo administrativo disciplinar em seu todo)sendo &ue a tipicidade uma conse&X4ncia da sua salutar in!lu4ncia( Por essa concep+,o) &uando setratar de investi$a+,o) onde se apura a pr*tica de il#cito criminal ou in!ra+,o disciplinar) com a

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn36http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn36http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn37http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn38http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn38http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn39http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn40http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn41http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn36http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn37http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn38http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn39http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn40http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn41
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    aplica+,o de penalidade) t4m9se) como e0i$4ncia do princ#pio da le$alidade) as se$uintesprovid4ncias

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    Outro $rande e0poente do direito administrativo brasileiro) Romeu elipe Wacellar il'o)62H7amparado pela Constitui+,o ederal de 3FF) n,o teve d%vida em inadmitir a possibilidade "ur#dicada atipicidade da in!ra+,o no 1mbito disciplinar< =A Constitui+,o de 3FF n,o se compatibili-a coma!irma+:es do tipo no Direito Administrativo Disciplinar admite9se a atipicidade da in!ra+,o e aampla discricionariedade na aplica+,o da san+,o) &ue renunci*vel pela Administra+,o)

    possibilidades inconceb#veis em Direito Penal( A!inal) o princ#pio da reserva le$al absoluta emmatria penal BJ) LLLIL) da Constitui+,o ederal nullum crimen, nulla poena sine lege estende9se ao direito administrativo sancionar(> 6Aspas) it*lico e par4nteses no ori$inal79

    No mesmo sentido) Mar+al 5usten il'o 6Aspas no ori$inal79

    Sem o ne0o entre a conduta descrita no =libelo acusat/rio>) Be&uivalente a portaria inau$ural emandado de cita+,o do processo administrativo disciplinar e o tipo le$almente estabelecido em lei

    para uma !utura puni+,o) n,o 'aver* le$itimidade a aplica+,o de uma san+,o disciplinar) por&uantoo Estado Democr*tico de Direito n,o permite a e0ist4ncia de normas incriminadoras em branco(

    Os elementos descritivos do tipo) se$undo Uans Ueinric' 5esc'ec` e T'omas Qein$end) 627=sonconceptos &ue pueden ser tomados tanto del cotidiano como del uso de len$ua$e "ur#dico ] &uedescribe ob"etos del mundo real( Son susceptibles de una veri!icaci/n !*tica ]) por este motivo)tambin pueden ser concebidos como componentes descritivos a%n cuando la determinaci/n de su

    m*s e0acto contenido s/lo se consi$a a travs de la re!erencia a una norma) mostrando asi en cirtamedida un contenido "ur#dico(> 6Aspas no ori$inal79

    Sobre a ta0atividade no direito penal) da lei ser a %nica !onte de!inidora de crimes) e0trai9se asbril'antes li+:es de Celso Delmanto637

    V , DA APLICAO PER$ANENE DO PRINC'PIO DA IPICIDADE NO PROCESSOAD$INISRAIVO DISCIPLINAR

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn47http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn48http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn49http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn50http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn51http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn47http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn48http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn49http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn50http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn51
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    N,o '* como obstar a aplica+,o subsidi*ria dos princ#pios e das normas do Direito Penal aoprocesso administrativo disciplinar) tendo em vista &ue eles atuam supletivamente @s normasadministrativas( Essas $arantias penais re$ulam e aplicam9se ao direito sancionat/rio do Estado) &ue!oi constitucionali-ado e0atamente para estabelecer uma ampla atua+,o no ordenamento "ur#dico)sem obst*culos !ormais(

    Todos os ramos do direito se comunicam ob"etivando tra-er pa- e se$uran+a "ur#dica para oscidad,os) por isso &ue os re!eridos ramos tiveram os seus princ#pios constitucionali-ados) em$rande parte) para estabelecer direitos !undamentais a toda sociedade ( Desse modo!o direito penalcumpre importante papel no 1mbito do direito sancionat/rio) incluindo o disciplinar) poise0teriori-a muitas $arantias aos acusados) para estabelecer a certe-a na repreens,o a pr*tica de umain!ra+,o disciplinar le$almente prevista e tipi!icada em lei(Por isso &ue muitos dos princ#pios le$ais &ue re$em o direito penal est,o tambm presentes nodireito administrativo disciplinar) tais como os princ#pios da tipicidade) prescri+,o intercorrente)isonomia) proporcionalidade) proibi+,o da reformatio in pejus, non bis is idem) presun+,o deinoc4ncia) invers,o do Ynus da prova) direito @ ampla de!esa e ao contradit/rio) le$alidade) dentre

    outros(

    O direito administrativo sancionador8disciplinar apenas mais uma das condi+:es "ur#dicas demani!esta+,o do ius puniendido Estado( Sua di!eren+a para o direito penal apenas de $rau ou) emal$umas situa+:es) mera op+,o le$islativa(6;7

    Nelson Uun$ria)6?7&ue compYs as Comiss:es respons*veis pela elabora+,o dos Ante9Pro"etos dosC/di$os Penal) Processo Penal e da Kei das Contraven+:es Penais) pronunciou9se no sentido ase$uir transcrito) re!or+ando o &ue !oi adu-ido anteriormente< =A ilicitude uma s/) do mesmomodo &ue um s/) na ess4ncia) o dever "ur#dico( Di-ia WENTUAM &ue as leis s,o divididas apenas

    por comodidade de distribui+,o< todas podiam ser) por sua identidade substancial) dispostas sobre

    um mesmo plano) sobre um s/ mapa9mundi( Assim) n,o '* como !alar9se de um il#citoadministrativo ontolo$icamente distinto de um il#cito penal( A separa+,o entre um e outro atendeapenas a critrios de conveni4ncia ou de oportunidade) a!ei+oados @ medida do interesse dasociedade e do Estado) vari*vel no tempo e no espa+o( Con!orme acentua WEKING a %nicadi!eren+a &ue pode ser recon'ecida entre as duas espcies de ilicitude de &uantidade ou de $rau)est* na maior ou menor $ravidade ou imoralidade de uma em cote"o com a outra( O il#citoadministrativo um minus em rela+,o ao il#cito penal( Pretender "usti!icar um discrime peladiversidade &ualitativa ou essencial entre ambos) ser* persistir no &ue ZZKA "ustamente c'amade estril especula+,o) id4ntica @ demonstra+,o da &uadratura do c#rculo(> 6Aspas e it*lico noori$inal79

    N,o '* ra-,o "ur#dica para re"eitar9se o sistema de semel'an+a do processo administrativodisciplinar para a estrutura do processo penal< =A puni+,o administrativa $uarda evidente a!inidade)estrutural e teleol/$ica) com a san+,o penal(>627

    Por isso &ue a tipi!ica+,o de um il#cito passa a assumir papel de $rande relev1ncia tambm naes!eradisciplinar8sancionat/ria) pois nesse ramo do direito) apesar de ser representado por uma inst1nciaadministrativa) ela respons*vel pela aplica+,o de severas penas) &ue possuem o e!eito deestabelecer um permanente dano psicol/$ico) com re!le0os !inanceiros) !amiliares e sociais) na vidado servidor p%blico condenado disciplinarmente(

    Dessa !orma) Eduardo Garc#a de Enterr#a e Tom*s Ram/n ernande-)67!iis ao desenvolvimentoda "urisprud4ncia constitucional espan'ola) ressaltam a aplicabilidade de princ#pios constitucionais

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn52http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn53http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn54http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn55http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn52http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn53http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn54http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn55
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    do direito penal no 1mbito do direito administrativo disciplinar) destacando< =a) le$alidadeBe0i$4ncia de &ue as condutas sancion*veis se"am previamente tipi!icadas pela lei !ormal e n,o porsimples re$ulamento b)in"usto t#pico Bimperativo de determina+,o prvia na lei das condutas) isto) a+:es ou omiss:es) &ue constituem in!ra+:es administrativas) e0cluindo9se cl*usulas abertas ouindeterminadas ou ainda as condutas de &uali!ica+,o $enrica ou sub"etiva c) nulla poena sine

    culpa Be0clus,o da responsabilidade ob"etiva) e0i$indo9se &ue &ual&uer sancionamentoadministrativo se"a !undado &uer em culpa &uer em dolo d)prescri+,o Blimita+,o temporal da!aculdade punitiva da Administra+,o) de !orma a paci!icar as rela+:es sociais e e!etivar o valorse$uran+a e)prova veri!icada da realidade da conduta reprov*vel Ba!astamento das presun+:esdes!avor*veis contra os administrados) princ#pio compreendido por a&uele da presun+,o deinoc4ncia e pelo due process of law) a e0i$ir um procedimento &ue asse$ure a possibilidade deampla de!esa) de contradit/rio e de produ+,o probat/ria aos administrados(> 96It*lico e par4ntesesno ori$inal79

    Essas condi+:es le$ais descritas pelos ilustres mestres espan'/is retratam a per!eita adapta+,o coma atual constitucionali-a+,o da ordem "ur#dica brasileira(

    Na situa+,o "ur#dica do processo administrativo disciplinar) onde os tipos le$ais s,o va$os e abertos)o administrador p%blico ter* &ue descrever circunstanciadamente e detal'adamente os !atos eindicar os !undamentos le$ais Btipos classi!ica+,o8&uali!ica+,o "ur#dico disciplinar9 pertinentesBart( ;) VI) da Kei nJ (HF28) capa-es de demonstrar a pr*tica de in!ra+:es disciplinares) em tese!

    por parte do servidor p%blico(

    Essa base !*tica e "ur#dica completam o binYmio e0i$ido pelo princ#pio da le$alidade Bou da reservale$al capa- de con!erir uma se$uran+a le$al para a investi$a+,o(

    A prop/sito do princ#pio da le$alidade Dam*sio E( de 5esus) em sua Obra =Direito Penal < Parte

    Geral>( 33( ed( S,o Paulo< Saraiva) 3F) v(3) p( 2) pronuncia9se no se$uinte sentido< =Ensina 5osrederico Mar&ues &ue) alm de seu si$ni!icado pol#tico) possui o princ#pio um aspecto "ur#dico)uma ve- &ue !i0a o conte%do das normas incriminadoras) n,o permitindo &ue o il#cito penal se"aestabelecido $enericamente sem de!ini+,o prvia da conduta pun#vel e determina+:es da sanctio

    juris aplic*vel(> 6Aspas e it*lico no ori$inal79

    Sem as e0i$4ncias le$ais anteriormente re!eridas) o mandado de cita+,o67 ou a portariainau$ural6H7&ue) alm de outros re&uisitos determina a instaura+,o do processo administrativodisciplinar) possuem $rave v#cio capa- de violar o devido processo le$al) impedindo &ue 'a"a amplade!esa e &ue se"a institu#do o contradit/rio(

    Sendo certo &ue) tanto o Re$ulamento como &ual&uer outro ato administrativo 6F7 n,o poder,oestabelecer um tipo le$al) pelo !ato do mesmo) em termos de de!ini+,o8descri+,o8san+,o) ser sempre!i0ado por uma lei !ormal! &ue s/ poder* ser aplicada ao caso concreto) se !or sancionada e entrarem vi$or anteriormente a pr*tica da conduta in!racional pelo servidor p%blico(

    Oportuna a li+,o da eminente administrativista K%cia Valle i$ueiredo) &uando em e0erc#cio noTR ? Re$i,o) ao "ul$ar o Mandado de Se$uran+a nJ 32;() da ; T() em ;; de "un( de 32 96Aspas e par4nteses no ori$inal $ri!onosso79

    N,o !osse essa e!etiva in!lu4ncia do direito penal constitucionali-ado) o princ#pio da publicidadeadministrativa) previsto no caput) do art( ?H) da C) "* seria su!iciente para impor a necessidade dese estabelecer a obri$atoriedade da descri+,o certa) precisa e circunstanciada do !ato investi$ado)

    com a sua ade&ua+,o em um tipo le$al) estabelecido pelo te0to normativo(

    Todavia) como muito bem averbaram Sr$io erra- e Adilson Abreu Dallari) 67=na seara dosprocessos administrativos pertinentes @ aplica+,o de san+:es n,o deve o a$ente decis/rio dei0ar delevar em considera+,o a rica trama principiol/$ica do direito penal( Cabendo9l'e) em suma) levantaras pontes conceituais antes por n/s e0altadas) a !im de evitar &ue o processo reali-e n,o a "usti+a)mas a suma in"usti+a(>

    Mais a !rente) os ilustres tratadistas)67com o devido acerto) peculiar aos seus posicionamentos"ur#dicos) dei0am bem lan+adas ra-:es sobre os princ#pios da reserva le$al e da tipicidade normativada san+,o administrativa) verbis< =Em primeiro lu$ar) imp:em9se bradar em altas vo-es< n,o '*

    san+,o administrativa admiss#vel sem prvia capitula+,o le$al Blei em senso estrito( Nem preciso)no particular) recorrer ao inciso LLLIL) do art( J da Constitui+,o ederal) assim evitando a

    polemica( Com a&ueles &ue pretendem a aplicabilidade desse comando e0clusivamente ao crimeBtambm em sentido estrito bastar* nos a!inarmos ao inciso II do mesmo art( J) consa$rador do

    princ#pio da le$alidade) marca !undamental da atividade administrativa de &ual&uer nature-a( Emde!initivo< san+,o administrativa s/ pode decorrer de lei anterior) e lei em cun'o !ormal Bn,o

    bastando simples medida provis/ria) &ue n,o passa de lei sob condi+,o) lei a t#tulo prec*rio o &ue)a toda evid4ncia) n,o se presta a de!inir in!ra+:es e respectivas san+:es< a repercuss,o e a

    pro!undidade do en&uadramento in!racional e da decorrente submiss,o sancionat/ria s,oincompat#veis com um "u#-o de validade de!initiva dependendo da 'ipottica convers,o da medidaem lei( Decorr4ncia ina!ast*vel das precedentes considera+:es estampa9se na inaceita+,o) de nossa

    parte) da a!irma+,o) at a&ui correntia) de n,o e0istir no direito administrativo) a e0i$4ncia datipicidade( Ou se"a) em suas atua+:es sancionat/rias bastaria @ Administra+,o re!erir) abertamente) o!ato pun#vel) dispensando9se do en&uadramento normativo correspondente( N,o '* comocompatibili-ar tal a!irma+,o com as $arantias constitucionais da ampla de!esa e do contradit/rio)desde 3FF e0pressamente con!eridas tambm ao processo administrativo(> 6Par4nteses noori$inal $ri!o nosso79

    Portanto) deve o Administrador p%blico) &uando investido do poder disciplinar) primar pelocumprimento da re$ular investi$a+,o) atravs de uma apura+,o "usta) sendo a conduta in!racional

    praticada pelo servidor p%blico prevista em um tipo le$al) com a sua descri+,o detal'ada ecircunstanciada(

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn59http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn60http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn59http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn60
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    Averbe9se) nesse sentido) o ma$istral "ul$ado da Turma) do Superior Tribunal de 5usti+a) noROMS nJ 3(;28GO)637&ue teve a relatoria da eminente Ministra Kaurita Va-) assim ementado oaresto< =Administrativo( Recurso Ordin*rio em Mandado de Se$uran+a( Processo AdministrativoDisciplinar( In!ra+,o Administrativa tipi!icada no art( ??) inciso KVI) da Kei nJ( 3(28FF(Aus4ncia da elementar do tipo =em servi+o>( Nulidade do Decreto Demiss/rio( Direito l#&uido e

    certo( 3(In casu) em nen'um momento restou e!etivamente evidenciado &ue o Recorrente estivesseno e0erc#cio de seu mister B=em servi+o>( Isso por&ue) uma ve- &ue os !atos se deram em localdiverso do ambiente do trabal'o) ainda &ue pr/0imo) como consta do Relat/rio inal) somente seriacab#vel a imputa+,o acaso !icasse demonstrado &ue o Recorrente estava) ao menos) no cumprimentodas atribui+:es do car$o no momento do ocorrido) o &ue n,o ocorrera na espcie( ;( O !ato decuidar9se da v#tima de !uncion*rio p%blico) cole$a de servi+o do Recorrente) e de e0istir umaanimosidade entre eles em ra-,o do servi+o) se$undo consta dos autos) n,o se mostra su!iciente paratipi!icar o il#cito administrativo( ?( No campo do direito disciplinar) assim como ocorre na es!era

    penal) interpreta+:es ampliativas ou anal/$icas n,o s,o) de espcie al$uma admitidas) sob pena deincorrer9se em o!ensa direta ao princ#pio da reserva le$al( 2( Ressalte9se &ue a utili-a+,o deanalo$ias ou de interpreta+:es ampliativas) em matria de puni+,o disciplinar) lon$e de con!erir ao

    administrado uma acusa+,o transparente) p%blica) e le$almente "usta) a!ronta o princ#pio datipicidade) corol*rio do princ#pio da le$alidade) se$undo as m*0imas< nullum crimen nulla poena

    sine lege stricta e nullum crimen nulla poena sine lege certa,postura incompat#vel com o EstadoDemocr*tico de Direito( ( Recurso con'ecido e parcialmente provido para anular a penademiss/ria aplicada ao Recorrente(26Aspas) it*lico e par4nteses no ori$inal79

    Em seu voto condutor) no ROMS nJ 3(;28GO a Ministra Kaurita Va-) ao estabelecer a similitudedo direito disciplinar ao direito penal) vinculou a discricionariedade do administrador p%blico ao

    princ#pio da le$alidade< =. &ue) no campo do direito disciplinar) assim como ocorre na es!era penal)interpreta+:es ampliativas ou anal/$icas n,o s,o) de espcie al$uma) admitidas) sob pena deincorrer9se em o!ensa direito ao princ#pio da reserva le$al( N,o se pode admitir9se &ue adiscricionariedade do administrador atue de !orma derro$at/ria do princ#pio da le$alidade) emespecial nos casos cu"os preceitos secund*rios cominem penalidades $raves ou $rav#ssimas) comono caso da demiss,o) na medida em &ue importa em !erimento aos direitos !undamentais doservidor ante @ ine$*vel inconstitucionalidade de &ue se reveste o ato punitivo &uando pautado em

    padr:es !luidos) oriundos de conceitos indeterminados( B((( Ressalte9se &ue a utili-a+,o de analo$iaou de interpreta+:es ampliativas em matria de puni+,o disciplinar) lon$e de con!erir aoadministrado uma acusa+,o transparente) p%blica) e le$almente "usta) a!ronta o princ#pio atipicidade) corol*rio do princ#pio da le$alidade) @ lu- das m*0imas< nullum crimen nulla poena sinelege stricta e nullum crimen nulla poena sine lege certa, postura incompat#vel com o EstadoDemocr*tico de Direito(> 96It*lico no ori$inal79

    A prop/sito) se$uem outros importantes "ul$ados do ST5 &ue !oram constru#dos com a !inalidade de!iscali-ar a aplica+,o indiscriminada da pena de demiss,o do servidor p%blico) &ue apesar deestarem previstas no tipo le$al descritivo de uma in!ra+,o disciplinar) a desproporcionalidade dasan+,o !oi identi!icada pela insubsist4ncia das condutas investi$adas) verbis< 39 =Administrativo(Mandado de Se$uran+a( Policial Rodovi*rio ederal( Processo Administrativo Disciplinar( Controle5urisdicional( Princ#pios da Proporcionalidade e Ra-oabilidade( Demiss,o( Ile$alidade( Concess,oda Se$uran+a( 3( O controle "urisdicional em mandado de se$uran+a e0ercido para apreciar ale$alidade do ato demiss/rio e a re$ularidade do procedimento) @ lu- dos princ#pios do devido

    processo le$al) contradit/rio e ampla de!esa) bem como proporcionalidade da san+,o aplicada como !ato apurado( Precedentes( ;( A conduta do Impetrante n,o se a"usta @ descri+,o da proibi+,o

    contida no art( 33H) inciso LI) da Kei n(J F(33;8) tendo em vista &ue a Comiss,o Processante n,olo$rou demonstrar &ue o servidor ten'a usado das prerro$ativas e !acilidades resultantes do car$o&ue ocupava para patrocinar ou intermediar interesses al'eios perante a Administra+,o( ?( Ordem

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn61http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn61
  • 5/26/2018 Princpio Da Tipicidade No Direito Administrativo Disciplinar

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    concedida) para determinar a reinte$ra+,o do Impetrante ao car$o p%blico) sem pre"u#-o de eventualimposi+,o de pena menos severa) pelas in!ra+:es disciplinares porventura detectadas) a partir do

    procedimento administrativo disciplinar em &uest,o(>6;7;9 =Mandado de Se$uran+a( Ministro da5usti+a( Administrativo( Servidor P%blico( Demiss,o( Processo Disciplinar( Pr*tica da usura n,ocon!i$urada( O impetrante se volta contra a sua demiss,o) calcada em processo disciplinar no &ual

    teria sido caracteri-ada a pr*tica da usura por parte do respectivo policial( N,o compreendida) noconceito le$al de usura) a conduta do servidor) o ato de demiss,o ile$al e arbitr*rio( Se$uran+aconcedida para determinar a anula+,o do ato demiss/rio e determinar a sua reinte$ra+,o no car$o de&ue !ora demitido(>6?7

    Veri!ica9se) com muita clare-a) &ue os motivos determinantes do mrito da san+,o disciplinar)resultantes do devido processo le$al) s,o pass#veis de an*lise pelo Poder 5udici*rio) eis &ue devemconter) obri$atoriamente) n,o s/ os princ#pios ob"etivos estabelecidos no caputdo art( ?H) da CBle$alidade) moralidade) publicidade) e!ici4ncia e impessoalidade) como tambm a&ueles &ue se

    baseiam em !atos &ue) por !or+a de normas le$ais propiciam a tomadas de decis:es disciplinaresneles contidos( Ou mel'or di-endo) =a le$alidade do ato administrativo e0i$e como condi+,o de

    validade n,o apenas a compet4ncia para a sua pr*tica e a re$ularidade !ormal e0tr#nseca) mastambm os seus re&uisitos substanciais a motiva+,o) os seus pressupostos de direito e de !ato)mormente &uando) 9 como na espcie estes elementos est,o de!inidos em lei como vinculadoresda !un+,o administrativa imposta(>627

    Por isso) l#cito ao Poder 5udici*rio e0aminar o motivo ou o ato administrativo disciplinar) paraveri!icar se ele se compra- com o princ#pio da se$uran+a "ur#dica) &ue nas palavras do MinistroGilmar erreira Mendes67se constitui em =elemento !undamental do Estado de Direito>) sendocerto) &ue se =e0i$e &ue as normas restritivas se"am dotadas de clare-a e precis,o) permitindo9se&ue o eventual atin$ido para identi!icar a nova situa+,o "ur#dica e as conse&X4ncias &ue deladecorrem( Portanto) clare-a e determina+,o si$ni!icam cognos cibilidade dos prop/sitos do

    le$islador(>96It*lico no ori$inal79

    Se$uindo9se o modelo le$islativo adotado pela Kei nJ F(33;8) &ue estabelece em seu arti$o 3?;) asta0ativas situa+:es dos tipos le$ais com previs,o de pena de demiss,o) deve9se veri!icar a condutain!racional do servidor p%blico) para se estabelecer a devida ade&ua+,o com um dos respectivostipos le$ais) sob pena de viola+,o ao princ#pio da le$alidade) pois) se assim n,o !or) a Autoridadeadministrativa estaria criando in!ra+:es disciplinares atravs de ato administrativo(

    Por isso &ue a !iel descri+,o das condutas in!racionais dos servidores p%blicos) subsumindo9se emum dos tipos le$almente previstos na lei!s,o imperiosas ao Estado Democr*tico de Direito no &ue

    pertine a condena+,o) imposi+,o de san+:es e restri+:es de direito(

    Dessa !orma) o princ#pio da tipicidade administrativo um dos corol*rios do plasmado dese$uran+a "ur#dica &ue estabelecido em um Estado Democr*tico de Direito(

    VI , CONCLUSO

    Mal$rado o respeito e a pro!unda admira+,o &ue nutrimos aos citados administrativistas &ue) apesarde !ornecerem relevantes posicionamentos doutrin*rios @ toda comunidade "ur#dica) interpretam &ueo princ#pio da tipicidade n,o aplic*vel ao direito administrativo sancionador) entendemos

    "ustamente o contr*rio deles) por ser uma e0i$4ncia le$al) limitar o discricionarismo desen!reado doAdministrador p%blicoatravs de disposi+:es Constitucionais e leis in!raconstitucionais(

    Somente a lei !ormal poder* estabelecer tipos le$ais com suas respectivas penalidades disciplinares)bem como ade&uar condutas aos respectivos il#citos(

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn62http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn62http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn63http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn64http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn65http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn65http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn62http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn63http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn64http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn65
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    A tipicidade no direito administrativo disciplinar se$ue a salutar in!lu4ncia do direito penal)e0i$indo9se da Comiss,o Disciplinar e Autoridade 5ul$adora) a veri!ica+,o dos elementos ob"etivosdo tipo bem como dos sub"etivos Bdolo ou culpa e normativos) para e!etuarem a devida subsun+,odo !ato praticado pelo servidor p%blico ao tipo 9B sua descri+,o9 previsto na lei) =corol*rio daobserv1ncia do princ#pio da culpabilidade e do instituto da imputa+,o sub"etiva(>67

    Dessa !orma) as in!ra+:es disciplinares de bai0o) mdio ou $rave potencial o!ensivo ao PoderP%blico) devem ser ob"eto de descri+,o minuciosa e anal#tica da conduta tida como il#cita Bconte%do

    preciso) visto &ue nessa situa+,o) n,o se con!ere mar$em discricion*ria @ Autoridadeadministrativa) para ao !inal se proceder ao en&uadramento le$al das respectivas in!ra+:esdisciplinares relacionadas ao princ#pio da tipicidade(

    A atua+,o da Administra+,o P%blica deve sempre ser em con!ormidade com a lei e com o direitoBart( ;J) I) da Kei n(J (HF28( Por essa ra-,o &ue o pressuposto da a+,o administrativa a

    previs,o le$al de sua atua+,o( Encontrando9se submetida @s leis) somente podendo re$ularmentea$ir ou dei0ar de a$ir &uando por elas permitida) se constata &ue o princ#pio da tipicidade um dos

    corol*rios dessa vincula+,o(

    De!lui esse entendimento do !ato da le$alidade administrativa estabelecer tambm a submiss,o doEstado a toda ordem "ur#dica( Sendo um dos encar$os do le$islador construir modelos "ur#dicos) a

    partir da realidade) para estabelecer abstratamente) valores &ue a colocam como um !im a seralcan+ado(

    Nesse sentido) Mi$uel Reale 5%nior)6H7em con!ormidade com os ensinamentos de arl En$isc'disserta sobre a a+,o t#pica< =Se$undo ENGISCU) a a+,o t#pica decorre de uma passa$em doconcreto ao concreto por meio do abstrato) ou se"a) o le$islador da realidade constr/i o modelo) o&ual se amolda ao comportamento !uturo) pela presen+a no concreto dos dados elementares

    invari*veis &ue ele descreve( A constru+,o normativa ) contudo) sempre orientada na dire+,o dosi$ni!icado da a+,o) cu"a positividade a!irma9se ou ne$a9se(>Por isso) n,o se pode !undamentar uma penalidade no direito consuetudin*rio ou em aplica+,oanal/$ica)6F7por esse ou a&uele !undamento(

    Deve a a+,o ser t#pica e anti"ur#dica) ou se"a) ade&uando9se com a descri+,o !eita pela lei)ob"etivando subsumir na mesma a conduta de &uem praticou um ato il#cito!para !undament*9lo(

    Em abono ao &ue !oi dito) se$ue o ma$istrio de laus Ro0in< 673Esa acci/n '* de ser t#pica) osea) '* de coincidir com uma de las descripciones de delitos) &ue l,s m*s importantes est*n reunidasem la Parte especial do CP( B((( Ka estricta vinculaci/n a la tipicidade es una consecuencia del

    principio nullun crime sine lege( Por consi$uinete no es posibile derivar acciones punibles deprinc#pios "ur#dicos $enerales ] sin un tipo !i"ado) como ocurre en al$unas conse&uencias "uridiscaciviles(> 96It*lico no ori$inal $ri!o nosso79

    Dessa !orma) a tipicidade Bt]pi-itt) como caracter#stica do direito penal moderno) totalmentee0tens#vel ao direito administrativo disciplinar se$undo Welin$) a necessidade de &ue os delitosse"am catalo$ados) ou correspondam) aos tipos descritos em lei) para &ue eles n,o !i&uem e0postosa va$as e $enricas de!ini+:es(

    Por essas ra-:es) n,o '* plausibilidade "ur#dica em impor9se uma puni+,o disciplinar se a mesman,o est* !ulcrada em um tipo le$al) previamente estabelecido! atravs de lei !ormal e em vi$or antes

    da pr*tica da conduta in!racional do servidor p%blico Bprinc#pio da anterioridade da lei(

    http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn66http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn67http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn68http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn69http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn66http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn67http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn68http://claudiorozza.com.br/admin/includes/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=htmlsource&Toolbar=Default#_ftn69
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    637REAKE 5\NIOR) Mi$uel(Instituies de !ireito "enal( ;( ed( Rio de 5aneiro< orense) ;2) v(

    ;) p( 3?(6;7MATTOS) Mauro Roberto Gomes de(#ei n$ %.&&'(* Interpretada e +omentada) ?( ed() Rio de5aneiro< Amrica 5ur#dica) ;) p( 3?(6?7=El !ormalismo moderado determina la adopci/n de ritos ] !ormas m*s simples( Sin embar$o) esimportante res$uardar las !ormalidades necesarias a la se$uridad "ur#dica) al cumplimiento de losderec'os) principalmente a los princ#pios del contradictorio ] de la amplia de!esa) atendimiento entodo momento al !in deseado> BWACEKKAR IKUO) Romeu elipe(l "rocedimiento y el "roceso

    -dministrativo en el istema /ur0dico 1rasile2o) cit( ant() p( 22(627C!( WACEKKAR IKUO) Romeu elipe(!ireito -dministrativo e o Novo +3digo +ivil) WeloUori-onte< /rum) ;H) ps( 3;93?(67CARVAKUO IKUO) 5os dos Santos("rocesso -dministrativo 4ederal. Rio de 5aneiro< Kumen

    5uris) ;3( ps(393H(67 AKMEIDA 5\NIOR) 5o,o Mendes de( 5 "rocesso +riminal 1rasileiro( Rio de 5aneiro8S,oPaulo< reitas Wastos) 3) v( ;) p( 3F?(6H7Rel( Min( Oro-imbo Nonato(In6 7438??(6F7ST( Rel( Min( Celso de Mello) UC nJ H(H?8D) 3 T()!/de ;? set( 32) p( ;(?;F(67ST( Rel( Min( Gilmar Mendes) UC nJ F2(28SP) ; T()!/de 3 a$os( ;) p( H(637TORNAGUI) Ulio(Instituies de "rocesso "enal( Rio de 5aneiro< orense) 3) v( ;) p( 3(6337MIRAWETE) 5ulio abbrini( +3digo de "rocesso "enal Interpretado( F( ed( S,o Paulo< Atlas);3) p( 3H3(63;7ST( Relator p8 ac/rd,o Min( Gilmar Mendes) UC nJ F2(28SP) ; T()!/de 3 a$os( ;) p(H(63?7GRECO IKUO) Vicente(8anual de "rocesso "enal( S,o Paulo< Saraiva) 33) p( 2(6327 =B((( o In&urito administrativo disciplinar instaurado para apura+,o pr*tica de il#citoadministrativo mediante Portaria &ue n,o contm a descri+,o dos !atos imputados ao servidor

    p%blico contm $rave v#cio de nulidade) por&ue a!ronta os princ#pios do contradit/rio e da amplade!esa( Recurso Ordin*ria provido(> BST5(Rel( Min( Vicente Keal) ROMS nJ 3(HF8PA) T()!/de ;; nov( 3) p( 32(637OSRIO) *bio Medina(!ireito -dministrativo ancionador) S,o Paulo< RT) ;)p(3F93(637ST(Voto do Min( Gilmar Mendes) no UC nJ F2(28SP) ; T()!/de 3 a$os( ;) p( H(63H7DE^AN) Sandro K%cio( 5 princ0pio da atipicidade do il0cito disciplinar. feitos jur0dicos

    produ9idos pelos princ0pios da culpabilidade e da imposi:o subjetiva( 5usNavi$andi! Teresina)

    ano ) n( ) 32 "an( ;(Dispon#vel em ( Acesso em< ;; de "ul( ;H) p( ?(63F7CRETEKKA 5\NIOR) 5os(- pr;tica do "rocesso -dministrativo( ;( ed( S,o Paulo< RT) 3F)p(H9F(637CRETEKKA 5\NIOR) 5os(Id(6;7DI PIETRO) Maria S]lvia ^anella(!ireito -dministrativo( 32( ed( S,o Paulo< Atlas) ;;) p(3(6;375.^E) Gaston("rincipios de !roit -dministratif( Paris< s(8ed() 3;H) p( HH(6;?7 OKIVEIRA) A( Gon+alves de( Parecer de ; de a$osto de 3(In

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    6;7 RAGOSO) Ueleno Cl*udio( Ile$alidade e Abuso de Poder na Den%ncia e na Pris,oPreventiva(In

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    627ST5( Rel( Min( Uumberto Gomes de Warros) REsp nJ 38R5) 3 T()!/de 3F out( 3?) p(;3(F23(67ENTERRA) Eduardo Garc#a de ERNANDE^) Tom*s Ram/n( +urso de !ireito...)op( cit(ant() p( 2?(67=Mandado de Se$uran+a 9 Processo Administrativo Disciplinar 9 Revelia 9 Edital de Cita+,o 9

    Aus4ncia de Descri+,o e Tipi!ica+,o da Conduta 9 Cerceamento de de!esa( 3( O mandado de cita+,on,o cumpre sua destina+,o espec#!ica &uando n,o se reporta @ base !*tica ou "ur#dica &ue sirva paradar ci4ncia ao investi$ado das imputa+:es !eitas contra si) impossibilitando o e0erc#cio do amplodireito de de!esa) impondo9se recon'ecer) em casos &ue tais) a ile$itimidade da atividade disciplinar)e) por conse$uinte) a nulidade do processo administrativo( ;( Precedente do Tribunal( ?( Se$uran+aconcedida(> BST5( Rel( Min( Anselmo Santia$o) MS nJ 3;8D) ? S()!/de 3J de-( 3) p(3?(6H7=Administrativo( Recurso em Mandado de Se$uran+a( Processo Disciplinar( Omiss,o dos !atosimputados ao acusado( Nulidade( Provimento( 3( A Portaria inau$ural e o mandado de cita+,o) no

    processo administrativo) devem e0plicitar os atos il#citos atribu#dos ao acusado( ;( Nin$um podede!ender9se e!ica-mente sem pleno con'ecimento das acusa+:es &ue l'e s,o imputadas( ?( Apesarde in!ormal) o processo administrativo deve obedecer @s re$ras do devido processo le$al( 2( Recurso

    con'ecido e provido(> BST5(Rel( Min( Pe+an'a Martins) ROMS nJ 3H28ES) ; T()!/de ? set(3;) p( ?(F(6F7=Ato administrativo n,o pode tipi!icar in!ra+,o administrativa nem cominar penalidade) sob!orma de violar o princ#pio da le$alidade( A $arantia constitucional do devido processo le$alalcan+a procedimentos administrativos sancionat/rios(> BTR ? Re$i,o(Rel( Des( ed( K%ciaValle i$ueiredo) MS nJ 32;() ; T() "ul$ado em ;; de "un(32( In

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    ;;838;3; 9 Atos vinculados de "ul$amento de processo administrativo disciplinar< temperamentospelos princ#pios da proporcionalidade e "usti+a3838;3; 9 Da incid4ncia do princ#pio do in!ormalismo nos procedimentos administrativosdisciplinares

    3;83;8;33 9 O principio do administrador competente e a composi+,o do cole$iado de sindic1nciapunitiva no sistema da Kei ederal F33;8338F8;33 9 Sindic1ncia patrimonial n,o possui poderes para violar o si$ilo banc*rio e !iscal dosindicado) salvo se autori-ada pelo Poder 5udici*rio

    ;8F8;3 9 A inconstitucionalidade por crueldade da pena de suspens,o aplic*vel aos servidoresp%blicos

    ;;8F8;3 9Controle da disciplina sem sindic1ncia e sem processo

    338H8;3 9 O pensamento "ur#dico cr#tico< a Teoria Cr#tica do Direito

    ;88;3 9O problema da responsabilidade administrativa do servidor p%blico por atos praticadosna vida privada< limites ao processo administrativo disciplinar

    ;H828;3 9Re!le0:es a prop/sito do re$ime disciplinar do servidor p%blico

    2828;3 9I$re"a no Estado laico

    ;28;8;3 9 [uest:es !undamentais de de!esa do acusado em sindic1ncia ou processoadministrativo disciplinar no re$ime da Kei F(33;8

    3H83;8; 9O e0erc#cio do ma$istrio $eral por militares estaduais 9 caso 'ipottico do Cear*

    3H8338; 9 A especial observ1ncia da le$alidade estrita nos tipos culposos e seus re!le0os no direito administrativo disciplinar

    3838; 9A estupide- do 'or*rio de ver,o

    ;88; 9A massa de incid4ncia da S%mula Vinculante 9ST3F88; 9Controle 5udicial da Administra+,o P%blica

    3?828; 9PRESCRIO DISCIPKINAR REGIDA PEKO DIREITO PENAK

    ;8?8; 9A Teoria da A+,o no Direito Administrativo Disciplinar

    ;?8338;F 9 RE.NS DE PKANOS DE SA\DE

    F8338;F 9 A Estrutura 5ur#dica da Puni+,o Disciplinar

    ;3838;F 9 O DIREITO E O ZTZRO( O ZTZRO E O DIREITO< a concreti-a+,o respons*vel e poss#vel

    ;8F8;F 9Antes e depois de Dantas BAD9DD;?828;F 9A S%mula ?2?8ST5 9 De!esa tcnica 9 presen+a do advo$ado

    ;828;F 9Criminolo$ia e pol#tica de preven+,o da indisciplina

    F8?8;F 9Considera+:es sobre o processo administrativo disciplinar

    ;8;8;F 95ui- substituto natural

    383;8;H 9Car$a dos autos de processo administrativo

    8338;H 9Necessidade de "usta causa para a instaura+,o de processo administrativo disciplinar

    http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=110:antonio-carlos-alencar-carvalho&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=110:antonio-carlos-alencar-carvalho&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=104:da-incidencia-do-principio-do-informalismo-no-processo-administrativo-disciplinar&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=104:da-incidencia-do-principio-do-informalismo-no-processo-administrativo-disciplinar&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=101:o-principio-do-administrador-competente-e-a-composicao-do-colegiado-de-sindicancia-punitiva-no-sistema-da-lei-federal-811290&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=101:o-principio-do-administrador-competente-e-a-composicao-do-colegiado-de-sindicancia-punitiva-no-sistema-da-lei-federal-811290&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=84:mauro-roberto-gomes-de-mattos&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=84:mauro-roberto-gomes-de-mattos&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=31:a-inconstitucionalidade-por-crueldade-da-pena-de-suspensao-aplicavel-aos-servidores-publicos&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=31:a-inconstitucionalidade-por-crueldade-da-pena-de-suspensao-aplicavel-aos-servidores-publicos&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=32:controle-da-disciplina-sem-sindicancia-e-sem-processo&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=32:controle-da-disciplina-sem-sindicancia-e-sem-processo&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=33:o-pensamento-juridico-critico-a-teoria-critica-do-direito&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=34:o-problema-da-responsabilidade-administrativa-do-servidor-publico-por-atos-praticados-na-vida-privada-limites-ao-processo-administrativo-disciplinar&catid=4:tribuna-de-honra&Itemid=5http://www.claudiorozza.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=34:o-problema-da-responsabilidade-adminis