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Problemas e avanços na dosimetria de cristalino M.Sc. Ana Luiza S. Lima Kubo Aluna de Doutorado, IRD/CNEN Física Médica DASA/RJ e PhysRAD

Problemas e avanços na dosimetria de cristalinoacquaviva.com.br/CBFM2015/trabalhos/CBFM_Palestras/13P_047.pdf · • Posicionamento do dosímetro. 11. Recomendações de uso •Campo

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Problemas e avanços na

dosimetria de cristalino

M.Sc. Ana Luiza S. Lima KuboAluna de Doutorado, IRD/CNEN

Física Médica DASA/RJ e PhysRAD

Por que medir a dose do cristalino?

• Sensibilidade

• Efeito estocástico x efeito determinístico – documento

ICRP e ICRP 118

• Aumento dos casos de catarata em alguns profissionais

2

Statement on Tissue Reactions - ICRP

Statement on Tissue Reactions - aprovado em 21

de abril de 2011 pela ICRP

Algumas recomendações:

1- Efeito determinístico x reações teciduais

2- Alteração do valor do limiar de dose absorvida

para cristalino para 0,5 Gy.

3- Exposição ocupacional em situações planejadas

– limite de dose para cristalino = 20 mSv em um

ano, média sobre um período de 5 anos, sem

que qualquer ano exceda 50 mSv.

3

Evolução das recomendações - ICRP

4

DocumentoLimite de dose para

cristalino

Limiar para

opacidade

detectável

ICRP 26 (1977) 300 mSv/ano -

ICRP 60 (1990) 150 mSv/ano5 Gy (exp.

prolongadas)

ICRP 103 (2007) 150 mSv/ano5 Gy (exp.

prolongadas)

Statement on

Tissue Reactions

(2011)

50 mSv/ano desde

que com dose média

menor que 20

mSv/ano em 5 anos

0,5 Gy

Funções críticas - exposição do cristalino

6

Recomendações Internacionais

• Statement on Tissue Reactions, Approved by the ICRP on April 21, 2011

• ICRP Statement on Tissue Reactions / Early and Late Effects of Radiation in Normal

Tissues and Organs – Threshold Doses for Tissue Reactions in a Radiation Protection

Context - ICRP Publication 118 - Ann. ICRP 41(1/2), 2012

• IEC 62387:2012 - Radiation protection instrumentation - Passive integrating dosimetry

systems for personal and environmental monitoring of photon and beta radiation

• Implications for Occupational Radiation Protection of the New Dose Limit for the

Lens of the Eye - TECDOC No. 1731 - IAEA TECDOC SERIES - 2013

• Occupational Radiation Protection - IAEA Safety Standards for protecting people and

environment - DRAFT SAFETY GUIDE DS453 – 10 February 2014

• Radiation Protection and Safety of Radiation Sources: International Basic Safety

Standards – IAEA - SAFETY STANDARDS SERIES . gsr part 3, 2014.

• BS ISO 15382 - Radiological protection - Procedures for monitoring the dose to the

lens of the eye, the skin and the extremities - Em fase final de aprovação7

Regulamentação no Brasil

Limitação de dose

• Norma CNEN NN 3.01/2014 - Diretrizes Básicas de

Proteção Radiológica

Limite de dose ocupacional no cristalino foi alterado

para 20 mSv/ano como média aritmética em 5 anos

consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em

qualquer ano pela resolução CNEN 114/2011.

• Portaria 453/ANVISA – Consulta Pública nº6 - fev/2015

– Limite: 20 mSv/ ano para cristalino

8

Dosimetria de cristalino

9

Fatores complicadores na dosimetria

• Fator de correção (?)

• Influência das blindagens/ equipamentos de proteção

• Diferentes geometrias (diversidade de equipamentos de raios

X e diferentes práticas em medicina nuclear)

• Diferentes tipos e complexidades de procedimentos (atividade

manipulada, tempo de fluoroscopia/ manipulação, número de

imagens adquiridas, manipulação de radionuclídeos com

diferentes energias, etc)

• Diferentes técnicas de trabalho (projeções usadas, forma de

manipular radionuclídeos não selados, tipo de paciente, etc.)

• Experiência do médico e do IOE que manipula os

radionuclídeos

10

Problemas na dosimetria individual

• Grandezas operacionais – calibração

CNEN NN 3.01 / 005:2011 - Critérios de cálculo de dose efetiva a partirda monitoração individual

Para campos não uniformes ou radiação pouco penetrante,deve também ser estimada a dose equivalente emtecidos específicos. (...) No caso da dose equivalente decristalino, deve-se usar monitores individuais calibrados nagrandeza operacional HP(3).

• Fatores de conversão ISO 12795:2000 para HP(3) (Sv/Gy)são limitados.

• Posicionamento do dosímetro.

11

Recomendações de uso

• Campo de radiação não homogêneo: o dosímetrodeve ser colocado perto dos olhos, se possível emcontato com a pele e de frente para a fonte de radiação.

• Uso de blindagem/óculos plumbíferos: o dosímetrodeve preferencialmente ser localizado atrás dablindagem - se tal não for possível, o dosímetro deveser usado acima ou ao lado dos olhos e possivelmentecoberto por um filtro para simular a atenuaçãoproporcionada pelos óculos.

• Para a radiação beta, o monitoramento é necessárioapenas se o máximo de energia exceder 700 keV, umavez que a radiação beta de baixa energia não penetrano cristalino.

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Recomendações de uso

•ISO 12794:2000 para cristalino: HP(3) usando fantoma SLAB

13Monitoring the Eye lens: Paper to talk presented at IRPA13: TS7e.3

Geralmente é aceitável medir usando HP (0,07) ou HP (10) (se a

energia média de fótons > 40 keV e α=0º).

Ex. de dosímetros comerciais

14

EYE-D – Radcard - Polônia

(projeto ORAMED)

Dosímetro: MCP-N com cápsula de

poliamida (3 mm de espessura)

20 cm x 20 cm e paredes de

0,5 cm de PMMA

15

Public Health England – Inglaterra

Dosímetro de corpo inteiro: podem medir dose no cristalino - usar na

gola (campo de radiação conhecido e uniforme). Somente fótons.

“Headband”: mede HP(3) para fótons e beta (campo de radiação na

proximidade dos olhos não é bem conhecido).

Ex. de dosímetros comerciais

16

Rotunda Scientific Technologies -

Estados Unidos –1 ou 3 dosímetros presos

a uma “headband” (para reduzir a

dependência angular). Incorpora um filtro

de 3 mm para Hp(3).

Centro de Dosimetría – Lisboa

Calibrados em dose equivalente pessoal

superficial HP(0.07) e profunda HP(10).

Ex. de dosímetros comerciais

Doses ocupacionais de tórax e cristalino

17

Correlação entre as doses

18

Medicina Nuclear - Radiofarmácia

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

A* B C D E

Do

se (

mS

v)

IOE

Dose no cristalino x dose efetiva -Radiofarmácia

Cristalino (mSv/dia) Corpo inteiro (mSv/dia)

* IOE que realizou a troca do gerador de 99mTc

Correlação entre as doses

19

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

Fracionamento Injeção

Do

se (

mS

v)

Dose no cristalino x dose efetiva - PET

Cristalino (mSv/dia) Corpo inteiro (mSv/dia)

Artigo

20

Expectativas

21

- Publicação da BS ISO 15382 - Radiological

protection - Procedures for monitoring the dose to

the lens of the eye, the skin and the extremities

- Recomendação internacional para calibração de

dosímetro de cristalino bem estabelecida

- Regulamentação nacional para dosimetria

de cristalino

Obrigada!

22

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