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8 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO I – Antônio Fabrício de Matos Gonçalves e-mail: Fabrí[email protected]/[email protected] Telefone: 32985647/87481664 FACEBOOK: Antônio Fabrício Gonçalves 29/07/2014 Distribuição de Pontos 1ª Prova: aberta, 25 ptos 2ª Prova: fechada, 30 ptos Global: Mista 30 ptos Trabalhos: 3 em sala, 5 pontos, em dupla: 15 pontos Bibliografia *Curso de Direito Processual do Trabalho Carlos Henrique Bezerra Leite Ed. LTR Curso de Direito Processual do Trabalho

Processo Trabalho

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Matéria Direito Processual do Trabalho

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Page 1: Processo Trabalho

8 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO I – Antônio Fabrício de Matos

Gonçalves

e-mail: Fabrí[email protected]/[email protected]

Telefone: 32985647/87481664

FACEBOOK: Antônio Fabrício Gonçalves

29/07/2014

Distribuição de Pontos

1ª Prova: aberta, 25 ptos

2ª Prova: fechada, 30 ptos

Global: Mista 30 ptos

Trabalhos:

3 em sala, 5 pontos, em dupla: 15 pontos

Bibliografia

*Curso de Direito Processual do Trabalho

Carlos Henrique Bezerra Leite

Ed. LTR

Curso de Direito Processual do Trabalho

Cleber Lúcio de Almeida

Ed. Del Rey

Page 2: Processo Trabalho

O processo do trabalho surgiu em 1923 com as Juntas em São Paulo, haja vista

que não existia uma justiça especializada do direito do trabalho.

Em 1946 a Justiça do trabalho foi transformada em um órgão da justiça do

trabalho e desvinculada do Ministério do Trabalho, como assim o era antigamente.

A partir da Emenda 45 os juízes do TRT passaram a ser chamados de

desembargadores dos TRTs. No TST não há juízes ou desembargadores, mas

ministros.

O Tribunal do RJ foi o primeiro a ser criado, sendo da 1ª região.

Nem todos os Estados têm TRTs, apesar da CR assim prever.

Hoje se tem 24 TRTs no Brasil.

O Tribunal de MG é o da 3ª região.

Só há um TST, por isso um processo no TST demora três, quatro anos para

serem julgados.

O art. 791 da CLT diz que o jus postulandi podem ser feitos pelas próprias partes,

mas, hoje, o reclamado (contra quem se faz) não abre mão de advogado.

Tecnicamente, quando alguém vai fazer um recurso no primeiro grau de jurisdição

civil para o Tribunal TJ, não irá recorrer, mas apelar. Quando ele diz que vai

distribuir uma petição ele vai distribuir uma inicial e ali esta será respondida, cuja

resposta é chamada contestação. No processo do trabalho o indivíduo irá

reclamar, haja vista que ação se chama Reclamatória Trabalhista, bem como irá

recorrer, haja vista que será através do recurso ordinário, bem como é dado o

nome de defesa. Assim, a linguagem usada pela CLT é uma linguagem para

aproximação.

Princípio da impugnação específica refere-se a defender tudo e após vir

defendendo ponto a ponto novamente.

O processo do trabalho funciona de maneira distinta do processo civil.

Page 3: Processo Trabalho

www.abrat.net

30/07/2014

Recurso Ord.

Emb. Decla.

Tribunal Superior

do Trabalho

Sentença

Impugnação

Tribunais Regionais do Trabalho

Defesa

Recla. Traba.

Vara do Trabalho

Page 4: Processo Trabalho

Em 2004 o último juiz classista deixou de existir. Os juízes classistas tinham a

função de estabelecer acordos. Existia juiz classista no 1º grau e ministro classista

no TST. Esses juízes e ministros classistas não, necessariamente, tinham

conhecimento técnico. A Emenda Constitucional 24 extinguiu essa classe.

Hoje, o papel dos classistas é exercido pelo próprio juiz.

Não tem agravo de instrumento em decisão interlocutória na justiça de trabalho, o

que deixa o juiz muito poderoso, assim, o que deve a parte fazer no caso de

entender algum prejuízo, lesão, é pedir o protesto na audiência.

No direito do trabalho, a ação será proposta no local onde foi contratado ou onde

trabalhou.

Obs.: excepto é aquele que vai apresentar exceção.

Na justiça do trabalho pode ser apresentada defesa oral.

Lidi simulada é audiência simulada entre as partes para se ter um acordo

homologado pela justiça do trabalho, aqui, não há conflito. A justiça do trabalho

acaba sendo usada como órgão homologador (não é uma prática legal).

A Justiça do Trabalho tem três ritos processuais, ordinário, sumário e

sumaríssimo. No sumário são os processo até dois salários mínimos, a lei veda

recurso nesse procedimento, a não ser que haja afronta a direito constitucional. O

sumaríssimo, é uma invenção nova no direito do trabalho brasileiro, limita bastante

as ações trabalhistas onde cada parte pode arrolar só duas testemunhas, não

pode citação por edital, a perícia é limitada, as testemunhas são convidadas pelas

partes, se não comparecerem aí o juiz intimará, a justiça é una, tudo é feito em

única audiência – tudo acontece na hora. Nas ações acima de 40 salários mínimos

Page 5: Processo Trabalho

tem o ordinário, cabendo perícia e citação por edital, a parte pode levar até três

testemunhas, as quais são intimadas, podendo a audiência ser fracionada, ainda

que a lei diga que a justiça do trabalho é uma, pelo costume, sendo a instrução

realizada em outra fase, em alguns casos. Quando se é citado na justiça do

trabalho, na primeira citação, vem dizendo se a audiência é una ou não, dizendo

se deverá levar testemunha ou não.

Quem rege o processo de trabalho é a CLT. A petição não tem que cumprir os

requisitos do art. 282 do CPC. Quando a CLT for omissa em determinado aspecto,

o CPC será usado subsidiariamente.

A prescrição de um contrato de trabalho após a extinção do contrato é dois anos,

cinco anos é a prescrição quinquenal, onde o reclamante poderá exigir os últimos

cinco anos trabalhados. Dois anos é o prazo para propor a reclamatória. A defesa

será apresentada na primeira audiência e não quinze dias da intimação como é no

Cível.

Há três prazos: legal (embargos 5 e recurso 8), judicial (quando o juiz estabelece,

como na impugnação, podendo variar esse prazo) e convencional (convencionado

pelas partes).

Feita a impugnação, o juiz dará a sentença no prazo de dez dias. No caso do

processo ser muito complexo, a juíza marca o processo com a seguinte descrição

sine die, isto é, sem dia determinado, sem data. Normalmente, a sentença é

publicada também em dez dias. Poderá haver embargos de declaração com base

no art. 535 do CPC, mas há que se atentar para súmula 297 do TST, bem como

do art. 897-A da CLT.

13/08/2014

Rec.Revista.

Page 6: Processo Trabalho

A.I

E.D

Recurso Ord.

Emb. Decla.

Tribunal Superior

do Trabalho

Sentença

Impugnação

Tribunais Regionais do Trabalho

Defesa

Recla. Traba.

Page 7: Processo Trabalho

Vara do Trabalho

Requisitos do recurso ordinário

custas

- Preparo

Débito recursal

- Tempestividade

- Regularidade de representação

Uma ação trabalhista se inicia com a constituição da reclamatória trabalhista, esta

tem prazo para ser ajuizada, que é de dois anos após o termino do contrato de

trabalho. Isso não quer dizer que não possa ajuizar uma reclamatória após dois

anos, todavia, corre o risco de estar prescrito, devendo a prescrição ser alegada

pelo advogado da empresa, podendo haver a sorte de o juiz não declarar de

ofício. O art. 219, § 5ª diz que o juiz poderá declarar de ofício. A dúvida é se se

aplica à justiça do trabalho posto que no art. 769 da CLT estabelece que se utiliza

o CPC em duas hipóteses, ou seja, quando a CLT for omissa ou que além de ser

omissa seja compatível com o direito do trabalho. Existe no direito do trabalho a

regra da norma mais favorável ao trabalhador e a prescrição não é mais favorável

ao empregador. Pode entrar com recurso? Pode, todavia, se requerida a

prescrição pela parte. Dada a sentença, não sendo requerida a prescrição no

primeiro grau poderá entrar pela via ordinária, no recurso ordinário, colocando na

Page 8: Processo Trabalho

preliminar “Da prescrição”. Assim, a prescrição poderá ser alegada na primeira

oportunidade, isto é, na defesa, bem como poderá ser requerida no recurso

ordinário, após não poderá ser alegada.

A defesa será apresentada no dia da primeira audiência, razão pela qual poderá

ter prazo para apresentação de defesa em um ano.

No rito sumaríssimo a audiência é una, sendo na mesma realizado o pregão das

partes, a qualificação, tentativa de acordo, não ocorrendo esta hipótese,

apresenta-se a defesa, a qual deverá ser impugnada em quinze minutos. Quando

refere-se a mais de 40 salários mínimos será em duas audiência.

Marcada a audiência, entrega a defesa, o juiz da o prazo de impugnação e profere

a sentença. Após, há seis hipóteses de embargos de declaração na justiça do

trabalho (omissão, contradição, corrigir erro de fato, pré questionamento com base

na súmula 297 do TST, art. 897A da CLT pode conferir efeito modificativo quando

ao julgar haver contradição, obscuridade). Aonde que distribui a ação trabalhista?

Na vara do trabalho, tudo é feito na vara do trabalho, até a sentença.

Havendo contradição na sentença, realiza-se embargos de declaração na justiça

do trabalho.

Suponha que uma pessoa, um pintor automotivo, sem equipamento individual,

ajuizou ação requerendo insalubridade sobre a remuneração e o juiz quando deu

a sentença condenou em R$77.000,00 a empresa, a qual embargou a declaração

em cinco dias (art. 535 CPC). O juiz dará a sentença que julga os embargos,

nesse momento começa a correr o prazo do recurso ordinário.

A CLT usa termos que as pessoas entendem, aqui, quando há recurso é recurso

mesmo.

O recurso ordinário possui três requisitos intrínsecos: preparo, que se subdivide

em custas e depósito recursal (quando um empregado ajuíza uma ação, estando

sob a justiça gratuita poderá condená-lo em custas, mas não pagará, poderá,

portanto, recorrer sem pagar as custas; todavia, tendo que pagar as custas, não

Page 9: Processo Trabalho

estando sob justiça gratuita deverá pagar as custas, cujo prazo é de oito dias – em

regra é 2% do valor da causa), o qual é uma espécie de pré-penhora que o

empregador tem que dar para recorrer, esse depósito é alterado anualmente,

sendo, hoje o valor de R$7485,83, onde não há isenção, ao menos não com

freqüência, tendo ocorrido no caso de uma empregada doméstica que deixava o

filho com uma moça a qual ajuizou uma ação contra aquela e esta não tinha

condições, entendeu que ambas eram hipossuficientes. Se faltar um centavo no

valor é deserto, posto que o TST entende que o valor tem que ser integral.

Suponha que uma empresa terceirizada está quebrando e daí vai recorrer de um

caso de um porteiro de um edifício, mas quebra. Aquele empregado que tinha a

causa de 10.000, já terá o valor do depósito do recurso. Tempestividade, cujo

prazo para o recurso ordinário são oito dias, após a publicação. Os feriados

municipais devem ser contados. A regularidade de representação poderá se dar

pela própria pessoa, ou por advogado, havendo que ter a procuração, devendo ser

assinado, caso contrário não será conhecido. O mandato tácito é aceito na justiça

do trabalho, todavia, o substabelecimento de pessoa com mandato tácito não é

aceito.

Assim, para um recurso ordinário ser reconhecido há que se juntar as custas, guia

original, com o recurso, sendo pago o valor integral, ou seja, o preparo, há que ser

tempestivo e haver regularidade de representação.

Suponha que se tenha pago as guias direito e tenha se extraviado por funcionária

do tribunal, ou deixou de observar o prazo, ou não viu o substabelecimento. Se o

juiz entender que é intempestivo negara seguimento ao Recurso Ordinário posto

que intempestivo; acabou a chance? Aí diz-se que não cabe agravo de

instrumento para decisão interlocutória, mas cabe agravo de instrumento para

destrancar recurso, apenas nesta hipótese, sendo cabível em qualquer recurso,

cujo prazo será de oito dias. O agravo de instrumento será protocolizado na vara,

momento em que o erro do funcionário poderá ser corrigido. Chegou ao TRT, o

qual é divido em turmas, cada qual com três desembargadores (relator, revisor e

3º votante), assim, o agravo é distribuído; 3 a 0, assim o recurso ordinário vai para

Page 10: Processo Trabalho

o TRT, chegando aqui, o pedido é que a insalubridade não seja calculada sobre a

remuneração, mas sobre o salário mínimo como diz o art. 198 da CLT, sendo o

recurso julgado por 3 a 1. Na justiça do trabalho não cabe embargos infringentes,

razão pela qual se ficar 3 a 1 caberá recurso de revista. Quando é julgado o

recurso ordinário é proferido o acórdão, que á decisão proferida por tribunal,

colegiado, turma do TRT, o qual é publicado. Tem-se o prazo para, não

concordando com o acórdão, para pré-questionamento, no sentido de como julgar

sobre a remuneração se a lei diz que é sobre o salário mínimo. Do acórdão cabe

embargos de declaração (E.D), cujo prazo é de cinco dias, cabendo recurso de

revista ao TRT, o qual fará a admissibilidade, não o admitindo poderá ser

interposto agravo de instrumento.

Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do

Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas

em grau de recurso ordinário, em dissídio individual,

pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal

interpretação diversa da que lhe houver dado outro

Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de

Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho,

ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte

b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual,

Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo,

sentença normativa ou regulamento empresarial de

observância obrigatória em área territorial que exceda a

jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão

recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;

c) proferidas com violação literal de disposição de lei

federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.

§ 1o O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas

devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal

Page 11: Processo Trabalho

recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo,

fundamentando, em qualquer caso, a decisão.

§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais

do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de

sentença, inclusive em processo incidente de embargos

de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na

hipótese de ofensa direta e literal de norma da

Constituição Federal.

§ 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão,

obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência,

nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não

servindo a súmula respectiva para ensejar a

admissibilidade do Recurso de Revista quando

contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do

Tribunal Superior do Trabalho.

§ 4º A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista

deve ser atual, não se considerando como tal a

ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e

notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 5º - Estando a decisão recorrida em consonância com

enunciado da Súmula da Jurisprudência do Tribunal

Superior do Trabalho, poderá o Ministro Relator,

indicando-o, negar seguimento ao Recurso de Revista,

aos Embargos, ou ao Agravo de Instrumento. Será

denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de

intempestividade, deserção, falta de alçada e

ilegitimidade de representação, cabendo a interposição

de Agravo.

§ 6º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo,

somente será admitido recurso de revista por

Page 12: Processo Trabalho

contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do

Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da

Constituição da República. 

Obs.: no agravo de instrumento não se recolhe custas posto que já foram pagas.

19/08/2014

Existe justiça porque existem conflitos, mas se existisse autocomposição dos

conflitos também não existiria justiça, por isso precisou-se da intermediação do

Estado para resolver conflitos, daí surge o direito, o processo, a ação, a jurisdição

e a especificidade de onde os processos são ajuizados.

Quando se fala em jurisdição se fala em um poder/dever que o estado tem,

impondo para uma das partes alguma coercitividade, sendo uma atividade que

cria uma série de atos do juiz que estabelecerá o devido processo legal. Essa

questão de substituir a vontade das partes é necessária, haja vista que quando

não se tem um direito o Estado assim decretará.

Em 1972 surgiu a primeira lei que regularizou o trabalho doméstico. Em 1988 fora

instituído salário mínimo ao empregado doméstico. Somente em 2006 o

trabalhador doméstico passou a ter direito a férias. Neste mesmo ano cessou a

possibilidade da doméstica ser dispensada quando gestante. Houve, assim, a

necessidade se criar uma justiça do trabalho a fim de se regularizar e cobrar

certas situações.

A justiça do trabalho pertencia ao Ministério do Trabalho, razão pela qual muito

dizem “vou levar meu patrão no Ministério”. As pessoas ajuízam ação na Justiça

do Trabalho e não no Ministério.

Na Justiça do Trabalho há autor e réu, que no caso é reclamante e reclamado,

respectivamente. Quando alguém ajuíza uma ação trata-se de uma pretensão

resistida desse conflito.

Page 13: Processo Trabalho

Na Justiça do Trabalho só se pode ajuizar uma ação no local onde fora exercido o

trabalho, ou o local em que fora o empregado contratado.

Quando o juiz decreta a extinção do contrato de trabalho não é possível nova ação

em desfavor do empregador. Todavia, se o juiz julgar extinto o objeto do pedido

tão somente este será extinto, podendo haver ação que envolva objeto que não se

encontrava na lide anterior.

Quando o empregado é mandado embora com menos de um ano, o pagamento é

realizado na empresa, quando mais, será feito junto ao sindicato, o qual poderá

homologar a rescisão do contrato de trabalho com ou sem ressalva. Havendo

ressalva poderá o empregado pleitear o que estiver na ressalva.

A serventia do Direito do Trabalho, consoante Godinho, é criar um patamar

mínimo nas relações e distribuir renda.

O Ministério do Trabalho nada tem a ver com a Justiça do Trabalho, posto tratar-

se de um órgão do poder do executivo. O Ministério do Trabalho tem a ver com o

mundo do trabalho, mas não tem nada a ver com a Justiça do Trabalho. A Justiça

do Trabalho, desde 1946, é pertencente ao Judiciário.

Dentro da organização judiciária, a qual é dividida em poderes, não havendo uma

justiça que toma conta de tudo, há diversos tipos de justiça.

SOLUÇÃO DE CONFLITOS

Jurisdição:

Ação:

Processo:

Ministério do Trabalho

ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA BRASILEIRA

a) Justiça Federal

Page 14: Processo Trabalho

A jurisdição abrangerá causas contra a União Federal e os órgãos da

administração direta, autárquica e fundacional.

Será dividida em varas, havendo juízes federais no 1º grau, que passam no

concurso e trabalham no Tribunal.

O Brasil divide a justiça federal em regiões e só existem cinco. A 1ª região, a qual

MG pertence, não tem Tribunal Regional Federal, assim, se eu recorrer da batida

do carro na UFOP, por exemplo, terá que recorrer para Brasília, onde há TRF, o

qual abrange MG PA, RO, dentre outros quatorze Estados. Perdendo no TRF, o

recurso irá para o STJ, haja vista que não há tribunal superior federal.

b) Justiça do Trabalho

Os órgãos são o juiz do trabalho, TRT. O Brasil é dividido em 24 TRTs, sendo que

CR/88 diz que todos os Estados deverão ter TRTs. São Paulo é o único que tem

dois TRTs. Minas Gerais pertence à 3ª Região. Quem trabalha aqui é

desembargador

Ex.: um professor da UFMG que queira ajuizar uma ação contra aquela deverá

propô-la junto à Justiça Federal, haja vista que a Justiça do Trabalho é aplicada

aos regimes celetistas.

Há apenas um TST, razão pela qual demora três, quatro, anos para ser julgada

uma ação, quando recorrida. Quem trabalha lá é chamado Ministro. Havendo que

recorrer, o recurso será proposto junto ao STF, onde há onze ministros.

Para se chegar ao STF deverá ser interposto recurso de revista, ao passo que nas

outras justiças deverá ser interposto recurso extraordinário.

c) Justiça Eleitoral

Esta tem o funcionamento diferente.

Não há concurso para juiz da justiça eleitoral, haja vista tratar-se de justiça

especial. Ela “pega emprestado”, ou utiliza os juízes estaduais como juiz eleitoral,

Page 15: Processo Trabalho

ganhando um X a mais para ser juiz eleitoral. Os juízes eleitorais são estaduais,

investidos na condição de juiz eleitoral, sendo remunerado pela Justiça Eleitoral. O

TRE é composto por juízes federais, desembargadores estaduais, juízes estaduais

e dois representantes da advocacia. Recorrendo do TRE será dirigido ao TSE,

cujo recurso, por sua vez, caberá a interposição junto ao STF.

d) Justiça Militar

e) Justiça Estadual

Os juízes estaduais são os de primeiro grau, que atuam em área única, por

exemplo. O segundo grau são desembargadores que trabalham no Estado. O

Tribunal de Justiça julga em segundo grau. Daqui, sobe para o STJ e deste para o

STF

Justiça Federal

1º Grau – Juízos Federais

2º Grau – TRF

STJ

STF

Justiça do Trabalho

1ª Grau – Juízes do Trabalho

2º Grau – TRT

TST

STF

Justiça Eleitoral

1º Grau – Juiz Eleitoral

2º Grau – TER

Page 16: Processo Trabalho

TSE

STF

Justiça Estadual

1º Grau – Juízes Eleitorais

2º Grau – TJ

STJ

STF

20/08/2014

Até 1930 havia muito pouca legislação trabalhista no Brasil.

Em 1946 a Justiça do Trabalho passa a pertencer à Justiça do Trabalho, ficando

independente, desligada do Estado.

Em 1988 a CR estruturou a Justiça do Trabalho, onde os vogais passaram a

chamar juízes classicistas.

O juiz do trabalho começou a assumir competência e hoje é juiz do trabalho, bem

como procurador do INSS, posto que houve uma Emenda que aumentou a

competência do juiz do trabalho, podendo executar as cobranças previdenciárias

de ofício. Veio outra Emenda, 24/99, e acabou com a Junta de Conciliação e

Julgamento, bem como com os juízes classistas. Hoje, a Junta é chamada como

Vara do Trabalho.

Inventaram a Comissão de Conciliação Previa (CCP). Veio uma lei, 9958/2000,

onde cada setor ficava com a possibilidade de criação de uma conciliação prévia.

Art. 111 a 116

Page 17: Processo Trabalho

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete

Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de

sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação

pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos

de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da

magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:

I- a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do

Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais

para o ingresso e promoção na carreira;

II- o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma

da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da

Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema,

cujas decisões terão efeito vinculante.

A emenda 45

Para ser Ministro da Advocacia há que se ter dez anos de advocacia e no mínimo

35 anos.

26/08/2014

Competência da Justiça do Trabalho – Relação de trabalho; relação de

emprego

Page 18: Processo Trabalho

Em 1999 quiseram transformar a justiça do trabalho em vara federal, mas os

juízes e advogados da justiça do trabalho começaram a lutar pela ampliação da

justiça do trabalho, haja vista que julgava apenas as relações de emprego, então

se alguém prestasse algum tipo de serviço pelo qual não recebera teria que ir à

Justiça Comum, por exemplo. Hoje as relações de trabalho passaram a ser da

competência da Justiça do Trabalho, isso se deu em razão da Emenda

Constitucional nº 45. Assim, qualquer controvérsia que ligada à relação de

trabalho será julgada pela Justiça do Trabalho, servindo, para as demais

decorrências da relação de trabalho, por mais que não pareça ser será da

competência da referida justiça. A redação dada pela emenda abrangeu as

relações dos servidores públicos, mas a AJUF ajuizou uma ação direta de

inconstitucionalidade onde Nelson Jobim determinou que os servidores públicos

não serão regidos pela CLT, sejam eles federais, estaduais. No caso dos

municípios, os servidores poderão ser celetistas ou estatutários, aqui a

competência é da justiça estadual.

Art. 114

Competências: quem trabalha na cidade, quem tem relação de emprego rural,

ainda que não regido pela CLT, trabalho doméstico, contrato temporário, relação

de trabalho avulso (trabalhadores portuários), o autônomo, corretor de imóvel,

prestador de serviços, pequena empreitada e o estágio.

Antes da lei que alterou a nova lei de estágio, a antiga era a revogação da lei

áurea, com uma diferença, haja vista que o dono do escravo teria que concedê-lo

lugar para morar (tal afirmativa trata-se de uma ironia, onde o professor comparou

o estágio ou trabalho escravo). A lei nova concede ajuda de transporte,

supervisão, tempo máximo de estágio, contraprestação obrigatória, férias. A lei

antiga não tinha jornada de trabalho, hoje há jornada máxima de seis horas. A

nova lei dá uma garantia no sentido que pode a relação de estágio transformar-se

em relação de trabalho. Hoje, quando um estagiário ao invés de seis hora,

trabalha oito, não tem auxílio transporte, não tem contraprestação, não havendo

os requisitos que ser cumulativos, gera vínculo empregatício, não sendo, todavia,

Page 19: Processo Trabalho

aplicada ao TJ. A relação do estagiário é relação de trabalho, mas não é relação

de emprego.

Trabalho voluntário é uma piada, haja vista que a lei brasileira diz que só pode

haver contratação de trabalho voluntário para empresas que não tenham fim

lucrativo, razão pela qual a FIFA deveria ter remunerado os voluntários da Copa,

posto o descumprimento da lei. O questionamento se refere ao trabalho voluntário

em si, mas com o descumprimento de disposição legal. Para o professor não

deveria haver lei de trabalho voluntário, devendo ser livre. Todavia, há lei de

trabalho voluntário no Brasil, a qual existiu porque muita gente que trabalhava em

locais que deveriam ser voluntários começaram a pedir vínculo empregatício.

O art. 37, inciso II, da Constituição diz que a forma de ingresso no serviço público

serÁ através de concurso ou de nomeação. Assim, há cargos que se dão apenas

em virtude de concurso e há outros de livre nomeação, recrutamento. Suponha

que A é nomeado advogado geral do estado, e nomeia B para assessor a fim de

trabalhar meio expediente, haja vista que aquele trabalha. A sai e B pede para ser

nomeado procurador do Estado, tendo o mandato de A cessado. Não poderia ser

nomeado a procurador haja vista que se dá apenas por concurso. Há três

hipóteses para contratar no serviço público estabelecidas na Constituição, como

no caso de excepcionalidade, como, por exemplo, havendo uma epidemia de

dengue. Há, no Brasil, outra forma, o contrato administrativo, usado, normalmente,

em municípios, o qual renova um contrato pós outro e acabava por pedir vínculo

empregatício, mas sendo negado, haja vista não haver vínculo e previsão legal

para tal contratação, razão pela qual algumas pessoas perdiam essas ações

contra o município e também contra o prefeito, sendo tal competência da justiça

comum.

Vínculo empregatício em empresas públicas se dá na justiça do trabalho.

No que concerne às cooperativas (...).

Page 20: Processo Trabalho

Em relação aos cartórios a mudança na estrutura jurídica não alterará as

contratações do contrato de trabalho, sendo da competência da justiça do

trabalho.

Atleta funcional ajuíza na justiça do trabalho.

Até 2005 o acidente de trabalho era competência do cível, em razão das questões

de dano moral decorrente do acidente ser competência do cível. Hoje, a

competência é da justiça do trabalho.

Ação relativa à penalidade administrativa, como, por exemplo, a multa recebida

em virtude da ausência de equipamento, ou o não pagamento de punibilidade,

todavia, sendo cobradas indevidamente, haja vista que respeitadas, para se

recorrer às multas deverá ajuizar ação junto à justiça do trabalho.

A competência originária para distribuir dissídio será no tribunal do trabalho, se

estadual. O sindicato vai ao TRT. Ação de cumprimento é o nome da ação

ajuizada no primeiro grau quando uma empresa descumpre cláusula ou acordo da

convenção normativa.

Art. 114 CR/88

27/08/2014

O juiz pode dar extinto o contrato do trabalho ou extinto pelo objeto do pedido,

aqui cabe outra ação, desde que seja outro objeto.

Imagine que uma pessoa requer um vínculo empregatício. O cidadão era jardineiro

e ia na sua casa de vez em quando cortar o jardim, duas vezes ao mês, e ajuíza

uma ação pedindo vínculo empregatício, onde o juiz dará extinta a relação jurídica.

OBS: o prazo para a assinatura da carteira de trabalho é 48 horas. Contrato de

experiência, contrato temporário é contrato de trabalho e dever ser registrado na

carteira de trabalho.

Page 21: Processo Trabalho

Em fato constitutivo o ônus à prova cabe ao empregado, quando se dá fato

modificativo o ônus cabe ao empregador.

Na ampliação da competência havendo relação de trabalho poderá ser ajuizada

ação na Justiça do Trabalho.

Ação de cumprimento é aquela que o sindicato ajuíza para que o empregado

cumpra o que fora determinado em acordo coletivo.

Inquérito para aplicação de falta grave

Existia no Brasil a estabilidade, a qual determinava que o indivíduo que

trabalhasse a mais de dez anos seria estável. Hoje há algumas estabilidades

provisórias, como, por exemplo, gestante, CIPA, acidentado, dirigente sindical (art.

853 CLT – IJPAFGEE).

Qual a ação própria para dispensar empregado estável? Inquérito judicial para

apuração de falta grave, sendo da Justiça do Trabalho a competência.

Competência Material

1) Competência Material Executória

- Execução das contribuições previdenciárias

- Execuções por próprias decisões

O recurso ordinário no trabalho é o agravo de cálculo

2) Competência em razão das pessoas

As partes são sindicatos, empregado, empregador, órgãos da administração direta

e indireta, trabalhadores de uma forma geral, o MP.

Page 22: Processo Trabalho

Uma ação trabalhista é distribuída no local da contratação, se não este será no

local da prestação de serviço.

Art. 651 CLT: correção Vara do Trabalho e não Junta Comercial

02/09/2014

Princípios de Direito Processual do Trabalho

Matéria constantes em Slides

Arts. 769 – CLT

219, § 5º

16/09/2014

Matéria da Prova

Evolução da Justiça do trabalho

Organização da jusitiça

Princípios

Ritos

RITOS DO PROCESSO DE TRABALHO

Na justiça do trabalho tem as ações comuns, bem como as ações individuais e os

dissídios coletivos, ações cautelares (regidas pelo CPC), ação de cumprimento

(garantia para os trabalhadores do cumprimento da convenção e do acordo

coletivo).

Page 23: Processo Trabalho

Quando alguém é dispensado de uma empresa, ele fará o cálculo de quanto irá

receber. Sobre esse valor é que se determinará o rito do processo, dependerá,

portanto, do pedido.

Até 1970, o único rito existente era o ordinário, por este o rito se distribui em

audiência una, isto é, tudo se dará em uma única audiência, haverá qualificação,

tentativa de acordo, apresentação de defesa, passar a outra parte para

impugnação, oitiva de testemunhas, razões finais e sentença. Com o passar dos

anos os juízes começaram a fracionar a audiência sem que o rito autorizasse isso,

mas uma das fontes do direito é o costume.

Obs.: apesar de a defesa ser oral em vinte minutos, conforme prevê a CLT, será

escrita.

Com o passar do tempo, a grande maioria das varas do trabalho fazem audiência

fracionada, a qual será informada já na citação. Assim, a primeira audiência será

dada entrada junto à sala, qualificação das partes, tentativa de acordo,

apresentação de defesa, abrindo prazo para a parte pugnar a defesa. Após, é

marcada a audiência de instrução.

1) Ordinário

Nesse rito a defesa é escrita, audiência, em regra, fracionada, mas pode ser una.

Base legal: art. 837 e 852 CLT

Audiência: pode ser fracionada, pode ser una a critério do juiz

Nº de testemunhas: 03 serão arroladas (quem define se vai ouvir depoimento

pessoal é o juiz).

Acima de 40 salários mínimos

Esse é o rito comum.

A partir de 1970 há o rito de ações com limite de até dois salários mínimos, era o

sumário. Esse rito está em desuso, haja vista a ausência de recursos, todavia,

Page 24: Processo Trabalho

havendo afronta constitucional poderá ser interposto recurso ordinário ou de

revista.

2) Sumário

Foi criado para que as ações pequenas não atolassem a justiça do trabalho.

Base legal: Lei 5584/70

Audiência: una

Nº de testemunhas: 02

Até 02 salários mínimos

3) Sumaríssimo

No ano de 1999 havia uma defesa muito grande acerca do fim da justiça do

trabalho no Brasil e grande parte da população do meio político defendia o fim da

justiça do trabalho. O que aconteceria é que a justiça do trabalho iria virar vara da

justiça federal. Assim, a justiça do trabalho começou a encontrar mecanismos para

dar uma reformulada e uma delas foi a questão da introdução do rito sumaríssimo.

Mas ninguém achava que daria certo, pensavam tratar-se de uma ilusão. Essas

ações têm algumas peculiaridades, reduzem o direito das pessoas um pouco.

Trata-se de um rito rápido para as ações até quarenta salários mínimos, de forma

a dar celeridade às ações pequenas. No rito sumaríssimo exige-se que o pedido já

venha calculado e liquidado.

O professor não gosta do rito sumaríssimo, haja vista a limitação da prova, perícia,

terceirização da intimação das testemunhas para a parte, em razão de que no rito

sumaríssimo arrola a testemunha e terá que colocar uma AR na carta do correio,

ou levar a carta à pessoa onde esta dará o ciente. A testemunha não estando

presente na audiência e havendo a comprovação de que a mesma foi convidada,

só então o juiz intimará a testemunha. A impugnação é feita em audiência, em

quinze minutos; normalmente não há como apresentar uma impugnação em

Page 25: Processo Trabalho

quinze minutos em alguns casos, razão pela qual poderá pedir o fracionamento da

audiência; não sendo concedido o pedido, poderá protestar e entrar com recurso

ordinário por cerceamento de defesa.

A sentença no rito sumaríssimo é mais simples, posto que dispensado ao juiz

fazer o relatório, haja vista que possui prazo para processar e julgar.

Base legal (852-A até 852 I, CLT): numeração alfa numérica

De: 2 até 40 salários mínimos (R$28.960))

- Limitam até 2 testemunhas

- Audiência una

- Pedido liquidado

- Limitação da perícia

- Não citação por edital

- Sentença sem relatório

- Convite às testemunhas

17/09/2014

4) Inquérito judicial para apuração de falta grave

Há muito tempo existia a estabilidade decenal, haja vista que a cada dez anos de

trabalho ininterrupto na empresa, o trabalhador ganhava essa estabilidade. Em

1986 houve a criação do FGTS, a partir de então o trabalhador, quando da

contratação, recebia uma cartilha onde especificaria ser optante ou não do FGTS.

Se optasse pelo FGTS não teria estabilidade e ao ser mandado embora, levantava

o dinheiro do FGTS e recebia 10% de multa. O não optante pelo FGTS quando

mandado embora, recebia um salário por ano trabalhado a título de indenização.

Page 26: Processo Trabalho

Quem escolhia se a pessoa era optante ou não, na verdade, era o empregador,

como uma válvula de escape, haja vista não ser interessante para o empregador

ter empregados estáveis.

Existem algumas estabilidades provisórias no Brasil, chamadas garantias de

emprego (gestante – quando se descobre grávida -, membros da CIPA,

acidentado, dirigente sindical). O dirigente sindical se cometer falta grave há que

se ser apurado em inquérito policial por falta grave.

Quem tem direito de ter ação de inquérito contra eles são: dirigentes sindicais,

estado decenal.

O inquérito é uma ação, a ser investigada pelo juiz. Cada parte pode arrolar seis

testemunhas, amplíssima defesa. Quando envolvidos em questão de falta grave,

deve o empregador suspender por trinta dias o empregado, tendo que ir, no

referido prazo, à Justiça do Trabalho e propor a ação, caso contrário terá que

esperar nova falta grave, haja vista tratar-se de decadencial o prazo. Nada

receberá o empregado no tempo de suspensão.

Quem entra com o inquérito é o requerente. Se o empregador ganha a ação é

procedente, se improcedente quem ganha é o empregado.

O inquérito transcorrerá e será verificado se será procedente ou não.

Ação Rescisória

Existem somente duas hipóteses de decadência no direito do trabalho, os demais

é prescrição.

Inquérito judicial para apuração de falta grave é uma hipótese de decadência,

quando da não propositura da ação no prazo de trinta dias. A outra hipótese é a

ação rescisória, cujo prazo para ação é de dois anos após o transito em julgado da

ação.

Ação rescisória não é um recurso, trata-se de uma ação autônoma. Essa ação

pode ser fundada na incompetência absoluta do juiz, dentre outras hipóteses.

Page 27: Processo Trabalho

MATÉRIA SEGUNDA PROVA

Ritos do Processo de Trabalho

Na justiça do trabalho tem as ações comuns, bem como as ações individuais e os

dissídios coletivos, ações cautelares (regidas pelo CPC), ação de cumprimento

(garantia para os trabalhadores do cumprimento da convenção e do acordo

coletivo).

Quando alguém é dispensado de uma empresa, ele fará o cálculo de quanto irá

receber. Sobre esse valor é que se determinará o rito do processo, dependerá,

portanto, do pedido.

Até 1970, o único rito existente era o ordinário, por este o rito se distribui em

audiência una, isto é, tudo se dará em uma única audiência, haverá qualificação,

tentativa de acordo, apresentação de defesa, passar a outra parte para

impugnação, oitiva de testemunhas, razões finais e sentença. Com o passar dos

anos os juízes começaram a fracionar a audiência sem que o rito autorizasse isso,

mas uma das fontes do direito é o costume.

Obs.: apesar de a defesa ser oral em vinte minutos, conforme prevê a CLT, será

escrita.

Com o passar do tempo, a grande maioria das Varas do Trabalho fazem audiência

fracionada, a qual será informada já na citação. Assim, a primeira audiência será

dada entrada junto à sala, qualificação das partes, tentativa de acordo,

apresentação de defesa, abrindo prazo para a parte pugnar a defesa. Após, é

marcada a audiência de instrução.

1) Ordinário

Nesse rito a defesa é escrita, audiência, em regra, fracionada, mas pode ser una.

Base legal: art. 837 e 852 CLT

Audiência: pode ser fracionada, pode ser una a critério do juiz

Page 28: Processo Trabalho

Nº de testemunhas: 03 serão arroladas (quem define se vai ouvir depoimento

pessoal é o juiz).

Acima de 40 salários mínimos

Esse é o rito comum.

A partir de 1970 há o rito de ações com limite de até dois salários mínimos, era o

sumário. Esse rito está em desuso, haja vista a ausência de recursos, todavia,

havendo afronta constitucional poderá ser interposto recurso ordinário ou de

revista.

2) Sumário

Foi criado para que as ações pequenas não atolassem a justiça do trabalho.

Base legal: Lei 5584/70

Audiência: una

Nº de testemunhas: 02

Até 02 salários mínimos

3) Sumaríssimo

No ano de 1999 havia uma defesa muito grande acerca do fim da justiça do

trabalho no Brasil e grande parte da população do meio político defendia o fim da

justiça do trabalho. O que aconteceria é que a justiça do trabalho iria virar vara da

justiça federal. Assim, a justiça do trabalho começou a encontrar mecanismos para

dar uma reformulada e uma delas foi a questão da introdução do rito sumaríssimo.

Mas ninguém achava que daria certo, pensavam tratar-se de uma ilusão. Essas

ações têm algumas peculiaridades, reduzem o direito das pessoas um pouco.

Trata-se de um rito rápido para as ações até quarenta salários mínimos, de forma

a dar celeridade às ações pequenas. No rito sumaríssimo exige-se que o pedido já

venha calculado e liquidado.

Page 29: Processo Trabalho

O professor não gosta do rito sumaríssimo, haja vista a limitação da prova, perícia,

terceirização da intimação das testemunhas para a parte, em razão de que no rito

sumaríssimo arrola a testemunha e terá que colocar um AR na carta do correio, ou

levar a carta à pessoa onde esta dará o ciente. A testemunha não estando

presente na audiência e havendo a comprovação de que a mesma foi convidada,

só então o juiz a intimará. A impugnação é feita em audiência, em quinze minutos;

normalmente não há como apresentar uma impugnação em quinze minutos em

alguns casos, razão pela qual poderá pedir o fracionamento da audiência; não

sendo concedido o pedido, poderá protestar e entrar com recurso ordinário por

cerceamento de defesa.

A sentença no rito sumaríssimo é mais simples, posto que dispensado ao juiz

fazer o relatório, haja vista que possui prazo para processar e julgar.

Base legal (852-A até 852 I, CLT): numeração alfa numérica

De: 2 até 40 salários mínimos (R$28.960))

- Limitam até 2 testemunhas

- Audiência una

- Pedido liquidado

- Limitação da perícia

- Não citação por edital

- Sentença sem relatório

- Convite às testemunhas

17/09/2014

4) Inquérito judicial para apuração de falta grave

Page 30: Processo Trabalho

Há muito tempo existia a estabilidade decenal, haja vista que a cada dez anos de

trabalho ininterrupto na empresa, o trabalhador ganhava essa estabilidade. Em

1986 houve a criação do FGTS, a partir de então o trabalhador, quando da

contratação, recebia uma cartilha onde especificaria ser optante ou não do FGTS.

Se optasse pelo FGTS não teria estabilidade e ao ser mandado embora, levantava

o dinheiro do FGTS e recebia 10% de multa. O não optante pelo FGTS, quando

mandado embora, recebia um salário por ano trabalhado a título de indenização.

Quem escolhia se a pessoa era optante ou não, na verdade, era o empregador,

como uma válvula de escape, haja vista não ser interessante para o empregador

ter empregados estáveis.

Existem algumas estabilidades provisórias no Brasil, chamadas garantias de

emprego (gestante – quando se descobre grávida -, membros da CIPA,

acidentado, dirigente sindical). O dirigente sindical se cometer falta grave há que

se ser apurado em inquérito policial por falta grave.

Quem tem direito de ter ação de inquérito contra eles são: dirigentes sindicais,

estado decenal.

O inquérito é uma ação, a ser investigada pelo juiz. Cada parte pode arrolar seis

testemunhas, amplíssima defesa. Quando envolvidos em questão de falta grave,

deve o empregador suspender por trinta dias o empregado, tendo que ir, no

referido prazo, à Justiça do Trabalho e propor a ação, caso contrário terá que

esperar nova falta grave, haja vista tratar-se de decadencial o prazo. Nada

receberá o empregado no tempo de suspensão.

Quem entra com o inquérito é o requerente. Se o empregador ganha a ação é

procedente, se improcedente quem ganha é o empregado.

O inquérito transcorrerá e será verificado se será procedente ou não.

Ação Rescisória

Existem somente duas hipóteses de decadência no direito do trabalho, os demais

casos tratar-se-ão de prescrição.

Page 31: Processo Trabalho

Inquérito judicial para apuração de falta grave é uma hipótese de decadência,

quando da não propositura da ação no prazo de trinta dias. A outra hipótese é a

ação rescisória, cujo prazo para ação é de dois anos após o transito em julgado da

ação.

Ação rescisória não é um recurso, trata-se de uma ação autônoma. Essa ação

pode ser fundada na incompetência absoluta do juiz, dentre outras hipóteses.

30/09/2014

Partes do processo do trabalho (MATERIA FRAN)

Partes

As partes no processo são: empregados, empregadores e entes

despersonalizados que podem estar no polo passivo (são somente 4, condomínio,

massa falida e espólio sociedade de fato).O fato de não ser registrado não exclui a

obrigação frente a justiça do trabalho.

Capacidade

Há que se ter 18 anos. O relativamente incapaz pode promover ação trabalhista,

desde que representado por seu responsável.

Representação

A empresa pode ser representada pelo preposto (art 843 CLT. Nessa situação,

basta apresentar a carta de preposição emitida pela empresa (necessário a

Page 32: Processo Trabalho

assinatura de um dos sócios). O preposto precisa ser um empregado da empresa,

de preferência alguém que conheça os fatos. O preposto não tem compromisso

com a verdade, diferente da testemunha. A testemunha pode sair presa da

audiência caso declare informações falsas. No caso dos sócios e diretores basta

apresentar o contrato social e a identidade para participar da audiência.

O empregado pode ser representado pelo sindicato ou colega de trabalho. Mas o

ideal é que ele mesmo participe da audiência.

Jus Postulandi: Art 791 CLT, o próprio empregado faz a sua reclamação ou

defesa. Atualmente temos o setor de atermaçãoou, o qual trata-se do lugar em

que o empregado que está desacompanhado de advogado é levado para fazer

sua reclamação ou defesa. Nesse setor o empregado diz o que tem direito e

essas declarações são reduzidas a termo. No jus postulandi não há paridade de

armas, o empregado se defende ou reclama com o conhecimento que tem.

Substituição processual: Art. 8° CFR88. O sindicato é um substituto do

empregado. Se tiver uma ação do sindicato e eu mover uma outra com o mesmo

pedido e causa de pedir gera litispendência.

Citação: Ela ocorre normalmente pelo correio. Se tratando do Estado é necessário

que ocorra por oficial de justiça.

Audiência

Page 33: Processo Trabalho

A defesa é apresentada na audiência.

Comparecimento: se o reclamante não comparecer o processo será arquivado. Se

ele não comparecer por 2 vezes (moveu 2 ações) o seu direito de pleitear fica

suspenso por 6 meses. Se ocorrer novamente pela terceira vez preclui. Se o

reclamado não comparecer é declarado a revelia.

Procedimento ordinário: ocorre 2 audiências, se as partes não comparecerem será

aplicado a confissão de matéria de fato, ou seja, o juiz julga com base nas

informações que possui.

Termo de conciliação: esse termo pode ser atacado por ação rescisória, é o caso,

por exemplo, quando ocorre lide simulada. O juiz declara na sentença qual a

relação no contrato que foi finalizada, segue as 3 modalidades de extinção: extinto

contrato de trabalho (extingue qualquer reclamação posterior); extinto objeto do

pedido (extingue somente o que foi pedido, podendo ser rediscutido se houver

novo pedido; extinta relação jurídica (o juiz declara isso quando não há relação de

emprego).

Fases da audiência

1° Pregão: o momento que chama as partes para a audiência (recebe o nome de

apregoar).

2° Comparecimento das partes

Page 34: Processo Trabalho

3° Instalação

4° Proposta de conciliação

5° Defesa: caso não ocorra o acordo entrega a defesa.

6° Impugnação

7° Depoimento pessoal: primeiro o reclamante e depois o reclamado.

8° Testemunha

9° Outras provas

10° Razões finais: Oral 10 minutos. É necessário ressaltar os pontos importantes,

o juiz decide se será reduzido a termo, ou seja, pode não ser incluído na ata da

audiência.

11° Derradeira proposta de conciliação: após as razões finais o juiz tenta uma

nova conciliação.

12° Decisão: A sentença normalmente não é dada em audiência. Mas o juiz pode

sentenciar em audiência.

Matéria da Prova

- Ritos e procedimentos

- Atos processuais

- Ações trabalhistas

-Partes do processo do trabalho

- Propositura da ação em audiência

Page 35: Processo Trabalho

- Petição inicial

- Resposta do réu

Provas no Processo do Trabalho

A defesa é apresentada em audiência, não existe defesa protocolizada em

cartório. Não há qualquer lugar que afirme que a defesa é escrita, mas assim é

corriqueiramente feito.

Obs.: A especificidade do ônus à prova no processo do trabalho – Carlos Alberto

Reis de Paula.

Art. 333. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do

direito do autor.

Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da

prova quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A CLT não trata acerca do ônus à prova, razão pela qual será usado o CPC,

dentro do qual há os fatos constitutivos, modificativos e impeditivos, sendo de

responsabilidade do autor, no caso, do reclamante o fato constitutivo.

É comum dizer que reclamante tem que provar vinculo empregatício, hora extra e

a questão da equiparação salarial. Todavia, isso so será responsabilidade do

reclamante se a empresa negar a existência do fato.

As provas são os meios pelos quais as partes objetivam convencer o juiz acerca

dos fatos articulados na inicial ou defesa, bem como a expressão maior do

Page 36: Processo Trabalho

princípio constitucional da ampla defesa. São provas, além dos tipos especificados

em lei, qualquer outra forma considerada moralmente legítima (e-mail)

Ônus da prova

O ônus da prova é o encargo de comprovar as alegações fáticas. A regra é que

incumbe quem alega ônus da prova, entretanto, temos exceções no Processo do

Trabalho, no qual é determinada a inversão probatória, como no caso da relação

de empregado.

Não dependem de prova os fatos: notórios; afirmados por uma parte e

confessados pela parte contrária; admitidos, no processo, como incontroversos;

em cujo favor milita presunção legal de existência ou veracidade.

As leis federais não necessitam de prova. Entretanto, caso a parte suscite alguma

lei municipal, estadual, estrangeira ou requeira a aplicação do direito

consuetudinário (Inglaterra e EUA), deverá provar a existência das mesmas, caso

o Juiz determine. Por fim, normas coletivas e regulamento de empresa também se

enquadram na regra acima.

Meios de Prova

Prova Documental

É o escrito que tem por objetivo comprovar a existência de um fato ou de um

direito, como no caso de um contrato.

É apresentada com a inicial e com a defesa, apenas admitida a juntada posterior

quando for um documento novo ou se prestar para contrariar outra prova

documental.

Fatos provados apenas por documentos: acordo para prorrogação de jornada;

concessão e pagamento de férias; concessão de licença à gestante; pagamento

de salários;

Page 37: Processo Trabalho

Exibição de documentos: quando se pretender provar algo por documento que se

encontre em poder da outra parte, será requerida ao Juiz a intimação da mesma

para que apresente tais documentos ou apresente justificativa legitima, sob pena

de confissão.

Incidente de falsidade: meio processual através do qual se visa impugnar a

veracidade de um documento juntado aos autos, proposta junto à contestação ou

no prazo preclusivo de dez dias contados da data em que a outra parte foi

intimada de sua juntada aos autos. Não implica na suspensão do processo e é

irrecorrível de imediato.

Prova Pericial

No rito sumaríssimo é limitadíssimo o uso de prova pericial.

Trata-se de uma prova técnica, ou seja, aquela que exige conhecimento especial

de técnicos no assunto.

No que concerne ao acidente de trabalho, apenas duas pessoas podem ser

peritos: médico e engenheiro do trabalho.

As provas periciais são classificadas em exames (perícias sobre instrumentos,

pessoas ou contas), vistorias (inspeções oculares de coisas móveis ou imóveis – o

juiz do trabalho sai da vara dele e vai ao local para, posteriormente, elaborar

relatório), avaliação (fixação da qualidade ou quantidade de coisas, serviços ou

fatos e estimativa dos valores a elas relativo.

A prova pericial pode ser indeferida pelo Juiz quando a situação não depender de

conhecimentos técnicos, for desnecessária ao deslinde da questão ou quando a

verificação pretendida for impraticável.

Deve ser realizada, a prova pericial, por perito indicado pelo Juiz (pode ser um

para cada perícia), com a possibilidade de indicação de quesitos e assistentes

pelas partes, no prazo de cinco dias. O perito oficial, todavia, pode ser declarado

suspeito ou impedido.

Page 38: Processo Trabalho

Podem as partes pedir esclarecimentos em audiência. Caso não sanados, pode

ser determinada nova perícia, com o mesmo objeto da primeira, mas que não a

substituirá simplesmente, sendo ao juiz possível valorizar as duas.

Os honorários periciais serão pagos ao final por quem perder o objeto específico

da perícia.

Prova testemunhal

A testemunha é a pessoa física que, não sendo parte no processo, é ouvida pelo

Juiz, voluntariamente ou por força de intimação, a respeito de fatos que

interessem ao deslinde da causa, acerca dos quais tenha conhecimento próprio.

Qualquer pessoa pode ser testemunha, com exceção daqueles considerados

incapazes (desacreditados por motivos de limitações de idade, físicas e

psíquicas), impedidos (quem seja cônjuge ou parente, parte, juiz, advogado ou

assista a qualquer das partes no processo) e suspeitos (condenado por crime de

falso testemunho, indigno de fé, inimigo e amigo, quem tiver interesse na causa).

Antes do compromisso, a testemunha pode ser contraditada – a testemunha é

contradita quando da apresentação do documento de identificação ao Juiz, não

devendo esperar pela qualificação da mesma - pela parte contrária, sob pena de

preclusão.

O Juiz do Trabalho, caso julgue necessário, pode ouvir as testemunhas impedidas

ou suspeitas como informantes, ocasião em que não prestarão o compromisso

legal.

A prova é produzida na sede do Juízo, exceto em casos de enfermidade ou outro

motivo relevante, quando o Juiz poderá deslocar-se para a oitiva da testemunha.

As testemunhas no processo do trabalho variam. Assim, no inquérito policial são

seis testemunhas, ao passo que no rito ordinário são três, no rito sumaríssimo são

duas e, por fim, nos dissídios de alçada são duas as testemunhas.

Page 39: Processo Trabalho

As testemunhas podem ser convidadas pela parte, sem a necessidade de

intimação. Caso a testemunha seja intimada e não compareça pode ser aplicada

multa pelo Juiz, assim como determinada sua condução coercitiva (ATENÇÃO AO

RITO SUMARÍSSIMO – art. 852-H da CLT).

Uma testemunha não pode ouvir o depoimento da outra e, antes de ouvidas,

devem ser qualificadas e compromissadas.

As perguntas são feitas primeiro pelo Juiz, seguido por quem a arrolou e, por

último, pelas outras partes.

Acareação: ocorrerá quando houver divergências entre os depoimentos de duas

ou mais testemunhas.

Substituição: morte; enfermidade que impeça o depoimento e mudança de

endereço, não sendo encontrada pelo Oficial de Justiça.

Depoimento Pessoal

Prestado pelas partes do processo, podem acarretar em confissão fática.

Acontece por requerimento da outra parte ou por iniciativa do juiz.

A confissão é um meio de prova, conhecido ainda como a rainha das provas,

sendo classificada em judicial e extrajudicial.

A judicial se classifica em espontânea (parte ou procurador), provocada (ocorrida

no depoimento pessoal), ficta (decorrente de presunção legal). Em contrapartida, a

extrajudicial não apresenta grande valor, devendo ser confirmada em juízo para

que possa gerar os efeitos normais. Caso seja provada por testemunhas, não terá

o mesmo valor, sendo apreciada como prova testemunhal simples.

Para o depoimento pessoal há que se observar os seguintes requisitos: parte

capaz; a confissão de um cônjuge só vale com a confissão do outro, caso sejam

ambos partes na causa; o advogado, com poderes especiais, pode confessar

judicialmente, na forma da confissão espontânea.

Page 40: Processo Trabalho

Os efeitos decorrentes da prova testemunhal são: faz prova contra o confidente,

dela não podendo fugir nem a parte, nem o juiz; supre eventuais defeitos formais

do processo, agilizando a solução da lide; irretratável.