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PRODUTO 02 - PLANO, PROGRAMAS, PROJETOS ATUAIS - RCCV ARM_RCCV_01_02_REL_003_20141020

PRODUTO 02 - agenciarmbh.mg.gov.br · pmqp-h programa mineiro da qualidade e produtividade no habitat pnrs polÍtica nacional de resÍduos sÓlidos pnsb pesquisa nacional de saneamento

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PRODUTO 02 - PLANO, PROGRAMAS, PROJETOS

ATUAIS - RCCV

ARM_RCCV_01_02_REL_003_20141020

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

VOLUMOSOS (RCCV)

PRODUTO 02: PLANO, PROGRAMAS,

PROJETOS ATUAIS – RCCV

ARM_TEC_01_02_RCCV_003_20141020

Outubro de 2014

Consórcio:

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

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PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo

Título do documento: PRODUTO 02: PLANO, PROGRAMAS, PROJETOS ATUAIS -

RCCV

Nome/código: ARM_TEC_01_02_RCCV_003_20141020 Versão: Final

Elaboração:

Ο Alex José de Almeida

Ο Alex Quiroga

Ο Ana Maria Castro da Silveira

Ο Cristiano Figueiredo Lima

Ο Cynthia Fantoni

Ο Delfim José Leite Rocha

Ο Eduard Millet

Ο Gonzalo Herranz

Ο Gustavo Tetzl Rocha

Ο Henrique Ferreira Ribeiro

Ο Henrique S L V Gomes

Ο Isadora Braga Camargos

Ο Jesús Blasco Gómez

Ο José Cláudio Junqueira Ribeiro

Ο Juan Carlos Rives López

Ο Juliana Felisberto

Ο Luciana de Nardi

Ο Marcos Antônio de Almeida Rodrigues

Ο Maria Antônia Vieira Martins Starling

Ο Murilo Zaparoli

Ο Renato Nogueira de Almeida

Ο Solange Vaz Coelho

Ο Thiago de Alencar Silva

Ο Vicente Jimenez de la Fuente

Data: 17/10/2014

Revisão: Jesus Blasco Goméz, Juan Carlos Rives Lopes, Thiago de

Alencar Silva, José Claudio Junqueira Ribeiro Data: 17/10/2014

Aprovação: Jesús Blasco Goméz Data: 20/10/2014

Observações:

Aprovação do Gestor:

Nome: Visto:

Data da Aprovação:

Consórcio:

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APRESENTAÇÃO

O Produto 02 “Plano, Programas, Projetos Atuais referentes aos Resíduos da Construção

Civil e Volumosos (RCCV)” é o terceiro produto elaborado pelo Consórcio formado pelas

empresas IDP Ingeniería y Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha - Gestão de Projetos

Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha), e encaminhado à Agência de

Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) como parte da

Fase 01 do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com Foco em Resíduos

de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV),

doravante denominado Plano.

A elaboração do Plano está estruturada em três fases:

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano;

Fase 02: Elaboração de proposta para gestão e gerenciamento dos RCCV; e

Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão

dos RCCV.

O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses, sendo que o

início foi em janeiro de 2014.

A Fase 01 tem a função de levantar dados e apresentar o Diagnóstico da Situação Atual

dos RCCV na Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. São três

produtos propostos para esta fase, além do relatório consolidado. Os conteúdos estão

distribuídos de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Este Produto 02, com foco na elaboração do Diagnóstico da Situação Atual dos RCCV na

Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, apoiará as demais fases de

elaboração do Plano, tendo caráter dinâmico e podendo ser complementado em função de

necessidades técnicas específicas.

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de BH

Produto 00: Balizamento técnico, legal e metodológico para elaboração do

Plano

Produto 01: Geração e fluxo de gestão e

gerenciamento dos RCCV

Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e em

execução, para gestão e gerenciamento dos

RCCV

Resumo Executivo:Síntese analítica de

dados e informações

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Por fim, o Produto 02 é apresentado em relatórios específicos para cada um dos dois tipos

de resíduos contemplados pelo Plano, sendo que o presente relatório trata dos Resíduos

da Construção Civil e Volumosos (RCCV). As informações constantes nos produtos

previstos, assim como as que constam neste Produto 02, não serão necessariamente

transpostas para a versão final do Plano, mas subsidiarão o processo de sua elaboração.

Na Figura 1 estão explicitados os produtos previstos em cada Fase, com destaque para

este Produto 02, compondo a denominada Estrutura Analítica de Projeto (EAP) 1.

1 O Consórcio IDP Ferreira Rocha estabeleceu, como diretriz para o desenvolvimento dos trabalhos, a consideração do Plano como um projeto, a ser gerido e gerenciado em acordo com conceitos, diretrizes e ferramentas gerenciais consagradas internacionalmente pelo Gerenciamento de Projetos disciplinado pelo Project Management Institute (PMI) e consubstanciadas no Guia PMBOK 5ª edição. Segundo ao referido Guia a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é “O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis.” Já o principal benefício desse processo é o fornecimento de uma visão estruturada do que deve ser entregue. A EAP é uma decomposição hierárquica do escopo total do trabalho a ser executado pela equipe do projeto a fim de alcançar os objetivos do projeto e criar as entregas requeridas.

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Figura 1 - Estrutura Analítica do Projeto (EAP) Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................3

LISTA DE FIGURAS ..........................................................................................................7

LISTA DE QUADROS ........................................................................................................8

ABREVIATURAS ...............................................................................................................9

1 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................12

2 - METODOLOGIA ...................................................................................................16

2.1. METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO DE DADOS ....................................16

2.1.1 - Estratégia de Comunicação e Engajamento de Stakeholders .....................17

2.1.2 - Levantamento de Dados Secundários e Análise Bibliográfica ....................20

2.1.3 - Levantamento de Dados Primários .............................................................21

3 - LEVANTAMENTO DE DADOS..............................................................................24

3.1. INSTRUMENTOS LEGAIS E NORMATIVOS ....................................................24

3.1.1 - Âmbito Federal ...........................................................................................30

3.1.2 - Âmbito Estadual .........................................................................................32

3.1.3 - Âmbito Municipal ........................................................................................34

3.2. PLANOS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES IDENTIFICADOS .................35

3.2.1 Âmbito Federal.................................................................................................50

3.2.2 Âmbito Estadual ...............................................................................................58

3.2.3 Âmbito Regional e Municipal ............................................................................62

4 - POSSIBILIDADES DE FINANCIAMENTOS PARA GESTÃO DE RCCV ...............70

5 - CONSIDERAÇÕES ...............................................................................................74

6 - RECOMENDAÇÕES .............................................................................................76

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................77

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura Analítica do Projeto (EAP) ..................................................................5

Figura 1-1 - Fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 02 ...................15

Figura 2-1 - Fluxograma metodológico para levantamento de dados secundários e primários ..........................................................................................................................17

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos ..................3

Quadro 2-1- Municípios selecionados para a realização de visitas técnicas ....................22

Quadro 3-1 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Federal. ............................................................26

Quadro 3-2 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Estadual. ..........................................................28

Quadro 3-3 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Municipal. .........................................................29

Quadro 3-4 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RCCV em Âmbito Federal. ........................................................................................................................................37

Quadro 3-5 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RCCV em Âmbito Estadual. ........................................................................................................................................41

Quadro 3-6 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RCCV em Âmbito Regional e Municipal. .....................................................................................................................46

Quadro 3-7 - Diretrizes e Estratégias para RCCV indicadas na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. ........................................................................................54

Quadro 4-1 - onde buscar recursos para investir na gestão de resíduos .........................72

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ABREVIATURAS

ABRELPE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PUBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS

ARMBH AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

ATT ÁREAS DE TRIAGEM E TRANSBORDO

ATO ARRANJOS TERRITORIAIS ÓTIMOS

BDMG BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERAIS

BSF BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO

CBIC CAMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

CCFGTS CONSELHO CURADOR DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

CM COLAR METROPOLITANO

COMPARESOLURB CONSÓRCIO MÉDIO PARAOPEBANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CMRR CENTRO MINEIRO DE REFERÊNCIA EM RESÍDUOS

CNI CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

COPAM CONSELHO ESTADUAL DE POLITICA AMBIENTAL

CREA CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA

CTRS CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DESA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANTIÁRIA E AMBIENTAL

EAP ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO EAP

FEAM FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

FIP FUNDAÇÃO ISRAEL PINHEIRO

GIRSU GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

IPEA INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA

MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

NA NÃO AVALIADO

NIT NÚCLEO DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS

OGU ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO

PBH PREFEITURA DE BELO HORIZONTE

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PBQP-H PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DA CONSTRUÇÃO HABITACIONAL

PDDI- RMBH PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PEEA/MG PROGRAMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS

PERS PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PECS PLANO ESTADUAL DE COLETA SELETIVA

PEV PONTO DE ENTREGA VOLUNTÁRIA

PGIRSU PLANOS DE GESTÃO INTEGRADO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PGRCC PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

PLANSAB PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PMQP-H PROGRAMA MINEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NO HABITAT

PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PNSB PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PPA PLANO PLURIANUAL

PRE-RSU PLANO PRELIMINAR DE REGIONALIZAÇÃO PARA A GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

RCC RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

RCCV RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS

RCD RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO

RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

RSS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

RSU RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

RV RESÍDUOS VOLUMOSOS

SEDRU SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL POLÍTICA URBANA E GESTÃO METROPOLITANA DE MINAS GERAIS

SEGEM SECRETARIA DE ESTADO EXTRAORDINÁRIA DE GESTÃO METROPOLITANA

SEMAD SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

SERVAS SERVIÇO VOLUNTÁRIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

SIBR SISTEMA INTEGRADO DE BOLSAS DE RESÍDUOS SIDRA SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA

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SINDUSCON SINDICATO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

SINIR SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

SLU SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA

UFMG UNIVERSIDADE FDERAL DE MINAS GERAIS

URPV UNIDADES DE RECEBIMENTO DE PEQUENOS VOLUMES

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1 - INTRODUÇÃO

O Produto 02 congrega informações, em termos de agentes públicos e privados, sobre

planos, programas, projetos, legislações e ações levantadas no âmbito federal, estadual,

regional e municipal para subsidiar as discussões sobre a elaboração do Plano

Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

da Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

No Produto 00 foram identificados os conceitos técnicos, as normas e leis relevantes para

a gestão e o gerenciamento dos resíduos, descritas as características socioeconômicas da

região, e feita uma primeira análise do cenário desses resíduos na região de estudo. O

Produto 01 tem o enfoque específico nas atividades e tipologias, a geração, as fontes

geradoras e as estimativas dos custos das etapas do gerenciamento dos RCCV. O Produto

02 complementa o levantamento de dados apontando os atuais planos, programas e

projetos de governo ou outras instituições que incentivam, sustentam e/ou auxiliam na

gestão e gerenciamento desses resíduos. Este conjunto de informações está em linha com

as orientações do Ministério do Meio Ambiente, conforme descrito na publicação “Planos

de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – Apoiando a implementação da

Política Nacional dos Resíduos Sólidos”.

O diagnóstico, no enfoque técnico, deverá ser estruturado com dados e informações sobre o perfil das localidades. É fundamental entender a situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território quanto à origem, volume, características, formas de destinação e disposição final adotadas. Informações sobre a economia, demografia, emprego e renda, educação, saúde, características territoriais e outros, auxiliam na compreensão das peculiaridades locais e regionais e tipo e quantidade de resíduos gerados. O acervo de informações sobre as condições do saneamento básico, bem como sobre a gestão dos resíduos sólidos, é muito importante para se construir um diagnóstico amplo, pois permite compreender os níveis de desenvolvimento social e ambiental da cidade, e as implicações na área da saúde. Construir informações e dados numa perspectiva histórica poderá auxiliar no enfrentamento de determinados gargalos ou dificuldades futuras.

É importante pesquisar o histórico de gastos com a limpeza urbana, gestão e manejo dos resíduos sólidos, mesmo que dois ou mais órgãos sejam os responsáveis pela gestão, na administração pública. Diferentes estudos mostram que no Brasil, com pequenas variações, cerca de 5% do orçamento municipal é consumido em limpeza urbana, gestão, manejo e disposição final de resíduos sólidos. Exige, portanto, esforço de racionalização para a sustentabilidade econômica do serviço público, como definida na nova legislação. É importante que os dados reflitam a diversidade e a especificidade local ou regional e as suas identidades econômicas, sociais e ambientais em relação a outras regiões do Estado. (BRASIL, 2012; p.37)

Para contextualização do tema cabe registrar que entre os anos 2000 e 2010, ocorreu um

crescimento de população de 21 milhões de habitantes, com uma taxa geométrica de

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crescimento menor em relação ao censo anterior, passando de 1,63% em 2000 para 1,17%

no censo de 2010. O grau de urbanização teve um incremento pouco significativo,

passando de 81,2% para 84,4%. (IPEA, 2012). Por outro lado, no período de 2011 a 2012

houve um acréscimo de 1,3% para a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil,

enquanto a taxa de crescimento populacional urbano no país foi de 0,9% (ABRELPE,

2012).

Além do aumento da quantidade de resíduos gerada também há uma maior diversidade

dos resíduos sólidos gerados pelas atividades domésticas, industriais, de construção civil

e de serviços de saúde (BRASIL, 2006). De acordo com SINDUSCON-MG (2008), a

geração de RCC pode representar mais da metade dos resíduos sólidos urbanos e estima-

se que a sua geração está em torno de 450 quilogramas por habitante por ano, variando

de acordo com a localidade e com a economia. O Produto 01 (IDP Ferreira Rocha, 2014)

apresentou estimativas de geração, bem como dados e informações das etapas de gestão

e gerenciamento dos RCCV a serem consolidadas, juntamente com os levantamentos

deste Produto, no documento denominado Relatório Consolidado.

O gerenciamento adequado dos RCC ainda encontra obstáculos pela ausência de

informações associadas e pelo desconhecimento dos parâmetros envolvidos. Dessa

forma, conhecer e diagnosticar os resíduos gerados possibilitará o melhor

encaminhamento para o gerenciamento dos RCC. As construções e reformas são notadas

em todas as regiões do Brasil e a positiva ascensão social da classe C levou tais atividades

também para as áreas periféricas das cidades. O resultado é a crescente quantidade de

entulho lançado em áreas públicas dando ensejo à criação de um problema de grandes

proporções (ABRELPE, 2011).

Outro problema que é verificado nos municípios é a dificuldade para a implantação do

Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. A Resolução CONAMA nº

307/2002 estabelece para os municípios, a obrigatoriedade da implementação de um Plano

de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos incluindo os RCCV. Esse Plano deverá adotar

soluções diferenciadas para os pequenos volumes, de responsabilidade do poder público

municipal, e para os grandes volumes, de responsabilidade privada, integrando essas

soluções em um sistema de gestão coerente.

Aqui se faz importante destacar que o presente levantamento foi elaborado a partir de

dados secundários parcialmente complementados por dados e informações primárias,

conforme detalhado na metodologia descrita neste documento, compondo o marco zero do

cenário atual. O levantamento contemplou dados e informações de diversas fontes

publicadas por instituições públicas e privadas, de pesquisa, acadêmicas, entidades

representativas do setor e geradores dos RCCV.

Segundo o Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Belo

Horizonte e Colar Metropolitano (ARMBH, 2013) os resíduos da construção civil (RCC),

são:

“também denominados resíduos da construção civil e demolição

(RCD), correspondem aos resíduos provenientes de construções,

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reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os

resultantes da preparação e da escavação de terrenos e os

resíduos volumosos (RV), são constituídos por peças de grandes

dimensões, como móveis e utensílios domésticos inservíveis,

grandes embalagens e outros resíduos de origem não industrial,

não coletados pelo sistema de recolhimento domiciliar

convencional. Os RV são definidos pelas normas brasileiras que

versam sobre os RCC e normalmente são removidos das áreas

geradoras juntamente com os RCC”.

Considerando o ambiente da construção civil, que é o foco deste trabalho, os conceitos

usados para RCC e RCCV frequentemente se confundem. O termo RCC pode ou não

incluir os resíduos volumosos, pois a coleta de RV é usualmente feita em conjunto com os

RCC quando os mesmos são gerados na atividade da construção civil. Assim, quando do

desenvolvimento deste projeto, utilizou-se o termo RCCV para a análise de dados e

informações, ainda que diversas fontes de consultas usem RCC, sem especificar se há

resíduos volumosos incluídos. Por outro lado, não foram encontrados dados que

quantificassem especificamente os resíduos volumosos gerados junto aos da construção

civil. Destaca-se que a nomenclatura utilizada pela fonte de consulta será mantida, mas a

análise consolidada usará o termo RCCV. Finalmente, cabe aqui esclarecer que as

proposições do Plano, que serão definidas nas etapas subsequentes, indicarão também

diretrizes específicas para o gerenciamento adequado desses RV.

Deste modo se evidencia a importância deste levantamento dos planos, projetos e

programas, em todas as esferas públicas e privadas, que envolvam os RCCV. Uma vez

levantados os planos, projetos e programas, esta base de conhecimento norteará a

identificação das lições aprendidas, evitando retrabalhos e contribuindo para a priorização

e fortalecimento de ações direcionadas para gestão e gerenciamento do RCCV.

Para facilitar a compreensão dos trabalhos realizados, apresenta-se, a seguir, a Figura 1-1

referente ao fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 02.

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Figura 1-1 - Fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 02 Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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2 - METODOLOGIA

2.1. METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento dos planos, projetos e programas para a elaboração da Fase 01:

Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos tem como

principal objetivo nortear a identificação das lições aprendidas, evitando retrabalhos e

contribuindo para a priorização e fortalecimento de ações direcionadas para gestão e

gerenciamento do RCCV. Além disso poderá ser suporte para orientar a criação de uma

combinação de instrumentos de inclusão social, econômicos e de preservação ambiental.

Contratualmente, este produto deveria ser elaborado a partir do levantamento de dados

secundários, podendo, a critério do Consórcio IDP Ferreira Rocha, realizar o levantamento

parcial de dados primários, a fim de complementar as informações secundárias. A

estratégia de levantamento dos planos, projetos e programas atuais foi definida entre o

Consórcio IDP Ferreira Rocha e a ARMBH, e mescla dados de natureza secundária e

primária atendendo os limites contratuais.

A construção participativa é uma premissa para a elaboração do Plano, inclusive para este

Produto 02. A participação de diversos grupos de stakeholders se deu de forma

diferenciada, em distintas instâncias e etapas. Numa ação institucional e técnica,

executada de forma integrada com a ARMBH, as partes interessadas foram contatadas e

sensibilizadas a fim de contribuir com pelo menos uma das três ações:

Engajar-se na construção participativa, tanto por meio de debates técnicos quanto

no compartilhamento de percepções e validação dos resultados parciais;

Identificar e disponibilizar dados secundários; e

Informar dados primários.

Para o desenvolvimento do Plano, a ARMBH/SEDRU formou um grupo gestor para

acompanhar os trabalhos. Esse grupo é composto por profissionais de governo e outras

instituições relacionadas ao tema, além de consultores especializados em gestão e

gerenciamento de resíduos. O objetivo, que vem se cumprindo, é manter um espaço de

diálogo técnico, a fim de possibilitar trocas de experiências e buscar consensos sobre as

melhores escolhas quanto a fontes de informações. É também este grupo o responsável

por comentar e contribuir para a aprovação de cada um dos produtos entregues pelo

Consórcio IDP Ferreira Rocha.

Para garantir a pluralidade necessária, outros agentes implicados no processo foram

sensibilizados, a fim de criar um espaço de interação para troca de informações,

experiências e expectativas. Essa ação fomenta o diálogo com agentes municipais,

representantes da sociedade civil, acadêmicos, associações de classe, empresas

prestadoras de serviços relacionadas à gestão de resíduos e empreendimentos das áreas

de construção civil. Foram ainda desenvolvidas linhas de ações e atividades a fim de

potencializar a construção participativa.

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Na sequência, serão descritas as metodologias para o desenvolvimento das três fases de

levantamento de dados que se complementam: estratégia de comunicação e engajamento

de stakeholders, levantamento de dados secundários, e levantamento de dados primários.

A metodologia para a fase de levantamento de dados contemplando a estratégia de

comunicação e engajamento de stakeholders inclui o desenvolvimento e aplicação das

ferramentas definidas para os objetivos propostos.

A metodologia para as fases de levantamento de dados secundários e primários será

apresentada de acordo com o fluxo apresentado a seguir (Figura 2-1).

Figura 2-1 - Fluxograma metodológico para levantamento de dados secundários e primários Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

2.1.1 - Estratégia de Comunicação e Engajamento de Stakeholders

No escopo contratado para a elaboração do Plano não estão previstas ações de

Comunicação e Engajamento das diversas partes interessadas. Diante dessa restrição

contratual, o Consórcio IDP Ferreira Rocha, considerando a importância dessas ações,

desenvolveu algumas ferramentas para auxiliar a ARMBH no relacionamento com as

partes interessadas. Para o processo de elaboração desta Fase 01, há demandas claras

de Comunicação e Engajamento, tanto institucionais quanto técnicas. Para as demandas

institucionais, a ARMBH está conduzindo o processo com o apoio do Consórcio IDP

Ferreira Rocha. Na outra ponta, a ARMBH oferece o suporte institucional necessário para

facilitar os contatos técnicos entre os representantes do Consórcio e os agentes

relacionados.

A estratégia de Comunicação e Engajamento está, então, desenhada para facilitar tanto o

processo de levantamento de planos, projetos e programas quanto para estabelecer

espaços de diálogo para troca de experiências e expectativas, validação de resultados

parciais e identificação de fatores socioculturais que podem interferir na futura

implementação do Plano.

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A construção participativa é um processo crescente, pois, quanto mais o diálogo é

consolidado, maior é a complexidade da rede que envolve os agentes. Isso quer dizer que

a expectativa é que haja um aumento da demanda por ferramentas de Comunicação e

Engajamento. Para os próximos passos, o Consórcio IDP Ferreira Rocha seguirá agindo

de forma alinhada com a ARMBH, para que o Plano seja elaborado com a

representatividade necessária.

2.1.1.1 - Mapeamento das Partes Interessadas

À medida que foi sendo compreendida a complexidade da gestão e gerenciamento dos

RCCV, desde o levantamento legal e normativo, passando pelas referências bibliográficas

e levantamentos técnicos e acadêmicos, foram sendo constantemente mapeados os

stakeholders envolvidos. Constam nessa listagem agentes vinculados a empresas

coletoras e transportadoras, de tratamento, destinação ou disposição final dos resíduos,

prefeituras, agências e órgãos governamentais, sindicatos, associações, universidades e

centros de pesquisa, entre outros.

O mapeamento gerou uma Matriz de Stakeholders, que é complementada e continuamente

aprimorada com o andamento dos trabalhos, desde o começo das atividades e continuará

durante a condução das fases subsequentes. Há que se ressaltar que a participação das

partes interessadas e a qualidade das informações por elas fornecidas é que contribuem

efetivamente para a consolidação do diagnóstico e as etapas subsequentes de elaboração

do Plano.

2.1.1.2 - Atividades de Interação e Engajamento

No período de fevereiro a julho de 2014, para fomentar a participação das partes

interessadas, foram criadas algumas oportunidades de diálogo com diferentes públicos. O

tipo de interação – workshop, reuniões de sensibilização e visitas técnicas - é definido de

acordo com as características de cada grupo de stakeholders, para que possa haver as

trocas de informação da maneira mais eficiente possível.

Workshops

Os workshops2 são momentos de interação abertos à participação de interessados, sejam

representantes dos municípios, estudiosos, empresários ou populares. Para essas

reuniões são enviados convites e feita uma sensibilização para a participação junto aos

interessados que constam no mailing da ARMBH e na matriz de stakeholders deste

trabalho. Foram realizados, até o momento, dois workshops, sendo o primeiro em abril,

com o objetivo de formalizar o início do trabalho, e o segundo em julho de 2014, para

apresentar os resultados preliminares do diagnóstico e coletar as percepções dos

participantes tanto sobre a validação das informações apresentadas quanto sobre as

expectativas que depositam sobre o Plano.

2 No Plano de Trabalho estão previstas três reuniões públicas, uma ao final de cada Fase, para apresentar os resultados. Foi definido junto à ARMBH que todos os encontros de participação aberta, sejam eles em qualquer momento, serão chamados workshops.

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O primeiro workshop foi realizado na Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais.

Foi feita a contextualização do Plano com o objetivo de convidar os participantes – gestores

públicos, agências, entidades, iniciativa privada, acadêmicos e representantes da

sociedade civil – a contribuir na elaboração do trabalho. O workshop contou com 125

participantes e, como resultado, ficou claro o interesse e a disponibilidade da maioria para

contribuir na busca de uma gestão regionalizada dos RSS e RCCV.

O segundo workshop, “Construindo o Diagnóstico dos Resíduos da Construção Civil e

Volumosos (RCCV) e dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) na RMBH e Colar

Metropolitano”, foi realizado no dia 01 de julho no auditório do BDMG, em Belo Horizonte.

Participaram do evento cerca de 120 pessoas. A estratégia de realizar este workshop para

apresentação dos dados preliminares antes do encerramento da Fase 01 (a data prevista

no Plano de Trabalho era após a conclusão do diagnóstico) foi de suma importância para

corroborar com a construção participativa e validação da metodologia de trabalho e dos

dados e informações até o momento levantados. Apresentar preliminarmente os resultados

contribuiu, inclusive, para o fortalecimento da credibilidade do processo participativo, e para

incentivar o comprometimento dos participantes e a disponibilidade em colaborar e

compartilhar informações. A realização deste workshop permitiu agilizar o agendamento

de visitas técnicas – já planejadas ou novas – para levantamento de dados primários, assim

como incentivou manifestações para compartilhamento de informações.

Foi possível perceber um maior envolvimento dos participantes numa comparação entre

os dois workshops. O trabalho para a elaboração do Plano se tornou mais conhecido, uma

vez que vários participantes receberam os questionários e/ou debateram sobre este

diagnóstico em outras oportunidades de interação. Esse maior conhecimento possibilitou

que fossem feitas perguntas objetivas, tanto sobre metodologia quanto sobre resultados

esperados. O segundo workshop foi, ainda, uma relevante oportunidade de identificação

de novos dados e informações fundamentais que foram considerados na elaboração deste

diagnóstico.

Reuniões de Sensibilização

As reuniões de sensibilização foram realizadas com grupos específicos que podem

contribuir tanto no levantamento de dados e informações, quanto na troca de experiências

e na validação dos resultados.

A ARMBH compõe o Sistema de Gestão Metropolitana do Estado de Minas Gerais,

formando uma tríade com a Assembleia Metropolitana e o Conselho Deliberativo de

Desenvolvimento Metropolitano. Sendo assim, a primeira reunião de sensibilização foi

realizada junto ao Conselho Deliberativo, que tem representantes da RMBH, em fevereiro,

a fim de apresentar formalmente o Plano e convidar os presentes à construção

participativa.

Em maio de 2014, o Plano foi apresentado no 1º Encontro de Trabalho do Grupo de

Valorização dos Resíduos da Construção Civil (RCC), coordenado pelo Professor Raphael

Tobias (UFMG), realizado pelo DESA na Escola de Engenharia da UFMG. Desde então

representantes do Consórcio IDP Ferreira Rocha participam de encontros de trabalho deste

Grupo.

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Visitas técnicas

As visitas técnicas são instrumentos para complementação de dados secundários e

levantamento de dados primários. Os representantes do Consórcio IDP Ferreira Rocha

foram a municípios, empresas e entidades a fim de cumprir essa proposição técnica, mas,

além do que estava proposto, essas visitas foram também um importante espaço de

engajamento, esclarecimento e sensibilização. Em síntese, as visitas técnicas, cuja

metodologia será detalhada na seção de levantamento de dados primários deste relatório,

se mostraram eficientes ferramentas de interação, tanto para os stakeholders, que

puderam compreender melhor o Plano e seu processo de elaboração, quanto para os

representantes do Consórcio, que praticaram a observação analítica dos ambientes e

puderam perceber como se dá a organização efetiva da gestão e do gerenciamento dos

resíduos.

2.1.2 - Levantamento de Dados Secundários e Análise Bibliográfica

Para a elaboração dos Produtos relacionados na Fase 01, bem como aqueles das demais

Fases, foram levantadas e analisadas referências bibliográficas com base em trabalhos já

realizados sobre RCCV, com destaque para aquelas referências que levaram em

consideração a RMBH e o Colar Metropolitano de Belo Horizonte como área de estudo.

A expectativa é a utilização dessas informações (dados secundários), aproveitando os

investimentos já realizados, para compor a Fase 01 – Diagnóstico da Situação Atual,

podendo ocorrer verificações e complementações desse Diagnóstico com base em

informações primárias de planos, projetos e programas, a serem obtidos com a aplicação

de questionários estruturados e visitas técnicas, conforme metodologia detalhada na

sequência.

O trabalho iniciou-se com o levantamento de informações em fontes secundárias diversas,

buscando identificar os planos, projetos e programas referentes aos RCCV, mas também

contemplando os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Nesta mesma linha, foram consultadas outras referências de trabalhos acadêmicos e

estudos desenvolvidos junto ao Governo do Estado de Minas Gerais e também algumas

iniciativas relevantes na esfera nacional.

A partir da obtenção dos dados secundários, estes foram organizados em formato de

Quadros com os tipos de planos, programas, projetos e ações relacionados a resíduos

sólidos e RCCV desenvolvidos no âmbito do poder público e privado compondo os dados

e informações do Banco de Dados da Fase 01: Diagnóstico da Situação Atual dos RCCV

na Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Estes Quadros são estruturados e preenchidos com as seguintes colunas: (i) Planos,

programas, projetos e ações; (ii) Tema / Referências; (iii) Informações; e (iv) Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em

Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV).

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2.1.3 - Levantamento de Dados Primários

O levantamento primário dos planos, projetos e programas, a fim de complementar as

informações secundárias, seguiu as definições acordadas pelo Consórcio IDP Ferreira

Rocha e a ARMBH, respeitando as limitações contratuais, teve como finalidade buscar

aprimoramento do Diagnóstico. Este levantamento primário foi realizado seguindo

metodologia de elaboração e aplicação de questionários e realização de visitas técnicas

conforme detalhamento apresentado a seguir.

2.1.3.1 - Elaboração e Aplicação dos Questionários

Os questionários encaminhados aos agentes implicados na gestão e no gerenciamento

dos RCCV tiveram como objetivo trabalhar com informações individualizadas de

municípios, instituições, empresas, entidades e órgãos governamentais diretamente

implicados nos processos de gestão e gerenciamento destes resíduos que, além de dar

subsídios ao diagnóstico da situação atual, contribuirão para a elaboração tanto do Produto

01 (Tipologia/Atividade, Geração e Custo) quanto do Produto 02 (Planos, Programas e

Projetos Atuais) integrantes do projeto.

Ressalta-se que os questionários foram estruturados de acordo com as etapas de

gerenciamento de resíduos para complementação dos dados e informações do Produto 01

e identificação dos planos, projetos e programas objeto do Produto 02. A elaboração dos

questionários foi feita com base nos dados da metodologia de trabalho da Proposta Técnica

- Cooperação Técnica: ATN/OC 13092-BR, do TR para o trabalho e do Plano de Trabalho

Atualizado.

Para envio dos questionários, os stakeholders foram individualizados em quatro grupos,

com questionários específicos, e ainda separados pelo tipo de resíduos.

A seguir são apresentados os 4 (quatro) grupos:

Grupo 1: Empresas coletoras e transportadoras de resíduos;

Grupo 2: Empresas de tratamento e destinação/disposição final de resíduos;

Grupo 3: Prefeituras; e

Grupo 4: Agências reguladoras, sindicatos e associações.

Em 12/05/2014, a ARMBH iniciou o processo de envio dos questionários para as partes

interessadas com expectativa de retorno até o dia 10/06/2014. Porém este prazo foi

prorrogado até 11/07/2014. A partir desta data, os dados e informações recebidos por meio

desses questionários foram consolidados. Ressalta-se que, apesar do vencimento do

prazo final estabelecido para recebimento dos questionários, o Consórcio IDP Ferreira

Rocha vem recebendo e compilando questionários enviados intempestivamente.

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2.1.3.2 - Visitas Técnicas aos Municípios e Reuniões com as Partes Interessadas

Paralelamente à aplicação dos questionários, foram iniciados contatos telefônicos e

realização de reuniões de trabalho com as partes interessadas, buscando esclarecer e

dirimir dúvidas sobre o preenchimento do questionário aplicado, identificando planos,

projetos e programas complementares, possibilitando complementar as informações

registradas nos Quadros de planos, projetos e programas.

Em termos de operacionalização, foram contatados pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha,

sequencialmente, os Grupos 4 (quatro), 2 (dois) e 1 (um), visando o agendamento de

reuniões com os grupos focais. A expectativa era a de que as agências e órgãos

governamentais, sindicatos, associações, universidades e centros de pesquisa, integrantes

do Grupo 4, possuíssem informações coletivas e organizadas capazes de serem incluídas

no Produto 01, bem como neste Produto e, se pertinentes, utilizadas em outras etapas da

elaboração do Plano.

As visitas técnicas planejadas para as Prefeituras, Grupo 3 (Três), seguiram o critério de

amostragem baseado em faixas populacionais e adaptando metodologia adotada pelo

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA - 2012). No presente caso, foram

consideradas subdivisões em faixas menores devido ao fato de 30 (trinta) municípios da

RMBH e Colar Metropolitano (60% dos municípios da área de estudo) possuírem

populações inferiores a 30.000 habitantes.

Em função das características populacionais dos municípios que compõem a RMBH e

Colar Metropolitano de Belo Horizonte foram selecionadas as faixas populacionais a serem

consideradas para o planejamento das visitas técnicas. O Quadro 2-1 a seguir apresenta

os municípios selecionados para realização de visitas técnicas em função da faixa

populacional.

Quadro 2-1- Municípios selecionados para a realização de visitas técnicas

Faixa Populacional Total de

municípios Municípios amostrados

Municípios selecionados

Até 5 mil habitantes 5 2 Funilândia

Moeda

De 5 mil a 10 mil habitantes 14 3 Belo Vale

Baldim Itatiaiuçu

De 10 mil a 30 mil habitantes 11 2 São Joaquim de Bicas

Jaboticatubas

De 30 mil a 100 mil habitantes

11 2 Itabirito Itaúna

De 100 mil a 500 mil habitantes

7 2 Santa Luzia Vespasiano

De 500 mil a 1milhão habitantes

1 1 Contagem

> 1milhão habitantes 1 1 Belo Horizonte Nota: Os municípios indicados acima poderiam ser outros de acordo com os dados disponibilizados nos questionários e

avaliação da necessidade de se visitar outros municípios. Porém, a opção pela visita foi feita a partir de definições com a

própria ARMBH.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Em linhas gerais, a escolha aqui relatada foi pautada na abrangência das faixas

populacionais dos municípios presentes na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte,

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Pag. 23

bem como a consideração da distribuição espacial dos mesmos. Cabe ressaltar que

seleção dos municípios considerou, além dos critérios metodológicos definidos, a

manifestação de interesse dos mesmos em receber o Consórcio IDP Ferreira Rocha para

a realização da visita técnica. Estas manifestações ocorreram durante a realização do II

Workshop “Construindo o Diagnóstico dos RSS e RCCV na RMBH e Colar Metropolitano”,

realizado no dia 01/07/2014.

A partir da obtenção dos dados primários, as informações compuseram os Quadros que

sistematizam as informações secundárias dos planos, programas, projetos e ações

conforme metodologia já apresentada.

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3 - LEVANTAMENTO DE DADOS

Este item trata da identificação dos atuais planos, programas, projetos e ações

desenvolvidos pelos agentes públicos e privados, com relação aos resíduos sólidos e

RCCV dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, e traz também

uma análise de políticas e planos existentes no âmbito federal, estadual, regional e

municipal para os referidos resíduos, bem como uma abordagem das principais

informações encontradas na legislação e normas aplicáveis.

3.1. INSTRUMENTOS LEGAIS E NORMATIVOS

Foram consultados instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções,

Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos,

programas, projetos e ações.

Em relação à legislação atual foram avaliadas aquelas que indicam a obrigatoriedade de

elaboração de planos e programas sejam pela iniciativa pública ou privada. A partir da

avaliação da demanda da existência de planos e programas poderão ser avaliados quais

destes são existentes. No Quadro 3-1 é apresentado um resumo com as principais leis e

normas aplicáveis aos resíduos sólidos e RCCV que demandam elaboração de planos e

programas em âmbito federal.

Atualmente, o Brasil conta com um arcabouço legal que estabelece diretrizes para a gestão

dos resíduos sólidos, por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº

12.305/2010), e para a prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos por meio da Lei Federal de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007).

Também conta, desde 2005, com a Lei de Consórcios Públicos (Lei nº 11.107/2005) que

permite estabilizar relações de cooperação federativa para a prestação desses serviços.

Todo este aparato legal, se empregado corretamente, deverá permitir o resgate da

capacidade de planejamento, e de gestão mais eficiente, dos serviços públicos de

saneamento básico, fundamental para a promoção de um ambiente mais saudável, com

menos riscos à população.

No Brasil, o CONAMA tem assumido o papel de orientar, estabelecer diretrizes, critérios e

procedimentos e regular a conduta dos diferentes geradores de resíduos da construção

civil, bem como as etapas da correta gestão dos RCCV.

Em Minas Gerais, o COPAM publicou a Deliberação Normativa nº 155 de 2010 (MINAS

GERAIS, 2010), que dispõe sobre atividade de manejo e destinação de resíduos da

construção civil e volumosos. Em âmbito estadual, cabe mencionar também as Leis

Estaduais nº 14.128/2001 sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais e a nº

18.031 sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos. No Quadro 3-2 é apresentado um

resumo com as principais leis e normas aplicáveis aos resíduos sólidos e RCCV que

demandam elaboração de planos e programas em âmbito estadual.

A maioria dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte não possui

legislação específica sobre RCCV. Alguns municípios têm legislação que inclui os

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Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) quando abordam a limpeza urbana, entretanto esta

legislação sobre RSU nos municípios não será abordada neste contexto. O município de

Belo Horizonte possui legislação específica para RCCV. No Quadro 3-3 é apresentado um

resumo com as principais leis e normas aplicáveis aos RSU e RCCV que demandam

elaboração de planos e programas em âmbito municipal.

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Quadro 3-1 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Federal.

Legislação / Norma Ementa / Tema /

Fonte Informações

Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U Lei Federal

nº 11.445/2007 - Saneamento Básico

Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Fonte: Brasil, 2007

Visa cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes do saneamento básico: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Os titulares dos serviços deverão formular a política pública de saneamento básico, e elaborar os Planos de Saneamento Básico, nos termos desta Lei.

Apesar dos planos de saneamento serem aplicáveis aos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), alguns municípios podem indicar diretrizes ou informações sobre os RCCV nestes planos, sendo recomendável a avaliação no contexto da elaboração do Plano Metropolitano.

RS

U e

RC

CV

Lei Federal nº 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; Altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Fonte: Brasil, 2010ª

Define sobre os Planos de Resíduos Sólidos Nacional, Estaduais, Regionais, Intermunicipais, Municipais e de gerenciamento de resíduos sólidos.

O Plano Metropolitano deverá avaliar os PGIRSU e PGIRCC dos municípios. Deverá ser verificado como os municípios abordam a aprovação e fiscalização dos PGRCC para os geradores de RCC.

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Legislação / Norma Ementa / Tema /

Fonte Informações

Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RC

CV

Resolução CONAMA nº 307/2002 atualizadas pelas Resoluções CONAMA, nº 348/2004, nº 431/2011 e nº 448/2012

Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos sólidos da construção civil.

De acordo com o Artigo 5o e 6º desta resolução os geradores de RCC, em operação ou a serem implantados, devem elaborar e implantar o PGRCC, de acordo com a legislação vigente. O gerador tornou-se responsável pela segregação

realizada na origem ou a ser realizada nas áreas de

destinação em áreas licenciadas para esta atividade,

segundo a classificação exigida por norma

regulamentadora, respeitando as quatro classes (A, B, C e

D) diferentes dos RCC, devendo encaminhá-los para a

reciclagem, tratamento ou disposição final, após praticar

os princípios da não geração e redução.

Os geradores de RCC devem possuir o PGRCC. Desta forma, o Plano Metropolitano deve levar em consideração as determinações específicas desta resolução.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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Quadro 3-2 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Estadual.

Legislação / Norma

Ementa / Tema Informações Avaliação de aplicabilidade para o

Plano Metropolitano

RC

C

DN COPAM nº 155 de 2010

Dispõe sobre atividades para manejo e destinação de resíduos da construção civil e volumosos. Fonte: Minas Gerais, 2011ª

A DN COPAM no 155/2010 não aborda os planos e programas, entretanto, altera dispositivos da DN 74/2004, incluindo na listagem E códigos de atividades para manejo e destinação de resíduos da construção civil e volumosos.

As informações futuras a serem publicadas pela FEAM nos relatórios consolidados contendo as estratégias adotadas para gestão de RCCV, serão importantes para o Plano Metropolitano, para se ter um alinhamento com as diretrizes estaduais.

RS

U /

RC

C

A Lei Estadual no 14.128/2001

Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais. Fonte: Minas Gerais, 2001

Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais, e tem o objetivo de incentivar o uso, a comercialização e a industrialização de materiais recicláveis. Também visa incentivar o desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de materiais.

O Plano poderá prever a reciclagem dos resíduos classe B (plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros, quando possível, sendo necessário avaliar os programas municipais de reciclagem e ações previstas.

RS

U/R

CC

/ R

SS

A Lei Estadual nº 18.031/2009

Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos

Define sobre os Planos de Resíduos Sólidos, Estaduais, s, Intermunicipais, Municipais e de geração e gestão de resíduos sólidos.

O Plano Metropolitano deverá avaliar os PGIRSU e PGIRCC dos municípios. Deverá ser verificado como os municípios abordam a aprovação e fiscalização dos PGRCC para os geradores de RCC.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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Quadro 3-3 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Municipal.

Legislação / Norma

Ementa / Tema Informações Avaliação de aplicabilidade para o

Plano Metropolitano

RC

CV

Lei Municipal nº 10.522, de 24 de agosto de 2012

Institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC - e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC, e dá outras providências. Fonte: Belo Horizonte, 2005.

O Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - SGRCC - é um conjunto de ações, serviços, infraestruturas e instalações operacionais que visam à gestão adequada dos resíduos da construção civil e dos resíduos volumosos no Município de Belo Horizonte. O PMRCC é instrumento para a implementação do SGRCC, a ser elaborado pelo Município, devendo contemplar: O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos e os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PGRCCs.

Os geradores de RCCV devem elaborar e implementar o PGRCCV que será submetido a aprovação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente dentro do processo de licenciamento ambiental. Desta forma, o Plano Metropolitano deve levar em consideração as determinações específicas em nível municipal.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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Do Quadro 3-1 ao Quadro 3-3 são apresentadas mais informações sobre cada legislação

citada.

3.1.1 - Âmbito Federal

Lei Federal nº 11.445/2007 - Saneamento Básico

A Lei 11.445 de 5 de janeiro de 2007 estabelece diretrizes nacionais para o saneamento

básico; altera as Leis 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990,

8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528,

de 11 de maio de 1978; e dá outras providências (BRASIL, 2007).

Visa cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes do saneamento básico:

abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Considera como limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: “conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e

destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e

vias públicas”.

Esta Lei estabelece como diretrizes para a prestação dos serviços públicos de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos: o planejamento, a regulação e fiscalização, a

prestação de serviços com regras, a exigência de contratos precedidos de estudo de

viabilidade técnica e financeira, definição de regulamento por lei, definição de entidade de

regulação, e controle social assegurado. São incluídos como princípios a universalidade e

integralidade na prestação dos serviços, e também a interação com outras áreas como

recursos hídricos, saúde, meio ambiente e desenvolvimento urbano.

A Lei institui como diretrizes para a prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos:

o planejamento, a regulação e fiscalização;

a prestação de serviços com regras;

a exigência de contratos precedidos de estudo de viabilidade técnica e financeira;

e

definição de regulamento por lei, definição de entidade de regulação, e controle

social assegurado.

Ressalta-se que os titulares dos serviços deverão formular a política pública de

saneamento básico, e elaborar os Planos de Saneamento Básico, nos termos desta Lei

Lei Federal n° 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

A Lei Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010, Lei da Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS), foi um marco legal direcionador para todas as políticas de resíduos sólidos

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no país, foi regulamentada pelo Decreto no 7404/2010, e inovou em vários aspectos

relativos à gestão de resíduos.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) indica como um de seus objetivos a “não

geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como

disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos – Art 7º” (BRASIL, 2010).

Em seu Capítulo II, a PNRS define sobre os Planos de Resíduos Sólidos abaixo

relacionados:

I – o Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

II – os planos estaduais de resíduos sólidos;

III – os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de

regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas;

IV – os planos intermunicipais de resíduos sólidos;

V – os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos; e

VI – os planos de gerenciamento de resíduos sólidos (Brasil, 2010a).

Resolução n° 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 2002

A Resolução n° 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 2002,

atualizada pelas resoluções CONAMA n° 348 de 2004 CONAMA n° 431 de 2011 e

CONAMA nº 448 de 2012, estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão

dos resíduos sólidos da construção civil. Em termos nacionais, esta é a principal ação

efetiva de caráter legal para a adoção desses princípios.

As normativas do CONAMA definem diretrizes para que os municípios disponham de

instrumentos para desenvolverem e implementarem políticas estruturadas e

dimensionadas a partir de cada realidade local. Essas políticas devem assumir a forma de

um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, disciplinador do

conjunto dos agentes, incorporando necessariamente (PINTO, 2005):

Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, com as

diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos

pequenos geradores e transportadores, em conformidade com os critérios técnicos

do sistema de limpeza urbana local.

Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil que orientem,

disciplinem e expressem o compromisso de ação correta por parte dos grandes

geradores de resíduos, tanto públicos quanto privados.

Tendo em vista a diversidade das características dos agentes envolvidos na geração,

coleta, reutilização, reaproveitamento, reciclagem, aproveitamento energético (ex:

coprocessamento) e disposição dos resíduos oriundos da construção e demolição, as

citadas Resoluções CONAMA definem diretrizes para que os municípios e o Distrito

Federal desenvolvam e programem políticas estruturadas e dimensionadas a partir de cada

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realidade local. Essas políticas devem assumir a forma de um Plano de Gestão de

Resíduos da Construção Civil (PGRCC), disciplinador do conjunto dos agentes,

incorporando, necessariamente:

as diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos

pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de

limpeza urbana local e para os Planos de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o

exercício das responsabilidades de todos os geradores;

o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento, triagem

e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o porte

da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos

oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento;

o estabelecimento de processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento

e reservação de resíduos e de disposição final de rejeitos;

a proibição da disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas;

o incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo;

a definição de critérios para o cadastramento de transportadores;

as ações de orientação, de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos; e

as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos.

Como as questões de educação ambiental, inserção de agentes de coleta e destinação,

logística reversa e reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos RCCV

presentes em planos, programas, projetos e ações, são em alguns casos abordadas

juntamente e outros de forma separada, optou-se por apresentar primeiramente o conjunto

geral dos planos, programas, projetos e ações, algumas vezes separadamente por

município, e em seguida itens com especificações separadamente por temas.

3.1.2 - Âmbito Estadual

A DN COPAM 155/2010 dispõe sobre atividades para manejo e destinação de resíduos da construção civil e volumosos. A DN COPAM no 155/2010 não aborda os planos e programas, entretanto, altera

dispositivos da DN no 74/2004, incluindo na listagem códigos de atividades para manejo e

destinação de RCCV.

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Lei Estadual nº 14.128/2001 - Política Estadual de Reciclagem de Materiais

A Política Estadual de Reciclagem de Materiais incentiva o uso, a comercialização e a

industrialização de materiais recicláveis, dentre eles, entulhos de construção civil.

Conforme apresentado no Art. 2º, compete ao Poder Executivo, cabendo à Secretaria de

Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) coordenar as ações

previstas neste artigo:

I - apoiar a criação de centros de prestação de serviços e de comercialização,

distribuição e armazenagem de material reciclável;

II - incentivar a criação de distritos industriais voltados para a indústria de reciclagem

de materiais;

III - incentivar o desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de

materiais;

IV - promover campanhas de educação ambiental voltadas para a divulgação e a

valorização do uso de material reciclável e seus benefícios;

V - incentivar o desenvolvimento de projetos de utilização de material descartável ou

reciclável; e

VI - promover, em articulação com os municípios, campanhas de incentivo à realização

de coleta seletiva de lixo.

“Art. 3º - Para o cumprimento do disposto nesta Lei, poderão ser adotadas as seguintes

medidas:

I - concessão de benefícios, incentivos e facilidades fiscais estaduais, tais como:

a) diferimento e suspensão da incidência do Imposto sobre Operações Relativas

à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - lCMS;

b) regime de substituição tributária;

c) transferência de créditos acumulados do ICMS;

d) regime especial facilitado para o cumprimento de obrigação tributária

acessória;

e) prazo especial para pagamento de tributos estaduais; e

f) crédito presumido.

II - inserção de empresa de reciclagem em programa de financiamento com recursos

de fundos estaduais;

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III - criação de área de neutralidade fiscal, com o objetivo de desonerar de tributação

estadual as operações e prestações internas e de importação realizadas por empresa

cuja atividade se relacione com a política de que trata esta lei;

IV - celebração de convênio de mútua colaboração com órgão ou entidade das

administrações federal, estadual ou municipal.”

Benefícios relativos à Política Estadual de Reciclagem de Materiais, com destaque para

incentivos creditícios ou financeiros são apresentados e melhor detalhados no item

“POSSIBILIDADES DE FINANCIAMENTOS PARA GESTÃO DE RCCV” deste relatório.

(Minas Gerais, 2001).

3.1.3 - Âmbito Municipal

Lei Municipal nº 10.522/2012 - SGRCC e PMRCC – Belo Horizonte/MG

A Lei Municipal nº 10.522, de 24 de agosto de 2012, do município de Belo Horizonte, institui

o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos

- SGRCC - e o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção

Civil e Resíduos Volumosos - PMRCC, e dá outras providências.

O SGRCC é “um conjunto de ações, serviços, infraestruturas e instalações operacionais

que visam à gestão adequada dos resíduos da construção civil e dos resíduos volumosos

no Município”, e tem como objetivos (Art. 2º):

I- a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;

II- a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos

resíduos da construção civil e resíduos volumosos, bem como a sua destinação

ambientalmente adequada;

III- o incentivo à indústria de reciclagem, com vistas a fomentar o uso de matérias-

primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;

IV- a gestão integrada desses resíduos;

V- a integração entre as diferentes esferas do poder público e destas com o setor

empresarial, com vistas à gestão integrada desses resíduos;

VI- a priorização, nas aquisições e contratações governamentais, quando couber,

da utilização de produtos reciclados; e

VII- a sensibilização e a conscientização da população sobre a importância de sua

participação na gestão de resíduos da construção civil e resíduos volumosos.

Segundo Art. 5º, o SGRCC é estruturado por um conjunto integrado de áreas físicas,

(Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes de Resíduos da Construção Civil e

Resíduos Volumosos – URPV; Estação de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil;

Áreas de Triagem e Transbordo de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos

- ATT; Aterros de Resíduos da Construção Civil) e ações complementares referentes às

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ações voltadas à informação, fiscalização e promoção da recuperação de áreas

degradadas.

Segundo o Art. 6º, o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos da

Construção Civil e Resíduos Volumosos (PMRCC) deve ser elaborado pelo Município e é

instrumento para a implementação do SGRCC, devendo contemplar o Programa Municipal

de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos e os Planos

de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCCs).

As informações do “Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil e Resíduos Volumosos” de Belo Horizonte/MG são detalhadas junto aos demais

programas apresentados neste relatório.

Os geradores de resíduos da construção civil, públicos ou privados,

responsáveis pela execução de obras de edificações que estejam

sujeitas à obtenção de licença outorgada pelo Poder Executivo,

precedida de aprovação dos respectivos projetos, nos termos do

Código de Edificações do Município, deverão elaborar e

implementar Planos de Gerenciamento de Resíduos de Construção

Civil (PGRCCs), conforme modelo previsto no Anexo III desta lei,

em conformidade com a legislação específica (Art. 14º).

“Os PGRCCs devem ser implementados pelos construtores

responsáveis por obra objeto de licitação pública realizada por

órgão ou entidade da administração pública municipal, devendo

deles ser exigida, para a subcontratação, a apresentação dos

agentes responsáveis pelas atividades de transporte, triagem e

destinação de resíduos, definidos entre os licenciados pelo poder

público municipal” (Art. 15º).

O Capítulo V desta lei define responsabilidades para geradores, transportadores e

receptores de RCCV, sendo estes responsáveis pela gestão dos resíduos, no exercício de

suas respectivas atividades, além definir que o poder público promoverá parcerias com

entidades da sociedade civil organizada atuantes no setor de construção civil, com vistas

à divulgação de informações e promoção de ações educativas relacionadas ao manejo

ambientalmente adequado dos resíduos (Belo Horizonte, 2012).

3.2. PLANOS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES IDENTIFICADOS

Os planos, programas, projetos e ações pesquisados abordam, de formas distintas, as

questões de educação ambiental; de promoção da inserção de agentes diversos que

coletam e comercializam resíduos recicláveis, proposições para gerenciamento de RCCV

de forma regionalizada; logística reversa e reutilização, reciclagem, tratamento e

disposição final dos RCCV; avaliações de custos de gerenciamento; mercado de empresas

para coleta e transporte de RCCV, previstas para composição do Produto 02. Nem sempre

foi possível identificar planos, programas, projetos e ações com enfoques separados, ou

mesmo em conjunto, para os temas especificados. Assim, inicialmente serão apresentados

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os planos, programas, projetos e ações em conjunto e algumas vezes separadamente por

município. Em seguida serão abordados os itens com especificações separada por temas.

Para levantamento de informações sobre os planos, programas, projetos e ações

relacionados à RCCV desenvolvidos por agentes públicos foram analisados no âmbito do

poder público: (i) os instrumentos legais e normativos, supracitados; (ii) os próprios planos,

programas, projetos e ações, sendo estes muitas das vezes criados ou respaldados pela

legislação.

Apresentam-se a seguir os quadros que consolidam as informações em colunas, com a

seguinte estratificação:

Título dos planos, programas, projetos e ações.

Tema/Referência.

Informações Diversas incluindo: Origem, Descrição, Custos operacionais,

Resultados alcançados, Custos evitados e Investimentos.

Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano.

O Quadro 3-4 apresenta as informações em âmbito nacional, Quadro 3-5 apresenta as

informações em âmbito estadual, e o Quadro 3-6 apresenta as informações em âmbito

regional e municipal.

A coluna referente às Informações Diversas, na grande maioria dos Planos Programas,

Projetos e Ações identificados, foi bastante incompleta em função da falta de dados.

Contudo, optou-se por manter a listagem das informações inicialmente especificadas,

mesmo que não preenchidas, com vistas a subsidiar análises e avaliações quanto á

divulgação e comunicação dos trabalhos desenvolvidos, principalmente nas esferas

governamentais.

Após a apresentação dos quadros consolidados são registradas, de forma sucinta,

resumos das informações mais relevantes.

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Quadro 3-4 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RCCV em Âmbito Federal.

Planos, programas,

projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U Programa 1:

Saneamento básico integrado

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Investimento em ações estruturais, visando cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes do saneamento básico. Custos operacionais: Recursos onerosos e não onerosos em valores estimados de R$ 212 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A Investimentos: valores estimados em R$ 212 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RCCV, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

RS

U

Programa 2: Saneamento rural

Saneamento rural Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Atender, por ações de saneamento básico, a população rural e as comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as reservas extrativistas. Custos operacionais: Principalmente com recursos não onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em valores estimados de R$ 22,7 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos Resultados alcançados: N.A Custos evitados: N.A Investimentos: Valores estimados em R$ 22,7 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RCCV, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

RS

U Programa 3:

Saneamento estruturante

Saneamento estruturante Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Apoio à gestão pública dos serviços, visando criar condições de sustentabilidade para o adequado atendimento populacional e financiar medidas estruturantes para o saneamento básico municipal. Custos operacionais: Principalmente com recursos não onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em valores estimados de R$ 65 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos. Resultados alcançados: N.A Custos evitados: N.A Investimentos: Valores estimados em R$ 65 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RCCV, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U Programas

Resíduos Sólidos Urbanos

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Objetivo de ampliar a área de cobertura e eficiência dos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos, com ênfase no encerramento de lixões, na redução, no reaproveitamento e na reciclagem de materiais, por meio da inclusão socioeconômica de catadores. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RCCV, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

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Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA)

Educação Ambiental Fonte: Brasil, 2005b.

Origem: Lei Federal no 9.795 de 27 de abril de 1999 que incentiva a elaboração de programas, projetos e planos, de forma participativa e dialógica, na busca da sensibilidade. Descrição: As ações do ProNEA destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada das múltiplas dimensões da sustentabilidade - ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e política - ao desenvolvimento do País, resultando em melhor qualidade de vida para toda a população brasileira, por intermédio do envolvimento e participação social na proteção e conservação ambiental e da manutenção dessas condições ao longo prazo (BRASIL, 2005b). Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação de Programa de Educação Ambiental para o Plano Metropolitano.

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Sistema Integrado de Bolsas de Resíduos (SIBR)

Resíduos em geral Fonte: CNI, 2014

Origem: Bolsas de Resíduos da Confederação Nacional de Indústrias Descrição: Promover a livre negociação entre indústrias, conciliando ganhos econômicos com ganhos ambientais, através do anúncio de resíduos para compra, venda, troca ou doação. O SIBR reúne as diversas bolsas de resíduos existentes no país em um único sistema virtual, permitindo ao usuário um único cadastramento e a negociação de resíduos em nível nacional. O Estado de Minas Gerais está inscrito no sistema SIBR. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Aplicável aos RCCV da classe A e B (plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros, passíveis de reciclagem, ou reprocessamento, conforme legislação vigente.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade da Construção Habitacional - PBQP-H

Resíduos da Construção Civil Fonte: PBH

Descrição: Apoio ao esforço brasileiro de modernidade por meio da melhoria da qualidade, da produtividade e redução de custos da construção habitacional, com vistas a aumentar a competitividade no setor”. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação do PBQP-H para o Plano Metropolitano.

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Criação de Grupos de Trabalho Temáticos (GTT) - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: MMA

Descrição: Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, possui como relator o representante da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação – Abilux. Foi apresentada uma proposta de Termo de Referência para a elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica da implantação da logística reversa por cadeia produtiva, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A logística reversa será expandida para lâmpadas de vapor metálico e lâmpadas LED além daquelas já definidas pela Política Sólidos (fluorescentes, de vapor de sódio, de mercúrio e de luz mista). Na proposta a gestora do sistema de logística reversa para lâmpadas será uma entidade administrativa, independente e sem fins lucrativos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: Em andamento Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

A proposta do GTT -Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista orientará os geradores de RCCV para uma adequada destinação deste resíduos

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Logística Reversa de pilhas e baterias

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: Abinee

Descrição: A Abinee iniciou a implantação do programa de Logística Reversa de pilhas e baterias de uso doméstico, em 05 de novembro de 2010, conforme estabelecia a Resolução Conama 401/2008. O programa, que está em fase de consolidação e expansão, prevê o recebimento, em todo território nacional, das pilhas usadas, devolvidas pelo consumidor ao comércio, e seu encaminhamento, por meio de transportadora certificada, a uma empresa que faz a reciclagem desse material. Para implantação da logística, houve um cuidado especial dos fabricantes no sentido de buscar uma auditoria externa para prévia avaliação do processo de destinação final dos produtos pós-uso. O custo do transporte das pilhas recebidas nos postos de coleta é de responsabilidade das empresas fabricantes e importadoras. As pilhas e baterias de uso doméstico coletadas nos postos de recolhimento estão sendo encaminhas à empresa Suzaquim Indústria Química, localizada na região metropolitana da Grande São Paulo, e os custos desta destinação final também são arcados pelos fabricantes e importadores. O sucesso do programa está diretamente ligado à adesão do consumidor. Primeiro, evitando a compra de pilhas e baterias clandestinas, geralmente fabricadas em países asiáticos, que ocupam cerca de 40% do mercado. Outro papel do consumidor é dar início ao processo de logística reversa, devolvendo suas pilhas usadas ao comércio, que por sua vez tem que encaminhá-las aos postos de recebimento da indústria para que se providencie a destinação final. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: Em 2013 cerca de 1100 postos de recebimentos espalhados em todo o Brasil, já tendo sido coletado em três anos dos projeto 420 toneladas de pilhas e baterias. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

A iniciativa da Abinee com o Programa Abinee recebe Pilhas poderá contribuir com o tratamento e destinação deste resíduos gerados no setor de construção civil.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Logística Reversa de pneus

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: RECICLANIP

Descrição: A Reciclanip atua na coleta de pneus inservíveis no Brasil. Disponibiliza pontos de coleta administrados pelas prefeituras para onde são destinados pelo serviço de limpeza urbana municipal. Por meio de parceira de convenio, a Reciclanip fica responsável pelo recolhimento dos pneus nos pontos de coleta municipal (mínimo de 1000 pneus) e pela destinação ambientalmente adequada destes resíduos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: Até dezembro de 2013 foram destinados 2,68 milhões de toneladas de pneus inservíveis. Custos evitados: N.A. Investimentos: Os fabricantes já investiram mais de 550 milhões de reais para coleta e destinação.

Esta iniciativa permite que os geradores de RCCV e empresas responsáveis pelo transporte dos resíduos destinem corretamente dos pneus de seus maquinários.

N.A: Não avaliado pelos Planos, Programas, Projetos e Ações.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Quadro 3-5 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RCCV em Âmbito Estadual.

Planos, programas,

projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

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Programa Minas Sem Lixões

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: MINAS GERAIS, 2014a

Origem: Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) Descrição: Apoia os municípios na implementação de políticas públicas voltadas para a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

O “Programa Minas Sem Lixões” é voltado para RSU, entretanto também são levantadas as questões sobre RCCV, principalmente relacionadas à destinação e disposição final.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RE

SÍD

UO

S

Programa Estadual de Educação Ambiental

Educação Ambiental Fonte: MINAS GERAIS, 2004.

Origem: Política Nacional de Educação Ambiental, definida pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, e no Decreto no 4.281, de 26 de junho de 2002. Descrição: Servir de referência para debates nos diferentes grupos da sociedade compromissados com a causa ambiental, bem como servir de parâmetro para o estabelecimento das políticas públicas. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação de Programa de Educação Ambiental para o Plano Metropolitano.

RS

U

Programa Ambientação

Educação Ambiental Fonte: MINAS GERAIS, 2014b

Origem: Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) Descrição: Programa com objetivo de promover a sensibilização para a mudança de comportamento e a internalização de atitudes ambientais corretas, proporcionando a melhoria contínua do bem estar dos funcionários públicos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A.. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação de Programa de Educação Ambiental para a rede pública durante a elaboração do Plano Metropolitano.

RS

U Plano Estadual de

Coleta Seletiva (PECS)

Coleta Seletiva Fonte: MINAS GERAIS, 2011b; 2011c

Origem: Deliberação Normativa COPAM nº 172, de 22 de dezembro de 2011 - Institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de Minas Gerais. Descrição: Estabelecer princípios, diretrizes e estratégias para incentivar e apoiar a implantação ou ampliação dos serviços de coleta seletiva, bem como estabelecer critérios para a definição de prioridades para a definição de prioridades para o apoio do Estado às administrações municipais. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

O Plano Metropolitano em elaboração deve considerar o PECS ao definir a coleta seletiva para os RCCV da classe B (plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U Centro Mineiro de

Referência em Resíduos (CMRR)

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: MINAS GERAIS, 2014c

Origem: Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) Descrição: Programa que visa fomentar e o apoiar às políticas municipais de coleta seletiva, com inclusão sócio produtiva de catadores. Atua como núcleo irradiador de informações, através de atendimento, cursos e eventos. O CMRR realizou Diagnósticos de Cadeias de Resíduos e Planos de Gerenciamento de Resíduos, com destaque para o Plano de Gerenciamento de RCC. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Ao definir a coleta seletiva para os RCCV da classe A e B pode-se buscar o apoio do CMRR. Outra oportunidade é buscar programas de capacitação junto ao CMRR.

RC

C Curso de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

Gestão e Gerenciamento de RCC Fonte: MINAS GERAIS, 2014

Origem: Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) Descrição: A meta do Curso de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil é transformar resíduos gerados nas construções em oportunidades de trabalho e renda. O curso aborda os impactos da construção civil nos aspectos econômico, social e ambiental; as regulamentações mais atuais que indicam os caminhos básicos para a correta gestão de resíduos da construção civil; as etapas da boa gestão de resíduos; a classificação dos tipos de resíduos gerados pelas obras; os respectivos tratamentos ou disposições indicados pelas normas técnicas e identifica os principais itens constituintes de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC). O curso apresentou temas voltados para não geração, a redução, a reutilização (ex.: coprocessamento, dentre outros), a reciclagem, a logística reversa, tratamento, destinação e disposição dos RCC. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

O curso promove capacitação para os agentes gestores de RCC e público de interesse no tema gestão e gerenciamento de resíduos. Cursos possibilitou a formação em educação ambiental alinhada com a PNRS para todas as etapas do gerenciamento dos RCC que contribuirá para a implementação do Plano.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RC

C

Coletânea Minas Sem Lixões

Plano de gerenciamento integrado do RCC Fonte: Programa Minas Sem Lixões

Origem: Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) Descrição: Com o objetivo de orientar os municípios mineiros na gestão adequada dos RS, em especial os RCC, foi elaborado pela Feam/Fip no contesto da coletânea Minas Sem Lixões o Manual de orientações para elaboração do PGIRCC. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

O manual permite orientar os municípios e demais geradores de RCC para gestão e gerenciamento adequada destes resíduos contribuindo para a implementação do Plano.

RS

Programa Bolsa Reciclagem

Reciclagem Fonte: MINAS GERAIS, 2011d

Origem: Lei Estadual nº 19.823 de 22/11/2011 (Bolsa Reciclagem) Descrição: Conceder incentivos financeiros pelo Estado de Minas Gerais às organizações de catadores de materiais recicláveis com objetivo de incentivo à reintrodução desses materiais no processo produtivo, redução da utilização de recursos naturais e insumos energéticos e inclusão social. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

A bolsa reciclagem é uma forma de incentivo às organizações de catadores de materiais recicláveis. Este programa promove a inserção de agentes de coleta e destinação, como catadores, carroceiros, sucateiros, empresas e instituições recicladoras e outros agentes.

RS

U

Plano Preliminar de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PRE-RSU)

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: Minas Gerais, 2010a

Descrição: Estudo técnico que visa apresentar os critérios a serem considerados pelos municípios para viabilizar a gestão integrada dos RSU. Consistiu na apresentação dos critérios que devem ser usados para agrupamentos dos municípios para formação de Arranjos Territoriais Ótimos (ATOs), pressuposto técnico para a formação dos consórcios intermunicipais para manejo de resíduos sólidos urbanos, baseado em estudos e análises que apresentaram a atual situação e a caracterização dos municípios mineiros. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar a proposta de formação de Arranjos Territoriais Ótimos (ATO´s) para os municípios da RMBH e Colar Metropolitano.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U

Plano de Regionalização para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos na Bacia do São Francisco

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: Minas Gerais, 2010b

Descrição: Consiste na apresentação dos critérios que devem ser usados para agrupar os municípios na formação de Arranjos Territoriais Ótimos (ATO´s) pressuposto técnico para a formação dos consórcios intermunicipais para manejo de resíduos sólidos urbanos, baseado em estudos e análises que apresentaram a atual situação e a caracterização dos municípios na Bacia do São Francisco. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar a proposta de formação de Arranjos Territoriais Ótimos (ATO´s) para os municípios da RMBH e Colar Metropolitano.

RC

CV

Programa Mineiro

da Qualidade e

Produtividade no

Habitat – PMQP-H

Resíduos da Construção Civil

Descrição: promover o desenvolvimento econômico e social através da melhoria

da qualidade das obras contratadas pelo Governo de Minas Gerais,

considerando o fortalecimento do mercado mineiro e o desenvolvimento de

novas tecnologias, e dentre os projetos e programas figurados não estão

presentes ações relacionadas aos resíduos.

Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação do PMQP-_H para o Plano Metropolitano.

N.A: Não avaliado pelos Planos, Programas, Projetos e Ações.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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Pag. 46

Quadro 3-6 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RCCV em Âmbito Regional e Municipal.

Planos, programas,

projetos e ações Tema / Referências Informações

Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U

Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos - RMBH e Colar Metropolitano

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: ARMBH, 2013

Descrição: Apresenta diretrizes, programas, projetos, ações e metas para a gestão dos resíduos sólidos na RMBH e Colar Metropolitano, relacionados à gestão integrada, regionalizada e compartilhada. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Avaliar as diretrizes, os programas, os projetos, as ações e as metas definidos no PMRS.

RS

U/R

CC

V

Plano Diretor de

Desenvolvimento

Integrado da

Região

Metropolitana de

Belo Horizonte

(PDDI – RMBH)

Gestão e Gerenciamento de RSU e RCCV Fonte: (MINAS GERAIS, 2011).

Descrição: Tem como objetivo “construir um processo de planejamento

metropolitano na RMBH envolvendo seus municípios, o estado de Minas

Gerais, os órgãos federais ali atuantes, a sociedade civil organizada em seus

movimentos sociais, associações empresariais e populares e também,

complementamente, os municípios que compõem o Colar e o Entorno

Metropolitano”. O PDDI – RMBH aborda, no eixo Sustentabilidade, a Política

Metropolitana Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos.

O PDDI (2011), em sua abordagem sobre política metropolitana integrada de

resíduos sólidos, apresenta o “Programa de Erradicação de Bota Fora

Clandestino e de Gestão Adequada de Resíduos da Construção e Demolição”.

Este Programa tem como objetivo geral “definir as diretrizes para a

implantação de Sistema para a Gestão Sustentável de Resíduos da

Construção e Demolição e Resíduos Volumosos na RMBH.

Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Avaliar as diretrizes do PDDI durante a elaboração do Plano Metropolitano.

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Pag. 47

Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RC

CV

Programa para a Correção das Deposições e Reciclagem de Resíduos da Construção Civil em Belo Horizonte

Gestão e Gerenciamento de RCCV / SLU Fonte: prefeitura de Belo Horizonte/SLU

Descrição: Correção dos problemas ambientais urbanos gerados pela deposição indiscriminada e clandestina de resíduos de construção na malha urbana, e funcionamento das Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes. Instalação de três Unidades de Reciclagem de Entulho; construção de URPV's; facilitou o descarte, implantou usinas de reciclagem, incorporou os carroceiros como parceiros no programa de coleta de entulhos, disponibilizou o espaço físico para a implantação da fábrica Ecoblocos; e recuperou áreas degradadas Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: 32 (trinta e duas) URPV’s instaladas operando bairros de BH – Portal PBH/SLU _ 2014 Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Avaliar as diretrizes do Programa durante a elaboração do Plano Metropolitano

RC

CV

Projeto carroceiros em Belo Horizonte

Gestão e Gerenciamento de RCCV Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte

Descrição: Redução da deposição irregular de resíduos sólidos na malha urbana da capital, sendo os carroceiros considerados parceiros, ao coletar e destinar corretamente os resíduos para URPVs. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Avaliar as diretrizes do Projeto durante a elaboração do Plano Metropolitano

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RC

CV

Programa

Municipal de

Gerenciamento de

Resíduos da

Construção Civil e

Resíduos

Volumosos – Belo

Horizonte/MG

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte/SLU

Descrição:

I- contribuir para a melhoria da limpeza urbana;

II- possibilitar a oferta da infraestrutura adequada para

captação de pequenos volumes de resíduos da

construção civil e resíduos volumosos;

III- fomentar a redução, a reutilização, a reciclagem e a

correta destinação desses resíduos;

IV- promover ações de educação ambiental e de controle e

fiscalização, necessárias ao bom funcionamento da

rede de Unidades de Recebimento de Pequenos

Volumes de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos – URPVs.

Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação de Programa de Educação Ambiental para o Plano Metropolitano.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RC

CV

Iniciativas

Municipais

Formação de Consórcio

Fonte: ARMBH (2012),

Descrição : Formação de consórcio com objetivo de possibilitar

investimento em estruturas para destinar adequadamente o

resíduo urbano e os RCC. Assinado em 2010 o Protocolo de

Intenções para formação do COMPARESOLURB - Consórcio

Médio Paraopebano de Resíduos Sólidos Participação dos

municípios Betim, Brumadinho , Ibirité, Igarapé, Itatiaiuçu,

Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas

e Sarzedo.

Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Identificar e Divulgar Boas Práticas

RC

CV

Iniciativas

Municipais

Gerenciamento de RCCV

Fonte: ARMBH

(2013), Assis(2012)

Descrição: Instalação de URPV’s em Contagem e Fiscalização de

Bota-foras em Sabará

Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Identificar e Divulgar Boas Práticas

N.A: Não avaliado pelos Planos, Programas, Projetos e Ações.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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Pag. 50

3.2.1 Âmbito Federal

Programas de Saneamento Básico / Plano Nacional de Saneamento Básico

O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), que teve sua elaboração prevista na

Lei nº 11.445/2007, foi planejado e coordenado pelo Ministério das Cidades (MCidades).

O Plansab procura deslocar o tradicional foco dos planejamentos clássicos em saneamento

básico, pautados na hegemonia de investimentos em obras físicas, para um melhor

balanceamento destas com medidas estruturantes, a partir do pressuposto de que o

fortalecimento das ações em medidas estruturantes assegurará crescente eficiência,

efetividade e sustentação aos investimentos em medidas estruturais.

No Plansab foram definidos três cenários de planejamento, Cenários 1, 2 e 3, tendo sido

adotado o primeiro deles como o cenário de referência para o planejamento. Para este,

foram estabelecidas metas e, visando atingi-las ao longo dos 20 anos de execução do

Plansab, propostas macrodiretrizes e estratégias. Operacionalmente, foram ainda

propostos programas para a política pública de saneamento básico, em um nível de

discriminação ainda preliminar, já que, em uma próxima etapa, estes serão detalhados em

maior profundidade.

O enfoque adotado é o de procurar visualizar possíveis futuros, denominados de cenários,

a partir das incertezas incidentes, com base em sólida análise da situação atual e

pregressa, e parte da premissa de que não é possível predizer o futuro, mas apenas fazer

previsões de possibilidades, procurando reduzir os riscos das incertezas e propiciar

ferramentas que facilitem a definição de estratégias.

O Plansab trata em seu capítulo 9 dos programas a serem implementados, esclarecendo

que a proposta de programas governamentais para a concretização das estratégias do

Plansab constitui etapa crucial do planejamento.

Uma das preocupações contempladas na formulação dos programas, no âmbito do

Plansab é que os programas garantam materialidade à visão estratégica do Plano.

Analisando duas variáveis – divisão territorial e focalização – pode-se tanto organizar os

programas segundo portes populacionais (como RM, cidades de pequeno porte) e, no

interior de cada programa haver critérios para a priorização de população vulnerável, como

o contrário: programas segundo áreas de focalização e prioridades segundo portes

populacionais.

Outro aspecto que necessitou ser avaliado para a proposição dos programas foi o próprio

modelo atual, em prática no Governo Federal. No âmbito do Plano Plurianual 2012-2015,

o planejamento da política de saneamento é expresso, sobretudo, no Programa de

Saneamento Básico.

Com base no conjunto desses elementos preliminares, e em alinhamento com o PPA 2012-

2015, são previstos três programas para a operacionalização da Política Federal de

Saneamento Básico, sendo estes apresentados a seguir.

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O “Programa 1: Saneamento básico integrado” será organizado para o investimento em

ações estruturais, visando cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes

do saneamento básico (abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas) em

conformidade com as metas estabelecidas.

O objetivo deste é financiar iniciativas de implantação de medidas estruturais de

abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, em áreas urbanas,

tendo sua coordenação atribuída ao MCidades.

Este programa visa beneficiar os titulares, prestadores dos serviços e consórcios

intermunicipais, no caso de serviços públicos de abastecimento de água potável e

esgotamento sanitário, e municípios, consórcios intermunicipais e estados, no caso de

ações de manejo de águas pluviais e drenagem urbana e de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos.

Para seleção de propostas, os pedidos, após análise de seu enquadramento, serão

submetidos à hierarquização, sendo que os projetos com mais elevado grau de prioridade

serão aqueles que contemplem iniciativas de integralidade, em que municípios, orientados

por seus planos municipais de saneamento básico, demandem apoio para suprir as

necessidades integrais dos quatro componentes do saneamento básico, com vistas à

universalização.

Com relação à fonte de recursos e orçamento, o Programa será operado com recursos

onerosos e não-onerosos, em valores estimados de R$ 212 bilhões, com referência ao ano

base de 2012, para investimentos nos próximos 20 anos, conforme disponibilidade

orçamentária.

Conforme apresentado no PNSB, não há solução única para a concepção das ações e

nem tampouco um recorte com vantagens nitidamente superiores às dos demais. Em vista

disto, o Plansab propõe que a estruturação das ações oriente-se por um método

construtivista de “aprendizagem na política”, no qual as ações, a partir da configuração

inicial adotada na operacionalização do PPA 2012-2015, seriam submetidas a permanente

avaliação, de modo a se identificarem aspectos positivos e desconformidades, para se

aperfeiçoar e ajustar o modelo adotado no seguinte PPA.

O “Programa 2: Saneamento rural” visará atender, por ações de saneamento básico, a

população rural e as comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as

reservas extrativistas.

O objetivo deste programa será financiar, em áreas rurais e de comunidades tradicionais

(conforme Decreto 6.040/2007 e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de

Povos e Comunidades Tradicionais), medidas de abastecimento de água potável, de

esgotamento sanitário, de provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias

domiciliares e de educação ambiental para o saneamento, além de, em função de

necessidades ditadas pelo enfoque de saneamento integrado, ações de limpeza urbana e

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Pag. 52

manejo de resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais, tendo sua coordenação

atribuída ao MS.

Este programa visa beneficiar as administrações municipais, os consórcios e os

prestadores de serviço, incluindo instâncias de gestão para o saneamento rural, como

cooperativas e associações comunitárias.

Para seleção de propostas, os pedidos, após análise de seu enquadramento, serão

submetidos à hierarquização, sendo que os projetos com mais elevado grau de prioridade

serão aqueles que contemplem iniciativas de integralidade, em que municípios, orientados

por seus planos municipais de saneamento básico, demandem apoio para suprir as

necessidades integrais em sua área rural, com vistas à universalização.

Com relação à fonte de recursos e orçamento, o Programa será operado principalmente

com recursos não-onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em

valores estimados de R$ 22,7 bilhões, com referência ao ano base de 2012, para

investimentos nos próximos 20 anos, conforme disponibilidade orçamentária.

O “Programa 3: Saneamento estruturante” terá como foco o apoio à gestão pública dos

serviços, visando criar condições de sustentabilidade para o adequado atendimento

populacional, incluindo a qualificação da participação social e seu controle social sobre os

serviços, sendo dada ênfase à qualificação dos investimentos públicos. O programa

preverá um conjunto de medidas, distribuídas em quatro diferentes ações: ações

estruturantes de apoio à gestão; ações estruturantes de apoio à prestação de serviços;

ações estruturantes de capacitação e assistência técnica; desenvolvimento científico e

tecnológico.

O objetivo deste programa será financiar medidas estruturantes para o saneamento básico

municipal, visando à melhoria da gestão e da prestação pública de serviços, bem como

medidas de assistência técnica e capacitação e ações de desenvolvimento científico e

tecnológico em saneamento, tendo sua coordenação atribuída ao MCidades.

Este programa terá o perfil dos beneficiários conforme a ação específica.

Com relação à fonte de recursos e orçamento, o Programa será operado principalmente

com recursos não-onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em

valores estimados de R$ 65 bilhões, com referência ao ano base de 2012, para

investimentos nos próximos 20 anos, conforme disponibilidade orçamentária. Para a ação

de desenvolvimento científico e tecnológico, recursos dos fundos setoriais e do Sistema de

Ciência e Tecnologia poderão ser agregados.

São concebidas quatro diferentes ações para o Programa, sendo estas: i) ações

estruturantes de apoio à gestão; ii) ações estruturantes de apoio à prestação de serviços;

iii) ações estruturantes de capacitação e assistência técnica; e iv) desenvolvimento

científico e tecnológico.

O Plansab apresenta ainda um item de “Programas e ações do Governo Federal”. Este

item informa que coube ao MMA executar programas relacionados aos resíduos sólidos,

além dos relacionados ao esgotamento sanitário e à revitalização de bacias.

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Em 2011, dos Programas do Governo Federal com ações diretas e relacionadas de

saneamento básico, 14 possuíam ações de Resíduos Sólidos Urbanos.

Destaca-se os Programas Resíduos Sólidos Urbanos, sob coordenação do MMA, com

objetivo de “ampliar a área de cobertura e eficiência dos serviços públicos de manejo de

resíduos sólidos, com ênfase no encerramento de lixões, na redução, no reaproveitamento

e na reciclagem de materiais, por meio da inclusão socioeconômica de catadores”.

Na perspectiva do MMA, as ações do Programa devem reduzir significativamente o déficit

existente na limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. (Brasil, 2013)

Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Versão Preliminar

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecido pela Lei nº 12.305/10, Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), está em processo de construção e contemplará os

diversos tipos de resíduos gerados, alternativas de gestão e gerenciamento passíveis de

implementação, bem como metas para diferentes cenários, programas, projetos e ações

correspondentes.

Em sua versão preliminar (a ser colocada em discussão com a sociedade civil), de

Setembro de 2011, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos apresenta um capítulo de

diretrizes e estratégias relacionadas aos resíduos sólidos que compõem a Versão

Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O Quadro 3-7 apresenta um resumo

das Diretrizes e Estratégias para RCCV indicadas na versão preliminar do Plano Nacional

de Resíduos Sólidos. As metas para RCC estão descritas na sequência.

O processo de construção das Diretrizes, Estratégias e respectivas Metas teve início com

a criação de 05 (cinco) Sub Grupos no âmbito do Grupo Técnico 1 do Comitê

Interministerial para tratar dos seguintes temas: (i) Resíduos Sólidos Urbanos; (ii) Resíduos

de Serviços de Saúde e Resíduos de Serviços de Transporte; (iii) Resíduos Industriais; (iv)

Resíduos de Mineração; (v) Resíduos Agrosilvopastoris. As Diretrizes e suas respectivas

Estratégias definirão as ações e os programas a serem delineados com vistas ao

atingimento das Metas, buscando: (i) o atendimento aos prazos legais; (ii) o fortalecimento

de políticas públicas conforme previsto na Lei 12.305/2010; (iii) a melhoria da gestão e do

gerenciamento dos resíduos sólidos como um todo; e (iv) o fortalecimento do setor de

resíduos sólidos e as interfaces com os demais setores da economia brasileira.

A versão final do Plano Nacional de Resíduos Sólidos não estava disponível durante a

elaboração deste Produto 02.

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Quadro 3-7 - Diretrizes e Estratégias para RCCV indicadas na versão preliminar do Plano

Nacional de Resíduos Sólidos.

Diretrizes para RCCV

Estratégias para RCCV

Diretriz 1: Eliminar as áreas

irregulares de disposição final de RCC (“bota-fora”)

em todo o território nacional.

1. Estabelecer de uma rede de monitoramento permanente visando coibir o estabelecimento de novas áreas de “bota-fora”.

2. Aportar recursos, com as respectivas contrapartidas dos estados e municípios, para o setor público, e de linhas de financiamento específicas para o setor público e privado, para eliminação de áreas irregulares de disposição final de RCC.

3. Desenvolver e implantar um módulo do SINIR para gestão de RCC.

4. Aportar recursos, com as respectivas contrapartidas dos estados e municípios, para ampliação da capacidade de fiscalização dos órgãos públicos envolvidos com a gestão de RCC.

5. Fomentar ações e programas de apoio aos pequenos municípios para eliminação das disposições irregulares de RCC.

6. Definir e apurar indicadores de gestão de RCC em nível nacional e regional, e estabelecimento de metas com base nestas informações.

7. Compatibilizar e padronizar, em nível nacional, indicadores e metodologias para sua apuração, nas diversas base de dados envolvidas (IBGE, SINIR, outras).

Diretriz 2: Implantar áreas de

transbordo e triagem, de

reciclagem e de reservação

adequada de RCC em todo o território

nacional

1. Disponibilizar recursos do Orçamento Geral da União (OGU), para o setor público, e de linhas de financiamento em condições diferenciadas par ao setor público e privado, com as respectivas contrapartidas de estados e municípios, especificamente voltadas a elaboração de projetos e a implantação, ampliação, recuperação das áreas de transbordo e triagem, de reciclagem e de reservação adequada de RCC.

2. Implementação de ações de capacitação técnica de atores públicos, privados e da sociedade civil envolvidos com a gestão de RCC, por meio de parcerias com entidades públicas e privadas.

3. Articulação junto aos órgãos licenciadores visando a uniformizar e agilizar os procedimentos referentes ao processo de licenciamento de áreas de manejo de RCC, com estabelecimento de critérios básicos pelo governo federal

4. Criação de mecanismos para inserção de população de baixa renda na gestão de RCC.

Diretriz 3: Realização de Inventário de Resíduos da

Construção Civil

1. Elaboração de questões orientadoras para levantamento de dados sobre resíduos da construção civil pelo IBGE.

2. Elaboração de pesquisa padrão para o levantamento de dados quantitativos e qualitativos relacionados à gestão de RCC em todo o território nacional

Diretriz 4: Incremento das atividades de reutilização e

reciclagem dos RCC nos

empreendimentos

1. Fomento a pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico destinado a obtenção de tecnologias voltadas à reutilização e reciclagem de RCC, e ampla divulgação de conhecimento nesta área.

2. Articulação junto aos órgãos licenciadores visando a uniformizar e agilizar os procedimentos referentes ao processo de licenciamento das unidades de reutilização e reciclagem de RCC, com estabelecimento de critérios pelo governo federal.

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Diretrizes para RCCV

Estratégias para RCCV

públicos e privados em todo o território

nacional.

3. Implementação de ações de capacitação e difusão tecnológica visando a incrementar as ações de reutilização e reciclagem de RCC.

4. Utilização de incentivos para o emprego de tecnologias de reutilização e reciclagem nos empreendimentos.

5. Priorização da reutilização e da reciclagem de RCC nas compras, obras e empreendimentos públicos e privados financiados com recursos públicos.

6. Busca de um acordo setorial específico para os resíduos da construção civil.

Diretriz 5: Fomento a medidas de redução da

geração de rejeitos e resíduos de

construção civil em empreendimentos em todo o território

nacional

1. Fomento a pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico.

2. Criação de instrumentos econômicos e disponibilização de linhas de financiamento para o setor público e privado em condições diferenciadas, especialmente voltadas para o estabelecimento de tecnologias que forneçam equipamentos e processos voltados à redução da geração de rejeitos e resíduos da construção civil.

3. Induzir o setor da construção civil e o de infraestrutura a adotar práticas que melhorem o desempenho socioambiental desde o projeto até a construção efetiva, passando por criteriosa seleção de materiais e alternativas menos impactantes ao ambiente e à saúde humana, bem como a minimização da geração, segregação na fonte geradora, o reuso, a reciclagem, o tratamento e a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos de construção civil (RCC) conforme resolução CONAMA 307/2002, implementando iniciativas de construção sustentável em todas as esferas da administração pública, direta e indireta, e atendendo a regulação nacional pertinente e as convenções internacionais relativas a emissões de poluente, das quais o Brasil faz parte, com especial atenção a poluentes orgânicos persistentes (POP´s)

Fonte: BRASIL, 2012

O PNRS estabelece seis metas para os RCC (os prazos precisarão ser revistos caso essas

metas permaneçam na publicação final):

Meta 1: Eliminação de 100% das áreas de disposição irregulares até 2014;

Meta 2: Implantação de Aterros Classe A (reservação de material para usos futuros)

em 100% dos municípios atendidos por aterros de RCC até 2014;

Meta 3: Implantação de PEVs, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos

municípios;

Meta 4: Reutilização e Reciclagem de RCC em 100% dos municípios,

encaminhando os RCC para instalações de recuperação;

Meta 5: Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil,

pelos grandes geradores, transportadores e áreas de destinação; e

Meta 6: Elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e

destinação dos resíduos.

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Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade da Construção Habitacional -

PBQP-H

O PBQP-H é um desdobramento do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade -

PBQP, uma de suas características é a de estar centrado na parceria Estado/Setor Privado,

tem objetivo de “apoiar o esforço brasileiro de modernidade por meio da melhoria da

qualidade, da produtividade e redução de custos da construção habitacional, com vistas a

aumentar a competitividade no setor”.

Dentre os projetos e programas figurados não estão presentes ações relacionadas aos

resíduos. Porém o item referente à segurança no trabalho orienta que o SECONCI-MG

dispõe de uma equipe técnica à disposição para auxiliar as empresas no cumprimento de

todas as normas referentes à segurança do trabalho.

Política Nacional de Educação Ambiental

A Política Nacional de Educação Ambiental, definida pela Lei n. 9.795, de 27 de abril de

1999, e no Decreto n. 4.281, de 26 de junho de 2002, incentiva a elaboração de programas,

projetos e planos, de forma participativa e dialógica, na busca da sensibilidade (Brasil,

2004).

Segundo Art. 1º da Política Nacional de Educação Ambiental, “entendem-se por educação

ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores

sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação

do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua

sustentabilidade”.

O Art. 8º define que as atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental

devem ser desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar.

A Seção II da Política Nacional de Educação Ambiental, “Da Educação Ambiental no

Ensino Formal” define que a educação ambiental será desenvolvida como uma prática

educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino

formal, e não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino (Art.

10º), e que a dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores,

em todos os níveis e em todas as disciplinas (Art. 11º).

Ainda sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, em sua Seção III, estabelece que,

educação ambiental não-formal são as ações e práticas educativas voltadas à

sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e

participação na defesa da qualidade do meio ambiente.

Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal,

incentivará:

I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços

nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de

temas relacionados ao meio ambiente;

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II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-

governamentais na formulação e execução de programas e atividades

vinculadas à educação ambiental não-formal;

III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de

programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e

as organizações não-governamentais;

IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de

conservação;

V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades

de conservação;

VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;

VII - o ecoturismo.

Sobre a execução da Política Nacional de Educação Ambiental, o Capítulo III definiu que

a coordenação desta Política ficará a cargo de um órgão gestor, na forma definida pela

regulamentação desta Lei, sendo suas atribuições:

I - definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;

II - articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e projetos na

área de educação ambiental, em âmbito nacional;

III - participação na negociação de financiamentos a planos, programas e

projetos na área de educação ambiental.

“Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas áreas

de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental,

respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental” (Art. 16).

Sobre planos e programas, para fins de alocação de recursos públicos vinculados, a

Política de que deve ser realizada levando-se em conta os seguintes critérios:

I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional

de Educação Ambiental;

II - prioridade dos órgãos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de

Educação;

III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos recursos a

alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.

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3.2.2 Âmbito Estadual

Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS-MG)

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) é expressamente listado no art. 14 inciso II

da Lei 12.305/2010, e sua elaboração é condição para os estados terem acesso a recursos

da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos

sólidos.

No mês de novembro de 2013, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) divulgou o

edital de licitação para Contratação de empresa de consultoria para elaboração do Plano

Estadual de Resíduos Sólidos - PERS/MG, devendo este ficar pronto em dez meses,

contados a partir da escolha da empresa responsável por desenvolver o trabalho. No

primeiro semestre de 2014 o Plano foi licitado e a empresa ganhadora foi tecnicamente

desqualificada. Em julho de 2014 a Feam publicou um novo edital de licitação para

Contratação de empresa de consultoria para elaboração do Plano Estadual de Resíduos

Sólidos - PERS/MG.

Plano Preliminar de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Urbanos (PRE-RSU)

O Plano Preliminar de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Urbanos (PRE-RSU) é um estudo técnico que visa apresentar os critérios a serem

considerados pelos municípios para viabilizar a gestão integrada dos RSU, finalizado com

a divisão do Estado de Minas Gerais em Arranjos Territoriais Ótimos (ATOs). Os ATOs são

uma sugestão de agrupamento que servirá como referência para a formação de

consórcios. O consorciamento é visto como uma forma eficiente de se garantir a viabilidade

da gestão que compreende, além da disposição final adequada, sistemas complementares,

coleta seletiva, compostagem, reciclagem, comercialização de recicláveis, educação

ambiental e planejamento constante.

Os ATOs são uma proposta do Governo de Estado de Minas Gerais por meio do Sistema

Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) para a Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos Urbanos, formado a partir de critérios técnicos, e é uma referência feita

com base nos dados ambientais, socioeconômicos, de transporte e logística e de resíduos

(FEAM, 2010).

Plano de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos com

ênfase na Bacia do São Francisco

O Plano de Regionalização para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos na

Bacia do São Francisco é uma proposta técnica respaldada na primeira etapa do Plano de

Regionalização para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos (PRE-RSU) de

Minas Gerais que definiu critérios para a regionalização visando à viabilidade da GIRSU

para todos os municípios mineiros.

A proposta do plano de regionalização para a GIRSU elaborada para a Bacia do Rio São

Francisco (BSF) considerou, além dos critérios técnicos (logística e transporte, aspectos

sócio- econômicos e gestão de resíduos sólidos urbanos), o cenário atual dos consórcios

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do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a gestão integrada dos resíduos sólidos –

municípios com protocolo de intenções assinados – e a proposta de compartilhamento de

sistemas de destinação final (aterros sanitários) do MMA (FEAM, 2010)

Plano Estadual de Coleta Seletiva – PECS

O Plano Estadual de Coleta Seletiva (PECS) procura abordar a promoção de instrumentos

do desenvolvimento social, ambiental e econômico, reforçar o uso de matérias-primas e

insumos, bem como incentivar o desenvolvimento de novos produtos e processos que

utilizem materiais recicláveis e reciclados, promover a atuação dos catadores de materiais

recicláveis nas ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos e a responsabilidade

socioambiental compartilhada entre Poder Público, geradores, transportadores,

distribuidores e receptores desses resíduos.

O PECS tem como objetivo estabelecer princípios, diretrizes e estratégias para incentivar

e apoiar a implantação ou ampliação dos serviços de coleta seletiva, bem como

estabelecer critérios para a definição de prioridades para o apoio do Estado às

administrações municipais (FEAM, 2011).

Programa Minas Sem Lixões

O Programa Minas Sem Lixões apoia os municípios na implementação de políticas públicas

voltadas para a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos, em um compromisso com

a melhoria da qualidade ambiental do Estado.

Dentre as ações do Minas sem lixões estão as publicações de Manuais Técnicos com o

objetivo de orientar os municípios mineiros na gestão adequada dos resíduos sólidos

urbanos, a Feam e a Fundação Israel Pinheiro – FIP, onde destaca-se o manual técnico

de “Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil”, além de

publicações voltadas para educação ambiental (FEAM, 2014).

Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR)

O Centro Mineiro de Referência em Resíduos é um Programa do Governo do Estado de

Minas Gerais, desenvolvido através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável (Semad), da Feam, e do Serviço Voluntário de Assistência

Social (Servas), em parceria com o Sebrae-MG, que atua como núcleo irradiador de

informações, projetos e parcerias com a finalidade de estimular a reflexão, a ação da

cidadania para os desafios da gestão integrada de resíduos e a articulação entre os setores

público, privado e terceiro setor na promoção do consumo consciente, na reutilização e na

reciclagem de resíduos.

Entre as ações desenvolvidas pelo CMRR, destacaram-se o fomento e o apoio às políticas

municipais de coleta seletiva, com inclusão socioprodutiva de catadores, orientando os

municípios sobre a gestão eficiente dos resíduos no âmbito de suas competências.

Em seu relatório anual de atividades do ano de 2011, o CMRR apresenta ações da Escola

de Gestão em Resíduos, Centro-Escola que tem como objetivo qualificar e capacitar os

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participantes para elaborar e implantar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

em conformidade com as normas e resoluções ambientais.

Dentre os “Cursos de Gerenciamento de Resíduos” apresentados, estão os Cursos de

Gerenciamento de Resíduos de Construção e Demolição, que tem por objetivo oferecer

aos participantes conhecimentos técnicos de segregação dos resíduos, em conformidade

com as normas e legislações vigentes na área de construção civil. Em 2011 foram

realizadas capacitações de 3 turmas, envolvendo o total de 100 capacitados.

Além da Escola de Gestão em Resíduos o CMRR tem o setor de Tecnologia e Informação

em Resíduos, que coordena projetos alinhados à política nacional e estadual de resíduos

sólidos, com vistas a auxiliar empresas, instituições, movimentos organizados dos

catadores, municípios, comunidades e meio acadêmico, na busca pela gestão correta de

resíduos e ações de sustentabilidade considerando a redução da geração de resíduos,

bem como a segregação correta, a reutilização, a reciclagem, o tratamento e a disposição

final correta considerando sempre a valorização dos resíduos e a inclusão socioprodutiva

de associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Dentre os projetos desenvolvidos pelo setor de Tecnologia e Informação do CMRR estão:

Série Diálogos: que promove encontros no CMRR com o objetivo de discutir a

temática gestão de resíduos para a disseminação de informações e discussões

sobre os diferentes olhares do assunto. Dentre os temas abordados estão alguns

relacionados à RCCV como, “Resíduos Recicláveis da Construção e as

Associações de Catadores”, “Panorama dos Resíduos da Construção e

Demolição”, e outros temas como “Certificações Ambientais e Gestão de

Resíduos”, “Beneficiamento de Resíduos: um pré-requisito à reciclagem”,

“Educação Ambiental e Coleta Seletiva em Escolas Públicas de Belo Horizonte/MG”

e “Consorciamento entre Municípios para Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Urbanos”;

Núcleo de Informações Técnicas, NIT Virtual: que tem como objetivo difundir

informações certificadas pelo seu corpo técnico, dentro do escopo das políticas

estaduais e nacional de resíduos, visando o desenvolvimento e a consolidação de

uma economia socioambiental sustentável, em Minas Gerais; e

Destaca-se também um estudo relacionado à RCCV, sendo este “Elaboração de

Estudo de Alternativas Técnicas para Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil, em parceria com a Vale”.

Como forma de pesquisar e disseminar informações, experiências e práticas sobre a

gestão tecnológica e tratamento ambientalmente corretos, o CMRR realizou Diagnósticos

de Cadeias de Resíduos e Planos de gerenciamento de resíduos, com destaque para:

Diagnóstico de Geração de Resíduos de Construção e Demolição;

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção e Demolição, que teve início

no relatório do Seminário “Incentivos para Agregar Valor aos Recicláveis da

Construção” (FEAM, 2014)

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Programa Bolsa Reciclagem

O Programa Bolsa Reciclagem foi criado pelo Governo de Minas com o objetivo de

conceder incentivo financeiro às cooperativas e associações de catadores que

fazem segregação, enfardamento e a comercialização de papel, papelão,

cartonado, plásticos, metais, vidros e outros resíduos pós-consumo.

A Lei 19.823, de 2011, originada de Projeto de Lei de autoria do presidente da

Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), propõe

a remuneração das organizações de catadores que têm como trabalho a

reintrodução de materiais recicláveis no processo produtivo, sendo que o primeiro

repasse do Bolsa Reciclagem aconteceu em dezembro de 2012.

Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade no Habitat – PMQP-H

O Programa Mineiro de Qualidade e Produtividade no Habitat, PMQ-H, foi instituído pelo

Governo de Minas Gerais em julho de 2003, através do Decreto Estadual 43.418,

objetivando a modernização tecnológica, organizacional e gerencial da cadeia produtiva

das obras públicas, por meio de adesão gradativa ao sistema de qualidade.

O objetivo do programa é promover o desenvolvimento econômico e social através da

melhoria da qualidade das obras contratadas pelo Governo de Minas Gerais, considerando

o fortalecimento do mercado mineiro e o desenvolvimento de novas tecnologias, e dentre

os projetos e programas figurados não estão presentes ações relacionadas aos resíduos.

Programa Ambientação

O AmbientAÇÃO é um programa de comunicação e educação socioambiental que tem

objetivo de promover a sensibilização para a mudança de comportamento e a

internalização de atitudes ambientais corretas, proporcionando a melhoria contínua do bem

estar dos funcionários públicos do Estado de Minas Gerais. O Programa possui as linhas

de ação “Consumo Consciente” e “Gestão de Resíduos”, onde são desenvolvidas

campanhas que contribuem para reverter a insustentabilidade ambiental e melhorar a

qualidade de vida com ações simples em um esforço coletivo (FEAM, 2014).

(http://www.feam.br/ambientacao)

Programa Estadual de Educação Ambiental em Minas Gerais (PEEA/MG)

O Programa Estadual de Educação Ambiental em Minas Gerais (PEEA/MG) foi criado com

pretensão de servir de referência para debates nos diferentes grupos da sociedade

compromissados com a causa ambiental, bem como servir de parâmetro para o

estabelecimento das políticas públicas no Estado de Minas Gerais.

A fim de iniciar o processo de elaboração do Programa Estadual de Educação Ambiental

em Minas Gerais (PEEA/MG), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, em parceria com a Secretaria de Estado de

Educação, realizou em setembro de 1999 o I Fórum Estadual de Educação Ambiental, e

após amplos debates, os participantes do evento decidiram pela criação do Fórum

Permanente de Educação Ambiental de Minas Gerais e sua Comissão Interinstitucional

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Coordenadora. Buscando caracterizar e organizar as informações sobre as diversas ações

de Educação Ambiental no Estado, a Comissão criou o projeto de pesquisa “Mapeando a

Realidade da Educação Ambiental no Estado de Minas Gerais”, com objetivo de conhecer

a realidade ambiental e particularmente as ações de Educação Ambiental na percepção

dos principais atores sociais.

O Programa Estadual de Educação Ambiental foi criado no II Fórum de Educação

Ambiental de Minas Gerais, que propiciou em abril de 2002 um encontro entre os

representantes dos diferentes segmentos da sociedade civil, os quais tiveram a

oportunidade de se reunirem para discutir, traçar diretrizes e elaborar o Programa.

O Programa Estadual de Educação Ambiental tem suas linhas de ação e objetivos

conforme apresentadas a seguir:

I – Educação Ambiental por meio do ensino formal;

II – Educação no processo de gestão ambiental;

III – Articulação e integração das comunidades em favor da Educação Ambiental;

IV – Articulação intra e interinstitucional; e

V – Pesquisa, capacitação de educadores e atividades extensionistas na área Ambiental.

SIBR - Sistema Integrado de Bolsa de Resíduos (Bolsa de Resíduos da FIEMG)

O Sistema Integrado de Bolsas de Resíduos (SIBR) reúne serviços desenvolvidos em seis

estados, para que indústrias possam oferecer ou procurar por resíduos que possam

substituir matérias-primas, com menor custo. As Bolsas de Resíduos têm como propósito

a promoção da livre negociação entre indústrias, conciliando ganhos econômicos com

ganhos ambientais, através do anúncio de resíduos para compra, venda, troca ou doação,

além de possibilitar agregar valor aos resíduos transformando-os em matéria-prima ou

insumo na fabricação de outros produtos voltados ao mercado consumidor industrial ou

final.

Converter resíduos em matérias-primas pode gerar inúmeras oportunidades de negócios

e empregos para a indústria e é o foco do SIBR. Podem participar das Bolsas de Resíduos

qualquer empresa estabelecida legalmente no país, ou de outros países que possuam um

representante legal devidamente autorizado para comercialização de resíduos.

O sistema integrado é a união de diversas Bolsas de Resíduos existentes no Brasil em um

único sistema virtual, que permite ao usuário um único cadastramento para uso de toda a

base de informações disponíveis, incluindo a negociação de resíduos em nível nacional.

Em Minas Gerais, o SIBR é representado como Bolsa de Resíduos da FIEMG

(http://www.sibr.com.br).

3.2.3 Âmbito Regional e Municipal

Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos – RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte

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O Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e

Colar Metropolitano (ARMBH, 2013) apresenta “Diretrizes, programas, projetos, ações e

metas para a gestão dos resíduos sólidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e

Colar Metropolitano”, relacionados à gestão integrada, regionalizada e compartilhada.

Segundo o PMRS (2013), no ano de 2010 foi concluído, por parte da Agência RMBH, um

projeto que consistiu na elaboração de estudos e proposição de iniciativas estruturantes

para o gerenciamento de Resíduos de Construção civil (RCC) e Resíduos Volumosos (RV)

na RMBH. O projeto visava à ampliação da capacidade de gestão dos RCC e RV por parte

dos municípios da região, dotando-os de instrumentos de planejamento e orientação para

a correta disposição, o disciplinamento dos fluxos e dos agentes envolvidos e a destinação

adequada dos RCC e RV, observada a legislação aplicável.

Nesta linha, no que diz respeito aos RCCV, em 2010 foi desenvolvido um projeto pela

Agência RMBH que consistiu na elaboração de estudos e proposição de iniciativas para o

gerenciamento desses na RMBH. Os estudos abrangeram 18 municípios na RMBH, a

saber: Betim, Brumadinho, Caeté, Contagem, Igarapé, Itaguara, Lagoa Santa, Mateus

Leme, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará,

Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa e Sarzedo.

Ainda segundo PMRS (2013) a partir do levantamento realizado no diagnóstico, cada

município, seguindo orientações técnicas da Agência RMBH, elaborou propostas para a

instalação de uma série de unidades de manejo que visavam disciplinar a ação dos

diversos agentes do processo de gerenciamento dos RCC e RV, tais como Pontos de

Entrega Voluntária (PEVs), áreas de triagem e transbordo, além de locais de disposição

final. Também nessa etapa foi iniciada a discussão de uma proposta de regionalização dos

serviços, visando à implementação de consórcios intermunicipais com o objetivo de

propiciar eficiência e economicidade ao manejo ambientalmente adequado desses

resíduos.

Segundo o “Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos: Região Metropolitana de Belo

Horizonte e Colar Metropolitano (PMRS, 2013)”, dentre os municípios da RMBH e do Colar

Metropolitano, Belo Horizonte é o que mais avançou em termos da gestão do RCCV na

região. O município possui um programa pioneiro de reciclagem de entulho que inclui a

disponibilização de URPV’s à população. O material recebido nestes locais é separado em

caçambas e recolhido regularmente pela prefeitura do município. Após a triagem, os

rejeitos vão para o aterro sanitário e o entulho é direcionado para uma das três Estações

de Reciclagem de Entulho existentes no município, onde são transformados em agregados

reciclados que podem ser reintroduzidos na cadeia da construção civil.

Segundo PMRS (2013), uma externalidade negativa desse avanço observado no município

de Belo Horizonte, em relação aos demais municípios da região, é o deslocamento da

“fronteira da irregularidade” para os demais municípios da RMBH e Colar Metropolitano,

que passam a ser foco da disposição irregular e ilegal de RCCV. Por essa razão, é

necessária a articulação de todos os municípios da região no sentido de implementar uma

solução de gestão conjunta e articulada desses resíduos em âmbito metropolitano. Esse

foi um dos motivos que levou o Governo de Minas a celebrar um termo de cooperação

financeira junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do qual a

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Segem recebeu apoio financeiro a fundo perdido destinado à contratação de empresa de

consultoria responsável pela modelagem do “Plano metropolitano de gestão integrada de

resíduos com foco em resíduos de serviços de saúde (RSS) e resíduos da construção civil

e volumosos (RCCV)”.

Alguns estudos como Assis (2012) e ARMBH (2012) destacam informações sobre ações

de planejamento quanto à gestão de RCCV, como a realização de consórcio para

possibilitar investimento em estruturas para destinar adequadamente o resíduo urbano e

os resíduos da construção civil, apresentado para alguns municípios.

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo

Horizonte (PDDI – RMBH)

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), cabe destacar o Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PDDI – RMBH)

que tem como objetivo “construir um processo de planejamento metropolitano na RMBH

envolvendo seus municípios, o estado de Minas Gerais, os órgãos federais ali atuantes, a

sociedade civil organizada em seus movimentos sociais, associações empresariais e

populares e também, complementarmente, os municípios que compõem o Colar e o

Entorno Metropolitano”. O PDDI – RMBH aborda, no eixo Sustentabilidade, a Política

Metropolitana Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (MINAS GERAIS, 2011).

A Lei Estadual 107/09 que cria a Agência de Desenvolvimento Metropolitano estabelece

que o seu papel central para o processo de implementação do PDDI é “promover a

implementação de planos, programas e projetos de investimento estabelecidos no Plano

Diretor de Desenvolvimento Integrado”.

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte,

PDDI (2011), em sua abordagem sobre POLÍTICA METROPOLITANA INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS, apresenta o “Programa de Erradicação de Bota Fora Clandestino

e de Gestão Adequada de Resíduos da Construção e Demolição”. Este Programa tem

como objetivo geral “definir as diretrizes para a implantação de Sistema para a Gestão

Sustentável de Resíduos da Construção e Demolição e Resíduos Volumosos na RMBH,

pelo manejo diferenciado e pela reciclagem, de forma a promover a correção e prevenção

dos problemas ambientais e sociais decorrentes da deposição indiscriminada desses

resíduos nas áreas urbanas dos municípios”.

Seus objetivos específicos são:

Erradicar bota fora e outras instalações e formas precárias de disposição de

Resíduos da Construção e Demolição – RCD;

Implantar sistemas adequados de tratamento, reciclagem e destinação final desses

resíduos, de forma a minimizar os impactos negativos e maximizar benefícios

ambientais, sociais e econômicos;

Gerar material de boa qualidade a partir da reciclagem do entulho, se possível,

permitindo a substituição daqueles convencionalmente empregados na construção

civil, prioritariamente em obras públicas e de caráter social;

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Prever áreas para garantia de alternativas locacionais para instalações futuras de

sistemas de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção e Demolição e

Resíduos Volumosos, compatível com a reestruturação territorial prevista no PDDI;

e

Estimular a elaboração de legislações municipais que obriguem os grandes

geradores a realizar a segregação, no canteiro ou em áreas específicas, dos

resíduos gerados pela indústria da construção civil.

O PDDI, 2011, apresenta ainda a temporalidade de execução e implementação do

“Programa de Erradicação de Bota Fora Clandestino e de Gestão Adequada de Resíduos

da Construção e Demolição”, sendo definidas ações de curto, médio e longo prazo,

conforme apresentado a seguir:

Prioritário/emergencial, curto prazo (2015): Erradicar bota-fora e outras

instalações e formas precárias de disposição de Resíduos da Construção e

Demolição – RCD na RMBH. Implantar sistemas adequados de coleta, triagem,

reciclagem e destinação final desses resíduos.

Médio prazo (2023): Garantia de manutenção da destinação adequada de RCD,

com a implantação de novas instalações para triagem, reciclagem e destinação

final, quando necessário.

Longo prazo (2050): Garantia de manutenção da destinação adequada de RCD,

com a implantação de novas instalações para triagem, reciclagem e destinação

final, quando necessário.

A seguir são apresentados Ações e Projetos do “Programa de Erradicação de Bota

Fora Clandestino e de Gestão Adequada de Resíduos da Construção e Demolição”

(PDDI, 2011):

Complementação, atualização e consolidação de diagnóstico do manejo e gestão

dos resíduos sólidos urbanos na RMBH, considerando-se os estudos e pesquisas

existentes, com ênfase na identificação de bota fora e outras áreas de disposição

clandestina e avaliação das estruturas existentes para gestão de resíduos da

construção e demolição;

Definição de sistema metropolitano de gestão dos resíduos da construção e

demolição com o ordenamento da iniciativa privada e a identificação de um conjunto

integrado de áreas físicas que podem ser compartilhadas por municípios limítrofes,

incluindo rede de Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes de Resíduos

da Construção Civil e Resíduos Volumosos – URPVs, implantada em bacias de

captação de resíduos e rede de Áreas para Recepção de Grandes Volumes (Áreas

de Triagem e Transbordo, Estações de Reciclagem e Aterros de Resíduos da

Construção Civil);

Estímulo à iniciativa privada para implantação de unidades destinadas à recepção,

triagem, beneficiamento e disposição final dos resíduos de construção civil

produzidos pelos grandes geradores;

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Realização de estudo de mercado para avaliação da pertinência da proposição de

unidades de beneficiamento e/ou reciclagem de resíduos;

Eliminação de bota fora clandestinos; e

Definição de diretrizes para o uso preferencial de agregados reciclados, a serem

estabelecidas para obras contratadas ou executadas pela administração pública

direta e indireta.

Segundo Assis (2012), em Belo Horizonte, RCCV são coletados com o auxílio de

equipamentos públicos denominados URPV´s – Unidades de Recebimento de Pequenos

Volumes, destinados a receber vários materiais, entulho, resíduos de poda, pneus,

colchões, eletrodomésticos e móveis velhos. As URPV´s, localizadas nas 9 regionais do

município de Belo Horizonte, totalizando 30 unidades, recebem gratuitamente um limite

diário de até 2m³ de material por entrega. A utilização de URPV´s é destacada também

para os municípios de Betim e Contagem (Agência RMBH, 2010).

Segundo ARMBH (2012) e Assis (2012), é observada a reutilização de RCCV em alguns

municípios da RMBH e Colar, como em Betim, Bonfim, Caeté, Florestal, Inhaúma, Juatuba,

Sabará e Sarzedo. Estas ações de reutilização e aproveitamento dos resíduos de

construção civil são principalmente para correção de relevo, para manutenção de estradas,

utilizados para preencher erosões, material de cobertura para aterramento de resíduos e

vias no próprio município.

Programa para a Correção das Deposições e Reciclagem de Resíduos da Construção

Civil em Belo Horizonte da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU)

A autarquia municipal responsável pela limpeza urbana de Belo Horizonte,

Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), a partir de 1993, implantou, em Belo

Horizonte, um sistema de manejo diferenciado de tratamento dos resíduos sólidos gerados

no município, buscando devolvê-los como matéria-prima para o setor produtivo, ou de

forma a não agredir o meio ambiente: o Programa de Manejo Diferenciado e Reciclagem

de Resíduos, onde se insere o Programa para a Correção das Deposições e Reciclagem

de Resíduos da Construção Civil, com o objetivo de corrigir os problemas ambientais

urbanos gerados pela deposição indiscriminada e clandestina de resíduos de construção

na malha urbana, e funcionamento das Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes.

Este projeto visava além da criação de mecanismos apropriados que incentivassem a

deposição correta dos resíduos, a recuperação das áreas urbanas degradadas por meio

de mecanismos fiscalizatórios e da utilização de componentes construtivos fabricados com

base nos insumos obtidos do entulho reciclado. O programa contemplava ainda a

implantação de três redes de áreas para recuperação e processamento de resíduos, e

salientava a importância da localização geográfica das instalações, que devem estar mais

próximas das regiões geradoras de resíduos para otimizar o fluxo de transporte de entulho

na área urbana. As três áreas foram instaladas: em 1994, Projeto Piloto na região oeste do

município (Bairro Estoril), 1996, Estação de Reciclagem de Entulho Pampulha, e em 2006,

Estação de Reciclagem de Entulho, na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (CTRS

/BR 040), situado na Rodovia BR 040, bairro Jardim Filadélfia (Morais; Pereira; 2012).

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Em Belo Horizonte, mediante contrato com a Prefeitura, empresas especializadas têm

permissão para explorar o serviço de aluguel de caçambas estacionárias, cobrando do

munícipe um valor referente ao aluguel e transporte adequado desse material até o aterro

sanitário ou outro local autorizado, sendo esta a forma de coleta de resíduos de construção

de grandes geradores. Os resíduos são então encaminhados para o aterro sanitário

municipal ou para uma das áreas autorizadas pelo município para destinação dos resíduos

de construção. Esses locais, chamados de bota-foras autorizados, são, na verdade, aterros

executados com resíduos da construção civil, ou seja, terra e entulho (Morais; Pereira;

2012).

Para os pequenos geradores de resíduos de construção, a solução dada foi a implantação

das Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs).

Normas de funcionamento e o que é recebido em uma URPV, segundo PBH:

É recebido até 1m³ por descarga/dia;

Veículos leves podem realizar uma descarga por gerador/dia;

Os resíduos devem ser descarregados pelo transportador, por tipo de material, nos

locais indicados pelo operador;

É expressamente proibida a entrada de menores de idade e a permanência de

pessoas estranhas na unidade; e

O que é recebido em uma URPV: Entulho (tijolo, telha, concreto, azulejo etc.); Terra

limpa; Podas; Pneus (2 por gerador); Madeiras; Metais; Objetos volumosos

(eletrodomésticos, móveis etc).

Projeto Carroceiros em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, existe uma parceria da prefeitura com os carroceiros que promovem

parte da coleta dos resíduos sólidos especiais, como RCCV.

Segundo a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), foi criado em 1998, o “Projeto

Carroceiros”, que tem como objetivo reduzir a deposição irregular de resíduos sólidos na

malha urbana da capital. “Os carroceiros são considerados parceiros da administração

pública ao coletar e destinar, corretamente, os resíduos recolhidos para as Unidades de

Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs). Eles participam de palestras e aprendem

que jogar lixo em vias públicas, lotes vagos e cursos d’água causam prejuízo ao meio

ambiente urbano. Além disso, recebem orientações sobre o trato dos animais e as formas

de associação.” Ainda segundo PBH, para contratar um carroceiro é preciso ligar para a

URPV mais próxima de sua casa e pedir o telefone de um carroceiro que trabalhe na região.

O valor do trabalho é combinado diretamente com o carroceiro (Belo Horizonte, 2014).

Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos – Belo Horizonte/MG

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O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos de Belo Horizonte/MG, instituído pela Lei Municipal nº 10.522/2012, tem como

objetivos (Art. 12):

I- estabelecer procedimentos técnicos e operacionais para a

gestão ambientalmente adequada de pequenos volumes de

resíduos da construção civil e resíduos volumosos;

II- contribuir para a melhoria da limpeza urbana;

III- possibilitar a oferta da infraestrutura adequada para captação

de pequenos volumes de resíduos da construção civil e resíduos

volumosos;

IV- fomentar a redução, a reutilização, a reciclagem e a correta

destinação desses resíduos; e

V- promover ações de educação ambiental e de controle e

fiscalização, necessárias ao bom funcionamento da rede de

Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes de Resíduos da

Construção Civil e Resíduos Volumosos – URPVs.

Segundo Art. 13º, a implementação do Programa Municipal de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil dar-se-á pela gestão adequada das URPVs, sendo que

número e a localização das URPVs devem ser definidos pela SLU, com vistas à obtenção

de soluções eficazes de captação e destinação de resíduos da construção civil e resíduos

volumosos.

§ 3º- As URPVs devem receber de munícipes e pequenos

transportadores cadastrados descargas de resíduos da construção

civil e resíduos volumosos, limitadas ao volume de 1 (um) metro

cúbico por descarga, para triagem obrigatória e destinação

ambientalmente adequada dos diversos componentes.

As Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs) são equipamentos públicos

destinados a receber materiais como entulho, resíduos de poda, pneus, colchões,

eletrodomésticos e móveis velhos, até o limite diário de 1m³ por obra. A população pode

entregar o material gratuitamente nesses locais ou contratar um carroceiro para buscá-lo.

As URPVs não recebem lixo doméstico e de sacolão, resíduos industriais ou de serviços

de saúde, nem animais mortos.

O material recebido nas URPVs é separado em caçambas e recolhido regularmente pela

Prefeitura. Após a triagem, os rejeitos vão para o aterro sanitário e o entulho vai para uma

das duas Estações de Reciclagem de Entulho, onde é transformado em agregado

reciclado, que pode novamente ser reintroduzido na cadeia da construção civil.

A população pode entregar seus resíduos de construção civil em uma das URPVs

existentes em Belo Horizonte. Esse transporte pode ser feito também pelos carroceiros

cadastrados e qualificados pela SLU, para práticas ambientalmente corretas.

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Atualmente estão implantadas 32 (trinta e duas) URPV’s em diferentes bairros de Belo

Horizonte, conforme especificado no Portal da PBH/ SLU

Iniciativas Municipais - Formação de Consórcio

Segundo ARMBH (2012), os municípios de Betim, Brumadinho, Ibirité, Igarapé, Itatiaiuçu,

Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo assinaram em

2010 o protocolo de intenções para o COMPARESOLURB - Consórcio Médio Paraopebano

de Resíduos Sólidos que irá possibilitar investimento em estruturas para destinar

adequadamente o resíduo urbano e os RCC.

Iniciativas Municipais – Gerenciamento de RCCV

Contagem

Segundo PMRS (2013), existem instaladas em Contagem as Unidades de Recebimento

de Pequenos Volumes (URPVs), para onde os carroceiros levam RCCV. As URPV’s são

equipamentos públicos destinados a receber materiais como entulho, resíduos de poda,

pneus, colchões, eletrodomésticos e móveis velhos, até o limite diário estabelecido pelo

órgão municipal competente, onde a população pode entregar o material gratuitamente ou

contratar um carroceiro para buscá-lo.

Sabará

Segundo Assis (2012), a Secretaria de Obras do município fiscaliza os bota-foras

irregulares.

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4 - POSSIBILIDADES DE FINANCIAMENTOS PARA GESTÃO DE RCCV

Este item apresenta algumas informações e considerações sobre possibilidades de

financiamentos para gestão e gerenciamento de RCCV.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Lei Federal 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS) tem em uma

de suas diretrizes o fomento e a priorização de soluções conjuntas entre os municípios.

Neste sentido, o artigo 18 da referida lei inclusive prevê que os municípios que optarem

por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão de seus resíduos sólidos serão

priorizados no acesso aos recursos da União (PMRS, 2013).

Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

“A elaboração de plano estadual de resíduos sólidos, nos termos previstos por esta

Lei, é condição para os Estados terem acesso a recursos da União, ou por ela

controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de

resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de

entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade” e “Serão priorizados

no acesso aos recursos da União referidos no caput os Estados que instituírem

microrregiões, consoante o § 3o do art. 25 da Constituição Federal, para integrar a

organização, o planejamento e a execução das ações a cargo de Municípios

limítrofes na gestão dos resíduos sólidos”, inclusive para gestão de resíduos de

construção civil. - Art. 16º (Brasil, 2010).

Merece ainda destacar o fomento da gestão dos RCCV de forma consorciada, regido pela

Lei nº 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de

consórcios públicos. Os sistemas consorciados intermunicipais ou regionais poderão ter

maiores possibilidades para acesso a recursos financeiros e também para uma gestão e

gerenciamento dos RCCV otimizada.

Em Minas Gerais, as prefeituras interessadas deverão procurar a Superintendência de

Assistência Técnica aos Municípios e Associativismo, no telefone (31)3915-9354 ou a

Superintendência de Saneamento Básico, no telefone (31)3915-4437.

Política Estadual de Reciclagem de Materiais

A Política Estadual de Reciclagem de Materiais (Lei Estadual nº 14.128/2001) apresenta

em seu Art. 4º que “Os benefícios relativos à Política Estadual de Reciclagem de Materiais

serão concedidos exclusivamente ao usuário, ao produtor e ao comerciante cadastrados

na SEMAD”.

Destacam-se ainda para esta mesma lei os artigos relacionados à RCCV e outros que

direcionam incentivos financeiros para reciclagem, conforme abaixo apresentados:

Art. 4º-A - Em observância às disposições constitucionais, o poder público estadual proporá

alternativas de fomentos e incentivos creditícios ou financeiros para indústrias e instituições

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que se dispuserem a trabalhar com produtos reciclados ou a fabricar ou desenvolver novos

produtos ou materiais a partir de matérias-primas recicladas.

Art. 4º-B - O Estado, observadas as políticas de aplicação das agências financeiras oficiais

de fomento, estabelecidas pelas leis de diretrizes orçamentárias, ou por meio de incentivos

creditícios, atuará com vistas a estruturar linhas de financiamento para atender

prioritariamente as iniciativas de:

I - prevenção ou redução da geração, reutilização, reaproveitamento e reciclagem de

resíduos sólidos no processo industrial produtivo;

...

V - aplicação de tecnologias adequadas ao manejo integrado de resíduos sólidos, incluindo

os resíduos sólidos domiciliares;

...

IX - implantação e manutenção de sistemas regionais de destinação final de resíduos

sólidos urbanos.

Art. 4º-C - Quando da aplicação das políticas de fomentos ou incentivos creditícios

destinadas a atender aos objetivos constantes no art. 4º-B, as instituições oficiais de crédito

estaduais estabelecerão critérios que possibilitem:

I - o aumento da capacidade de endividamento do beneficiário;

II - o aumento do limite financiável;

III - a aplicação da menor taxa de juros do sistema financeiro;

IV - a redução das taxas de juros aplicáveis à operação;

V - os parcelamentos das operações de crédito e financiamento.

Art. 4º-G - O Estado estabelecerá diretrizes e fornecerá meios para a criação de fundos

estadual e municipais de resíduos sólidos, cujas programações serão orientadas para a

produção, a instalação e a operação de sistemas e processos destinados à criação, à

absorção ou à adequação de tecnologias, iniciativas de educação ambiental, inserção

social e contratação de associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis...

Art. 4º-I - As pessoas jurídicas de direito privado que invistam em ações de capacitação

tecnológica com o objetivo de criar, desenvolver ou absorver inovações para a redução, a

reutilização e o tratamento de resíduos sólidos ou a disposição final ambientalmente

adequada de rejeitos terão prioridade no recebimento de incentivos fiscais ou financeiros

instituídos para esta finalidade.

Art. 4º-M - O Estado estabelecerá formas de incentivos fiscais para a aquisição, pelos

Municípios, de equipamentos apropriados ao setor de limpeza urbana.

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Art. 4º-N - As entidades e organizações que promovam ações relevantes na gestão de

resíduos sólidos receberão incentivos do Estado, nos termos da lei, sob a forma de créditos

especiais, deduções, isenções tributárias, tarifas diferenciadas, prêmios, empréstimos e

demais modalidades de incentivo estabelecidas na legislação pertinente.

Programa Minas sem lixões

O site do Programa Minas sem lixões apresenta na sessão sobre Gestão Municipal, uma

relação de opções de Fontes de Financiamento, onde buscar recursos para investir na

gestão de resíduos, conforme apresentado no Quadro 4-1.

Quadro 4-1 - onde buscar recursos para investir na gestão de resíduos

Fontes de Financiamento Contatos

Fundação Nacional de Saúde (Funasa) / Ministério da Saúde

Telefones: (31) 3248-2700 / 2991

Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro) / Instituto Mineiro de Gestão das

Águas (Igam)

Telefone: (31) 3915-1821 / 1815

Fundo Nacional de Direitos Difusos (FDD) / Ministério da Justiça

Telefones: (61) 2025-9133 / 3488

Programa Novo Somma Eco – Programa de Modernização Institucional e Ampliação da Infraestrutura em Municípios do Estado de

Minas Gerais / Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG)

Telefone (31) 3219-8120

Saneamento Ambiental e Convivência com o Semiárido / Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

(Codevasf)

Telefone: (61) 3312-4611

Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental / Ministério das Cidades

Telefone: (61) 2108-1708 / 1798 / 1914 / 1414

Programa Resíduos Sólidos Urbanos / Caixa Econômica Federal

Telefone: 0800-7290101

Fonte: Programa Minas sem lixões (2014)

Guia Profissional para uma Gestão Correta de Resíduos da Construção - CREA

Segundo Guia Profissional para uma Gestão Correta de Resíduos da Construção (CREA,

2005), a Resolução CONAMA n° 307/2002, ao responsabilizar os geradores pela

destinação de seus resíduos, da um caráter de atividade necessária à remuneração para

todas as atividades desta cadeia de destinação, e como contrapartida à exigência legal de

regulamentação e de geração destes novos negócios, foi criada, pelo Conselho Curador

do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (CCFGTS), uma modalidade de financiamento

para Resíduos da Construção Civil, que se soma a outras alternativas de financiamento

disponíveis no sistema financeiro.

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Ainda segundo CREA (2005), esta modalidade de financiamento instituída pelo CCFGTS

é destinada a projetos que tenham por objetivo a implantação de um ou mais elementos

previstos nos Planos Integrados de Gerenciamento desses resíduos, que conforme a

Resolução CONAMA n° 307/2002 devem ser implementados em todos os municípios do

país, e que esses projetos podem ser apresentados tanto por proponentes públicos como

por entidades privadas, estas últimas desde que organizadas na forma de Propriedades de

Propósito Especifico.

O CREA (2005) cita ainda que, para concessão desses benefícios é necessário que sejam

atendidos alguns requisitos prévios, a saber: que o Plano Integrado de Gerenciamento

Resíduos da Construção Civil esteja instituído ou implantado, ou em fase de implantação

no município, que o uso preferencial de agregados reciclados em obras e serviços públicos

esteja regulamentado pelo poder público executivo, e que os projetos e operações

previstos estejam em conformidade com as normas técnicas e diretrizes ambientais.

São itens passíveis de financiamento com os recursos do CCFGTS: obras e serviços;

aquisição de matérias e equipamentos; terreno para implantação do projeto; ações de

informação, sensibilização e mobilização social; e itens complementares indispensáveis à

consecução do projeto financiado, como trabalho social e outros.

Segundo o Volume 2, o “Manual de Orientação: Procedimentos para a Solicitação de

Financiamento”, esta modalidade de financiamento destina-se a apoiar financeiramente a

implementação de ações relativas ao acondicionamento, à coleta e transporte, ao

transbordo, triagem, reciclagem e destinação final dos resíduos oriundos das atividades de

construção civil, incluindo as ações similares que envolvam os resíduos volumosos, por

intermédio das seguintes intervenções:

• Implantação ou ampliação de instalações físicas destinadas à recepção,

transbordo e triagem;

• Implantação ou ampliação de instalações físicas para reciclagem;

• Implantação ou ampliação de aterros para reservação ou destinação final;

• Aquisição de materiais, máquinas e equipamentos ou veículos para o

acondicionamento, a coleta, a transformação e o destino dos resíduos da

construção civil e resíduos volumosos; e

• Execução de ações complementares de educação ambiental e participação

comunitária.

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5 - CONSIDERAÇÕES

O resultado do trabalho realizado está representado pelo conjunto de informações

levantado para atuais planos, programas, projetos e ações desenvolvidos pelos agentes

públicos e privados, com relação aos resíduos sólidos e RCCV dos municípios da RMBH

e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, e traz também uma análise de políticas e planos

existentes no âmbito federal, estadual, regional e municipal para RSU e RCC.

Estas informações estão estruturadas em Quadros, estratificados para as esferas nacional

estadual e municipal ou regional, e estão incorporados ao Banco de Dados e Informações

que traduz o diagnóstico da situação atual dos RCCV para RMBH e Colar Metropolitano

de Belo Horizonte.

O trabalho realizado, construído a partir de informações secundárias, parcialmente

complementadas com dados primários, é subsidio fundamental para elaboração das fases

subsequentes do Plano podendo nortear a identificação das lições aprendidas, evitar

retrabalhos e contribuir para a priorização e fortalecimento de ações direcionadas para

gestão e gerenciamento do RCCV, conforme objetivo estabelecido.

Contudo, cabe observar que iniciativas realizadas no âmbito dos setores públicos e

privados, que se caracterizam como práticas não estruturadas na forma de planos,

programas e projetos, mesmo que evidenciadas nas visitas técnicas realizadas (Trabalho

de Campo - Levantamento de dados primários parciais) não foi possível a identificação dos

procedimentos e mensuração dos resultados. Muitas vezes estas práticas são iniciativas

exitosas, que se estruturadas em forma de planos, projetos e programas em muito

poderiam contribuir para a gestão e gerenciamento dos RCCV.

A identificação e avaliação das estruturas existentes para o gerenciamento dos RCCV,

incluindo, acondicionamento e identificação, armazenamento interno, coleta diferenciada,

transporte, sistema de tratamento, transbordo e disposição final ambientalmente adequada

dos RCCV foi objeto dos levantamentos e analises apresentadas no Produto 01. Esta

estratégia foi adotada para melhor compreensão do fluxo das etapas de gerenciamento

dos RCCV e, além disso, não foi possível identificar planos, programas, projetos e ações

significativas que justificassem inserção neste Produto 02. O mesmo aconteceu com a

especificação e custos unitários, referente aos equipamentos de proteção individual (EPI),

necessários ao correto gerenciamento dos RCCV.

No Produto 01 foram identificadas e avaliadas informações sobre as possíveis formas de

aproveitamento dos RCCV ficando caracterizada que a principal utilização dos mesmos é

para a manutenção de estradas e contenção de processos erosivos.

Com relação aos custos operacionais dos sistemas de tratamento, o volume de produtos

reciclados e reutilizados, geração de receitas obtidas e os custos evitados, bem como a

demanda econômica por RCCV não foram identificadas dados e informações secundárias.

Por fim, destaca-se mais uma vez que a avaliação dos planos, programas, projetos e ações

identificados neste Produto 02 previa registrar informações sobre resultados, custos e

investimentos. Contudo, verificou-se ao longo do desenvolvimento do trabalho, a

inexistência de tais informações. Apesar disto os itens referentes às estas informações

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foram mantidos nos quadros apresentados com a finalidade de sinalizar a necessidade de

definir mecanismos para socializar tais informações.

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6 - RECOMENDAÇÕES

Os Quadros de Planos, Projetos e Programas devem ser submetidos a um processo

continuado de atualização com a participação de todos os atores envolvidos com a gestão

e gerenciamento dos RCCV, sob liderança da ARMBH, conforme previsto para o Banco de

Dados e Informações registrado no Produto1. Além disso é importante sua

complementação pelo mapeamento de iniciativas exitosas, ainda que não transformadas

em planos, projetos e programas.

Ressalta-se que para diferentes temas propostos para o levantamento de Planos,

Programas, Projetos e Ações não foram identificados trabalhos relevantes que poderiam

contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento das etapas de gestão e gerenciamento

de RCCV. Avaliações como estas deverão ser repassadas às universidades, centros de

pesquisa e órgãos de fomento à pesquisa, podendo vir a gerar estratégias para o Plano. .

Sugere-se que a ARMBH elabore uma estratégia de comunicação juntos as demais

instâncias envolvidas com a elaboração do Plano para engajamento e comprometimento

com o desenvolvimento e implementação do mesmo.

Desenvolver estratégias para identificação e avaliação de boas práticas para gestão e

gerenciamento dos RCCV desenvolvidas pelos setores públicos e privados, e fomentar a

estruturação destas boas práticas em Planos, Projetos e Programas.

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7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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