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Projecto Okupopya (“dialogar”): Fortalecendo as Capacidades Locais e o Diálogo entre os Actores Estatais e Não-estatais em Benguela e Cunene João N. Pinto [email protected] m Relatório de Avaliação a Meio Percurso Maio 2015

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Projecto Okupopya (“dialogar”): Fortalecendo as Capacidades

Locais e o Diálogo entre os Actores Estatais e Não-estatais

em Benguela e CuneneJoão N. Pinto

Relatório de Avaliação a Meio Percurso

[email protected]

Maio 2015

Sumário

1. Enquadramento.......................................................................................................................................... 3

1.1 Ficha Resumo do Projecto..........................................................................................................................3

1.2 Metodologia...............................................................................................................................................4

2. Critérios de avaliação.................................................................................................................................. 5

2.1 Relevância..................................................................................................................................................5

2.2 Eficiência....................................................................................................................................................7

2.3 Eficácia......................................................................................................................................................20

2.4 Impacto....................................................................................................................................................30

2.5 Sustentabilidade.......................................................................................................................................31

3. Recomendações........................................................................................................................................ 33

4. Anexos..................................................................................................................................................... 39

4.1 Anexo 1 – Quadro Lógico do Projecto......................................................................................................39

4.2 Anexo 2 – Orçamento do projecto e execução financeira........................................................................46

4.3 Anexo 3 – Situação actual de realização das sessões de capacitação e debate........................................49

4.4 Anexo 4 – Composição das associações e situação legal actual................................................................50

4.5 Anexo 5 – Percentagem de mulheres membros das associações nos diferentes municípios...................51

4.6 Anexo 6 – Lista de Contactos Realizados..................................................................................................52

4.7 Anexo 7 – Lista de Comunidades / Associações Visitadas.........................................................................52

4.8 Anexo 8 - Lista de Documentação Consultada..........................................................................................53

Lista de Tabelas

TABELA 1 - MÉTODOS DA AVALIAÇÃO..................................................................................................................................3TABELA 2 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO...................................................................................................................................3TABELA 3 - SISTEMATIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS REALIZAÇÕES E SUGESTÕES..................................................................................11TABELA 4 - NÍVEL DE ALCANCE DOS RESULTADOS E OBSERVAÇÕES............................................................................................20

Lista de Figuras

FIGURA 1 - ESQUEMA DE RESULTADOS.................................................................................................................................6

Lista de Gráficos

GRÁFICO 1 – EXECUÇÃO FINANCEIRA DESAGREGADA (EUROS)..................................................................................................8GRÁFICO 2 - EXECUÇÃO FINANCEIRAS (%)............................................................................................................................8GRÁFICO 3 - GRAU DE ALCANCE DAS ACTIVIDADES................................................................................................................11

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1. ENQUADRAMENTO

1.1 Ficha Resumo do Projecto

Designação do projecto

Okupopya (“dialogar”): Fortalecendo as Capacidades Locais e o Diálogo entre os Actores Estatais e Não-estatais em Benguela e Cunene

Objectivo global

Contribuir para a promoção do desenvolvimento local sustentável e uma sociedade aberta, mais equitativa e democrática em Angola.

Objectivos específicos

Fortalecer as capacidades locais e os mecanismos de diálogo entre actores não-estatais e autoridades locais em três municípios das províncias de Benguela e Cunene em apoio ao seu desenvolvimento sustentável.

Localização geográfica do projecto

Província de Benguela: Município de Cubal (Comuna de Capupa) Município da Ganda (Comuna de Kasseke)

Província do Cunene: Município de Ombandja (Comunas: Ombala-Yo-Mungo, Naulila, Xangongongo, Humbe)

Período 36 Meses (Início: 1 Fev 2013 / Término: 31 Jan 2016)

Orçamento Total: EUR 998,800.00Comissão Europeia: 749,100.00Oxfam Novib: 249,700.00

Beneficiários / Grupo-Alvo

1.500 camponeses (destes pelo menos 60% mulheres) de 36 associações e 6 cooperativas; 30 técnicos de apoio rural das Estações de Desenvolvimento Agrário e Serviços Veterinários; 215 pessoas dos quadros dos governos provinciais e administrações municipais e comunais. 24.750 pessoas incluindo camponeses (as) e suas famílias.

Principais Actividades

Acções de Capacitação; Sessões de Debate; Formalização e assessoria às associações de camponeses; Facilitação de encontros institucionais com lideranças; Instalação de Campos Experimentais; Realização de Intercâmbios; Desenvolvimento de fóruns e núcleos; Realização de estudos; Gestão do Projecto.

Resultados Esperados

RE 1: Fortalecidas as capacidades de multiplicadores, incluindo camponeses e suas organizações, bem como técnicos locais de apoio agro-pecuário, em termos de apoio à defesa de direitos, participação na vida pública, produção agro-pecuária sustentável.RE 2: Aumentado o nível de consciencialização incluindo lideranças das comunidades e quadros das administrações municipais e comunais sobre participação democrática, direitos humanos, descentralização, desenvolvimento local sustentável e equidade de género.RE 3: Reforçados os espaços e mecanismos de diálogo e articulação entre os actores não estatais e as autoridades locais em nível municipal, provincial e nacional para melhoria das políticas públicas de desenvolvimento local sustentável, segurança alimentar e combate à pobreza rural.RE 4: Fortalecidas as capacidades da equipa da ADRA em termos de execução, monitoramento, avaliação, sistematização, administração e gestão financeira.

Contactos Oxfam Novib: Susanne Engelhardt, Oficial de Programas África Austral Haia, Paises Baixos | +31 (0)70 3422267 [email protected] | www.oxfamnovib.orgADRA: Ilídio Barbosa, Coordenador Projectos

Luanda, Angola | +244 923 50 47 57 | +244 [email protected] | www.adra-angola.org

Referências Refª: Europeaid 132-197/L/ACT/AORubrica orçamental: Nº 21 03 01 00Nº Contracto: DCI-NSAPVD/2012/306-226 (Oxfam Novib)

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1.2 Metodologia

Esta avaliação foi realizada de acordo com os Termos de Referência lançados pela Oxfam Novib / ADRA e pretendeu realizar uma análise externa e independente a meio curso do projecto em termos de: i) execução administrativa e financeira; ii) execução física das diferentes componentes; iii) estratégia de desenvolvimento do projecto, incluindo principais efeitos e impactos sobre o terreno. A proposta metodológica para esta avaliação inclui os seguintes métodos e critérios:

Tabela 1 - Métodos da Avaliação

Análise da documentação do projecto

Leitura e análise de todos os documentos produzidos pelo projecto, relatórios internos e externos, estudos realizados, produtos disponíveis, relatórios de seguimento e avaliação. Legislação relevante, outra bibliografia.

Reuniões preliminares com a equipa do projeto

Programação da missão de avaliação e recolha de informações junto da equipa de coordenação e gestão do projecto.

Análise da estrutura de seguimento e avaliação do projecto

Trabalho conjunto com a equipa do projecto no sentido de entender o sistema de seguimento que é utilizado, os dados disponíveis e o tipo de informação recolhida. Com base neste trabalho, serão recolhidas informações de base a serem utilizadas nos mapas e diagramas de resultados a preparar pela equipa de avaliação

Entrevistas com atores-chave

Recolha da opinião dos agentes e organizações envolvidos no projecto. Com esta metodologia pretende-se ter uma visão alargada de vários stakeholders sobre o projeto, incluindo dos beneficiários, as suas atividades, resultados alcançados, pontos fortes e pontos mais frágeis.

Focus-Group O trabalho em grupos-focais permite sentar à mesma mesa pessoas e entidades que participam no projeto e desta forma podem discutir em conjunto a evolução do projecto. Propõe-se que o grupo focal para esta avaliação possa ser constituído beneficiários.

Análise da complementaridade e possíveis sinergias

Análise documental. Possíveis complementaridades e sinergias com programas públicos, bem como com estratégias macro (Combate à Pobreza, Investimento Agrícola, outros).

Elaboração de Mapas e Diagramas de Resultados

Elaboração de mapas comparativos para cada resultado esperado, incluindo ponto de situação inicial, metas definidas e análise da situação actual.

Tabela 2 - Critérios de Avaliação

Pertinência

Avaliar a adequação do projeto à estratégia da CE e dos seus parceiros de execução, bem como às estratégias nacionais de desenvolvimento do país

Análise documental, entrevistas com atores chave, focus-group.

Eficácia

Até que ponto foram alcançados os resultados e objetivos esperados

Constatação no terreno, mapas e diagramas de resultados, focus-group, mapas e relatórios de seguimento do projecto.

Eficiência

A extensão em que o custo do programa e os seus inputs podem ser justificados pelos seus resultados.

Análise dos relatórios do projecto. Constatação no terreno. Este ponto será trabalhado em articulação com a equipa do projecto, procurando avaliar a estrutura de recursos existente e procurando identificar eventuais necessidades para outros projectos.

Sustentabilidade

Os resultados são sustentáveis após a finalização do projecto. Esta análise deve ser considerada a nível socioeconómico, financeiro, institucional.

Focus-group, constatação no terreno, entrevistas a grupos-chave.

Impacto Avaliar a extensão da contribuição do projeto para o desenvolvimento nos padrões

Analisar os impactos institucionais e no terreno do projeto, desenvolver recomendações futuras.

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e práticas institucionais, políticas, etc.

2. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

2.1 Relevância

Neste parâmetro a avaliação procurou averiguar até que ponto o desenho do projecto é adequado face às necessidades dos beneficiários e municípios-alvo, bem como a sua coerência com as principais políticas e programas em curso no país e com a estratégia da Comissão Europeia. Procurou ainda perceber se a sua lógica de intervenção é consistente do ponto de vista dos objectivos definidos e resultados esperados que se prevê alcançar.

Consistência com o processo de desconcentração e descentralização administrativa do Estado

A abertura democrática e a transição para o multipartidarismo iniciada na década de 1990, designadamente com a revisão constitucional de 1991, marca um novo passo na estruturação do Estado angolano, incluindo o fim do regime de partido único e a possibilidade de emergência de diferentes tipos de organizações sociais, de que a ADRA é exemplo. Pese embora o pesado período de guerra em curso nessa década, dá-se então início a um processo de reforço da administração local, num quadro de desconcentração e descentralização administrativa e política. Com o fim da guerra em 2002, este processo ganha uma nova dinâmica, designadamente com a aprovação do Plano Estratégico de Desconcentração e Descentralização Administrativa e a sua posterior operacionalização através do Decreto-Lei 02/2007, que criou os CACS.

Os CACS são definidos como órgãos de apoio consultivo do titular do poder local – incluindo nas três esferas de governo (Provincial, Municipal e Comunal) –, visando a apreciação e tomada de medidas de natureza política, económica e social no respectivo território. Actualmente a operacionalização e funcionamento dos CACS é regida pela Lei nº 17/2010. Desde então os CACS têm vindo progressivamente a ser institucionalizados, pese embora as inúmeras diferenças de composição, níveis de participação e debate político entre diferentes territórios e níveis administrativos ao longo do país (Províncias, Municípios, Comunas). Não obstante, a possibilidade de constituição e institucionalização progressiva dos CACS configura uma enorme oportunidade para o aprofundamento das relações e interacções entre tomadores de decisão e populações, abrindo espaço para novos mecanismos de diálogo, debate público e reforço da participação social e cidadania.

Contudo, este processo em curso traduz-se ainda em enormes desafios para todos quantos participam dele participam, de forma directa ou indirecta, tais sejam as autoridades locais (incluindo poder tradicional) ou grupos de interesse organizados, como por exemplo o sector privado e a sociedade civil. É por isso que todas as acções que visem o reforço destes espaços de participação e diálogo, bem como a criação de condições para uma participação social mais activa e efectiva, são absolutamente pertinentes e necessários. Este projecto enquadra-se claramente nesta linha de orientação e os seus objectivos e lógica de intervenção contribuem de forma directa para o reforço da institucionalização dos CACS e o aumento da participação social nesses espaços, em conformidade com as prioridades nacionais.

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Desenho e lógica de intervenção do projecto

O projecto responde de forma clara às prioridades da CE em matéria de cooperação descentralizada, designadamente do seu Programa Temático “Actores Não-Estatais e Autoridades Locais em Desenvolvimento”1, no âmbito do qual este projecto se insere. Em particular, este projecto incorpora acções implementadas por ANE visando uma maior cooperação com as comunidades locais e os grupos mais vulneráveis da população. Disso é exemplo a intervenção que a ADRA vem desenvolvendo no país, tanto no quadro deste projecto como a nível nacional, dinamizando processos de fortalecimento institucional e empoderamento de grupos de camponeses e suas associações representativas. Este projecto incorpora também uma componente forte de informação e consciencialização visando o conhecimento público relativo aos assuntos sobre desenvolvimento. Disso é exemplo a forma e conteúdo das inúmeras acções de capacitação e debates já realizados no âmbito do projecto e dirigidos a públicos diferenciados, com destaque para as famílias camponeses e administrações comunais e municipais. Finalmente, este projecto adopta uma estratégia visando a criação de sinergias e reforço do diálogo entre estruturas representativas da sociedade civil e grupos vulneráveis (associações, núcleos, redes, fóruns) e as autoridades locais. Disso é exemplo a estratégia de reforço institucional (legalização da associações), trabalho em rede (constituição de núcleos) e participação social (inclusão nos CACS) que o projecto tem vindo a implementar. A promoção do desenvolvimento local sustentável e uma sociedade aberta, mais equitativa e democrática, plasmada como objectivo geral deste projecto, é coerente com a política da CE nesta matéria.

Os resultados esperados com este projecto são coerentes e assumem uma lógica cumulativa bem definida para alcançar o objectivo específico (ver Figura 1). O foco na dimensão das capacidades (RE 1) constitui o ponto de partida para um processo de transformação social em que as diferentes partes interessadas possam exercer a sua “condição de agentes”2. Isto é realizado desde a base, incluindo as famílias camponesas e os órgãos político-decisórios (Administrações Municipais e Comunais) ou técnicos (EDA, Serviços Veterinários, outros) que actuam nos territórios do projecto. O foco na dimensão da consciencialização (RE 2) reforça a componente de acesso e partilha de informação visando uma tomada de consciência pública que possa apoiar processos decisórios mais transparentes e eficazes. O foco na dimensão do diálogo (RE 3) incorpora uma dinâmica de interacção entre as diferentes partes interessadas que não seja através de acções pontuais ou ad hoc, mas sim através de mecanismos institucionais e reconhecidos para esse efeito, como é o caso dos CACS.

1 Ver prioridades do Programa Temático em https://ec.europa.eu/europeaid/sectors/thematic-programme-non-state-actors-and-local-authorities-development_en. 2 A criação de oportunidades reais é determinante para que as famílias se tornem agentes activos na dinamização económica, social e política da sociedade. Nesta abordagem, o foco centra-se naquilo que as pessoas podem fazer (meios) para alcançar as suas realizações (fins), sendo as capacidades determinadas pelas oportunidades reais existentes. SEN, Amartya (1999). “Development as Freedom”. Oxford Clarendom Press.

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Objectivo Específico

Figura 1 - Esquema de Resultados

O projecto inclui ainda outro resultado esperado mais relacionado com a sua gestão (RE 4) e dirigido ao reforço de capacidades das equipas da ADRA em matéria de execução, monitoramento, avaliação, administração e gestão financeira.

O projecto está bem desenhado e mantém-se pertinente correspondendo na globalidade aos objectivos específicos estipulados no “Convite à Apresentação de Propostas” lançado pela CE. As actividades definidas são consistentes com os resultados respectivos e a matriz lógica do projecto (ver anexo 1) apresenta boa coerência e indicadores bem definidos, mensuráveis e facilmente verificáveis, incluindo identificação clara das suas fontes de verificação. Apresenta ainda pressupostos, hipóteses e riscos adequadamente identificados e úteis para uma correcta implementação do projecto.

Consistência com os problemas e necessidades dos grupos-alvo e beneficiários

O projecto está a responder aos principais problemas e necessidades dos grupos-alvo vis-a-vis os objectivos definidos. No que se refere aos camponeses, são notórias as suas debilidades em termos de consciencialização e acesso a informação que lhes permitam ter uma participação cívica efectiva para a apresentação de soluções e reclamação de mais oportunidades, incluindo bens e serviços. O contexto altamente vulnerável em que vivem, designadamente a situação de extrema pobreza e os elevados níveis de analfabetismo, contribuem para essa situação, a que se juntam o elevado isolacionismo (geográfico, económico e social) fruto de décadas de conflito. A débil tomada de consciência relativamente a muitos dos aspectos da vida quotidiana, mas também dos seus direitos, dificulta a mobilização social destas comunidades, pelo que a emergência de estruturas representativas (como sejam grupos locais, associações ou cooperativas) é ainda muito incipiente. No que se refere às autoridades locais, as debilidades em termos de recursos humanos, técnicos e financeiros nos mais diversos sectores (agricultura, veterinária, saúde, educação, justiça, etc.) limita a actuação do Estado e o atendimento aos grupos mais vulneráveis de forma directamente proporcional ao seu afastamento dos núcleos urbanos. É neste contexto que se torna premente a facilitação de processos de construção de capacidades e empoderamento que aproximem as diferentes esferas da sociedade e do Estado, em particular no meio rural. Este projecto pretende claramente contribuir para esse processo.

2.2 Eficiência

Neste parâmetro a avaliação procurou averiguar até que ponto a implementação do projeto promove a obtenção de resultados a custo razoável, uma organização óptima dos meios e recursos, uma adequada implementação das actividades e a qualidade dos outputs alcançados.

Pontualidade e disponibilidade de recursos

O projecto dispõe de um orçamento total de 998.800 EUR, dos quais 25% são co-financiados pela Oxfam Novib (249.700 EUR) e 75% pela Comissão Europeia. O ano 1 teve uma execução financeira muito reduzida, fruto de algumas complicações na organização e gestão do projecto que se reflectiram no atraso na implementação das actividades. No ano 2 o projecto teve uma boa recuperação em termos de actividades. Os gráficos seguintes sintetizam a execução financeira e o anexo 2 apresenta a execução detalhada até ao momento.

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Gráfico 1 – Execução Financeira Desagregada (Euros)

Recursos Humanos

Viagens

Equipamentos e Fornecimentos

Escritório Local

Outros Custos/Serviços

Imprevistos

Custos administrativos

Total

Orçamento

258,245 €

7,579 €

104,671 €

30,985 €

60,118 €

0 €

15,400 €

476,998 €

998,800 €

Gráfico 2 - Execução Financeiras (%)

Recursos Humanos 57%

Viagens 60%

Equipamentos e Fornecimentos 66%

Escritório Local 47%

Outros Custos/

Serviços 26%

Custos administrativos 24%

Total 48%

O projecto apresenta uma execução financeira de 48%3. Na prática faltam apenas 8 meses para o término do projecto, considerando o último mês (Fevereiro 2016) para encerramento, e por isso a execução financeira está abaixo do esperado. A maior parte das rubricas orçamentais estão já comprometidas, dado que correspondem a custos já alocados, como são os casos dos recursos humanos, escritórios locais, custos administrativos e viagens previstas. Contudo, verifica-se que ainda existe margem financeira para aprofundar várias componentes do projecto. A rubrica de equipamentos e fornecimento ainda dispõe de 44% de verbas para execução e a rubrica de bens e serviços de 74% de verba disponível.

3 Dados financeiros fornecidos pela equipa financeira e actualizados até Março de 2015.

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FernandaM, 21-05-2015,
NO CÁLCULO NÃO FORAM INCLUÍDAS OS CUSTOS DA OXFAM NOVIB NO ANO 2, DIMINUINDO ASSIM OS CUSTOS REAIS E PROPORCIONALMENTE A PORCENTAGEM DE GASTOS
FernandaM, 21-05-2015,
Não incluindo os custos da ON no ano 2 (até janeiro de 2015)

Implementação das actividades

Em termos de recursos humanos o projecto dispõe de uma equipa alargada e com boas competências que asseguram todos os aspectos necessários à gestão e implementação das actividades do ponto de vista técnico, administrativo, financeiro e logístico. Na Holanda, a Oxfam Novib tem alocado ao projecto dois técnicos, sendo um responsável pela supervisão da gestão financeira e outro pela coordenação global. O relacionamento com a CE enquanto entidade financiadora é também realizado por esta equipa. Em Angola o projecto dispõe de um coordenador nacional, baseado em Luanda, que supervisiona e orienta a implementação do projecto no país. A equipa da ADRA a nível central apoia a gestão do projecto através de pessoal qualificado e com muita experiência, na sede. A equipa financeira encontra-se no Lubango. O projecto dispõe de três equipas municipais, constituídas por um coordenador municipal e um técnico de desenvolvimento comunitário em cada município,(embora no Ombadja disponha de 2 técnicos pela dimensão da área de implementação) para além de pessoal auxiliar (motoristas e seguranças). Salienta-se ainda o apoio e empenho dos directores das Antenas da ADRA em Benguela e Huíla/Cunene que mantêm um acompanhamento próximo e constante na implementação do projecto nas províncias respectivas.

As equipas de terreno são jovens e muito dinâmicas, garantindo um bom desenvolvimento das actividades. Os técnicos dominam as línguas locais, o que facilita a relação com as comunidades. Salienta-se ainda que, no caso de Ombadja, um dos técnicos domina mesmo quatro línguas locais diferentes, o que constitui uma mais valia para o projecto. Durante a missão de avaliação foi possível constatar o bom relacionamento que as equipas locais mantêm também com as autoridades locais, em particular com as Administrações Municipais e Comunais. O reconhecimento do empenho e dedicação dos técnicos por parte dos líderes comunitários e das famílias é notório.

Em termos de meios disponíveis o projecto conta com instalações arrendadas na sede dos municípios abrangidos, o que facilita todo o apoio necessário em termos administrativos (escritório, material informático, consumíveis, etc.) e logísticos (espaço exterior, armazém) de forma adequada. Duas viaturas 4X4 e quatro motorizadas estão alocadas ao projecto facilitando as deslocações às comunidades. É importante mencionar que as deslocações ao terreno são particularmente difíceis no caso de Ombadja, não só porque existem mais comunas beneficiárias, mas também devido à considerável distância em que se localizam as comunidades. O facto de o custo do combustível ter aumentado significativamente em Angola a partir de 2015 pode justificar uma maior alocação de recursos para a deslocação às comunidades.

Em termos de recursos financeiros, parte considerável dos custos do projecto foi alocado a recursos humanos (57%), o que representa uma alocação bastante superior ao que costuma ser a prática da CE para este tipo de projectos. Contudo, tal parece justificado pela necessidade de equipas locais permanentes e pelo teor das actividades. O projecto dispõe de ferramentas adequadas que permitiram uma transparência na sua gestão. Disso são exemplo os relatórios financeiros regulares elaborados pela equipa de gestão e controlados pela coordenação do projecto em Luanda e na Holanda; as listas de material e equipamentos adquiridos (incluindo preços) e distribuídos aos beneficiários; fichas de actividade, listas de beneficiários, entre outros, estão disponíveis.

Em termos de planificação e execução o projecto dispõe de cronogramas actualizados permitindo um acompanhamento estreito das actividades. O coordenador nacional realiza visitas periódicas aos municípios para trabalho com as equipas de terreno e seguimento das actividades. O pessoal da Oxfam Novib realiza missões pontuais a Angola para seguimento das actividades e contacto com os beneficiários e outros parceiros institucionais.

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As fontes de verificação foram consultadas durante a avaliação, designadamente relatórios de actividades, relatórios de capacitações e intercâmbios, fichas de participação em eventos (seminários, capacitações, debates, reuniões, etc.), actas, entre outra documentação produzida e correctamente arquivada pela equipa de gestão do projecto. O calendário das actividades desenhado neste momento é realista face ao tempo limitado do projecto até ao seu término e ao nível de execução actual das actividades previstas.

Em termos administrativos e de gestão, o projecto seguiu as regras e procedimentos exigidos pela CE, designadamente em termos de alocação de pessoal e aquisição de bens e serviços externos. Disso são exemplo os registos do projecto em termos de gestão administrativa e contabilística comprovados durante a avaliação. A gestão dos recursos do projecto foi efectuada de forma transparente, quer no que se refere aos materiais, equipamentos e insumos distribuídos aos beneficiários, quer á aquisição de serviços externos. O distanciamento geográfico das intervenções – intervenções nos Municípios de Cubal, Ganda e Ombadja, dispersão do pessoal de gestão (coordenação nacional em Luanda, gestão financeira no Lubango e supervisão global na Holanda) –, tem sido ultrapassado através do bom relacionamento entre os diferentes membros das equipas e de uma coordenação nacional eficaz. Considera-se que os problemas de gestão e coordenação verificados no Ano 1 estão neste momento completamente ultrapassados.

Monitoria das actividades

Este projecto não dispõe de um responsável de monitoria e avaliação especificamente afecto a essas tarefas. Estas funções têm sido assumidas pelo coordenador nacional do projecto através de visitas periódicas ao terreno e de contactos estreitos com os coordenadores municipais. Por exemplo, relatórios trimestrais são enviados pelos coordenadores municipais para Luanda e os mapas de execução de actividades são conferidos pelo coordenador nacional. Não obstante, considera-se que no caso de algumas actividades é importante reforçar os mecanismos de monitoria e avaliação. Referimo-nos, em particular, às actividades A1.7 (Apoio no processo de reconhecimento e titulação de terras), A3.2 (Encontros entre lideranças camponesas e autoridades locais), bem como toda as actividades relacionadas com a assessoria e fortalecimento das associações, núcleos e fóruns (A2.5, A3.5, A3.6). Trata-se de actividades com características particulares porque são dificilmente tangíveis, pelo que se torna necessário documentar melhor as respectivas realizações, progressos e resultados alcançados. Caso contrário, corre-se o risco de não se tornarem visíveis os progressos que já existem, nem perceptíveis os seus contributos para os resultados esperados e objectivos do projecto.

De igual modo, é absolutamente fundamental proceder à realização de inquéritos nas comunidades beneficiárias como forma de monitorar os indicadores de resultados e do objectivo específico do projecto. Este procedimento constitui um dos meios de verificação previstos e não tem sido aplicado. Deveria ter sido usado desde o início, através da aplicação de inquéritos ao final de cada ano de execução, a fim de permitir monitorar a evolução dos indicadores.

Alcance dos outputs

O projecto teve atrasos significativos na execução das actividades durante o primeiro ano. No segundo ano o atraso foi recuperado de forma significativa. Neste momento a maior parte das actividades encontra-se com boa taxa de execução. O gráfico 3 evidencia a situação actual e os desvios existentes em termos quantitativos para os grandes grupos de actividades do

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Gráfico 3 - Grau de alcance das actividades

projecto e a tabela 3 sintetiza a situação actual das principais realizações, bem como algumas sugestões de melhoria para cada uma delas.

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Tabela 3 - Sistematização das principais realizações e sugestões

Actividades / Outputs Realizações SugestõesA1.1 Conduzir, como parte do diagnóstico participativo integrado do projecto (A4.4), uma avaliação sobre a situação institucional dos grupos, associações e cooperativas, bem como sobre as capacidades dos actores estatais e não-estatais locais em termos de apoio à defesa de direitos, participação pública e assistência à produção agro-pecuária e florestal sustentável

Actividade incluída na A4.4 realizada em 2013 durante a elaboração da Linha de Base e documentada/reportada no relatório respectivo.

A análise institucional realizada com pouca profundidade, limitando-se a uma caracterização sumária dos municípios (em termos administrativos e populacionais) e uma síntese do número de técnicos existentes nas principais instituições públicas a nível técnico (EDA, SV, IDF).

Foi apenas estimado o número de associações e cooperativas por município e aferida a percepção genérica dos principais actores relativamente aos temas em análise (defesa de direitos, assistência técnica, etc.).

Considera-se que esta actividade não foi alcançada.

O projecto ainda dispõe de tempo útil para a realização desta actividade pelo que se sugere a sua realização considerando, pelo menos a inclusão dos seguintes tópicos de análise:

- Outros actores relevantes (Administração Municipal e suas direcções, Mecanagro, Instituições de Ensino, Agências Internacionais, empresas privadas, sociedade civil, instituições bancárias, etc.).

- Ambiente Político-Normativo (Legislação, Programas Públicos, etc.)

- Capacidades institucionais e relações de poder (obstáculos, limitações, oportunidades).

- Análise SWOTA1.2 Apoiar o processo de formalização de 26 associações de camponeses (as) (10 no Cunene e 16 em Benguela), incluindo o registo de identificação pessoal dos seus membros

Está em curso processo de apoio para formalização e legalização de 33 associações, no conjunto dos três municípios:

Cubal (13), Ganda (6), Ombadja (14)

Existem avanços importantes registados nos 3 municípios, verificando-se evolução progressiva nos processos de formalização e legalização (ver anexo).

Está em curso processo de apoio para obtenção de BI em todas as comunas: 76 processos BI já encaminhados e várias pessoas (número não identificado) já dispõem de BI.

- Monitorar e actualizar listagens com estágio de legalização (A, B, C, D, E) por comuna/município.

- Incluir percentagem de mulheres que são membros das associações.

- Verificar participação de mulheres nos corpos sociais da associações.

- Actualizar listagem com nº de processos BI encaminhados e obtidos por comuna e/ou associação.

A1.3 Realizar 21 sessões de capacitação para Baixo nível de execução no Ano 1: apenas 1 sessão - Indicar os nomes dos formadores para as

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susanne engelhardt, 21-05-2015,
Você pode indicar por que você acha que é importante ainda investir na analise destes tópicos nesta fase do projeto.
susanne engelhardt, 21-05-2015,
Eu entendo que você encontra o diagnósitico fraco relativa à análise institucional, mas dizes ser forte quando se refere a Abordagem de Meios Sustentáveis (ver 4.4.), Foi mesmo este o seu pensamento?

pelo menos 110 multiplicadores (as) camponeses (as) e 30 técnicos locais da EDA (Estação de Desenvolvimento Agrário) em práticas agrícolas sustentáveis e métodos horizontais de multiplicação

realizada em Ombadja.

Boa recuperação no Ano 2: até ao momento foram realizadas 10 sessões, abrangendo um total de 230 participantes, dos quais 63 mulheres e 5 técnicos das EDA no conjunto dos 3 municípios.

Nível de participação das mulheres foi relativamente baixo: apenas 27% no total dos 3 municípios.

Fraca replicação das sessões pelos multiplicadores.

diferentes capacitações;

- Incluir nas tabelas de monitoria o nº de técnicos que participaram.- Reforçar acompanhamento técnico nas práticas de Escola de Campo.

- Reforçar o acompanhamento aos multiplicadores na replicação das sessões nas comunidades.

A1.4 Realizar 21 sessões de capacitação de pelo menos 75 camponeses (as) criadores (as) de gados e 30 técnicos locais dos serviços de desenvolvimento agrário em práticas de maneio de gado e sanidade animal, bem como multiplicação de conhecimentos

Baixo nível de execução no Ano 1: apenas 1 sessão realizada em Ombadja.

Boa recuperação no Ano 2: até ao momento foram realizadas 8 sessões, abrangendo um total de 217 participantes, dos quais 79 mulheres e 5 técnicos das SV no conjunto dos 3 municípios.

Fraca replicação das sessões pelos multiplicadores.

- Reforçar acções de capacitação, assegurando que participem pelo menos alguns membros de todas as associações.

- Distribuir pelo menos 1 ou 2 kits / associação.

- Reforçar o acompanhamento aos multiplicadores na replicação das sessões nas comunidades.

A1.5 Realizar 4 sessões de capacitações para pelo menos 30 multiplicadores camponeses (as) e 10 técnicos (as) locais da EDA (Estação de Desenvolvimento Agrário) sobre práticas melhoradas de produção do carvão na comuna da Capupa (02 capacitação anual a partir do 2° ano de 04 dias x 2 povoações x 20 participantes).

Nula execução no Ano 1.Baixa execução no Ano 2: até ao momento foi apenas

realizada 1 sessão realizada em Ucuma (Huambo) coincidindo com o intercâmbio provincial.

Nível de participação das mulheres muito baixo: apenas 1 mulher.

Nenhum técnico das EDA participou.Está em curso planificação para 3º anos.

- Assegurar que as capacitações que faltam incluem forte componente prática, incluindo a construção de fornos melhorados de forma colectiva, por forma a aumentar a apropriação pelas comunidades.

- Considerar a compra de 2 “Kaleluias” (motos com atrelado) para apoiar as comunidades nesta actividades.

A1.6 Realizar 21 sessões de divulgação e debate da Lei de Terras para pelo menos 245 camponeses

Baixo nível de execução no Ano 1: apenas 4 sessões realizadas em Ombadja.

Boa recuperação no Ano 2: até ao momento foram realizadas 28 sessões, sendo a maioria em Ombadja.

Elevado número de participantes: total de 577 participantes, dos quais 42% mulheres;

Inclui também participação de outros actores (UNACA, Administração Municipal, EDA).

- Considerar distribuição de materiais didácticos e informativos sobre este tema nas comunidades (poster, brochura ilustrativa), incluindo sua tradução em língua local.

A1.7 Apoiar famílias camponesas (as) em alta Estão em curso processos de apoio nesta matéria em - Elaborar Listagem básica sobre processos

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susanne engelhardt, 21-05-2015,
Na planificação original considerou-se iniciar esta actividade apenas no segundo ano
susanne engelhardt, 21-05-2015,
Você refere-se aqui aos técnicos da EDA ou da ADRA?
susanne engelhardt, 21-05-2015,
Você pode indicar por que acha ser importante indicar os nomes? Estes constam nas listas de presenças

situação de vulnerabilidade no processo de reconhecimento e titulação de suas terras.

todos os municípios, destacando-se em particular os seguintes casos:

Ganda: Processo de resolução do conflito de terras com um fazendeiro na povoação Ndende Jongolo. Com apoio do projecto o processo está em resolução, tendo o fazendeiro cedido 1060 hectares à comunidade. Uma placa foi colocada na comunidade. Está em curso processo administrativo para obtenção dos respectivos documentos legais.

Cubal: Está em curso processo de apoio para legalização de terras comunitárias. Estão a ser efectuados contactos com autoridades oficiais e submetidos requerimentos. Foi já obtida declaração do fazendeiro para cedência de terras.

Ombadja: Está em curso um forte apoio às comunidades nesta matéria. Foram efectuados dezenas de contactos oficiais com autoridades (administrações, IGCA, EDA, outros). Vão ser realizados levantamentos topográficos. Foram já submetidos 70 requerimentos. Estão a trabalhar com 3 comunidades: 1 Ombala Yo Mungo + 2 Kalueke (Naulila).

encaminhados em cada comuna/povoação e descrevê-los sucintamente, como forma de documentar esta actividade.

- Sistematizar Boas Práticas / Casos Sucesso (Ex.: Ganda – Fazendeiro; Cubal – Delimitação Comunitária Caviva Sul; Ombadja – cedência de terra pela administração municipal.

A1.8 Instalar pelo menos 07 campos de experimentação em apoio à diversificação e uso de novas práticas de produção, considerando os resultados do diagnóstico inicial e as necessidades nutricionais locais (ex.: aquisição de 380 mudas para fruticulturas, 14 kg de sementes para horticultura, 100 molhos (20kg/unidade) de estacas de mandioca.

Até ao momento 6 campos de demonstração foram instalados:

Cubal (2); Ganda (1); Ombadja (3)

Foram distribuídas fruteiras, estacas mandioca e outras culturas alimentares (hortícolas).

Instaladas 4 moagens (2 não estão a funcionar: Ombadja e Ganda).

- Reforço das Escolas de Campo no âmbito desta actividade, conforme previsto para Ano 3.

- Avaliar possibilidade de adquirir mais fruteiras, estacas de mandioca e outras mudas em função do orçamento ainda disponível.

A1.9 Realizar 2 visitas de intercâmbio interprovincial e 4 intermunicipal em apoio à

Foram realizados 7 intercâmbios intermunicipais no conjunto dos três municípios, abrangendo um total de

- Avaliar a possibilidade de realizar intercâmbios municipais só com mulheres;

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produção sustentável, processamento, escoamento e a comercialização de produtos agro-pecuários, associações e cooperativas (4 visitas de intercâmbio intermunicipal de 4 dias com 10 pessoas cada, por ano / 2 visitas de intercâmbio interprovincial de 6 dias com 10 pessoas cada por ano).

107 participantes, dos quais 18% mulheres.

Cubal (3); Ganda (3); Ombadja (1)

Foi realizado 1 intercâmbio interprovincial abrangendo dois municípios (Cubal e Ganda) que se deslocaram à Província do Huambo. Visitaram experiência de produção de carvão e a Cooperativa Bom Jesus / Calenga. Participaram 12 pessoas, das quais 1 mulher.

- Avaliar possibilidade de intercâmbios entre comunidades/projectos apoiadas pela ADRA como forma de potenciar sinergias e troca de experiências.

A2.1 Realizar, como parte do diagnóstico participativo integrado do projecto (A4.4), uma avaliação do nível de conhecimento e consciencialização das comunidades, lideranças e quadros das administrações municipais sobre questões-chave relacionadas à participação democrática, direitos humanos, descentralização, desenvolvimento local sustentável e equidade de género.

Actividade incluída na A4.4 realizada em 2013 durante a elaboração da Linha de Base e documentada/reportada no relatório respectivo.

Avaliação do nível de conhecimento e consciencialização realizada com pouca profundidade, limitando-se a uma apreciação qualitativa com base em percepções pontuais recolhidas durante o trabalho de campo para a Linha de Base.

- Incluir questões-chave sobre esta actividade nos inquéritos de monitoria que serão realizados durante o Ano 3, se possível com um tratamento estatístico básico.

- Realizar uma apreciação crítica dos resultados e uma reflexão vis-a-vis os resultados esperados do projecto.

A2.2 Realizar 18 debates voltados a problemas concretos específicos de cada local com pelo menos 380 pessoas das comunidades abrangidas, incluindo quadros das administrações municipais, sobre descentralização, desenvolvimento local sustentável, equidade de género e a execução do projecto

Baixo nível de execução no Ano 1: apenas 1 debate realizado em Ombadja.

Boa recuperação no Ano 2: foram já realizados os 19 debates previstos, abrangendo um total de 675 participantes, dos quais 47% mulheres, no conjunto dos 3 municípios.

Elevado nível de participação e interesse das comunidades.

- As duas actividades são muito similares e repetitivas. Considera-se que a A2.2 já está concluída. Relativamente a A2.3 considerar o seguinte:

- Diversificar debates em função de demandas das comunidades (ex: transformação de produtos) e temas de actualidade (programas públicos em curso, FAS, outros).

- Realizar menos sessões, mas mais efectivas, dirigidas a um publico mais alargado através das Administrações Municipais (Ex: Ganda debate sobre Desenvolvimento Sustentável na Administração Municipal e Ombadja debates realizados na sede na Casa Comunitária da Juventude).

A2.3 Realizar 42 debates voltados a problemas concretos específicos de cada local com pelo menos 800 pessoas das comunidades sobre questões fundiárias, de direito à terra e equidade de género

Nula execução no Ano 1.

Boa recuperação no Ano 2: foram já realizados 21 debates, sendo a maioria em Ombadja, abrangendo um total de 490 participantes, dos quais 37% mulheres, no conjunto dos 3 municípios.

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susanne engelhardt, 21-05-2015,
A diferença entre A.2.2.e 2.3 são os temas. Concordo com as recomendações de organizar os debates mais efectivos. É bom saber que podemos considerar algumas actividades como concluídas
susanne engelhardt, 21-05-2015,
Este é um grande desafio, pois será muito difícil definir o estado de consciência e as mudanças. Talvez estivéssemos demasiado ambiciosos quando definimos a atividade

Elevado nível de participação e interesse das comunidades.

A2.4 Organizar 9 debates públicos voltados a problemas concretos específicos de cada município ligados aos Conselhos de Auscultação e Concertação Social (CACS) e outros espaços de diálogo, com pelo menos 270 pessoas das comunidades, administrações e outros actores locais

Nula execução no Ano 1.

Boa recuperação no Ano 2: foram já realizados 7 debates, abrangendo um total de 243 participantes, dos quais 44% mulheres, no conjunto dos 3 municípios.

- Boa realização na Ganda e Cubal pelo que se deve rever a programação para o ano 3 e reforçar apenas em Ombadja.

A2.5 Assessorar continuamente os grupos, associações e cooperativas de camponeses (as), bem como seus núcleos e uniões, para que estejam representados nos espaços nacionais, provinciais e municipais de diálogo com as autoridades locais.

As equipas do projecto têm prestado apoio contínuo às associações nesta matéria, designadamente através de reuniões mensais com os núcleos para programação e definição de plano de acção, assessoria na gestão das caixas comunitárias, entre outros.

Existe boa sensibilidade da parte dos administradores comunais para incluir algumas associações e núcleos nos CACS.

- Tomar atenção aos documentos de Planificação mensal; Lista presenças eventos institucionais; Actas e Memorandos como forma de documentar esta actividade.

- Sistematizar Boas Práticas / Casos Sucesso (Ex: entrada dos núcleos de Capupa e Ndende nos CACS comunais, respectivamente.

A3.1 Realizar, como parte do diagnóstico participativo integrado do projecto (A4.4), uma avaliação do estado e potencialidades dos mecanismos de diálogo e articulação entre grupos, associações e cooperativas de camponeses (as) e as autoridades locais em nível comunal, municipal, provincial e nacional.

Actividade incluída na A4.4 realizada em 2013 durante a elaboração da Linha de Base e documentada/reportada no relatório respectivo.

Avaliação do estado e potencialidades dos mecanismos de diálogo e articulação entre grupos realizada com pouca profundidade.

ADRA dispõe de experiência nesta matéria tendo já realizado análises similares em outras Províncias.

- Realizar análise sobre constituição e funcionamento dos CACS a nível comunal, municipal e provincial.

- Como ocorre a representação (Estado, Sociedade Civil, Sector Privado)?; Quem participa?; Quando foram constituídos?, Como funcionam (periodicidade de reuniões e agenda)?; Onde existem (ou não existem) representações de camponeses e porquê?.

A3.2 Facilitar 42 encontros entre as lideranças camponesas e as administrações locais dos municípios abrangidos para capacitação em planificação de projectos, bem como para a elaboração e negociação parcerias concretas.

Foram realizados vários encontros realizados com diferentes órgãos do Estado (Administrações Municipais, Serviços Veterinários, Serviços de Justiça).

Alguns desses encontros resultaram já em realizações concretas, destacando-se os seguintes exemplos:

Ombadja: Facilitaram encontro com EDA e Director da

- Tomar atenção aos documentos de lista presenças, Actas e Memorandos como forma de documentar esta actividade e pressionar os decisores políticos para os compromissos assumidos.

- Sistematizar Boas Práticas / Casos Sucesso

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susanne engelhardt, 21-05-2015,
De quem? Da equipa Okupopya? Das Associações? Administrações locais?
susanne engelhardt, 21-05-2015,
De quem? Da equipa OKupopya? Das Associações?

Agricultura Municipal, que foi convidado para ir à comunidade. Daqui resultou a entrega de sementes para a comunidade. No Humbe os lideres da associação foram à administração e receberam sementes milho.

Ganda: A intermediação do diálogo entre líderes e o Departamento de Justiça levou ao agendamento de registo para obtenção de BI na própria comunidade.

Cubal: Foram assinadas parcerias entre a Administração Comunal e as associações para distribuição de sementes.

A3.3 Realizar 21 sessões de capacitação sobre a constituição e funcionamento de redes e fóruns às lideranças dos núcleos dos municípios abrangidos

Nula execução no Ano 1.

Excelente recuperação no Ano 2: foram já realizados 13 sessões, abrangendo um total de 382 participantes, dos quais 35% mulheres, no conjunto dos 3 municípios.

- Nos municípios da Ganda e Ombadja não se recomenda realizar mais debates sobre este tema.

- Reforçar em Ombadja visando a constituição de Núcleo de Associações.

A3.4 Publicar os resultados do diagnóstico inicial (A4.4) em meio impresso (1.500 exemplares) e digital (relatórios completos e executivos em formato PDF).

Relatório impresso e disponível em papel. - Disponibilizar o relatório em PDF através do site da ADRA.

A3.5 Apoiar a constituição de 04 núcleos e 01 fórum de associações camponesas no município de Ombadja, bem como um fórum de núcleos nos municípios do Cubal e da Ganda.

Existem 2 núcleos constituídos na Ganda e 2 núcleos no Cubal.

Não existem ainda núcleos constituídos em Ombadja.

- Actualizar listagem dos Núcleos existentes especificando as associações/cooperativas que pertencem a cada um deles nos respectivos municípios.

A3.6 Assessorar o desenvolvimento dos fóruns e núcleos de associações camponesas dos municípios abrangidos (encontros trimestrais entre a equipa da ADRA e lideranças camponesas).

Realizadas reuniões periódicas com os Núcleos e apoio em processos administrativos e técnicos, bem como no diálogo com as administrações comunais.

- Tomar atenção aos documentos de Planificação mensal; Lista presenças eventos institucionais; Actas e Memorandos como forma de documentar esta actividade.

- Sistematizar Boas Práticas / Casos Sucesso (Ex: entrada dos núcleos de Capupa e Ndende nos CACS comunais, respectivamente.

A4.1 Apoiar continuamente a organização parceira em termos técnicos, metodológicos,

Oxfam Novib tem prestado apoio contínuo à ADRA no âmbito deste projecto.

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susanne engelhardt, 20-05-2015,
De quem?

administrativos e financeiros. Boa comunicação e diálogo entre coordenador e responsável da Oxfam, incluindo reuniões periódicas via Skype.

Missões da Oxfam realizadas a Angola para apoio local e seguimento do projecto, tanto a nível físico como financeiro.

Disponibilização de consultores pontuais para apoiar a equipa local.

A4.2 Capacitar a equipa do projecto sobre os procedimentos da Comissão Europeia, apoiando o desenho de planos anuais bem como relatórios narrativos e financeiros.

No geral a equipa do projecto em Angola de bons conhecimentos sobre práticas de gestão do projecto e procedimentos da União Europeia.

Alguns membros da equipa participaram em formações. Ex: coordenador do projecto e coordenador municipal de Ombadja.

- Avaliar possibilidade de reforçar capacidades dos técnicos locais (Cubal, Ganda, Ombadja) nos procedimentos de Gestão de Ciclo do Projecto.

A4.3 Capacitar a equipa local em termos de monitoramento participativo, definindo os métodos e instrumentos necessários com base na abordagem de meios sustentáveis de vida.

Foram distribuídos materiais didácticos e ferramentas às equipas municipais para apoio da sua intervenção no terreno.

- Avaliar possibilidade de técnicos locais do projecto (Cubal, Ganda, Ombadja) receberem formação específica sobre metodologia das Escolas de Campo.

A4.4 Realizar o diagnóstico participativo integral do projecto com base na abordagem de meios sustentáveis de vida para mobilizar representantes e definir a linha base.

Linha de Base elaborada no Ano 1 e apresentada publicamente.

Relatório bem elaborado e muito pertinente com informação sobre ponto de partida para os diferentes indicadores, incluindo várias recomendações oportunas para a implementação das actividades.

- Disponibilizar o relatório em PDF através do site da ADRA.

A4.5 Realizar ajuste à estratégia do projecto, considerando os resultados do diagnóstico inicial e resultados das monitorias em consulta à Comissão Europeia.

As recomendações das monitorias da CE foram consideradas pela equipa do projecto.

- Possíveis sugestões de ajuste ao projecto resultantes da avaliação de meio termo.

A4.6 Implementar o plano de comunicação e visibilidade do projecto.

Plano de comunicação elaborado e distribuído a todos os membros da equipa.

Iniciativas de comunicação e visibilidade em todos os municípios, embora com limitações (ver recomendações).

- Reforçar acções de comunicação e visibilidade no Ano 3 (ver recomendações).

A4.7 Realizar reuniões trimestrais de gestão, Reuniões internas realizadas com frequência. Visitas de

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susanne engelhardt, 21-05-2015,
Para acrecentar: nós decidimos alguns outros ajustes com base no diagnóstico:> o estudo indicou que no Cunene devemos incluir à actividade de pesca em vez de moagens devido a produção limitada de cereais na região.> pelo número muito limitado de técnicos (veterinários) do sector público, decidimos treinar multiplicadores.
FernandaM, 21-05-2015,
de = tem ou possui
FernandaM, 21-05-2015,
O que significa nível físico (terceiro ponto)?

monitorar o projecto em nível interno anualmente e realizar avaliações externas de meio-termo e final.

monitoria às comunidades beneficiárias realizadas pontualmente, incluindo participação do coordenador nacional e equipa da Oxfam Novib.

Avaliação de Meio Termo em curso.A4.8 Conduzir a gestão financeira e contratar auditoria final.

Gestão financeira bem organizada, documentada e com recomendações da CE incorporadas.

- Avaliar possibilidade de discriminar orçamento e gastos por grupo de actividade para facilitar gestão do projecto.

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susanne engelhardt, 20-05-2015,
Se refere aqui a atividade A.1, A.2 ect?

Comunicação e Visibilidade

O projecto tem cumprido as exigências da CE no que respeita ao uso dos logotipos e menções aos co-financiadores e diferentes partes envolvidas. Disso são exemplo os diferentes materiais produzidos e disseminados (relatórios, fichas de presença, actas, banners, T-shirts, bonés, dísticos, viaturas, etc.), bem como a preocupação constante em evidenciar o apoio financeiro da CE e Oxfam Novib durante eventos públicos e contactos com a imprensa. O projecto dispõe ainda de um Plano de Comunicação e Visibilidade elaborado durante o Ano 1.

Não obstante, considera-se que um esforço maior poderia ter sido feito até ao momento em termos de comunicação e visibilidade, em particular tendo em conta a experiência da ADRA e Oxfam Novib na gestão e implementação de projectos financiados pela CE. Por exemplo, não existem prospectos ou brochuras explicativas do projecto, as quais poderiam facilitar a comunicação evidenciando melhor os seus objectivos, resultados esperados, principais actividades e grupos-alvo existentes. Os posters são outra ferramenta que poderia ter facilitado esta tarefa, em particular quando colocados em locais estratégicos nos próprios municípios e comunidades. Alguns equipamentos e bens adquiridos não contêm menção ao projecto e ao seu co-financiamento (caso das moagens e kits de veterinária). Os materiais didácticos distribuídos são, no geral, pouco adequados, limitando-se na maior parte das vezes a fotocópias de legislação ou de apresentações power-point. Os canais de comunicação da ADRA, designadamente a sua webpage e Facebook poderiam ter sido mais explorados em termos de visibilidade do projecto e de comunicação dos seus avanços progressivos e resultados alcançados. Por exemplo, não foi encontrada qualquer documentação do projecto disponível para download na Internet. Finalmente, a sistematização de experiências, boas práticas ou casos de sucesso também não foi ainda realizada, o que facilitaria a comunicação do projecto e a sua memória futura, inclusive para partilha de experiências com outros territórios onde a ADRA actua.

2.3 Eficácia

No que respeita ao parâmetro da eficácia a avaliação procurou averiguar em que medida os resultados esperados estão a ser alcançados, bem como a sua contribuição para o objectivo específico do projecto. Procurou ainda sistematizar os principais aspectos que influenciaram positiva ou negativamente os propósitos do projecto.

Alcance dos resultados

Conforme verificado anteriormente, o projecto apresenta uma sequência de resultados coerentes que assumem uma lógica cumulativa bem definida para alcançar o objectivo específico: capacidades – consciencialização – diálogo. A principal crítica que devemos apontar neste parâmetro diz respeito à ausência de fontes de verificação para a maioria dos indicadores de resultados. Até ao momento não foram aplicados inquéritos de monitoria junto das comunidades, pelo que se revela difícil perceber qual o nível de satisfação dos beneficiários relativamente aos parâmetros de análise. A tabela seguinte sintetiza as principais realizações de cada um dos resultados do projecto e algumas observações relevantes.

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Tabela 4 - Nível de alcance dos resultados e observações

Resultados / Indicadores LinhaBase

MetaFinal

Situação Actual

Realizações / Observações

Resultado 1: Fortalecidas as capacidades de pelo menos 140 multiplicadores (as), incluindo 110 camponeses (as) e suas organizações, bem como 30 técnicos locais de apoio agro-pecuário, em termos de apoio à defesa de direitos, participação na vida pública, produção agro-pecuária sustentável.

0

0

110

30

496

7

- Bom nível de execução das sessões de capacitação sobre práticas agrícolas e sobre maneio animal (22 sessões realizadas / 484 participantes).- Baixo nível de realização das sessões de capacitação sobre práticas melhoradas de produção de carvão (1 sessão realizada / 12 participantes), sendo a maioria prevista para Ano 3.- Necessidade de maior atenção à replicação das capacitações de Práticas Agrícolas e Maneio Animal: quem são os reais multiplicadores? Como é que a equipa do projecto vai acompanhar o processo?- Baixo nível de participação de técnicos.

IOV 1.1 Pelo menos 26 associações do total de 36 abrangidas estejam formalizadas até o final do segundo ano. 0 26 0

- Avanços registados no processo de legalização (ver Anexo ).

- Previsão de 5 associações totalmente formalizadas até ao final do projecto.- Documentar evolução institucional e justificar.

IOV 1.2 Pelo menos 60% dos membros das associações e cooperativas entrevistados (as) nas amostragens das monitorias anuais avaliem uma melhoria no apoio prestado por suas respectivas associações e cooperativas à sua capacidade produtiva com uso de métodos sustentáveis.

0% ≥ 60% Sem Dados

- Necessidade de realizar inquérito e apreciação quantitativa e qualitativa.

- Elevado nível de satisfação e empenho por parte dos membros das associações e das comunidades sobre o papel e importância das suas associações.

IOV 1.3 Até o final do segundo ano e considerando o diagnóstico inicial, pelo menos 20% de acréscimo do número de camponeses (as) entrevistados avaliem positivamente o apoio prestado pelos técnicos da administração ao acesso à políticas de desenvolvimento agrário (ex.: produção, processamento, crédito e comercialização).

0% ≥ 20% Sem Dados

- Necessidade de realizar inquérito e apreciação quantitativa e qualitativa.

- Baixo nível de satisfação por parte das comunidades relativamente à intervenção das instituições públicas de apoio à agricultura (EDA) e pecuária (SV). Capacidades do Estado insuficientes em termos de recursos humanos e técnicos.

Resultado 2: Aumentado o nível de consciencialização de pelo menos 1.530 pessoas

… 1.530 … - Bom nível de execução das sessões de debate temáticas nas comunidades (88 sessões realizadas / 1.790 participantes).

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susanne engelhardt, 21-05-2015,
Este indicador afigura-se um pouco complicado.A idéia inicial deste indicador foi medir o resultado e impacto da inclusão de servidores públicos na formação do projeto Okupopya. Se agora temos que constatar, que há insuficientes capacidades e recursos humanos no sector público, não podemos concluir que isso é porque a formação de ADRA não foi suficienteTalvez temos que revisar o indicador

incluindo lideranças das comunidades e quadros das administrações municipais e comunais sobre participação democrática, direitos humanos, descentralização, desenvolvimento local sustentável e equidade de género.

- Elevado nível de sensibilização e partilha de informação.

- Comunidades mais conscientes relativamente a questões de cidadania e temas transversais.

IOV 2.1 Anualmente, pelo menos 60% dos (as) beneficiários(as) entrevistados demonstrem conhecer o funcionamento dos órgãos da administração local, existência de mecanismos de participação local e os programas públicas dirigidos ao desenvolvimento local sustentável.

0% ≥ 60% Sem Dados

- Necessidade de realizar inquérito e apreciação quantitativa e qualitativa.

- Existência de iniciativas levadas a cabo pelas comunidades / associações junto dos órgãos públicos.

IOV 2.2 Até o final do projecto, pelo menos 50% das lideranças das comunidades e quadros das administrações municipais e comunais entrevistadas afirmem estar melhor qualificadas para a resolução de conflitos de terra.

0% ≥ 50% Sem Dados

- Necessidade de realizar inquérito e apreciação quantitativa e qualitativa.

- Existência de iniciativas levadas a cabo pelas comunidades / associações junto dos órgãos públicos.

Resultado 3: Reforçados os espaços e mecanismos de diálogo e articulação entre os actores não estatais e as autoridades locais em nível municipal, provincial e nacional para melhoria das políticas públicas de desenvolvimento local sustentável, segurança alimentar e combate à pobreza rural.

… … …

- Efeitos apenas visíveis no longo prazo e difíceis de avaliar até este momento.

- Nota-se, contudo, maior abertura e disponibilidade da parte dos decisores políticos para tomarem as associações do projecto como possíveis interlocutores para o diálogo.

IOV 3.1 Até o final do segundo ano, todas as seis comunas abrangidas contem com pelo menos um núcleo de associações camponesas constituído e activo.

2 ≥ 6 1

- Existência de núcleos de associações nos municípios da Ganda e Cubal.

- Necessidade de reforçar trabalho de mobilização em Ombadja.

IOV 3.2 Aumento de pelo menos 20% no número de mulheres participando activamente nos espaços de diálogo e articulação pública, bem como nos postos de direcção das associações e cooperativas abrangidas até o final da execução.

15% ≥ % Sem Dados

- Necessidade de realizar inquérito e apreciação quantitativa e qualitativa.

- Actualização das listagens das associações e da composição dos órgãos de governança para evidenciar participação das mulheres.

IOV 3.3 Até o final do segundo ano do projecto, todas as 36 associações e 6 cooperativas estejam representadas no CACS comunal e/ou municipal (seja de forma

0 42 1 - Muito ambicioso.

- Cooperativa Agrícola Ombadja participa no CACS e boa possibilidade na Comuna do Humbe.

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susanne engelhardt, 20-05-2015,
Tal vez aqui também temos que revisar o indicador

individual ou através de alguma rede, núcleo, fórum ou união) e tenham apresentado propostas de interesse ao desenvolvimento produtivo local financiadas ou previstas de serem financiadas até o final da execução.

- A apresentação de propostas de interesse, como demonstrado pelo projecto, não necessariamente tem que estar vinculada à participação nos CACS.

Resultado 4: Fortalecidas as capacidades da equipa da ADRA em termos de execução, monitoramento, avaliação, sistematização, administração e gestão financeira.

… … …

- Equipa da ADRA demonstra competências gerais adequadas em termos de procedimentos de gestão do ciclo do projecto.

- Foram ministradas capacitações e disponibilizados consultores por parte da Oxfam Novib para fortalecimento de capacidades institucionais da ADRA neste domínio.

- Necessidade de reforçar mecanismos de monitoria contínua da realizações (outputs), efeitos (outcomes) e impactos do projecto.

IOV 4.1 A partir do segundo ano ao menos 70% dos (as) beneficiários entrevistados nas amostragens das monitorias anuais avaliem positivamente a contribuição prestada pelo projecto.

0% ≥ 70% Sem Dados

- Claro reconhecimento por parte das comunidades sobre o trabalho desenvolvido pela ADRA até ao momento.

IOV 4.2 Auto-avaliações institucionais anuais a serem realizadas com membros da equipa apontem um desenvolvimento positivo das capacidades institucionais da ADRA a partir das actividades do projecto.

… … …

- ADRA realiza avaliações institucionais de base anual.

IOV 4.3 Todos os relatórios narrativos e financeiros anuais e final sejam aprovados sem ressalvas pela Delegação da União Europeia

0 3 2

- Os relatórios narrativos e financeiros têm sido submetidos dentro dos prazos e com qualidade adequada. As observações/recomendações das acções de monitoria da CE têm sido incorporadas.

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Qualidade dos resultados

Embora não existam fontes de verificação disponíveis que permitam uma apreciação quantitativa adequada, os contactos com as comunidades beneficiárias e outros actores permitiram aferir uma boa percepção com o alcance dos resultados durante a missão de avaliação, como se evidencia em seguida.

O Resultado 1 coloca o foco na dimensão da construção de capacidades. Durante as visitas de terreno foi possível perceber que existem já bons níveis de interiorização sobre as questões técnicas abordadas nas sessões de capacitação sobre práticas agrícolas. Trata-se de uma temática que desperta grande interesse nos camponeses pelo que os níveis de participação e empenho são elevados. Em termos práticos, vários membros das comunidades demonstram ter já conhecimentos mais elaborados sobre muitos aspectos introduzidos durante as sessões de capacitação. Durante o ano 3 está prevista o reforço das Escolas de Campo, pelo que esta componente prática será ampliada. As sessões sobre práticas melhoradas de produção de carvão estão ainda atrasadas, pelo que não foi possível aferir o grau de apropriação das comunidades sobre esta temática. No que se refere às práticas de maneio animal e veterinária ouviram-se queixas sobre a falta de realização de sessões práticas nas comunidades. Com efeito, embora tenham já decorrido sessões de formação de multiplicadores, na maioria dos casos estes ainda não iniciaram a sua replicação nas comunidades. No que se refere a este resultado, sugere-se que durante o ano 3 a prioridade seja dada ao acompanhamento das acções de replicação nas comunidades a realizar pelos multiplicadores.

Foi já mencionado que o processo de formalização e legalização das associações (IOV 1.1) demanda tempo e recursos financeiros significativos. Em muitos casos a celeridade desses processos depende das instituições públicas, pelo que possíveis atrasos podem não necessariamente ser imputados ao projecto. Durante a avaliação foi perceptível o elevado nível de empenho e compromisso dos camponeses com as suas associações. Este resultado pode ficar bastante aquém do esperado, caso seja apreciado exclusivamente na sua vertente quantitativa (número de associações legalizadas). Por tal razão, a nossa sugestão é que se valorizem os avanços que progressivamente são alcançados (sucessivas etapas no processo de formalização e legalização), pois que isso constitui um progresso muito importante face à situação inicial, para além de reflectir as dificuldades de contexto existentes (institucionais, políticas, administrativas).

O sentimento de pertença e a auto-estima das comunidades é claramente valorizado com a constituição e fortalecimento das suas associações. Embora a falta de legalização completa possa condicionar a actuação das associações – por exemplo relativamente ao uso ou obtenção de diferentes serviços (conta bancária, acesso a crédito, participação formal nos CACS, etc.) –, existem já exemplos de que este processo organizativo na base está a dar resultados. Estas associações são reconhecidas pelos órgãos oficiais e em muitos casos a obtenção de inputs agrícolas (sementes e adubos) foi já alcançada por via destas associações. Por tal razão, embora não exista uma fonte de verificação sobre percepção dos associados face ao apoio prestado pelas suas associações (IOV 1.2), é notório o grau de satisfação por parte das comunidades.

As instituições do Estado apresentam enormes debilidades em função do reduzido número de pessoal técnico, da falta de meios materiais e operacionais e dos reduzidos salários (baixa motivação). Isso reflecte-se na assistência técnica prestada e no grau de cobertura das intervenções (por exemplo, campanhas de vacinação ou distribuição de sementes e inputs agrícolas. Claramente um aumento ou diminuição do grau de satisfação dos camponeses face ao apoio técnico do Estado não pode ser directamente imputado a este projecto (IOV 1.3) . Em todo o caso, existem exemplos de que é possível aproximar os serviços públicos dos cidadãos, mesmo tendo em conta a limitação de recursos. Por exemplo, em vários casos foi já

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possível lograr visitas mais regulares de funcionários das administrações comunais e municipais às comunidades beneficiárias, bem como uma maior participação dos técnicos nas acções de apoio às associações. Dificilmente esta dinâmica seria alcançada sem o contributo deste projecto no terreno.

O Resultado 2 coloca o foco na consciencialização das comunidades. Foram realizadas sessões de debate sobre temáticas muito diversas, incluindo equidade de género, HIV/Sida, questões fundiárias, desenvolvimento sustentável, espaços de diálogo e funcionamento dos CACS, entre outros. Em muitos casos, esta foi a primeira vez que as famílias participaram em sessões de debate realizadas nas suas comunidades. O interesse demonstrado está patente no elevado nível de participação (cerca de 1.790 até ao momento). Embora a realização das sessões de debate ainda não esteja totalmente concluída, o numero de participantes previstos foi já ultrapassado. Em termos qualitativos é notório o grau de satisfação das famílias sobre os temas debatidos. Quando questionadas sobre alguns aspectos que debateram, nota-se um claro domínio dos temas, pelo que se pode afirmar que os debates surtiram efeito. As famílias estão mais despertas para alguns dos problemas locais e também mais sensibilizadas sobre a possibilidade de reivindicarem soluções. Dado o nível de execução já alcançado, sugere-se a introdução de novos temas para as sessões de debate das comunidades, em função das necessidades identificadas (por exemplo, em Ombadja as famílias manifestaram interesse em receber debates sobre práticas de conservação e transformação de alimentos). Sugere-se ainda durante o ano 3 sejam privilegiadas sessões de debate a realizar nas administrações municipais. Isto permitiria ampliar o público-alvo dos debates e assim poder contar com a participação de mais técnicos (até agora a sua participação foi muito reduzida) e também de outros actores.

As famílias demonstram conhecer a existência de espaços públicos de diálogo (CACS) e também o objectivo e relevância de alguns dos principais programas públicos em curso (IOV 2.1). Quando questionadas sobre estes assuntos, as suas respostas revelam algum conhecimento sobre o seu funcionamento (casos do PAPAGRO e PMIDRCP), embora se recomende um esforço maior por parte da equipa do projecto para explicar como as famílias podem de facto beneficiar das políticas públicas.

No que se refere à qualificação para a resolução dos problemas de conflitos de terra (IOV 2.2) os resultados são muito animadores. De forma notória verifica-se que as famílias assumem a questão de acesso à terra como um direito e manifestam conhecimento sobre os procedimentos para a sua resolução (por exemplo, entidades às quais se podem dirigir). Por outro lado, estas sessões de esclarecimento e debates nas comunidades têm sido acompanhadas de iniciativas concretas apoiadas pelo projecto para a resolução de problemas fundiários específicos, o que aumentou o nível de conhecimento das comunidades aliada a uma componente prática. Conforme já especificado anteriormente, recomenda-se que os processos que estão em curso e que foram apoiados pelo projecto sejam objecto de maior visibilidade, sistematização e documentação, a fim de poderem servir de exemplo de sucesso para troca de experiências em outras regiões.

O Resultado 3 coloca o foco no diálogo entre os actores estatais e não-estatais. O trabalho de reforço institucional em curso junto das associações, cooperativas e seus núcleos tem sido determinante para a sensibilização e melhoria de competências destas instituições visando o diálogo político. Igualmente relevante tem sido o trabalho de facilitação junto dos líderes comunitários para participarem em encontros institucionais ao nível das comunas e municípios. É difícil avaliar até ao momento de que forma foram reforçados os mecanismos de diálogo e articulação entre os diferentes actores, tanto mais porque se trata de um processo de longo prazo cujas evidências podem não ser perceptíveis no imediato. Em todo o caso, existem evidências empíricas que demonstram a existência de canais mais facilitados para esse diálogo nas comunidades do projecto. Por exemplo, nos contactos efectuados com as

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instituições do Estado, durante a avaliação, foi manifestada abertura para manter diálogo contínuo junto das associações e camponeses apoiadas pelo projecto, designadamente junto das administrações comunais. Ao nível dos órgãos de assistência técnica, estes reconheceram que as associações de camponeses podem ser parceiros importantes na colaboração com os serviços públicos a nível comunitário – por exemplo em termos de vigilância epidemiológica e profilaxia veterinária. A nível municipal e provincial é mais difícil alcançar resultados nesta matéria, fruto do distanciamento ainda existente entre os órgãos políticos e administrativos e as populações. Do ponto de vista das políticas públicas as comunidades encontram-se mais conscientes e dispõem de mais informação sobre alguns dos principais programas em curso. Isso coloca-as numa posição privilegiada para se tornarem agentes participantes da implementação desses programas, contando que exista disponibilidade e abertura por parte do executivo para esse efeito. Por exemplo, ao nível do PMIDRCP as associações e núcleos existentes poderiam ser parceiros, tanto na identificação dos problemas como na execução de acções a nível local, sobretudo na área da agricultura. Não obstante, o modelo de implementação das políticas públicas existente assume uma gestão demasiado centralista (a partir dos Ministérios em Luanda), o que dificulta uma aproximação aos beneficiários e limita a sua possível intervenção.

O fortalecimento de núcleos e fóruns de associações de camponeses (IOV 3.1) é relevante face à dimensão territorial do país e ao elevado número de beneficiários. Isso significa que a possibilidade de aumentar a participação qualificada destes grupos junto das instâncias decisórias e colegiais (caso dos CACS), depende da constituição de parcerias e do trabalho em rede entre as diferentes associações. Um exemplo prático é a participação nos CACS: dado tratar-se de estruturas com número de lugares limitado, claramente não seria possível nem viável augurar a participação de dezenas de associações de camponeses nestes espaços; o trabalho em conjunto no âmbito dos núcleos aumenta a possibilidade de alcançar um representante dos camponeses nestes espaços. Até ao momento estão já constituídos e dinamizados núcleos de associações nos municípios da Ganda e Cubal. No ano 3 será dada continuidade a este trabalho, bem como reforçado o mesmo processo no município de Ombadja.

Em todas as comunidades visitadas ficou patente o elevado envolvimento e participação das mulheres (IOV 3.2) nas acções deste projecto. Uma análise da composição das associações mostra que quase metade dos seus membros (47%) são mulheres. Trata-se de um indicador relevante, tanto mais porque é sabido que são as mulheres as grandes responsáveis pelo trabalho nos campos e consequente produção alimentar. Não se confirmou a participação de nenhuma mulher em qualquer espaço de diálogo (CACS) nos municípios deste projecto. Contudo, note-se que este é ainda um passo que demandará tempo e muito trabalho ao nível da base, dado que na maior parte dos casos a liderança das associações é assumida pelos homens. Não existem dados disponíveis no projecto que permitam evidenciar o número de mulheres que compõem os órgãos sociais das associações. Esta recomendação é importante e pode ser facilmente aplicada pelas equipas locais, o que possibilitará uma análise comparativa e crítica sobre a participação da mulher na governança destes grupos locais. Contudo, durante as visitas de terreno foi possível perceber que, na maior parte dos casos, são as mulheres as responsáveis pelas finanças das associações, ocupando lugares de destaque como tesoureiras ou membros do conselho fiscal.

A representação das associações nos CACS (IOV 3.3) é muito difícil de alcançar até ao final do projecto. Como já referido, a decisão de integrar os CACS depende da decisão administradores municipais e comunais, pois estes assumem a responsabilidade pela nomeação das diferentes partes interessadas para participar nestes espaços. Importa contudo referir que a participação formal nos CACS não deve ser impedimento para que as associações e grupos locais possam apresentar propostas junto dos órgãos públicos. O projecto já tem demonstrado que isto é possível (vejam-se os exemplos dados na análise das actividades), mesmo sem existir

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participação formal nos CACS. Por outro lado, importa também perceber até que ponto estes espaços funcionam efectivamente como mecanismos de diálogo e negociação, ou apenas como instrumentos de legitimação de opções políticas e estratégias de desenvolvimento local previamente concebidas. Uma análise mais crítica por parte das equipas do projecto é recomendada e necessária.

O Resultado 4 refere-se ao fortalecimento de capacidades da ADRA e às práticas de gestão do projecto. A equipa da ADRA, tanto a nível central como municipal, revela no geral boas competências em termos de gestão do ciclo do projecto. Para isso tem contribuído a própria experiencia da organização na gestão de iniciativas financiadas pela CE, mas também a capacitação recebida e o apoio de consultoria da Oxfam Novib. Importa, contudo, alertar para a necessidade de se reforçarem os mecanismos de monitoria contínua das actividades, resultados e impactos do projecto (por exemplo, as fontes de verificação para a maior parte dos indicadores dos resultados e objectivos não estão disponíveis). A ADRA realiza auto-avaliações anuais que permitem aferir o desenvolvimento positivo das suas capacidades institucionais, bem como identificar pontos críticos que necessitem de ajustamento. Os relatórios narrativos e financeiros têm sido apresentados dentro dos prazos estipulados e em conformidade com as regras da CE. De igual modo, as observações deixadas pelas missões de monitoria da CE têm sido incorporadas pelo projecto.

O trabalho desenvolvido pela ADRA no terreno tem sido apreciado de forma positiva pelas comunidades beneficiárias. Igual percepção foi recolhida durante a missão de avaliação junto das administrações municipais, as quais reconhecem o esforço empreendido com este projecto e atestam o bom relacionamento que mantêm com as equipas de terreno.

Acesso a bens, serviços e realizações por parte dos beneficiários

Todos os beneficiários têm tido igualdade de oportunidades no acesso às realizações deste projecto. A elevada participação nas sessões de capacitação e debate são disso exemplo. No que se refere aos intercâmbios institucionais, em virtude das condições logísticas e financeiras disponíveis o nível de participação é mais baixo. Contudo, as equipas do projecto têm encontrado mecanismos para facilitar a identificação dos destinatários destes intercâmbios com base em critérios participativos nas comunidades. Também tem sido notória uma preocupação em considerar sempre pelo menos alguns participantes de cada uma das comunidades abrangidas, de tal forma que se amplie o acesso a oportunidades no âmbito destas acções.

A implementação dos campos experimentais e de outras realizações físicas (como o caso das moagens) tem seguido a mesma lógica de igualdade de acesso a oportunidades por parte dos beneficiários. Por exemplo, no caso das moagens, todas as famílias têm acesso ao serviço, pagando uma pequena taxa que reverte para um fundo comunitário gerido pelas associações. Uma pessoa está responsável pelo trabalho de moagem assegurando a prestação do serviço aos beneficiários.

É necessário maior atenção da parte do projecto no caso das acções de capacitação sobre maneio animal e veterinária, incluindo a distribuição dos respectivos kits. Com efeito, durante a missão de avaliação registaram-se queixas nas comunidades por não terem ainda recebido as capacitações por parte dos multiplicadores. De igual modo, verificou-se que o número de kits distribuídos é também insuficiente. Sugere-se por isso que esta componente seja reforçada até ao término do projecto.

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Objectivo Específico

Com base no desempenho do projecto até ao momento e nas realizações constatadas no terreno é possível afirmar que existem boas condições para que o objectivo específico seja atingido. Os processos de construção de capacidades demandam tempo e os seus efeitos podem apenas verificar-se no longo prazo. Contudo, é notório que as comunidades e suas associações dispõem hoje de acesso a informação, conhecimento e ferramentas que as colocam numa posição mais facilitada para participar no diálogo e interagir com os órgãos decisórios, sobretudo a nível local. Mesmo que a participação formal nos CACS não venha a ser concretizada, importa ressaltar a nova dinâmica que está a ser apoiada por este projecto visando um diálogo mais profícuo entre os líderes comunitários, as administrações locais e outros serviços públicos. Do ponto de vista deste processo, pode afirmar-se com segurança que o trinómio capacidades – consciencialização – diálogo (base deste projecto) está a revelar bons resultados em termos de transformação social. Embora a uma escala micro (nível comunitário), trata-se de mudanças estruturais que importa valorizar.

A tabela 5 sintetiza a situação actual relativamente ao alcance do objectivo específico.

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Objectivos / Indicadores LinhaBase

MetaFinal

Situação Actual

Realizações

Objectivo específico: Fortalecer as capacidades locais e os mecanismos de diálogo entre actores não estatais (pelo menos 1.500 pessoas de grupos, associações e cooperativas camponesas, bem como de conselhos e instituições do poder tradicional), e autoridades locais (pelo menos 245 pessoas) de três municípios das províncias de Benguela e Cunene em apoio ao seu desenvolvimento sustentável. … … …

- Aumento de capacidades locais perceptível e demonstrável pelo número e tipo de iniciativas já desenvolvidas pelas comunidades (associações constituídas e dinâmicas, processos de legalização de terras, introdução de práticas agrícolas inovadoras, encontros institucionais centre lideranças e decisores de forma autónoma, entre outros).

- Existência de ambiente favorável à replicação de capacitações, fruto dos processos de formação de multiplicadores realizados. Necessidade de maior acompanhamento das acções destes multiplicadores para garantir a sua sustentabilidade.

IOE 1 Até o final do projecto todos os Conselhos de Auscultação e Concertação Social em nível provincial e municipal contem com uma representação eleita pelas organizações camponesas abrangidas pelo projecto.

0 5

- Muito ambicioso.

- Apenas 1 associação (Ombadja) tem participação formal no CACS.

IOE 2 Até o final da execução, pelo menos um novo projecto de melhoria da infra-estrutura produtiva (ex.: produção, transformação, conservação, transporte e comercialização) em parceria entre as organizações camponesas e as autoridades locais, elaborado com o apoio da equipa, seja aprovado e financiado em cada uma das províncias.

0 2 0

- Nenhum projecto ainda discutido ou aprovado.

- Necessidade de reforçar as acções do projecto neste sentido.

IOE 3 No segundo e terceiro ano, ao menos 70% dos(as) camponeses(as) entrevistados nas amostragens das monitorias anuais avaliem uma melhoria do apoio prestado pelos técnicos de desenvolvimento agro-pecuário.

0% ≥ 70% Sem Dados

- Necessidade de realizar inquérito e apreciação quantitativa e qualitativa.

- Sistematizar e documentar exemplos (entrega de sementes, visitas de assistência técnica às comunidades, apoio nas ECAs

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2.4 Impacto

No que respeita ao parâmetro de impacto a avaliação procurou averiguar os efeitos do projecto no seu ambiente socioeconómico e o seu potencial impacto no longo prazo. Neste âmbito ficaram evidentes os seguintes aspectos:

Relativamente à apropriação pelas comunidades

O projecto contribuiu para uma maior apropriação, consciência e um conhecimento mais aprofundado sobre diferentes temáticas de interesse para as comunidades e com relevância para os seus modos de vida. Isso é notório ao nível do discurso dos líderes comunitários, dirigentes das associações e membros das famílias, mas também das práticas de alguns actores, designadamente das administrações comunais. As diversas acções de formação e debates desenvolvidos facilitaram este processo.

O nível de informação sobre questões legais, direitos fundiários e programas públicos em curso é visível. O projecto tem despertado o sentido crítico no seio das comunidades, bem como possibilitado um maior acesso a informação. No longo prazo, isso poderá contribuir para facilitar os processos de diálogo entre as comunidades e os decisores políticos.

São já visíveis algumas mudanças de atitude relativamente a práticas produtivas sustentáveis, bem como uma maior preocupação com algumas questões ambientais e de saúde. Para isso muito contribuíram a introdução de temas transversais nos debates comunitários. No longo prazo, isso poderá trazer benefícios não visíveis, mas importantes, em termos de mudanças de hábitos de vida nas famílias.

Relativamente à consolidação da agenda política

É ainda pouco visível uma mudança clara na agenda política em direcção a uma maior abertura democrática através do aumento da participação social nos espaços públicos de diálogo. Contudo, a postura e discurso de vários administradores comunais denota uma sensibilização importante que no longo prazo poderá conduzir a mudanças institucionais na composição dos CACS.

De igual modo, mudanças no atendimento aos cidadãos através do fornecimento de bens e serviços públicos de forma equitativa só são alcançados no longo prazo. Não são ainda visíveis mudanças significativas, mas importa registar os pequenos avanços já alcançados em alguns casos pontuais nos municípios do projecto, conforme documentado anteriormente.

Relativamente à mobilização social

É notório um “sentimento de pertença” no seio das comunidades, fruto do fortalecimento das suas associações. Manifestamente as famílias têm orgulho em pertencer à associação e reconhecem que os seus interesses podem ser melhor assegurados se agirem em conjunto. A facilitação na atribuição dos Bilhetes de Identidade promoveu a auto-estima e a valorização pessoal das famílias.

Este é porventura um dos maiores impactos registados até ao momento. Embora os processos de legalização sejam difíceis, existe uma clara dimensão institucional progressivamente fortalecida que trará benefícios importantes para estas comunidades.

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2.5 Sustentabilidade

No que respeita a este parâmetro a avaliação procurou averiguar em que medida os resultados do projecto têm condições para persistir após o seu término. Em particular, importa analisar a sustentabilidade económico-financeira, apropriação por parte dos beneficiários e instituições locais e sua capacidade para dar continuidade aos resultados, incluindo o ambiente político.

Sustentabilidade económico-financeira

Algumas acções do projecto não terão capacidade para ser suportadas pelos beneficiários após o seu término, designadamente as que se relacionam com a assistência técnica e assessoria às associações e núcleos constituídos. Estas acções demandam afectação de pessoal técnico e consequente alocação de recursos financeiros em fluxo contínuo. Recursos financeiros contínuos são também necessários para assegurar o combustível e manutenção das viaturas ou consumíveis para o material informático e demais equipamento técnico.

Contudo, existem várias outras acções que apresentam boas condições para persistir autonomamente após o fim do projecto, podendo inclusivamente gerar alguns recursos financeiros para as comunidades. Estes são os casos dos equipamentos instalados, como sejam os campos experimentais e as pequenas moagens que na maior parte dos casos estão já a gerar receitas. Importa também sublinhar que no âmbito da assistência da ADRA para o fortalecimento das associações está a ser introduzida a questão da constituição e gestão de caixas comunitárias. Esta questão pode ser reforçada neste último ano do projecto no sentido de dotar as comunidades de condições efectivas para promover a poupança e o estabelecimento de mecanismos progressivos de microcrédito.

Não existem até ao momento iniciativas ou projectos que estejam a ser financiadas pelas instituições do Estado ou outros actores nestas comunidades. Este é um eixo de trabalho que se relaciona directamente com o objectivo específico do projecto (IOE 2) e que importa reforçar neste último ano.

Sustentabilidade política

Durante os contactos efectuados no terreno foi notório o grau de sensibilização por parte das administrações municipais e comunais com relação ao projecto Okupopya e às associações beneficiárias. Pese embora a dificuldade em garantir que estas venham a estar representadas nos CACS – dado que isso depende de critérios subjectivos e nomeação directa dos próprios administradores –, considera-se que o trabalho desenvolvido pelo projecto criou as bases para uma maior confiança e inter-relacionamento entre decisores políticos e os beneficiários das comunidades abrangidas. Por outro lado, as capacidades criadas durante o projecto, designadamente ao nível das capacitações e debates realizados, aumentaram o nível de consciência das comunidades relativamente aos seus direitos e legislação relevante em vigor (por exemplo na área de acesso a terra), colocando-as numa posição mais favorável para manter o diálogo e o poder de negociação junto dos órgãos públicos de forma autónoma.

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Sustentabilidade técnica e institucional

Existem bons indícios para afirmar que este projecto poderá garantir alguma sustentabilidade do ponto de vista técnico. Referimo-nos, em particular, ao esforço realizado para a formação de multiplicadores sobre práticas agrícolas sustentáveis e maneio animal. Estes multiplicadores desempenharão um papel crucial na replicação dos conhecimentos nas comunidades. Contudo, para que isso seja assegurado, é fundamental que durante este último ano as equipas do projecto prestem particular atenção a estes agentes, apoiando-os na organização de sessões comunitárias, supervisionando a sua actuação e chamando a sua responsabilidade para os compromissos que assumiram enquanto multiplicadores.

Também a nível institucional é importante referir os avanços significativos que já foram logrados até ao momento com o processo de formalização de associações. Sendo certo que muitas associações não estarão completamente legalizadas até ao término do projecto, os progressos alcançados devem merecer reconhecimento.

Sustentabilidade ambiental

A questão ambiental surge como um tema transversal em várias acções do projecto. Existem bons indícios para afirmar que do ponto de vista ambientam haverá mudanças positivas nas comunidades beneficiárias que poderão perdurar para além da duração do projecto. A instalação de campos experimentais, a par das formações sobre práticas agrícolas sustentáveis, são um desses exemplos. As comunidades apropriaram-se de novas técnicas de base agroecológica e adaptadas às sua realidade que irão perdurar no futuro, tais como: elaboração e aplicação de BIOL (insecticida biológico), técnicas de rotação de culturas e de adubação verde, técnicas de melhoria da fertilidade dos solos através de plantas locais melhoradoras, efeitos negativos das queimadas, utilização de sementes locais melhoradas, reaplicação de análises básicas do sistema agro-ecológico. A introdução da metodologia das Escolas de Campo (ECA), que será igualmente reforçada neste último ano, é outra das garantias de sustentabilidade ambiental com maior credibilidade realizadas por este projecto.

O outro exemplo claro e com impacto muito positivo refere-se às técnicas sustentáveis de produção de carvão, cuja componente prática será introduzida neste último ano. Como é sabido, a produção de carvão de forma artesanal é uma prática altamente lesiva para o ambiente. A introdução nas comunidades de novas técnicas é fundamental para reverter este quadro. A construção participativa de fornos melhorados nas comunidades criará capacidades locais e garantirá a sua replicação para além do limite temporal do projecto.

Por fim, e embora não seja tão visível, é importante salientar a preocupação constante que a equipa do projecto tem tido em introduzir temas actuais e pertinentes sobre a questão ambiental em todas as discussões promovidas até ao momento. Exemplo disso são as sessões específicas sobre temas de desenvolvimento sustentável que foram realizadas nos três municípios e que contaram com altos níveis de participação. No caso da Ganda, por exemplo, esta sessão foi realizada na própria administração municipal e contou com participação alargada de técnicos, titulares de cargos políticos e público em geral.

Legado do projecto

O legado do próprio projecto – quer a nível material (viaturas, motos, material informático, equipamento técnico, etc.) como imaterial (diagnósticos, estudos, material de sensibilização, etc.) – está disponível e pode ser usado em acções similares noutras comunidades.

Recomenda-se também que seja realizada a sistematização de boas práticas ou de casos de sucesso já alcançadas para que possam servir de ensinamento e troca de experiências em outras áreas de intervenção da ADRA.

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3. RECOMENDAÇÕES

Relativamente às Sessões de Capacitação

Em termos globais a execução física das sessões de capacitação encontra-se com uma boa taxa de execução, tendo inclusivamente o número de participantes previsto sido já ultrapassado.

As capacitações sobre práticas melhoradas de produção de carvão estão planificadas para o ano 3, incluindo componente teórica e prática, pelo que a sua execução deve decorrer como previsto. A realização destas capacitações in loco no município do Cubal representa uma importante oportunidade para o reforço de competências nesta área. Importa por isso ter atenção à participação das mulheres (baixa taxa até ao momento), assim como assegurar a participação de técnicos dos serviços públicos (administração comunal e municipal, EDA e IDF) nas formações. Conforme constatado no terreno, considera-se pertinente a aquisição de veículos motorizados com caixa (kaleluias) para apoiar as comunidades nesta actividade. Sugere-se por isso a confirmação de orçamento disponível para este efeito, incluindo a reafectação de verbas na rubrica de transporte, se necessário.

Relativamente às capacitações sobre práticas agrícolas e maneio animal, sugere-se que durante o ano 3 seja dada prioridade à replicação das capacitações pelos multiplicadores já formados. A sustentabilidade destas acções no futuro depende do grau de compromisso dos multiplicadores com esta tarefa. Justifica-se um empenho redobrado por parte das equipas técnicas locais em termos de agendamento das acções com os multiplicadores e acompanhamento das sessões para fazer possíveis correcções ou ajustes necessários.

Relativamente às Sessões de Debate

Em termos globais a execução física das sessões de debate encontra-se com uma taxa de execução elevada, tendo mesmo ultrapassado o número de sessões e de participantes previsto em alguns casos.

Considera-se que as sessões de debate sobre redes e fóruns estão já concluídas no Cubal e na Ganda, em virtude dos avanços registados nos processos de mobilização dos núcleos. Estes processos podem continuar a ser feitos no âmbito das actividades A3.5 e A3.6, pelo que mais capacitações são desnecessárias. É preferível reforçar estas acções em Ombadja onde existem ainda debilidades na constituição dos núcleos de associações.

Considera-se que as sessões de debate sobre CACS e mecanismos de diálogo estão já concluídas no Cubal e na Ganda, dado que todos os actores, em particular as comunidades, estão já sensibilizadas sobre a sua existência e função, bem como sobre os procedimentos para viabilizar a sua participação formal. Estes processos podem continuar a ser feitos no âmbito da actividade A2.5, pelo que mais sessões são desnecessárias. É preferível reforçar estas sessões em Ombadja como complemento ao reforço do trabalho em rede (núcleos e fóruns) para viabilizar o diálogo político.

Considera-se que as sessões de debate sobre lei de terras estão já concluídas no Cubal e Ombadja, dado o significativo número de sessões realizadas e de participantes (mais do dobro do previsto). Eventualmente a realização de alguma sessão adicional na Ganda pode fazer sentido, dado que foi o município que menos sessões/praticantes alcançou.

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No que se refere aos debates específicos sobre problemas locais (A2.2 e A2.3) recomenda-se que o orçamento disponível para o ano 3 seja aplicado na organização de “debates públicos” junto das administrações municipais, em detrimento da multiplicação de mais sessões nas comunidades. Isto justifica-se na medida em que as comunidades beneficiaram já de dezenas de sessões de debate temáticas durante os anos anteriores (40 sessões / 1.165 participantes). Por outro lado, o impacto de sessões de debate público organizadas junto das administrações municipais, eventualmente em parceria, aumentaria a possibilidade de outros actores também participarem, assim como de trazer a debate algumas das questões já levantadas pelas comunidades (dificuldades de acesso a sementes e outros inputs, elevados custos de aluguer de mecanização agrícola, degradação das redes viárias e dificuldades de comercialização, funcionamento e impacto de algumas políticas públicos, como os casos do PAPAGRO e PMIDRC, entro outros). Nesta perspectiva, estas sessões públicas poderiam versar sobre uma temática específica e comum à maioria das comunidades beneficiárias de cada um dos municípios, possibilitando a mudança de foco dos debates da identificação dos problemas para a sua possível resolução. Considerando que os custos destas sessões serão mais elevados do que os custos da sua realização nas comunidades, seria preferível organizar menos sessões, mas mais efectivas.

Relativamente aos materiais didácticos

De um modo geral os materiais didácticos distribuídos são de baixa qualidade. O projecto ainda dispõe de verba disponível para elaboração de materiais pelo que se recomenda que até ao final do projecto possam ser melhorados alguns destes materiais e distribuídos nas comunidades como ferramentas de trabalho das associações e dos futuros multiplicadores. Alguns exemplos são:

- Elaboração de Fichas Técnicas apelativas (utilizando desenhos e esquemas) sobre práticas agroecológicas como sejam o produção de BIOL, de mucuna, compassos de sementeira/plantação, construção de viveiros, etc.

- Elaboração de poster sobre Lei de Terras que possa ser afixado nas associações e nas comunidades de forma a sistematizar a legislação vigente ou posters de sensibilização sobre equidade de género e HIV/Sida.

- Avaliar possibilidade de tradução de alguns destes materiais em línguas locais.

Relativamente aos intercâmbios

O orçamento para a realização de intercâmbios é limitado, embora a execução física desta actividade ainda esteja abaixo do previsto. A ADRA dispõe de uma experiencia acumulada no terreno com projectos que tiveram bastante sucesso, como é o caso do projecto Kumosi 4. A possibilidade de visita/intercâmbio entre beneficiários deste projecto deve ser explorada.

Uma possível forma de ultrapassar o orçamento limitado para a realização dos intercâmbios seria proceder de forma inversa, isto é, colocar técnicos ou beneficiários do projecto Kumosi nas comunidades Okupopya, em lugar de realizar visitas com dezenas de participantes.

4

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Notam-se também dificuldades em assegurar a participação de mulheres nestes intercâmbios devido a questões culturais. A possibilidade de realizar algum intercâmbio só com mulheres pode também ser explorada para ultrapassar este constrangimento.

Relativamente ao processo de formalização e legalização de associações

O processo de formalização e legalização de associações é lento, devido aos procedimentos burocráticos e administrativos inerentes. É também dispendioso, podendo custar no total cerca de 1.000 USD. A duração temporal limitada do projecto não permitirá que se atinja a meta definida para legalização das associações (26 previstas até final do projecto). Pese embora esta dificuldade, verificam-se progressos importantes já alcançados com o projecto.

Como evidenciado na linha de base, a maioria das associações dos municípios encontravam-se ao início do projecto apenas na sua fase nominal, ou seja, sem qualquer estrutura constituinte definida. O que se verifica neste momento é que a maioria da associações beneficiárias do projecto já avançaram para fases de formalização subsequentes, incluindo a obtenção do registo dos membros dos corpos sociais, elaboração de actas constituintes e estatutos e obtenção de certificados de admissibilidade (ver anexo). Em alguns casos, existem mesmo associações cujos processos estão pendentes de obtenção de certidão notarial. No caso do Cubal 6 associações encontram-se já completamente legalizadas. É fundamental que as equipas municipais do projecto evidenciem estes avanços nos relatórios semestrais e procedam a uma análise crítica das dificuldades encontradas durante o processo.

Relativamente à comunicação e visibilidade

A comunicação e visibilidade representa um processo muito importante em qualquer projecto. No caso do Okupopya, este processo revela-se ainda mais determinante na medida em que a maioria das suas acções são imateriais, para além do seu foco primordial se centrar no diálogo. O projecto definiu um plano de comunicação e visibilidade. Contudo, consideramos que muito mais poderia ter sido feito pela equipa do projecto nesta matéria. É importante não confundir a “visibilidade” com “publicidade”. Não se trata, por isso, de fazer propaganda ao projecto e às suas realizações, mas antes encontrar formas de sensibilizar as diferentes partes interessadas, comunicar os seus objectivos, realizações e resultados de forma eficaz e documentar boas práticas e casos de sucesso.

Na maior parte dos casos os avanços alcançados pelo projecto são intangíveis, sendo por isso difícil perceber as mudanças nas comunidades ou o seu impacto na sociedade. É o caso, por exemplo, do processo de formalização e legalização das associações, já mencionado anteriormente. Igualmente intangíveis são os avanços alcançados no seio das comunidades relativamente ao aumento de competências em diferentes áreas, como é o caso das questões de direitos fundiários, incluindo os processos administrativos já instruídos nesta matéria.

Por tal razão, recomendamos que neste último ano do projecto a equipa invista mais na comunicação e visibilidade. Algumas possíveis acções são:

- Brochuras / Posters: Não foram elaborados quaisquer posters, brochuras ou prospectos sobre o projecto. Estes materiais são importantes para que aos diferentes actores do território (incluindo a nível municipal, provincial e nacional) conheçam o projecto Okupopya e os seus objectivos e reconheçam o esforço de mobilização, construção de capacidades e fortalecimento institucional que está a acontecer no terreno. Por exemplo, quando algum membro da equipa do projecto ou líder de uma associação realiza uma reunião

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com um decisor político, fica mais fácil, apelativo e eficaz entregar um prospecto do projecto para explicar os seus objectivos, do que simplesmente mencioná-los no discurso.

- Flyers/Policy Briefs: Este projecto tem implícita uma forte dimensão de lobby e advocacia enquanto instrumentos para facilitar o diálogo e influenciar decisões políticas. A elaboração e disseminação de tomadas de posição ou de reivindicações, por exemplo através de flyers ou policy briefs, simples e de baixo custo, poderiam ajudar a passar melhor as mensagens. Por exemplo, as equipas do projecto poderiam, em conjunto com os líderes comunitários e dirigentes das associações, elaborar alguns destes materiais para facilitar a exposição de preocupações durante os seus encontros com órgãos oficiais (administrações, EDA, departamento de justiça, outros). Por exemplo, após a realização de uma sessão de debate ou esclarecimento numa comunidade, os principais problemas identificados e as demandas apontadas pelas famílias poderiam também ser sistematizadas em materiais deste tipo.

- Exposição Fotográfica Itinerante: Durante a missão constatou-se que as equipas locais têm tido a preocupação de documentar em fotografia e vídeo as acções e realizações do projecto. No caso de Ombadja existe mesmo um “mural” com o registo fotográfico das acções de terreno. As equipas do projecto poderiam avaliar a possibilidade de aproveitar estes materiais para realizar exposições fotográficas itinerantes nas próprias comunidades ou durante algum evento do projecto, como por exemplo um seminário na administração municipal. O custo desta acção é muito reduzido, mas o seu impacto na transmissão de mensagens é muito eficaz. Para além disso, promove a auto-estima das próprias famílias, além de tornar visível a um público mais alargado todo o trabalho de base que tem sido realizado.

- Meios electrónicos: A ADRA dispõe de uma webpage funcional bem como de outros canais de comunicação na Internet. Estas ferramentas não estão a ser utilizadas para comunicação do projecto. É fundamental tornar público as realizações do projecto através da disponibilização de documentos, fotografias, vídeos nestes canais.

- Sistematização de Boas Práticas / casos de sucesso: Num projecto com um teor imaterial tão elevado, como é o caso do Okupopya, é fundamental investir tempo na sistematização e documentação das suas realizações. Isto é fundamental para preservar a memória futura, mas também para documentar muitas das realizações do projecto, que de outro modo não se tornam perceptíveis e muito menos visíveis para o exterior. Por exemplo, a sistematização dos casos de sucesso na instrução de processos de legalização de terras comunitárias ou dos sucessos nos processos de diálogo junto dos órgãos públicos, devem ser documentados. Quando um projecto prevê a construção de uma barragem, essa realização fica visível e perdura no tempo; quando um projecto consegue uma mudança na prestação de serviço público às comunidades (como é o caso da deslocação dos serviços de justiça verificada no município da Ganda para efectuar o registo de identificação pessoal devido à pressão e reivindicação doa própria comunidade), ninguém vai ter conhecimento dessa realização. Este e outros exemplos devem ser documentados pois podem informar processos similares em outras áreas onde a ADRA actua.

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Relativamente aos estudos e publicações

Até ao momento, o único estudo realizado no âmbito do projecto foi a elaboração da Linha de Base. Este relatório foi utilizado para documentar 4 actividades (A1.1, A2.1, A3.1 e A4.4). A definição da linha de base está muito bem feita e corresponde na plenitude aos objectivos pretendidos. Contudo, as outras componentes previstas não foram alcançadas, designadamente:

i) avaliação sobre a situação institucional dos grupos, associações e cooperativas, bem como sobre as capacidades dos actores estatais e não-estatais locais (A1.1);

ii) avaliação do nível de conhecimento e consciencialização das comunidades, lideranças e quadros das administrações municipais sobre questões-chave (A2.1);

iii) avaliação do estado e potencialidades dos mecanismos de diálogo (A3.1)

Uma organização como a ADRA, com o seu histórico e experiência de mais de duas décadas de intervenção cívica, comunitária e política, tem a responsabilidade de fazer mais e melhor neste domínio. Considerando o carácter eminentemente imaterial e intangível deste projecto, o investimento neste tipo de trabalho é mais do que justificável e necessário, para além de estar inclusivamente previsto na concepção inicial do projecto. Em vista disto, recomenda-se que durante este último ano seja feito um esforço acrescido para completar estas actividades, as quais podem inclusivamente resultar em publicações que serão úteis para a continuação do trabalho de mobilização e incidência política junto dos órgãos públicos visando a participação qualificada das associações de camponeses nos mecanismos de diálogo previstos na lei. A ADRA dispõe de exemplos de publicações com estudos de caso realizados em diferentes municípios e em áreas diversas. A oportunidade de dispor de um projecto através do qual mais estudos podem ser realizados não deve ser desperdiçada.

Relativamente à monitoria contínua do projecto

Até ao momento as equipas do projecto têm tido uma preocupação quase exclusiva com a realização física das actividades previstas. Para além da dimensão quantitativa, é importante não descurar a dimensão qualitativa das diferentes realizações. Por exemplo, é preferível realizar 10 encontros institucionais bem preparados entre lideranças e órgãos públicos dos quais resultem de facto mudanças para as comunidades, do que realizar 42 encontros (meta da A3.2), mas sem qualquer consequência.

Por outro lado, é fundamental que as equipas do projecto realizem a monitoria dos indicadores dos resultados esperados e do objectivo específico, conforme estipulado no quadro lógico e descrito no documento de projecto. Até ao momento não foram aplicados quaisquer inquéritos de monitoria nas comunidades, o que invalida a monitoria (análise quantitativa e qualitativa) dos indicadores definidos.

Relativamente à dimensão nacional do projecto

Embora se trate de um projecto local, com áreas de intervenção bem delimitadas (3 municípios), consideramos que existe uma dimensão nacional que não pode ser descurada. Isto significa que a equipa do projecto, em particular a sua coordenação nacional que está baseada em Luanda, deve solicitar reuniões com algumas autoridades nacionais que são cruciais para os objectivos

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do projecto. Por exemplo, é importante durante este último ano realizar pelo menos uma reunião com o Ministério da Administração do Território para explicar o que está sendo desenvolvido no terreno, as principais dificuldades encontradas até ao momento, os desafios que se colocam para promover uma participação mais qualificada e efectiva das organizações de camponeses nos CACS e para partilhar informação sobre o processo de institucionalização destes mecanismos de diálogo a nível local. De igual modo, pelo menos uma reunião com o Ministério da Agricultura e Ministério do Comércio seria fundamental para informar sobre os processos de mobilização comunitária em curso, das dificuldades verificadas no terreno ao nível do acesso a bens e serviços públicos sob responsabilidade destas tutelas, ou sobre a inoperância a nível local de algumas políticas públicas de âmbito nacional (casos do PAPAGRO e PMIDRCP). A possibilidade de dispor de alguns estudos de caso com base nas evidências empíricas do projecto Okupopya poderiam facilitar este diálogo. Por fim, seria desejável que periodicamente a equipa nacional do projecto promovesse reuniões com a própria Delegação da CE em Luanda, a fim de informar sobre o estado do projecto, principais dificuldades e realizações.

Relativamente à formulação/financiamento de iniciativas locais

O projecto prevê que até ao seu término possam ser negociados alguns projectos locais em beneficio das comunidades. Até ao momento não foi proposta qualquer iniciativa em concreto, nem tão pouco identificado um projecto específico passível de ser financiado. Naturalmente que são conhecidas as dificuldades em obter financiamento junto da administração pública, mas consideramos que um esforço adicional pode ser feito durante este último ano para alcançar este desafio. Para isso é fundamental que as equipas de terreno trabalhem com as comunidades para identificar algumas iniciativas concretas e viáveis. As equipas devem apoiar os líderes das associações e comunidades na elaboração de um documento-síntese simples que sistematize o investimento necessário, sob a forma de pequeno projecto. Devem em seguida identificar possíveis fontes de financiamento, sejam públicas ou privadas, para facilitar a negociação entre as comunidades e potenciais investidores. Trata-se e um processo participativo e de aprendizagem para as próprias associações. Como sugestão, identificam-se em seguida algumas fontes de financiamento existentes que poderiam ser exploradas:

- A nível local: Procurar negociar de forma directa com as Administrações Municipais e Comunais a possibilidade de financiar um pequeno projecto em cada uma das comunidades abrangidas. Embora as administrações possuam orçamentos limitados, esta pode ser uma porta de entrada importante nos casos das comunas/municípios mais sensibilizados para este tipo de iniciativas. Também a nível local pode ser explorada a possibilidade de submeter propostas de pequenos projectos ao Fundo de Apoio Social (FAS) no âmbito da sua iniciativa de desenvolvimento local. Trata-se de um programa que está em curso na maior parte das províncias do país e que aceita candidaturas de projectos submetidos por grupos de produção local (legalizados ou não) de acordo com os procedimentos e regras definidos5.

- A nível nacional: Procurar negociar com as Administrações Municipais e Comunais a possibilidade de incluírem pequenas iniciativas comunitárias no âmbito do PMIDRCP para algumas das comunidades abrangidas. Valeria também a pena explorar junto do PAANE a possibilidade de financiamento de alguma pequena iniciativa para as associações do projecto (caso ainda se encontre em aberto período de candidaturas). Isto promoveria, inclusivamente, uma maior sinergia entre programas financiados pela CE.

5 Consultar página oficial para mais informações em http://subvencoes-angola.com/como-aplicar.

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- A nível internacional: A nível internacional está em curso neste momento uma iniciativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que visa financiar pequenos projectos nas comunidades rurais. Trata-se da Campanha “Juntos contra a Fome da CPLP” que financia pequenos projectos apresentados por associações ou grupos de camponeses. Até ao momento nenhuma organização angolana submeteu qualquer projecto6.

6 Consultar página oficial para mais informações em http://www.juntoscontraafome.cplp.org/.

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4. ANEXOS

4.1 Anexo 1 – Quadro Lógico do Projecto

Lógica de Indicadores objectivamente Fontes e meios de Hipótesesintervenção Verificáveis verificação

Objectivos gerais

Contribuir para a promoção do desenvolvimento local sustentável e uma sociedade aberta, mais equitativa e democrática em Angola.

Aumento do Índice de Desenvolvimento Humano em Angola de 0,486 (2011) para pelo menos o patamar dos países de nível mediano de desenvolvimento humano (0,630) até 2035.

Relatórios de desenvolvimento humano publicados anualmente pelas Nações Unidas.

Melhoria do Índice de Democracia em Angola de 3,32 em 2011 em uma escala de 0 a 10 para pelo menos a média da África Subsaariana (4,32 – 2011) até 2025.

Relatórios sobre os índices de democracia publicados anualmente pelo "The Economist Intelligence Unit".

Objectivo específico

Fortalecer as capacidades locais e os mecanismos de diálogo entre actores não-estatais (pelo menos 1.500 pessoas de grupos, associações e cooperativas camponesas, bem como de conselhos e instituições do poder tradicional), e autoridades locais (pelo menos 245 pessoas) de três municípios das províncias de Benguela e Cunene em apoio ao seu desenvolvimento sustentável.

Até o final do projecto todos os Conselhos de Auscultação e Concertação Social em nível provincial e municipal contem com uma representação eleita pelas organizações camponesas abrangidas pelo projecto.

Resultados de entrevistas com camponeses(as) durante as monitorias anuais, bem como memórias das reuniões e lista de presença dos participantes das reuniões dos CACS, a serem reunidas pela equipa local e enviadas semestralmente para a coordenação do projecto para sistematização e relatoria.

Condições prévias: a) Memorandos de entendimento assinados com as administrações, Instituto de Desenvolvimento Agrário, Instituto de Formação de Administrações Locais, Ministério da Família e Promoção da Mulher, Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e suas estações em nível provincial e municipal.Hipóteses: a) Instituto de Desenvolvimento Agrário e Instituto de Formação de Administrações Locais incorpore às suas capacitações as prácticas e métodos desenvolvidas pelo projecto.

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Até o final da execução, pelo menos um novo projecto de melhoria da infraestrutura produtiva (ex.: produção, transformação, conservação, transporte e comercialização) em parceria entre as organizações camponesas e as autoridades locais, elaborado com o apoio da equipa, seja aprovado e financiado em cada uma das províncias.

Cópias de memorandos de entendimento, atas de reuniões, propostas de projecto e comunicações sobre entre as partes e financiadores, a serem reunidas pela equipa local e enviadas semestralmente para a coordenação do projecto para sistematização e inclusão dos dados nos relatórios.

Riscos político-sociais: a) interrupção de programas governamentais de apoio ao desenvolvimento local e combate à pobreza; b) resistência de alguns grupos em virtude de desinformação sobre o carácter apartidário do projecto; c) processo eleitoral domine a agenda pública e paralise outros processos de debate e diálogo.Risco físico: a) ocupações, repressão e violência no campo se intensifiquem em virtude das eleições.Risco ambiental: a) pragas, doenças, estiagens prolongadas e chuvas excessivas prejudiquem a produção agropecuária e agro-florestal; b) enchentes não permitam o acesso às povoações do Cunene na época das chuvas.Riscos econômicos: a) queda brusca e prolongada do Euro; b) alta inflação de preços prejudique a aquisição de bens e serviços afectos à acção.

No segundo e terceiro ano, ao menos 70% dos(as) camponeses(as) entrevistados nas amostragens das monitorias anuais avaliem uma melhoria do apoio prestado pelos técnicos de desenvolvimento agropecuário.

Resultados da aplicação de questionários quantitativos e qualitativos aplicados nas monitorias anuais a serem sistematizados pela coordenação e incluídos nos relatórios narrativos anuais.

Resultados esperados

R1: Fortalecidas as capacidades de pelo menos 140 multiplicadores(as), incluindo 110 camponeses(as) e suas organizações, bem como 30 técnicos locais de apoio agropecuário, em termos de apoio à defesa de direitos, participação na vida pública, produção agropecuária sustentável.

-Pelo menos 26 associações do total de 36 abrangidas estejam formalizadas até o final do segundo ano

Cópia dos documentos de registo das associações a serem reunidos semestralmente pelas equipas técnicas comunitárias e enviados para a coordenação do projecto para sistematização a tempo de inclusão nos relatórios narrativos semestrais.

Condições prévias: a) abertura mínima das autoridades responsáveis, administrações e polícia nacional para o reconhecimento do direito à terra e aos serviços sociais básicos, bem como da importância da representação de pessoas em situação de alta vulnerabilidade no processo de desenvolvimento local sustentável; b) reconhecimento mínimo por parte dos diversos actores em nível comunal, municipal e provincial do papel da agricultura familiar na garantia da segurança alimentar e nutricional, bem como no desenvolvimento sustentável de Angola. Hipóteses: a) multiplicadores capacitados tenham a oportunidade e incentivo de suas instituições para repassar as prácticas a seus

-Pelo menos 60% dos membros das associações e cooperativas entrevistados(as) nas amostragens das monitorias anuais avaliem uma melhoria no apoio prestado por suas respectivas associações e cooperativas à sua capacidade productiva com uso de métodos sustentáveis.

Resultados da aplicação de questionários quantitativos e qualitativos usados nas monitorias anuais a serem sistematizados pela coordenação e incluídos nos relatórios narrativos anuais

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colegas de trabalho, principalmente no caso dos técnicos locais; b) grupos, associações e cooperativas mobilizem recursos para a multiplicação das prácticas não só internamente, mas também para outros camponeses e organizações; c) políticas de incentivo à participação cidadã,

-Até o final do segundo ano e considerando o diagnóstico inicial, pelo menos 20% de acréscimo do número de camponeses(as) entrevistados avaliem positivamente o apoio prestado pelos técnicos da administração ao acesso à políticas de desenvolvimento agrário (ex.: produção, processamento, crédito e comercialização) .

Resultados da aplicação de questionários quantitativos e qualitativos usados nas monitorias anuais a serem sistematizados pela coordenação e incluídos nos relatórios narrativos.

R2: Aumentado o nível de consciencialização de pelo menos 1.530 pessoas incluindo lideranças das comunidades e quadros das administrações municipais e comunais sobre participação democrática, direitos humanos, descentralização, desenvolvimento local sustentável e equidade de gênero.

Anualmente, pelo menos 60% dos(as) beneficiários(as) entrevistados demonstrem conhecer o funcionamento dos órgãos da administração local, existência de mecanismos de participação local e os programas públicas dirigidos ao desenvolvimento local sustentável

Resultados da aplicação de questionários quantitativos e qualitativos por amostragem usados no diagnóstico inicial e monitorias anuais a serem sistematizados pela coordenação e incluídos nos relatórios narrativos anuais.

Condições prévias: a) lideranças das comunidades e quadros das administrações municipais minimamente sensibilizados sobre a importância da participação democrática, dos direitos humanos e equidade de gênero para o processo de descentralização e desenvolvimento local sustentável.Hipóteses: a) mecanismos de diálogo se ajustem a uma maior massa crítica por parte dos actores locais, para garantir resultados concretos advindos de uma participação ampliada e mais qualificada; b) aumento do número de mulheres nas posições de liderança, tanto nos quadros das administrações municipais quanto nos serviços de apoio ao desenvolvimento agrário.

Até o final do projecto, pelo menos 50% das lideranças das comunidades e quadros das administrações municipais e comunais entrevistadas afirmem estar melhor qualificadas para a resolução de conflitos de terra.

R3: Reforçados os espaços e mecanismos de diálogo e articulação entre os actores não estatais e as autoridades locais em nível municipal, provincial e nacional para melhoria das

Até o final do segundo ano, todas as seis comunas abrangidas contem com pelo menos um núcleo de associações camponesas constituído e activo.

Cópia de atas das reuniões e lista de presença dos participantes das reuniões, bem como de documentos de constituição a serem verificadas durante as monitorias pelas equipas comunitárias e enviadas

Condições prévias: a) quadros das administrações comunais e municipais minimamente sensibilizados sobre o papel dos espaços de diálogo e articulação com grupos em situação de vulnerabilidade na

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políticas públicas de desenvolvimento local sustentável, segurança alimentar e combate à pobreza rural.

semestralmente para a coordenação do projecto para subsidiar a elaboração dos relatórios anuais.

formulação, execução e avaliação das políticas públicas; b) quadros-chave das administrações comunais e municipais, bem como dos serviços de apoio ao desenvolvimento agrário estejam informados, dispostos a se capacitar e empenhados em seu trabalho.Hipóteses: a) espaços e mecanismos de articulação contem com representação reconhecida pelas comunidades, possibilite a participação digna de grupos em situação de alta vulnerabilidade e dê seguimento concreto às decisões conjuntamente tomadas; b) novos projectos em parceria entre actores estatais e não-estatais elaborados com o apoio da equipa do projecto sejam aprovados e gerem resultados concretos para o desenvolvimento sustentável dos municípios com segurança alimentar e nutricional.

Aumento de pelo menos 20% no número de mulheres participando activamente nos espaços de diálogo e articulação pública, bem como nos postos de direcção das associações e cooperativas abrangidos até o final da execução.

Até o final do segundo ano do projecto, todas as 36 associações e 6 cooperativas estejam representadas no CACS comunal e/ou municipal (seja de forma individual ou através de alguma rede, núcleo, fórum ou união) e tenham apresentado propostas de interesse ao desenvolvimento produtivo local financiadas ou previstas de serem financiadas até o final da execução.

Cópia dos documentos de filiação a serem verificados durante as monitorias pelas equipas comunitárias, bem como resultados de solicitações de listas de membros à direcção da UNACA feitas anualmente pela coordenação do projecto para subsidiar a elaboração dos relatórios anuais.

R4: Fortalecidas as capacidades da equipa da ADRA em termos de execução, monitoramento, avaliação, sistematização, administração e gestão financeira.

A partir do segundo ano ao menos 70% dos(as) beneficiários entrevistados nas amostragens das monitorias anuais avaliem positivamente a contribuição prestada pelo projecto.

Resultados da aplicação de questionários quantitativos e qualitativos usados nas monitorias anuais a serem sistematizados pela coordenação e incluídos nos relatórios narrativos anuais.

Condições prévias: a) actividades preparativas para a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros realizadas antes do início do projecto para que estes estejam disponíveis ao início do período de vigência. Hipóteses: a) continuidade e aprofundamento da parceria entre a parceira local e as autoridades locais, bem como entre as organizações camponesas e as administrações provinciais, municipais e comunais; b) diagnóstico integrado e monitoramentos participativos contem com a presença dos diversos grupos interessados; c) actores locais contribuam para manter o entendimento público sobre o carácter apartidário do projecto.

Auto-avaliações institucionais anuais a serem realizadas com membros da equipa apontem um desenvolvimento positivo das capacidades institucionais da ADRA a partir das actividades do projecto.

Resultados da auto-avaliação institucional a serem reunidos anualmente durante os workshops de balanço, planejamento e relatoria (A4.2) a serem sistematizados por facilitador(a) e enviados à solicitante e parceira local para inclusão nos relatórios narrativos anuais.

Todos os relatórios narrativos e financeiros anuais e final sejam aprovados sem ressalvas pela Delegação da União Européia.

Cópia das comunicações relacionadas aos relatórios a serem mantidas pela solicitante, parceira e pela coordenação do projecto.

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Actividades

A1.1 Conduzir, como parte do diagnóstico participativo integrado do projecto (A4.4), uma avaliação sobre a situação institucional dos grupos, associações e cooperativas, bem como sobre as capacidades dos actores estatais e não-estatais locais em termos de apoio à defesa de diretos, participação pública e assistência à produção agro-pecuária e florestal sustentável.

Meios: Fontes: Condições prévias A1: a) altos(as) representantes dos governos provinciais e administrações municipais, bem como órgãos ligados ao desenvolvimento agrário estejam informados e actualizados sobre o projecto; b) memorandos de entendimento com as Direcções Provinciais de Agricultura, Estações de Desenvolvimento Agrário e os Serviços Veterinários sejam assinados, para que suas equipas possam ser disponibilizadas e participem regularmente tanto da revisão do planejamento do projecto, quanto das formações e multiplicação de prácticas horizontais e sustentáveis; c) grupos, associações e cooperativas minimamente preparadas para receber as áreas demonstrativas de produção associada e multiplicar as prácticas a outros(as) camponeses.

02 viaturas, 04 motorizadas, assim como respectivos custos de combustível, seguro e manutenção, 02 computadores de mesa, 02 impressoras, 04 computadores portáteis, 02 data shows, 03 mesas de secretárias, 02 mesas normais, 12 cadeiras, duas fotocopiadoras, aluguer de 03 escritórios municipais e compra de material de consumo corrente tanto para os escritórios quanto para as actividades. kits de veterinária, sementes de hortícolas, mudas de fruteiras, molhos de estaca de mandioca, equipamentos para 7 centros de moagem, bem como uma moto-bomba. 06 placas de identificação, 54 dísticos, 540 bonés, 540 camisolas e 5.500 exemplares de prospectos.

* Relatório do diagnóstico participativo inicial.* Relatórios anuais de monitoria.* Relatórios narrativos e financeiros semestrais internos.* Relatórios narrativos e financeiros anuais (formato CE).* Relatórios das avaliações de meio termo e final. * Relatório anuais de auditoria consolidada da parceria local.* Relatório final de auditoria (formato CE)

* Arquivo de documentação do projecto em Luanda, Benguela e no Cunene.

Custos Hipóteses A1: a) continuidade do interesse das administrações provinciais e municipais, bem como órgãos ligados ao desenvolvimento agrário no projecto, bem como sua participação activa na preparação, condução e avaliação das actividades; b) colaboração das entidades do Estado para melhorar o acesso da população camponesa ao processo de registo pessoal, titulação da terra e apoio produtivo; c) continuidade dos programas municipais de desenvolvimento rural e combate à pobreza .

Recursos Humanos EUR 455.280,-Viagens EUR 12.720,-Equipamentos EUR 158.720,-Escritório local EUR 66.480,-Outros custos/serv. EUR 232.010,-Total EUR 998.800,-

A1.2. Apoiar o processo de formalização de 26 associações de camponeses(as) (10 no Cunene e 16 em Benguela), incluindo o registo de identificação pessoal dos seus membros.

Condições prévias A2: a) autoridades locais e partidos políticos em nível nacional, provincial e municipal estejam informados sobre o projecto e sobre seu caráter estritamente apartidário; b) disponibilidade de formadores e facilitadores qualificados.Hipóteses A2: a) mecanismos e espaços

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para diálogo minimamente operacionais em nível comunal e municipal; b) núcleos de associações e fóruns existentes minimamente operantes; c) todos os actores mantenham e promovam o caractér apartidário dos debates e sessões

A1.3 Realizar 21 sessões de capacitação para pelo menos 110 multiplicadores(as) camponeses(as) e 30 técnicos locais da EDA (Estação de Desenvolvimento Agrário) em práticas agrícolas sustentáveis e métodos horizontais de multiplicação (01 capacitação no 1º ano e 02 no 2º ano x 7 povoações x 20 participantes).

A1.4 Realizar 21 sessões de capacitação de pelo menos 75 camponeses(as) criadores(as) de gados e 30 técnicos locais dos serviços de desenvolvimento agrário em práticas de maneio de gado e sanidade animal, bem como multiplicação de conhecimentos (01 capacitação no 1º ano e 02 no 2º ano x 7 povoações x 15 participantes).

A1.5 Realizar 4 sessões de capacitação para pelo menos 30 multiplicadores camponeses(as) e 10 técnicos(as) locais da EDA (Estação de Desenvolvimento Agrário) sobre prácticas melhoradas de produção do carvão na comuna da Capupa (01 capacitação anual a partir do 2° ano de 04 dias x 2 povoações x 20 participantes).

A1.6 Realizar 21 sessões de divulgação e debate da Lei de Terras para pelo menos 245 camponeses (3 sessões de 3 horas para 35 participantes - uma no 1º ano e 2 no 2º ano em 7 povoações)

Condições prévias A3: a) mecanismos e espaços para diálogo minimamente operacionais em nível comunal e municipal; b) núcleos de associações e fóruns existentes minimamente operantes; c) abertura dos diversos actores não seja demasiadamente reduzida como resultado da disputa das próximas eleições.Hipóteses A3: a) os diversos actores locais permaneçam interessados em concretamente fortalecer os mecanismos de diálogo relacionados aos planos de desenvolvimento local; b) administrações e suas equipas permaneçam dispostos a colaborar e elaborar projectos em parcerias com actores não-estatais; c) continuidade do interesse em ampliar a escala de acção através do trabalho em rede por parte dos grupos, associações e cooperativas: d) continuidade das políticas de descentralização e do processo de instalação de autarquias locais. .

A1.7 Apoiar famílias camponesas(as) em alta situação de vulnerabilidade no processo de reconhecimento e titulação de suas terras.

A1.8 Instalar pelo menos 07 campos de experimentação em apoio à diversificação e uso de novas prácticas de produção, considerando os resultados do diagnóstico inicial e as necessidades nutricionais locais (ex.: aquisição de 700 mudas para fruticultura, 21 kg de sementes para horticultura, 100 molhos (20kg/unidade) de estacas de mandioca, 01 moto-bomba, 07 moagens e 100 kits de tratamento de gado).

A1.9 Realizar 6 visitas de intercâmbio interprovincial e 12 intermunicipal em apoio à produção sustentável, processamento, escoamento e a comercialização de produtos agropecuários e florestais dos grupos, associações e cooperativas (4 visitas de intercâmbio intermunicipal de 4 dias com 10 pessoas cada por ano / 2 visitas de intercâmbio interprovincial de 6 dias com 10 pessoas cada por ano).

A2.1 Realizar, como parte do diagnóstico participativo integrado do projecto (A4.4), uma avaliação do nível de conhecimento e consciencialização das comunidades, lideranças e quadros das administrações municipais sobre questões-chave relacionadas à participação democrática, direitos humanos, descentralização, desenvolvimento local sustentável e equidade de gênero.

A2.2 Realizar 18 debates voltados a problemas concretos específicos de cada local com pelo menos 380 pessoas das comunidades abrangidas, incluindo quadros das administrações municipais, sobre descentralização, desenvolvimento local sustentável, equidade de gênero e a execução do projecto (1 debate x 3 anos x 6 comunas x 1 dia x 35 pessoas).

Condições prévias A4: a) termos de referência específicos para contratação da equipa local elaborados; b) membros da equipa do projecto selecionada com base em processo competitivo, considerando capacidades, experiência e qualificações solicitadas nos termos de referência; c) contrato específico para o projecto entre a

A2.3 Realizar 42 debates voltados a problemas concretos específicos de cada local com pelo menos 800 pessoas das comunidades sobre questões fundiárias, de direito à terra e equidade de gênero (02 sessões x 3 anos x 1 dia x 7 povoações x 30 pessoas).A2.4 Organizar 9 debates públicos voltados a problemas concretos específicos de cada município ligados aos Conselhos de Auscultação e Concertação Social (CACS) e outros espaços de diálogo, com pelo menos 270 pessoas das comunidades, administrações e outros actores locais (3 debates x 3 municípios x 1 dia x 50 pessoas)

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parceira local e a solicitante assinados antes do início do projecto; d) recursos disponíveis para a organização parceira local no tempo previsto. Hipóteses A4: a) disponibilidade de consultorias especializadas para as diversas formações da equipa; b) grupos-alvo e beneficiários mantenham-se interessados em participar das acções do projecto e, mais especificamente, das dinâmicas participativas de coleta de informação e mobilização previstas no diagnóstico integral e monitorias; c) vias de acesso às povoações minimamente utilizáveis.

A2.5 Assessorar continuamente os grupos, associações e cooperativas de camponeses(as), bem como seus núcleos e uniões, para que estejam representados nos espaços nacionais, provinciais e municipais de diálogo com as autoridades locais.A3.1 Realizar, como parte do diagnóstico participativo integrado do projecto (A4.4), uma avaliação do estado e potencialidades dos mecanismos de diálogo e articulação entre grupos, associações e cooperativas de camponeses(as) e as autoridades locais em nível comunal, municipal, provincial e nacional.A3.2 Facilitar 42 encontros entre as lideranças camponesas e as administrações locais dos municípios abrangidos para capacitação em planificação de projectos, bem como para a elaboração e negociação parcerias concretas (2 encontros x 7 povoações x 3 anos x 12 pessoas x 2 dias).A3.3 Realizar 21 sessões de capacitação sobre a constituição e funcionamento de redes e fóruns às lideranças dos núcleos dos municípios abrangidos (1 sessão no 1° e outra no 2° ano x 2 dias x 7 povoações x 25 pessoas).A3.4 Publicar os resultados do diagnóstico inicial (A4.4) em meio impresso (1.500 exemplares) e digital (relatórios completos e executivos em formato PDF).A3.5 Apoiar a constituição de 04 núcleos e 01 fórum de associações camponesas no município de Ombadja, bem como um fórum de núcleos nos municípios do Cubal e da Ganda.A3.6 Assessorar o desenvolvimento dos fóruns e núcleos de associações camponesas dos municípios abrangidos (encontros trimestrais entre a equipa da ADRA e lideranças camponesas).A4.1. Apoiar continuamente a organização parceira em termos técnicos, metodológicos, administrativos e financeiros. (custos parciais de pessoal expatriado + 02 visitas anuais de 10 dias e 02 pessoas cada).A4.2. Capacitar a equipa do projecto sobre os procedimentos da Comissão Europeia, apoiando o desenho de planos anuais bem como relatórios narrativos e financeiros. (01 workshop ao início do projecto e 01 workshop ao final de cada ano para 12 pessoas por 05 dias cada).A4.3. Capacitar a equipa local em termos de monitoramento participativo, definindo os métodos e instrumentos necessários com base na abordagem de meios sustentáveis de vida (03 workshops para 12 pessoas por 05 dias cada, seguidos de 07 dias de trabalho em campo).

A4.4. Realizar o diagnóstico participativo integral do projecto com base na abordagem de meios sustentáveis de vida para mobilizar representantes e definir a linha base.

A4.5. Realizar ajustes à estratégia do projecto, considerando os resultados do diagnóstico inicial e resultados das monitorias em consulta à Comissão Européia.

A4.6. Elaborar e implementar o plano de comunicação e visibilidade do projecto.A4.7. Realizar reuniões trimestrais de gestão, monitorar o projecto em nível interno anualmente e realizar avaliações externas de meio termo e final.A4.8 Conduzir a gestão financeira e contratar auditoria final.

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4.2 Anexo 2 – Orçamento do projecto e execução financeira

Orçamento Ano 1 Ano 2 Total %

1. Recursos Humanos1.1 Salários (montantes brutos, pessoal local)4

1.1.1 Pessoal técnico1.1.1.1.Coordenador do Projecto 57 600 13119 12471 25590 44,4%1.1.1.2.Coordenador Municipal (3 pessoas) 140 400 35076 40048 75123 53,5%

1.1.1.3.Técnico de Desenvolvimento Comunitário (3 pessoas) 118 800 28368 38849 67217 56,6%

1.1.2 Pessoal administrativo e de apoio1.1.2.2. Assistente Financeiro (2 pessoas - 30%) 9 6801.1.2.3. Motoristas (2 pessoas - 50%) 6 600 4524 10610 15134 229,3%

1.1.2.4. Empregados(as) de Serviços Gerais (3 pessoas - 50%) 8 250 5203 6849 12051 146,1%1.1.2.5. Guardas Civis (3 pessoas - 50%) 8 250 8652 10616 19268 233,6%

1.2 Salários (montantes brutos, pessoal expatriado/internacional)1.2.1. Oficial de Projecto / Oxfam Novib (20%) 31 500 9816 9816 31,2%

1.2.2. Apoio administrativo-financeiro / Oxfam Novib (15%) 15 000 6540 6540 43,6%

1.3 Ajudas de custo para deslocações em serviço/viagens5

1.3.1 Ao estrangeiro (pessoal afecto à acção) 1.3.1.1 Ao Estrangeiro / Oxfam Novib (A4.1) 3 900 2333 2333 59,8%

1.3.2 Locais (pessoal afecto à acção)1.3.2.1 Per diem à equipa (A1.2, A1.3, A1.4, A1.5, A1.6, A1.7 e

A1.8) 8 400 611 611 7,3%

1.3.2.2. Per diem à equipa (A4.1, A4.2, A4.3, A4.4, A4.5 e A4.7) 17 500 5225 3519 8744 50,0%

1.3.2.3. Per diem à equipa (A1.9) 2000 2000

1.3.2.4. Per diem à equipa (A3.2, A3.3, A3.5, A3.6) 57 57

1.3.3 Participantes em seminários/conferências 1.3.3.1 Hospedagem de participantes (A1.8) 13 300 0,0%

1.3.3.2 Hospedagem de participantes (A3.5) 3 500 0,0%

1.3.3.3 Hospedagem de participantes (A4.2, A4.3, A4.4, A4.5, A4.7) 12 600 7418 4482 11900 94,4%

1.3.3.4 Hospedagem de participantes (A1.3) 782 782

1.3.3.5 Hospedagem de participantes (A1.9) 1078 1078Subtotal Recursos Humanos 455 280 126273 131972 258245 56,7%2. Viagens6

2.1 Viagens internacionais 2.1.1. Haia/Benguela/Haia - Oxfam Novib (A4.1) 10 200 4106 4106 40,3%

2.2 Transporte local 2.2.1. Viagens Aéreas 2 520 688 2456 3144 124,8% 2.2.2. Transportes terrestres (A4.2, A4.4, A4.7) 168 127 295

2.2.3. Transportes terrestres (A1.2, A1.3, A1.4, A1.5, A1.6, A1.7 e A1.8) 34 34Subtotal Viagens 12 720 4961 2617 7579 59,6%3. Equipamentos e fornecimentos7

3.1 Compra ou aluguer de veículos 3.1.1 Compra de motorizadas 6 600 1891 1891 28,6%

3.1.2 Compra de automóvel 50 000 50916 50916 101,8%

3.1.3 Aluguer de viatura (A1.8, A1.9) 1719 1719

3.1.4 Aluguer de viatura (A4.6, A4.7) 244 244

3.2 Mobiliário, equipamentos informáticos 3.2.1. Computador portátil 5 600 2150 779 2929 52,3% 3.2.2. Computador de mesa 2 200 2460 2460 111,8%

3.2.3. Data show 2 000 1148 1148 57,4% 3.2.4. Impressora laser 1 000 305 304 609 60,9% 3.2.5. Secretária (mesa) 1 500 0,0%

48

FernandaM, 21-05-2015,
COMO JÁ MENCIONADO NÃO CONSTAM OS CUSTOS DA Oxfam Novib NO ANO 2 DA EXECUÇÃO DO PROJETO

3.2.6. Mesa 370 678 678 183,3%

3.2.7. Cadeira 540 818 818 151,5% 3.2.8. Armário de arquivos 1 380 433 895 1329 96,3% 3.2.9. Cavalete 690 172 172 24,9%

3.3. Máquinas, ferramentas 3.3.1. Kits de veterinária (A1.4, A1.8) 16 800 14534 14534 86,5%

3.3.2 Fornos melhorados para a produção de carvão (A1.5) 7 280 0,0%

3.4 Peças sobresselentes/material para máquinas, ferramentas3.5 Outros (especificar)

3.5.1. Sementes de cenoura (A1.8) 270 159 159 58,8%

3.5.2. Sementes de pimento (A1.8) 540 126 126 23,3%

3.5.3. Sementes de tomate (A1.8) 1 080 162 162 15,0%

3.5.4. Sementes de cebola (A1.8) 570 159 159 27,9%

3.5.5. Sementes de repolho (A1.8) 1 800 65 65 3,6%

3.5.6. Sementes de alface (A1.8) 1 080 0,0%

3.5.7. Sementes de couve (A1.8) 270 42 42 15,4%

3.5.8. Muda de fruteiras (A1.8) 10 500 5173 5173 49,3%

3.5.9. Molhos de estacas de mandioca (A1.8) 6 000 687 687 11,4%

3.5.10. Centros de moagem (A1.8) 39 550 17125 17125 43,3%

3.5.11. Moto Bomba (A1.8) 1 100 1527 1527 138,8%

3.5.12. Material de pesca (A1.8)Subtotal Equipamentos e fornecimentos 158 720 60972 43699 104671 65,9%4. Escritório local4.1 Custos do(s) veículo(s)

4.1.1. Combustíveis e Lubrificantes (2 viaturas + 4 motocicletas) 16 200 2408 2477 4886 30,2%4.1.2. Manutenção de veículos (2 viaturas + 4 motorizadas) 5 520 860 2017 2877 52,1% 4.1.3. Seguro de veículos (2 viaturas + 4 motorizadas) 4 080 66 1124 1190 29,2%

4.2 Arrendamento de escritórios 4.2.1 Aluguer de Escritório do Município da Ganda 13 320 4068 4093 8161 61,3% 4.2.2 Aluguer de Escritório do Município de Ombadja 13 320 6411 6411 48,1%

4.3 Consumíveis-material de escritório4.3.1. Material de consumo corrente 2 340 1014 1150 2164 92,5%

4.4 Outros serviços (tel./fax, electricidade/aquecimento, manutenção) 4.4.1. Telefonia e internet móvel 5 760 1160 2598 3759 65,3% 4.4.2. Água 1 620 75 251 325 20,1% 4.4.3. Energia 4 320 269 943 1213 28,1%Subtotal escritório local 66 480 9921 21064 30985 46,6%5. Outros custos, serviços8

5.1 Publicações9

5.1.1. Publicação de registros no diário oficial (A1.2) 13 000 0,0%

5.1.2. Publicação de diagnóstico (A3.4) 3 000 0,0%

5.2 Estudos, investigação9

5.2.1. Diagnóstico de linha de base (A4.4) 10 000 3962 3962 39,6%

5.3 Custos de auditoria 5.3.1 Custos de auditoria (formato da CE - A4.8) 20 000 0,0%

5.4 Custos de avaliação 5.4.1 Custos de avaliação externa de meio termo - inclui viagens, etc. (A4.7) 10 000

0,0%

5.4.2 Custos de avaliação externa final - inclui viagens, etc. (A4.7) 15 000 0,0%

5.5 Tradução, interpretação5.6 Serviços financeiros (custos de garantia bancária, etc.) 5.6.1. Despesas bancárias 9 000 1637 2214 3851 42,8%

49

5.7 Custos de conferências/seminários9

5.7.1 Serviços de alimentação para participantes 5.7.1.1 Serviços de alimentação para participantes (A1.3, A1.4,

A1.5, A1.6) 13 2502648 9074 11722 88,5%

5.7.1.2 Serviços de alimentação para participantes (A2.3, A2.4) 6 720 234 4588 4822 71,8%

5.7.1.3 Serviços de alimentação para participantes (A3.2, A3.3, A3.5) 6 960 117 2380 2497 35,9%

5.7.1.4 Serviços de alimentação para participantes (A4.1, A4.2, A4.3) 9 600 2482 433 2914 30,4%

5.7.1.5 Serviços de alimentação para participantes (A4.4) 2553 2553 #DIV/0!

5.7.1.6 Serviços de alimentação para participantes (A4.7) 1409 936 2345 #DIV/0!

5.7.1.7 Serviços de alimentação para participantes (A1.2, A1.8, A1.9) 110 110 #DIV/0!

5.7.2 Material Didactico para as Formações #DIV/0!

5.7.2.1 Material Didactico (A1.3, A1.4, A1.5, A1.6, A1.8) 10 600 654 3272 3926 37,0%5.7.2.2 Material Didactico (A2.2, A2.3, A2.4) 5 600 188 2617 2805 50,1%5.7.2.3 Material Didactico (A3.2, A3.3, A3.5, A3.6) 1 740 119 119 6,8%

5.7.2.4 Material Didactico (A4.1, A4.2, A4.3, A4.4, A4.7) 640 51 51 8,0%

5.7.3 Serviços de facilitação/consultoria

5.7.3.1 Serviços de facilitação (A4.1, A4.2, A4.3, A4.4, A4.7) 187 187

5.7.3.2 Serviços de facilitação (A1.4) 169 169

5.8 Acções de visibilidade10

5.8.1. Placas de identificação (A4.6) 3 700 1638 2044 3682 99,5%5.8.2. Dísticos (A2.2, A2.4) 6 500 112 910 1022 15,7%5.8.3. Bonés (A2.2, A2.4) 2 700 1221 1221 45,2%

5.8.4. Prospectos (A2.4) 5 500 0,0%

5.8.5. Camisolas (A2.2, A2.4) 5 400 2735 2735 50,7%

5.9 Serviços cartoriais / jurídicos (A1.7) 11 100 0,0%

5.10 Assessoria sobre procedimentos da Comissão Europeia, desenho de planos anuais e relatórios narrativos e financeiros - inclui viagens, etc. (A4.2) 32 000

9423 9423 29,4%

5.11 Assessoria sobre meios sustentáveis de vida e métodos participativos de monitoria - inclui viagens, etc. (A4.3) 30 000

0,0%

Subtotal Outros Custos/Serviços 232 010 17871 42247 60118 25,9%6. OutrosSubtotal outros7. Subtotal custos directos da acção (1.-6.) 925 210 219999 241599 461598 49,9%8. Provisão para imprevistos (máximo 5% de 7, subtotal dos custos elegíveis directos da acção) 8 248

0,0%

9. Total de custos elegíveis da acção (7.+ 8.) 933 458 219999 241599 461598 49,5%

10. Custos administrativos (o máximo 7% de 9, total custos elegíveis directos da acção) 65 342

15400 15400 23,6%

11. Custo total (9.+ 10.) 998 800 235399 241599 476998 47,8%

50

4.3 Anexo 3 – Situação actual de realização das sessões de capacitação e debate

Sessões de Capacitação sobre "Práticas Agrícolas Sustentáveis e Métodos

Horizontais de Multiplicação" (A 1.3)

Ombadja Cubal Ganda Alcançad

oPrevist

o Saldo Rácio (%)

Sessões 7 2 1 10 21 -11 48%Participantes 80 52 98 230 140 90 164%

Homens 67 37 63 167 73%Mulheres 13 15 35 63 27%

Sessões de Capacitação sobre "Práticas de Maneio

de Gado e Sanidade Animal" (A 1.4)

Ombadja Cubal Ganda Alcançad

oPrevist

o Saldo Rácio (%)

Sessões 3 8 1 12 21 -9 57%Participantes 68 137 49 254 105 149 242%

Homens 56 78 41 175 69%Mulheres 12 59 8 79 31%

Sessões de Capacitação sobre "Práticas Melhoradas de Produção de Carvão na

Comuna de Capupa" (A 1.5)

Cubal Alcançado

Previsto Saldo Rácio (%)

Sessões 1 1 4 -3 25%Participantes 12 12 40 -28 30%

Homens 11 11 92%Mulheres 1 1 8%

Sessões de Debate sobre "Lei de Terras" (A 1.6)

Ombadja Cubal Ganda Alcançad

oPrevist

o Saldo Rácio (%)

Sessões 16 10 2 28 21 7 133%Participantes 399 133 45 577 245 332 236%

Homens 226 94 17 337 58%Mulheres 173 39 28 240 42%

Sessões de Debate sobre problemas específicos de

cada local: descentralização, desenvolvimento

sustentável, género, etc. (A 2.2)

Ombadja Cubal Ganda Alcançad

oPrevist

o Saldo Rácio (%)

Sessões 9 6 4 19 18 1 106%Participantes 336 198 141 675 380 295 178%

Homens 157 105 99 361 53%Mulheres 179 93 42 314 47%

Sessões de Debate sobre problemas específicos de

cada local: questões fundiárias, direito à terra,

género (A 2.3)

Ombadja Cubal Ganda Alcançad

oPrevist

o Saldo Rácio (%)

Sessões 12 6 3 21 42 -21 50%Participantes 401 24 65 490 800 -310 61%

Homens 263 18 30 311 63%Mulheres 138 6 35 179 37%

Sessões de Debate Públicas sobre CACS e outros

espaços de diálogo (A 2.4)

Ombadja Cubal Ganda Alcançad

oPrevist

o Saldo Rácio (%)

Sessões 1 2 4 7 9 -2 78%Participantes 51 60 132 243 270 -27 90%

Homens 26 41 69 136 56%Mulheres 25 19 63 107 44%

Sessões de Capacitação Ombadj Cubal Ganda Alcançad Previst Saldo Rácio (%)

51

sobre "Constituição e funcionamento de redes e

fóruns" (A 3.3)

a o oSessões 8 4 1 13 14 -1 93%Participantes 184 163 35 382

Homens 121 108 20 249 65%Mulheres 63 55 15 133 35%

TOTAL

Ombadja Cubal Ganda Alcançad

oPrevist

o Saldo Rácio (%)

Sessões 56 39 16 111 150 -39 74%Participantes 1519 779 565 2863 1980 883 145%

Homens 916 492 339 1747 61%Mulheres 603 287 226 1116 39%

4.4 Anexo 4 – Composição das associações e situação legal actual

Situação LegalComuna Associação Homens Mulheres %Mulheres Total A B C D EMunicípio OmbadjaNaulila Chelenguela 13 20 61% 33 1

Sagrada Esperanca 7 19 73% 26 1Boa Esperanca 14 33 70% 47 1Rei Mandume 5 14 74% 19 1Elavoko 9 26 74% 35 1Omunga 5 18 78% 23 1Ouhipo 24 40 63% 64 1Rainha Ginga 7 22 76% 29 1

Humbe Cachana Namuculungo 24 21 47% 45 1Ombala Yo Mungo Aetale 5 11 69% 16 1

Ehoko 36 5 12% 41 1Oxande 87 24 22% 111 1Onepolo 81 13 14% 94 1Omundjavala 37 24 39% 61 1

Total 354 290 45% 644 0 0 14 0 0Média 25,3 20,7 45% 46,0

Município CubalCaviva Sul Caviva Sede 68 40 37% 108 1

Calonguluve 44 35 44% 79 1Calombinda 31 19 38% 50 1Limite Cassua 16 19 54% 35 1

Utalala Utalala 30 35 54% 65 1Vavayela 28 31 53% 59 1Kaipunda 54 60 53% 114 1Kaimbugululu 83 15 15% 98 1Atumbaica 13 8 38% 21 1Kaniandute 29 34 54% 63 1Kahekete 17 31 65% 48 1Kaliweke 38 70 65% 108 1Nove 43 49 53% 92 1

Total 494 446 47% 940 6 0 7 0 0Média 38,0 34,3 47% 72,3

Município Ganda

52

Ndende Kakulo Lunga 45 23 34% 68 1Katapi 27 35 56% 62 1Ndende Jongolo 70 66 49% 136 1Tutunga Otchilombo 29 39 57% 68 1Kamborolo 29 39 57% 68 1Karnavio 30 19 39% 49 1

Total 230 221 49% 451 0 2 4 0 0Média 38,3 36,8 49% 75,2TOTAL 1078 957 47% 2035 6 2 25 0 0Média 32,7 29,0 47% 61,7

Situação Legal (conforme Linha de Base)

A - Completamente legalizadas

B - Com documentos no Notariado

C - Apenas com estatutos elaborado

D - Sem nenhum documento (em treinamento)

E - Nominal, sem estrutura

4.5 Anexo 5 – Percentagem de mulheres membros das associações nos diferentes municípios

53

Chelengu

ela

Sagra

da Esp

eranca

Boa Esp

eranca

Rei Man

dume

Elavo

ko

Omunga

Ouhipo

Rainha G

inga

Cachan

a Nam

ucul...

Aetale

Ehoko

Oxande

Onepolo

Omundjavala

0%

20%

40%

60%

80%

100%Município de Ombadja

4.6 Anexo 6 – Lista de Contactos Realizados

Nome Função

ADRA e Oxfam NovibMaria Teresa Vitória Directora da ADRA – Antena BenguelaIlídio Barbosa Coordenador Nacional do ProjectoSimione Chiculo Director da ADRA – Antena Huíla e CuneneGilson Guvengue Coordenador Núcleo de Gestão FinanceiraSusanne Engelhardt Oficial de Programas África Austral (via E-mail)Município do CubalCarlos Alberto Guardado Administrador Municipal do CubalJoaquim Longuia Responsável Área Económica da Administração Municipal do CubalArtur Jesus Técnico Área Económica da Administração Municipal do CubalTiago Barato Técnico da EDA – Estação de Desenvolvimento AgrárioTeodoro Dias Coordenador UNACA – União Nacional dos Camponeses do CubalAlbertina Francisco Coordenadora Municipal Projecto – CubalAbraão Canganjo Técnico de Desenvolvimento Comunitário Projecto – CubalMaria das Dores Estagiária do ICRA na ADRAMunicípio da GandaJustino Figueiredo Coordenador Municipal Projecto – GandaAntónio Kalianguila Administrador Municipal da GandaMunicípio de Ombadja

54

Caviva

Sede

Calongu

luve

Calombinda

Limite

Cassua

Utalala

Vavay

ela

Kaipunda

Kaimbugu

lulu

Atumbaic

a

Kanian

dute

Kahek

ete

Kaliwek

eNove

0%

20%

40%

60%

80%

100%Município de Cubal

Kakulo Lunga Katapi Ndende Jongolo

Tutunga Otchilombo

Kamborolo Karnavio0%

20%

40%

60%

80%

100%Município da Ganda

susanne engelhardt, 21-05-2015,
É muito interessante ver as enormes diferenças na participação das mulheres entre as diferentes comunidades. Devemos analisar o que poderia ser a razão para isso.Um menor comentário sobre a apresentação dos resultados: a linha de conexão entre as comunidades cria confusão. Sugiro um diagrama de blocos (não sei o termo exato para isso.)

Agostinho Dembe Técnico de Desenvolvimento ComunitárioAvelino Caldeira Técnico de Desenvolvimento ComunitárioAurélio Wassoja Técnico de Desenvolvimento ComunitárioIsídio Anacleto MotoristaPaulo da Cruz Jorge Administrador Comunal do HumbeColmicilde Eliseu dos Santos Administrador Comunal de Naulila

4.7 Anexo 7 – Lista de Comunidades / Associações Visitadas

Associação Comuna / PovoaçãoMunicípio do CubalAssociação Utalala Capupa / UtalalaAssociação Vavayela Capupa / UtalalaAssociação Cayponda Capupa / UtalalaAssociação Caviva Sede Caviva SulAssociação Calonguluve Caviva SulMunicípio da GandaAssociação Dembe Jongolo Kasseke / NdendeAssociação Kamborolo Kasseke / NdendeAssociação Tuatunga Ochilombo Tchocalye Kasseke / NdendeMunicípio de OmbadjaAssociação Hitakele-Namunjavala Ombala-Yo-Mungo /Associação Cachana-Namuculungo Humbe /Associação Chelenguela KaluekeAssociação Sagrada Esperança KaluekeAssociação Boa Esperança KaluekeAssociação Omunga Kalueke

4.8 Anexo 8 - Lista de Documentação Consultada

Documentação da Comissão Europeia

Convite à Apresentação de Propostas, disponível em https://webgate.ec.europa.eu/europeaid/online-services/index.cfm?do=publi.welcome&userlanguage=en

Programa Temático de Actores Não Estatais, disponível em https://ec.europa.eu/europeaid/thematic-programme-non-state-actors-and-local-authorities-development-decision_en

Documentação do Projecto

Documento de Projecto e Quadro Lógico Relatório Narrativo Ano 1 Relatório Narrativo Ano 2 Relatório Financeiro Ano 2 Plano de Comunicação e Visibilidade Dossiers Narrativos Documentação Financeira

55

Listas de Presença: Sessões de Capacitação; Debates; Sessões de Divulgação

Legislação

Lei de Terras: Lei nº 9/04 de 9 de Novembro Regulamento Geral de Concessão de Terrenos: Decreto nº 58/07 de 13 de Julho Lei da Organização e do Funcionamento dos Órgãos de Administração Local do Estado: Lei nº 17/10 de 29 de Julho e

Decreto Lei nº2/07 de 3 de Janeiro

Bibliografia

CE (2004). “Aid Delivery Methods. Volume 1 – Project Cycle Management Guidelines”. Brussels: Europeaid Cooperation Office.

CE (2010). “Communication and Visibility Manual for European Union External Actions”. Brussels: Europeaid Cooperation Office.

56