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1 Projeto de Fábrica Projeto do Processo

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Projeto de

Fábrica

Projeto do

Processo

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Classificação dos Sistemas de Produção

Existem várias formas de classificar os sistemas de produção. pelo grau de padronização dos produtos; pelo tipo de operação que sofrem os produtos; pela natureza do produto.

A classificação dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o entendimento das características inerentes a cada sistema de produção e sua relação com a complexidade das atividades de planejamento e controle destes sistemas

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Por grau de padronização dos produtos

Os sistemas produtivos podem ser classificados como sistemas que produzem produtos padronizados, e sistemas que produzem produtos sob medida.

Produtos padronizados são aqueles bens ou serviços que apresentam alto grau de uniformidade são produzidos em grande escala, os clientes esperam

encontrá-los a sua disposição no mercado, seus sistemas produtivos podem ser organizados de forma a padronizar mais facilmente os recursos produtivos (máquinas, homens e materiais) e os métodos de trabalho e controles, contribuindo para uma maior eficiência do sistema, com conseqüente redução dos custos.

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Por grau de padronização dos produtos

Os produtos sob medida são bens ou serviços customizados para um cliente em específico. Como o sistema produtivo espera a manifestação dos

clientes para definir os produtos, estes não são produzidos para estoque e os lotes normalmente são unitários. Devido ao fato do prazo de entrega ser um fator determinante no atendimento ao cliente, os sistemas que trabalham sob encomenda possuem normalmente grande capacidade ociosa, e dificuldade em padronizar os métodos de trabalho e os recursos produtivos, gerando produtos mais caros do que os padronizados. A automação dos processos é menos aplicável visto que a quantidade produzida não justifica os investimentos.

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Por tipo de operações

Os sistemas de produção podem ser classificados em dois grandes grupos: processos contínuos e processos discretos.

Os processos contínuos envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser identificados individualmente, e os processos discretos envolvem a produção de bens ou serviços que podem ser isolados, em lotes ou unidades, particularizando-os uns dos outros. Por sua vez os processos discretos podem ser subdivididos em

processos repetitivos em massa, processos repetitivos em lotes, e processos por projeto.

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Por tipo de operações

Os processos contínuos são empregados quando existe uma alta uniformidade na produção e demanda de bens ou serviços, fazendo com que os produtos e os processos produtivos sejam totalmente interdependentes, favorecendo a automatização, não existindo flexibilidade no sistema. São necessários altos investimentos em equipamentos e

instalações, a mão-de-obra é empregada apenas para a condução e manutenção das instalações, sendo seu custo insignificante em relação aos outros fatores produtivos.

Ex: energia elétrica, petróleo e derivados, produtos químicos de uma forma geral, serviços de aquecimento e ar condicionado, de limpeza contínua, etc.

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Por tipo de operações

Os processos repetitivos em massa são aqueles empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados. Normalmente, a demanda pelos produtos são estáveis fazendo

com que seus projetos tenham pouca alteração no curto prazo, possibilitando a montagem de uma estrutura produtiva altamente especializada e pouco flexível, onde os altos investimentos possam ser amortizados durante um longo prazo.

Ex: automóveis, eletrodomésticos, produtos têxteis, produtos cerâmicos, abate e beneficiamento de aves, suínos, gado, etc., e a prestação de serviços em grande escala como transporte aéreo, editoração de jornais e revistas, etc.

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Por tipo de operações

Os processos repetitivos em lote caracterizam-se pela produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes, sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada a medida que as operações anteriores forem realizadas. O sistema produtivo deve ser relativamente flexível,

empregando equipamentos pouco especializados e mão-de-obra polivalente, visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda.

Ex: produtos têxteis em pequena escala, sapatos, alimentos industrializados, ferragens, restaurantes, etc.

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Por tipo de operações

Os processos por projeto tem como finalidade o atendimento de uma necessidade específica dos cliente, com todas as suas atividades voltadas para esta meta. Os produtos têm uma data específica para serem concluídos e,

uma vez concluídos, o sistema produtivo se volta para um novo projeto. São concebidos em estreita ligação com os clientes, de modo que suas especificações impõem uma organização dedicada ao projeto. Exige-se alta flexibilidade dos recursos produtivos.

Ex: navios, aviões, usinas hidroelétricas, etc., e na prestação de serviços específicos como agências de propaganda, escritórios de advocacia, arquitetura, etc.

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Por tipo de operações

Contínuo Rep. em Massa Rep. em Lotes ProjetoVolume de produção Alto Alto Médio BaixoVariedade de produtos Pequena Média Grande PequenaFlexibilidade Baixa Média Alta AltaQualificação da MOD Baixa Média Alta AltaLayout Por produto Por produto Por processo Por processoCapacidade ociosa Baixa Baixa Média AltaLeadtimes Baixo Baixo Médio AltoFluxo de informações Baixo Médio Alto AltoProdutos Contínuos Em lotes Em lotes Unitário

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Pela natureza do produto

Os sistemas de produção podem estar voltados para a geração de bens ou de serviços. Quando o produto fabricado é algo tangível, como um carro, uma geladeira ou uma bola, podendo ser tocado e visto, diz-se que o sistema de produção é uma manufatura de bens. Por outro lado, quando o produto gerado é intangível, podendo apenas ser sentido, como uma consulta médica, um filme ou transporte de pessoas, diz-se que o sistema de produção é um prestador de serviços.

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Pela natureza do produto

São similares sob o aspecto de transformar insumos em produtos úteis aos clientes através da aplicação de um sistema de produção. Devem projetar seus produtos, prever sua demanda, balancear

seu sistema produtivo, treinar sua mão-de-obra, vender seus produtos, alocar seus recursos e planejar e controlar suas operações.

Existem grandes diferenças em como estas atividades são executadas:– Orientação do produto;– Contato com o cliente;– Uniformidade dos fatores produtivos;– Avaliação do sistema

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Arranjo Físico e Fluxo

O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento físico dos recursos de transformação;

Definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção;

O arranjo físico determina a maneira segundo a qual os recursos transformados - materiais, informação e clientes - fluem pela operação.

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Introdução

Há algumas razões práticas pelas quais as decisões de arranjo físico são importantes na maioria dos tipos de produção: Mudança de arranjo físico é freqüentemente uma atividade

difícil e de longa duração por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação movidos;

O rearranjo físico de uma operação existente pode interromper seu funcionamento suave, levando à insatisfação do cliente ou perdas na produção;

Se o arranjo físico está errado, pode levar a padrões de fluxo longos ou confusos, estoque de materiais, filas de clientes formando-se ao longo da operação, tempos de processamento longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos.

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Arranjo Físico - Tipos

Depois que o tipo de processo for selecionado, o tipo básico de arranjo físico deve ser definido. O tipo de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da oparação.

A maioria dos arranjos físicos, na prática, deriva de apenas quatro tipos básicos de arranjo físico: arranjo físico posicional; arranjo físico por processo; arranjo físico celular; arranjo físico por produto.

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Arranjo Físico

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico Posicional:

Também conhecido como arranjo físico de posição fixa, tem como característica o fato dos recursos transformados não se moverem entre os recursos transformadores;

Quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto equipamento, maquinário, instalações e pessoas movem-se na medida do necessário;

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico Posicional - Exemplos:

Construção de uma rodovia: produto é muito grande para ser movido;

Cirurgia de coração: pacientes estão em estado muito delicado para serem movidos;

Restaurante de alta classe: clientes objetariam em mover-se para onde a comida é preparada;

Estaleiro: produto muito grande para mover-se; Manutenção de computador de grande porte: produto

muito grande e provavelmente também muito delicado para ser movido e o cliente poderia negar-se a trazê-lo para manutenção.

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico por Processo:

As necessidades e conveniências dos recursos transformadores que constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o arranjo físico;

No arranjo por processo, processos similares (ou processos com necessidades similares) são localizados juntos um do outro;

Quando produtos, informações ou clientes fluírem pela operação, eles percorrerão um roteiro de processo a processo, de acordo com suas necessidades.

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico por Processo - Exemplos:

Hospital: alguns processos (aparelhos de raios-X e laboratórios) são necessários a um grande número de diferentes tipos de pacientes;

Usinagem de peças utilizadas em motores de aviões: alguns processos (tratamento térmico) necessitam de instalações especiais;

Supermercado: alguns processos, como a área que dispõe de vegetais enlatados, oferecem maior facilidade na reposição dos produtos se mantidos agrupados

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico Celular: É aquele em que os recursos transformados,

entrando na operação, são pré-selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação na qual todos os recursos transformadores necessários a atender a suas necessidades imediatas de processamento se encontram;

A célula em si pode ser arranjada segundo um arranjo físico por processo ou por produto;

Depois de serem processados na célula, os recursos transformados podem prosseguir para outra célula.

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico Celular - Exemplos:

Algumas empresas manufatureiras de componentes de computador ;

Área para produtos específicos em supermercados: alguns clientes usam o supermercado apenas para comprar lanches, salgadinhos, refrigerantes, iogurte, etc, para consumo, por exemplo, em seu horário de almoço;

Maternidade em um hospital: clientes que necessitam de atendimento em maternidade formam um grupo bem definido que pode ser tratado em conjunto.

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico por Produto: Envolve localizar os recursos produtivos

transformadores inteiramente segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado;

Cada produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro predefinido no qual a seqüência de atividades requerida coincide com a seqüência na qual os processos foram arranjados fisicamente;

É chamado também de arranjo físico em “fluxo” ou em “linha”.

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Arranjo Físico - Tipos Básicos

Arranjo Físico por Produto - Exemplos:

Montagem de automóveis: quase todas as variantes do mesmo modelo requerem a mesma seqüência de processos;

Programa de vacinação em massa: todos os clientes requerem a mesma seqüência de atividades burocráticas, médicas e de aconselhamento;

Restaurante self-service: geralmente, a seqüência de serviços requeridos pelo cliente é comum para todos os clientes, mas o arranjo físico auxilia também a manter controle sobre o fluxo de clientes.

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Relação entre os tipos de Arranjo Físico

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Planejamento Estratégico da Produção

O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos nas tomadas de decisões das empresas. O impacto de suas decisões são de longo prazo e afetam a

natureza e as características das empresas no sentido de garantir o atendimento de sua missão.

Para efetuar um planejamento estratégico, a empresa deve entender os limites de suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambiente, de maneira a criar vantagens competitivas em relação à concorrência, aproveitando-se de todas as situações que lhe trouxerem ganhos.

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Planejamento Estratégico da Produção

Missão

Estratégia Corporativa

Estratégia Competitiva

Estratégia Funcional

Finanças Marketing ProduçãoPlano Financeiro Plano de Marketing Plano de Produção

Táticas

Operações Financeiras Operações de Marketing Operações de Produção

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Missão Corporativa

A missão corporativa é a base de uma empresa, é a razão de sua existência. Fazem parte desta questão a definição clara de qual é o seu

negócio atual e qual deverá ser no futuro, bem como a filosofia gerencial da empresa para administrá-lo.

Normalmente ao se definir a missão corporativa, algumas questões devem ser levantadas, entre elas:

– Qual o escopo do negócio: industrial, comercial ou de prestação de serviços?

– Qual a essência do negócio?– Qual o sentido e intensidade do crescimento que está se

buscando?– Como nos propomos a atender as necessidades dos clientes?

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Estratégia Corporativa

A estratégia corporativa define as áreas de negócios em que a empresa deverá atuar, e como a mesma deverá adquirir e priorizar os recursos corporativos no sentido de atender as reivindicações de cada unidade de negócios.

É a estratégia corporativa que faz com que os diversos negócios da empresa tenham um sentido comum, e obtenham resultados superiores a mera soma dos resultados individuais.

Deverá especificar em que condições a diversificação de negócios contribuirá para o crescimento sustentável da corporaçcão como um todo.

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Estratégia Corporativa

A Missão

Estratégia Corporativa

EstratégiaCompetitiva

AEstratégia

CompetitivaB

EstratégiaCompetitiva

C

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Estratégia Competitiva

A estratégia competitiva, ou estratégia da unidade de negócios, propõem a base na qual os diferentes negócios da empresa irão competir no mercado, suas metas de desempenho, e as estratégias que serão formuladas para as várias áreas funcionais do negócio, no sentido de suportar a competição e buscar tais metas.

Pode-se dizer que uma estratégia competitiva, em dado instante, é a escolha por uma determinada posição competitiva.

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Estratégia Competitiva

EstratégiaCompetitiva

Benefíciospara Clientes

Custospara Empresa

Margem de LucroVolume de Vendas

A escolha por uma determinada estratégia competitiva define a alocação de recursos e as habilidades organizacionais necessárias para a produção dos bens e/ou serviços oferecidos ao mercado.

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Estratégia Competitiva

Define-se três estratégias genéricas de margem/volume que podem ser empregadas pelas empresas na competição pelo mercado: Na liderança de custos a empresa deverá buscar a produção

ao menor custo possível, podendo com isto praticar os menores preços do mercado e aumentar o volume de vendas.

Na estratégia de diferenciação se busca a exclusividade em alguma característica do produto que seja mais valorizada pelos clientes.

A estratégia de focalização é aquela que a empresa deverá buscar caso não consiga liderança de custos ou diferenciação da concorrência.

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Estratégia Competitiva

O equacionamento destas estratégias de competição deve ser feito à luz do posicionamento dos concorrentes diretos e indiretos que atuam no mercado, conhecidos como as cinco forças competitivas de Porter: A rivalidade entre as empresas concorrentes, o poder de

barganha dos clientes e dos fornecedores, a ameaça de novos entrantes potenciais, e a ameaça de produtos substitutos.

A escolha da melhor estratégia competitiva inclui a avaliação destas forças e o seu impacto sobre o desempenho das alternativas de custo/volume disponíveis à empresa.

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Estratégia Competitiva

Definida a posição competitiva da empresa, pode-se então passar ao detalhamento das estratégias funcionais adequadas ao atendimento desta questão.

EstratégiaFuncionalMarketing Estratégia

FuncionalProdução

EstratégiaFuncionalFinanças

Estratégia CompetitivaUnidade de Negócio A

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Estratégia de Produção

Consiste na definição de um conjunto de políticas, no âmbito da função de produção, que dá sustento à posição competitiva da unidade de negócios da empresa.

A estratégia produtiva deve especificar como a produção irá suportar uma vantagem competitiva, e como ela irá complementar e apoiar as demais estratégias funcionais.

Prioridades dosCritérios de Desempenho

Áreasde Decisões

Políticasda

Produção

Estratégiade

Produção

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Critérios Estratégicos da Produção

O objetivo da estratégia de produção é fornecer à empresa um conjunto de características produtivas que dêem suporte à obtenção de vantagens competitivas de longo prazo. O ponto de partida para isto consiste em estabelecer quais

critérios, ou parâmetros, de desempenho são relevantes para a empresa e que prioridades relativas devem ser dadas aos mesmos. Estes critérios deverão refletir as necessidades dos clientes que se buscam atingir para um determinado produto de maneira a mantê-los fieis à empresa.

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Critérios Estratégicos da Produção

Principais Critérios: Custo = Produzir bens/serviços a um custo mais baixo do

que a concorrência. Qualidade = Produzir bens/serviços com desempenho de

qualidade melhor que a concorrência. Desempenho de Entrega = Ter confiabilidade e velocidade

nos prazos de entrega dos bens/serviços melhores que a concorrência

Flexibilidade = Ser capaz de reagir de forma rápida a eventos repentinos e inesperados.

Outros: Inovatividade e não agressão ao meio ambiente.

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Áreas de Decisão na Produção As políticas definidas para cada área do sistema de

produção orientam a operação e evolução deste sistema. Instalações = Qual a localização geográfica, tamanho, volume e

mix de produção, que grau de especialização, arranjo físico e forma de manutenção.

Capacidade de Produção = Que nível, como obtê-la e como incrementá-la.

Tecnologia = Quais equipamentos e sistemas, com que grau de automação e flexibilidade, como atualizá-la e disseminá-la.

Integração Vertical = O que a empresa irá produzir internamente, o que irá comprar de terceiros, e qual política implementar com fornecedores.

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Áreas de Decisão na Produção

Organização = Qual a estrutura organizacional, nível de centralização, formas de comunicação e controles das atividades.

Recursos Humanos = Como recrutar, selecionar, contratar, desenvolver, avaliar, motivar e remunerar a mão-de-obra.

Qualidade = Atribuição de responsabilidades, que controles, normas e ferramentas de decisões empregar, quais os padrões e formas de comparação.

Planejamento e Controle da Produção = Que sistema de PCP empregar, que política de compras e estoques, que nível de informatização das informações, que ritmo de produção manter e formas de controles.

Novos Produtos = Com que freqüência lançar, como desenvolver e qual a relação entre produtos e processos.

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Dinâmica da Estratégia de Produção

As decisões estratégicas devem ser entendidas como um processo dinâmico, sofrendo alterações conforme o mercado e a concorrência forem se posicionando.

Posição Competitiva

Prioridades entre os critériosde desempenho e políticas

de produção desejáveis

Estratégia de Produção atual

Alternativas dePosições Competitivas

Futuro

Evolução

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Plano de Produção

Como resultado das decisões estratégicas no âmbito da produção, é elaborado um plano de longo prazo que têm por meta direcionar os recursos produtivos no sentido das estratégias escolhidas. Este plano servirá de base para equacionar os níveis de

produção, estoques, recursos humanos, máquinas e instalações necessários para atender a demanda prevista de bens e serviços.

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Plano de Produção

O plano de produção trabalha com informações agregadas de vendas e produção, normalmente com o agrupamento de produtos em famílias afins. Os produtos são medidos em valores financeiros; Os períodos de planejamento são de meses ou trimestres,

abrangendo um, ou mais anos, para frente; A nível tático, o plano de produção servirá de base para

desenvolver o planejamento mestre da produção, onde as informações serão desmembradas;

Há necessidade de desenvolver uma dinâmica de replanejamento que seja empregada sempre que uma variável importante do plano se alterar substancialmente

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Entradas para o Plano de Produção

Há uma série de informações necessárias para a elaboração de um plano:

Recursos = Equipamentos, instalações, força de trabalho, taxa de produção.

Previsão da demanda = Demanda prevista para as famílias de itens.

Políticas alternativas = Sub-contratações, turno extras, postergar a produção, estoques, etc.

Dados de custos = Produção normal, armazenagem, sub-contratações, turno extra, etc.

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Entradas para o Plano de Produção

Ao traçarmos os rumos estratégicos da produção, decidindo em cima das variáveis que influenciam na taxa de demanda e de produção, nós temos três grupos de alternativas básicas que poderão ser seguidas:

1. Manter uma taxa de produção constante; 2. Manter uma taxa de produção casada com a demanda; 3. Variar a taxa de produção em patamares.

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Preparando o Plano de Produção

Várias técnicas podem ser utilizadas para auxiliar na elaboração de um plano de produção. Algumas delas procuram soluções otimizadas, outras aproveitam-se da experiência e do bom senso dos planejadores.

As técnicas matemáticas empregam modelos matemáticos (programação linear, programação por objetivos, simulação, algoritmos genéticos, etc.) para buscar a melhor alternativa.

As técnicas informais de tentativa e erro empregam tabelas e gráficos para visualizar as situações planejadas e decidir pela mais viável.

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Preparando o Plano de Produção

Os passos básicos para gerar um plano de produção são os seguintes:

1. Agrupar os produtos em famílias afins; 2. Estabelecer o horizonte e os períodos de tempo a serem

incluídos no plano; 3. Determinar a previsão da demanda destas famílias para

os períodos, no horizonte de planejamento; 4. Determinar a capacidade de produção pretendida por

período, para cada alternativa disponível (turno normal, turno extra, sub-contratações, etc.);

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Preparando o Plano de Produção

5. Definir as políticas de produção e estoques que balizarão o plano (por exemplo: manter um estoque de segurança de 10% da demanda, não atrasar entregas, ou buscar estabilidade para a mão-de-obra para pelo menos 6 meses, etc.);

6. Determinar os custos de cada alternativa de produção disponível;

7. Desenvolver planos de produção alternativos e calcular os custos decorrentes;

8. Analisar as restrições de capacidade produtiva; 9. Eleger o plano mais viável estrategicamente.

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Exemplo

Desenvolver um plano de produção de uma família de produtos, para os próximos dois anos com períodos trimestrais. Os dados de estoques, previsão de demanda e custos são os seguintes:

Período 1 trim. 2 trim. 3 trim. 4 trim. 5 trim. 6 trim. 7 trim. 8 trim. TotalDemanda 200 200 200 300 400 300 200 200 2000Estoque inicial = 50Custos:

Produtivos:Turno normal = $4 por unid.Turno extra = $6 por unid.Subcontratação = $10 por unid.De estocagem: $2 por unid. por trim. sobre o estoque médioDe atraso na entrega: $20 por unid. por trim.

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Exemplo

Na primeira alternativa a ser analisada, vamos supor que a estratégia adotada seja de manter a capacidade produtiva constante de 250 unidades (2000/8 = 250) por trimestre, e utilizar os estoques para absorver as variações da demanda. Nesta primeira alternativa de plano vamos admitir atrasos e transferências de entregas para os períodos seguintes.

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Exemplo - Alternativa 1Período 1 trim. 2 trim. 3 trim. 4 trim. 5 trim. 6 trim. 7 trim. 8 trim. TotalDemanda 200 200 200 300 400 300 200 200 2000Produção:Normal 250 250 250 250 250 250 250 250 2000T. extraSubcontr.Prod - Dem 50 50 50 (50) (150) (50) 50 50 0Estoques:Inicial 50 100 150 200 150 0 0 0Final 100 150 200 150 0 0 0 50Médio 75 125 175 175 75 0 0 25 650Atrasos 0 0 0 0 0 50 0 0 50

Custos $Produção:Normal 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 8000T. extraSubcontr.Estoques 150 250 350 350 150 0 0 50 1300Atrasos 0 0 0 0 0 1000 0 0 1000Total $ 1150 1250 1350 1350 1150 2000 1000 1050 10300

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Exemplo

Na segunda alternativa vamos admitir a introdução de turnos extras de até 40 unidades por trimestre, um ritmo de produção normal de 230 unidades e a possibilidade de atrasar e entregar pedidos nos períodos seguintes.

Para uma terceira alternativa, vamos supor que o ritmo de produção normal seja de 200 unidades por trimestre, e que até 40 unidades por trimestre possa ser obtida com turnos extras e o restante sub-contratado de terceiros em lotes de 25 unidades. Não se aceitam atrasos na entrega.

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Exemplo - Alternativa 2Período 1 trim. 2 trim. 3 trim. 4 trim. 5 trim. 6 trim. 7 trim. 8 trim. TotalDemanda 200 200 200 300 400 300 200 200 2000Produção:Normal 230 230 230 230 230 230 230 230 1840T. extra 20 40 40 40 140Subcontr.Prod - Dem 30 30 50 (30) (130) (30) 30 30 (20)Estoques:Inicial 50 80 110 160 130 0 0 0Final 80 110 160 130 0 0 0 30Médio 65 95 135 145 65 0 0 15 520Atrasos 0 0 0 0 0 30 0 0 30

Custos $Produção:Normal 920 920 920 920 920 920 920 920 7360T. extra 0 0 120 240 240 240 0 0 840Subcontr.Estoques 130 190 270 290 130 0 0 30 1040Atrasos 0 0 0 0 0 600 0 0 600Total $ 1050 1110 1310 1450 1290 1760 920 950 9840

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Exemplo - Alternativa 3Período 1 trim. 2 trim. 3 trim. 4 trim. 5 trim. 6 trim. 7 trim. 8 trim. TotalDemanda 200 200 200 300 400 300 200 200 2000Produção:Normal 200 200 200 200 200 200 200 200 1600T. extra 0 0 0 40 40 40 0 0 120Subcontr. 0 0 0 25 150 75 0 0 250Prod - Dem 0 0 0 (35) (10) 15 0 0 (30)Estoques:Inicial 50 50 50 50 15 5 20 20Final 50 50 50 15 5 20 20 20Médio 50 50 50 32,5 10 12,5 20 20 245Atrasos 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Custos $Produção:Normal 800 800 800 800 800 800 800 800 6400T. extra 0 0 0 240 240 240 0 0 720Subcontr. 0 0 0 250 1500 750 0 0 2500Estoques 100 100 100 65 20 25 40 40 490Atrasos 0 0 0 0 0 0 0 0 0Total $ 900 900 900 1355 2560 1815 840 840 10110

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Exemplo

Como forma de facilitar a comparação e visualização das alternativas pode-se empregar gráficos com as principais variáveis, como demanda, estoques, produção ou custos.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

1°Trim.

2°Trim.

3°Trim.

4°Trim.

5°Trim.

6°Trim.

7°Trim.

8°Trim.

Un

idad

es

Estoque Médio Alter.1 Estoque Médio Alter.2 Estoque Médio Alter.3

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Análise da Capacidade de Produção

Um bom planejamento estratégico da produção deve se preocupar em balancear os recursos produtivos de forma a atender a demanda com uma carga adequada para os recursos da empresa. Se os recursos disponíveis e previstos não forem suficientes,

mais recursos deverão ser planejados, ou o plano reduzido. Se os recursos forem excessivos e gerarem ociosidade, a

demanda planejada no plano poderá ser aumentada, ou os recursos excessivos poderão ser dispensados e transformados em capital.

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Análise da Capacidade de Produção

Uma rotina que pode ser seguida para a análise da capacidade de produção é apresentada a seguir:

1. Identificar os grupos de recursos a serem incluídos na análise;

2. Obter o padrão de consumo (horas/unidade) de cada família incluída no plano para cada grupo de recursos;

3. Multiplicar o padrão de consumo de cada família para cada grupo de recursos pela quantidade de produção própria prevista no plano para cada família;

4. Consolidar as necessidades de capacidade para cada grupo de recursos.

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Exemplo

Vamos admitir que uma unidade de negócios (ou uma fábrica focalizada) trabalhe com quatro famílias de produtos e possua uma linha de montagem e cinco células de fabricação na sua estrutura produtiva. Os dados padrões de consumo, em horas por unidade, para cada família em cada grupo de recursos e o plano de produção das quatro famílias são:

Montagem Célula 1 Célula 2 Célula 3 Célula 4 Célula 5Família 1 0,3 0,5 0,4 0 0,2 0,5Família 2 0,4 0,5 0 0,5 0,6 0,3Família 3 0,5 0,3 0,2 0,6 0,4 0,5Família 4 0,5 0,4 0,5 0 0 0,4

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Exemplo

1 trim. 2 trim. 3 trim. 4 trim. 5 trim. 6 trim. 7 trim. 8 trim. TotalFamília 1 230 230 250 270 270 270 230 230 1980Família 2 450 450 450 450 450 450 450 450 3600Família 3 400 400 400 420 420 400 400 400 3240Família 4 200 200 200 200 200 200 200 200 1600

Total 1280 1280 1300 1340 1340 1320 1280 1280 10420

1 trim. 2 trim. 3 trim. 4 trim. 5 trim. 6 trim. 7 trim. 8 trim. TotalMontagem 549 549 555 571 571 561 549 549 4.454

Célula 1 540 540 550 566 566 560 540 540 4.402Célula 2 272 272 280 292 292 288 272 272 2.240Célula 3 465 465 465 477 477 465 465 465 3.744Célula 4 476 476 480 492 492 484 476 476 3.852Célula 5 530 530 540 560 560 550 530 530 4.330

Total 2.832 2.832 2.870 2.958 2.958 2.908 2.832 2.832 23.022