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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSOR JOÃO LOYOLA Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas Cursistas Participantes: Karina Andreatta Pavan Thiago Zanotti Pancieri Tutor: Marco Aurélio Braga Atividade colaborativa de aprendizagem 4 Projeto de Prevenção

projeto drogas

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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSOR JOÃO LOYOLA

Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas

Cursistas Participantes:

Karina Andreatta Pavan

Thiago Zanotti Pancieri

Tutor: Marco Aurélio Braga

Atividade colaborativa de aprendizagem 4

Projeto de Prevenção

Serra – ES

2013

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Introdução

Identificação da Instituição Escolar

A Escola de Ensino Fundamental e Médio “Professor João Loyola”, localizada na Av.

Getúlio Vargas, nº. 192, Centro, Serra, Espírito Santo – CEP: 29176-090, CNPJ :

03.431.653/0001-13, e-mail: escolajoã[email protected], telefone/fax: (27) 3251-

1566, atualmente tem capacidade de matrícula para 1350 alunos, funciona nos turnos

matutino, vespertino e noturno, oferecendo Ensino Fundamental e Médio, mantida pelo

Governo do Estado do Espírito Santo, dirigida por Rurdiney da Silva e Secretariada por

Nílcia Serafim dos Santos.

A EEEFM “PROF. JOÃO LOYOLA” oferta ensino médio regular e anos finais do

ensino fundamental dividido em três turnos (Turno Matutino: 7h às 12h, Turno

Vespertino: 13h às 18h, Turno Noturno: 18h20min às 22h30min).

Turno matutino – 63 alunos de 7ª à 8ª séries de Ensino Fundamental (08 anos) e

429 alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio Regular ocupando um total de 13

salas de aula.

Turno vespertino – 234 alunos de 5ª à 8ª séries de Ensino Fundamental (08 anos)

e 238 alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio Regular ocupando um total de 13

salas de aula.

Turno noturno – 415 alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio ocupando 10 salas

de aula.

Unindo todos os turnos temos aproximadamente 1200 alunos, com faixa etária entre

onze e dezoito anos de idade, com uma distribuição equilibrada entre homens e

mulheres.

Recebemos alunos que residem no Bairro Centro e provenientes de outros bairros

vizinhos como: Divinópolis, São Marcos, Vista da Serra, Cascata, São Domingos, São

Lourenço, Santo Antonio, Colina, Caçaroca, Jardim Guanabara, Maria Niobe,

Continental, Campinho, Jardim Bela Vista e Planalto Serrano. Muitos desses bairros

apresentam grandes índices de violência atribuídos ao tráfico de drogas.

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Esses alunos pertencem a classes sócio-econômicas diversificadas e trazem para a

escola uma variada educação moral, religiosa e cultural. Muitos trabalham ou fazem

estágio nas empresas da Grande Vitória.

A participação da família se da através de reuniões de pais periódicas, culminância de

projetos abertos à comunidade e encontros do conselho de escola. Lembrando que a

participação da família ainda é muito pequena diante das necessidades da escola.

Nossos alunos encontram-se em nível médio de desempenho escolar, mas em muitas

vezes apresentam-se desinteressados e desestimulados perante as atividades

pedagógicas. As áreas que despertam interesse são as relacionadas as Artes, Educação

Física, Profissões e Tecnologias.

Quanto ao relacionamento entre alunos e professores somos privilegiados, já que as

relações neste ambiente são muito boas, sem grandes ocorrências de violência e

desrespeito por ambas as partes e, como as relações no ambiente escolar são favoráveis

fica mais fácil a aproximação com nossos alunos, o que possibilita conhecermos melhor

seus anseios e frustrações.

Procuramos trabalhar ao longo do ano letivo com projetos e atividades que possam

aproximar as relações escola-aluno, abordando temas que são da curiosidade e interesse

dos alunos. Temos como projetos: Feira das Profissões, Gincana Cidadã, Sarau

Literário, Jogos inter-classes, Simulado.

Procuramos construir uma identidade para nossa escola, entre erros e acertos,

dificuldades e problemas, um dia acertaremos.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor João Loyola, localizada no Centro do Município da Serra é uma instituição com estrutura precária, em um prédio antigo de aproximadamente 60 anos, que recebe um público alvo de diferentes bairros. A escola iniciou suas atividades atendendo ao Ensino Fundamental, séries iniciais. Hoje, já não oferta esta modalidade de ensino, oferecendo os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

A Escola possui equipe técnica pedagógica, diretor, coordenação e pedagogos, equipe docentes, serviço de limpeza e guarda patrimonial terceirizado e auxiliar de secretaria.

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Há dificuldade do trabalho coletivo, devido aos horários de planejamento, ao rodízio de professores de designação temporária e a estrutura precária.

Na Escola há as salas de aula, laboratório de informática com quadro digital, auditório com data show, biblioteca improvisada, rádio, laboratório de arte e ciências e uma quadra precária.

As relações interpessoais são tranquilas, sem grandes ocorrências de violência e desrespeito graves.

Há dificuldade de trabalho coletivo. Os projetos são iniciativas individuais dos professores, que contam com apoio de alguns colegas. O envolvimento dos estudantes é variado, o compromisso e empenho são pensados individualmente. Os pais participam da vida escola dos filhos apenas quando são convidados.

Em nossa escola nunca foi feito uma avaliação sistematizada sobre o uso de drogas. Há apontamentos de relatos individuais.

Não temos acessos às informações quantitativas sobre o consumo de drogas em nossa comunidade escolar. As informações são vinculadas na mídia, mas sobre o consumo de drogas no bairro e redondezas.

As drogas mais consumidas no âmbito da comunidade escolar são as bebidas alcoólicas e maconha. Não temos as informações sobre os tipos de usuários, pois são casos isolados.

Os problemas relacionados ao uso de drogas identificadas são delinquência e conflitos familiares, dados obtidos por meio de relatos dos alunos. De forma geral, nos relatos observamos que as características do problema de uso de drogas na escola referem-se ao envolvimento com o tráfico da região.

Devida à região onde se encontra a escola, a questão das drogas é muito enfocada pela mídia, principalmente no que se refere ao tráfico. As pessoas da escola e da comunidade encaram a questão com receio, sem muita discussão a respeito. De forma geral, o usuário e tachado como marginal.

Já tivemos algumas palestras do Programa de Erradicação as Drogas em nossa escola, mas não houve continuidade e nem desenvolvimento de novos trabalhos por parte do corpo docente.

Em relação aos familiares dos alunos há relatos de alcoolismo e uso de drogas. Em relação à comunidade local há o tráfico. Quanto aos professores e funcionários não há indícios de alcoolismo ou dependência.

Referencial teórico do projeto

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Buscamos como referencial teórico autores que direcionam a ideia da prevenção

do uso de drogas no ambiente escolar por meio de diálogos abertos entre professores e

alunos, buscando a formação de um cidadão crítico e transformador de suas realidades.

O projeto político pedagógico de nossa escola direciona-se, por meio das

atividades curriculares para uma formação cidadã, no qual o aluno é visto como sujeito

ativo e transformador das realidades em que se insere.

A ideia da prevenção ao uso de drogas em nosso contexto escolar, estimulada

por diálogos concretos e sistematizados, corrobora com a ideia de Bucher (2007) ao

vincular-se com os discursos reais trazidos por nossos alunos nos diálogos com os

professores, tornando-os sujeitos ativos e transformadores. Desta forma,

Para que a prevenção seja vinculada a uma ética não perversa, mas verídica, isto é, baseada em informações enunciadas com clareza e com conteúdos de veracidade, visando a objetivos transparentes, precisa-se de uma série de pressupostos no que tange ao conhecimento da realidade na qual se pretende intervir (Bucher, 2007, p. 117).

Entendendo que a dimensão ética da prevenção como reflete Sudbrack, (2003)

nos diálogos com Bucher (2007) encaminha-se para a formação cidadã de nossos

alunos. A ideia da formação cidadã é enfatizada pela “formação de valores e o

enfrentamento da realidade, numa postura crítica aos modelos de prevenção embasados

em ideologias repressoras” (Sudbrack, 2003, p. 124).

Desta forma, os encaminhamentos refletidos pela ideia da formação cidadã do

sujeito crítico e transformador de sua realidade são coerentes com as ideias centrais do

projeto político pedagógico de nossa escola e de seus direcionamentos.

Os diálogos nas propostas pedagógicas, mediadas pelas ações dos professores

orientam para o conhecimento sobre o uso e prevenção de drogas. Como nos informa

Zeitoune et al.: “É importante que os adolescentes saibam diferenciar as drogas, bem

como conhecer seus efeitos e consequências originadas com o uso dessas substâncias”

(2012, p. 60), pois as informações contribuem como um fator de prevenção para o uso

de drogas quando ocorrem de forma sistematizada e abrangente.

Assim, por meio da informação sistematizada nos diálogos entre professores e

alunos podemos direcionar para uma proposta de prevenção vinculada a ideia de que,

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A escola passou a ser o espaço privilegiado para o desenvolvimento de atividades preventivas, visando à educação para a saúde, visto que uma parcela significativa da população passa por ela numa idade e em circunstâncias altamente favoráveis (MOREIRA ET AL., 2006).

Seguindo a ideia enfatizada por MOREIRA ET AL. acreditamos em um modelo

de intervenção que direciona-se para a redução de danos e promoção de saúde, que por

meio de ações pedagógicas e dialógicas direcionam para a ideia de um aluno-cidadão

que “ao longo do seu desenvolvimento, passaria a ser livre e apto para elaborar a sua

própria equação de vida saudável” (2006, p. 814)

.

Objetivo geral

Inserir no espaço escolar um projeto de prevenção por meio de ações pedagógicas

direcionadas pelos diálogos entre professores e alunos.

Objetivos específicos

Ampliar os diálogos na escola em relação ao uso de drogas;

Incluir no planejamento pedagógico as discussões em relação à prevenção ao uso de

drogas, por meio de ações dialógicas;

Construir coletivamente estratégias de prevenção quanto ao uso de drogas dentro e fora

do ambiente escolar;

Definição dos sujeitos do projeto de prevenção

Os sujeitos do projeto de prevenção serão os alunos que cursam o Ensino Médio

no turno matutino da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor João

Loyola.

Recebemos em nossa escola alunos provenientes de diferentes bairros que

apresentam índices elevados de tráfico de drogas. No entanto, nunca foi feita uma

avaliação sistematizada sobre o envolvimento de nossos alunos com as drogas. O

assunto muitas vezes é tratado de forma velada, e não aproveitamos a facilidade de

relacionamento entre alunos e professores, uma vez que estas relações ocorrem de

forma muito cordial as relações no ambiente escolar são favoráveis para estabelecermos

diálogos sistematizados com nossos alunos no que se refere ao uso de drogas e as

possibilidades de prevenção.

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METODOLOGIA

Inicialmente trabalharemos com o levantamento de informações a respeito do uso de

drogas na escola e na sua comunidade, fazendo a observação do cotidiano escolar e

contando com a parceria do Conselho Tutelar.

Os trabalhos realizados darão enfoque a informação, para tal utilizaremos como recurso

palestras, seminários, filmes e montagem de uma campanha própria de combate ao uso

de drogas.

Nos dias de planejamento coletivo os professores reunirão para montar uma proposta de

trabalho em sala de aula sobre o tema dentro de suas áreas de conhecimento, que será

integrada ao Projeto Pedagógico da escola.

Organizar um grupo de sistematização do trabalho envolvendo profissionais da escola,

alunos e representantes do segmento família que ficarão responsáveis pelo contato com

as parcerias e divulgação de cronograma de atividades.

Nas abordagens do tema em sala de aula contaremos com a colaboração de alunos

monitores.

Reuniremos o conselho de escola para apresentar os resultados dos levantamentos feitos

e apresentar a proposta de trabalho.

Utilizaremos o Dia da Família na Escola, instituído em calendário escolar, para

sistematizar todas as informações, discussões e produções

Recursos Humanos:

Representante do A.A. (Associação Alcoólatras Anônimos);

Conselho tutelar;

Conselho escolar;

Alunos monitores;

Fórum;

Prefeitura;

Recurso físico:

Auditório;

Ginásio Poliesportivo do bairro;

Biblioteca;

Laboratório de informática;

Salas de aula;

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Recurso material:

Os gastos materiais serão indiretos, pois serão utilizados recursos já disponíveis na

escola.

Vídeos;

Data show;

Som/microfone e caixa amplificada;

Maquina fotográfica/ filmadora;

Computador;

Xérox;

Papel;

Livros;

Faixas alusivas;

Ações:

Abordagem dos temas em sala de aula com apoio de alunos monitores;

Estudos sobre o tema em apostilas, livros e internet com grupos de alunos e professores;

Construir slogans e cartaz propaganda para conscientização sobre os malefícios da

droga;

Seminários, palestras e debates com convidados;

Reuniões com conselho de escola;

Reuniões com Conselho Tutelar, Fórum Equipe Gestora e Educadores de Apoio;

Reuniões de Pais e Mestres;

Confecção de folder e faixas alusivas ao tema;

Caminhada pelo bairro envolvendo a comunidade escolar e outras instituições alertando

para a prevenção e o combate às drogas;

Produção e montagem de uma campanha própria de combate ao uso de drogas.

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Neste tópico, deve ser inserido o que foi elaborado na atividade colaborativa 4, denominada Definindo a metodologiae as ações preventivas.Para melhor estruturar as atividades, devem-se incluir os recursos humanos, físicos e materiais, custos financeirose cronograma do projeto, conforme conteúdo da unidade 16 (VER

UNIDADE NO LIVRO).

EIXO 1: Participação juvenil e a formação de multiplicadoresA participação juvenil é essencial em todos os projetos de prevenção e deve ser estimulada por meio da formaçãode lideranças e da valorização das redes sociais dos alunos, como espaços de possibilidades educacionaisreflexivas e criativas. Uma atividade muito comum nesta perspectiva são as oficinas de formação de multiplicadores,nas quais os adolescentes se apropriarão de novos conhecimentos sobre drogas e construirão, deforma colaborativa, estratégias de promoção de saúde para disseminar entre os colegas, os educadores e aescola como um todo.O ponto de partida de todas as intervenções propostas nesta perspectiva metodológica é a valorização dos potenciaisdos estudantes. Para tanto, é preciso investir na formação de multiplicadores, disseminando a culturada prevenção entre os pares. Enxergar e apostar nos alunos como sujeitos multiplicadores de informação e dehábitos positivos de vida e de promoção de saúde é uma postura fundamental a ser assumida nas diferentesações do projeto de prevenção da escola.As oficinas de formação de multiplicadores devem seguir uma metodologia participativa, criativa e motivadorapara a identificação e/ou formação de lideranças juvenis para a prevenção de álcool e outras drogas no contextoda promoção de saúde na escola.As oficinas têm por objetivo estimular possibilidades reflexivas sobre os fatores de risco e de proteção, identificadosem seus diferentes contextos de socialização: família, escola, grupos de pares, comunidade, incluindoas comunidades virtuais.Os resultados das oficinas poderão ser divulgados para os demais alunos, para os educadores e as famílias, emeventos como feiras de saúde, painéis de debate entre as turmas, gincanas, enfim, projetos de disseminaçãode informação científica sobre drogas.

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IMPORTANTEOficinas de formação para adolescentes multiplicadores devem disponibilizar conhecimentos, promoverreflexão crítica e desenvolver habilidades para atuar na prevenção do uso de drogas.O trabalho educativo, voltado para a formação de multiplicadores, tem mostrado que alguns métodos e técnicassão mais efetivos do que outros.As oficinas têm apresentado melhores resultados que palestras feitas para um grande número de pessoas.Elas envolvem metodologia participativa, com técnicas diversificadas, como dinâmicas de grupo, vivências eatividades lúdicas (jogos). Como o seu objetivo é questionar e modificar crenças, atitudes e comportamentos,elas funcionam melhor com um número reduzido de participantes – em torno de 15 a 25 pessoas – com cargahorária definida.�. Procurem novas contribuições metodológicas e materiais de apoio para a formação de multiplicadores nabiblioteca virtual. Para esse eixo do projeto serão oferecidas cartilhas e materiais pedagógicos da SENAD,indicados na biblioteca vitual.26 Caderno de Orientações

EIXO 2: Integrando a prevenção no currículo escolarEste eixo de ações preventivas direciona-se ao aproveitamento do espaço da sala de aula e do próprio currículoescolar como possibilidade de disseminação da prevenção do uso de drogas e da promoção de saúde. Caberáa cada professor, e, em especial, às coordenações pedagógicas, discutir e definir um formato interessante deassociar a temática da prevenção no seu planejamento.Neste eixo de ação, os educadores realizarão atividades integradas entre as diferentes disciplinas em torno damesma temática que pode ser tangencial ao tema das drogas, como por exemplo: viver com saúde; lazer semriscos; hábitos de vida saudáveis; melhoria da qualidade de vida. Nesse sentido, todas as disciplinas poderãoconstituir ricos cenários para a temática da promoção de saúde, a depender da articulação com os conteúdoscurriculares desenvolvidos em sala de aula e entre as áreas de conhecimento e na parte diversificada do currículo.Caberá ao educador identificar possibilidades de integração da prevenção do uso de drogas no currículo escolar,de forma criativa e motivadora, para os alunos nas diferentes disciplinas: desde a Filosofia – como espaçoreflexivo e de questionamento de valores e de formação pessoal – à Educação Física, como contexto deaprendizagem de cuidados com o corpo, consciência corporal e de formação de atitudes de equipe, convivência

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em grupo, regras e disciplina.No vídeo da unidade 13 (módulo 4), “A aula imita a vida”, fica bem ilustrada a possibilidade de integração nadisciplina de História. Nos textos didáticos da unidade 13 são apresentados exemplos de integração nas disciplinasde Português, de Matemática, de Geografia, dentre outras. Da mesma forma, vimos que o trabalho daorientação educacional poderá desenvolver propostas integradas e coletivas que atuem em parceria na perspectivada promoção da saúde e do desenvolvimento humano. Trata-se da valorização de espaços de diálogopara a abordagem dos fatores de risco do uso de drogas presentes na vida dos educandos e da própria escola.Como nem todos os integrantes da escola tiveram a oportunidade de acompanhar esse curso, socializemos conhecimentos e as reflexões realizadas, aumentando as possibilidades de outros educadoresparticiparem da proposta de prevenção do uso de drogas na escola.IMPORTANTESocializar não significa simplesmente divulgar, mas facilitar para que concepções e atitudes de promoção dasaúde possam ser compartilhadas e internalizadas pela comunidade escolar. Nesse sentido, o projeto queserá elaborado passará a traduzir desejos e a organizar uma determinada maneira de realizar a prevençãona escola.Esta perspectiva, por si só, já consiste em uma estratégia efetiva para direcionar um projeto de prevençãopara a escola: ampliar o número de educadores capacitados para ações preventivas.Para capacitar outros educadores que pretendem abordar o tema da prevenção do uso de drogas em suasdisciplinas, é indicado, também, construir parcerias com outras instituições governamentais (da área desaúde, por exemplo) ou com universidades que tenham estudos e experiências no trabalho preventivo.Essas parcerias, além de atividades de capacitação (cursos, oficinas), poderão contribuir com ações desupervisão na própria escola.Consultem a biblioteca virtual para enriquecer as pesquisas e atividades do grupo.Diálogo

Construindo o projeto de prevenção do uso de drogas Da escola 27EIXO 3: O resgate da autoridade na família e na escolaNeste eixo, o projeto vai investir em uma parceria que é fundamentalpara a escola na abordagem do tema da drogadição:a família. Por sua vez, a família precisa encontrar na escolaespaço para dialogar sobre o tema e receber as orientaçõesde que necessita. Para tanto, é importante que sejam construídos

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espaços de diálogo entre pais e professores sobre otema. São ações desejáveis, neste eixo, todas as iniciativasque promovam melhor aproximação da escola com as famílias,tais como: encontros, debates, reuniões, festividadescompartilhadas. Cabe destacar a necessidade de mudança dacultura de muitas escolas de chamar as famílias apenas paraatividades avaliativas dos alunos ou devido a problemas decomportamento deles.A proposta da escola em rede resgata a parceria escola-família como um potencial para a escola avançar emsuas próprias metas educativas em várias dimensões e, em especial, no resgate da autoridade, que é um tematangencial ao tema da prevenção do uso de drogas. Para tanto, os encontros e reuniões com as famílias devemse valorizados e investidos por ambos os lados.A escola deve contar com a participação das famílias na própria concepção e organização dos eventos, comsensibilidade para as demandas e potenciais dos pais contribuírem de diferentes formas. Da mesma forma,poderá compartilhar com eles suas demandas, integrando as famílias ao processo educativo dos alunos comoum todo, e não apenas o aprendizado das matérias curriculares. Sugerimos que, também com os pais, o temada prevenção do uso de drogas seja abordado no contexto de temáticas mais amplas como: promoção de saúde,lazer saudável, diálogo pais-filhos, adolescência, entre outros. Os temas devem ter sempre um conteúdopositivo relacionado à educação e à promoção de saúde.Os encontros podem ser em pequenos grupos para facilitar a comunicação e favorecer um clima de confiançapara as trocas necessárias. Grandes eventos, como conferências em palco de auditórios, não são adequadospara avançar neste sentido. À medida que os educadores se sentem mais preparados, se tornarão maiscompetentes para a coordenação de grupos, com habilidade de escuta e de diálogo, assumindo as atividadesprenventivas, em vez de delegá-las apenas a convidados externos.A coordenação pedagógica e a orientação educacional, juntamente com a direção da escola, têm papel fundamentalnesta proposta de trabalho com as famílias. Não se trata de trazer soluções para elas, mas de oferecerespaços para compartilharem e construírem juntas possíveis respostas às questões que são comuns à famíliae à escola, no cotidiano de cada uma junto ao aluno/filho.A experiência tem nos mostrado que o simples fato de reunir os pais para dialogarem sobre suas inquietudesno processo educativo dos filhos resulta extremamente rico, tendo em vista que eles se tranquilizam ao compartilhar

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situações comuns e passam a construir soluções coletivamente. Nos tempos atuais, em que os paisvivenciam muitas situações novas – e não há como ter receitas prontas –, a melhor forma de ajudá-los é promovercontextos para um diálogo franco destes com a escola e deles entre si. A prevenção do uso de drogasse realiza quando os pais não estão mais sós e contam também com uma rede de parceiros para compartilharsuas inquietudes e gratificações na educação dos filhos. Quando os laços se fortalecem, as vulnerabilidadesse reduzem, e dentre elas, os riscos do uso de drogas.Busquem outras contribuições para o resgate da autoridade na família e na escola na biblioteca virtual noEspaço da Turma.

REFERÊNCIAS

Bucher, R. A ética da prevenção. Psic.: Teor. e Pesq. vol.23, Brasília,  2007 . Disponível

em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-7722007000500021

Moreira, F. Silveira, D, Andreoli, S. Redução de danos do uso indevido de drogas no

contexto da escola promotora de saúde.  Disponível

em: http://www.scielosp.org/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S14131232006000300028&lang=pt

Sudbrack, M. F. O. Comentário sobre o artigo: a ética da prevenção. Psic. Teor. e

Pesq., vol 23, Brasília, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S01027722007000500022&lng=en&nrm=iso

Zeitoune, Regina Célia Gollner, Ferreira, Vinícius dos Santos, Silveira, Helaine Silva

da, Domingos, Ana Maria, & Maia, Aniely Coelho. (2012). O conhecimento de

adolescentes sobre drogas lícitas e ilícitas: uma contribuição para a enfermagem

comunitária. Escola Anna Nery, 16(1), 57-63. Disponível

em:http://www.scielo.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S14141452012000100008&lng=en&tlng=pt.%20http://

dx.doi.org/10.1590/S1414-81452012000100008