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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL PROJETO DE IMPLANTAÇÃO, CONDUÇÃO, COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL PROJETO FLORESTAL Juliana Darela Linéia Roberta Zen Manoela Mendes Duarte Patrícia Lencina

PROJETO MECANIZAÇÃO 3

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Page 1: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO, CONDUÇÃO, COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL

PROJETO FLORESTAL

Juliana DarelaLinéia Roberta Zen

Manoela Mendes DuartePatrícia Lencina

Frederico Westphalen, Junho, 2010.

Page 2: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Nome da empresa

Page 3: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3

2 OBJETIVOS.........................................................................................................8

3 DESCRIÇÃO DA ÁREA.......................................................................................9

4 DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE...............................................................................17

5 PRODUÇÃO FLORESTAL – LISTAGEM DE OPERAÇÕES............................24

6 ETAPA DE IMPLANTAÇÃO..............................................................................26

7 ETAPA DE CONDUÇÃO...................................................................................45

8 ETAPA DE COLHEITA......................................................................................54

9 ETAPA DE TRANSPORTE – A PARTIR DA COLHEITA MECANIZADA........71

10 ETAPA DE TRANSPORTE – RELATIVO AO SISTEMA DE COLHEITA SEMI-MECANIZADO...........................................................................................................82

Page 4: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

1 INTRODUÇÃO

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2 OBJETIVOS

Este projeto tem por objetivo a implantação, condução, a colheita e o

transporte de 6.200 hectares de Eucalyptus grandis em uma área localizada no

município de Sorriso, Mato Grosso. A colheita das toras será destinada ao mercado

de Postes da região.

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3 DESCRIÇÃO DA ÁREA

3.1 Localização

A área para execução do projeto esta localizada próxima ao município

de Sorriso, situada na região norte do Estado de Mato Grosso, no Km 742 da

rodovia federal BR-163, Cuiabá - Santarém, a 412 km da capital, Cuiabá. O

Município de Sorriso limita-se, ao Norte com o Município de Sinop e Vera (Limite

natural Rio Celeste); ao Sul com o Município de Lucas do Rio Verde (Limite natural

Rio Verde); ao sudeste com Santa Rita do Trivelato; ao Leste com os Municípios de

Vera e Nova Ubiratã; e ao Oeste com os Municípios de Tapurah (Limite natural Rio

Verde) e Ipiranga do Norte.

Figura 1 . Mapa de localização de Sorriso, Mato Grosso.

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Figura 2. Vista da área de implantação (GOOGLE EARTH, 2010).

Sorriso está localizada na Região Geográfica Centro-Oeste, na Mesorregião

Norte Matogrossense e na Microregião Alto Teles Pires.  Sua altitude é de 365

metros, sendo suas coordenadas: Latitude 110 43’ 38” S. Longitude 550  06’ 36” W. O

Município de Sorriso possui uma área de 934.600 hectares, segundo o IBGE. O

perímetro urbamo ocupa 7.569 hectares e o restante constitui área rural (Figuras 1 e

2).

A área adquirida para a implantação do projeto florestal contempla 9926,5

hectares situados próximo a MT 242, no município de Sorriso. A área efetiva de

plantio é 6.200 hectares e será dividida em 66 talhões.

3.1 Vias de acesso

A principal rodovia de acesso a área de implantação é a BR 163. Esta rodovia

da acesso às MT 242 e MT 140 que se localizam próximas à área de implantação do

projeto, constituindo estas as principais vias de acesso e transporte que ligam a área

de plantio ao destino final da madeira produzida.

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3.2 Caracterização dos centros consumidores

Estudando o perfil econômico da região para o destino final da madeira,

conclui-se que o melhor destino é para empresa de preservação de madeira para

postes POSTEDURO Ltda, localizada a 80 km de Sorriso no municipio de Sinop,

MT.

3.3 Relevo da região

Predominam os relevos planos com solos argilosos ou arenoargilosos, nas

partes mais altas, em altitudes médias em torno de 350 m. A bacia hidrográfica da

região é composta pelos rios Teles Pires, Verde, Morocó, Lira, Azul, Ferro,

Matrinchã, além de muitos ribeirões e nascentes menores e perenes.

3.4 Solo da região

O solo predominante na área de plantio é do tipo Latossolos Amarelos

distróficos. Esse tipo de solo é bem drenado, sendo caracterizado pela ocorrência de

horizonte B latossólico de cores vermelhas a vermelho-amareladas, com teores de

Fe2O3 iguais ou inferiores a 11% e normalmente maiores que 7%, quando a textura

é argilosa ou muito argilosa. São solos profundos e suas características físicas são

muito favoráveis ao aproveitamento agrícola, refletidas em boa drenagem interna,

boa aeração e ausência de impedimentos físicos à mecanização e penetração de

raízes. São bastante utilizados, ora com pastagens plantadas (textura média), ora

com lavouras (textura argilosa). O relevo de sua ocorrência é suave ondulado ou

plano, sob vegetação de Cerrado e Floresta (EMBRAPA, 2010).

São solos minerais, não-hidromórficos, profundos (normalmente superiores a 2

metros), horizonte B muito espesso (> 50 cm) com sequencia de horizontes A, B e C

pouco diferenciados, as cores variam de vermelhas muito escuras a amarelas,

geralmente escuras no A, vivas no B e mais claras no C. A sílica (SiO2) e as bases

trocaveis são removidas do sistema, levando ao enrequicimento com óxidos de ferro

e de alumínio que são agentes agregantes, dando a massa do solo aspecto maçiço

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poroso; apresentam estrutura granular muito pequena ; são maciços quando secos e

altamente friáveis quando úmidos (Resende et al., 1995; Ker, 1995 apud SOUSA).

Os intermediários para Latossolos apresentam aptidão para uso mais

intensivo, mesmo contendo baixa fertilidade natural, uma vez q são profundos. Essa

limitação pode ser corrigida, desde que ocorram em áreas de relevo suavizado.

Culturas perenes também são uma alternativa para esses solos, principalmente os

mais profundos (Djalma Martinhão Gomes de Souza e Edson Lobato).

Os solos distróficos e álicos, além da limitação da fertilidade podem ainda

apresentar problemas com a eficiência da adubação e da calagem se estiverem

localizados em relevos de ondulados a forte ondulados. Nessas situações, é

imprescindível a utilização de práticas de conservação do solo para evitar perdas de

fertilizantes e de corretivos por erosão. Os problemas podem ser mais graves se o

solo for cascalhento.

Quando a fertilidade natural é elevada e não há pedregosidade, sua aptidão é

boa para a agricultura. São particularmente indicados para situações em que não é

possível grandes aplicações de capital para o melhoramento e a conservação do

solo e das lavouras, o que é mais comum em áreas de agricultura familiar.

Os intermediários para Latossolos apresentam aptidão para uso mais

intensivo, mesmo contendo baixa fertilidade natural, uma vez que são profundos.

Essa limitação pode ser corrigida, desde que ocorram em áreas de relevo

suavizado. Culturas perenes também pode ser uma alternativa para esses solos,

principalmente os mais profundos (Djalma Martinhão Gomes de Souza e Edson

Lobato).

Caracterização química do solo

Esse tipo de solo tem nas características químicas as suas principais limitações

ao aproveitamento agrícola, impondo a execução de práticas para correção química

(adubação e calagem).

Devido a sua grande variação nas limitações de sua acidez e fertilidade,

não será relaziada a calagem do solo e sim melhorada sua fertilidade com

adubação. MEMORIAL DESCRITIVO.

Page 10: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Figura 3. Solos do Mato Grosso. Fonte: EMBRAPA, 2010.

3.5 Vegetação

A vegetação da região do município de Sorriso é constituída por cerrado,

arbóreo denso (cerradão), apresentando acima de 100 m³ (cem metros cúbicos) de

lenha/ha.

O Cerradão é a uma formação florestal do bioma Cerrado com características

esclerofilas (grande ocorrência de órgãos vegetais rijos, principalmente folhas) e

xeromórficas (com características como folhas reduzidas, suculência, pilosidade

densa ou com cutícula grossa que permitem conservar água e, portanto, suportar

condições de seca). Caracteriza-se pela presença preferencial de espécies que

ocorrem no Cerrado e também por espécies de florestas, particularmente as da Mata

Seca Semidecídua e da Mata de Galeria não-Inundável.

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Do ponto de vista fisionômico é uma floresta, mas floristicamente se assemelha

mais ao Cerrado (EMBRAPA, 2007). A Figura 4 mostra o perfil e a cobertura de um

Cerradão.

Figura 4. Perfil e cobertura arbórea de um Cerradão.

Esse tipo de vegetação cobre aproximadamente 35% da área do município.

Nos 65% restantes encontram-se os cerrados abertos ou campos cerrados, os quais

se localizam nas áreas mais elevadas, de topografia plana e/ou arbórea e refeita,

não ultrapassando os 10 m³ (dez metros cúbicos) de lenha/ha.

A diversidade das árvores do Cerrado é muito grande. Entre as árvores

características dos cerrados destacam-se: Lixeira (Curatella americana); Pau-terra

de folhas grandes ou miúdas (Qualea grandiflora e Qualea parviflora);Pequi

(Caryocar brasiliensis); Pau-santo (Kielmeyera coriacea); Ipê (Tabebuia

caraiba) ;Peroba-do-campo (Aspidosperma tomentosum).

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Figura 5. Ipê (Tabebuia caraiba)

3.6 Clima

Segundo a classificação de Koppen, o tipo climático predominante na região é

o AWI - clima tropical úmido, com estação seca bem definida (inverno/verão) e

adiferença de temperatura média entre o mês mais quente (outubro) em torno

de37ºC e o mais frio (junho) em torno de 15ºC. A precipitação média anual está em

torno de 2.233 mm, sendo que 87% deste total concentram-se no período de

outubro a março. A temperatura média anual é de 26ºC. A média da umidade

relativa do ar é de 80%.

3.6 Divisão da área (talhonamento)

A área total adquirida para a implantação do projeto é de 9.926,49 hectares. A

área de efetivo plantio corresponde a 6.200 hectares do total da área, e esta será

dividida em quatro glebas, e estas divididas em 66 talhões. Os talhões terão uma

distância média entre si de 300 metros e serão alocados no sentido leste-oeste da

área. Os talhões serão delimitados por estradas secundárias e todas elas darão

acesso à estrada principal. A estrada principal terá acesso direto às MT 242 e MT

140 pelas quais a madeira do povoamento será escoada até o destino final. Na

Tabela 1 estão descritas as áreas ocupadas por cada talhão.

Nos anexos encontram-se a localização de cada Gleba com seus respectivos

talhões. A área total adquirida é de 9 926, 49 ha.

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GLEBA TALHÃO ÁREA1 1 132,471 2 121,751 3 115,271 4 118,971 5 111,451 6 107,051 7 107,971 8 107,811 9 106,81 10 52,622 11 94,532 12 94,562 13 86,972 14 90,32 15 88,92 16 85,812 17 78,942 18 73,972 19 70,222 20 37,592 21 24,033 22 16,433 23 15,013 24 115,473 25 118,183 26 125,583 27 283 28 24,713 29 233 30 30,523 31 95,293 32 132,583 33 150,813 34 161,63 35 197,233 36 192,833 37 316,883 38 72,974 39 161,744 40 75,564 41 87,94 42 99,064 43 102,54 44 104,414 45 162,854 46 169,74 47 162,754 48 154,324 49 127,334 50 85,514 51 89,674 52 118,44 53 60,774 54 55,674 55 72,894 56 71,88

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* Este valor inclui 2 áreas de mata nativa dentro dos talhões. Retirando essas áreas o total de área efetiva de plantio ficará de 6.200 hectares.

As estradas de acesso aos talhões irão apresentar 5 metros de largura e as

estradas que contornam toda a área apresentarão 6 metros de largura. A estrada

principal terá 8 metros de largura. O total de área representado pelas estradas será

de 148 hectares (97,07ha de estradas secundárias entre os talhões, 23,31ha a

secundária de contorno da área e 27,65ha a estrada principal), representando um

total de 2,4% da área total de plantio efetivo.

Segundo a legislação florestal brasileira, nas regiões de Cerrado, a Reserva

Legal deve ser de 35%. A área adquirida pela empresa para a implantação do

projeto é de 9.926 hectares, dos quais 3.726,49 hectares foram identificados como

Áreas de Preservação Permanente, constituindo uma área superior a 35%, podendo

então assim ser incluída como Reserva Legal. Essas áreas contornam a área efetiva

de plantio, mantendo uma grande diversidade de espécies e de córregos, rios, e

pequenos riachos. Na tabela 2 é discriminada cada área ocupada por essas

unidades.

Tabela 2. Áreas ocupadas por plantio efetivo, estradas, reserva legal e APPs.

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Unidade Área (ha)

Área de efetivo plantio 6051,98

Estradas primárias 27,65

Estradas secundárias contorno 23,31

Estradas secundárias entre talhões 97,07

Reserva legal e APP’s 3726,49

Área total 9926,5

4 DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

4.1 Área de ocorrência

A espécie Eucalyptus grandis, pertence à subtribo Eucalyptinae, da tribo

Leptospermeae, a qual é membro da subfamília Leptospermoideae, da família

Myrtaceae, gênero Eucalypitus (RIZZINI, 1978).

Espécie originária da Austrália, ocorre naturalmente ao norte do estado de

New South Wales, ao sul de Queensland (próximo a região costeira e na parte

central), e ao norte de Queensland em áreas de altitude de 300 a 900 m

(FERREIRA, 1979).

4.2 Adaptabilidade do Eucalyptus grandis

As condições de ocorrência do E. grandis, são de clima temperado-

subtropical, de temperatura média anual de 15º a 21ºC, índice pluviométrico de 650

a 1000 milímetros, uniformes, evaporação de 750 a 1000mm. A espécie é

relativamente resistente a geada.

Melhor crescimento em solos úmidos, profundo, bem drenado e férteis.

Umidade atmosférica constantemente elevada, suporta solo pesado ocasionalmente

alagado e invasão por submata de floresta pluvial (RIZZINI, 1978). Esta espécie se

adapta melhor a climas úmidos, mas também é tolerante quando é submetido a

estações secas.

Page 16: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

No Brasil a espécie se desenvolve bem nas regiões de áreas situadas acima

do paralelo 24º Sul, de clima predominantemente tropical. Existem plantações nos

estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do

Sul, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

A região sudeste brasileira, predominantemente tropical e não sujeita a

geadas de forte intensidade, concentra a maior área de plantio.

As principais exigências da espécie são solos úmidos, bem drenados, não

tolera solos hidromórficos. Adapta-se bem a solos de baixa fertilidade.

FIGURA 1. Região de ocorrência natural da espécie E. grandis. FONTE: geology.com

4.3 Características morfológicas

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O E. grandis é uma árvore de grande porte e pode chegar até 50m de altura.

Podem atingir diâmetros entre 120-180cm no país de origem (planícies, encostas

baixas e margem de floresta pluvial, solos bons e úmidos) (RIZZINI, 1978).

A espécie apresenta fuste reto, casca lisa, esbranquiçada, desprendendo-se

em lâminas. As folhas são estreitamente ovado –lanceoladas, inflorescência simples

pedunculada, frutos sésseis. Possui o lenho cor rosa-forte ou vermelho-pardacento-

clara. A madeira é moderadamente dura, sendo entre as espécies de eucaliptos uma

das mais leves, macias e friáveis. Apresenta textura fina e grã direita.

FIGURA 2. Eucalyptus grandis. FONTE: JGI 2010

4.4 Manejo de Eucalyptus

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4.4.1 Desbate

Para melhor distribuir o espaço horizontal a prática de desbaste permite

direcionar o potencial produtivo do sítio para as árvores de maior valor comercial e

evitar sua dispersão em indivíduos indesejáveis ou de menor valor (SCHULTZ,

1969).

No desbaste, as árvores a serem eliminadas devem ser as mortas,

dominadas ou defeituosas. Os indivíduos remanescentes são escolhidos de acordo

com determinadas características previamente estabelecidas, variáveis em função

do propósito a que se destina a produção. A distribuição uniforme dos indivíduos na

área deve ser considerada, mesmo que algumas árvores de boas características

sejam eliminadas e outras menos desejáveis continuem a compor o povoamento

(SIMÕES et al., 1981).

Segundo Machado da Fonseca (et al.) a realização de desbastes depende do

espaçamento inicial e de uso da madeira a que se destina a floresta. Em geral, para

postes são necessários espaçamentos maiores, a fim de que as árvores tenham

maior crescimento em diâmetro. No caso de plantio clonal no espaçamento 3 x 3 m,

efetuam-se dois desbastes sempre quando iniciar a estagnação do crescimento

diamétrico (área basal); reduzir a população em aproximadamente 50% a cada

desbaste.

Dependendo do crescimento da floresta, recomenda-se que o primeiro

desbaste ocorra entre 4 e 6 anos de idade, deixando-se em torno de 500 árvores por

hectare, o segundo ocorra entre 8 e 10 anos, deixando-se 250 árvores por hectare

4.4.2 Desrama

A desrama visa à produção de madeira sem nós. Em espaçamentos mais

adensados, por exemplo 3 x 2 m ou 3 x 3 m, as árvores de eucalipto apresentam

desrama natural.

Para realizar a desrama, devem-se usar ferramentas adequadas e evitar

ferimentos no tronco, pois essas injúrias podem constituir portas de entrada para

patógenos e fungos apodrecedores do lenho.

A operação de desrama só se justifica em áreas manejadas por desbastes e

para aquelas árvores que serão colhidas no segundo desbaste ou no corte final.

Page 19: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

4.5 Importância do Eucalyptus

O gênero Eucalyptus é amplamente cultivado no Brasil pela sua importância

como espécie botânica de grande diversidade e boa adaptabilidade a vários tipos de

ambiente. Assim, são crescentes as pesquisas no sentido de estabelecer florestas

de usos múltiplos, voltados principalmente para atender a demanda de madeira para

os mercados nacional e internacional, utilizados para diversos fins. Dentre as

espécies do gênero Eucalyptus destaca-se a espécie E. grandis, de ampla

diversidade de uso e potencialidade. (Custódio et al. 2009).

O Eucalyptus grandis se destaca como uma das principais fontes de matéria-

prima para produção de papel e celulose e mais recentemente como madeira para

serraria e também para produção de mel, sendo suas flores de grande atratividade

para as abelhas.

O E. grandis é o mais plantado no mundo devido às características

silviculturais desejáveis e a aplicabilidade da madeira para diversos fins, aliada à

grande variabilidade genética e à facilidade de aquisição de sementes em

quantidade e qualidade (MARTINS, 1999).

4.6 Produção e Rentabilidade do Eucalyptus

O eucalipto foi introduzido no Brasil em 1911, por Navarro de Andrade. O

objetivo era suprir as necessidades de lenha, postes e dormentes das estradas de

ferro, na região Sudeste.

O eucalipto teve um crescimento expressivo durante o período dos incentivos

fiscais, nas décadas de 60, 70 e perdurou até meados dos anos 80.

A produtividade do eucalipto, dado o seu rápido crescimento, pode ser

considerada como um dos principais fatores que determinaram sua expansão no

mercado de papel e celulose e, também, para serraria e demais utilizações desta

espécie.

5 PRODUÇÃO FLORESTAL – LISTAGEM DE OPERAÇÕES

Page 20: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

A implantação do projeto iniciará no mês de Abril do ano de 2010, sendo

realizado um desbaste aos 6 anos de idade do povoamento, o qual retirará 40 % das

árvores da área e o corte final será realizado aos 10 anos, quando o povoamento

terá atingido cerca de 22 metros de altura e um incremento médio em diâmetro de

380 m ³/ha.

O povoamento tem como principal objetivo a produção de toras para postes.

As mudas utilizadas no plantio serão clonais e de alta qualidade genética. O plantio

será efetuado com mudas de cerca de 30cm de altura.

A madeira que será retirada no processo de desbaste será vendida para silos

regionais, os quais utilizarão essas madeiras com função energética no aquecimento

das fornalhas para secagem dos grãos ali armazenados.

A madeira obtida através do corte raso do povoamento será destinada a uma

empresa de tratamento de madeira de Eucalyptus para postes, localizada no

município de Sinop. As toras serão transportadas até a empresa ainda com casca, e

esta será responsável pelo descascamento. Isto acontece pelo fato de que a

extração da madeira de dentro dos talhões é feita com a utilização de Skidder’s que

arrastam a madeira e sujam as toras e se estas estiverem sem a casca durante o

processo de arraste a sujeita poderá prejudicar no processo de impregnação do

produto de tratamento que é utilizado nos postes.

5.1 Implantação

Nesta fase serão desenvolvidas as seguintes operações:

a) Demarcação das Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal;b) Limpeza da área;c) Demarcação das estradas;d) Controle de formigas;e) Análise do solo;f) Preparo do solo;g) Adubação;h) Plantio;i) Replantio;

5.2 Condução

Na fase de condução as atividades realizadas serão:

Page 21: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

a) Manutenção das estradas;b) Monitoramento e controle de formigas;c) Controle mato-competição; d) Desrrama (natural);e) Desbaste;

5.3 Colheita

a) Derrubada;b) Desgalhamento;c) Seccionamento;

5.4 Extração da madeira

a) Arraste;

5.4 Transporte

a) Carregamento;b) Transporte.

6 ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

6.1 Memorial descritivo das operações listadas

Demarcação das APP’s e Reserva Legal: avaliação das características gerais da

área total. Identificar a presença de vegetação nativa em diferentes estágios de

sucessão, presença de rios, córregos, vertentes, banhados, áreas com declividade

superior a 45°. Será realizado por operadores à campo, com auxilio de GPS e

Estação Total.

Limpeza da área: retirada da vegetação onde será efetuado o plantio para facilitar

nos futuros trabalhos de implantação. Para retirada da vegetação herbácea será

feito controle químico com herbicida do tipo Roudoup, principio ativo Glifosato, em

área total com pulverizador acoplado ao trator.

Page 22: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Abertura das estradas: na área serão traçadas e construídas estradas primárias

com 8 metros e secundárias com 5 e 6 metros de largura. Essas estradas terão a

principal função de fornecer acesso aos talhões e possibilitarem o transporte das

máquinas e veículos que trabalharam no povoamento (carros, harvesters, skidders,

caminhões, etc.). Essas estradas também terão a importante função de aceiros que

servem para a proteção da floresta contra incêndios, pragas florestais, etc. Esse

serviço de construção das estradas será realizado por empresas terceirizadas e

operários treinados.

Controle de formigas: procedimento manual que será realizado de forma

sistemática, localizando os focos dos formigueiros e o movimento das formigas.

Posteriormente a esse processo, os focos encontrados serão combatidos com isca

formicida GRANVERD. A operação de controle de formigas será iniciado a partir da

implantação do projeto, junto com a abertura das estradas para potencializar o efeito

das iscas formicidas e não terem problemas com esses insetos na hora do plantio

das mudas.

Análise de solo: sendo o tipo de solo conhecido e caracterizado, será feita uma

análise das propriedades químicas do solo, para ver a real necessidade da aplicação

de adubos e se caso necessário a calagem do solo. As amostras serão coletadas

por operadores a campo e posteriormente encaminhadas para laboratórios de

análise de solos.

Preparo do solo: a plantadeira florestal Bioflora PD-5HD ROSTER realizará a

subsolagem nas linhas de plantio, sendo utilizado o sistema de cultivo mínimo do

solo. Simultaneamente a plantadeira realizará o coveamento, a adubação e o plantio

das mudas. A plantadeira apresenta os equipamentos acoplados a ela para a

realização das operações de coveamento, adubação e plantio, sendo a plantadeira

acoplada ao trator.

Adubação: A adubação será realizada juntamente com o preparo de solo e com o

plantio pela plantadeira já mencionada no preparo do solo. O adubo utilizado será o

Page 23: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

NPK na formulação 10-20-10 e será aplicado diretamente nas covas. Para cada

planta serão utilizados 150g do produto.

Plantio: será utilizado o sistema mecanizado com o auxilio de uma plantadeira

(Bioflora PD-5HD ROSTER) acoplada a um trator. O plantio será realizado no

espaçamento 3 x 2,5 sendo plantadas 1333 mudas/ha, totalizando 8.067.289,3

mudas. A mudas utilizadas terão cerca de 30cm de altura.

Época de plantio: o plantio será efetuado entre os meses de novembro de 2010 à

fevereiro de 2011, devido a essa época ser o período de chuvas no estado do Mato

Grosso. Nesse mês as temperaturas são mais amenas, favorecendo o

desenvolvimento das mudas a campo e não sendo necessário assim a utilização de

irrigação no plantio.

Replantio: essa atividade se realizará junto com o plantio, sendo iniciado cerca de

20 dias após a colocação das mudas nas covas. O sistema utilizado será o manual,

onde os operadores farão o replantio com o auxilio do saracuá.

Tabela 4. Organograma das operações relacionadas à implantação do projeto.

Operação Local Área (ha)Demarcação das APPs e Rl Toda a área 9926,49Limpeza da área Área de plantio 6200Abertura das estradas Todos os talhões 6200Controle de formigas Todos os talhões 6200Análise de solo Amostragem nos talhões 6200Preparo do solo Todos os talhões 6200Adubação Todos os talhões 6200Plantio Todos os talhões 6200Replantio Todos os talhões 6200

6.2 Cronograma das operações

Page 24: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

a) Jornada de trabalho dos operadores: 8 horas diárias;

b) Número de horas disponíveis para as atividades no mês: 120 horas;

c) Tempo de implantação: 4 meses.

Quadro 1. Cronograma das atividades de implantação do projeto.

PeríodoOPERAÇÃO A M J J A S O N D J F M Prazo

(d)Área(ha

)Td (d)

Td(h)

Demarcação das APPs e RL

x 30 3726,49 15 120

Limpeza da área x X x x 120 6200 61 488Abertura das estradas x x 60 148,02 23 184Controle de formigas x x x x x x X X x x x X 365 6200 139 695

Análise de solo x x 60 6200* 30 240Preparo do solo X x x x 120 6200 61 488

Adubação X x x x 120 6200 61 488Plantio X x x x 120 6200 61 488

Replantio (10%) X x x x 120 620 61 488

6.3 Ritmo operacional

Tabela 6. Ritmo operacional das atividades de implantação do projeto.

OPERAÇÃO Área (ha)

Qt. De trab. (ha)

Td (h)

R. O. (ha/h)

J. diária (h)

R. O. (ha/dia)

Demarcação das APPs e RL

3726,49 3726,49 120 31,05 8 248,4

Limpeza da área 6051,98 6051,98 488 12,40 8 99,2Abertura das estradas 148,03 148,03 184 0,80 8 6,4Controle de formigas 6051,98 6051,98 695 8,71 5 43,55

Análise de solo 6051,98 6051,98 240 25,22 8 201,76Preparo do solo 6051,98 6051,98 488 12,40 8 99,2

Adubação 6051,98 6051,98 488 12,40 8 99,2Plantio 6051,98 6051,98 488 12,40 8 99,2

Replantio (10%) 605.20 605.20 488 1,24 8 9,92

Page 25: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

6.4 Dimensionamento de máquinas, implementos e mão-de-obra requerida

Equipamentos Utilizados

GPS: será necessário 1 GPS.

Estação total: 1 para a área.

Carro: 1 carro para as visitas e inspeções da área.

Facões: adquirir 20 facões para atividades diversas na área.

Notbook: adquirir dois notbook para atividades necessárias.

Trado: 2 trado para coleta de amostras de solo.

Saracuá: serão necessários 20 saracuás.

Demarcação das APPs e RL

Ritmo Operacional: 31,05 ha/h

Levando-se em consideração que um operário realize 1ha/h, serão necessários 31

operários.

Limpeza da área de 6051,98 ha

Ritmo operacional do pulverizador: 92,2 ha/dia

Rendimento Operacional: 80%

Espaçamento: 3x2,5

Velocidade do trator 8km/hora (8000m/h) x 12(largura da barra)/ 10000 = 7,68 de eficiência operacional

Rendimento operacional requerido : 12,4/ 7,68 = 1,61= 2 Tratores e 2 barras pulverizadoras.

Colocar na mão de obra.

Controle de formigas

Page 26: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Colocar na mão de obra.

Preparo, Plantio e Adubação do solo

Rendimento Operacional da plantadeira: 1200 plantas/hora 1 hora 1200 x h 1333 x= 1,11 horas/ha

Rendimento Operacional Requerido : (1333x 6051,98)/488= 16531.33/ 1200 plantas/há= 13,77= 14 plantadeiras mais 14 tratores e 28 operadores.

Colocar na mão de obra.

OBS:Como a essas operações serão realizadas com plantadeira incluiu-se todos os procedimentos de plantio, adubação e preparo do solo juntos pois esta realiza todos os processos sincronizados.

Replantio:

Realizado com Saracuá

10% da área de plantio

Tempo de 4 meses : 488 horas

1 Homem faz (5 ha/dia)/ 8 horas= 0,62 ha/hora

Rendimento Operacional: 0,62 ha/hora

Rendimento operacional requerido: 12,4 / 0,62 = 20 Saracuás e 20

operadores.

Colocar na mão de obra.

6.5.1 Mão-de-obra requerida

Page 27: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Demarcação de APP’s

Ritmo Operacional: 31,05 ha/h

Levando-se em consideração que um operário realize 1ha/h, serão necessários 31

operários.

Limpeza da área

Serão necessários 4 meses para se realizar a limpeza da área. Serão

necessários 2 operadores para essa atividade.

Controle de formigas

Essa atividade deve ser realizada em toda área efetiva de plantio sendo ela

6051,98 ha. Considerando uma carga horária de 5 horas diárias e que um operário

realiza 15,15 ha/dia , sendo um rendimento de 45,55 ha/dia será necessário 3

operários para realização desta estapa.

Análise de solo

Para realização desta atividade serão utilizados 3 operados e 3 trados que

farão as coletas das amostras para posterior análise no laboratório.

Preparo do solo, Adubação e Plantio

Como anteriormente dimensionada a plantadeiras e tratores será necessário

28 operadores ao total, sendo 14 operando na plantadeira e 14 operando os

tratores.

Replantio

Page 28: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Como dimensionado o número de Saracuás, será necesserário 20 operários

no replantio.

6.5 Custos de produção

Os custos de produção envolvidos na etapa de implantação estão

discriminados em custos/hora e custo total do período de exploração do povoamento

da área.

.

6.5.1 Custo operacional de implantação

Custo operacional do Trator de pneu 125 CV

Tabela 7. Discriminação e preço da máquina a ser utilizada na etapa de

implantação.

Discriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)Trator 125cv 120.000,00 14 1.680.000,00

Valor de aquisição (VA): R$ 120.000,00

Vida útil (VU): 15000 horas

Taxa de juros: 8% a.a.

Parcelamento: será parcelado em 6 X o pagamento.

Amortização: VA / prazo = R$ 120.000,00 / 6 = R$ 20.000,00

Cálculo do valor do Trator considerando o parcelamento

Número de parcelas: 6

Tabela 8. Cálculo do valor do Trator baseado nos juros do parcelamento.

Page 29: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Nº da parcelaAmortização

(R$) Custo financeiro (R$) Valor da Parcela (R$)1 20.000,00 9600 296002 20.000,00 8000 280003 20.000,00 6400 264004 20.000,00 4800 248005 20.000,00 3200 232006 20.000,00 1600 21600

Total 120.000,00 33600 153600

Custos fixos

Anuidade:

A = VA / (h x t) = R$ 52,46/hora

Seguro:

S = (2%VA) / h = R$ 4,92/hora

Depreciação:

D = (VA – VR) / VU = R$ 7,2/hora

Garagem:

G = (2%VA) / VU = R$ 0,16/hora

Custo Fixo Total : R$ 64,74/hora

Custos variáveis

Salário operador:

Salário = R$ 700,00

Décimo terceiro: R$ 53,85

Encargos sociais = 70% do salário = R$490

Total por mês: R$1243,85

Em 4 meses custa: R$ 10,19/ hora

Manutenção:

Page 30: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Corresponde a 20% do salário do operador

Então: 0,2 x 10,19 = R$ 2,04/hora

Reparos: Depreciação x 0,50 = R$ 7,20x 0,50 = R$ 3,60/hora

Combustível:

Consumo: 5L/hora

Custo: 1L = R$ 1,99

Então: 5L x R$ 1,99 = R$ 9,95/hora

Custo Variável Total: R$ 25,78/ hora para cada trator

9.1.2.1 Insumos

Graxa:

Consumo: 0,06 kg/horas

Custo: 1Kg = R$ 3,80

Então: R$ 0,23/hora

Óleo lubrificante:

Consumo: 30 ml/hora

Custo: R$ 8,00/500ml

Então: R$ 0,48/hora

Custo de Insumo Total: R$ 0,23/hora para cada trator

TOTAL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DO TRATOR = R$ 91,23/hora

Custo operacional da Barra Pulverizadora

Tabela 9. Discriminação e preço da máquina a ser utilizada na etapa de

implantação.

Discriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)Barra Pulverizadora 8.900,00 2

17.800,00

Valor de aquisição (VA): R$ 8.900,00

Page 31: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Vida útil (VU): 10.000 horas

Taxa de juros: 8% a.a.

Parcelamento: será parcelado em 4 X o pagamento.

Amortização: VA / prazo = R$ 8.900,00 / 4 = R$ 2.225,00 por parcela

Cálculo do valor da Barra Pulverizadora considerando o parcelamento

Número de parcelas: 4

Tabela 10. Cálculo do valor da Barra Pulverizadora baseado nos juros do parcelamento.

Nº da parcelaAmortização

(R$) Custo financeiro

(R$)Valor da Parcela

(R$)1 2.225,00 712 29372 2.225,00 534 27593 2.225,00 356 25814 2.225,00 178 2403

Total 8.900,00 1780 10680

Custos fixos:

Anuidade:

A = VA / (h x t) = R$ 5,47/hora

Seguro:

S = (2%VA) / h = R$ 0,36/hora

Depreciação:

D = (VA – VR) / VU = R$ 0,80/hora

Garagem:

G = (2%VA) / VU = R$ 0,018/hora

Custo Fixo Total = R$ 6,65/hora para cada barra pulverizadora

Custos variáveis:

Page 32: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Manutenção:

Corresponde a 20% do salário do operador – Salário do operador

Então: 0,2 x 10,19 = R$ 2,04/hora

Reparos: Depreciação x 0,50 = R$0,8/hora x 0,50 = R$ 0,40/hora

Custo Variável Total: R$ 2,44/hora para cada Barra Pulverizadora.

TOTAL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA BARRA PULVERIZADORA = R$

18,18/hora

CO Pulverizador

Co= 19,28(2)+ 91.23 (2) + 145. 247,52

Co= 216.228,54

Custo operacional da Plantadeira

Tabela 13. Discriminação e preço da máquina a ser utilizada na etapa de implantação.Discriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)

Plantadeira 63.900,00 14 8.94600,00

Valor de aquisição (VA): R$ 63.900,00

Vida útil (VU): 15.000 horas

Taxa de juros: 8% a.a.

Parcelamento: será parcelado em 10 X o pagamento.

Amortização: VA / prazo = R$ 63.900,00 / 10 = 6.390,00

Cálculo do valor da Plantadeira considerando o parcelamento

Número de parcelas: 10

Tabela 13. Cálculo do valor da Plantadeira baseado nos juros do parcelamento.

Page 33: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Nº da parcela Amortização (R$) Custo financeiro (R$) Valor da Parcela (R$)1 6390 5112,00 11502,002 6390 4600,80 10990,803 6390 4089,60 10479,604 6390 3578,40 9968,405 6390 3067,20 9457,206 6390 2556,00 8946,007 6390 2044,8 8434,808 6390 1533,60 7923,609 6390 1022,40 7412,40

10 6390 511,20 6901,20Total 63.900,00 28.116,00 92.016,00

Custos fixos:

Anuidade:

A = VA / (h x t) = R$ 18,86/hora

Seguro:

S = (2%VA) / h = R$ 2,62/hora

Depreciação:

D = (VA – VR) / VU = R$ 3,83/hora

Garagem:

G = (2%VA) / VU = R$ 0,85/hora

Custo Fixo Total R$ 26,16/hora para cada Plantadeira

Custos variáveis:

Salário operador:

Salário = R$ 500,00

Encargos sociais = 70% do salário = R$ 330,00

Trabalha 4 mesess – 8 horas/dia

Page 34: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Sendo assim, cada trabalhador custa: R$ 7,28/hora

Manutenção:

Corresponde a 20% do salário do operador

Então: 0,2 x 7,28 = R$ 1,46/hora

Reparos: Depreciação x 0,50 = R$ 3,83/hora x 0,50 = R$ 1,91/hora

Custo Variável Total: R$ 10,65/hora para cada Plantadeira.

TOTAL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA PLANTADEIRA = R$ 36,81/hora

6.5 Custos de equipamentos necessários na implantação

Tabela 15. Outros custos fixos.

Produto Preço unitário (R$) Quantidade Total (R$)

GPS: 6000,00 1 6000,00

Estação total: 23000,00 4 92000,00

Carro 30000,00 1 30000,00

Facões: 30,00 20 600,00

Notebook: 2.300,00 2 4.600,00

Trado 148,00 2 296,00

Penetrômetro: 7000,00 1 7000,00

Estradas- 1ª 1 220.281,5

- 2ª 1 900.355,5

Saracuá 153,00 20 3.060,00

Total 1.264.193,00

6.6 Síntese geral de custos de implantação e custos de insumos

Page 35: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Tabela 16. Resumo dos Custos Operacionais Totais Hora (Custo Fixo Total + Custo Variável Total) da etapa de implantação.

Implemento Custo Operacional Total (R$)/horaTrator 91,23Barra Pulverizadora 18,18Plantadeira 36,81

Total 145,22

Tabela 17. Resumo dos Custos Operacionais Totais durante a implantação. Máquinas e implementos Quantidade Custo Operacional

Total (R$)Trator 4 692901,44Barra Pulverizadora 2 27689,12Plantadeira 3 301222,88

Total 1021813,76

Tabela 18. Resumo dos Custos de Aquisição do Maquinário (com parcelamento e juros).

Máquinas e implementos Quantidade Custo Final Trator 14 2.150.400Barra Pulverizadora 2 21.360Plantadeira 14 1.288.224

Total 3.459.984,00

Tabela 19. Insumos

Page 36: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Produto Quantidade Preço unitário Total

Rondoup NA 24207,92 6,00l 145.247,52

Isca Granverde 11608,01Kg 3,00 35.043,03

Amostras de solo 50 u 18,00 900,00

Adubo 1210093401 Kg 38,00 919.900,96

Mudas planreplantio

Outras mão-de-obra

8874018,27

57 operários

0,15

20,00

1331102,74

43840

Total 2.476.034,25

Para obter os custos totais precisa-se acrescentar o valor da terra adquirida.

O custo da terra/ha foi de R$ 2.300,00/ha. No total, o custo da área de 9.926,5 ha foi

de R$ 22.830.950.

Tabela 20. Custos totais gerais da etapa de implantação.

Recursos / Atividades Custos Totais (R$)

Máquinas e implementos 1021813,76

Equipamentos gerais 1.264.193,00

Insumos 2.476.034,25

Custos Operacionais Totais 1021813,76

Compra da terra 22.830.950

Total Geral da Implantação 28614804,77

Page 37: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

7 CONDUÇÃO

7.1 Memorial descritivo das operações listadas

Manutenção de estradas: para manutenção das estradas a mesma empresa

contratada para a sua construção fará os necessários reparos, conforme surgirem às

necessidades de manutenção.

Monitoramento e combate de formigas: o monitoramento de formigas será

realizado até os 2 primeiros anos do plantio florestal, onde as mudas já se

estabeleceram e estão menos suscetíveis ao ataque de formigas.

Controle da Mato-competição: o controle da mato-competição será feito, nas

linhas e nas entrelinhas do plantio, onde serão usado pulverizadores costais e

pulverizador em barra protegida respectivamente, o herbicida usado na limpeza será

o Roundoup.

Adubação de Cobertura: será realizada uma adubação de cobertura....

Desbaste e Desrama: O desbaste tem como objetivo a retirada de parte das

árvores do povoamento, para possibilitar que as árvores remanescentes obtenham

um maior crescimento diamétrico.

A desrama não será realizada, pois árvores de eucalipto apresentam desrama

natural, sendo assim, torna-se desnecessário a realização desse procedimento.

Tabela 21. Organograma das operações relacionadas à condução do projeto.

Operação Local Área (ha)Manutenção de estradas Entorno dos talhões 148,03Monitoramento e combate às formigas Todos os talhões 6200Controle da Mato-competição Todos os talhões 6200Desbaste Todos os talhões 6200

Page 38: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Tabela 22. Cronograma operacional das atividades de condução do projeto.

Atividades

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Monitoramento e combate às formigas x xControle mato competição x X x

Desbaste x*As operações serão realizadas no período de 6 meses, com exceção da capina química que será realizada em 4 meses e do controle de formigas que será em 12 meses (em intervalo de 30 dias)

Quadro 1. Cronograma das atividades de condução do projeto.Período

OPERAÇÃO J F M A M J J A S O N D Prazo (d) Área(ha) Td (d) Td(h)Monitoramento de formigas x x x x x x x x X x x X 365 6051,98 139 1112Adubação de cobertura x x x x 120 6051,98 55 440Controle da Mato competição x x x x 120 6051,98 55 440Desbaste x x X x 120 6051,98 55 440

7.2 Ritmo operacional

7.3 Tabela 23. Ritmo operacional das atividades de CONDUÇÃO do projeto.

Atividade Área Td (dia’s)

Td (horas)

Rit. Oper. (ha/h)

Jornada Diária (horas)

Rit. Oper.(ha/dia)

Monitoramento de formigas 6051,98 139 1112 5,44 8 43,52Adubação de cobertura 6051,98 55 440 13,75 8 110Controle da Mato-competição 6051,98 55 440 13,75 8 110Desbaste 6051,98 55 990 6,11 18 109,98

7.5 Dimensionamento de máquinas, equipamentos e mão-de-obra

Mão-de-obra

Monitoramento de formigas

Page 39: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Essa atividade deve ser realizada em toda área efetiva de plantio sendo ela

6051,98 há,em um período de um mês (durante os 2 primeiros anos). considerando

em um mês 12 dias úteis tem-se 504.33 há/dia, sendo carga horária das atividades

de 5 horas, temos 100, 86 há/hora. Considerando uma carga horária de 5 horas

diárias e 3ha/hora e que um operário realiza 15 ha/dia sendo um rendimento de

ha/dia será necessário 8 operários para realização desta estapa.

Controle da Mato- competição

Aplicação herbicida pós emergente (entre linha)

Nesse procedimento será realizado com Barra protegida, considerando

velocidade do trator 8km/hora, largura efetiva de trabalho de 2m na entre linha.

Então (8000 m x 2m)/ 10000= 1,6x 80% eficiência operacional 1,28 de rendimento

operacional.

Considerando 6051, 98 ha/ 440 horas têm-se um rendimento operacional requerido

= 13,75 ≈ 14 Barras protegidas, mais 14 tratores.

Aplicação herbicida Pré-emergente

Nessa etapa a aplicação, será usado pulverizador costal, somente na linha, ou

seja, entre as árvores. Sendo rendimento de 0,25 ha/ hora homem, então 6051, 98

ha/ 440 = 13,75/0,25 têm-se um rendimento operacional requerido de 55

Pulverizadores costais, mais 55 homens.

Adubação de Cobertura

A adubação de cobertura será realizada até os 3 primeiros anos de idade do

povoamento, começando 1 ano depois do plantio. Sabendo que 1 homem tem

rendimento de 0,4 ha/hora, então 9051,98/ 440 = 13,75/ 0,4 = 34,38 ≈ 35 homens

para esse processo.

Maquinas e equipamentos

Custos fixos

Pulverizador costal

Tabela 25. Pulverizador costal.

Page 40: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Discriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)

Pulverizador Costal 20 L104,90 55 5769,5

Barra protegida

Tabela 14. Discriminação e preço da máquina a ser utilizada na etapa de ImplantaçãoDiscriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)

Barra protegida 9000,00 14 126000

Valor de aquisição (VA): R$ 9000,00

Vida útil (VU): 10000 horas

Taxa de juros: 8% a.a.

Parcelamento: será parcelado em 4 X o pagamento.

Amortização: VA / prazo = R$ 9000,00 / 4 = 2250,00

Cálculo do valor da Barra protegida considerando o parcelamento

Número de parcelas: 4

Tabela 12. Cálculo do valor da barra protegida baseado nos juros do parcelamento.

Nº da parcelaAmortização

(R$) Custo financeiro

(R$)Valor da Parcela

(R$)1 2250 720 29702 2250 540 29703 2250 360 26104 2250 180 2430

Total 9000 1800 10800

Custos fixos:

Anuidade:

A = VA / (h x t) = R$ 6,14/hora

Seguro:

S = (2%VA) / h = R$ 0,41/hora

Page 41: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Depreciação:

D = (VA – VR) / VU = R$ 0,81/hora

Garagem:

G = (2%VA) / VU = R$ 0,018/hora

Custo Fixo Total = R$ 7,38/hora para cada Barra protegida.

Custos variáveis:

Salário operador:

Salário = R$ 700,00

Décimo terceiro: R$ 53,85

Encargos sociais = 70% do salário = R$490

Total por mês: R$1243,85

Em 4 meses custa: R$ 10,19/ hora

Custos variáveis totais= R$ 10,19/ hora

TOTAL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA BARRA PROTEGIDA = R$ 17,57/hora

Programa de desbaste

Será realizado um desbaste sistemático no povoamento, no qual será retirado

40% (quarenta por cento) das árvores totais do plantio, no sistema mecanizado com

Harvester, esse desbaste será realizado no sexto ano, com um incremento médio de

300 m ³/ha e terá duração de 4 meses. Na implantação do projeto será plantado

1333 mudas/ha, após o desbaste restarão 533 árvores/ha.

Sendo um incremento médio de 300m³ /1333 árvores/ha tenho 0,22 m³ /

árvores x 533 árvores/há = 117 m³/há.

Então 120 m³/há x 6051,98ha têm-se 709655,2 m³.

Page 42: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Após o desbaste a madeira será vendida para lenha, com um preço de

compra oferecido pelo mercado consumidor de R$ 40,00 1m³, sendo então obtida

uma renda de 28.386.208 milhões de receita.

Dimensionamento do harvester

Sendo 533 árvores/ha tem-se 3225705 árvores, sabendo que um Harveter

processa 1 árvore/ min tem-se 60 árvores/ hora x 990 horas de trabalho, necessita

de 55 Harveters para o processo de desbaste.

Harvester

Tabela 14. Discriminação e preço da máquina a ser utilizada na etapa de ImplantaçãoDiscriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)

Harvester 630.000,00 55 34.650.000,00

Valor de aquisição (VA): R$ 630.000,00

Vida útil (VU): 15000 horas

Taxa de juros: 8% a.a.

Parcelamento: será parcelado em 10 X o pagamento.

Amortização: VA / prazo = R$ 630.000,00 / 10 = 63000,00 parcela

Cálculo do valor do Harvester considerando o parcelamento

Número de parcelas: 10

Page 43: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Tabela 12. Cálculo do valor do harvester baseado nos juros do parcelamento.

Nº da parcelaAmortização

(R$) Custo financeiro

(R$)Valor da Parcela

(R$)1 63000 50400 1134002 63000 45360 1083603 63000 40320 1033204 63000 35280 982805 63000 30240 932406 63000 25200 882007 63000 20160 831608 63000 15120 781209 63000 10080 7308010 63000 5040 68040

Total 630.000,00 277,200,00 907.200,00

Custos fixos:

Anuidade:

A = VA / (h x t) = R$ 91,64/hora

Seguro:

S = (2%VA) / h = R$ 7,28/hora

Depreciação:

D = (VA – VR) / VU = R$ 37,8/hora

Garagem:

G = (2%VA) / VU = R$ 0,84/hora

Custo Fixo Total = R$ 137,56/hora para cada Harvester.

Custos variáveis:

Manutenção:

Corresponde a 20% do salário do operador

Então: 0,2 x 7,48 = R$ 2,04/hora

Reparos: Depreciação x 0,50 = R$ 37,8x 0,50 = R$ 18,90/hora

Page 44: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Combustível:

Consumo: 20L/hora

Custo: 1L = R$ 1,99

Então: 20L x R$ 1,99 = R$ 39,8/hora

Salário operador:

Salário = R$ 1000,00

Décimo terceiro: R$ 76,92

Encargos sociais = 70% do salário = R$700

Total por mês: R$1802,56

Em 4 meses custa: R$ 7,48/ hora

Graxa

Consumo: 0,3 kg/hora = R$1,14/ hora

Custos variáveis totais= R$ 116,82/ hora

TOTAL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DO HARVESTER =R$ 254,38/hora

Tabela 16. Resumo dos Custos Operacionais Totais Hora (Custo Fixo Total + Custo Variável Total) da etapa de implantação.

Implemento Custo Operacional Total (R$)/horaBarra Protegida 17,57Harvester 254,38

Total 271,95

Tabela 17. Resumo dos Custos Operacionais Totais durante a condução. Máquinas e implementos Quantidade Custo Operacional

Total (R$)Trator 14 63.134,4Barra Protegida 14 158.681,5Harvester 55 6.337.012

Total 6.558.827,9

Page 45: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Tabela 18. Resumo dos Custos de Aquisição do Maquinário (com parcelamento e juros).

Máquinas e implementos Quantidade Custo Final

Barra Protegida14

151.200,00Pulverizador 55 5769,5Harvester 55 49.896.000

Total 50.052.969,6

Tabela 28. Insumos

Insumos Preço unitário (R$)

Quant. Preço Total (R$)

Herbicida 6 - 960000Formicida 3 27229,96 81698,88Adubação 45,00 - 1089356,4

Total 2131055,28

7.6 Custo total da etapa de condução

Tabela 29. Custos totais gerais da etapa de condução.

Recursos / Atividades Custos Totais (R$)

Custos de mão-de-obra 143240

Custos das máquinas/ equipamentos 50.052.969,6

Custos dos insumos 2131055,28

Custos operacionais das máquinas 6.558.827,9

Total Geral da Condução 58.886.092,78

Receitas obtidas nos desbastes

Page 46: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

A receita obtida no desbaste será vendida para lenha vendida por 40,00 o m³.

Tabela 23.Receitas do desbaste Total R$1 45.510.890,00

5 ETAPA DE COLHEITA

A colheita será realizada aos 10 anos de idade do povoamento, com uma

duração de 8 meses, quando as árvores apresentarem 22 m de altura e um

incremento médio de 380m³/ha. Na estapa de colheita o sistema a ser utilizado é

totalmente mecanizado. Para essa operação será feito o corte raso de todos os

talhões, com emprego de harvester, onde o mesmo fará a derruba, desgalhamento,

e seccionamento das toras ( altura de corte 12m), a madeira continuará com casca,

pois o arraste ser com Skidder devido a dimenção do postes e para não dificultar na

impregnação do material preservante para os postes. A retirada da casaca será

realizada pela empresa consumidora.

realizado em área de 6 200 ha;

Corte raso dos talhões: será empregado com Harvester

Arraste: após o corte o trator Skidder arrastará as árvores até a estrada.

Desgalhamento: as árvores serão desgalhadas e retiradas o topo

O restante da madeira, inaproveitável para a finalidade deste projeto, será

destinado para Silos que compram lenha para aquecimento das caldeiras e

secagem dos grãos, gerando assim uma receita extra.

O prazo de execução das atividades de colheita no sistema mecanizado será

de 8 meses.

Page 47: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

8.2.2Organogramas das operações

Tabela 30. Organogramas das operações das atividades de colheita mecanizadaOperação Talhão Área (ha)

Derrubada, desgalhamento e seccionamento todos os talhões 6200

8.1.2 Cronograma das operações

Tabela 31. Cronograma operacional das atividades de colheita mecanizada

Período

Operação M A M J J A S O N D J FPrazo

(d)Área (ha)

Td (d)

Td (h)

Derrubada, desgalhamento e seccionamento x x x x x x x x 240 6051,98 107 1926

8.1.3 Ritmo operacional

Operação Área (ha) Qt. de trab. (ha) Td (h) R. O. (ha/h) J. diária (h) R. O. (ha/dia)

Derrubada, desgalhamento e seccionamento 6200 6051,98 192 31,52 6 189,12

Tabela 32. Ritmo operacional das atividades de colheita mecanizada

Dimensionamento de máquinas e mão-de-obra

Restando 800 árvores/ha, então teremos 4.841.484 árvores ao total,

considerando que 1 Harvester colhe 1 árvore/ minuto então têm-se 60 árvores/ hora

x 1926 hora= 115560 árvores. Sendo 4.841.584 árvores/ 155560 = 42 Harvesters

para o corte raso do povoamento. E mais 42 operários.

8.2.7 Resumo dos custos operacionais das atividades de colheita mecanizada

Page 48: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Tabela 17. Resumo dos Custos Operacionais Totais durante a colheita Máquinas e implementos Quantidade Custo Operacional

Total (R$)Harvester 42 10.054.875,6

Total 10.054.875,6

Tabela 44. Custos totais gerais da etapa de colheita

Recursos / Atividades Custos Totais (R$)

Corte, seccionamento e desgalhameento 10.054.875,6

Total Geral da Colheita

Tabela 45. Receitas Gerais da ColheitaReceitas da colheita Preço venda Rendas Totais (R$)

Receita dos Postes R$ 75,00 371.012.700,00

Receita da lenha R$ 40,00 45.510.890,00

Total Geral da Colheita 416.522.789,00

ETAPA DA EXTRAÇÃO

Page 49: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Essa operação consiste na retirada da madeira do interior do talhão até a área de carregamento nas estradas.

Memorial descritivo das operações

Desbaste

Baldeio I: o baldeio será feito com Forwarder que retirará a madeira relativa a

ao desbaste e encaminhará até as estradas para posterior carregamento e

transporte.

Colheita

Arraste: devido às dimensões das toras (12m), a madeira será arrastada do

interior dos talhões até as estradas com Skidder pois como as toras são longas

precisa-se desse processo papa a extração da madeira. Após o arraste

Baldeio II: esse baldeio é relativo as toras que não serão aproveitadas para a

venda de postes, e serão carregadas e descarregadas com Forwader até as

estradas para posteriormente serem transportadas até o centro consumidor

Tabela 46. Cronograma operacional das atividades de extração de madeira.

Operações Ano Prazo (dias)

Tempo disponível (dias)

Tempo disponível

(horas)Baledio I 6 55 55 990Baldeio II 10 107 107 1926

9.1 Ritmo operacional

Tabela 47. Ritmo operacional requerido para o extração florestal

OperaçãoÁrea (ha)

Tempo disponível (horas)

Ritmo Operacional

(ha/h)

Jornada Diária (h)

Ritmo Operacional

(ha/d)Baledio I 6051,98 990 6,13 6 36,78Baldeio II 6051,98 1926 3,14 6 36,78

9.2 Dimensionamento de equipamentos e de mão-de-obra

Page 50: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Forwarder

Para o baldeio do desbaste será necessário Forwarder, com capacidade de

operar 24,5m³/hora, sendo uma jornada de 18 horas têm-se 441m³/dia x 55dias,

então o volume a ser carregado é 24225 m³. Considerando que no desbaste se

retirou um volume de 113772,35 m³ então são necessários 5 forwarders para esse

procedimento.

OBS: como serão necessário 5 forwader no desbaste inclui-se mais 29 da

colheita assim totalizando 34 Forwaders.

Discriminação das máquinas na extração

Tabela 48. Máquinas na extração

Discriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)Forwarder 200.000,00 34 6800.000

Valor de aquisição (VA): R$ 200.000,00

Vida útil (VU): 20 000 horas

Taxa de juros: 8% a.a.

Parcelamento: será parcelado em 10 X o pagamento.

Amortização: VA / prazo = R$ 200.000,00 / 10 = R$ 20.000

Cálculo do valor do Forwarder considerando o parcelamento

Número de parcelas: 10

Tabela 12. Cálculo do valor do Forwarder baseado nos juros do parcelamento.

Page 51: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Nº da parcelaAmortização

(R$) Custo financeiro

(R$)Valor da Parcela

(R$)1 20000 16000 360002 20000 14400 344003 20000 12800 328004 20000 11200 312005 20000 9600 296006 20000 8000 280007 20000 6400 264008 20000 4800 248009 20000 3200 2320010 20000 1600 21600

Total 200000 88000 288000

Custos fixos:

Anuidade:

A = VA / (h x t) = R$ 14,95/hora

Seguro:

S = (2%VA) / h = R$ 2,08/hora

Depreciação:

D = (VA – VR) / VU = R$ 9,00/hora

Garagem:

G = (2%VA) / VU = R$ 0,2/hora

Custo Fixo Total = R$ 26,23/hora para cada Forwarder

Custos variáveis:

Salário operador:

Salário = R$ 1000,00

Décimo terceiro: R$ 76,92

Encargos sociais = 70% do salário = R$700

Total por mês: R$1802,56

Page 52: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Em 4 meses custa: R$ 7,48/ hora

Manutenção:

Corresponde a 20% do salário do operador – Salário do operador

Então: 0,2 x 7,48 = R$ 1,50/hora

Reparos: Depreciação x 0,50 = R$9,00/hora x 0,50 = R$ 4,5/hora

Graxa:

Consumo: 0,25 kg/horas

Então: R$ 0,95/hora

Óleo lubrificante:

15% do combustível

Então: R$ 3,58/hora

Custo Variável Total: R$ 34,41/hora para cada Forwarder.

SKIDDER

Considerando que um Skidder arrasta 28m³/hora, em uma jornada diária de

18 horas, têm-se 504m³/dia x 107 dias, então ele arrasta 53928 m³, considerando o

volume retirado de postes da colheita de 1137772, 25 m³/ 53928m³ = 21 Skidders

para o arraste da madeira até as estradas.

Discriminação das máquinas na extração

Tabela 48. Máquinas na extração

Discriminação Preço unitário (R$) Quantidade Preço total (R$)Skidder 520.000,00 21 10.920.000,00

Valor de aquisição (VA): R$ 520.000,00

Vida útil (VU): 20 000 horas

Taxa de juros: 8% a.a.

Parcelamento: será parcelado em 10 X o pagamento.

Page 53: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Amortização: VA / prazo = R$ 520.000,00 / 10 = R$ 52.000

Cálculo do valor do Skidder considerando o parcelamento

Número de parcelas: 10

Tabela 12. Cálculo do valor do Skidder baseado nos juros do parcelamento.

Nº da parcelaAmortização

(R$) Custo financeiro

(R$)Valor da Parcela

(R$)1 52000 41600 936002 52000 37440 894403 52000 33280 852804 52000 29120 811205 52000 24960 769606 52000 20800 728007 52000 16640 686408 52000 12480 644809 52000 8320 6032010 52000 4160 56160

Total 520.000,00 228800 748800

Custos fixos:

Anuidade:

A = VA / (h x t) = R$ 38,88/hora

Seguro:

S = (2%VA) / h = R$ 5,40/hora

Depreciação:

D = (VA – VR) / VU = R$ 23,4/hora

Garagem:

G = (2%VA) / VU = R$ 5,2/hora

Custo Fixo Total = R$ 72,88/hora para cada Skidder

Custos variáveis:

Page 54: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Salário operador:

Salário = R$ 1000,00

Décimo terceiro: R$ 76,92

Encargos sociais = 70% do salário = R$700

Total por mês: R$1802,56

Em 4 meses custa: R$ 7,48/ hora

Manutenção:

Corresponde a 20% do salário do operador – Salário do operador

Então: 0,2 x 7,48 = R$ 1,50/hora

Reparos: Depreciação x 0,50 = R$23,4/hora x 0,50 = R$ 11,7/hora

Graxa:

Consumo: 0,25 kg/horas

Então: R$ 0,95/hora

Óleo lubrificante:

15% do combustível = 3,15l x 16 = R$50,4/ hora

Custo Variável Total: R$ 113,42/hora para cada Skidder.

TOTAL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DO SKIDDER: R$186,3/hora

8.2.8 Resumo dos custos operacionais das atividades de colheita mecanizada

Page 55: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Tabela 17. Resumo dos Custos Operacionais Totais durante a colheita Máquinas e implementos Quantidade Custo Operacional

Total (R$)Forwarder desbaste 29 1.202.661,0Forwarder coheita 5 662732,6Skidder 21 1865397,6

Total 2.630.791,2

Tabela 44. Custos gerais das maquinas na da etapa de colheita

Recursos / Atividades Custos Totais (R$)

Forwarder 25.459.200,00

Skidder 6.048.000,00

Total Geral 31.507.200,00

Tabela 44. Custos totais gerais da etapa de extração

Recursos / Atividades Custos Totais (R$)

Máquinas 31.507.200,00

Custos operacionais 2.630.791,2

Total Geral da Colheita 34.137.991,2

11 ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA

Page 56: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Método de análise estática

12 ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA

Método de análise estática

Tabela 59. Custos totais do empreendimento

Operação Ano de ocorrênciaCusto Total

(R$)Implantação 0 16.026.637,28Condução 1,2,3,4,5,6,7,8,9 2.189.618,53Colheita 10 43.078.050,56Extração 10Carregamento e transporte

10 12.945.834,88

Total 74.240.141,25

Tabela 60. Receita Bruta Total do empreendimentoAtividade Receita Bruta (R$)

Desbaste (6 anos)Colheita

Corte final (10 anos)Total

A viabilidade do empreendimento florestal é avaliada a partir da relação entre

o custo total do projeto e a receita bruta total. Se o custo total do projeto for menos

que a receita bruta, o projeto é considerado viável. Considerando a análise estática,

o projeto seria viável.

Método de análise dinâmica

Page 57: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Neste método é considerada a variação do capital no tempo e, por isso, são

incorporadas as taxas de juros para estimativas de VPL (Valor Presente Líquido) e

TIR (Taxa Interna de Retorno).

Tabela 61. Custos a cada ano por atividade.

Itens de custo Ano de ocorrência Valor (R$)Implantação 1 16.026.637,28Controle de formiga 1, 2 e 3 10.000,00Capina química 1, 2 e 3 5.000,00Controle da vespa 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 2.767,00

(soma)Desrama 5 e 8 (valor dos dois anos somados) 730.200,00Desbaste 9 e 15 (valores somados) 1.423.884,00Colheita 22 43.078.050,56Carregamento e transporte 22 12.945.834,88

Fluxo de caixa

Valor Presente Líquido (VPL)

Capitalizando

i = 8% aa

Taxa interna de retorno (TIR)

Page 58: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

Tabela 62. Taxa interna de retorno (VLP = 0)Taxa Interna de Retorno (TIR)

Valores (R$) 10% a.a. 20% a.a. 15% a.a. 12% a.a.

Receitas 271019300,3 326997760,3293123004,3 278744767,1

Custos 193.869.053,87965.498.544,08 416.448.337,95 259.362.200,97

VLP 14.182.030,60 -117.371.467,62 -22.670.098,10 3.562.971,71

11,5% a.a. 12,5% a.a. 12,6% a.a. 12,55% a.a.

Receitas276687436,2 280892187,8 281332823,1 281112033,6

Custos240.629.006,38 279.916.507,45 284.260.482,57 282.078.464,55

VLP6.628.387,83 179.353,01 -538.172,69 -177.652,75

A taxa interna de retorno deste projeto gira em torno de 12,5 %, ou seja, este

empreendimento tem rentabilidade de 12,5%. Este valor é maior que a taxa mínima

de atratibilidade, que é de 8%.

CONCLUSÃO

Page 59: PROJETO MECANIZAÇÃO 3

http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_58_911200585234.htm

http://www.ferias.tur.br/informacoes/4495/sorriso-mt.html

BIBLIOGRAFIA Guia Ilustrado de Plantas do Cerrado de Minas Gerais – CEMIG

http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Vegetacao/?pg=5